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Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Revista EB5 para Brasileiros #2 2019
1. EB5INVESTIMENTOS • IMIGRAÇÃO • LIFESTYLE • NEGÓCIOS
para brasileiros
O VISTO EB5 VAI
MUDAR. E AGORA?
VISTO EB5 PARA
ESTUDAR NA AMÉRICA
UNIVERSIDADES
AMERICANAS
#2•2019•R$25,00
revista
Como estudar nas melhores
escolas dos Estados Unidos
Conheça a opinião do advogado
Pedro Drummond
Artigo de Dan Healy
CEO do CIVITAS Capital Group
5. s u m á r i o .
10 | e s t u d a r n o s E U A . Como estudar em
uma universidade nos Estados Unidos
34|eventos EB5. Lançamento
da Revista EB5
4 | edito ria l.
14 | estu d a r n o s EUA. Ranking das Melhores
Universidades Americanas
30 | artigo.Robert de Ruijter
DR Asset Planning
18 | artigo. Pedro Drummond
Drummond Advisors
28 | artigo.Lylian Loureiro - EB5 para Brasileiros
22 | onde mor ar. T e x a s
6 | art ig o . Dan Healy
Civitas Capital Group
|5Set.19 | Revista EB5www.revistaeb5.com
6. Revista EB5 | Set.19 www.revistaeb5.com6|
a r t i g o .a r t i g o .
O sonho brasileiro
Pais em todo o Brasil sonham com seus filhos estudando nos
Estados Unidos, aprendendo inglês e trabalhando na América.
Tornar-se bilíngue, bicultural e empregável nos principais
mercados globais, como Brasil e EUA, está entre os maiores
presentes que os pais podem oferecer aos filhos. À medida que
a globalização continua, garantir que seu filho se torne
competitivo internacionalmente oferece uma enorme
vantagem. De fato, o Brasil é consistentemente um dos 10
principais países de origem para todos os estudantes
internacionais nos EUA - e a América é a escolha número 1 para
estudantes brasileiros que estudam no exterior.
Cada vez mais, pais brasileiros sofisticados estão usando o
visto EB-5 para tornar esses sonhos realidade em seus filhos. O
EB-5 é uma solução permanente para estudantes brasileiros e
oferece a eles a máxima flexibilidade para estudar, viver e
trabalhar nos Estados Unidos. O programa EB-5 permite que os
brasileiros invistam US $ 500.000 em um projeto norte-
americano que produza empregos e recebam residência
permanente para seus cônjuges e filhos solteiros menores de 21
anos.
Arriscando o futuro do seu filho na loteria
Embora existam vistos, como o visto de estudante F-1 (F-1
Visa), frequentemente usado, que permite que estrangeiros
estudem nos EUA, esses vistos contêm muitas limitações sobre
ondeeporquantotempoumportadordestevistopodeestudar
na América. Por exemplo, estudantes estrangeiros devem se
candidataràsuauniversidadepreferida,seraceitosecomprovar
sua capacidade de pagar as taxas ou o patrocínio de estudantes
internacionais para cobrir todos os custos, apenas para solicitar
o visto F-1. Mesmo depois de todo esse esforço, não há garantia
de que o governo dos EUA conceda o visto. Os estudantes
internacionais com visto F-1 devem estudar pelo período de
tempo estipulado e, depois de se formarem, devem
imediatamente encontrar um emprego (e solicitar outro visto
BRASILEIROS PODEM USAR
EB-5 PARA ESTUDAR NA
AMÉRICA
por Dan Healy, CEO do Civitas Capital Group
como o H1-B), continuar seus estudos ou retornar
imediatamente à sua casa, no país de origem.
A cada ano, existem centenas de milhares de graduados
internacionais que estão desesperados para ficar na América e
começar sua carreira. Muitas vezes, correm o risco de perder o
seu statussenãoencontraremopatrocíniodeumempregador
e ganharem em uma loteria altamente competitiva que existe
para receber um número cada vez mais limitado de vistos de
trabalho H1-B. Para colocar em perspectiva, cerca de 75% de
todos os estudantes que realmente encontram uma empresa
patrocinadora tem seu pedido de visto H1-B negado. E mesmo
quando o graduado estrangeiro consegue ganhar nesta
verdadeira loteria, eles devem renovar seu visto
periodicamente, e estão sujeitos à negação pelo governo dos
EUA no momento desta renovação.
Um caminho melhor: o Visto EB-5
Com o visto EB-5, no entanto, não há restrições quanto à
localização ou tipo de universidade e, o que é mais importante,
não há restrições quanto à duração do estudo ou permanência
nos Estados Unidos. Os portadores de visto EB-5 são livres
para estudar em qualquer instituição uma vez aceito e, devido
ao seu status de residente permanente (green card), não
precisam sair da América após a graduação. Tornar-se um
residente permanente dos Estados Unidos também
proporciona benefícios acadêmicos e financeiros para o seu
filho que não estão disponíveis para estudantes F-1, como
bolsas de estudo e auxílio governamental para pagamento de
taxas ou custos acadêmicos. Outra vantagem significativa da
residência nos EUA é que muitas universidades têm estruturas
de taxas diferentes, dependendo do status do aluno que se
candidata. As taxas, em geral, são mais baixas para residentes
permanentesecidadãosdoqueparaestudantesinternacionais,
geralmente em milhares de dólares.
7. www.revistaeb5.com Set.19 | Revista EB5 |7
Taxas mais altas de aceitação na faculdade
A maioria das principais universidades dos EUA mantém
alocações limitadas de admissão para estudantes internacionais,
geralmente limitadas a 20% do total de matrículas. As
universidades americanas mais seletivas geralmente admitem
não mais que 5% de estudantes internacionais. Em vez de
competir em uma piscina que receberá apenas de 5 a 20% das
vagas em uma turma universitária, os alunos brasileiros do EB-5
podem competir na piscina que compreenderá de 80 a 95% da
turma recebida.
Estágios e desenvolvimento de carreira
Frequentar escolas nos Estados Unidos também oferece aos
estudantes brasileiros oportunidades de participar de estágios
em algumas das maiores e melhores empresas do mundo -
muitas delas empresas da Fortune 500. Após a graduação, os
brasileiros podem fazer entrevistas para trabalhar com qualquer
empregador em toda a América sem precisar renovar um visto
ou contar com uma organização patrocinadora.
Começando mais cedo:
Frequentando a High School dos EUA
Os pais brasileiros não precisam esperar até a faculdade para
obter os benefícios do EB-5 para seus filhos. Os alunos brasileiros
do EB-5 também podem frequentar o ensino médio nos EUA
antes da faculdade. Se o aluno frequenta um internato de elite
ou se forma em uma escola pública dos EUA, os benefícios
podem ser substanciais. Se frequentar uma faculdade nos EUA é
o objetivo de muitas famílias brasileiras, preparar-se em uma
escola secundária nos EUA é a melhor opção. Seja treinamento
em inglês, aconselhamento pré-universitário ou adaptação aos
estilos e expectativas de ensino dos EUA, não há substituto para
frequentar as escolas secundárias dos EUA.
Dan Healy fundou o Civitas Capital
Group em 2009 e atua como CEO.
Desde então, o Civitas ajudou
quase 1.400 famílias de 40 países
diferentes a investir em quase 60
projetos imobiliários EB-5.
8. Revista EB5 | Set.19 www.revistaeb5.com8|
Melhores escolas particulares dos EUA
Famílias em todo o mundo procuram internatos de elite nos
EUA para preparar seus filhos para as melhores universidades.
Esses internatos de elite custam quase tanto quanto as
faculdades, mas as taxas de aceitação dessas escolas,
especialmente na Ivy League, são particularmente altas. Um
estudante brasileiro que usa o visto EB-5 tem uma chance
muito maior de ser admitido nessas escolas como residente
nos EUA do que como estudante internacional. Também
podem ser aplicados descontos nas mensalidades dos
residentes nos EUA e ajuda financeira.
Escolas Públicas dos EUA
Frequentar escolas públicas nos EUA é gratuito e essas
escolas podem oferecer mais oportunidades acadêmicas,
como aulas avançadas e cursos em assuntos como tecnologia e
artes. As opções acadêmicas especializadas podem incluir
inglês como segunda língua, programas para talentos,
programas de bacharelado internacional e aulas de colocação
avançada. Os estudantes brasileiros que desejam se destacar
terão várias chances de fazê-lo, enquanto os menos inclinados
à aceleração acadêmica encontrarão opções em seu nível de
habilidade.
Além do desejo das famílias brasileiras de um tipo diferente
de educação para os filhos e do desejo de frequentar as
melhores universidades do mundo, existem razões menos
tangíveis, mas igualmente valiosas, para frequentar o ensino
médio público nos EUA. Os alunos brasileiros com o EB-5 terão
uma experiência nos EUA, farão amigos, trocarão culturas,
idiomas comerciais e, simplesmente, verão um mundo
diferente. Além das opções em sala de aula, os alunos da escola
pública geralmente têm mais opções nas atividades após a aula.
