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ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA
(AVD)
DISTÚRBIOS DE
COMPORTAMENTO
Telma Toledo Rocha
Terapeuta Ocupacional
Especialista em Gerontologia – UFMG
Membro do Gerocenter – CIAPE
CREFITO 4/7165 TO
ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA
(AVD)
 As atividade de vida diária, também chamadas de AVD, incluem as
atividades rotineiras como alimentação, vestir e despir, banho e
higiene pessoal.
 Com o envelhecimento, o idoso apresenta uma série de dificuldades
para executar tarefas rotineiras e para manter um comportamento
social aceitável.
 As alterações que são próprias do envelhecimento trazem déficits em
relação à: memória, à visão, ao equilíbrio, às capacidades físicas e
uma demora no tempo de reação.
 Assim, com o avanço da idade, pode ocorrer uma perda da
capacidade de tomar decisões e de realizar certas tarefas que nos
parecem simples.
 É importante que sempre se estimule a independência do idoso na
realização dessas atividades, mesmo que isso demande um tempo
maior para a realização dessas tarefas. Quanto mais ele fizer, melhor
para ele e menos desgaste para você!
 Lembre-se que o mais importante no cuidado é fazer COM o idoso e
não PELO idoso, favorecendo a manutenção da autonomia e da
independência.
VESTIR E DESPIR
PROPORCIONA:
 Bem-estar
 Segurança
 Autoconfiança
EXIGE:
 Coordenação
 Equilíbrio
 Movimentação fina das mãos
 Visão
 Força muscular
ATENÇÃO: Mesmo quando o idoso já perdeu um pouco da
independência, SEMPRE que possível, a escolha da roupa deve ser
feita por ele!
DICAS PARA O CUIDADOR
1. Roupas simples, confeccionadas com tecidos próprios ao clima e no
comprimento certo para evitar o risco de quedas.
2. Nunca esquecer de tirar ou colocar agasalhos, conforme a variação
da temperatura. O idoso pode ter perdido a percepção térmica.
3. O cuidador deve, ao falar com o paciente, colocar-se no seu campo
visual, ou seja, em frente a ele, orientando-o calmamente e
gesticulando, se necessário.
4. Deve-se estimular o ato de vestir-se sozinho, dando instruções com
palavras fáceis de serem entendidas.
5. Dê a ele a oportunidade de optar pelo tipo de vestuário e as cores
que mais o agradam. Apenas supervisione, pois pode ser que haja
necessidade de auxiliá-lo na combinação das cores.
6. Tenha calma e paciência, não o apresse enquanto ele executa sua
rotina de vestir-se ou despir-se. Proporcione a ele tempo suficiente
par executar a tarefa. Lembre-se que mesmo gastando um tempo
maior para realizar a atividade, a manutenção da independência é
fundamental.
7. Para que ele mesmo possa procurar suas roupas nos armários,
organize-as por categorias e cole fotos de peças e ou objetos pessoais
na parte externa da gaveta ou guarda-roupas. Isto o ajudará a
encontrar rapidamente o que procura.
8. Roupas como blusas, camisas ou suéteres, deverão ser
preferencialmente abertos na parte da frente, para facilitar a
colocação ou retirada.
9. Evite roupas com botões, zíperes e presilhas, elas dificultam o
trabalho do idoso para abrí-los ou fechá-los. Se possível, colocar
fechos de velcro nas roupas e sapatos.
10. Nos casos de demência avançada ou total dependência do idoso,
deve-se dar preferência aos conjuntos do tipo moletom, em função de
sua praticidade.
11. Para pacientes limitados a cadeiras de rodas ou poltronas, o
critério para a escolha do vestuário é ainda mais rigoroso. Deve-se
optar por roupas confortáveis, largas, especialmente nos quadris.
12. O uso de objetos pessoais (acessórios), pode ser mantido, porém,
em casos de demência ou confusão mental, as jóias deverão ser
substituídas por bijuterias.
13. Na medida do possível, deve-se providenciar um roupão, para que
o paciente possa se despir no quarto e, protegido, ser conduzido ao
banho.
14. Deve-se evitar o uso de chinelos, pois eles facilitam as quedas.
15. Todos os tipos de sapatos devem ser providos por solados
antiderrapantes e firmes, de salto baixo, os mais indicados são
aqueles que possuem elástico na parte superior, pois além de serem
fáceis de tirar e colocar evitam que o paciente tropece e caia, caso o
cadarço se desamarre.
16- Em casos de confusão mental e déficit cognitivo, deve-se dividir a
atividade em etapas e ir orientando o idoso através da fala clara e
pausada ou através de demonstração. No caso de orientação verbal,
dar indicações simples e precisas, uma de cada vez e repetí-las se
necessário.
17- As roupas devem ser organizadas e apresentadas ao idoso na
ordem em que ele irá vestí-las. Por exemplo: 1- cueca, 2- meia, 3-
blusa, 4- calça, 5- cinto, 6- sapato, 7- agasalho.
18- Encorajar os idosos a se vestirem ao invés de passar o dia todo
com pijama ou roupa de dormir.
19- Manter sempre respeito pela intimidade dos idosos durante o
vestir-se e o despir-se, mantendo-os em local adequado com
privacidade e livre de correntes de vento.
20- Para pacientes com demência e déficits cognitivos é importante
que se estabeleça uma rotina relacionada com o vestir.
21- Estar sempre atento a sinais de cansaço.
ALGUMAS ADAPTAÇÕES
ALIMENTAÇÃO
ASPECTOS QUE PODEM DIFICULTAR
 Dentição em mau estado de conservação
 Fraqueza da musculatura da boca ou das mãos
 Tremor das mãos
 Perda da coordenação motora
 Déficits cognitivos
 Distúrbios de comportamento
ATENÇÃO: O idoso pode não se lembrar se já comeu ou não e ainda
pode não se comportar da maneira adequada à mesa. Por esse
motivo, muitos familiares e cuidadores acabam dando o alimento ao
idoso em horários ou em locais diferente do restante da família,
impedindo que ocorra esse contato com a família na hora das
refeições. O ideal é que o idoso se alimente como o de costume
juntamente com seus familiares.
DICAS PARA OS CUIDADORES
1- Lembre-se que sempre que possível o idoso deve ser responsável
pela escolha do alimento e do horário das refeições de acordo com
seus hábitos e rotinas.
2- Estimular a independência do idoso na realização de todas as
etapas da atividade de alimentação.
3- Garantir um ambiente seguro, confortável e agradável durante as
refeições.
4- Sempre que possível levar o idoso à mesa para que ele se alimente
com toda a família.
5- Cuidado ao servir a comida ao idoso. Certifique-se que a
temperatura está adequada (nem muito quente, nem muito fria) e que
a quantidade será suficiente.
6- Se o idoso estiver com tremores ou déficits motores que dificultem
a realização da atividade, adaptações podem ser providenciadas como
por exemplo engrossador do cabo do talher, ventosas no prato e copo
adaptado.
7- Em caso de confusão ou déficit cognitivo, uma boa opção é dividir
a atividade em etapas e orientar de forma simples, clara e
pausadamente uma a uma. “pegue a colher” “coloque a comida” “leve
a boca” “mastigue” “engula”
8- Em alguns casos, o idoso pode se recusar a comer. É interessante
que se preocupe com a aparência da comida, procurando colocar
alimentos com cores bem alegres e dispostos harmonicamente no
prato.
