1. Primeira Guerra Mundial
Nome do Autor: Leonardo Rosa Molina de Oliveira
Ano: 2014
Mês: Junho
Profissão: Graduando em História pela Universidade Federal do Rio de
Janeiro- UFRJ
2. • O objetivo desse trabalho é apresentar de
uma forma simples a história da Primeira
Guerra Mundial, apresentado as causas, os
participantes e as consequências de tais
acontecimentos.
Objetivo:
3. • Primeira Guerra Mundial (também conhecida
como Grande Guerra ou Guerra das
Guerras até o início da Segunda Guerra
Mundial) foi uma guerra global centrada
na Europa, que começou em 28 de julho de
1914 e durou até 11 de novembro de 1918.
4.
5. • O conflito envolveu as grandes potências de
todo o mundo, que organizaram-se em duas
alianças opostas: os Aliados (com base
na Tríplice Entente entre Reino
Unido,França e Império Russo) e os Impérios
Centrais (originalmente Tríplice
Aliança entre Império Alemão, Áustria-
Hungria e Itália; mas como a Áustria-Hungria
tinha tomado a ofensiva contra o acordo, a
Itália não entrou em guerra).
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7. Causas para a Guerra:
• Entre as causas da guerra inclui-se as
políticas imperialistas estrangeiras das
grandes potências da Europa, como o Império
Alemão, o Império Austro-Húngaro, o Império
Otomano, o Império Russo, o Império
Britânico, a Terceira República Francesa e
a Itália.
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9. O Estopim:
• Em 28 de junho de 1914, o assassinato do
arquiduque Francisco Fernando da Áustria, o
herdeiro do trono da Áustria-Hungria, pelo
nacionalista iugoslavo Gavrilo Princip,
em Sarajevo, na Bósnia, foi o gatilho imediato
da guerra, o que resultou em um ultimato
Habsburgo contra o Reino da Sérvia.
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11. Antecedentes:
• No século XIX, as grandes potências europeias
tinham percorrido um longo caminho para
manter o equilíbrio de poder em toda
a Europa, resultando na existência de uma
complexa rede de alianças políticas e militares
em todo o continente por volta de 1900.
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13. • Essas alianças começaram em 1815, com
a Santa Aliança entre Reino da
Prússia, Império Russo e Império Austríaco.
15. • Então, em outubro de 1873, o chanceler
alemão Otto von Bismarck negociou a Liga dos
Três Imperadores (em
alemão: Dreikaiserbund) entre os monarcas
da Áustria-Hungria, Rússia e Alemanha.
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17. Conflito de Interesses:
• Este acordo falhou porque a Áustria-Hungria e
a Rússia tinham interesses conflitantes
nos Bálcãs, o que fez com que a Alemanha e
Áustria-Hungria formassem uma aliança em
1879, chamada de Aliança Dua. Isto foi visto
como uma forma de combater a influência
russa nos Bálcãs, enquanto o Império
Otomano continuava a se enfraquecer. Em
1882, esta aliança foi ampliada para incluir
a Itália no que se tornou a Tríplice Aliança.
18.
19. Continua as Alianças: Guerra Prevista?
• Depois de 1870, um conflito europeu foi
evitado em grande parte através de uma rede
de tratados cuidadosamente planejada entre
o Império Alemão e o resto da Europa e
orquestrada por Bismarck. Ele trabalhou
especialmente para manter a Rússia ao lado
da Alemanha, para evitar uma guerra de duas
frentes com a França e a Rússia.
20. • Quando Guilherme II subiu ao trono como
imperador alemão (kaiser), Bismarck foi
obrigado a se aposentar e seu sistema de
alianças foi gradualmente enfatizado. Por
exemplo, o kaiser se recusou a renovar
o Tratado de Resseguro com a Rússia em
1890. Dois anos mais tarde, a Aliança Franco-
Russa foi assinada para contrabalançar a força
da Tríplice Aliança.
21. Reino Unido:
• Em 1904, o Reino Unido assinou uma série de
acordos com a França, a Entente Cordiale, e em
1907, o Reino Unido e a Rússia assinaram
a Convenção Anglo-Russa. Embora estes acordos
não tenham aliado o Reino Unido com a França
ou a Rússia formalmente, eles fizeram a entrada
britânica em qualquer conflito futuro envolvendo
a França ou a Rússia e o sistema de
intertravamento dos acordos bilaterais se tornou
conhecido como a Tríplice Entente.
23. • O poder industrial e econômico dos alemães
havia crescido muito depois da unificação e da
fundação do império em 1871. Desde meados da
metade dos anos 1890, o governo de Guilherme
II usou essa base para dedicar significativos
recursos econômicos para a edificação
do Kaiserliche Marine (em português:Marinha
Imperial alemã), criada pelo almirante Alfred von
Tirpitz, em rivalidade com a Marinha Real
Britânica na supremacia naval mundial.