Do esporte à música e teatro, a maioria das escolas públicas
oferece uma variedade de atividades extracurriculares para
permitir um mais amplo desenvolvimento.
Rank Escolas Particulares Localização Anuidade em US $
1. Phillips Academy Andover, MA $ 43,300
2. Harvard-Westlake School Studio City, CA $ 39,700
3. Phillips Exeter Academy Exeter, NH $ 38,740
4. Trinity School New York, NY $ 47,965
5. Choate Rosemary Hall Wallingford, CT $ 45, 710
6. St. Mark's School of Texas Dallas, TX $ 29,496
7. Lakeside School Seattle, WA $ 32,000
8. The College Preparatory School Oakland, CA $ 46,000
9. St. Paul's School Concord, NH $ 59,900
10. The Lawrenceville School Lawrenceville, NJ $ 51,440
Melhores escolas particulares dos EUA
a r t i g o .
9. www.revistaeb5.com Set.19 | Revista EB5 |9
O Massachusetts Institute of Technology (MIT) está entre
as melhores universidades de engenharia e tecnologia dos
Estados Unidos e custa em média US $ 70.000 por ano ou US
$ 280.000 para um curso de graduação. Ao contrário do
titular de visto F-1, um estudante brasileiro que se tornou
residente permanente sob o EB-5 é elegível para receber
ajuda financeira com base nas necessidades. Em 2018-19, o
prêmio médio baseado em necessidades do MIT foi de cerca
de US $ 50.000 por ano. Ao longo de um curso de quatro
anos, os prêmios de ajuda financeira para residentes
permanentes versus estudantes internacionais podem ser
centenas de milhares de dólares americanos.
A residência permanente EB-5 também pode autorizar os
estudantes brasileiros a receber mensalidades no estado,
em comparação com o pagamento de taxas internacionais.
A taxa de matrícula que um estudante internacional paga em
uma universidade americana geralmente é duas a três vezes
maior que a de um residente nos EUA. Na Universidade da
Califórnia em Berkley, entre as principais universidades
públicas dos Estados Unidos, a taxa de matrícula, as taxas e
o custo de vida dos residentes é de aproximadamente US $
30.000 no ano letivo de 2018-2019. Os estudantes
internacionais pagam mais do que o dobro em propinas,
taxasecustodevidaacercadeUS$65.000porano.Durante
um período de quatro anos, a diferença nas taxas é de US $
140.000. Se uma família brasileira tiver três filhos que fazem
parte da petição de visto EB-5, a economia poderá
representar um valor equivalente ao próprio investimento
no EB-5.
America’s Top Colleges 2019
fonte: Ranking da FORBES
Ajuda Financeira e Mensalidade no Estado: Estudos de Caso do MIT e Berkley
Classificação Nome Estado
Custo Líquido
da Matricula
por Ano
Tipo
Dívida Média
de Empréstimo
Estudantil
Salario Médio
no Início
da Carreira
1 Harvard University Massachusetts $ 14,327 Privado sem fins lucrativos $ 7,372 $ 74,800
2 Stanford University California $ 13,261 Privado sem fins lucrativos $ 8,155 $ 79,000
3 Yale University Connecticut $ 18,627 Privado sem fins lucrativos $ 4,962 $ 70,300
4
Massachusetts Institute of
Technology Massachusetts $ 20,771 Privado sem fins lucrativos $ 7,530 $ 86,300
5 Princeton University New Jersey $ 9,327 Privado sem fins lucrativos $ 4,451 $ 75,200
6 University of Pennsylvania Pennsylvania $ 24,242 Privado sem fins lucrativos $ 7,733 $ 72,800
7 Brown University Rhode Island $ 30,205 Privado sem fins lucrativos $ 7,794 $ 68,200
8 California Institute of Technology California $ 24,245 Privado sem fins lucrativos $ 5,988 $ 84,100
9 Duke University North Carolina $ 35,737 Privado sem fins lucrativos $ 6,114 $ 71,100
10 Dartmouth College New Hampshire $ 30,421 Privado sem fins lucrativos $ 6,239 $ 71,500
11 Cornell University New York $ 31,230 Privado sem fins lucrativos $ 8,107 $ 70,100
12 Pomona College California $ 15,840 Privado sem fins lucrativos $ 6,561 $ 63,800
13 University of California, Berkeley California $ 15,859 Publica $ 6,237 $ 70,700
14 Columbia University New York $ 24,231 Privado sem fins lucrativos $ 10,740 $ 71,400
15 Georgetown University District Of Columbia $ 30,107 Privado sem fins lucrativos $ 6,358 $ 66,400
16 University of Chicago Illinois $ 25,455 Privado sem fins lucrativos $ 10,381 $ 64,000
17 Northwestern University Illinois $ 24,047 Privado sem fins lucrativos $ 7,024 $ 63,400
18 University of Notre Dame Indiana $ 28,768 Privado sem fins lucrativos $ 6,600 $ 67,000
19 Williams College Massachusetts $ 22,667 Privado sem fins lucrativos $ 4,440 $ 67,500
20 University of Michigan, Ann Arbor Michigan $ 14,860 Publica $ 6,965 $ 63,500
21 Rice University Texas $ 20,237 Privado sem fins lucrativos $ 8,364 $ 71,000
22 Johns Hopkins University Maryland $ 33,586 Privado sem fins lucrativos $ 7,036 $ 67,200
23 Harvey Mudd College California $ 34,464 Privado sem fins lucrativos $ 7,236 $ 88,800
24 United States Naval Academy Maryland $ 0 Publica $ 0 $ 80,100
25 Swarthmore College Pennsylvania $ 20,511 Privado sem fins lucrativos $ 8,843 $ 67,500
26 Bowdoin College Maine $ 22,810 Privado sem fins lucrativos $ 7,550 $ 61,300
27 Vanderbilt University Tennessee $ 19,959 Privado sem fins lucrativos $ 8,051 $ 65,400
28 Amherst College Massachusetts $ 22,463 Privado sem fins lucrativos $ 5,460 $ 63,800
29 Claremont McKenna College California $ 26,933 Privado sem fins lucrativos $ 4,369 $ 68,500
30 University of Southern California California $30,232 Privado sem fins lucrativos $ 7,747 $ 64,500
10. Revista EB5 | Set.19 www.revistaeb5.com10|
e s t u d a r n o s E UA .
Como estudar em uma
universidade nos Estados Unidos
Cursar uma universidade nos
Estados Unidos é um sonho que
sempre atraiu muitos estudantes
brasileiros, entretanto, nos últimos
anos, cresceu o número dos que
deixaram apenas de sonhar e
passaram a batalhar para que ele
se tornasse realidade, mas para
tanto, é preciso conhecer a fundo
todas as etapas até entrar em uma
instituição de ensino superior na
América.
Se você tem filhos em idade escolar
ou se ainda é um estudante, é
preciso ter em mente que é muito
importante ter ótimas notas no
Ensino Médio, pois esse é um
critério altamente considerado
pelas universidades americanas.
Outro ponto analisado são as
atividades extracurriculares dos
candidatos. Realizar trabalhos
voluntários, desenvolver
diferentes tipos de projetos, ser
empreendedor e até a prática de
esportes somam muitos pontos na
hora de ser selecionado. Há casos
de brasileiros que foram aceitos
em grandes universidades, porque,
dentre outras qualidades, estavam
sempre participando de eventos
esportivos ou tiravam um tempo
para ajudar a alfabetizar adultos.
Isso não quer dizer que o candidato
não precisará fazer uma prova para
testar suas aptidões, ao contrário,
terá que fazer e em muitos casos,
mais de uma.
Se o interessado já terminou
ou está prestes a terminar o
Ensino Médio e não participou de
atividades extracurriculares, não há
motivos para desanimar, ele deve
se engajar em projetos como os
citados anteriormente para dar um
upgrade em seu currículo, também
vale puxar pela memória se não fez
algumas atividades que possam
ser encaixadas, muitas vezes um
curso de curta duração, um evento,
palestra etc., acabam valendo.
11. www.revistaeb5.com Set.19 | Revista EB5 |11
A importância do inglês
Quem quer estudar nos Estados Unidos deve
procurar uma boa escola de idiomas visando
aprender a língua inglesa. Não se espera que o
candidato tenha fluência incrível, mas que consiga
entender o que será dito em uma aula ou o que
estará escrito em um texto.
Refletir bem sobre o que quer cursar
Ao contrário do Brasil e de vários países, nos
Estados Unidos muitas universidades não exigem
que o interessado aponte o que quer cursar no ato
de sua candidatura a uma vaga, mas é importante
saber se na instituição que está se candidatando,
há o curso que pretende fazer.
Sabemos o quanto é difícil escolher um curso
que resultará em nossa futura profissão. Muitos
universitários desistem na metade ou até pouco
antes de sua graduação, por isso, para não perder
tempo e dinheiro, avaliar com calma o que quer
estudar e pesquisar mais sobre a área escolhida,
diminuem as chances de arrependimento,
especialmente porque aqui estamos tratando de
estudar em outro país, o que sempre é mais difícil.