9- Nunca alimente um idoso na posição deitada! Mesmo que não
seja possível leva-lo à mesa, coloca-lo na posição sentada e com a
cabeça ereta na hora da alimentação.
10- Dê ao idoso o tempo que ele necessitar para se alimentar. Não o
apresse e lembre-se que a alimentação deve ser um momento
agradável e tranqüilo.
11- Esteja sempre atento às orientações do médico e da nutricionista
e só dê ao idoso alimentos adequados. Procure orientações em relação
a doenças que levam à restrições da alimentação, como a Diabetes e a
Hipertensão.
12- Se o idoso se recusar a comer, não force a barra, tente convencê-
lo da importância da alimentação e que a comida está gostosa, mas
nunca coloque a comida na boca do paciente de maneira brusca.
13- Se você não convencê-lo a comer, procure a ajuda de um médico.
Em casos avançados da Doença de Alzheimer, por exemplo, pode ser
necessário o uso de sondas.
ALGUMAS ADAPTAÇÕES
BANHO E HIGIENE PESSOAL
PROPORCIONA
 Boa Saúde física e emocional
 Boa aparência
 Autoconfiança
FATORES QUE INTERFEREM
 Ambiente inadequado
 Alterações de equilíbrio
 Alterações da visão
 Diminuição da força muscular
 Déficit cognitivo
FICAR ALERTA COM
 A temperatura da água que pode gerar queimaduras ou mal
estar se estiver muito fria.
 Quedas no banheiro
 Sabonete nos olhos
 Não dar “trancos”, que podem causar hematomas
 Correntes de ar no banheiro
AMBIENTE ADEQUADO
 Mantenha o piso seco e dentro e fora do box utilize tapetes
antiderrapantes (emborrachados) para evitar quedas.
 A colocação de barras de segurança na parede é de grande
ajuda, pois permitem que o paciente se apóie nelas durante o
banho, fazendo-o sentir-se mais seguro.
 Se for difícil para ele manter-se em pé por muito tempo, talvez
uma cadeira de banho vá auxiliá-lo e permitir maior conforto e
independência.
 O Box deve ser protegido com uma cortina de plástico sem
arrastar no chão, bem fixada e transparente na parte superior.
 O porta toalha deve ficar ao lado do Box
 A mangueira do chuveirinho não deve arrastar no chão
 O banheiro deve ter uma boa luminosidade.
DICAS PARA O CUIDADOR
1. A rotina do banho é essencial. Mudanças de horário e da maneira
de como conduzir o banho devem ser evitadas.
2. O cuidador deve, na medida do possível, deixar que o idoso realize
a tarefa de banhar-se. A melhor maneira do cuidador agir, é na
condição de incentivador, auxiliar e protetor.
3. Quando se está preparando o banho, todas as ações devem ser
explicadas em voz alta, falando clara e pausadamente, uma a uma.
4. Banho de chuveiro, com água em abundância e temperatura
agradável, são requisitos indispensáveis. Banho de banheira ou no
leito são reservados para situações especiais, quando esta for a
indicação pela equipe multiprofissional.
5. Ao iniciar o banho, dependendo do grau de autonomia do idoso,
deve-se pedir que vá se despindo.
6 . As orientações devem ser bem claras: "Vamos tirar suas roupas",
"Entre no box", "Passe o sabonete nas axilas". Para facilitar a
execução da atividade, ela deve ser dividida em etapas que devem ser
orientadas de forma simples uma a uma. Todas as orientações bem
executadas devem ser acompanhadas de elogios.
7. Após o banho, o cuidador deve oferecer a toalha, e pedir ao idoso
que se seque, supervisionando principalmente entre os dedos dos pés
e nas dobras do corpo. Depois, oferecer suas roupas limpas e
incentivá-lo a vestí-las
8. O banho também é um ótimo momento para realizar uma revisão
sistemática da pele, unhas e cabelos, observando assim alguma lesão
escondida, rachadura na pele ou nos pés, hematomas ou algum outro
trauma que não se via antes, escaras que estão iniciando, micoses...
9. As unhas devem ser cortadas semanalmente, de forma quadrada,
evitando encrave nos cantos.
10. O cuidado com a cavidade oral (boca) é importante. A limpeza de
próteses (dentaduras, roates) e dentes naturais, bem como as
gengivas, devem ser rigorosamente observados, principalmente após
as refeições. Um bom artifício para conseguir ajuda do idoso nesta
tarefa, é o cuidador escovar os seus próprios dentes e pedir ao idoso
que o imite. Não se esqueça de pedir para q o idoso escove a língua.
11. Os cabelos devem ser lavados regularmente e revisados em busca
de parasitos. O corte do cabelo e da barba deve ser feitos
periodicamente.
12. O uso de maquiagem é positivo para as senhoras idosas, e devem
obedecer ao bom senso, não havendo exageros nem as colocando em
situações ridículas.
13. A atitude a tomar em relação ao idoso que não quer fazer a sua
higiene, e nem deixar o cuidador fazê-lo, é a de manter postura
determinada, evitando o confronto e a discussão, conduzindo com
firmeza, passo-a-passo, a execução de toda a tarefa.
14- Sempre respeitar a intimidade do idoso, mantendo-o em local
adequado e vestido enquanto se prepara o banho.
15- Após o banho, incentivar o uso de um creme hidratante por todo
o corpo para evitar o ressecamento da pele.
16- Se o paciente fizer uso de óculos ou lentes corretivas, lembrá-lo
de usar durante o banho.
17- Proporcione tempo adequado para que o idoso realize as
atividades de banho e higiene pessoal.
18- Garantir a acessibilidade do idoso a todo o material necessário
durante o banho.
19- Sempre que possível os idosos devem ter seus hábitos de higiene
respeitados como: horário do banho, marca de sabonete, shampoo,
etc.
20- Não há razão para se "obrigar" o paciente a banhar-se pela manhã
se é seu hábito fazê-lo à tarde.
21- É interessante se criar uma rotina para aqueles que apresentam
dependência severa, isto facilita o trabalho do cuidador e cria um
hábito para o paciente.
22- Mesmo os acamados devem ser levados ao banheiro quando
possível para que seja realizado o banho de chuveiro, esta é uma
ótima oportunidade de mobilização.
23- Banhos no leito devem ser evitados, sendo indicados apenas para
aqueles pacientes com prescrição de repouso rigoroso no leito.
ALGUMAS ADAPTAÇÕES
DISTÚRBIOS DE COMPORTAMENTO
 Para o cuidador, a tarefa mais difícil no cuidado ao idoso é lidar
com os problemas de comportamento. O cuidador tem que
controlar estes distúrbios de comportamento e ter domínio sobre
a situação.
Não é fácil, mas é possível.
 REAVALIE: pergunte-se: “Há alguma razão para este
comportamento? Será efeito de medicação? Frustração por não
poder fazer algo, por não conseguir fazer algo? Irritado por
algum motivo? Qual motivo?”
