O documento discute várias opções de bolsas de estudo para estudar no exterior, incluindo: 1) O programa de bolsas da Fundação Estudar, que oferece bolsas parciais ou integrais para graduação e pós-graduação nas melhores universidades do Brasil e do mundo. 2) O programa Lemann Fellowship, que oferece bolsas integrais e parciais para estudos em educação, políticas públicas e saúde pública em universidades como Harvard, Stanford e Columbia. 3) As bolsas Chevening, oferecidas

1. ESPECIAL
Tudo sobre
bolsas
de estudo

2. Nossa proposta
Realizar um curso de graduação ou pós no exterior é uma
experiência extremamente enriquecedora, tanto do ponto
vista pessoal como profissional. No entanto, pouco acessível
financeiramente - a mensalidade de um curso de graduação em
uma universidade média dos Estados Unidos pode chegar a
US$ 30 mil por ano. Em Harvard, a 'top' dos rankings, a anuidade
sobe para US$ 43 mil.
Quando o assunto é pós-graduação, os preços são ainda mais
elevados. O mestrado executivo na Booth School of Business,
a escola de negócios da Universidade de Chicago, por exemplo,
sai por US$ 168 mil. Na Wharton School, da Universidade da
Pensilvânia, por US$ 181.500. Isso sem contar os gastos do
aluno com moradia, alimentação e transporte, que elevam
significativamente os custos finais da experiência.
A boa notícia é que há instituições, nacionais e internacionais, que
se dedicam a tornar possível a ida de brasileiros ao exterior. Uma
delas é a própria Fundação Estudar - idealizadora deste especial
- que investe na formação de jovens de alto potencial por meio
de oportunidades de estudos e carreira. Criada em 1991 por três
dos mais importantes empreendedores do mundo, Jorge Paulo
Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles, a Fundação Estudar oferece
bolsas de estudo por mérito para as melhores escolas do Brasil
e do mundo.
Neste guia, você irá entender em detalhes como funciona o
programa de bolsas da Estudar e conhecer outras organizações
que podem te ajudar a tornar o possível o sonho de estudar fora.
No site estudarfora.
org.br/especiais você
tem acesso a guias
exclusivos e gratuitos.
→

3. A Fundação Estudar e o seu programa de bolsas
nasceram juntos, em 1991. Desde então, mais de
550 jovens já foram contemplados com bolsas
de estudo para cursos de graduação e pós nas
melhores universidades do Brasil e do mundo. Para
concorrer aos benefícios, é preciso ser brasileiro(a),
tem entre 16 e 34 anos de idade, apresentar
excelência acadêmica, e sonhar em deixar um legado
para o país. É preciso também já estar matriculado
no curso desejado ou em processo de aceitação. Há
bolsas de estudo para as seguintes modalidades:
Graduação
1. Cursos de graduação no Brasil e no exterior;
2. Intercâmbio acadêmico durante a graduação;
3. Duplo-diploma no exterior durante a graduação;
Pós-graduação
1. Mestrado, doutorado e pós-doutorado no exterior.
O valor da bolsa pode variar entre 5% e 95% do valor
solicitado pelo candidato. Isso é informado apenas ao
término do processo àqueles que foram aprovados.
O Programa de Bolsas possui oito etapas seletivas:
inscrição, testes online, gravação de vídeo, entrevista
preliminar, entrevista completa, dinâmica, painel
com ex-bolsistas e entrevista final. “Nossas
premissas durante a seleção são essencialmente
meritocráticas”, afirma Izabella Mattar, coordenadora
Diferenciais
do programa de bolsas
da Fundação Estudar
Carro chefe da instituição, programa é a principal porta
de entrada para uma rede de líderes transformadores
do processo de seleção de bolsistas. “Nós olhamos
para as realizações e conquistas do candidato
até então, ou seja, os saltos que ele já realizou –
levando em consideração de onde a pessoa veio e
quais foram as condições que ela encontrou nesse
processo. Acreditamos que isso é um indicativo de
um salto muito maior que ela pode dar com o nosso
apoio. Queremos gente que realmente vai impactar o
Brasil”, completa.