Corrida Armamentista:
24. • A corrida armamentista entre Reino Unido e
Alemanha, eventualmente ampliada ao resto
da Europa, com todas as grandes potências
dedicando a sua base industrial para produzir
o equipamento e as armas necessárias para
um conflito pan-europeu. Entre 1908 e 1913,
os gastos militares das potências europeias
aumentou em 50%.
25.
26. • A Áustria-Hungria precipitou a crise bósnia de
1908-1909 por anexar oficialmente o antigo
território otomano da Bósnia e Herzegovina,
que ocupava desde 1878. Isto irritou o Reino
da Sérvia e seu patrono, o pan-
eslavo e ortodoxo Império Russo. A manobra
política russa na região desestabilizou os
acordos de paz, que já estavam enfraquecidos,
no que ficou conhecido como "o barril de
pólvora da Europa".
27. Conflitos dos Bálcãs:
• Em 1912 e 1913, a Primeira Guerra Balcânica foi
travada entre a Liga Balcânica e o fragmentado Império
Otomano. O Tratado de Londres resultante ainda
encolheu o Império Otomano, com a criação de um
Estado independente albanês, enquanto ampliou as
explorações territoriais
da Bulgária, Sérvia, Montenegro e Grécia. Quando a
Bulgária atacou a Sérvia e a Grécia em 16 de junho de
1913, ela perdeu a maior parte da Macedônia à Sérvia
e Grécia e Dobruja do Sul para a Romênia durante
a Segunda Guerra Balcânica, desestabilizando ainda
mais a região
28.
29. Crise de Julho:
• Em 28 de junho de 1914, Gavrilo Princip, um
estudante sérvio-bósnio e membro da Jovem
Bósnia, assassinou o herdeiro do trono austro-
húngaro, o arquiduque Francisco Fernando da
Áustria, em Sarajevo, na Bósnia. Isto iniciou
um mês de manobras diplomáticas entre
Áustria-Hungria, Alemanha, Rússia, França e
Reino Unido, no que ficou conhecido como a
Crise de Julho.
31. E começa a Guerra!
• Querendo finalmente acabar com a
interferência sérvia na Bósnia a Áustria-
Hungria entregou o Ultimato de Julho para a
Sérvia, uma série de dez reivindicações
criadas, intencionalmente, para serem
inaceitáveis, com a intenção de provocar uma
guerra com a Sérvia. Quando a Sérvia
concordou com apenas oito das dez
reivindicações, a Áustria-Hungria declarou
guerra ao país em 28 julho de 1914.
32. • O Império Russo, disposto a permitir que a Áustria-
Hungria eliminasse a sua influência nos Balcãs e em
apoio aos seus sérvios protegidos de longa data,
ordenou uma mobilização parcial um dia depois. O
Império Alemão mobilizou-se em 30 de julho de 1914,
pronto para aplicar o "Plano Schlieffen", que planejava
uma invasão rápida e massiva à França para eliminar o
exército francês e, em seguida, virar a leste contra a
Rússia. O gabinete francês resistiu à pressão militar
para iniciar a mobilização imediata e ordenou que suas
tropas recuassem 10 km da fronteira, para evitar
qualquer incidente. A França só se mobilizou na noite
de 2 de agosto, quando a Alemanha invadiu a Bélgica e
atacou tropas francesas.
33. Primeiro Ataque:
• Por causa da resposta sérvia ao tratado, o
Império Austro-Húngaro cortou todas as
relações diplomáticas com o país e declarou
guerra ao mesmo em 28 de Julho, começando
o bombardeio a Belgrado (capital sérvia) em
29 de julho. No dia seguinte, o Império Russo,
que sempre tinha sido aliado da Sérvia, deu a
ordem de locomoção a suas tropas.
34. Alemanha entra na Guerra:
• O Império Alemão, que tinha garantido apoio ao Império
Austro-Húngaro no caso de uma eventual guerra
mandaram um ultimato ao governo do Império Russo para
parar a mobilização de tropas dentro de 12 horas, no dia
31. No primeiro dia de agosto o ultimato tinha expirado
sem qualquer reação russa. A Alemanha então declarou-lhe
guerra. Em 2 de agosto, a Alemanha ocupou Luxemburgo,
como o passo inicial da invasão à Bélgica e do Plano
Schlieffen (estratégia de defesa alemã que previa a invasão
da França, Inglaterra e Rússia). A Alemanha tinha enviado
outro ultimato, desta vez à Bélgica, requisitando a livre
passagem do exército alemão rumo à França. Como tal
pedido foi recusado, foi declarada guerra à Bélgica.