Candidatura
O processo de candidatura para uma vaga em
uma universidade americana, que lá é chamado de
“application” pode ser feito pela internet, existe
a plataforma Common App (www.commonapp.
org) que permite realizar applications para
mais de 800 faculdades. Entretanto, há mais
de 3000 instituições de ensino superior na
América, muitas, inclusive, possuem suas próprias
plataformas, por isso, vale pesquisar na internet
para encontrar exatamente o que procura.
Provas
Para praticamente todas as universidades, o
candidato deverá fazer uma prova, chamada
de SAT 1 ou a ACT. A SAT terá questões de
matemática, interpretação de texto e escrita em
inglês. A ACT terá essas mesmas disciplinas, além
de raciocínio científico e uma seção optativa de
escrita.
Em muitas universidades também existe uma
segunda prova, chamada de SAT II que avaliará
o conhecimento do candidato na área específica
escolhida por ele.
Como citado anteriormente, o candidato terá que
demonstrar conhecimentos de inglês, pois haverá
um exame de proficiência, chamado TOEFL ou
IELTS, que avaliará compreensão auditiva, leitura,
escrita e fala.
Redação
O processo de candidatura para uma vaga em
uma universidade americana, que lá é chamado de
“application” pode ser feito pela internet, existe a
plataforma Common Ap
Cartas de recomendação
Tanto para americanos como para estrangeiros,
as cartas de recomendação são necessárias
durante o processo de seleção das universidades.
É importante que sejam redigidas em inglês, uma
pelo coordenador ou diretor da escola onde o
candidato cursou o Ensino Médio e outras duas
por professores dele do último ou do penúltimo
ano.
Entrevista
Nem todas as universidades realizam entrevistas
e em algumas delas, apenas uma parte dos
candidatos é contatada para uma conversa por
telefone, internet ou presencialmente. Essas
entrevistas geralmente ocorrem em janeiro e
fevereiro.
Em quantas universidades é possível
se candidatar?
O estudante brasileiro pode se candidatar
em quantas universidades quiser, mas terá que
levar em conta os custos para cada inscrição
e o trabalho adicional para enviar todos os
documentos. Quem conseguir provar que possui
uma renda baixa ficará isento de pagar as taxas,
mas é preciso que a informação seja confirmada
pelo coordenador ou diretor da escola, onde o
candidato cursa/cursou o Ensino Médio.
12. Visto para estudante
Apesar do visto exigido para quem vai estudar
em uma instituição de ensino superior nos
Estados Unidos ser o F-1, é importante destacar
que o mesmo garante apenas a permanência no
país durante o período de estudos. Quem vai com
a intenção de fazer um curso e depois voltar para
o Brasil, é perfeito, mas se a intenção for ficar
por lá após se graduar e seguir uma carreira,
nesse caso o melhor é optar pelo Programa de
Vistos EB-5 que oferece além da oportunidade de
residir e trabalhar permanentemente nos EUA,
obter um custo bem menor nos valores pagos
para frequentar uma universidade, isso porque,
o contemplado com esse tipo de visto, não se
encaixa mais nas mesmas exigências existentes
para a categoria de estudante estrangeiro.
Para obter o EB-5, o estudante ou alguém da
família (pai e mãe) devem investir US$ 500 mil
dólares em uma área considerada como menos
privilegiada nos Estados Unidos ou US$ 1 milhão
em outra área. Esse dinheiro pode ser aportado
em um novo empreendimento que gere pelo
menos dez empregos para americanos ou pessoas
que vivem de maneira legalizada para cada
investidor estrangeiro por pelo menos dois anos.
Também é possível aportar o dinheiro em um
investimento já existente, mas que também gere
dez empregos.
Ainda que a quantia seja considerada alta,
muitos especialistas afirmam que se bem
orientados, os investidores conseguirão ter o
retorno desse dinheiro em poucos anos, não se
trata de um investimento totalmente sem risco,
mas sim, de um investimento com poucos riscos,
sem contar a vantagem de que a pessoa ou o filho
poderá estudar e depois trabalhar nos EUA
tranquilamente.
e s t u d a r n o s E UA .
www.revistaeb5.com12| Revista EB5 | Set.19
Como funciona o sistema de
ensino superior nos Estados Unidos
Nos Estados Unidos, as universidades e faculdades se dividem em comunitárias, públicas e
particulares. Conheças as características de cada uma delas.
Menos conhecidas que as tradicionais universidades ameri-
canas que sempre ouvimos falar, estão as faculdades comuni-
tárias e os institutos de tecnologia que também são chama-
dos de community colleges ou junior college e oferecem
diferentes tipos de curso de dois anos de duração e após a
conclusão, o estudante recebe o diploma de técnico em áreas
como odontologia e medicina, por exemplo.
Mas por que motivo alguém haverá de entrar em uma
instituição que, na verdade, não oferecerá uma graduação ao
final? Bem, há duas razões: ao concluir o curso, o estudante
poderá transferir seus créditos acadêmicos para uma univer-
sidade ou faculdade pública ou particular, eliminando várias
matérias e permitindo que ele entre já no segundo ou tercei-
ro ano. Outra vantagem é o preço que chega a ser menos da
metade do que seria gasto em uma universidade pública e
menos de 10% do que se fosse em uma particular.
As faculdades comunitárias são menos rigorosas nos testes
de proficiência em inglês (TOEFL ou IELTS) e muitas ainda cos-
tumam dar um curso intensivo de inglês para ajudar os alunos
estrangeiros.
O custo anual para estudar em uma faculdade comunitária
ou em um instituto de tecnologia varia de US$ 2.500 a US$
3.500.
Faculdades Comunitárias e os Institutos de Tecnologia
13. |13Set.19 | Revista EB5www.revistaeb5.com
Empréstimos estudantis
Esse é um ponto que merece muita reflexão, pois apesar
de ser comum para os americanos, o financiamento
estudantil tornou-se um pesadelo para milhões de recém-
formados ou até para os que já se formaram há alguns
anos e que não conseguem pagar as dívidas que não
param de crescer.
As dívidas contraídas pelos empréstimos para
universitários já ultrapassam 5,9 trilhões de reais e estima-
se que 44 milhões de americanos tenham algum tipo de
dívida do tempo de estudo.
Especialistas, em sua maioria, não aconselham que se
faça um financiamento estudantil se for por um período
longo (caso de cursos de graduação), e nas situações em
que receber uma bolsa parcial e tiver que arcar com os
custos de uma parte, calcular com muita atenção para ter
certeza que não terminará o curso endividado.
Universidades e faculdades estaduais
Nos Estados Unidos, assim como no Brasil, existem
universidades e faculdades públicas, a diferença é que lá,
elas também cobram mensalidades. Tanto nas públicas
quanto nas particulares, o valor é mais caro para o
estudante estrangeiro, entretanto no caso das públicas,
o valor é bem menor, ficando entre US$ 10.000 e US$
20.000 por ano.
Particulares
Chegamos ao sonho de consumo de muitos, as
universidades particulares como Harvard e Yale.
Entretanto o custo desse sonho é bem salgado, na média
entre US$ 15.000 e US$ 30.000, mas em alguns casos,
pode passar dos US$ 75.000 por ano.
A grande vantagem é que a formação em uma
universidade particular de ponta dos EUA tem um peso
tremendo dentro de qualquer mercado no mundo. Além
disso, há muitos programas de bolsas que podem cobrir
parcialmente ou totalmente os custos.
Bolsas de estudo
Para conseguir uma bolsa para estudar nos Estados
Unidos, existem alguns caminhos, o primeiro é seguir
todos os passos que foram citados no começo desta
da matéria, e também solicitar a bolsa diretamente
à instituição de ensino superior. Trata-se de um
processo bem concorrido e os que têm mais chances
são os que possuem notas excelentes, muitas
atividades extracurriculares e/ou esportivas e que
por isso, recebem a bolsa por mérito (independente
do candidato ter ou não condições de pagar).
Outro motivo para obter uma bolsa é quando,
comprovadamente, o candidato não têm condições
de pagar, lembrando que também serão levados os
mesmos quesitos das bolsas por mérito, a diferença
é que nesse caso, quem tem poder financeiro para
bancar os estudos, não pode concorrer.
Em muitos casos, o aluno pode receber uma bolsa
parcial, o que significa dizer que ele arcará com uma
parte das mensalidades, sendo assim, será preciso
avaliar se haverá dinheiro para pagar o que a bolsa
não cobrirá e os demais gastos que terá para viver na
América.
Importante frisar que apesar de cada instituição
de ensino superior nos Estados Unidos ter as suas
próprias regras, em quase todas, o bolsista terá
que contribuir trabalhando algumas horas por dia
dentro do campus ou em projetos fora, mas ligados à
universidade.
Outro caminho para poder estudar de graça (ou
quase) é pesquisar instituições que dão bolsas de
estudo para alunos estrangeiros. O IIE (International
Institute of Education), através de seu site www.
fundingusstudy.org tem um buscador com um amplo
banco de dados de bolsas. Nesse buscador é possível
refinar sua busca, escolhendo o tipo de curso, estado,
cidade ou instituição.
