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N.007
DESTAQUE
Entre julho e agosto, houve uma mescla de bons e maus resultados do comércio varejista,
apurados em levantamentos privados. Ainda que os sinais positivos pareçam superar os
negativos, não se pode, com base nesses indicadores, falar em tendência predominante para
os próximos meses.
O Indicador Movimento do Comércio, da Boa Vista SCPC, mostrou avanço das vendas de
1,4% no período, após queda de 0,7% entre junho e julho. Em 12 meses, o aumento foi de
1,3%, liderado por tecidos, vestuários e calçados.
Os economistas da Boa Vista acreditam que se inicia o processo de consolidação de uma
dinâmica favorável ao varejo, que pode ganhar força com as liberações do FGTS. O Índice
Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) constatou alta real de vendas de 2,3% entre agosto de 2018 e
agosto de 2019, porcentual inferior ao de 4,6% verificado em julho. Em 12 meses, o varejo
avançou 5,7% nominais. O Indicador de Atividade do Comércio medido pela consultoria Serasa
Experian caiu 0,9% entre julho e agosto, mas cresceu 1,5% entre agosto de 2018 e agosto de
2019. Na avaliação dos economistas do Bradesco, deve-se falar em crescimento moderado,
baseado não só nos recursos do FGTS, mas na melhora do crédito e da confiança e na
estabilização do mercado de trabalho.
Os destaques positivos foram os segmentos de tecidos, vestuário, calçados e acessórios, além
de veículos e peças e materiais de construção, móveis, eletrônicos e informática. O pior
resultado veio de combustíveis e lubrificantes. Entre os limitadores da retomada do varejo
estão o desemprego e o endividamento das famílias.
Dados da capital levantados pela Fecomercio mostram que 2,28 milhões de famílias (58% dos
lares) registravam endividamento em agosto, maior proporção desde 2010.
Também cresceu, segundo a Fecomercio, a inadimplência dos consumidores – de 20,2% em
julho para 21,1% em agosto. Nada menos de 344 mil famílias (8,8% do total) declararam não
ter condições de pagar as dívidas.
Sem confiança, os consumidores evitam tomar crédito.
Em resumo, o varejo depende das verbas do FGTS para crescer, mas seria melhor não
esperar demais desses recursos.
A partir de novembro, os consumidores que fizerem
compras pela internet poderão retirar os produtos
nas estações de metrô do Rio. As mercadorias ficarão
guardadas em armários — também chamados de
lockers — que serão abertos com um código de
segurança enviado para o celular dos compradores.
Essa modalidade de entrega, comum nos Estados
Unidos e na Europa, já é usada por algumas redes de
varejo no Brasil, e a expectativa é que ganhe
popularidade por aqui. A plataforma de logística que
ficará disponível nas estações de metrô foi
desenvolvida pela empresa brasileira Clique&Retire e
está integrada aos principais sites de comércio
eletrônico do país. Segundo a empresa, esse novo
modelo de entregas vai atender a uma demanda de
47% dos cariocas, que têm acesso prejudicado ao
comércio virtual por residirem em áreas de risco ou
sem endereço postal. A opção pelo locker será feita
no momento da compra e será possível escolher em
qual estação. Charles de Sirovy, diretor do MetrôRio,
afirma que, inicialmente, os lockers estarão
disponíveis em 38 das 41 estações. Cada unidade
terá cerca de 80 armários.
VAREJO
CONCORRENTES
Mais de 20 anos após deixar o Rio,
as Pernambucanas voltaram à cidade na carona
da crise econômica. A companhia inaugurou na
quinta-feira sua primeira loja no Centro, na Rua do
Ouvidor, num espaço que era ocupado antes por
uma varejista concorrente. É a quarta unidade
inaugurada no estado este ano, mas os planos da
empresa incluem a abertura de mais oito endereços
até o fim de 2019, com investimentos de R$ 12
milhões e a criação de 180 vagas. O momento atual
ajuda a achar novos pontos. Começamos em
Itaperuna, Itaboraí e São Gonçalo. Agora, vamos
para Campo Grande, Nova Iguaçu, Méier e
Alcântara, além de procurar espaços em
Copacabana e Barra da Tijuca. No Rio, o
investimento por loja é mais alto que no resto do
país, porque em algumas vias há pedido de
pagamento de luvas — disse Sérgio Borriello,
presidente das Pernambucanas. Apesar da crise
financeira na cidade, a companhia acelera seu plano
de expansão com base em espaços comerciais
vagos. A rede vê potencial para abrir 60 endereços
no estado até 2021, acirrando a disputa com Renner,
C&A, Leader e Marisa. A marca já esteve no Rio,
mas a operação local das Casas Pernambucanas foi
à falência em 1997.
A Renner decidiu energizar seus pontos de
venda com geração fotovoltaica. Quatro
unidades da empresa no Rio de Janeiro
participam do projeto piloto. São três lojas em
Ipanema, Copacabana e Largo do Machado e
uma no Shopping Madureira. A energia é
proveniente de uma fazenda solar situada no
município de Vassouras. O projeto faz parte
de uma iniciativa para implementar, até 2021,
práticas de responsabilidade social e
ambiental em toda a rede. As metas incluem
o suprimento de 75% do consumo corporativo
de energia a partir de fontes renováveis de
baixa emissão. O projeto de energia solar
para as lojas foi implementado em fevereiro.