Benefícios do programa
Além da bolsa de estudos, os selecionados recebem
o convite para fazer parte da Comunidade Estudar -
uma rede de pessoas que sonham grande, querem
transformar o país e deixar um legado para as futuras
gerações. Dentro desta comunidade, os jovens
são conectados a grandes líderes que servem de
mentores. A Estudar também acompanha a trajetória
acadêmica e profissional de seus ex e atuais bolsistas
por meio de programas de desenvolvimento.
Prazos
No site bolsas.estudar.org.br há as datas do
processo seletivo em vigor e uma seção de
Perguntas e Respostas.

4. Bolsistas
da Fundação Estudar
dão dicas sobre
o processo seletivo
"Seja verdadeiro e não tente parecer perfeito"
é uma das orientações. Veja outras!
Giuliana Reis, de 25 anos, cursa MBA na Chicago
Booth School of Business. Já José Frederico Lyra
Netto, de 30 anos, é aluno de mestrado em Políticas
Públicas em Harvard. Lá, também estuda Renan
Ferreirinha, de 21 anos, no 2º ano de graduação.
Ele é amigo de Bárbara Cruvinel, de 19 anos, aluna
de Yale. Além de estudaram em instituições de
excelência, eles também têm outro fato em comum:
são bolsistas da Fundação Estudar.
A seguir, eles dão dicas que consideram ter
contribuído para que fossem aprovados no processo
seletivo da instituição:
1. Informe-se a fundo sobre a organização:
vá preparado!
Renan e Giuliana fazem coro ao dizer que a regra
número para qualquer processo seletivo é se
preparar, obtendo o máximo de informações
possíveis sobre a empresa ou organização. “Saiba
em detalhes o que a empresa ou organização faz,
conheça seus valores – e como eles dialogam com o
que você acredita, quais são as etapas do processo
e quem são as pessoas envolvidas”, afirma Giuliana.
2. Seja verdadeiro e não tente parecer perfeito
“No processo da Fundação Estudar, ser você
mesmo é a melhor coisa que você pode fazer.
Pode parecer clichê, mas não é”, diz Bárbara. A
estudante exemplifica o que diz com uma situação
que vivenciou em uma das etapas de entrevistas:
“Perguntaram: ‘Queremos abrir uma empresa,
vocês vão com a gente?’. Todos os candidatos
responderam imediatamente que ‘sim’ e eu disse que
‘não’, que meu objetivo é fazer pesquisa científica e
eu só iria se fosse algo nesta área."
Para Giuliana, a orientação principal é ser verdadeiro
e não tentar parecer perfeito. “Na minha entrevista
perguntaram-me por que optei por Chicago Booth e
não o MIT (Massachusetts Institute of Technology),
já que tenho um perfil bastante empreendedor, e eu
fui direta: ‘Porque não passei lá’. Todos riram”, conta.
3. Conheça-se e saiba “vender seu peixe”
Ao longo das oito etapas de seleção, os candidatos
são diversas vezes confrontados e precisam saber
defender seus sonhos e paixões. “Há diferença
entre arrogância e sinceridade. É muito importante
ser sincero e mostrar suas skills (habilidades), sem
timidez”, diz Renan.
No meio de tantos candidatos altamente capazes,
José Frederico considera que histórias diferentes e
ousadas contam pontos. “Não tente falar algo só para
agradar, aposte nas suas crenças. Eu, por exemplo,
deixei claro que meu sonho é ser político. Acho que
isso é algo incomum e que chamou a atenção”, diz.

5. Lemann Fellowship:
o programa de bolsas
de quem quer mudar o Brasil
Além de bolsas de estudo
para cursos de pós
no exterior, participantes
recebem apoio no
desenvolvimento
de suas carreiras
→
O Lemann Fellowship é um programa de talentos da
Fundação Lemann que concede bolsas de estudo
integrais e parciais para pós-graduação nas áreas
de Educação, Políticas Públicas e Saúde Pública em
algumas das melhores universidades do mundo.