14. Revista EB5 | Set.1914|
e s t u d a r n o s E UA .
1º Princeton University (New Jersey)
Fundada em 1746, Princeton tem muita tradição e história para
contar, uma delas, é que ninguém menos do que Albert Einstein
lecionou na instituição na década de 1950. De seus bancos
acadêmicos saíram nomes importantes, como John F. Nash,
o matemático que inspirou o filme “Uma Mente Brilhante”; o
criador e presidente da Amazon, Jeff Bezos; o escritor Mario
Cargas Llosa; o astronauta e terceiro homem a andar na Lua,
Charles Conrad; o matemático e cientista da computação, Alan
Turing; além de dois presidentes dos EUA (Woodrow Wilson
e James Madison); a ex-primeira dama Michelle Obama, 44
governadores e centenas de legisladores estaduais.
Cursos
Princeton oferece cursos de graduação em ciências humanas,
sociais, ciências da natureza e engenharia. Os mais importantes
são Matemática, Engenharia, Arquitetura e Finanças. São quase
5500 alunos na graduação, sendo que 98% deles residem em
dormitórios no campus da universidade, e mais 2500 que
fazem pós-graduação.
Custos
Princeton é uma universidade particular e os custos anuais
para quem vem de fora, ficam entre US$ 60 mil a US$ 73 mil.
Porém, A instituição possui um grande programa de bolsas
integrais ou parciais.
2º Harvard University (Massachusetts)
Provavelmente, o nome mais conhecido e de prestígio quando
falamos em universidades americanas. Harvard tem muita
Com milhares de instituições de ensino superior,
os Estados Unidos são destino certo de mais de
um milhão de estudantes do mundo inteiro, a
cada ano. A qualidade do ensino é sem dúvida o
ponto principal em que pensa em ir para América
para se graduar.
Visando saber quais as melhores universidades,
os estudantes analisam os rankings que são di-
vulgados anualmente, dentre eles, o renomado
U.S. News & World Report.
Além de conhecer o ranking das melhores uni-
versidades americanas, é preciso ter uma base
de quanto será preciso desembolsar anualmente,
caso o estudante não tenha bolsa. Outro detalhe
importante é que as instituições de ensino supe-
rior da América costumam cobrar valores bem
diferentes de quem é nativo e de quem é estran-
geiro.
No caso das universidades estaduais, até mesmo
o fato do estudante ser de outro estado (out-of-
-state), já faz com que as mensalidades subam
consideravelmente. Já muitas particulares, como
Harvard cobram o mesmo valor, independente do
estado que seja o aluno, mas caso seja de outro
país, os preços ficam bem mais altos.
É impossível afirmar quanto exatamente a mais o
estudante de outro estado ou de outro país paga-
rá, pois são mais de três mil instituições de nível
superior e cada uma com suas próprias regras,
entretanto, em muitos casos, o valor chega a ser
três vezes maior para quem vem de fora.
Confira a classificação das sete melhores:
Ranking das melhores
UNIVERSIDADES AMERICANAS
15. www.revistaeb5.com Set.19 | Revista EB5 |15
tradição e qualidade de ensino desde a sua fundação em
1636. Atualmente, conta com quase sete mil alunos de
graduação e mais de 15 mil na pós-graduação, e é responsável
pela formação de incontáveis figuras relevantes em diversas
áreas.São muitos os alunos famosos que estudaram em
Harvard: oito ex-presidentes dos Estados Unidos, dentre eles,
Barack Obama e George W. Bush; o criador do Facebook Mark
Zuckerberg; o criador da Microsoft, Bill Gates; e o ex-vice-
presidente Al Gore.
Cursos
Harvard é composta por treze escolas e institutos. Os cursos
de Educação, Direito, Engenharia e Ciências Aplicadas são as
maiores referências da instituição. Assim como em todas as
universidades de ponta da América, o processo de seleção é
extremamente rigoroso e pelo fato da instituição ser muito
conhecida internacionalmente, acaba tendo um número de
candidatos ainda maior.
Custos
Quase 70% dos estudantes de Harvard recebem algum tipo
de bolsa, muitas delas parciais. Somando todos os gastos,
anualmente o aluno desembolsará entre US$ 68 mil e US$ 76
mil. Trata-se uma instituição de ensino particular.
3º Columbia University (Nova York)
Em terceiro lugar tivemos um quádruplo empate, com
Columbia University e mais três instituições que veremos
a mais abaixo.Inaugurada em 1754, a Columbia University
também é uma instituição particular e é formada por três
faculdades: Columbia College, The Fu Foundation School
of Engineering and Applied Science (Engenharia e Ciências
Aplicadas) e a School of General Studies (Estudos Gerais). O
processo de seleção é bem rigoroso e no último ano, apenas
5,8% dos interessados foram admitidos. Os ex-presidentes
Theodore Roosevelt e Barack Obama (que também foi
aluno de Harvard) estudaram na Columbia University, além
deles, 83 membros da instituição (professores, alunos,
pesquisadores e administradores) receberam o prêmio
Nobel.A instituição é responsável por administrar os prêmios
Pulitzer de Jornalismo, considerado o mais importante e
honroso da categoria.
Cursos
Os principais cursos da instituição são os ligados a Negócios,
Pedagogia, Engenharia, Direito e Medicina e Cirurgia.
Importante destacar que Columbia University abrigou a
primeira escola de Medicina dos Estados Unidos.
Sobre o ranking
Umas das curiosidades do ranking do U.S. News & World
Report 2018-19 é que apesar de se utilizar de vários cri-
térios, acabou apontando quatro universidades rigorosa-
mente empatadas na terceira posição. O motivo, segundo
analistas, serve para reforçar que entre as melhores institui-
ções de ensino americanas, há uma qualidade elevada, im-
pedindo disparidades gritantes entre uma posição e outra
no ranking e permitindo até mesmo empates.
16. Revista EB5 | Set.19 www.revistaeb5.com16|
Custos
Para estudar na Columbia University, o estudante gastará
anualmente entre US$ 60 mil a US$ 74 mil dólares (incluindo
todos os gastos). Entretanto, a instituição tem um forte
programa de bolsas parciais e totais que contempla um
grande número de alunos.
3º Massachusetts Institute of Technology
(Massachusetts)
Também na terceira posição das melhores universidades
americanas, segundo o ranking do U.S. News & World Report,
está o Massachusetts Institute of Technology, conhecido
como MIT. Foi fundado em 1861 e se orgulha de formar
mentes incríveis, entre seus afiliados, 85 foram laureados
com o Prêmio Nobel, 52 receberam a Medalha Nacional de
Ciências, 34 se tornaram astronautas e dois receberam a
Medalha Fields. A instituição possui atualmente perto de 11
mil estudantes.
O aluno ter uma rotina puxada é comum em grandes
universidades, mas na MIT, muitos dizem que o rigor é ainda
maior. Alunos brasileiros que estudaram lá afirmam que a
pressão para tirar a nota máxima é constante e que muitas
vezes, é preciso estudar mais de 12 horas por dia. Mas o
esforço, segundo eles, vale a pena, pois o diploma é respeitado
mundialmente e o conhecimento adquirido abre muitas
portas.
Cursos
Os cursos mais conhecidos do MIT são os de Administração,
Engenharia, Economia, Psicologia, Biologia, Química, Ciências
Terrestres, Física e Matemática.
Custos
O custo total anual para estudar no MIT fica em torno de US$
65 mil. A instituição também possui programas de bolsa, que,
obviamente, são bem concorridos.
3º University of Chicago (Illinois)
Também empatada na terceira posição entre as melhores
instituições de ensino superior dos Estados Unidos está
a University of Chicago. Fundada em 1890, por John D.
Rockefeller e pela Sociedade Americana Batista de Educação,
a universidade não possui fins lucrativos e é conhecida
pela alta qualidade de ensino e pelo apelido de “casa dos
líderes”, pois já formou muitos CEOs que foram comandar as
principais instituições financeiras do mundo, como Goldman
Sachs e Credit Suisse.Com cursos em todas as disciplinas, a
University of Chicago já viu saírem 70 ganhadores de Prêmios
Nobel, entre eles, James Watson, o descobridor da estrutura
do DNA. A instituição conta atualmente com cinco mil alunos
na graduação e sete mil na pós-graduação.
Cursos
Os principais cursos da University of Chicago são Negócios,
Direito, Medicina e Políticas Públicas.
Custos
Na média, o estudante estrangeiro gastará US$ 75 mil por
ano para estudar na University of Chicago. Como nas demais,
existem bolsas parciais que podem pagar até US$ 35 mil e
outras que arcam com 100% dos custos.
3º Yale University (Connecticut)
Com um nome muito conhecido no mundo, é mais uma a
ficar empatada em terceiro lugar no ranking do U.S. News
& World Report. Fundada em 1701, Yale é uma instituição
particular, possui três principais departamentos acadêmicos:
a Faculdade Yale (para cursos de graduação), a Escola de
Pós-graduação em Artes e Ciências, e as escolas Profissionais.