Desde então, as unidades contempladas
tiveram uma redução média de 13% nas
faturas mensais de energia elétrica. A
empresa pretende ampliar o projeto para lojas
no Rio Grande do Sul e no Distrito Federal
até o fim deste ano. A economia potencial,
nestes casos, será entre 13% e 26% do custo
da energia consumida, a depender de
questões como a localização e o modelo de
implantação
DESTAQUE
A Balmain recrutou três supermodelos para sua campanha de outono 2019. O detalhe curioso é que as
modelos são totalmente digitais. A iniciativa, que foi recebida com críticas, sinaliza um movimento na
indústria para o uso de modelos computadorizadas no lugar de pessoas reais. Uma dos três modelos
apresentadas em imagens da campanha é a Shudu. Considerada “a primeira supermodelo digital do
mundo”, Shudu foi criada pelo fotógrafo Cameron-James Wilson, em 2017. A modelo rapidamente
ganhou notoriedade no Instagram, tendo reunido mais de 140.000 seguidores até o momento. Desde a
sua criação, a modelo apareceu em ensaios fotográficos para algumas revistas de moda. Agora, Shudu
está protagonizando a nova campanha de Balmain ao lado de duas modelos. Em resumo, tanto Zhi
quanto Margot foram fabricadas digitalmente pelo mesmo fotógrafo que desenvolveu Shudu. Já o
vestuário usado pelas modelos foi desenvolvido pela CLO Virtual Fashion. Fundada em 2009, a
empresa é especializada na criação de simulações de vestuário em 3D. Em síntese, a CLO usa
um software de design de moda que cria renderizações de roupas com um realismo impressionante. A
iniciativa da Balmain foi recebida com críticas. Em suma, os comentários foram tantos negativos quanto
positivos. Enquanto alguns elogiaram a marca por sua abordagem progressiva, outros insistiram que a
medida é um passo na direção errada. Afinal, poderá prejudicar oportunidades de trabalho para modelos
humanos. Em resposta às críticas, a Balmain não necessariamente justifica a mudança para uma
campanha virtual. Em resumo, a empresa mais prefere convidar à comunidade para que se junte ao seu
“exército”. (O “exército de Balmain” seria um equivalente francês às “Angels” da empresa norte-
americana Victorias’s Secret). Afinal, qual é o futuro da indústria da moda? Imagens geradas por
computador (CGI, do inglês Computer-Generated Imagery) passarão a ser a regra do mercado?
.
SUSTENTABILIDADE
TECNOLOGIA
O Facebook desenvolveu um sistema
que usa inteligência artificial para criar
recomendações de como deixar o seu
look mais estiloso. A ideia é que essa
ferramenta forneça conselhos pessoais
de estilo ou compras. O Fashion ++,
“lê” imagens de roupas enviadas pelos
usuários e, em seguida, sugere ajustes
de styling como colocar um cachecol
ou mudar a cor de uma blusa para
tornar seu look mais elegante. Para
isso, foi usado mais de 10.000 imagens
de streetstyle para ensinar ao algoritmo
o que é um “bom” estilo. Assim, o
software é capaz de identificar
detalhes, incluindo silhueta, textura,
forma, cor e estampa. Seu sistema é
baseado em uma “escala fashionista”.
Desse modo, quando um usuário envia
uma foto pessoal já com um bom
estilo, vc ganha pontos por ser fashion.
Os pesquisadores dizem que os
avaliadores não apenas concordaram
com as recomendações do Fashion ++,
mas também os acharam úteis,
práticas e viciantes.
Nos últimos anos, o aumento significativo no número de brechós trouxe uma
maior diversidade nos modelos das lojas de segunda mão: desde espaços
enormes organizados como uma loja de departamento até portinhas
escondidas com curadoria feita a partir de um estilo ou época específicos.
Os espaços e serviços de troca também aumentaram, onde não é preciso
envolver dinheiro e a roupa é a moeda. Porém, o alerta é que não vale
transferir o consumo desenfreado para o brechó ou para as feiras de troca.
“Eu já cai muito nessa. Inclusive, já fiz uma venda de roupas de brechó que
eu tinha comprado e não tinha usado”, confessou Giovanna Nader,
apresentadora do programa recém-estreado na GNT sobre estilo e brechós,
o Se Essa Roupa Fosse Minha. Então, quando falamos de roupas de
segunda mão com apelo de sustentabilidade, o desafio, mais do que
comprar usado, é quebrar a mentalidade do consumismo que foi inserido em
todas as pessoas dentro da nossa sociedade industrial contemporânea. No
programa de TV, Giovanna pondera as realidades diversas dentro do Brasil e
as relações diferentes que cada pessoa cria com a roupa e com o consumo.
Por fim, qual o papel das pessoas, das marcas, do governo nesse debate?
Ambas concordam que todo mundo tem protagonismo necessário na
transformação que queremos – inclusive de assumir que o modelo
econômico atual está falido.
DESTAQUE
A força com que o mercado de moda plus size vem crescendo de forma constante no
Brasil e no mundo é inacreditável. Só para ser ter uma ideia, no ano passado, o mercado
de moda plus size cresceu 8% e movimentou mais de R$ 7 bilhões, dados da
Associação Brasileira do Vestuário. E a previsão para 2020, de acordo com outra
entidade, desta vez uma mais específica, a Associação Brasil Plus Size (ABPS), é de
que o segmento obtenha faturamento de 10% a mais do que em 2019. Sim, isso mesmo,
o mercado não só se ampliou em relação às roupas de tamanhos maiores, como ele se
organizou e criou a ABPS, que nasceu da união de profissionais vinculados ao setor e ao
pensamento acadêmico das universidades, tendo como foco a integração e fomento de
atividades científicas, mercadológicas e tecnológicas visando o crescimento e o respeito
ao segmento no país. Para se ter uma ideia desse mercado no mundo, nos EUA, a
industria de roupas com tamanhos maiores tem a expectativa de movimentar até 2020
cerca de US$ 24 bilhões, de acordo com uma pesquisa do Coresight. Se a gente
converter, isso dá quase R$100 bilhões. E por que estou falando de números? Porque
se a gente não pode convencer o mercado de que é preciso cada vez mais investir na
moda para homens e mulheres maiores, que não se encaixam no padrão 36-44, por
empatia, quem sabe se a gente começar a esfregar na cara deles que é um mercado
bilionário, os empresários começam a se movimentar mais nesse caminho no Brasil? E
mais do que isso: não adianta criar uma arara plus size em sua loja, com outras
modelagens, outras estampas e outras cores diferentes da coleção principal.