Além da ajuda financeira, os bolsistas são inseridos
em uma poderosa rede de contatos e recebem apoio
para o desenvolvimento de suas carreiras.
O objetivo do programa é contribuir para a formação
de capital qualificado no país: a expectativa é que,
ao se preparar nas melhores escolas, os bolsistas
sejam capazes de auxiliar o Brasil a superar alguns
de seus principais problemas sociais.
Para se candidatar às bolsas, os interessados devem
já ter sido aprovados pelo processo regular de
candidatura em programas de pós-graduação das
universidades parceiras. Após ingressarem no curso,
devem manifestar seu interesse pela bola. A seleção
é feita pela própria universidade, utilizando critérios
combinados com a Fundação Lemann.
Veja a seguir a lista de universidades e programas
participantes:
HARVARD Bolsas para os programas de mestrado
da Graduate School of Education, School of Public
Health e Kennedy School of Government e para
projetos relacionados ao Brasil na Graduate School
of Arts and Sciences.
STANFORD Bolsas de mestrado e doutorado na School
of Education, incluindo o joint degree MBA/MA em
Educação.
COLUMBIA Bolsas para os programas de mestrado
da School of International and Public Affairs (SIPA),
Teachers College (TC), Mailman School of Public
Health, Journalism School, School of Social Work e
Graduate School of Architecture, Preservation and
Planning.
OXFORD Bolsas para o programa de mestrado em
Políticas Públicas na Blavatnik School of Government.
UNIVERSIDADE DE ILLINOIS (URBANA-CHAMPAIGN)
Bolsas para doutorado em todas as áreas da
universidade, para projetos relacionados ao Brasil.
UNIVERSIDADE DA CALIFÓRNIA (UCLA) Bolsas para
mestrado e doutorado em todas as áreas.
YALE bolsas para o Programa Yale World Fellows.
MASSACHUSETTS INSTITUTE OF TECHNOLOGY (MIT)
Bolsas de estudo em qualquer uma das cinco escolas
de pós-graduação desde que o programa tenha foco
em educação e impacto.
Valor das bolsas - O valor das bolsas varia entre as universidades. Em todos os casos, são válidas por um
ano, renováveis por mais um. Em Stanford, por exemplo, as bolsas são integrais (cobrem todo o valor da
anuidade e grande parte dos custos de vida do aluno). Já em Harvard e Columbia, as bolsas são parciais,
com valores variando de acordo com a necessidade socioeconômica do candidato. Saiba mais no site do
programa: fundacaolemann.org.br/fellowship/

6. Sonha em estudar
no Reino Unido?
Saiba como funcionam
as Bolsas Chevening
As bolsas de estudo Chevening são concedidas
desde 1983 pelo governo britânico para alunos de
mais de 160 países, incluindo o Brasil, que tenham
sido aprovados em universidades do Reino Unido.
Em 2014/2015 foram oferecidas mais de 600
bolsas. Hoje, existem cerca de 43.000 ex-bolsistas
Chevening pelo mundo.
A bolsa cobre as passagens de ida e volta para o
Reino Unido, anuidade de até £13.000 (caso este
valor seja ultrapassado, o aluno deverá arcar com
o valor remanescente) e gastos com despesas
pessoais. Em geral, as bolsas são concedidas para
programas de pós-graduação de um ano (mestrado
ou MBA). Candidatos das mais diversas áreas
(humanas, exatas e biológicas) podem concorrer.
No entanto, conseguir uma bolsa Chevening exige
muito esforço. O Conselho Britânico é bastante
rigoroso e só concede a bolsa para alunos que
tenham notas excelentes, demonstrem potencial
de liderança e sejam formadores de opinião. Outras
características esperadas de um bolsista são:
→ Ser formado há até 10 anos (é o que eles
chamam de mid-career), demonstrar habilidade
intelectual e ter potencial de liderança;
→Ter experiência profissional de, pelo menos, dois
anos (aqui também se aplicam trabalho voluntário,
estágio remunerado ou não-remunerado);
→Desejar retornar ao seu país de origem após
concluir os estudos para utilizar os conhecimentos
adquiridos no Reino Unido;
→Possuir um histórico profissional de excelência e
conquistas, e ter potencial para se tornar um grande
líder em sua área;
O processo seletivo tem apenas duas fases: na
primeira, o candidato envia a documentação
exigida e as cartas de recomendação. Na segunda,
é convidado para uma entrevista em inglês na
Embaixada Britânica ou em cidades que tenham
consulado britânico. A fase da entrevista é, não sem
razão, a mais temida.