A instituição já formou cinco presidentes americanos, entre
eles, o democrata Bill Clyntom, que inclusive conheceu sua
esposa Hillary no campus. Yale possui 52 vencedores do
Nobel, 19 juízes da Suprema Corte, 13 bilionários e muitos
chefes de estado, além de nomes importantes nas artes
cênicas, como da atriz Jodie Foster. Yale tem quase seis
mil alunos de graduação e outros seis mil cursando a pós-
graduação. A taxa de aprovação para os candidatos é baixa,
geralmente, não chega a 7% do total.
Cursos
São mais de 80 cursos oferecidos em Yale, sendo que os mais
concorridos são Direito, Administração, Medicina, Artes e
Enfermagem.
Custos
Cerca de 52% do total de estudantes de Yale recebe algum
tipo de bolsa. O custo para estudar lá varia de US$ 48 mil a
US$ 54 mil.
7º Stanford University (Califórnia)
Sétima colocada no último ranking do U.S. News & World
Report, Stanford é outro nome de referência quando
falamos em educação de nível superior. Fundada em 1891, é
conhecida como a “universidade dos empreendedores”, pois
entre seus alunos e professores há fundadores de grandes
empresas como Google, Nike, Yahoo e HP. Stanford é chamada
de uma das mães da internet, pois na década de 1970, era
uma das quatro instituições americanas ligadas ao sistema
ARPANET, que é considerado como o precursor da internet.
Atualmente, 19 vencedores do Nobel lecionam em Stanford,
o que reforça a qualidade do ensino. Há cerca de sete mil
estudantes de graduação e nove mil na pós-graduação. Na
média, apenas 12,5% dos candidatos conseguem entrar em
Stanford, sendo que 5% são estrangeiros.
Cursos
Os principais cursos de Stanford são: Engenharia, Negócios,
Direito, Medicina e Educação.
Custos
Os custos para estudar em Stanford ficam entre US$ 54 mil a
US$ 65 mil, porém, grande parte das famílias dos alunos que
comprovem renda inferior a 125 mil dólares anuais são
isentas de pagar anuidade, o que é possível pelo fato da
instituição arrecadar fundos de mais de US$ 15 bilhões ao
ano.
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“N
em tanto ao mar, nem tanto à terra”.
A expressão popular, indicadora de
comedimento e parcimônia, é sempre boa
companhia para aqueles que se propõem
a analisar mudanças e tendências. No mundo imigratório
atual, inundado de incompreensões, preconceitos e atitudes
exacerbadas, o bom senso e serenidade tornam-se ainda mais
valiosos.
Após uma longa espera, que foi permeada de boatos, as novas
regras a respeito do Programa EB-5 finalmente entrarão
em vigor no dia 21 de novembro. Então, quais foram as
motivações dessas mudanças? Quais são seus objetivos? A
quais interesses elas atendem? Quais impactos terão?
As perguntas são muitas, e a tentação de oferecer respostas
simplistas é grande. Porém, ao profissional da área cumpre
analisar com calma o contexto, as efetivas mudanças, os
potenciais impactos e a melhor forma de seguirmos com uma
atuação sólida e correta perante as novas regras.
Programa EB-5
As regras vão mudar. E agora?
Pedro Drummond
20. Revista EB5 | Set.19 www.revistaeb5.com20|
j u r í d i c o .
As principais mudanças
Sem dúvida que a mudança em relação aos
valores investidos (de US$500 mil para US$900
mil em áreas prioritárias e de US$1 milhão para
US$1,9 milhão em não prioritárias) é a que mais
chama atenção. Contudo, não é a única. Sem
entrar em pormenores, pode-se dizer que as
principais são:
A definição de áreas prioritárias (targeted
employment area) deixa de ser responsabilidade
dos estados, passando para a alçada da agência
federal USCIS – United States Citizenship and
Immigration Services;
As regras de remoção de condições do green
card foram mais bem detalhadas, inclusive com
a determinação de que alguns dependentes
façam petições individualizadas para esta
remoção; e
A regra quanto ao valor a ser investido
sofrerá atualização a cada 5 anos, para ajuste da
inflação do período.
Os principais impactos:
O que esperar do futuro
A expectativa mais óbvia é de que menos
pessoas terão condições de fazer o investimento
necessário. Um outro impacto esperado é a
redução do número dos chamados Regional
Centers; isto porque esses empreendimentos só
podem atuar nas targeted employment áreas,
e espera-se um maior rigor na definição desses
locais.
Mas essas alterações são ruins?
Não necessariamente. Nos últimos anos o
programa EB-5 tornou-se “barato” em relação a
programas
similares de outros países. O resultado foi uma
proliferação de solicitantes e, para atender a
essa demanda, também de Regional Centers.
Os estados também iniciaram uma corrida para
determinação de quantas targeted employment
area fossem possíveis, o que naturalmente
desvirtuou em parte os objetivos iniciais do
programa.
No meio desse furor expansionista do programa,
muito de seu real objetivo se perdeu, o tempo
de processamento das petições aumentou
consideravelmente, a qualidade das análises
por parte do USCIS foi impactada e ficou mais
difícil distinguir os Regional Centers de melhor
estrutura.
Espera-se que as novas regras façam o valioso
trabalho de depuração do mercado e de suas
21. www.revistaeb5.com Set.19 | Revista EB5 |21
Pedro Drummond, advogado
licenciado para a prática da
advocacia no Brasil e nos Estados
Unidos (NY).
práticas, além de conceder segurança jurídica
para o futuro. Por exemplo, a determinação de
que futuros aumentos ocorram a cada 5 anos,
e de forma vinculada à inflação, é um poderoso
indicador da existência do programa no longo
prazo e ferramenta importante no planejamento
de todos.
“The winds of change” são inevitáveis. Que sejam
bem-vindos, que tragam melhorias, e que sigamos
trabalhando arduamente para implementar o
sonho de todos aqueles que buscam viver nos
EUA por meio desse valioso programa!
Pedro Drummond é especialista
em transações internacionais
envolvendo clientes brasileiros
e americanos, incluindo fusões
e aquisições internacionais,
contratos internacionais,
ofertas internacionais de
valores mobiliários, processos
imigratórios e aspectos jurídicos
da constituição de empresas no
Brasil e nos Estados Unidos.
Mestre em Direito Financeiro e
Bancário pela Universidade de
Boston, é sócio da Drummond
Advisors, – consultoria
internacional com foco nas áreas
jurídica, contábil, tributária, e de
desenvolvimento de negócios.
22. Revista EB5 | Set.19 www.revistaeb5.com22|
Pensando em morar na América?
Saiba mais sobre o custo e qualidade de vida no
TEXAS
Diversas pesquisas recentes vêm apontando o Texas como o
melhor ou um dos melhores lugares para morar e fazer negócios
nos Estados Unidos. Trata-se de um estado extenso e com muita
diversidade em termos de paisagens, oportunidades profissionais
e cultura.
MARCELO RIO
o n d e m o r a r .
Foto: Matthew T Rader/Unsplash
23. www.revistaeb5.com Set.19 | Revista EB5 |23
Já há algumas décadas, mas
especialmente nos últimos
anos, o estado tem atraído
muitos brasileiros que vão
a procura de empregos,
educação e uma qualidade de
vida melhor no lugar que tem
fama de ter tudo exagerado,
seja no tamanho dos carros,
porções de comida, chapéus
etc.
Para quem gosta de calor, o
Texas é quente e em muitos
dias de verão, a temperatura
chega próxima ou passa dos
40°. Já no inverno, pode bater
zero grau ou até mesmo -2°,
mas é raro nevar e quando
ocorre, é por poucos dias,
não chegando a ser como em
outros estados como os do
norte, onde a neve e as baixas
temperaturas até impedem
as pessoas de saírem
para trabalhar e estudar. A
primavera é a estação ideal
com uma temperatura muito
agradável. Também são
comuns mudanças bruscas
como um dia estar 25º e no
outro 3º.
A primeira constatação que
podemos fazer, é que o
custo de vida no Texas é
mais interessante do que
em praticamente todos
os estados. Apesar de em
muitos casos, o trabalhador
ganhar um pouco menos, ele
consegue viver melhor, pagar
as despesas normais e ainda
poupar.
Para quem pretende investir, a
boa notícia é que o Texas vive
um “boom” de crescimento
já há alguns anos e
especialistas afirmam que o
estado ainda oferecerá ótimas
oportunidades de negócios
por muito tempo.
Separamos três grandes
cidades do Texas para
avaliar o custo de vida e
suas características: Dallas,
Houston e Austin.
24. Revista EB5 | Set.19 www.revistaeb5.com24|
o n d e m o r a r .
DALLAS
Com cerca de 1,5 milhão de habitantes é o
município mais populoso do chamado Dallas/
Fort Worth Metroplex (DFW), que é o nome
adotado para chamar a região metropolitana do
Texas que conta ao todo com mais dez cidades e
um total de 6,5 milhões de moradores. É como
imaginarmos São Paulo e as várias cidades
coladas, como Barueri e São Caetano.