 Idosos com demência podem ter explosões irreais, porém em
muitas destas explosões, pode haver uma razão real e encontrar
esta razão, pode facilitar o controle do comportamento.
 Muitas vezes, determinados comportamentos como gritar, vagar
pela casa, irritabilidade e agressividade podem ser uma forma de
comunicação.
DICAS GERAIS
1- O primeiro passo na abordagem das alterações de
comportamento é identificar a possível causa, o fator
desencadeante.
2- Detectadas as alterações, deve-se enfrentar um distúrbio de
cada vez e nunca tentar resolver todos ao mesmo tempo.
3- Não valorizar os distúrbios, demonstrando total desinteresse
pelo que está ocorrendo, sem confronta-lo, e reforçar as atitudes
positivas.
VAGUEAR, PERDER-SE, FUGIR
DEFINIÇÃO
Trata-se de um estado de inquietude que faz com que o paciente
ande de um lado para outro, sem um objetivo e sem demonstrar
sinais de cansaço. Fenômeno conhecido por vagância ou
perambulação. É uma alteração de comportamento que também pode
estar relacionada a quadros infecciosos e desidratação.
Para se lidar com essa situação, inicialmente deve-se procurar
reconhecer possíveis causas da perambulação. Outra medida
essencial é manter a segurança pessoal e ambiental.
DICAS PARA O CUIDADOR
1- Se ele começou com este comportamento subitamente, pois não é
um comportamento comum a ele, marque uma consulta médica, em
busca de uma explicação possível, ou até um problema de saúde.
2- Infecções, efeitos colaterais a alguns medicamentos, dores,
fecalomas (fezes em consistência de pedra), devem ser descartados
por um médico. Às vezes a presença de um inseto nas roupas ou
qualquer outra sensação de desconforto, pode causar inquietude
motora, fazendo o paciente vagar.
3- Familiares próximos, comerciantes, amigos, vizinhos, devem ser
comunicados quando o paciente apresentar este fenômeno. Eles
devem ser orientados que, caso o paciente seja encontrado vagando
pelas ruas, devem aproximar-se calmamente e tranqüilizando-o,
conduzi-lo para casa.
4- A desorientação têmporo-espacial (incapacidade para reconhecer
dias e noites e o local onde se encontra) também pode explicar a
inquietação motora demonstrada pelo paciente.
5- Pergunte ao paciente: Você está com fome? Sede? Frio?
6-Todos os riscos devem ser avaliados pelo cuidador. Assim, portas,
janelas, piscinas, escadas, sacadas, devem ser supervisionadas
rotineiramente com a finalidade de manter a segurança do paciente
que vaga.
7-Travas colocadas na parte alta ou baixa da porta mantém a casa
segura e dificilmente são percebidas pelo paciente.
8- Deixe-o com roupas inadequadas para sair, esconda os sapatos e
não deixe chaves a vista.
9-Pacientes que apresentam perambulação noturna (caminham à
noite), não devem dormir de meias, o risco de escorregar e cair é
muito alto.
10- Às vezes, ele não foge, ele se perde. Sinalize bem a sua casa, deixe
o ambiente o mais familiar possível: retratos de toda a família pela
casa, objetos pessoais de estima á mostra. Sinalize o banheiro, o
quarto, a cozinha. Evite que o seu ambiente seja confuso, barulhento,
agitado e com muitas pessoas.
11- Faça uma identificação em suas roupas, escrevendo em um
cartão ou na própria roupa, o nome e endereço, telefone e um
agradecimento pela ajuda. Pode ser também um bracelete ou um
colar de identificação.
12- Mantenha o paciente ocupado durante o dia, atividades e
exercícios físicos adaptados as suas limitações (se houverem) devem
fazer parte de sua rotina.
13- Atividades domésticas simples, serão de grande valor, e embora
ele (a) muitas vezes não consiga terminar uma atividade, gasta
energia e possivelmente terá um sono mais tranqüilo.
14.Caso o paciente saia e se perca, é conveniente iniciar a procura em
locais que habitualmente ele freqüentava, familiares a ele.
15.Lembre-se o paciente não pode sentir-se perseguido pelo cuidador,
observe-o e supervisione suas atividades com sutileza.
16.Converse com o idoso, fale pausada e calmamente, sorrindo em
tom de ajuda, orientando – o. Mostre o seu quarto, suas coisas, o
banheiro, a cozinha. Diga que gosta dele e que não o quer ver saindo
sozinho.
ALUCINAÇÕES
Ele está vendo coisas, o que eu faço?
CONCEITO
Algumas pessoas podem apresentar alucinações visuais ou
auditivas, quando apresentam a falsa impressão - sem que haja um
estímulo externo - de estar vendo ou ouvindo coisas que outras
pessoas não vêem ou ouvem, respectivamente. São várias as causas
que geram crises de alucinação e o paciente deve passar por uma
avaliação médica para determiná-las com segurança. Deve-se estar
atento à presença de doenças do sistema urinário, infecções,
dependência de álcool, efeitos colaterais às medicações utilizadas,
desidratação, dores severas e presença de fecaloma (fezes em
consistência de pedra).
DICAS PARA O CUIDADOR
1- Não se deve discutir com o paciente aquilo que ele diz ver ou ouvir,
tampouco entrar na alucinação concordando com aquilo que ele vê ou
ouve. Frases como: "sei que você viu, mas eu não vi", costumam
acalmar e transmitem confiança. Respeite a alucinação do paciente
2- Tente conduzir o paciente para outro lugar da casa, convidando-o a
passar por áreas mais claras, quando a alucinação acontece.
3- Busque atividades interessantes que o agradem e distraiam,
observe fotos de paisagens bonitas, álbuns de família. Estes são
alguns exemplos que ajudam a reduzir alucinações.
4-Tente trabalhar sempre na tentativa de trazer o paciente à
realidade. Observe quais ruídos, objetos ou estímulo são responsáveis
pela alucinação e providencie para que sejam removidos.
5- Cortinas, papéis de parede ou louças estampadas costumam gerar
crises, nesse caso, é conveniente substituí-los por padronagens lisas
e claras.
6- Sombras na janela, podem ser provocadas por vegetação (folhas de
árvores que balançam ao vento), e neste caso, devem ser podadas.
7- Evite espelhos, em algum momento da evolução de uma demência
eles podem desencadear uma crise alucinatória, quando, por
exemplo, o paciente perder a capacidade de reconhecer sua própria
imagem refletida. Cobrí-los ou removê-los é o ideal.
DELÍRIOS
Ele está me acusando de tê-lo roubado
CONCEITO
Trata-se da falsa crença que o paciente apresenta de estar sendo
roubado ou perseguido por pessoas estranhas ou membros da própria
família. Alteração conhecida por delírio. O idoso acredita que não está
em sua casa e freqüentemente pede para ir embora, desconhece as
pessoas que convive com ele dizendo que há estranhos em casa.
Muito comum em pacientes com demência.
DICAS PARA O CUIDADOR
1- É extremamente importante que o cuidador tenha consciência de
que o paciente não sabe o que está fazendo. Agir com calma,
paciência e carinho diante aos delírios.
2- Tranqüilize-o caminhando pela casa para mostrar-Ihe que não há
ninguém estranho.