Logo no início, os entrevistadores pedem para o
candidato falar de si mesmo. Por isso, é fundamental
ter clareza dos seus objetivos ao fazer o curso na
Inglaterra. “É preciso demonstrar que você tem
potencial para ser uma pessoa de destaque no
seu meio e que deseja utilizar os conhecimentos
adquiridos para contribuir com o Brasil”, diz Danilo
Limoeiro, de 33 anos, doutorando em Ciência Política
no MIT (Massachusetts Institute of Technology),
que foi bolsista Chevening durante seu mestrado na
Universidade Oxford, em 2009.
Além disso, na entrevista, você também poderá ser
questionado sobre como estudar no exterior poderá
auxiliá-lo em sua carreira e onde você se vê daqui
cinco anos. Atenção: uma das perguntas mais
importantes é “qual a posição máxima que você
acha que pode alcançar na vida?”. Os especialistas
ouvidos pelo Estudar Fora disseram que, neste ponto,
é importante deixar de lado a modéstia e demonstrar
suas verdadeiras ambições.
Para ter tranquilidade no processo, o ideal é se
candidatar ao programa com antecedência mínima
de um ano e meio a dois anos. “Se você quiser
aplicar para o mestrado no final de 2016, por
exemplo, é preciso aplicar já neste ano para a bolsa.
Você nem sabe se foi admitido na universidade e já
está fazendo o processo seletivo da bolsa de forma
paralela”, diz Danilo.
Dentre os fatores que contribuíram para a sua
aprovação, Danilo considera que ter sido servidor
público pode ter influenciado. “Passar num concurso
público concorrido quando ainda se é muito jovem
pode demonstrar que o candidato é esforçado
e busca novos desafios”, afirma. A clareza de
propósitos também foi essencial: “Precisei mostrar
o que eu realmente pretendia com o curso e como
poderia contribuir com meu país depois que
qualificasse na Inglaterra”.

7. Bolsas Erasmus Mundus
levamvocê à Europa
Programa da Comissão Europeia custeia estudos
de alunos, professores, atletas e até funcionários
administrativos de universidades
O Erasmus Mundus é um programa de cooperação
internacional, criado em 2004 e financiado pela
Comissão Europeia, que permite estudantes e
pesquisadores de todo o mundo realizar um
intercâmbio ou mesmo ter sua formação completa
em algumas das melhores universidades europeias.
Desde 2004, várias instituições de ensino superior –
inclusive as ‘tops’ do Brasil como USP, Unesp, UFRJ,
dentre outras – realizaram convênios com centros
de ensino da Alemanha, Bélgica, Itália, França,
Espanha, e demais países membros. Assim como
os brasileiros têm a chance de estudar na Europa,
alunos europeus também já vieram ao Brasil passar
uma temporada nas universidades daqui.
Em 2014, o programa completou dez anos e passou
a ser chamado de Erasmus +. Esta mudança
está atrelada a uma significativa expansão, que
unificou diversos tipos de financiamento em um
só projeto. Com um orçamento de 14.774 bilhões
de euros, o principal objetivo do projeto é promover
uma mudança sócio-econômica na sociedade
europeia – e, por consequência, em todos os países
participantes –, por meio de investimentos em
educação.
Há bolsas para graduação sanduíche, pós-graduação
(mestrado completo, mestrado sanduíche, doutorado
completo e doutorado sanduíche) e pós-doutorado.
O programa também oferece bolsas para servidores
públicos que atuem no ramo da educação.