Mulheres gordas não são um tipo diferente de mulher. São mulheres que vestem
números diferentes e, portanto, não queiram nos segregar também na hora de
escolhermos nossos looks. A gente quer, na verdade, é que as peças das vitrines das
lojas existam em todas as numerações, afinal, não é porque somos gordas que temos
gostos diferentes da mulher magra. O mundo é o mesmo, os desejos são os mesmos e
a vontade de ter o look do momento é o mesmo.
REPRESENTATIVIDADE
A modelo Teddy Quinlivan acaba de anunciar em
seu Instagram que ela é o rosto da campanha de
beleza da Chanel. Fazer uma campanha pra
Chanel já é bacana, mas o que torna o caso mais
interessante é que Teddy é trans – e a primeira
trans a ser garota propaganda da Chanel. Aqui a
tradução de post publicado por ela:
“Minha vida toda foi uma luta. Sofri bullying na
escola, ameaçavam me matar, meu próprio pai
me batia... Essa vitória fez tudo isso valer a pena.
Eu já havia desfilado duas vezes pra Chanel sem
declarar minha identidade trans publicamente. E
quando assumi, sabia que não trabalharia mais
pra algumas marcas. Pensei que jamais voltaria a
trabalhar para uma marca icônica. Mas aqui estou
na campanha publicitária da Chanel. Sou a
primeira trans assumida a trabalhar pra Chanel e
estou profundamente honrada e orgulhosa por
representar minha comunidade. O mundo vai te
por pra baixo e dizer que você não vale nada.
Cabe a você ter a força para ficar de pé, seguir
em frente e lutar. Porque se você desistir você
nunca vai chorar lágrimas de vitória!
Obrigada a todos que fizeram esse sonho virar
realidade!”
A centenária Levi’s se junta a jovem Another Place, de Rafael
Nascimento e Caio Fortes, pra promover o upcycling de alguns clássicos
como jaquetas e calças jeans. E nesse processo de reaproveitamento e
customização quem ganha, além do meio ambiente, é a Casa 1, uma
organização que acolhe pessoas LGBTQ+. As peças de edição limitada
estão à venda no site da Another Place e 100% da renda vai pra Casa 1,
tudo com pegada sem gênero.
DESTAQUE
A temporada de Verão 2020 começou em meio a um momento tumultuado. Em toda a sua história,
este é o período em que as semanas de moda estão sendo mais questionadas, criticadas e
empurradas a uma evolução. Como uma indústria que gera cerca de €1.5 trilhões por ano
globalmente, a moda nunca esteve tão envolvida em questões políticas, sociais e ambientais. Para
começar, NY vive dois momentos paralelamente: um de renascimento, com a entrada de Tom Ford
na presidência do CFDA, mexendo no calendário e trabalhando em uma curadoria de marcas mais
apropriadas para o evento. Ao mesmo tempo, passa por uma fase conturbada por conta de seu novo
espaço oficial, o The Shed, que integra um dos maiores contribuintes das campanhas de Trump – ele
inclusive tem ajudado a levantar verba para a campanha de sua reeleição que, em apenas um
trimestre, já arrecadou mais de US$ 100 milhões. Muitos designers, como Prabal Gurung, estavam
com seus desfiles marcados para acontecer no Shed, mas ao saberem da ligação com o atual
presidente americano, optaram por cancelar e mostrar em outro local. A Helmut Lang manteve sua
apresentação no local e muitos jornalistas já avisaram que não vão. Em resposta, o espaço divulgou
uma nota dizendo ser “totalmente independente e não pertencente ou controlado por qualquer
entidade privada ou com fins lucrativos”. Em um excelente texto para o BoF, o jornalista Phillip
Picardi, questiona a falta de bom senso e a ganância da indústria: “Os designers mais influentes de
Nova York, de Prabal Gurung a Michael Kors, de Tom Ford a Tory Burch, expressaram e
materializaram seu apoio às causas que Trump pretende enterrar a cada semana. Então, como
poderia o futuro lar da Semana da Moda de Nova York estar na cama com a subscrição financeira do
presidente Donald Trump?”. Essa é mesmo uma das questões que a moda terá que encarar nesse
novo momento: há uma necessidade de coerência entre pensamento e atitude. É o que ativistas
estão cobrando, porem de um jeito radical: querem acabar com a London Fashion Week. “A moda
deveria ser um marco cultural de nossos tempos, e ainda assim adere a um sistema arcaico e
sazonal, lançando novidades sem piedade em tempos de emergência”. A LFW não vai fechar nem
acabar. Caroline Rush, CEO do British Fashion Council, disse que acredita que, mais que qualquer
outra capital, “Londres tem a oportunidade de integrar uma mudança cultural em torno da
sustentabilidade que tem como principal núcleo a criatividade”.
Leia a matéria completa em:
https://ffw.uol.com.br/noticias/moda/quais-sao-os-novos-caminhos-para-as-semanas-de-moda/
TENDÊNCIA
Ele é hit no exterior e pode até substituir as tão adoradas calças mom. Um modelo com perfume anos 80, pregas na cintura e e base mais soltinha. Com um
corte confortável, a pleated jeans tem cintura alta e é identificável pelo plissado na região logo abaixo do cós. Seria um jeans com pregas ou “jeans plissado”.
Vale notar que esse detalhe de modelagem não fica reservado somente para as calças. Tanto saias quanto os shorts também podem entrar no mesmo espírito,
ampliando o leque de possibilidades dentro de uma mesma tendência. Além disso, a modelagem favorece diferentes biótipos.
GIROFASHION
Mesmo já tendo aparecido
desde a temporada de verão
passada, o neon vai
continuar. Principalmente
com o retorno triunfante dos
anos 80.
AINDA NEON
Prático, despretensioso e
super trendy, as tshirt dress
vieram pra ficar e agora entram
pra moda esportiva urbana,
fazendo a cabeça das tribos
mais jovens.
TSHIRT DRESS
A cor que passeia entre o
tom terroso e o alaranjado é
o queridinho do outono, que
acabou de virar nas lojas
internacionais!
O terracota aparece tanto
em peças de roupas como
em acessórios, de cara
sabemos que a cor é o must
have da estação.
