3. DEFINIÇÃO
a narrativa brasileira depois de 1960
Para
o
estudioso
uruguai
Jesualdo
Sosa,
é
uma
forma
literária
escrita
num
léxico
especial,
que
procura
estar
de
acordo
com
as
caracterís7cas
psíquicas
da
criança
e
responder
às
suas
exigências
intelectuais
e
espirituais.
SOSA,
Jesualdo.
A
literatura
infan6l.
São
Paulo:
Cultrix,
1978.
5. RITOS DE PASSAGEM
mitos
definição
celebrações
que
marcam
mudanças
de
status
de
uma
pessoa
no
seio
de
sua
comunidade
exemplos
ba6smo,
reclusão,
caçada,
festa
de
aniversário,
festa
de
15
anos
9. ESQUEMA DE MITOLOGIA GREGA
mitos
os titãs
Oceano,
Céos,
Créos,
Hiperião,
Jápeto,
Teia
e
Reia;
Têmis,
Mnemosine,
Febe,
Te6s
e
Cronos
Cronos destrona Urano
Cronos
mu6la
o
pai
e
liberta
os
irmãos;
surgem,
então,
Vênus,
Melíades,
Eríneas
e
Gigantes
10. ESQUEMA DE MITOLOGIA GREGA
mitos
Cronos
Reia
Hés6a
Deméter
Hera
Hades
Poseidon
Zeus
18. DE FEITICEIRAS E FADAS
literatura infantil
feiticeiras
Fei6ceira
é
aquela
que
u6liza
a
magia
de
forma
empírica,
sem
estudos
nem
grimórios,
a
fei6ceira
tem
a
magia
em
seu
sangue
e
muitas
vezes
não
sabe
dominar
aquilo
que
tem
como
dom,
as
fei6ceiras(os)nos
dias
atuais
geralmente
são
tratadas
como
pessoas
loucas,
ou
acabam
em
esquinas
lendo
mãos
ou
u6lizando
seus
dons
de
forma
marginalizada.
19. Fei6ceira
da
Luxúria.
Disponível
em:
<h_p://ojardimdossen6dos.blogspot.com/2008/11/sete-‐pecados-‐sete-‐fei6ceiras.html
20. DE FEITICEIRAS E FADAS
literatura infantil
fadas
A
fada
é
um
ser
mitológico,
caracterís6co
dos
mitos
cél6cos,
anglo-‐saxões,
germânicos
e
nórdicos.
21. TIPOS DE FADAS
literatura infantil
elementais do ar
Divididos
em
sílfides
ou
fadas
das
nuvens
e
fadas
das
tempestades.
As
primeiras
vivem
nas
nuvens,
são
dotadas
de
elevada
inteligência
e
sua
principal
a6vidade
é
transferir
luz
para
as
plantas;
interessam-‐se
muito
também
por
animais
e
por
pessoas,
para
as
quais
podem
agir
como
protetoras
e
guias.
As
fadas
das
tempestades
possuem
grande
energia
e
circulam
sobre
as
florestas
e
ao
redor
dos
picos
das
montanhas;
costumam
ser
vistas
em
grupos
pelas
alturas
e
só
descem
à
supervcie
quando
o
vento
está
forte.
24. TIPOS DE FADAS
literatura infantil
elementais da terra
Seus
principais
representantes
são
os
gnomos,
criaturas
de
cerca
de
um
metro
de
altura
que
vivem
no
interior
da
terra
(embora
existam
gnomos
da
floresta,
que
cuidam
basicamente
das
raízes
das
plantas).
Os
kobolds,
menores
que
os
gnomos,
são
mais
amigáveis
e
presta6vos
para
os
humanos
que
seus
parentes,
embora
sejam
igualmente
cautelosos.
Os
gigantes
são
en6dades
enormes
que
costumam
estar
ligados
à
montanhas,
embora
também
possam
viver
em
florestas
an6gas.
Finalmente,
os
Devas
da
Montanha,
são
os
elementais
da
terra
mais
evoluídos,
en6dades
que
permeiam
e
trabalham
com
uma
montanha
ou
uma
cadeia
inteira
de
montanhas,
com
sua
consciência
tão
profundamente
imersa
na
Terra
que
mal
tomam
conhecimento
da
existência
de
criaturas
de
vida
breve,
como
os
homens.