Como a educação é o tema central do programa,
o atual desenho do Erasmus + também permite o
intercâmbio entre diretores de escolas de ensino
fundamental e médio, públicas ou particulares,
bem como de atletas e técnicos esportivos. Os
intercâmbios tem duração de 2 a 24 meses.
Mais informações podem ser obtidas no guia
Erasmus+.

8. OrangeTulip
Scholarship:a bolsa
de estudos que te
leva à Holanda!
País oferece a brasileiros bolsas para
cursos de graduação e mestrado em
língua inglesa
A Holanda oferece bolsas de estudo exclusivas
para brasileiros em cursos de graduação e
mestrado ministrados em língua inglesa. Das
bolsas disponíveis, a mais conhecida é Orange Tulip
Scholarship (OTS), criada em 2012, e que cobre o
valor das mensalidades e, em alguns casos, até
gastos pessoais do aluno.
Em 2015, a OTS está oferecendo 76 bolsas para
brasileiros em 22 instituições de ensino holandesas.
Há bolsas para cursos de graduação e de pós nas
mais diferentes áreas, de artes a ciências exatas,
e os benefícios podem chegar a € 32.500 em
anuidades e € 24.000 em ajuda de custo.
Para se candidatar ao programa, é preciso: ser
brasileiro (a); ter excelente desempenho acadêmico;
não estar estudando ou trabalhando na Holanda; ter
fluência em inglês, e estar em processo de admissão
ou já ter sido admitido na escola de interesse.
“É importante o candidato possuir um objetivo claro
para sua carreira e enfatizar na carta de motivação
como o curso pretendido será importante para os
seus planos profissionais”, ressalta Simone Perez,
responsável pela promoção das bolsas de estudo
OTS no Brasil.
O processo de seleção inclui exame de proficiência
em inglês (TOEFL ou IELTS) e o envio, também em
inglês, de cópia do currículo, carta de motivação e
cartas de referência.
O advogado Julio Furtado, de 28 anos, viu na OTS a
chance de estudar fora. Hoje, cursa LLM (mestrado
em Direito) na Radboud University Nijmegen. “O
valor pago pela OTS é justo, além de que a bolsa
contempla áreas que, normalmente, não possuem
tanta oferta, como é o caso do Direito”, ressalta.
Sobre como chegar lá, ele avisa: “estude
detalhadamente a universidade e o curso para o
qual deseja se candidatar. Os holandeses apreciam
pessoas pró-ativas e que querem aprender
sempre mais. Não seja tímido! Escreva e-mails
para as instituições, visite os sites, vá às feiras
de intercâmbio para conversar com a equipe da
Nuffic Neso Brasil, instituição que oferece as bolsas.
Candidate-se sabendo exatamente o que quer e onde
gostaria de chegar", orienta.

9. A Fulbright é um programa de bolsas fundado em
1946 com o objetivo de promover o intercâmbio
entre diversos países do globo. No Brasil, existe uma
comissão que cuida disso desde 1957. Desde então,
mais de 3.500 brasileiros foram estudar nos Estados
Unidos e mais de 2.700 americanos vieram ao Brasil
ensinar inglês e divulgar sua cultura.
Há bolsas para graduação, mestrado, doutorado
sanduíche e pós doutorado, além de visiting scholars
(quando um pesquisador passa um período
trabalhando em outra instituição de ensino). No
entanto, é bom ressaltar que as bolsas de graduação
só se aplicam a alunos que desejem estudar em
community colleges, e que as bolsas de mestrado são
exclusivas para cursos de Cinema. Já as bolsas de
doutorado sanduíche, pós doutorado e de professores
visitantes são mais flexíveis e cobrem praticamente
todas as áreas.
A bolsa Fulbright já revelou diversos talentos ao redor
do mundo: no total, 53 ex-bolsistas foram agraciados
com o prêmio Nobel. Camila Menezes, coordenadora
de programas da Fullbright no Brasil, afirma que o
processo de seleção, embora simples, é bastante
rigoroso: “O procedimento é realizado em etapas:
análise documental, análise de mérito – em que
professores e pesquisadores especializados na área
do candidato analisam o projeto de pesquisa –, além
de uma entrevista, que pode ser pessoal, por telefone
ou Skype.”