3- Mantenha objetos familiares a ele espalhados pela casa, para que
dessa forma ele não se sinta em ambiente estranho.
4- Não responda às acusações, lembre-se, ele não sabe o que faz.
5- Se ele não confia mais em quem sempre administrou suas
economias, não se magoe, entregue esta função a outra pessoa de
confiança.
6- Quando ele solicita a todo o momento que quer ir embora para
casa, leve-o para dar uma volta e retorne dizendo: “Pronto...!
Chegamos em casa”. Este é um artifício bastante eficaz
7- É muito comum que ao não reconhecer um rosto de familiar ou
amigo, ele o confunda com um agressor de um assalto que nunca
existiu. Entenda que este é um delírio e que por mais que ele o ofenda
você deve tentar acalmá-lo com carinho. O que para você é um delírio,
para ele é uma realidade.
8- Use e abuse do toque suave, do abraço e dê todo o amor e respeito
que o paciente precisa e merece. As situações motivadas pelo delírio
devem ser tratadas com delicadeza e seriedade.
PROBLEMAS DE
COMPORTAMENTO SEXUAL
CONCEITO
É um distúrbio muito comum nos pacientes com demência. Estes
comportamentos são devido ao comprometimento e deterioração das
células do cérebro, os neurônios, em regiões que são responsáveis
pela memória, pelo comportamento e pelas habilidades apreendidas.
Assim, muita coisa que o idoso aprendeu e viveu, foi perdida por
causa da doença. Fatos vividos, família construída, uma carreira, um
trabalho de longos anos... tudo isto vai desaparecendo, com o
progresso da doença. Numa fase mais avançada, então, pode-se
também perder a referência guardada em seu cérebro, sobre as
normas de conduta sexual, que foram aprendidas e passadas para
toda a sua família.
ATENÇÃO: LEMBRAR SEMPRE QUE NÃO É O IDOSO QUE FAZ,
PREMEDITADAMENTE, ESTE TIPO DE CONDUTA. É A SUA
DOENÇA!
DICAS PARA OS CUIDADORES
1- Não tente adivinhar o que está acontecendo com o idoso que você cuida; procure se
informar e se orientar, estude, dedique-se a conhecer o processo do envelhecimento e as
doenças mais comuns nessa faixa etária.
2- Procure encarar com naturalidade estes problemas, não busque o confronto com o
idoso, não grite com ele e nem seja intolerante, ríspido e rígido.
3- Procure distraí-lo, dê-lhe ocupação, dê uma volta com ele, para que esqueça (e
esquece mesmo!) do comportamento inadequado. Com calma e paciência se consegue
tomar conta da situação.
4- Evite expor o idoso a situações de ridículo, não reaja de forma exagerada e histérica,
ainda mais na presença de crianças.
5- Seja gentil, paciente e, se necessário, haja com firmeza. Procure não elevar o tom da
voz. Não piore mais a situação!
6- Novamente, lembre-se: o contato pessoal, o carinho, o toque e a atenção são
primordiais e importantes para contornar estas situações.
7- Evite brincadeiras de mau gosto, piadas e gracejos de ordem sexual, que possam
estimular o idoso. Não exceda o relacionamento além do limite cuidador/paciente. Amor,
carinho e o toque são importantes, mas devem ser realizados com respeito e sem deixar
dúvidas quanto à sua natureza.
AGITAÇÃO
3
O QUE É O EFEITO CREPÚSCULO OU LUSCO FUSCO?
Pessoas com confusão aguda ou crônica ficam mais confusas,
agitadas e inseguras no fim da tarde, especialmente depois que
escurece. Isso acontece quando vivem em suas próprias casas ou em
casas especializadas, e às vezes piora quando se altera a rotina do
paciente, que pode tornar-se exigente, mais agitado, desconfiado,
desorientado e, desencadear alucinações especialmente à noite. O
período de atenção e a capacidade de concentração tornam-se ainda
mais limitados. O idoso fica mais impulsivo, sendo levado por suas
próprias idéias de realidade.
DICAS PARA O CUIDADOR:
1- Repetiremos sempre: é a doença, é o quadro de demência que gera
problemas de comportamento. O idoso não agita deliberadamente, de
propósito.
2- Contornamos melhor a agitação se temos um ambiente agradável e
seguro. Se proporcionarmos e supervisionamos atividades e tarefas
durante todo o dia. Se tivermos apoio dos familiares e de outros
cuidadores (se os tiver), aprendendo juntos, habilidades necessárias
para melhor cuidar do idoso.
3- Em muitos casos, a agitação ocorre devido à pouca preparação do
cuidador/familiar em saber lidar com o idoso afetado pela demência.
4- Carinho, afeto e atenção tornam o idoso mais fácil de lidar, em
caso de agitação.
5- Não dê falsas promessas e nem diga mentiras. Conquiste cada vez
mais a confiança do idoso.
6- A prática da boa comunicação é importante. Fale devagar, olhando
para o idoso e dizendo frases curtas e objetivas. Não lhe dê muitas
opções de escolhas.
7- Tenha sempre um ambiente calmo e tranqüilo, encorajando o bom
humor, a alegria e o riso. Relaxar faz bem contra a agitação! Mas
cuidado para não fornecer muito estímulo e deixa-lo confuso.
8- Não provoque, no entanto, muitas emoções no idoso.
Preocupações, alegrias e tristezas em excesso podem deixá-lo mais
confuso e agitado.
9- Demonstre segurança e confiança no trato com o idoso. Procure ter
o controle da situação em que ocorre a agitação. A autoridade e a
firmeza (com calma e suavidade) podem ajudar a conter o idoso e
deixá-lo mais cooperativo.
10- Não empurre, não bata, não grite e nem xingue! NUNCA!
11- Esteja atento ao nível de frustração do idoso. Carinho, amor e
atenção, bem como o abraço e o toque, podem deixá-lo menos
frustrado e sentir-se mais tranqüilo e amado.
12- Procure tratar o idoso com a maior naturalidade possível, não o
tratando com uma criança, ou como um doente, mesmo que o seja.
Agir assim pode evitar mal-entendidos e conflitos.
13- Ocupação, atividades e tarefas domésticas ou sociais ajudam a
preencher o tempo, dando valorização e importância ao idoso. Mas
respeite a vontade do idoso, o não querer fazer às vezes é positivo e
deve ser visto respeitado. Ficar sem fazer nada às vezes é necessário.
14- Como cuidador/familiar, não tenha muitas expectativas de que o
idoso irá melhorar, ou que se consiga controlar bem todos os seus
sintomas. Estamos lidando como uma doença que AINDA não tem
cura ou controle efetivo. Procure ser realista!
15- Evite discutir com o idoso! A maneira dele reagir e de entender os
fatos está alterada. Tentar convencer ou discutir, com muitos
argumentos, só irá piorar a agitação.
16- Um ambiente propício, bem iluminado, calmo e tranqüilo, bem
sinalizado, sem muitas alterações na rotina diária deixa o idoso mais
calmo e com melhores condições de lembrar de "seu" lugar, de sua
casa. Evitar muitas aglomerações, muitas confusões e muitas festas.
17- A agitação pode resultar de fome ou sede. Procure supervisionar a
alimentação do idoso e pergunte a ele se lhe falta alguma coisa.