TERRACOTA
A tendência é um resgate
dos anos 2000 e vai bem em
materiais pesados como o
jeans e a sarja. Bolsos cargo
e modelagem sem gênero, o
macacão com cara de
uniforme é a cara do mundo
urbano jovem.
UTILITÁRIO
A tendência nasceu com os
rappers que combinam no
look com bermuda longa e
meias lá em cima. Mas
agora invade os armários
feminino jovem com a
pegada Sporty 90’s com seu
bom tênis chunky - os tênis
robustos queridinhos das
fashionistas.
MEIAS NO ALTO
DESTAQUE
A série The Politician, de Ryan Murphy, é uma das maiores apostas da Netflix para este semestre. Os
atores fizeram turnê por vários países, inclusive no Brasil, com a presença de Ben Platt e Zoey Deutch,
dois dos personagens centrais do enredo. A série estreia nesta sexta (27.09) no país. Em termos de
estética, as ordens da direção eram construir um mundo “Gucci 2018 encontra Wes Anderson”, como
descreve o designer de produção Jamie McCall – mas também poderia ser um House of Cards
encontra Gossip Girl. Com toques cinemáticos tirados de Os Excêntricos Tenenbaums e A Primeira
Noite de um Homem, Murphy e sua equipe criaram um mundo de luxo e requinte no sul da Califórnia. A
série trabalha com duas figurinistas: Lou Eyrich e Claire Parkinson. Essas referências ficam bem claras
não apenas na cenografia, mas também no figurino. Eles se complementam para ajudar a criar cada
personagem e seu universo particular. Num universo de ricos na Califórnia, há espaço para vários
estilos: chiques, clássicos, cafonas, vintage, moderno, tímido ou solar, todos bem representados pelos
personagens. The Politician gira em torno das aspirações políticas de Payton Hobart, um estudante
rico de Santa Barbara obcecado por ser presidente dos Estados Unidos. Cada temporada girará em
torno de uma etapa política diferente em que seu personagem está envolvido. Mas essa vivência passa
por assuntos muito atuais, como o privilégio sem fim – e muitas vezes sem ética – dos muito ricos e
questões que giram em torno de gênero e raça.
APP
CINEMA
“A Hebe não é de esquerda, não é direita, é direta”,
diz Andréa olhando para a câmera. Essa Hebe que
conta anedotas, critica políticos, apanha do marido e
só não consegue falar francamente com o próprio
filho gay talvez seja uma surpresa e, principalmente,
para o público conservador. A Hebe de seu filme fala
de sexo, defende homossexuais, desafia a censura.
É pioneira ao falar sobre aids, e discutir saúde
pública. Vejam a entrevista dela no Roda Viva, que
está na íntegra no YouTube. Quando vi eu me
perguntei – ‘Que mulher é essa?’ disse Andrea
Beltrão, uma das roteiristas e atriz protagonista do
filme. Não podemos ser preconceituosos e nos
fechar no que achamos que é. A realidade atropela a
gente. Descobri que Hebe é uma personagem
complexa, fascinante, contraditória até, mas que me
permitia um recorte muito oportuno para refletir sobre
o Brasil de agora..
Ficar preso ao celular não é nada saudável,
mas, com estes apps, você tem uma boa
razão. Eles podem monitorar suas atividades
diárias e ajudar a mudar hábitos, desde a água
que você bebe até a quantidade de passos
dados em um dia.
DRINK WATER - calcula quanto seu corpo
precisa se água diariamente e envia lembretes
para você beber mais água.
FITBIT - acompanha atividades diárias, como
treinos e sono. Também rastreia quantos
passos dados no dia, distância, calorias
queimadas, peso, além de fazer registros de
alimentos e de batimentos cardíacos.
MYFITNESSPAL - monitora sua dieta e seus
exercícios em menos de cinco minutos diários.
Seu banco de dados, com calculadora de
calorias, tem mais de 6 milhões de alimentos.
Com esse aplicativo, você pode registrar o que
come e seus favoritos serão lembrados.
RUNTASTIC - ideal para entrar em forma e ter
uma vida mais saudável. Monitora e registra
sessões de esporte, assim como os dados dos
treinos. Escolha entre emagrecer, preparar-se
para competições, começar a correr, relaxar
ou entrar em forma.
Para ela falar de moda, é significar filosofia,
economia, psicologia… Sempre analisando
instinto, vaidade, desejo, contextualizando de
forma única e contemporaneidades sob o
olhar histórico. Essa essência é apresentada
em seu novo novo livro, A Elegância do
Agora, lançado esse mês, iniciando as
comemorações do seu aniversário de 80
anos. O momento atual exalta o fim das
regras e padrões, então trazer um leitura
sobre etiqueta ou autoajuda estaria
totalmente over, porém Costanza coloca a
etiqueta como regra básica de respeito ao
outro, de convívio coletivo harmonioso e de
educação. Sua vida pautada por satisfação
pessoal, beleza e estilo de vida como
realidade e na ética seguem linhas filosóficas
do bem viver, conta uma história cheia de
conquistas e transgressões e também de dor,
culpa e desamparo. Nome exaltado na moda,
Constanza atualmente atua como colunista
da revista Vogue Brasil.