Fulbright:a bolsa dos
ganhadores do Nobel
Ainda pouco conhecida no Brasil, a bolsa Fulbright
tem nada menos que 53 ex-bolsistas agraciados
com o prêmio Nobel
Segundo Camila, os candidatos precisam demonstrar
forte senso de persistência e pró-atividade.
"Queremos bolsistas que tenham dedicação e
paixão pelos estudos e que voltem ao Brasil para
compartilhar o conhecimento adquirido", enfatiza.
O mineiro Vinícius Werneck, de 28 anos, é um
desses alunos. Ele, que está fazendo seu doutorado
sanduíche em Harvard, conta que ser bolsista
Fulbright é uma experiência incrível. “Além da
bolsa, que é ótima, é possível realizar um excelente
networking com outros fulbrighters, já que a instituição
promove diversos encontros com gente de mais de
40 países”, diz.
E não é só: para que os bolsistas possam se
encontrar enquanto estiverem estudando nos EUA, a
Fulbright custeia passagens e hospedagens. Também
oferece ingressos para museus e eventos culturais,
além de um valor significativo para pagar entradas
em congressos e seminários que o bolsista deseje
participar. Para quem tem interesse pela bolsa, a dica
de Vinícius é preparar um projeto de pesquisa robusto.
“Vale a pena mandar email para todos os professores
que pesquisam na sua área. Entre nos sites dos
departamentos das universidades que você tem
como alvo e faça contatos. Não tenha vergonha."

10. Realizar um curso de graduação ou pós de graça
no exterior? Sim, é possível! A França, por exemplo,
é um dos países europeus que oferecem cursos
gratuitos e em inglês. Mas para encontrar o
programa que atenda aos seus interesses é preciso
muita pesquisa. A seguir, o Estudar Fora te mostra
como fazer isso:
Onde pesquisar
Comece fazendo uma visita ao site Campus
France, que oferece informações detalhadas
para estrangeiros que pretendem estudar no país.
Observe que no topo direito da página inicial o site
oferece sua versão em inglês, mais fácil de navegar
para quem não é fluente em francês.
Neste site, é possível pesquisar por título pretendido
(graduação, mestrado, doutorado, etc), área de
interesse, língua do curso (inglês, alemão ou ambos),
dentre outros critérios. Se o seu objetivo é fazer um
curso em inglês, na página inicial clique em “Study in
France”, na barra superior. Depois, vá para “Find your
program” e “Programs taught in English”.
Exemplos de como encontrar cursos gratuitos
Supondo que você queria um mestrado na área de
Direito, para localizar tal curso, opte por “Master”
no item “degree or diploma level” e marque “Yes”
na opção “100% taught in English”. Em “Status”,
selecione as duas opções, ou seja, “National degree”
e “National fees”. Por fim, em “Field”, escolha “Law,
Economics”.
Passo a passo para encontrar
cursos de graça na França
Guia explica como buscar cursos de graduação
e pós gratuitos e em inglês
Você encontrará 77 resultados, com vários cursos
a preços muito atrativos. Não há como selecionar
apenas cursos gratuitos. Para verificar a taxa
cobrada é preciso clicar no curso de interesse e, em
seguida, na aba “Admission”.
O curso “Master in Business, Law and Economics”
da Université d’Aix-Marseille, por exemplo, não
cobra matrícula e nem mensalidade. Há apenas um
valor administrativo a ser pago de € 260,00. Outro
exemplo é o curso “Core computer science master”,
da Ecóle Normale Superiéure de Lyon, que cobra
somente uma taxa nacional no valor de € 256,00.
A plataforma também oferece cursos de doutorado
(como o PhD in Law, da Science Po) totalmente
gratuitos. Basta procurar de acordo com as suas
pretensões.
Vale lembrar que alguns países da União
Europeia, como a França, podem exigir do aluno a
comprovação de um valor mínimo de renda para o
seu sustento durante a realização do curso.
*O Estudar Fora não se responsabiliza por qualquer
alteração de valores nos sites apresentados. Pesquisa
realizada em março de 2015.