18- A agitação pode ser sinal de dor ou de outro desconforto físico.
Pergunte ao idoso, com calma e clareza, o que ele está sentindo.
Procure em seu corpo algum sinal de problemas de saúde.
19- Paciência, paciência, muita paciência!

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Cuidados com AVDs e banho para idosos

  • 1. ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA (AVD) DISTÚRBIOS DE COMPORTAMENTO Telma Toledo Rocha Terapeuta Ocupacional Especialista em Gerontologia – UFMG Membro do Gerocenter – CIAPE CREFITO 4/7165 TO
  • 2. ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA (AVD)  As atividade de vida diária, também chamadas de AVD, incluem as atividades rotineiras como alimentação, vestir e despir, banho e higiene pessoal.  Com o envelhecimento, o idoso apresenta uma série de dificuldades para executar tarefas rotineiras e para manter um comportamento social aceitável.  As alterações que são próprias do envelhecimento trazem déficits em relação à: memória, à visão, ao equilíbrio, às capacidades físicas e uma demora no tempo de reação.  Assim, com o avanço da idade, pode ocorrer uma perda da capacidade de tomar decisões e de realizar certas tarefas que nos parecem simples.  É importante que sempre se estimule a independência do idoso na realização dessas atividades, mesmo que isso demande um tempo maior para a realização dessas tarefas. Quanto mais ele fizer, melhor para ele e menos desgaste para você!  Lembre-se que o mais importante no cuidado é fazer COM o idoso e não PELO idoso, favorecendo a manutenção da autonomia e da independência.
  • 3. VESTIR E DESPIR PROPORCIONA:  Bem-estar  Segurança  Autoconfiança EXIGE:  Coordenação  Equilíbrio  Movimentação fina das mãos  Visão  Força muscular ATENÇÃO: Mesmo quando o idoso já perdeu um pouco da independência, SEMPRE que possível, a escolha da roupa deve ser feita por ele! DICAS PARA O CUIDADOR 1. Roupas simples, confeccionadas com tecidos próprios ao clima e no comprimento certo para evitar o risco de quedas. 2. Nunca esquecer de tirar ou colocar agasalhos, conforme a variação da temperatura. O idoso pode ter perdido a percepção térmica. 3. O cuidador deve, ao falar com o paciente, colocar-se no seu campo visual, ou seja, em frente a ele, orientando-o calmamente e gesticulando, se necessário. 4. Deve-se estimular o ato de vestir-se sozinho, dando instruções com palavras fáceis de serem entendidas. 5. Dê a ele a oportunidade de optar pelo tipo de vestuário e as cores que mais o agradam. Apenas supervisione, pois pode ser que haja necessidade de auxiliá-lo na combinação das cores. 6. Tenha calma e paciência, não o apresse enquanto ele executa sua rotina de vestir-se ou despir-se. Proporcione a ele tempo suficiente par executar a tarefa. Lembre-se que mesmo gastando um tempo maior para realizar a atividade, a manutenção da independência é fundamental.
  • 4. 7. Para que ele mesmo possa procurar suas roupas nos armários, organize-as por categorias e cole fotos de peças e ou objetos pessoais na parte externa da gaveta ou guarda-roupas. Isto o ajudará a encontrar rapidamente o que procura. 8. Roupas como blusas, camisas ou suéteres, deverão ser preferencialmente abertos na parte da frente, para facilitar a colocação ou retirada. 9. Evite roupas com botões, zíperes e presilhas, elas dificultam o trabalho do idoso para abrí-los ou fechá-los. Se possível, colocar fechos de velcro nas roupas e sapatos. 10. Nos casos de demência avançada ou total dependência do idoso, deve-se dar preferência aos conjuntos do tipo moletom, em função de sua praticidade. 11. Para pacientes limitados a cadeiras de rodas ou poltronas, o critério para a escolha do vestuário é ainda mais rigoroso. Deve-se optar por roupas confortáveis, largas, especialmente nos quadris. 12. O uso de objetos pessoais (acessórios), pode ser mantido, porém, em casos de demência ou confusão mental, as jóias deverão ser substituídas por bijuterias. 13. Na medida do possível, deve-se providenciar um roupão, para que o paciente possa se despir no quarto e, protegido, ser conduzido ao banho. 14. Deve-se evitar o uso de chinelos, pois eles facilitam as quedas. 15. Todos os tipos de sapatos devem ser providos por solados antiderrapantes e firmes, de salto baixo, os mais indicados são aqueles que possuem elástico na parte superior, pois além de serem fáceis de tirar e colocar evitam que o paciente tropece e caia, caso o cadarço se desamarre. 16- Em casos de confusão mental e déficit cognitivo, deve-se dividir a atividade em etapas e ir orientando o idoso através da fala clara e pausada ou através de demonstração. No caso de orientação verbal, dar indicações simples e precisas, uma de cada vez e repetí-las se necessário. 17- As roupas devem ser organizadas e apresentadas ao idoso na ordem em que ele irá vestí-las. Por exemplo: 1- cueca, 2- meia, 3- blusa, 4- calça, 5- cinto, 6- sapato, 7- agasalho.
  • 5. 18- Encorajar os idosos a se vestirem ao invés de passar o dia todo com pijama ou roupa de dormir. 19- Manter sempre respeito pela intimidade dos idosos durante o vestir-se e o despir-se, mantendo-os em local adequado com privacidade e livre de correntes de vento. 20- Para pacientes com demência e déficits cognitivos é importante que se estabeleça uma rotina relacionada com o vestir. 21- Estar sempre atento a sinais de cansaço. ALGUMAS ADAPTAÇÕES
  • 6. ALIMENTAÇÃO ASPECTOS QUE PODEM DIFICULTAR  Dentição em mau estado de conservação  Fraqueza da musculatura da boca ou das mãos  Tremor das mãos  Perda da coordenação motora  Déficits cognitivos  Distúrbios de comportamento ATENÇÃO: O idoso pode não se lembrar se já comeu ou não e ainda pode não se comportar da maneira adequada à mesa. Por esse motivo, muitos familiares e cuidadores acabam dando o alimento ao idoso em horários ou em locais diferente do restante da família, impedindo que ocorra esse contato com a família na hora das refeições. O ideal é que o idoso se alimente como o de costume juntamente com seus familiares. DICAS PARA OS CUIDADORES 1- Lembre-se que sempre que possível o idoso deve ser responsável pela escolha do alimento e do horário das refeições de acordo com seus hábitos e rotinas. 2- Estimular a independência do idoso na realização de todas as etapas da atividade de alimentação. 3- Garantir um ambiente seguro, confortável e agradável durante as refeições. 4- Sempre que possível levar o idoso à mesa para que ele se alimente com toda a família.