27. TIPOS DE FADAS
literatura infantil
elementais do fogo
As
salamandras
ou
espíritos
do
fogo,
habitam
o
subsolo
vulcânico,
os
relâmpagos
e
as
fogueiras.
São
mais
poderosas
que
as
fadas
dos
jardins,
mas
estão
mais
distantes
da
humanidade
também.
São
espíritos
de
transformação,
responsáveis
pela
conversão
de
matéria
em
decomposição
em
solo
fér6l.
Podem
agir
também
como
espíritos
de
inspiração,
mediadores
entre
o
mundo
angélico
e
os
níveis
vsicos
de
criação
(ou
seja,
agem
como
musas).
30. TIPOS DE FADAS
literatura infantil
elementais das águas
representados
pelas
ninfas,
ondinas,
espíritos
das
águas
e
náiades,
são
responsáveis
por
re6rar
energia
do
sol
para
transmiz-‐la
à
água.
As
ninfas
estão
ligadas
às
águas,
mas
também
à
montanhas
e
florestas.
Regulam
o
fluxo
da
água
na
crosta
terrestre
e
dão
personalidade
e
individualidade
a
locais
aquá6cos,
tais
como
poços,
lagos
e
fontes.
Podem
assumir
a
forma
de
peixes,
os
quais
protegem.
As
ondinas
parecem
estar
restritas
a
determinadas
localidades,
sendo
responsáveis
pelas
quedas
d'água
e
a
vegetação
circundante.
Os
espíritos
das
águas
vivem
em
rios,
fontes,
lagos
e
pântanos.
Assemelham-‐se
a
belas
donzelas,
muitas
vezes
com
caudas
de
peixe;
gostam
de
música
e
dança,
e
têm
o
dom
da
profecia.
Embora
possam
ajudar
eventualmente
os
seres
humanos,
estes
têm
de
se
acautelar
com
tais
espíritos,
que
podem
ser
traiçoeiros
e
afogar
pessoas.
Da
mesma
forma
que
os
espíritos
das
águas,
as
náiades
presidem
os
rios,
correntezas,
ribeiros,
fontes,
lagos,
lagoas,
poços
e
pântanos.
36. BRUXAS E BRUXARIA
literatura infantil
bruxaria tradicional
Há
uma
grande
confusão,
entre
os
leigos,
acerca
de
bruxaria
tradicional
e
moderna.
A
bruxaria
tradicional
tem
suas
raízes
nos
cultos
a
deidades
pertencentes
a
determinadas
áreas
geográficas,
que
podem
datar
de
períodos
pré-‐históricos,
o
que
pode
torná-‐la
em
parte
irmã
ou
filha
de
an6gas
prá6cas
e
cultos
xamânicos.
Historicamente,
o
papel
social
das
bruxas
tradicionais
era
basicamente
a
prestação
de
auxílio
à
população:
como
adivinhas,
parteiras,
curandeiras,
conselheiras
ou
até
mesmo
alcoviteiras.
37. BRUXAS E BRUXARIA
literatura infantil
bruxaria medieval
Uma
bruxa
é
geralmente
retratada
no
imaginário
popular
como
uma
mulher
velha,
nariguda
e
encarquilhada,
exímia
e
contumaz
manipuladora
de
magia
negra
e
dotada
de
uma
gargalhada
terrível.
É
inegável
a
conexão
entre
esta
visão
e
a
visão
da
hag
ou
Crone
dos
anglófonos.
É
também
muito
popularizada
a
imagem
da
bruxa
como
a
de
uma
mulher
sentada
sobre
uma
vassoura
voadora,
ou
com
a
mesma
passada
por
entre
as
pernas,
andando
aos
sal6tos.
Alguns
autores
u6lizam
o
termo,
contudo,
para
designar
as
mulheres
sábias
detentoras
de
conhecimentos
sobre
a
natureza
e,
possivelmente,
magia.
38. BRUXAS E BRUXARIA
literatura infantil
bruxaria moderna
A
bruxaria
moderna,
por
outro
lado,
embora
se
relacione
firmemente
com
a
Bruxaria
Tradicional,
surge
historicamente
com
Gerald
Gardner,
com
a
criação
da
Wicca
no
ano
1950
da
Era
Comum.
