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• Brasil: estudo transversal (40 dias, 9478 pacientes
atendidos em 5 centros gastroenterologia)
• Suspeita ALV < 24 meses: 5,4%
– Sintomas: GI (88,7%)
• Condição nutricional:
– Z-escore PE < -2 (desnutrição): 8,7%
– Z-escore EI < -2 (baixa estatura): 23,9%
Risco nutricional: alergia leite de vaca
Desnutrição
(Alimentos: ≤ 2 vs. ≥ 3)
ZPI 1,8% vs. 14,5%
ZEI 3,6% vs. 12,1%
Estudo caso controle (n=96)
Idade = 4,5 anos
Dermatite atópica e urticária
Risco nutricional: outros alimentos
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Alergias múltiplas
• Crianças mais velhas
• Há persistência do quadro alérgico
• Doenças com comprometimento sistêmico
mais intenso (maior número de sistemas)
• Risco nutricional elevado
• Exclusão de múltiplos alimentos:
– Substituição adequada
– Qualidade de vida
Alergias múltiplas
• Dermatite atópica
• Doenças eosinofílicas (esofagite)
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ESOFAGITE EOSINOFÍLICA
Esofagite eosinofílica – alergia alimentar
• Experiência de 10 anos com 381 crianças envolvidas
→ uso de dieta elementar melhorou a histologia e
história clínica em 98% dos pacientes. (Liacouras et al. Clin
Gastroenterol Hepatol 2005; 3: 1198-223.)
• Se baixa aceitação da dieta elementar – indicar
gastrostomia (crianças mais velhas)
• Alternativa: uso de dieta oligoalergênica
Spergel JM et al. Gastrointest Endoscopy Clin N AM 2008; 18:179-94.
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• Estudo retrospectivo, crianças com EoE (n=941, 2000 –
2011)
• Identificação dos alimentos mais envolvidos: retirada
(melhora) e reintrodução (piora dos sintomas)
• Leite, ovo, trigo e soja: 319 (34%)
– Reações IgE mediadas: 15%
– VP (-) testes: 92% (LV 44%) (Probabilidade de não existir a doença, dado que o teste foi negativo)
– Exclusão empírica (6 alimentos): 53% resolução histológica
– Testes + Exclusão empírica: 77%
• Ambos métodos são aceitáveis para definir exclusão
Dietas de exclusão: esofagite eosinofílica
1) Sem leite
2) Sem leite, ovo e trigo
3) Sem leite, soja, trigo, ovo, amendoim e frutos do mar
4) Remoção baseado nos testes (cutâneo ou patch)
5) Remoção dos alimentos testes (+) e leite
6) Sem leite, ovos, soja, trigo e carnes (frango, peru, boi, porco)
7) Dieta vegana (sem leite, ovos, frango, carne bovina, porco e peru)
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Crescimento de crianças com DA
• Mecanismos prováveis para comprometimento do
crescimento estatural em crianças com DA:
• ↑ gasto energético (sono irregular),
• ↓ ingestão (irritabilidade) e ↓ absorção
• ↑ requerimentos de micronutrientes (constante cicatrização)
• Inflamação crônica pode comprometer o crescimento pela ação
das citocinas na placa de crescimento
• Resistência à ação do GH ou ↓produção de IgF1 (ação do IL6)
Ellison JA et al. Br J Dermatol 2006; 155: 532-8.
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Dieta de eliminação: revisão sistemática
• 9 estudos incluídos (n=432)
• Sem evidências de benefícios no uso de dieta elementar
ou oligoalergênica
• Embora muito utilizada na prática – ↓ evidência de boa
qualidade disponível
Bath Hexthal F et al. Allergy 2009; 64: 258-64.
• Avaliar o efeito da dieta de exclusão na DA (diagnosticada
por médico)
• Incluídos: 9 estudos (n = 421)
– 6 exclusão de ovo e leite
– 1 dieta oligoalergênica
– 2 dieta à base de aminoácidos
Exclusão de ovo = IgE + para ovo
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IMPACTO NUTRICIONAL = SIM
Impacto nutricional: alergias múltiplas
• Ingestão inadequada:
– Desnutrição energético proteica
– Carência de micronutrientes
• Risco de transgressões:
– Não desaparecimento dos sintomas
– Piora da condição nutricional
• Influência nas preferências alimentares:
– Restrição da dieta
– Prejuízo da qualidade de vida
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• Estudo prospectivo: 46 crianças ( < 3 anos) com AA -
18 (LV) e 28 (LV e trigo) – 12, 21 e 28 meses.
• Dados coletados: antropometria, ingestão dietética e
parâmetros laboratoriais
• Crescimento, condição nutricional e ingestão
dietética não diferiram ALV e [ALV + trigo]
• Dieta restrição leva prejuízo na condição nutricional
• Passar do tempo há melhora da condição
nutricional: apesar da dieta restrição
• Monitoramento: + NUTRICIONISTA na equipe
– Orientação nutricional individualizada: melhora da
ingestão dietética (macro e micronutrientes)
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Oferta de alimentos e/ou placebo em doses crescentes e
intervalos regulares, sob supervisão médica, com concomitante
monitoramento de possíveis reações clínicas.
A B
Aberto Simples ou
uni-cego
Duplo cego e
controlado por placebo
Realizar o TPO: diagnóstico e tolerância
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• Prejuízo da qualidade de vida: criança e da família
– Restrição alimentar
– Risco de transgressões (> 50%)
– Limitações ambientes: festas e escolas
– Teste de provocação oral periódicos
Qualidade de vida
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• Estudo caso-controle: doenças eosinofílicas gastrintestinais
(n=92, idade=7,6 anos): 85% esofagite EE e 15%
gastroenterites
• Aderência à dieta e transgressões nas 2 últimas semanas
• Comportamento alimentar:
– Crianças: “Behavioral Problem Feeding Assessment Schedule”
– Pais: “Parenting Stress Index Short Form” e “Stress Index for
Parents of Adolescent”
Promoção alimentação saudável
• Pior comportamento alimentar nas crianças:
– Não se associou com maior risco de transgressão (p = 0,40)
– Associou-se com maior estresse nos pais (r = 0,28; p = 0,008)
“Estudos são necessários para avaliar se intervenções
relacionadas no comportamento alimentar das crianças
com AA relacionam-se com redução do estresse nos pais”.
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• Hábitos alimentares relatados pelas mães:
– Crianças que receberam fórmulas de soja ou hidrolisado proteico
> preferência por brócolis aos 5 anos
• FI hidrolisadas caseína: notas de sabor (“elementos
voláteis - enxofre”) semelhantes ao brócolis
• Novos estudos para entender melhor as preferências
alimentares em longo prazo são necessários
Prevenção
Melhor diagnóstico = tratamento
Indução tolerância
Imunoterapia
18. 30/08/2015
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Considerações finais
• Considerar: AA é uma doença
– Dinâmica
– Longa duração
– Compromete a qualidade de vida da família
• Preservar a condição nutricional
• Estimular hábitos alimentares saudáveis
• Principal risco : trabalhar sozinho