Dallas vem se desenvolvendo muito nos
últimos anos, houve um forte investimento em
infraestrutura e muitos postos de trabalho em
diversos segmentos foram abertos. Com isso, o
custo de vida subiu um pouco, mas ainda é bem
atrativo para quem vem de fora.
A cidade e toda a região que a cerca têm uma
quantidade gigantesca de opções de lazer,
muitas gratuitas como lagos e parques. Também
há shoppings, festivais o ano inteiro, ranchos e
fazendas para passar um ou mais dias e diversas
áreas para praticar esportes.
Imóveis em Dallas
Em termos de imóveis para alugar ou comprar,
a melhor dica é pesquisar nos subúrbios e na
DFW, pois além dos preços serem mais em
conta, os imóveis são maravilhosos e há uma
tranquilidade bem maior do que residir no
centro.
Nos subúrbios ou na DFW é possível encontrar
um apartamento grande, de dois quartos por
preços entre US$ 1.200 e US$ 1.400 e os de três
quartos por preços entre US$ 1.300 e US$ 1.500.
As casas (focando em imóveis bons) com dois ou
três quartos ficam praticamente na mesa faixa
de preço, claro que dependendo do tamanho
e bairro, podem estar um pouco acima, mas
com muita paciência, é possível encontrar algo
realmente excelente por um preço convidativo.
Já no centro de Dallas, um apartamento pode ser
encontrado a partir de US$ 1.800 passando até
dos US$ 3 mil dólares.
Para quem quer comprar (o mais indicado
Foto: Daniel Barnes/Unsplash
25. www.revistaeb5.com Set.19 | Revista EB5 |25
por especialistas), a dica
tanto em Dallas, como em
Houston e Austin é pesquisar
por casas, pois como são
regiões grandes, há imóveis
incríveis com preços que
seriam inimagináveis em
vários estados americanos.
Uma belíssima casa de três
quartos e espaçosa pode ser
encontrada em Dallas por
preços a partir de US$ 250 mil
dólares; já uma casa um pouco
mais modesta, mas ainda
assim, aconchegante, bonita e
com três quartos, é facilmente
encontrada por US$ 200 mil.
Para os que querem um imóvel
luxuoso, há muitos que são
verdadeiras mansões, dignas
de filmes, com quatro ou cinco
quartos e muito luxo em todos
os cômodos, começando por
volta de US$ 800 mil dólares. Já
as mansões que mais parecem
palácios e possuem oito ou
mais quartos, chegam a custar
de US$ 3 a US$ 8 milhões.
HOUSTON
Além da segurança, podemos
destacar como pontos fortes da
cidade, a qualidade das escolas
públicas e das universidades
como a de Houston, a do Texas,
a A&M e a Rice University.
Houston é referência em áreas
como manufatura, saúde,
aeronáutica, transportes e
indústrias de energia. É a
cidade mais populosa do
Texas, com pouco mais de 2, 3
milhões de habitantes.
Por ser uma cidade grande,
ninguém ficará entediado
em seus dias de descanso.
Há muitos museus, parques,
zoológico, shoppings, o Centro
Espacial da NASA etc.
Imóveis em Houston
Para quem tem filhos, a melhor
opção é morar nos subúrbios,
pois é lá que ficam as melhores
escolas. Sem contar o valor
dos imóveis para comprar ou
alugar que são bem mais em
conta que no centro.
Mas se você não tem filhos e
quer residir no centro, o valor
do aluguel de um apartamento
é mais alto. Essa região central
é chamada de inner loop, os
imóveis são menores e o metro
quadrado mais caro. Um bom
apartamento de dois quartos
custará uma média de US$
1800 a US$ 2200.
Indo para os subúrbios, os
preços caem e o tamanho dos
imóveis aumenta. Um bom
apartamento pode custar a
partir de US$ 800 até US$
1500. Já uma casa de dois
quartos, bonita e espaçosa fica
entre US$ 1300 e US$ 1800.
Se a pessoa tem condições
de comprar um imóvel, os
especialistas afirmam que não
se deve pensar em aluguel,
pois além de estar investindo
em algum que se tornará seu,
ainda verá sua aquisição se
valorizando constantemente.
Em Houston, a dica também
é comprar nos subúrbios,
onde há opções fantásticas.
Uma casa simplesmente
esplendorosa de quatro
quartos e muito espaçosa pode
ser comprada por pouco mais
de US$ 300 mil. Outras, um
pouco menores, mas ainda
lindas e também com quatro
quartos, por pouco mais de
US$ 200 mil. Já para os que
podem e querem investir em
uma mansão, há opções de
algumas que mais parecem
um hotel cinco estrelas, com
nove quartos, piscina enorme
e muito luxo na faixa de US$ 2
milhões (em muitos estados,
o mesmo tipo de imóvel chega
custar o dobro).
Pelo fato dos subúrbios de
Houston serem muito extensos,
é preciso pesquisar com tempo
para conseguir conciliar um
ótimo negócio, onde haja uma
boa escola (caso tenha filhos)
e avaliar a distância para o
trabalho.
AUSTIN
Muitos não sabem, mas Austin
é a capital do Texas, a confusão
ocorre porque Dallas é a cidade
texana mais conhecida, porém
quem pretende trabalhar ou
investir, certamente ficará
surpreendido com Austin.
Com pouco mais de 950
mil habitantes, a cidade é
considerada a mais moderna e
liberal do Texas. Foi a primeira
a aderir à reciclagem e a banir
26. Revista EB5 | Set.19 www.revistaeb5.com26|
o fumo em recintos fechados. Há um grande
número de estudantes vivendo em Austin, pois
nela está o campus principal da Universidade
do Texas (que tem mais de 50 mil alunos). Além
disso, há muitos estrangeiros e pessoas vindo de
todas as partes dos EUA.
A cidade abriga empresas importantes na área
de tecnologia como Dell, Apple, Amazon, IBM,
Google, Facebook, 3M, Activision Blizzard,
Oracle e muitas outras. Também tem atraído
investidores de outros segmentos e possui uma
taxa de desemprego baixa.
Não é uma cidade exatamente turística, mas
para quem decide morar nela, opções para
se divertir não faltam, como parques, locais
históricos, excursões para passeios de bicicleta,
praticar esportes ao ar livre, rios para nadar ou
passear de barco, muitos bares com música ao
vivo etc.
Imóveis em Austin
Não há muita oferta de apartamentos, portanto,
o melhor mesmo é procurar uma casa. Se for
para alugar, os preços variam bastante, mas uma
com padrão bom e com três quartos, pode ser
encontrada em um ótimo subúrbio por preços
entre US$ 1700 a US$ 2 mil.
Se a intenção for comprar, novamente aquela
procura com calma permitirá encontrar
oportunidades fantásticas, como casas
esplendorosas de quatro quartos por US$ 260
mil, outras de três quartos, por US$ 190 mil.
Já para quem pensa em algo de muito luxo, há
mansões que começam em US$ 1,5 milhão e
passam dos US$ 10 milhões.
CUSTO DE VIDA
nas principais cidades
Além dos preços dos imóveis e das
características principais das três cidades
mais importantes do Texas, é importante ter
uma noção do custo de vida nelas. Por serem
as maiores e mais prósperas, os custos são
praticamente iguais em vários itens, mas sempre
levando em conta que alguns valores poderão
elevar ou diminuir os preços, dependendo de
certo hábitos e do número de pessoas na família.
Alimentação
Os gastos com supermercado,
incluindo uma boa compra em
todas as seções, geram um gasto
mensal por pessoa que vai de US$
200 a US$ 240. Se for alguém que
não gosta muito das chamadas
guloseimas, o custo pode ficar
abaixo dos duzentos dólares/mês.
Quem gosta de comer fora terá
ótimas opções, nas churrascarias,
chamadas de steakhouses, é
possível comer à vontade por US$
12 dólares. Nos fast-foods, o gasto
fica entre US$ 5 e US$ 8. Já em
um restaurante de bom nível, na
o n d e m o r a r .
Foto: Tomek Baginski / Unsplash
Lou Neff Point, Austin
27. www.revistaeb5.com Set.19 | Revista EB5 |27
média, o cliente pagará de US$ 12 a US$ 18.
Transporte
O transporte público é deficitário em muitos
locais, especialmente para quem irá residir
nos subúrbios, pois em muitos não há linhas e
nos que existem, são poucas. No caso das três
cidades que pesquisamos, apenas as regiões
centrais são relativamente bem servidas, o que
obrigatoriamente leva os moradores a terem
um automóvel. A boa notícia é que os gastos
com gasolina serão baixos já que o combustível
no Texas é barato, a média mensal não costuma
passar de US$ 100 dólares. No caso dos seguros
de carros, os preços variam de US$300 a
US$800/anuais.
Água e luz
Muitos fatores determinam o valor mensal das
contas de água e luz (ter piscina ou não, tempo
de banho, muitos aparelhos eletrônicos), mas
imaginando uma família de quatro pessoas,
podemos estimar que no caso da água, os gastos
fiquem entre US$ 27 e US$ 50, e da luz, de US$
40 a US$ 90.