  • 7. 5- Cuidado ao servir a comida ao idoso. Certifique-se que a temperatura está adequada (nem muito quente, nem muito fria) e que a quantidade será suficiente. 6- Se o idoso estiver com tremores ou déficits motores que dificultem a realização da atividade, adaptações podem ser providenciadas como por exemplo engrossador do cabo do talher, ventosas no prato e copo adaptado. 7- Em caso de confusão ou déficit cognitivo, uma boa opção é dividir a atividade em etapas e orientar de forma simples, clara e pausadamente uma a uma. “pegue a colher” “coloque a comida” “leve a boca” “mastigue” “engula” 8- Em alguns casos, o idoso pode se recusar a comer. É interessante que se preocupe com a aparência da comida, procurando colocar alimentos com cores bem alegres e dispostos harmonicamente no prato. 9- Nunca alimente um idoso na posição deitada! Mesmo que não seja possível leva-lo à mesa, coloca-lo na posição sentada e com a cabeça ereta na hora da alimentação. 10- Dê ao idoso o tempo que ele necessitar para se alimentar. Não o apresse e lembre-se que a alimentação deve ser um momento agradável e tranqüilo. 11- Esteja sempre atento às orientações do médico e da nutricionista e só dê ao idoso alimentos adequados. Procure orientações em relação a doenças que levam à restrições da alimentação, como a Diabetes e a Hipertensão. 12- Se o idoso se recusar a comer, não force a barra, tente convencê- lo da importância da alimentação e que a comida está gostosa, mas nunca coloque a comida na boca do paciente de maneira brusca. 13- Se você não convencê-lo a comer, procure a ajuda de um médico. Em casos avançados da Doença de Alzheimer, por exemplo, pode ser necessário o uso de sondas. ALGUMAS ADAPTAÇÕES
  • 8. BANHO E HIGIENE PESSOAL PROPORCIONA  Boa Saúde física e emocional  Boa aparência  Autoconfiança FATORES QUE INTERFEREM  Ambiente inadequado  Alterações de equilíbrio  Alterações da visão  Diminuição da força muscular  Déficit cognitivo FICAR ALERTA COM  A temperatura da água que pode gerar queimaduras ou mal estar se estiver muito fria.  Quedas no banheiro  Sabonete nos olhos  Não dar “trancos”, que podem causar hematomas  Correntes de ar no banheiro AMBIENTE ADEQUADO  Mantenha o piso seco e dentro e fora do box utilize tapetes antiderrapantes (emborrachados) para evitar quedas.
  • 9.  A colocação de barras de segurança na parede é de grande ajuda, pois permitem que o paciente se apóie nelas durante o banho, fazendo-o sentir-se mais seguro.  Se for difícil para ele manter-se em pé por muito tempo, talvez uma cadeira de banho vá auxiliá-lo e permitir maior conforto e independência.  O Box deve ser protegido com uma cortina de plástico sem arrastar no chão, bem fixada e transparente na parte superior.  O porta toalha deve ficar ao lado do Box  A mangueira do chuveirinho não deve arrastar no chão  O banheiro deve ter uma boa luminosidade.
  • 10. DICAS PARA O CUIDADOR 1. A rotina do banho é essencial. Mudanças de horário e da maneira de como conduzir o banho devem ser evitadas. 2. O cuidador deve, na medida do possível, deixar que o idoso realize a tarefa de banhar-se. A melhor maneira do cuidador agir, é na condição de incentivador, auxiliar e protetor. 3. Quando se está preparando o banho, todas as ações devem ser explicadas em voz alta, falando clara e pausadamente, uma a uma. 4. Banho de chuveiro, com água em abundância e temperatura agradável, são requisitos indispensáveis. Banho de banheira ou no leito são reservados para situações especiais, quando esta for a indicação pela equipe multiprofissional. 5. Ao iniciar o banho, dependendo do grau de autonomia do idoso, deve-se pedir que vá se despindo. 6 . As orientações devem ser bem claras: "Vamos tirar suas roupas", "Entre no box", "Passe o sabonete nas axilas". Para facilitar a execução da atividade, ela deve ser dividida em etapas que devem ser orientadas de forma simples uma a uma. Todas as orientações bem executadas devem ser acompanhadas de elogios. 7. Após o banho, o cuidador deve oferecer a toalha, e pedir ao idoso que se seque, supervisionando principalmente entre os dedos dos pés e nas dobras do corpo. Depois, oferecer suas roupas limpas e incentivá-lo a vestí-las 8. O banho também é um ótimo momento para realizar uma revisão sistemática da pele, unhas e cabelos, observando assim alguma lesão
  • 11. escondida, rachadura na pele ou nos pés, hematomas ou algum outro trauma que não se via antes, escaras que estão iniciando, micoses... 9. As unhas devem ser cortadas semanalmente, de forma quadrada, evitando encrave nos cantos. 10. O cuidado com a cavidade oral (boca) é importante. A limpeza de próteses (dentaduras, roates) e dentes naturais, bem como as gengivas, devem ser rigorosamente observados, principalmente após as refeições. Um bom artifício para conseguir ajuda do idoso nesta tarefa, é o cuidador escovar os seus próprios dentes e pedir ao idoso que o imite. Não se esqueça de pedir para q o idoso escove a língua. 11. Os cabelos devem ser lavados regularmente e revisados em busca de parasitos. O corte do cabelo e da barba deve ser feitos periodicamente. 12. O uso de maquiagem é positivo para as senhoras idosas, e devem obedecer ao bom senso, não havendo exageros nem as colocando em situações ridículas. 13. A atitude a tomar em relação ao idoso que não quer fazer a sua higiene, e nem deixar o cuidador fazê-lo, é a de manter postura determinada, evitando o confronto e a discussão, conduzindo com firmeza, passo-a-passo, a execução de toda a tarefa. 14- Sempre respeitar a intimidade do idoso, mantendo-o em local adequado e vestido enquanto se prepara o banho. 15- Após o banho, incentivar o uso de um creme hidratante por todo o corpo para evitar o ressecamento da pele. 16- Se o paciente fizer uso de óculos ou lentes corretivas, lembrá-lo de usar durante o banho. 17- Proporcione tempo adequado para que o idoso realize as atividades de banho e higiene pessoal. 18- Garantir a acessibilidade do idoso a todo o material necessário durante o banho.
  • 12. 19- Sempre que possível os idosos devem ter seus hábitos de higiene respeitados como: horário do banho, marca de sabonete, shampoo, etc. 20- Não há razão para se "obrigar" o paciente a banhar-se pela manhã se é seu hábito fazê-lo à tarde. 21- É interessante se criar uma rotina para aqueles que apresentam dependência severa, isto facilita o trabalho do cuidador e cria um hábito para o paciente. 22- Mesmo os acamados devem ser levados ao banheiro quando possível para que seja realizado o banho de chuveiro, esta é uma ótima oportunidade de mobilização. 23- Banhos no leito devem ser evitados, sendo indicados apenas para aqueles pacientes com prescrição de repouso rigoroso no leito. ALGUMAS ADAPTAÇÕES
  • 13. DISTÚRBIOS DE COMPORTAMENTO  Para o cuidador, a tarefa mais difícil no cuidado ao idoso é lidar com os problemas de comportamento. O cuidador tem que controlar estes distúrbios de comportamento e ter domínio sobre a situação. Não é fácil, mas é possível.  REAVALIE: pergunte-se: “Há alguma razão para este comportamento? Será efeito de medicação? Frustração por não poder fazer algo, por não conseguir fazer algo? Irritado por algum motivo? Qual motivo?”  Idosos com demência podem ter explosões irreais, porém em muitas destas explosões, pode haver uma razão real e encontrar esta razão, pode facilitar o controle do comportamento.  Muitas vezes, determinados comportamentos como gritar, vagar pela casa, irritabilidade e agressividade podem ser uma forma de comunicação. DICAS GERAIS 1- O primeiro passo na abordagem das alterações de comportamento é identificar a possível causa, o fator desencadeante. 2- Detectadas as alterações, deve-se enfrentar um distúrbio de cada vez e nunca tentar resolver todos ao mesmo tempo.