Apesar
de
a
bruxaria
tradicional
ter
absorvido
elementos
modernos
às
suas
raízes
folclóricas
e
evoluindo
con6nuamente,
seu
eixo
fundamental
é
bastante
dis6nto
do
da
bruxaria
moderna,
pois
Gardner
não
apenas
adotou
novos
elementos,
mas
tornou
alguns
destes
em
bases
fundamentais
da
Wicca,
amalgamando-‐os
de
forma
indissolúvel
em
um
hibridismo
com
cultos
pagãos
e
conceitos
de
origem
oriental.
Agrava-‐se
a
confusão
entre
bruxaria
moderna
e
bruxaria
tradicional
ao
ter
se
tornado
recorrente
o
uso
da
expressão
"wicca
tradicional"
para
designar
aqueles
cuja
linhagem
iniciá6ca
remonta
a
Gerald
Gardner.
43. O HERÓI
literatura infantil
o herói épico
Se
se
considerar
a
tradição
ocidental,
grega,
a
palavra
"herói"
vem
de
"hêros",
que
significa
"homem
divinizado,
filho
dos
deuses".
Dentre
inúmeros
exemplos
que
poderiam
ser
citados,
Hércules
se
configura
como
um
modelo
interessante
não
só
por
atender
aos
desígnios
e6mológicos
aventados
acima,
mas
por
ser
um
modelo
de
coragem,
força,
virtude
e
inteligência.
Atentando
às
lições
de
Lévi-‐Strauss,
pode-‐se
afirmar
que
a
trajetória
do
herói
épico
está
circunscrita
a
um
deslocamento
conznuo
no
espaço,
tendo
por
obje6vo
ir
a
outras
terras,
enfrentar
perigos
mil,
ajudar
os
desvalidos,
para,
enfim,
retornar
a
sua
terra
natal
coberto
de
glórias.
Tudo
isso
se
dá
porque
o
herói
épico
é
um
modelo
a
ser
seguido
pelo
homem
comum.
45. O HERÓI
literatura infantil
o anti-herói
O
an6-‐herói
tem
evoluído
ao
longo
do
tempo,
mudando
como
as
concepções
da
sociedade
sobre
o
herói
mudaram,
desde
os
tempos
Elizabetanos
de
Fausto
e
Falstaff
de
William
Shakespeare,
para
o
mais
sombrios
temas
da
literatura
vitoriana
do
século
19/XIX,
como
a
"Ópera
dos
Mendigos"
de
John
Gay
como
um
homem
zmido,
passivo
e
indeciso
que
contrasta
fortemente
com
os
heróis
gregos.
O
herói
byroniano
também
estabelece
um
precedente
literário
para
o
conceito
moderno
de
an6-‐heroismo.
47. O HERÓI
literatura infantil
o herói trágico
Um
herói
trágico
é
o
personagem
principal
de
uma
tragédia.
O
uso
moderno
do
termo
geralmente
envolve
a
noção
de
que
o
herói
cometeu
um
erro
em
suas
ações,
o
que
leva
à
sua
queda.
A
ideia
de
que
este
seja
um
equilíbrio
entre
crime
e
cas6go
é
incorretamente
atribuída
a
Aristóteles,
que
é
bastante
claro
em
seu
pronunciamento
que
o
infortúnio
do
herói
não
é
provocada
"por
vício
e
depravação,
mas
por
algum
erro
de
julgamento".
Na
verdade,
na
Poé7ca
de
Aristóteles,
é
impera6vo
que
o
herói
trágico
é
nobre.
49. O HERÓI
literatura infantil
o vilão
Geralmente
é
uma
figura
ardilosa,
que
u6liza
suas
habilidades
com
o
intuito
de
prejudicar
alguém
ou
conseguir
algo
que
deseja
de
formas
escusas.
Muitas
vezes
com
planos,
que
são
aplicados
ao
longo
da
trama,
prejudicando
normalmente
o
protagonista,
mas
ao
termino,
é
de
praxe
que
para
ter
um
final
aceitável
aos
olhos
do
público,
o
vilão
tem
seu
plano
arruinado
de
forma
heroica
pelo
personagem
principal.
52. O ESPELHO
literatura infantil
o mito de narciso
Narciso
era
um
belo
rapaz,
filho
do
deus
do
rio
Céfiso
e
da
ninfa
Liríope.
Por
acasião
de
seu
nascimento,
seus
pais
consultaram
o
oráculo
Tirésias
para
saber
qual
seria
o
des6no
do
menino.
A
resposta
foi
que
ele
teria
uma
longa
vida,
se
nunca
visse
a
própria
face.