TV a cabo, telefone e internet
São muitos os tipos de pacotes que combinam
TV a cabo, internet, telefone, por isso, os valores
dependerão principalmente de quantos canais a
família irá querer ter e da velocidade da internet
contratada, portanto os preços podem variar de
US$ 50 a US$ 200.
Lazer
É possível se divertir muito gastando pouco ou
até mesmo nada nessas três cidades. Há muitos
parques, locais públicos e rios totalmente
gratuitos. Existem também acampamentos,
fazendas e ranchos que cobram de US$ 10
a US$ 20 dólares por pessoa. Além disso, há
várias outras atividades como shows, esportes,
festivais etc., nesses casos, não é possível
estipular uma média, pois há os que podem
custar US$ 5 como os que podem custar
centenas de dólares, como no caso de um show
com um super astro da música.
Saúde e Educação
É de conhecimento praticamente de todos que
as escolas públicas nos Estados Unidos são
gratuitas e oferecem excelente qualidade de
ensino. Já no caso da saúde, a situação muda
e é preciso ter um bom seguro individual
ou familiar, pois os custos hospitalares são
absurdamente altos.
Um bom seguro saúde familiar para quatro
pessoas custará de US$ 600 (básico) a US$ 1500
(avançado), mas é importante ressaltar que
essa é uma área extremamente complexa e que
mesmo tendo um seguro contratado, a pessoa
terá que pagar parte dos custos em consultas e
exames. São muitos tipos de contrato, por isso,
vale a pena conversar com quem já está vivendo
na América há um bom tempo e pode fornecer
dicas valiosas sobre o melhor seguro a escolher.
Impostos
Outro atrativo que o Texas possui em relação
a muitos estados americanos, é o valor dos
impostos. Os residentes são isentos de taxas
estaduais. Por ano, em média, os texanos pagam
em impostos US$ 3.500, já os californianos
pagam US$ 4.900 e os nova iorquinos US$ 7.400.
Mais um detalhe sobre os imóveis
No caso dos valores dos imóveis que citamos
nesta matéria, muitos são locados já com
geladeira, fogão, micro-ondas, máquinas de
lavar e passar.
28. Revista EB5 | Set.19 www.revistaeb5.com28|
G
eralmente, os pais brasileiros buscam um visto EB-5
para eles, seus cônjuges e filhos solteiros com menos de
21 anos de idade. Mas o que acontece quando os pais
não querem residência nos EUA, mas querem o visto EB-5 para
que seus filhos possam cursar o ensino médio ou a faculdade
na América como residentes nos EUA? Embora envolva
documentação cuidadosa, os pais podem doar os fundos para
um investimento em EB-5 a seus filhos menores, e estes podem
se tornar candidatos ao EB-5.
É importante observar que o Serviço de Cidadania e Imigração
dos EUA (USCIS) não possui uma política específica em relação
à aprovação de menores como investidores EB-5. Embora
atualmente não exista nenhuma proibição a este respeito, os
pais brasileiros devem trabalhar em estreita colaboração com
seus advogados de imigração para mostrar que o contrato de
investimento é válido e não é anulável. Nos EUA, os contratos
firmados por menores geralmente são nulos ou anuláveis pela
criança quando ela se torna adulta. No entanto, de acordo com a
Lei de Transferências Uniformes para Menores, ou UTMA (The
Uniform Transfers to Minors Act *), também conhecida como
LeideDoaçõesUniformesparaMenores,umpaiouresponsável,
agindo em nome de um filho menor, pode firmar um contrato
como curador em nome dessa criança, e esse contrato não é
anulável.
i m i g r a ç ã o .
Lylian Loureiro
Fazendo um investimento EB-5
para seu filho menor
29. www.revistaeb5.com Set.19 | Revista EB5 |29
Lylian Loureiro é especialista em vistos de investimento na empresa
EB5 para Brasileiros e atua como Immigration Adviser desde 2013,
trabalhando especialmente com o Visto EB5. Com experiência de mais
de 20 anos no mercado financeiro e real estate, colabora com diver-
sos centros regionais na divulgação de seus projetos EB5 no Brasil
e mantém parceria com os mais renomados advogados de imigra-
ção americanos. Lylian ama ajudar pessoas que sonham em morar
nos EUA legalmente e com total liberdade e acredita que seu trabalho
pode mudar a vida de muitas pessoas.
Há alguns pontos importantes a serem lembrados.
Primeiro, os pais devem doar os fundos destinados
ao investimento EB-5 para a criança. Segundo,
o dinheiro para financiar a subscrição do
investimento EB-5 deve ser transferido de uma
conta bancária, que pode estar no nome do pai /
responsável ou no nome do menor, diretamente
para a conta bancária do projeto EB-5 nos Estados
Unidos. Terceiro, em nenhum momento os pais são
donos da participação da criança no investimento
o na empresa de responsabilidade limitada onde
acontece a criação de empregos para o EB-5. A
participação deve ser adquirida diretamente em
nome da criança. Por fim, embora os pais sejam
responsáveis por gerenciar o ativo até que a
criançacomplete18anos(ou21emalgunsestados
americanos), ao atingir essa idade, o controle é
transferido automaticamente para a criança.
A aquisição de uma participação em projeto EB-5
sob as regras da UTMA, realizada em nome de uma
criança resulta em um contrato de investimento
não anulável, que deve atender aos requisitos
atuaisdoEB-5, conformeinterpretadospeloUSCIS.
Mesmo que não haja limite de idade estabelecido
por lei, regulamento ou política do USCIS, é
aconselhável limitar essas transações a casos em
que a criança tenha pelo menos 13 anos de idade.
Além disso, lembre-se de que muitos bancos que
possuem escrow accounts EB-5 não aceitam
depósitos de menores de idade ou não têm uma
política de aceitação de tais depósitos, o que
significaqueinvestidoresmenoresdeidadepodem
ter que renunciar à garantia da escrow account
para realizar um investimento em EB-5.
30. Revista EB5 | Set.19 www.revistaeb5.com30|
a r t i g o .a r t i g o .
EB-5eInvestimentonosEUA
Aspectos Tributários
Privacidade e responsabilidade
A privacidade requerida pelo investidor dependerá
de sua exposição financeira frente a eventuais riscos
comerciais, credores futuros, bem como trocas de in-
formações. A privacidade é limitada, porém poderá ser
alcançada através da aquisição de ativos americanos
em um nome diferente daquele do investidor. Estrutu-
ras comumente utilizadas incluem Trusts estrangeiros
“OPrograma EB-5 é uma
excelente oportunidade
para se obter o Green Card. ”
Robert de Ruijter | DR Asset Planning
Ao aplicar para o programa, um investidor Brasileiro nos EUA poderá ter muitos
objetivos que vão além do sonho de viver em solo norte-americano. Além de um bom
planejamento tributário, esses objetivos usualmente incluem a privacidade, a proteção
da responsabilidade sobre os seus investimentos, bem como a necessidade de otimizar
a manutenção de seu patrimônio a partir dos EUA. Com a aprovação e concessão do
Green Card, o investidor será considerado como contribuinte americano para fins fiscais e
deverá declarar todas as suas receitas (mundialmente) ao fisco americano. Os investidores
EB-5 poderão estar preparados para esta transição, planejada antes de receber o status
de residência permanente nos EUA. Pretende-se aqui demonstrar alternativas de como
o investidor poderá organizar o seu patrimônio, considerando as diferentes realidades
tributárias, em dois momentos: i) não residente (apenas investidor); e ii) após a concessão
do Green Card, como residente fiscal.
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31. www.revistaeb5.com Set.19 | Revista EB5 |31
e sociedades de responsabilidade limitada constitu-
ídas nos EUA (LLC’s), que poderão ser estruturadas
legitimamente para este fim.
As LLC’s poderão proteger seus proprietários
contra eventuais riscos associadas com os negócios
e investimentos. As quotas de participação em LLC’s
não estão sujeitas a serem vinculados por credores,
tornando-as um veículo de proteção patrimonial
mais eficaz do que as corporações locais (Corpora-
tions).
Imposto de renda dos EUA
Durante a fase de aplicação, um investidor EB-5 é
conhecido como “estrangeiro não residente” (NR)
para fins do imposto de renda americano. Um NR é
definido como uma pessoa estrangeira que esteja (i)
fisicamente presente nos EUA por menos de 183 dias
em qualquer ano, (ii) menos de 31 dias no ano atual
e fisicamente presente por menos de 183 total dias
por um período de três anos (usando uma fórmula
de pesagem), e (iii) não contém um Green Card. Os
investidores do EB-5 são geralmente NR’s até obter
seu status de residência permanente.
Um NR está sujeito a um imposto de renda fixo
à alíquota de 30% sobre quaisquer rendimentos
auferidos nos EUA (que não estejam efetivamente
ligados a um comércio ou negócio local) e que estão
sujeitos à retenção de impostos pelo pagador; como
por exemplo: juros, dividendos, royalties e aluguéis,
prêmios de seguro. A tributação poderia ser redu-
zida por um tratado fiscal aplicável, muito embora
atualmente o mesmo não exista entre o Brasil e os
EUA. O rendimento é tributado sobre o valor bruto
da operação, sem deduções. Na prática, isso signifi-
ca que a maioria dos pagamentos realizados a NR’s
estarão sujeitos a uma retenção na fonte.