  • 14. 3- Não valorizar os distúrbios, demonstrando total desinteresse pelo que está ocorrendo, sem confronta-lo, e reforçar as atitudes positivas. VAGUEAR, PERDER-SE, FUGIR DEFINIÇÃO Trata-se de um estado de inquietude que faz com que o paciente ande de um lado para outro, sem um objetivo e sem demonstrar sinais de cansaço. Fenômeno conhecido por vagância ou perambulação. É uma alteração de comportamento que também pode estar relacionada a quadros infecciosos e desidratação. Para se lidar com essa situação, inicialmente deve-se procurar reconhecer possíveis causas da perambulação. Outra medida essencial é manter a segurança pessoal e ambiental. DICAS PARA O CUIDADOR 1- Se ele começou com este comportamento subitamente, pois não é um comportamento comum a ele, marque uma consulta médica, em busca de uma explicação possível, ou até um problema de saúde. 2- Infecções, efeitos colaterais a alguns medicamentos, dores, fecalomas (fezes em consistência de pedra), devem ser descartados por um médico. Às vezes a presença de um inseto nas roupas ou qualquer outra sensação de desconforto, pode causar inquietude motora, fazendo o paciente vagar. 3- Familiares próximos, comerciantes, amigos, vizinhos, devem ser comunicados quando o paciente apresentar este fenômeno. Eles devem ser orientados que, caso o paciente seja encontrado vagando pelas ruas, devem aproximar-se calmamente e tranqüilizando-o, conduzi-lo para casa.
  • 15. 4- A desorientação têmporo-espacial (incapacidade para reconhecer dias e noites e o local onde se encontra) também pode explicar a inquietação motora demonstrada pelo paciente. 5- Pergunte ao paciente: Você está com fome? Sede? Frio? 6-Todos os riscos devem ser avaliados pelo cuidador. Assim, portas, janelas, piscinas, escadas, sacadas, devem ser supervisionadas rotineiramente com a finalidade de manter a segurança do paciente que vaga. 7-Travas colocadas na parte alta ou baixa da porta mantém a casa segura e dificilmente são percebidas pelo paciente. 8- Deixe-o com roupas inadequadas para sair, esconda os sapatos e não deixe chaves a vista. 9-Pacientes que apresentam perambulação noturna (caminham à noite), não devem dormir de meias, o risco de escorregar e cair é muito alto. 10- Às vezes, ele não foge, ele se perde. Sinalize bem a sua casa, deixe o ambiente o mais familiar possível: retratos de toda a família pela casa, objetos pessoais de estima á mostra. Sinalize o banheiro, o quarto, a cozinha. Evite que o seu ambiente seja confuso, barulhento, agitado e com muitas pessoas. 11- Faça uma identificação em suas roupas, escrevendo em um cartão ou na própria roupa, o nome e endereço, telefone e um agradecimento pela ajuda. Pode ser também um bracelete ou um colar de identificação. 12- Mantenha o paciente ocupado durante o dia, atividades e exercícios físicos adaptados as suas limitações (se houverem) devem fazer parte de sua rotina. 13- Atividades domésticas simples, serão de grande valor, e embora ele (a) muitas vezes não consiga terminar uma atividade, gasta energia e possivelmente terá um sono mais tranqüilo. 14.Caso o paciente saia e se perca, é conveniente iniciar a procura em locais que habitualmente ele freqüentava, familiares a ele. 15.Lembre-se o paciente não pode sentir-se perseguido pelo cuidador, observe-o e supervisione suas atividades com sutileza.
  • 16. 16.Converse com o idoso, fale pausada e calmamente, sorrindo em tom de ajuda, orientando – o. Mostre o seu quarto, suas coisas, o banheiro, a cozinha. Diga que gosta dele e que não o quer ver saindo sozinho. ALUCINAÇÕES Ele está vendo coisas, o que eu faço? CONCEITO Algumas pessoas podem apresentar alucinações visuais ou auditivas, quando apresentam a falsa impressão - sem que haja um estímulo externo - de estar vendo ou ouvindo coisas que outras pessoas não vêem ou ouvem, respectivamente. São várias as causas que geram crises de alucinação e o paciente deve passar por uma avaliação médica para determiná-las com segurança. Deve-se estar atento à presença de doenças do sistema urinário, infecções, dependência de álcool, efeitos colaterais às medicações utilizadas, desidratação, dores severas e presença de fecaloma (fezes em consistência de pedra). DICAS PARA O CUIDADOR 1- Não se deve discutir com o paciente aquilo que ele diz ver ou ouvir, tampouco entrar na alucinação concordando com aquilo que ele vê ou ouve. Frases como: "sei que você viu, mas eu não vi", costumam acalmar e transmitem confiança. Respeite a alucinação do paciente 2- Tente conduzir o paciente para outro lugar da casa, convidando-o a passar por áreas mais claras, quando a alucinação acontece. 3- Busque atividades interessantes que o agradem e distraiam, observe fotos de paisagens bonitas, álbuns de família. Estes são alguns exemplos que ajudam a reduzir alucinações.
  • 17. 4-Tente trabalhar sempre na tentativa de trazer o paciente à realidade. Observe quais ruídos, objetos ou estímulo são responsáveis pela alucinação e providencie para que sejam removidos. 5- Cortinas, papéis de parede ou louças estampadas costumam gerar crises, nesse caso, é conveniente substituí-los por padronagens lisas e claras. 6- Sombras na janela, podem ser provocadas por vegetação (folhas de árvores que balançam ao vento), e neste caso, devem ser podadas. 7- Evite espelhos, em algum momento da evolução de uma demência eles podem desencadear uma crise alucinatória, quando, por exemplo, o paciente perder a capacidade de reconhecer sua própria imagem refletida. Cobrí-los ou removê-los é o ideal. DELÍRIOS Ele está me acusando de tê-lo roubado CONCEITO Trata-se da falsa crença que o paciente apresenta de estar sendo roubado ou perseguido por pessoas estranhas ou membros da própria família. Alteração conhecida por delírio. O idoso acredita que não está em sua casa e freqüentemente pede para ir embora, desconhece as pessoas que convive com ele dizendo que há estranhos em casa. Muito comum em pacientes com demência. DICAS PARA O CUIDADOR 1- É extremamente importante que o cuidador tenha consciência de que o paciente não sabe o que está fazendo. Agir com calma, paciência e carinho diante aos delírios. 2- Tranqüilize-o caminhando pela casa para mostrar-Ihe que não há ninguém estranho. 3- Mantenha objetos familiares a ele espalhados pela casa, para que dessa forma ele não se sinta em ambiente estranho. 4- Não responda às acusações, lembre-se, ele não sabe o que faz.