LIVRO
https://www.engadget.com/2019/09/20/facebook-fashion-neural-net/
https://oglobo.globo.com/economia/de-volta-ao-rio-pernambucanas-planejam-60-lojas-ate-2021-
23960655
https://opiniao.estadao.com.br/noticias/editorial-economico,o-ritmo-incerto-da-retomada-do-
varejo,70003020207
https://epocanegocios.globo.com/Brasil/noticia/2019/09/partir-de-novembro-carioca-podera-
retirar-compras-feitas-pela-internet-nas-estacoes-de-metro.html
http://sbvc.com.br/renner-investe-energia-solar/
https://futuroexponencial.com/supermodelos-digitais-moda/
https://www.modefica.com.br/o-futuro-da-moda-e-de-segunda-mao/#.XYszNEZKjIV
https://www.lilianpacce.com.br/moda/upcycling-do-bem-levis-e-another-place-se-juntam-em-prol-
da-casa-1/
https://vogue.globo.com/Vogue-Gente/noticia/2019/09/mercado-de-moda-plus-size-nao-para-de-
crescer-no-brasil-e-no-mundo.html
ENTRE PELA NOSSA REDE: DICOM I://PESQUISA EUROPA
COBERTURA COMPLETA DAS LOJAS NA EUROPA ATUALIZADAS MENSALMENTE
Varejo depende do FGTS mas não deve esperar demais desses recursos

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Clipping do Varejo 25072011
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Varejo depende do FGTS mas não deve esperar demais desses recursos

  • 2. DESTAQUE Entre julho e agosto, houve uma mescla de bons e maus resultados do comércio varejista, apurados em levantamentos privados. Ainda que os sinais positivos pareçam superar os negativos, não se pode, com base nesses indicadores, falar em tendência predominante para os próximos meses. O Indicador Movimento do Comércio, da Boa Vista SCPC, mostrou avanço das vendas de 1,4% no período, após queda de 0,7% entre junho e julho. Em 12 meses, o aumento foi de 1,3%, liderado por tecidos, vestuários e calçados. Os economistas da Boa Vista acreditam que se inicia o processo de consolidação de uma dinâmica favorável ao varejo, que pode ganhar força com as liberações do FGTS. O Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) constatou alta real de vendas de 2,3% entre agosto de 2018 e agosto de 2019, porcentual inferior ao de 4,6% verificado em julho. Em 12 meses, o varejo avançou 5,7% nominais. O Indicador de Atividade do Comércio medido pela consultoria Serasa Experian caiu 0,9% entre julho e agosto, mas cresceu 1,5% entre agosto de 2018 e agosto de 2019. Na avaliação dos economistas do Bradesco, deve-se falar em crescimento moderado, baseado não só nos recursos do FGTS, mas na melhora do crédito e da confiança e na estabilização do mercado de trabalho. Os destaques positivos foram os segmentos de tecidos, vestuário, calçados e acessórios, além de veículos e peças e materiais de construção, móveis, eletrônicos e informática. O pior resultado veio de combustíveis e lubrificantes. Entre os limitadores da retomada do varejo estão o desemprego e o endividamento das famílias. Dados da capital levantados pela Fecomercio mostram que 2,28 milhões de famílias (58% dos lares) registravam endividamento em agosto, maior proporção desde 2010. Também cresceu, segundo a Fecomercio, a inadimplência dos consumidores – de 20,2% em julho para 21,1% em agosto. Nada menos de 344 mil famílias (8,8% do total) declararam não ter condições de pagar as dívidas. Sem confiança, os consumidores evitam tomar crédito. Em resumo, o varejo depende das verbas do FGTS para crescer, mas seria melhor não esperar demais desses recursos.
  • 3. A partir de novembro, os consumidores que fizerem compras pela internet poderão retirar os produtos nas estações de metrô do Rio. As mercadorias ficarão guardadas em armários — também chamados de lockers — que serão abertos com um código de segurança enviado para o celular dos compradores. Essa modalidade de entrega, comum nos Estados Unidos e na Europa, já é usada por algumas redes de varejo no Brasil, e a expectativa é que ganhe popularidade por aqui. A plataforma de logística que ficará disponível nas estações de metrô foi desenvolvida pela empresa brasileira Clique&Retire e está integrada aos principais sites de comércio eletrônico do país. Segundo a empresa, esse novo modelo de entregas vai atender a uma demanda de 47% dos cariocas, que têm acesso prejudicado ao comércio virtual por residirem em áreas de risco ou sem endereço postal. A opção pelo locker será feita no momento da compra e será possível escolher em qual estação. Charles de Sirovy, diretor do MetrôRio, afirma que, inicialmente, os lockers estarão disponíveis em 38 das 41 estações. Cada unidade terá cerca de 80 armários. VAREJO CONCORRENTES Mais de 20 anos após deixar o Rio, as Pernambucanas voltaram à cidade na carona da crise econômica. A companhia inaugurou na quinta-feira sua primeira loja no Centro, na Rua do Ouvidor, num espaço que era ocupado antes por uma varejista concorrente. É a quarta unidade inaugurada no estado este ano, mas os planos da empresa incluem a abertura de mais oito endereços até o fim de 2019, com investimentos de R$ 12 milhões e a criação de 180 vagas. O momento atual ajuda a achar novos pontos. Começamos em Itaperuna, Itaboraí e São Gonçalo. Agora, vamos para Campo Grande, Nova Iguaçu, Méier e Alcântara, além de procurar espaços em Copacabana e Barra da Tijuca. No Rio, o investimento por loja é mais alto que no resto do país, porque em algumas vias há pedido de pagamento de luvas — disse Sérgio Borriello, presidente das Pernambucanas. Apesar da crise financeira na cidade, a companhia acelera seu plano de expansão com base em espaços comerciais vagos. A rede vê potencial para abrir 60 endereços no estado até 2021, acirrando a disputa com Renner, C&A, Leader e Marisa. A marca já esteve no Rio, mas a operação local das Casas Pernambucanas foi à falência em 1997. A Renner decidiu energizar seus pontos de venda com geração fotovoltaica. Quatro unidades da empresa no Rio de Janeiro participam do projeto piloto. São três lojas em Ipanema, Copacabana e Largo do Machado e uma no Shopping Madureira. A energia é proveniente de uma fazenda solar situada no município de Vassouras. O projeto faz parte de uma iniciativa para implementar, até 2021, práticas de responsabilidade social e ambiental em toda a rede. As metas incluem o suprimento de 75% do consumo corporativo de energia a partir de fontes renováveis de baixa emissão. O projeto de energia solar para as lojas foi implementado em fevereiro. Desde então, as unidades contempladas tiveram uma redução média de 13% nas faturas mensais de energia elétrica. A empresa pretende ampliar o projeto para lojas no Rio Grande do Sul e no Distrito Federal até o fim deste ano. A economia potencial, nestes casos, será entre 13% e 26% do custo da energia consumida, a depender de questões como a localização e o modelo de implantação