Uma exceção interessante aplica-se aos ganhos de
capital. Os estrangeiros geralmente não são tribu-
tados em seus ganhos realizados nos EUA. Por esse
motivo, um grande componente do planejamento
tributário para os investidores do EB-5 poderá opor-
tunizar o desencadeamento de ganhos de capital a
nível mundial antes de o NR se tornar um contri-
buinte local.
Rendimentos obtidos através de um comércio ou
negócio nos EUA (renda “efetivamente conectada”)
são tributados assim como qualquer outro contri-
buinte americano, desde que o investidor detenha
quotas de participação em uma empresa local, que
poderá ser uma LLC. Consequentemente, NR’s devem
investir através de empresas locais, a fim de otimizar
a carga tributária e eventuais riscos associados com
a reponsabilidade sobre os seus negócios. O investi-
dor deverá atentar-se também para a possibilidade
de bitributação, uma vez que os EUA aplicam impos-
tos sobre dividendos, o que poderá ser satisfeito com
um correto planejamento.
Imposto sobre doações e sucessões
Um NR possui um tratamento diferenciado relati-
vo ao imposto sucessório (causa mortis). A análise
inicial deverá considerar se o estrangeiro pretende
tornar os EUA o seu domicílio. Esta é uma análise
subjetiva que observará a duração da estadia nos Es-
tados Unidos, a frequência das viagens, assim como
a participação nos negócios locais. Um investidor do
EB-5 poderá deparar-se com a situação de ser resi-
dente dos EUA para fins de imposto de renda, mas
um NR para fins de imposto sucessório, no momento
anterior à obtenção do Green Card.
Com relação ao imposto sucessório a que um NR
está sujeito, o mesmo é aplicado apenas sobre a pro-
priedade situada nos Estados Unidos no momento
de sua morte. Neste caso, a tributação sobre um NR
(que poderá ultrapassar 40%) é a mesma imposta
aos residentes, no entanto, a isenção ao NR’s é de
apenas US$ 60 mil do valor dos ativos, contra os
US$ 11,2 milhões aplicáveis aos cidadãos e detento-
res do Green Card, conforme dados atuais.
Com o planejamento adequado, esses resultados
poderão ser evitados. Por exemplo, os bens situados
nos EUA pertencentes a um NR estão sujeitos ao im-
posto sucessório, mas não se forem de propriedade
de uma empresa estrangeira (como participações em
empresas estrangeiras por NR’s não estão sujeitas
aos impostos sobre sucessões dos EUA). Mesmo que
os bens sejam de propriedade de um NR, poderá ser
benéfico hoje realizar a transferência de um bem
particular para uma empresa estrangeira (geralmen-
te tratada como uma venda) para evitar o imposto
32. Revista EB5 | Set.19 www.revistaeb5.com32|
a r t i g o .
sucessório no futuro.
As doações realizadas por NR’s, por outro lado,
possuem um tratamento mais vantajoso, já que um
NR não está sujeito aos impostos sobre doações com
relação a doações de bens não situados nos EUA.
Assim, se corretamente planejado, um investidor
EB-5 poderá transmitir qualquer soma de dinheiro
do exterior a um parente ou amigo nos EUA (seja re-
sidente ou não) e nenhuma das partes ficaria sujeita
ao imposto sobre doações.
Doações de ativos localizados nos EUA, detidos por
NR’s, estão sujeitas a impostos sobre doações, com
exceção de bens intangíveis; como por exemplo, as
quotas de participação em sociedades locais. Isto
significa que os imóveis pertencentes a um NR por
meio de uma LLC poderão ser transferidos através da
doação das ações da mesma.
Os planejamentos tributário e patrimonial para
NR’s poderão ser bem sucedidos quando realiza-
dos através de (i) empresas estrangeiras para deter
ativos dos EUA, ou (ii) a isenção do imposto sobre
doações para intangíveis, como forma de remover
os ativos dos Estados Unidos. O planejamento para
investidores do EB-5 poderá incluir a constituição de
uma LLC, a doação antecipada de ativos para mem-
bros da família ou Trusts; levando em consideração o
período de transição do domicílio fiscal.
Estruturação dos investimentos
Um investidor do EB-5 poderá adquirir ativos nos
EUA usando várias estruturas alternativas de hol-
ding, a fim de otimizar ou eliminar os impactos da
tributação sobre o seu patrimônio. Em cada caso, os
objetivos e prioridades do investidor determinarão
o tipo de estrutura a ser utilizada. Cada alternativa
apresenta suas próprias vantagens e desvantagens:
não existe uma estrutura perfeita.
MODELO 1
A propriedade direta dos ativos dos EUA é simples
e não está sujeita a imposto ou está sujeita a apenas
um nível de imposto sobre a disposição. As desvan-
tagens do investimento direto são: sem privacidade,
sem proteção de responsabilidade, a obrigação de
apresentar declarações de imposto de renda nos
Estados Unidos e, se de propriedade da morte, o
ativo pode estar sujeito aos impostos sucessórios dos
Estados Unidos.
MODELO 2
Sob uma estrutura empresarial mais simplificada,
o NR poderá adquirir o ativo através da empresa.
Para fins de comparação, consideraremos que o NR
figura como acionista direto de uma LLC nos EUA, ou
alternativamente, de uma empresa estrangeira, por
exemplo. A empresa (local ou estrangeira) pode ser
uma entidade desconsiderada para fins de imposto
de renda nos EUA. Esta já é uma melhoria em rela-
ção à estrutura de propriedade direta, porque esta
estrutura fornece ao NR a proteção de privacidade e
responsabilidade, além de permitir doações em vida
que escapam do imposto sobre doações dos EUA. No
entanto, a obrigação de apresentar as declarações de
imposto de renda dos EUA, a possibilidade de aplica-
ção do imposto sobre sucessões dos EUA e a eventual
bitributação continuam.
MODELO 3
Como os impostos geralmente não são reduzido
ou eliminados nos modelos anteriores, a estrutura
mais vantajosa para a propriedade dos ativos nos
EUA pelo investidor do EB-5 é através da “empresa
estrangeira híbrida”. Aqui, o investidor possui uma
empresa estrangeira, que por sua vez possui uma
LLC tributada como uma corporação. Esta estrutura
oferece proteção de privacidade e responsabilidade,
possui requisitos limitados quando a declarações
de imposto de renda dos EUA, evita o imposto sobre
sucessões, permite doações em vida isentas de
impostos, além de evitar a tributação local sobre os
lucros não distribuídos. As distribuições da LLC para
a empresa estrangeira continuarão sujeitas à reten-
ção de 30% mencionadas acima, porém observe que
o momento e o montante desses dividendos (se hou-
ver) estão dentro do controle do investidor, que criou
a estrutura levando em consideração este objetivo.
MODELO 4
Um investidor também poderá considerar a trans-
ferência irrevogável de bens em benefício de seus
familiares residentes nos EUA. Se bem estruturado,
33. www.revistaeb5.com Set.19 | Revista EB5 |33
um “Trust pré-imigratório” poderá ser uma excelente
alternativa para concretizar a transferência de bens
localizados fora dos EUA aos seus beneficiários, com
a isenção do imposto sobre doações americano.
Conclusão
Existem várias considerações e estruturas disponí-
veis para os investidores EB-5. Cada estrutura apre-
senta suas próprias vantagens e desvantagens que
exigem análise à luz dos objetivos e prioridades do
investidor. Do ponto de vista tributário, observa-se
que existe uma mudança significativa do tratamen-
to fiscal de acordo com do domicílio do investidor;
portanto cada investidor, ciente das consequências
fiscais a que estará sujeito, quando da imigração nos
EUA, poderá mensurar os impactos e contar com o
suporte de profissionais que estabelecerão a estrutu-
ra mais adequada.
Antes de montar a estrutura, solicitamos uma
opinião legal para confirmar os aspectos fiscais. As
diferenças entre as possibilidades através de um
regime ou outro para estruturar as operações ba-
seiam-se, quase que em sua totalidade, nos aspectos
tributários e implicações jurídicas no país de resi-
dência de cada indivíduo.
Foto:rawpixel.com/Pexels
34. e v e n t o s E B 5 .
www.revistaeb5.comRevista EB5 | Set.1934|
Festa de Lançamento da Revista EB5 para Brasileiros
Rafael Anchia e Lylian Loureiro Felipe Ieda
Helena De Gino
Jessica Cavasotto
Rafael Anchia recebe convidados. Rafael Anchia, Dr. Fernando Retzler e Gabriel Mercadante
Lylian Loureiro e Chantal BrissacLylian Loureiro e Jessica Cavasotto recebem Aparecida Pereira Camacho e esposo. Dra. Luciene Lacerda e Dra. Neusa Maria Carvalho marcaram presença
Liliana Tibério conversa com Rafael Anchia
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