11. Bolsa para atletas:
a porta de entrada
para o sucesso
acadêmico e esportivo
Saiba quais são as melhores universidades
para se obter uma bolsa de atleta

12. Se você ama esportes e sonha em estudar fora,
provavelmente, já se imaginou jogando nos
melhores times da NBA ou marcando o touchdown
que garantiu a vitória do seu time. Portanto, se você
deseja entrar numa universidade americana por
mérito esportivo, este texto é para você.
“A primeira coisa que o aluno deve saber é que
nos EUA existem as chamadas divisions, ou
seja, as universidades são separadas em três
divisões, sendo que as melhores estão na primeira
divisão”, explica Marta Bidoli, country coordinator do
EducationUSA no Brasil, instituição que já ajudou
diversos atletas a ingressar em universidades norte-
americanas.
Isso significa que as universidades da primeira
divisão normalmente oferecem bolsas integrais,
enquanto que as universidades da segunda divisão
tendem a oferecer bolsas pequenas, parciais; e
as universidades da terceira divisão, por sua vez,
praticamente não oferecem nenhum tipo de apoio
financeiro para o aluno atleta.
Outro dado relevante é que, nos EUA, quem
estabelece os rankings das melhores instituições
para atletas é a NCAA. Em 2015, por exemplo, as
três universidades que estão no topo são Kentucky
University, Winconsin University e Duke, todas
integrantes da primeira divisão.
Marta explica que o processo seletivo é semelhante
ao das demais instituições, ou seja, é preciso realizar
provas (SAT ou ACT), exame de proficiência em
inglês (em geral, o TOEFL), ter boas notas na escola,
enviar redações (essays) e cartas de recomendação.
No entanto, no caso de atletas, também é
importante que o aluno envie um vídeo com seus
melhores momentos em campo ou quadra (ou
com uma partida inteira), além das estatísticas de
aproveitamento e do contato do técnico no Brasil,
especialmente se ele falar inglês. “Por isso, quem
quiser ingressar em uma universidade americana
por mérito esportivo, deve começar a se preparar no
início do 2º ano do ensino médio”, sugere Marta.
Atenção: engana-se quem acredita que um bom
desempenho dentro de campo pode compensar
eventuais "falhas" nas salas de aulas. “A performance
esportiva pode apenas induzir a instituição a
convidar o aluno para ingressar em seus quadros,
mas a admissão está muito mais relacionada ao
mérito acadêmico”, afirma a especialista.
Vale lembrar que as bolsas de estudo para
atletas são oferecidas, de forma geral, somente
pelas universidades. Outras instituições – como
Fundação Lemann, Fundação Estudar, etc – não
oferecem esse tipo de auxílio. Mas não se deixe
abater pela oferta menor. O site US News listou
quatro dicas valiosas para você conseguir uma
bolsa por mérito esportivo:
1. Compreenda de forma detalhada as várias ligas e
divisões esportivas dos colleges: além da NCAA, que
possui suas divisões e regras próprias, vale a pena
também olhar outras duas instituições - a National
Association of Intecollegiate Athletics e a National
Junior College Athletic Association.
2. Determine seus objetivos acadêmicos antes
de começar a sua pesquisa: como já foi dito
antes, o que vai determinar a sua aprovação não é
exclusivamente a sua performance esportiva, mas
sobretudo a acadêmica.
3. Seja realista quanto à sua performance esportiva:
converse com seu treinador e escute a opinião dele
em relação ao seu desempenho. Não se iluda. Além
disso, é importante saber se ele tem conexões nos
EUA que possam te ajudar. Toda ajuda é bem-vinda!
4. É importante que você saiba em detalhes como
é o processo de admissão de cada universidade
para a qual pretende aplicar e onde ela se encontra
listada naquele determinado esporte.

13. Para quem quer estudar na Alemanha de graça (sim,
o país oferece esta possibilidade!) os sites mais
indicados para a pesquisa de cursos são o DAAD
(www.daad.de/en) e o StudyinEurope.eu. Neles
é possível filtrar a pesquisa por título pretendido
(graduação, mestrado, doutorado, cursos rápidos etc.),
área de interesse, língua do curso (inglês, alemão ou
ambos), dentre outros itens.