  • 4. DESTAQUE A Balmain recrutou três supermodelos para sua campanha de outono 2019. O detalhe curioso é que as modelos são totalmente digitais. A iniciativa, que foi recebida com críticas, sinaliza um movimento na indústria para o uso de modelos computadorizadas no lugar de pessoas reais. Uma dos três modelos apresentadas em imagens da campanha é a Shudu. Considerada “a primeira supermodelo digital do mundo”, Shudu foi criada pelo fotógrafo Cameron-James Wilson, em 2017. A modelo rapidamente ganhou notoriedade no Instagram, tendo reunido mais de 140.000 seguidores até o momento. Desde a sua criação, a modelo apareceu em ensaios fotográficos para algumas revistas de moda. Agora, Shudu está protagonizando a nova campanha de Balmain ao lado de duas modelos. Em resumo, tanto Zhi quanto Margot foram fabricadas digitalmente pelo mesmo fotógrafo que desenvolveu Shudu. Já o vestuário usado pelas modelos foi desenvolvido pela CLO Virtual Fashion. Fundada em 2009, a empresa é especializada na criação de simulações de vestuário em 3D. Em síntese, a CLO usa um software de design de moda que cria renderizações de roupas com um realismo impressionante. A iniciativa da Balmain foi recebida com críticas. Em suma, os comentários foram tantos negativos quanto positivos. Enquanto alguns elogiaram a marca por sua abordagem progressiva, outros insistiram que a medida é um passo na direção errada. Afinal, poderá prejudicar oportunidades de trabalho para modelos humanos. Em resposta às críticas, a Balmain não necessariamente justifica a mudança para uma campanha virtual. Em resumo, a empresa mais prefere convidar à comunidade para que se junte ao seu “exército”. (O “exército de Balmain” seria um equivalente francês às “Angels” da empresa norte- americana Victorias’s Secret). Afinal, qual é o futuro da indústria da moda? Imagens geradas por computador (CGI, do inglês Computer-Generated Imagery) passarão a ser a regra do mercado? .
  • 5. SUSTENTABILIDADE TECNOLOGIA O Facebook desenvolveu um sistema que usa inteligência artificial para criar recomendações de como deixar o seu look mais estiloso. A ideia é que essa ferramenta forneça conselhos pessoais de estilo ou compras. O Fashion ++, “lê” imagens de roupas enviadas pelos usuários e, em seguida, sugere ajustes de styling como colocar um cachecol ou mudar a cor de uma blusa para tornar seu look mais elegante. Para isso, foi usado mais de 10.000 imagens de streetstyle para ensinar ao algoritmo o que é um “bom” estilo. Assim, o software é capaz de identificar detalhes, incluindo silhueta, textura, forma, cor e estampa. Seu sistema é baseado em uma “escala fashionista”. Desse modo, quando um usuário envia uma foto pessoal já com um bom estilo, vc ganha pontos por ser fashion. Os pesquisadores dizem que os avaliadores não apenas concordaram com as recomendações do Fashion ++, mas também os acharam úteis, práticas e viciantes. Nos últimos anos, o aumento significativo no número de brechós trouxe uma maior diversidade nos modelos das lojas de segunda mão: desde espaços enormes organizados como uma loja de departamento até portinhas escondidas com curadoria feita a partir de um estilo ou época específicos. Os espaços e serviços de troca também aumentaram, onde não é preciso envolver dinheiro e a roupa é a moeda. Porém, o alerta é que não vale transferir o consumo desenfreado para o brechó ou para as feiras de troca. “Eu já cai muito nessa. Inclusive, já fiz uma venda de roupas de brechó que eu tinha comprado e não tinha usado”, confessou Giovanna Nader, apresentadora do programa recém-estreado na GNT sobre estilo e brechós, o Se Essa Roupa Fosse Minha. Então, quando falamos de roupas de segunda mão com apelo de sustentabilidade, o desafio, mais do que comprar usado, é quebrar a mentalidade do consumismo que foi inserido em todas as pessoas dentro da nossa sociedade industrial contemporânea. No programa de TV, Giovanna pondera as realidades diversas dentro do Brasil e as relações diferentes que cada pessoa cria com a roupa e com o consumo. Por fim, qual o papel das pessoas, das marcas, do governo nesse debate? Ambas concordam que todo mundo tem protagonismo necessário na transformação que queremos – inclusive de assumir que o modelo econômico atual está falido.
  • 6. DESTAQUE A força com que o mercado de moda plus size vem crescendo de forma constante no Brasil e no mundo é inacreditável. Só para ser ter uma ideia, no ano passado, o mercado de moda plus size cresceu 8% e movimentou mais de R$ 7 bilhões, dados da Associação Brasileira do Vestuário. E a previsão para 2020, de acordo com outra entidade, desta vez uma mais específica, a Associação Brasil Plus Size (ABPS), é de que o segmento obtenha faturamento de 10% a mais do que em 2019. Sim, isso mesmo, o mercado não só se ampliou em relação às roupas de tamanhos maiores, como ele se organizou e criou a ABPS, que nasceu da união de profissionais vinculados ao setor e ao pensamento acadêmico das universidades, tendo como foco a integração e fomento de atividades científicas, mercadológicas e tecnológicas visando o crescimento e o respeito ao segmento no país. Para se ter uma ideia desse mercado no mundo, nos EUA, a industria de roupas com tamanhos maiores tem a expectativa de movimentar até 2020 cerca de US$ 24 bilhões, de acordo com uma pesquisa do Coresight. Se a gente converter, isso dá quase R$100 bilhões. E por que estou falando de números? Porque se a gente não pode convencer o mercado de que é preciso cada vez mais investir na moda para homens e mulheres maiores, que não se encaixam no padrão 36-44, por empatia, quem sabe se a gente começar a esfregar na cara deles que é um mercado bilionário, os empresários começam a se movimentar mais nesse caminho no Brasil? E mais do que isso: não adianta criar uma arara plus size em sua loja, com outras modelagens, outras estampas e outras cores diferentes da coleção principal. Mulheres gordas não são um tipo diferente de mulher. São mulheres que vestem números diferentes e, portanto, não queiram nos segregar também na hora de escolhermos nossos looks. A gente quer, na verdade, é que as peças das vitrines das lojas existam em todas as numerações, afinal, não é porque somos gordas que temos gostos diferentes da mulher magra. O mundo é o mesmo, os desejos são os mesmos e a vontade de ter o look do momento é o mesmo.