  • 18. 5- Se ele não confia mais em quem sempre administrou suas economias, não se magoe, entregue esta função a outra pessoa de confiança. 6- Quando ele solicita a todo o momento que quer ir embora para casa, leve-o para dar uma volta e retorne dizendo: “Pronto...! Chegamos em casa”. Este é um artifício bastante eficaz 7- É muito comum que ao não reconhecer um rosto de familiar ou amigo, ele o confunda com um agressor de um assalto que nunca existiu. Entenda que este é um delírio e que por mais que ele o ofenda você deve tentar acalmá-lo com carinho. O que para você é um delírio, para ele é uma realidade. 8- Use e abuse do toque suave, do abraço e dê todo o amor e respeito que o paciente precisa e merece. As situações motivadas pelo delírio devem ser tratadas com delicadeza e seriedade. PROBLEMAS DE COMPORTAMENTO SEXUAL CONCEITO É um distúrbio muito comum nos pacientes com demência. Estes comportamentos são devido ao comprometimento e deterioração das células do cérebro, os neurônios, em regiões que são responsáveis pela memória, pelo comportamento e pelas habilidades apreendidas. Assim, muita coisa que o idoso aprendeu e viveu, foi perdida por causa da doença. Fatos vividos, família construída, uma carreira, um trabalho de longos anos... tudo isto vai desaparecendo, com o progresso da doença. Numa fase mais avançada, então, pode-se também perder a referência guardada em seu cérebro, sobre as normas de conduta sexual, que foram aprendidas e passadas para toda a sua família. ATENÇÃO: LEMBRAR SEMPRE QUE NÃO É O IDOSO QUE FAZ, PREMEDITADAMENTE, ESTE TIPO DE CONDUTA. É A SUA DOENÇA! DICAS PARA OS CUIDADORES 1- Não tente adivinhar o que está acontecendo com o idoso que você cuida; procure se informar e se orientar, estude, dedique-se a conhecer o processo do envelhecimento e as doenças mais comuns nessa faixa etária.
  • 19. 2- Procure encarar com naturalidade estes problemas, não busque o confronto com o idoso, não grite com ele e nem seja intolerante, ríspido e rígido. 3- Procure distraí-lo, dê-lhe ocupação, dê uma volta com ele, para que esqueça (e esquece mesmo!) do comportamento inadequado. Com calma e paciência se consegue tomar conta da situação. 4- Evite expor o idoso a situações de ridículo, não reaja de forma exagerada e histérica, ainda mais na presença de crianças. 5- Seja gentil, paciente e, se necessário, haja com firmeza. Procure não elevar o tom da voz. Não piore mais a situação! 6- Novamente, lembre-se: o contato pessoal, o carinho, o toque e a atenção são primordiais e importantes para contornar estas situações. 7- Evite brincadeiras de mau gosto, piadas e gracejos de ordem sexual, que possam estimular o idoso. Não exceda o relacionamento além do limite cuidador/paciente. Amor, carinho e o toque são importantes, mas devem ser realizados com respeito e sem deixar dúvidas quanto à sua natureza. AGITAÇÃO 3 O QUE É O EFEITO CREPÚSCULO OU LUSCO FUSCO? Pessoas com confusão aguda ou crônica ficam mais confusas, agitadas e inseguras no fim da tarde, especialmente depois que escurece. Isso acontece quando vivem em suas próprias casas ou em casas especializadas, e às vezes piora quando se altera a rotina do paciente, que pode tornar-se exigente, mais agitado, desconfiado, desorientado e, desencadear alucinações especialmente à noite. O período de atenção e a capacidade de concentração tornam-se ainda mais limitados. O idoso fica mais impulsivo, sendo levado por suas próprias idéias de realidade. DICAS PARA O CUIDADOR: 1- Repetiremos sempre: é a doença, é o quadro de demência que gera problemas de comportamento. O idoso não agita deliberadamente, de propósito. 2- Contornamos melhor a agitação se temos um ambiente agradável e seguro. Se proporcionarmos e supervisionamos atividades e tarefas durante todo o dia. Se tivermos apoio dos familiares e de outros cuidadores (se os tiver), aprendendo juntos, habilidades necessárias para melhor cuidar do idoso.
  • 20. 3- Em muitos casos, a agitação ocorre devido à pouca preparação do cuidador/familiar em saber lidar com o idoso afetado pela demência. 4- Carinho, afeto e atenção tornam o idoso mais fácil de lidar, em caso de agitação. 5- Não dê falsas promessas e nem diga mentiras. Conquiste cada vez mais a confiança do idoso. 6- A prática da boa comunicação é importante. Fale devagar, olhando para o idoso e dizendo frases curtas e objetivas. Não lhe dê muitas opções de escolhas. 7- Tenha sempre um ambiente calmo e tranqüilo, encorajando o bom humor, a alegria e o riso. Relaxar faz bem contra a agitação! Mas cuidado para não fornecer muito estímulo e deixa-lo confuso. 8- Não provoque, no entanto, muitas emoções no idoso. Preocupações, alegrias e tristezas em excesso podem deixá-lo mais confuso e agitado. 9- Demonstre segurança e confiança no trato com o idoso. Procure ter o controle da situação em que ocorre a agitação. A autoridade e a firmeza (com calma e suavidade) podem ajudar a conter o idoso e deixá-lo mais cooperativo. 10- Não empurre, não bata, não grite e nem xingue! NUNCA! 11- Esteja atento ao nível de frustração do idoso. Carinho, amor e atenção, bem como o abraço e o toque, podem deixá-lo menos frustrado e sentir-se mais tranqüilo e amado. 12- Procure tratar o idoso com a maior naturalidade possível, não o tratando com uma criança, ou como um doente, mesmo que o seja. Agir assim pode evitar mal-entendidos e conflitos. 13- Ocupação, atividades e tarefas domésticas ou sociais ajudam a preencher o tempo, dando valorização e importância ao idoso. Mas respeite a vontade do idoso, o não querer fazer às vezes é positivo e deve ser visto respeitado. Ficar sem fazer nada às vezes é necessário. 14- Como cuidador/familiar, não tenha muitas expectativas de que o idoso irá melhorar, ou que se consiga controlar bem todos os seus sintomas. Estamos lidando como uma doença que AINDA não tem cura ou controle efetivo. Procure ser realista!
  • 21. 15- Evite discutir com o idoso! A maneira dele reagir e de entender os fatos está alterada. Tentar convencer ou discutir, com muitos argumentos, só irá piorar a agitação. 16- Um ambiente propício, bem iluminado, calmo e tranqüilo, bem sinalizado, sem muitas alterações na rotina diária deixa o idoso mais calmo e com melhores condições de lembrar de "seu" lugar, de sua casa. Evitar muitas aglomerações, muitas confusões e muitas festas. 17- A agitação pode resultar de fome ou sede. Procure supervisionar a alimentação do idoso e pergunte a ele se lhe falta alguma coisa. 18- A agitação pode ser sinal de dor ou de outro desconforto físico. Pergunte ao idoso, com calma e clareza, o que ele está sentindo. Procure em seu corpo algum sinal de problemas de saúde. 19- Paciência, paciência, muita paciência!