Como fazer buscas no DAAD?
Na página inicial do site DAAD clique em “Information
for foreigns”. Depois, vá para “Courses of study
in Germany” e opte por “All study programmes in
Germany”. Você será direcionado à opção de busca
avançada e poderá filtrar melhor a sua pesquisa.
Supondo que o seu interesse seja um mestrado na
área de Biogenharia, para localizar tal curso você
deve clicar em “Master”, seguido de “Engeneering
Sciences” na área “Fields of Study”. Depois, clique em
“Bioengeneering” na opção “Subject groups”. Deixe
a opção “Subjects” em branco. Feito isso, selecione
inglês como sua língua de preferência em “Course
language”. Clique em “search” e pronto: você terá
219 resultados, sendo que os cursos gratuitos são
aqueles em que consta “none” no item “tuition fees”.
Neste exemplo, os mestrados em Advanced
Computational and Civil Engeneering Structural
Studies da Universidade de Dresden e Advanced
Materials da Universidade de Ulm, por exemplo, são
gratuitos. O DAAD também disponibiliza valores
estimados para cursos pagos, como é o caso
Passo a passo para
encontrar cursos de
graça na Alemanha
Roteiro detalhado te ajuda a encontrar
o programa de estudos ideal!
do mestrado em Advanced Physical Methods in
Radiotherapy da Universidade de Heidelberg. Para
este curso, as taxas cobradas são de 5.000,00 euros
por trimestre (aproximadamente R$ 15.300,00).
Este foi apenas um exemplo, mas a mesma lógica
pode ser adotada para a busca de qualquer outro
curso no site.
Buscas de cursos no StudyinEurope.eu
O site StudyinEurope.eu é vinculado à União Européia
e oferece informações para todos os países da
comunidade. Na página inicial, selecione a área que
você pretende estudar (a título de exemplo, deixe
este campo em branco), o título que deseja obter
(selecione “master”) e, no país, opte pela Alemanha.
Feita esta seleção inicial, você encontrará 5.691
programas, sendo grande parte pagos. Para saber
quais cursos são gratuitos, clique em “free tuition”
na parte de cima dos resultados obtidos. Selecione
também “show programs in English” para se certificar
de que os cursos, além de gratuitos, são ministrados
na língua inglesa.
Por fim, você terá 649 cursos de mestrado na
Alemanha totalmente gratuitos e em inglês. As áreas
são diversas (você poderá refinar a pesquisa neste
ponto, se desejar), assim como o tipo de título que
você pretende obter. A mesma pesquisa poderá ser
feita para outros tipos de curso, como graduação,
doutorado, cursos rápidos etc.
Embora os sites aqui descritos tenham vínculo com
o Governo Alemão e a União Europeia, é aconselhável
buscar detalhes dos cursos pretendidos também nos
sites das universidades para ter certeza de que não
há realmente nenhuma taxa a ser paga.

14. As instituições a seguir auxiliam
com orientação, bolsas de estudos
e bolsas para a preparação para a
graduação ou a pós no exterior:
Alexander von Humboldt Foundation
American Association of University Women
Agência Espanhola de Cooperação Internacional
CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal
de Nível Superior)
CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico)
Conselho Britânico (The British Council)
Consulado Geral da França
Consulado Geral do Japão
Consulado Geral da Suíça
Daad (Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico)
Embaixada da Argentina no Brasil (Programa Mutis)
Embaixada da Austrália
Embaixada do Canadá
Embaixada da Itália
Embaixada de Portugal
FAPEMIG: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado
de Minas Gerais
FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa
do Estado de São Paulo
Fundação Alexander S. Onassis
Fundação Araucária
Fundação Ford
Fundação Internacional Matsumae
Fundação Nieman
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15. TEXTOS
Carolina Campos
e Lecticia Maggi
REVISÃO
Lecticia Maggi
DESIGN
Danilo de Paulo