  • 7. REPRESENTATIVIDADE A modelo Teddy Quinlivan acaba de anunciar em seu Instagram que ela é o rosto da campanha de beleza da Chanel. Fazer uma campanha pra Chanel já é bacana, mas o que torna o caso mais interessante é que Teddy é trans – e a primeira trans a ser garota propaganda da Chanel. Aqui a tradução de post publicado por ela: “Minha vida toda foi uma luta. Sofri bullying na escola, ameaçavam me matar, meu próprio pai me batia... Essa vitória fez tudo isso valer a pena. Eu já havia desfilado duas vezes pra Chanel sem declarar minha identidade trans publicamente. E quando assumi, sabia que não trabalharia mais pra algumas marcas. Pensei que jamais voltaria a trabalhar para uma marca icônica. Mas aqui estou na campanha publicitária da Chanel. Sou a primeira trans assumida a trabalhar pra Chanel e estou profundamente honrada e orgulhosa por representar minha comunidade. O mundo vai te por pra baixo e dizer que você não vale nada. Cabe a você ter a força para ficar de pé, seguir em frente e lutar. Porque se você desistir você nunca vai chorar lágrimas de vitória! Obrigada a todos que fizeram esse sonho virar realidade!” A centenária Levi’s se junta a jovem Another Place, de Rafael Nascimento e Caio Fortes, pra promover o upcycling de alguns clássicos como jaquetas e calças jeans. E nesse processo de reaproveitamento e customização quem ganha, além do meio ambiente, é a Casa 1, uma organização que acolhe pessoas LGBTQ+. As peças de edição limitada estão à venda no site da Another Place e 100% da renda vai pra Casa 1, tudo com pegada sem gênero.
  • 8. DESTAQUE A temporada de Verão 2020 começou em meio a um momento tumultuado. Em toda a sua história, este é o período em que as semanas de moda estão sendo mais questionadas, criticadas e empurradas a uma evolução. Como uma indústria que gera cerca de €1.5 trilhões por ano globalmente, a moda nunca esteve tão envolvida em questões políticas, sociais e ambientais. Para começar, NY vive dois momentos paralelamente: um de renascimento, com a entrada de Tom Ford na presidência do CFDA, mexendo no calendário e trabalhando em uma curadoria de marcas mais apropriadas para o evento. Ao mesmo tempo, passa por uma fase conturbada por conta de seu novo espaço oficial, o The Shed, que integra um dos maiores contribuintes das campanhas de Trump – ele inclusive tem ajudado a levantar verba para a campanha de sua reeleição que, em apenas um trimestre, já arrecadou mais de US$ 100 milhões. Muitos designers, como Prabal Gurung, estavam com seus desfiles marcados para acontecer no Shed, mas ao saberem da ligação com o atual presidente americano, optaram por cancelar e mostrar em outro local. A Helmut Lang manteve sua apresentação no local e muitos jornalistas já avisaram que não vão. Em resposta, o espaço divulgou uma nota dizendo ser “totalmente independente e não pertencente ou controlado por qualquer entidade privada ou com fins lucrativos”. Em um excelente texto para o BoF, o jornalista Phillip Picardi, questiona a falta de bom senso e a ganância da indústria: “Os designers mais influentes de Nova York, de Prabal Gurung a Michael Kors, de Tom Ford a Tory Burch, expressaram e materializaram seu apoio às causas que Trump pretende enterrar a cada semana. Então, como poderia o futuro lar da Semana da Moda de Nova York estar na cama com a subscrição financeira do presidente Donald Trump?”. Essa é mesmo uma das questões que a moda terá que encarar nesse novo momento: há uma necessidade de coerência entre pensamento e atitude. É o que ativistas estão cobrando, porem de um jeito radical: querem acabar com a London Fashion Week. “A moda deveria ser um marco cultural de nossos tempos, e ainda assim adere a um sistema arcaico e sazonal, lançando novidades sem piedade em tempos de emergência”. A LFW não vai fechar nem acabar. Caroline Rush, CEO do British Fashion Council, disse que acredita que, mais que qualquer outra capital, “Londres tem a oportunidade de integrar uma mudança cultural em torno da sustentabilidade que tem como principal núcleo a criatividade”. Leia a matéria completa em: https://ffw.uol.com.br/noticias/moda/quais-sao-os-novos-caminhos-para-as-semanas-de-moda/
  • 9. TENDÊNCIA Ele é hit no exterior e pode até substituir as tão adoradas calças mom. Um modelo com perfume anos 80, pregas na cintura e e base mais soltinha. Com um corte confortável, a pleated jeans tem cintura alta e é identificável pelo plissado na região logo abaixo do cós. Seria um jeans com pregas ou “jeans plissado”. Vale notar que esse detalhe de modelagem não fica reservado somente para as calças. Tanto saias quanto os shorts também podem entrar no mesmo espírito, ampliando o leque de possibilidades dentro de uma mesma tendência. Além disso, a modelagem favorece diferentes biótipos.