Muitas
moças
e
ninfas
apaixonaram-‐se
por
Narciso,
quando
ele
chegou
à
idade
adulta.
Porém,
o
belo
jovem
não
se
interessava
por
nenhuma
delas.
A
ninfa
Eco,
uma
das
mais
apaixonadas,
não
se
conformou
com
a
indiferença
de
Narciso
e
afastou-‐se
amargurada
para
um
lugar
deserto,
onde
definhou
até
que
somente
restaram
dela
os
gemidos.
As
moças
desprezadas
pediram
aos
deuses
para
vingá-‐las.
Nêmesis
apiedou-‐se
delas
e
induziu
Narciso,
depois
de
uma
caçada
num
dia
muito
quente,
a
debruçar-‐se
numa
fonte
para
beber
água.
Descuidando-‐se
de
tudo
o
mais,
ele
permaneceu
imóvel
na
contemplação
ininterrupta
de
sua
face
refle6da
e
assim
morreu.
No
próprio
Hades
ele
tentava
ver
nas
águas
do
Es6ge
as
feições
pelas
quais
se
apaixonara.
h_p://tempo-‐de-‐ler.blogspot.com/2009/06/o-‐mito-‐de-‐narciso.html
54. O ESPELHO
literatura infantil
Alice através do espelho
Uma
garota
do
ves6do
azul,
de
exatamente
sete
anos
e
meio,
ralha
com
os
filhotes
de
sua
gata,
Dinah,
e
fala
a
eles
sobre
a
Casa
do
Espelho.
Numa
tenta6va
de
ver
o
que
há
além
do
corredor
refle6do
no
grande
espelho
sobre
o
aparador
da
lareira,
ela
acaba
atravessando
o
vidro
como
se
fosse
fumaça
e
encontrando
coisas
inacreditáveis
do
outro
lado.
Inacreditáveis
por
pura
falta
de
prá6ca
da
protagonista,
de
acordo
com
a
Rainha
Branca,
que
diz
ser
capaz
de
acreditar
em
seis
coisas
impossíveis
antes
do
café
da
manhã.
h_p://www.comichouse.blog.br/2011/04/alice-‐atraves-‐do-‐espelho-‐de-‐lewis.html
58. O ESPELHO
literatura infantil
o retrato de dorian gray
O
espelho
reflete
a
imagem
conquistada
por
intermédio
do
pacto
pela
juventude.
Sua
imagem
real
fica
trancafiada
num
quadro.
60. DANIEL NA COVA DOS LEÕES
Legião Urbana
Aquele
gosto
amargo
do
teu
corpo
Ficou
na
minha
boca
por
mais
tempo.
De
amargo,
então
salgado
ficou
doce,
Assim
que
o
teu
cheiro
forte
e
lento
Fez
casa
nos
meus
braços
e
ainda
leve,
Forte,
cego
e
tenso,
fez
saber
Que
ainda
era
muito
e
muito
pouco.
Faço
nosso
o
meu
segredo
mais
sincero
E
desafio
o
ins6nto
dissonante.
A
insegurança
não
me
ataca
quando
erro
E
o
teu
momento
passa
a
ser
o
meu
instante.
E
o
teu
medo
de
ter
medo
de
ter
medo
Não
faz
da
minha
força
confusão.
Teu
corpo
é
meu
espelho
e
em
6
navego
E
eu
sei
que
a
tua
correnteza
não
tem
direção.
Mas,
tão
certo
quanto
o
erro
de
ser
barco
A
motor
e
insis6r
em
usar
os
remos,
É
o
mal
que
a
água
faz
quando
se
afoga
E
o
salva-‐vidas
não
está
lá
porque
não
vemos.
61. O BURACO DO ESPELHO
Arnaldo Antunes
o buraco do espelho está fechado
agora eu tenho que ficar aqui
com um olho aberto, outro acordado
no lado de lá onde eu caí
pro lado de cá não tem acesso
mesmo que me chamem pelo nome
mesmo que admitam meu regresso
toda vez que eu vou a porta some
a janela some na parede
a palavra de água se dissolve
na palavra sede, a boca cede
antes de falar, e não se ouve
já tentei dormir a noite inteira
quatro, cinco, seis da madrugada
vou ficar ali nessa cadeira
uma orelha alerta, outra ligada
o buraco do espelho está fechado
agora eu tenho que ficar agora
fui pelo abandono abandonado
aqui dentro do lado de fora