35. Inglaterra entra na Guerra:
• Em 3 de agosto, a Alemanha declarou guerra à
França, e no dia seguinte invadiu a Bélgica. Tal
ato, violando a soberania belga - que Grã-
Bretanha, França e a própria Alemanha
estavam comprometidos a garantir- fez com
que o Império Britânico saísse da sua posição
neutra e declarasse guerra à Alemanha em 4
de Agosto.
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37. O Mundo em Guerra:
•TRÍPLICE ENTENTE e PAÍSES ALIADOS:
- França
- Reino Unido
- Império Russo (Rússia)
- Canadá
- Sérvia
- Itália (pertencia a Tríplice Aliança, porém passou para o lado da Entente em
1915)
- Estados Unidos da América
- Bélgica
- Japão
- Austrália
- Canadá
- Nova Zelândia
- Portugal
- Romênia
- Reino de Montenegro
- Brasil
- Polônia
39. Primeiras Batalhas:
• O exército sérvio submeteu-se a uma
estratégia defensiva para conter os invasores
austro-húngaros, o que culminou na Batalha
de Cer. Os sérvios ocuparam posições
defensivas no lado sul do rio Drina. Nas duas
primeiras semanas os ataques austro-
húngaros foram repelidos causando grandes
perdas ao exército das Potências Centrais.
Essa foi a primeira grande vitória da Tríplice
Entente na guerra.
41. Interesses Imperialistas Ingleses
• Após invadir o território belga, o exército alemão logo
encontrou resistência na fortificada cidade de Liège.
Apesar do exército ter continuado a rápida marcha
rumo à França, a invasão germânica tinha provocado a
decisão britânica de intervir em ajuda a Tríplice
Entente. Como signatário do Tratado de Londres, o
Império Britânico estava comprometido a preservar a
soberania belga. Para a Grã-Bretanha
os portos de Antuérpia e Oostende eram importantes
demais para cair nas mãos de uma potência
continental hostil ao país. Para tanto, enviou um
exército para a Bélgica, atrasando o avanço alemão.
44. Fim da Guerra:
• A partir de 1917, a situação começou a alterar-se,
quer com a entrada em cena de novos meios,
como o carro de combate e a aviação militar,
quer com a chegada ao teatro de operações
europeu das forças norte-americanas ou a
substituição de comandantes por outros com
nova visão da guerra e das tácticas e estratégias
mais adequadas; lançam-se, de um lado e de
outro, grandes ofensivas, que causam profundas
alterações no desenho da frente, acabando por
colocar as tropas alemãs na defensiva e levando
por fim à sua derrota.
50. • É verdade que a Alemanha adquire ainda
algum fôlego quando a revolução estala
no Império Russo e o governo bolchevista,
chefiado por Lênin, prontamente assina a paz
sem condições, (Tratado de Brest-Litovski)
assim anulando a frente leste, mas essa
circunstância não será suficiente para evitar a
derrota. O armistício que pôs fim à guerra foi
assinado a 11 de novembro de 1918.
51. Consequências:
• Nenhuma outra guerra mudou o mapa
da Europa de forma tão dramática. Quatro
impérios desapareceram após o fim do
conflito: o Alemão, o Austro-Húngaro, o
Otomano e o Russo.
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53. • A guerra teve consequências econômicas
profundas. Dos 60 milhões de soldados
europeus que foram mobilizados entre os
anos de 1914 e 1918, 8 milhões foram mortos,
7 milhões foram incapacitados de maneira
permanente e 15 milhões ficaram gravemente
feridos. A Alemanha perdeu 15,1% de sua
população masculina ativa, a Áustria-Hungria
perdeu 17,1% e a França perdeu 10,5%.
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55. Tratados de Paz e Fronteiras Nacionais:
• Após a guerra, a Conferência de Paz de Paris,
em 1919, impôs uma série de tratados de paz
às Potências Centrais, terminando
oficialmente com a guerra. O Tratado de
Versalhes de 1919 lidou com a Alemanha e,
com base nos Quatorze Pontos do então
presidente norte-americano, Woodrow
Wilson, trouxe à existência a Liga das
Nações em 28 de junho de 1919.
56. Principais pontos do Tratado:
• A Alemanha perdeu suas colônias
• Ficou proibida de ter forças armadas
• Foi considerada culpada pela guerra
• Teve que pagar uma indenização aos
“vencedores”
59. Legado do Tratado de Versalhes:
• O Tratado de Versalhes causou um enorme sentimento
de amargura no povo alemão, que os movimentos
nacionalistas, especialmente os nazistas, exploraram
com uma teoria de conspiração que chamaram
de Dolchstoßlegende(a "Lenda da Punhalada pelas
Costas"). A inflação galopante na década de 1920
contribuiu para o colapso econômico da República de
Weimar e o pagamento de indenizações foi suspenso
em 1931, após a Quebra do Mercado de Ações de
1929 e o início do período que posteriormente
conhecido como Grande Depressão em todo o mundo.