  • 10. GIROFASHION Mesmo já tendo aparecido desde a temporada de verão passada, o neon vai continuar. Principalmente com o retorno triunfante dos anos 80. AINDA NEON Prático, despretensioso e super trendy, as tshirt dress vieram pra ficar e agora entram pra moda esportiva urbana, fazendo a cabeça das tribos mais jovens. TSHIRT DRESS A cor que passeia entre o tom terroso e o alaranjado é o queridinho do outono, que acabou de virar nas lojas internacionais! O terracota aparece tanto em peças de roupas como em acessórios, de cara sabemos que a cor é o must have da estação. TERRACOTA A tendência é um resgate dos anos 2000 e vai bem em materiais pesados como o jeans e a sarja. Bolsos cargo e modelagem sem gênero, o macacão com cara de uniforme é a cara do mundo urbano jovem. UTILITÁRIO A tendência nasceu com os rappers que combinam no look com bermuda longa e meias lá em cima. Mas agora invade os armários feminino jovem com a pegada Sporty 90’s com seu bom tênis chunky - os tênis robustos queridinhos das fashionistas. MEIAS NO ALTO
  • 11. DESTAQUE A série The Politician, de Ryan Murphy, é uma das maiores apostas da Netflix para este semestre. Os atores fizeram turnê por vários países, inclusive no Brasil, com a presença de Ben Platt e Zoey Deutch, dois dos personagens centrais do enredo. A série estreia nesta sexta (27.09) no país. Em termos de estética, as ordens da direção eram construir um mundo “Gucci 2018 encontra Wes Anderson”, como descreve o designer de produção Jamie McCall – mas também poderia ser um House of Cards encontra Gossip Girl. Com toques cinemáticos tirados de Os Excêntricos Tenenbaums e A Primeira Noite de um Homem, Murphy e sua equipe criaram um mundo de luxo e requinte no sul da Califórnia. A série trabalha com duas figurinistas: Lou Eyrich e Claire Parkinson. Essas referências ficam bem claras não apenas na cenografia, mas também no figurino. Eles se complementam para ajudar a criar cada personagem e seu universo particular. Num universo de ricos na Califórnia, há espaço para vários estilos: chiques, clássicos, cafonas, vintage, moderno, tímido ou solar, todos bem representados pelos personagens. The Politician gira em torno das aspirações políticas de Payton Hobart, um estudante rico de Santa Barbara obcecado por ser presidente dos Estados Unidos. Cada temporada girará em torno de uma etapa política diferente em que seu personagem está envolvido. Mas essa vivência passa por assuntos muito atuais, como o privilégio sem fim – e muitas vezes sem ética – dos muito ricos e questões que giram em torno de gênero e raça.
  • 12. APP CINEMA “A Hebe não é de esquerda, não é direita, é direta”, diz Andréa olhando para a câmera. Essa Hebe que conta anedotas, critica políticos, apanha do marido e só não consegue falar francamente com o próprio filho gay talvez seja uma surpresa e, principalmente, para o público conservador. A Hebe de seu filme fala de sexo, defende homossexuais, desafia a censura. É pioneira ao falar sobre aids, e discutir saúde pública. Vejam a entrevista dela no Roda Viva, que está na íntegra no YouTube. Quando vi eu me perguntei – ‘Que mulher é essa?’ disse Andrea Beltrão, uma das roteiristas e atriz protagonista do filme. Não podemos ser preconceituosos e nos fechar no que achamos que é. A realidade atropela a gente. Descobri que Hebe é uma personagem complexa, fascinante, contraditória até, mas que me permitia um recorte muito oportuno para refletir sobre o Brasil de agora.. Ficar preso ao celular não é nada saudável, mas, com estes apps, você tem uma boa razão. Eles podem monitorar suas atividades diárias e ajudar a mudar hábitos, desde a água que você bebe até a quantidade de passos dados em um dia. DRINK WATER - calcula quanto seu corpo precisa se água diariamente e envia lembretes para você beber mais água. FITBIT - acompanha atividades diárias, como treinos e sono. Também rastreia quantos passos dados no dia, distância, calorias queimadas, peso, além de fazer registros de alimentos e de batimentos cardíacos. MYFITNESSPAL - monitora sua dieta e seus exercícios em menos de cinco minutos diários. Seu banco de dados, com calculadora de calorias, tem mais de 6 milhões de alimentos. Com esse aplicativo, você pode registrar o que come e seus favoritos serão lembrados. RUNTASTIC - ideal para entrar em forma e ter uma vida mais saudável. Monitora e registra sessões de esporte, assim como os dados dos treinos. Escolha entre emagrecer, preparar-se para competições, começar a correr, relaxar ou entrar em forma. Para ela falar de moda, é significar filosofia, economia, psicologia… Sempre analisando instinto, vaidade, desejo, contextualizando de forma única e contemporaneidades sob o olhar histórico. Essa essência é apresentada em seu novo novo livro, A Elegância do Agora, lançado esse mês, iniciando as comemorações do seu aniversário de 80 anos. O momento atual exalta o fim das regras e padrões, então trazer um leitura sobre etiqueta ou autoajuda estaria totalmente over, porém Costanza coloca a etiqueta como regra básica de respeito ao outro, de convívio coletivo harmonioso e de educação. Sua vida pautada por satisfação pessoal, beleza e estilo de vida como realidade e na ética seguem linhas filosóficas do bem viver, conta uma história cheia de conquistas e transgressões e também de dor, culpa e desamparo. Nome exaltado na moda, Constanza atualmente atua como colunista da revista Vogue Brasil. LIVRO
  • 13. https://www.engadget.com/2019/09/20/facebook-fashion-neural-net/ https://oglobo.globo.com/economia/de-volta-ao-rio-pernambucanas-planejam-60-lojas-ate-2021- 23960655 https://opiniao.estadao.com.br/noticias/editorial-economico,o-ritmo-incerto-da-retomada-do- varejo,70003020207 https://epocanegocios.globo.com/Brasil/noticia/2019/09/partir-de-novembro-carioca-podera- retirar-compras-feitas-pela-internet-nas-estacoes-de-metro.html http://sbvc.com.br/renner-investe-energia-solar/ https://futuroexponencial.com/supermodelos-digitais-moda/ https://www.modefica.com.br/o-futuro-da-moda-e-de-segunda-mao/#.XYszNEZKjIV https://www.lilianpacce.com.br/moda/upcycling-do-bem-levis-e-another-place-se-juntam-em-prol- da-casa-1/ https://vogue.globo.com/Vogue-Gente/noticia/2019/09/mercado-de-moda-plus-size-nao-para-de- crescer-no-brasil-e-no-mundo.html ENTRE PELA NOSSA REDE: DICOM I://PESQUISA EUROPA COBERTURA COMPLETA DAS LOJAS NA EUROPA ATUALIZADAS MENSALMENTE