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JESUS E OS MARGINALIZADOSBORTOLINE, José - Roteiros Homiléticos Anos A, B, C Festas e Solenidades - Paulos, 2007
* LIÇÃO DA SÉRIE: LECIONÁRIO DOMINICAL *
ANO: B – TEMPO LITÚRGICO: 6° DOM. COMUM - COR: VERDE
I. INTRODUÇÃO GERAL
1. Jesus quebrou o rígido código do puro/impuro e foi
morar entre os marginalizados. Esse mesmo Jesus é o
eixo em torno do qual os que crêem nele se reúnem para
celebrar sua fé. Ele não marginaliza ninguém, nem dis-
crimina. E os que se reúnem em torno dele para celebrar,
o que fazem? como agem?
2. Na celebração das comunidades devem estar pre-
sentes todos os marginalizados e banidos da sociedade.
Só assim nossas celebrações serão verdadeira comunhão
com a Palavra e com o Corpo de Jesus.
II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS
1ª leitura (Lv 13,1-2.44-46): O marginalizado
3. O capítulo 13 do Levítico trata de doenças da pele a
serem diagnosticadas pelos sacerdotes. Entre essas do-
enças de pele está a lepra. Não há, no livro do Levítico,
nenhuma preocupação com a cura dessas doenças. Sim-
plesmente traçam-se normas higiênicas. A preocupação
fundamental diz respeito à preservação da pureza da
comunidade.
4. Algum tempo depois, os rabinos de Israel passaram
a considerar o leproso como um vivo-morto, pois a lepra
constituía a mais grave forma de impureza ritual. Por
serem os sacerdotes os responsáveis pelo diagnóstico
sobre a pureza ou impureza de uma pessoa, deduz-se
facilmente que a lepra estava intimamente ligada com a
impureza ritual. O aspecto religioso era mais importante
do que o aspecto médico-sanitário. O leproso era uma
espécie de excomungado, banido da sociedade. Essa
pessoa não tinha acesso a Deus. Quem fechava ou abria
a porta do acesso a Deus eram os sacerdotes, mediante o
diagnóstico puro/impuro.
5. O complicado e misterioso sacrifício previsto para
as pessoas que eventualmente sarassem da lepra (cf. Lv
14,2-32) demonstra que ela era vista como sinal do pe-
cado contra Deus. É a partir disso que o leproso se torna
símbolo da maior marginalização possível: castigado por
Deus por causa do pecado (marginalização religiosa),
era declarado impuro pelo sacerdote e banido da comu-
nidade (marginalização social): “O homem atingido por
esse mal andará com as vestes rasgadas, os cabelos sol-
tos e a barba coberta, gritando: ‘Impuro! Impuro!’…
Deve ficar isolado e morar fora do acampamento” (vv.
45-46).
6. O modo como o leproso deve se portar demonstra
que ele se tornou perigosa fonte de contaminação: rou-
pas rasgadas, cabelo solto, lenço sobre a barba (acredi-
tava-se que a saliva poderia transmitir a doença). Um
verdadeiro espantalho vivo, devia ser reconhecido de
longe. Pior ainda, devia viver gritando a todos sua mar-
ginalidade e periculosidade.
7. Podemos nos escandalizar com isso tudo. Mas seria
pura hipocrisia. Em nossa sociedade há igual discrimi-
nação e marginalização, não só em relação aos portado-
res de hanseníase, mas sobretudo em relação aos aidéti-
cos e doentes de modo geral. Escandalizar-se seria sim-
plesmente acobertar nossa hipocrisia.
Evangelho (Mc 1,40-45): Jesus cura o marginalizado
8. Pouco a pouco o Evangelho de Marcos vai mos-
trando quem é Jesus. O episódio de hoje é o terceiro
milagre recordado em vista desse objetivo.
9. Já vimos, na 1ª leitura, a situação de marginalidade
em que se encontrava o leproso. Essa situação era mais
grave no tempo de Jesus, pois tudo girava em torno do
puro/impuro. Quem controlava esse rígido código de
pureza eram os sacerdotes. Cabia a eles declarar o que
podia ou não podia ter acesso a Deus. Deus estaria sob o
controle dos sacerdotes e do código de pureza.
10. O leproso certamente sabia disso. Sabia também
que sua vida – e sua libertação da marginalidade – não
dependiam do Templo e dos sacerdotes, pois estes só
constatavam a cura ou a permanência da doença em seu
corpo. Diante disso, o leproso toma uma decisão radical:
não vai ao sacerdote, e sim a Jesus. Ajoelha-se diante
dele e pede: “Se quiseres, podes curar-me” (v. 40). Re-
conhece que o poder da cura que o tira da marginalidade
não vem da religião dos sacerdotes, e sim de Jesus. No-
temos outro aspecto importante: ao invés de ficar à dis-
tância e gritar sua marginalização (cf. 1ª leitura), apro-
xima-se e manifesta sua adesão a Jesus enquanto fonte
de libertação e vida: “Se quiseres, podes curar-me”.
Viola a lei para ser curado.
11. Jesus quer curar o leproso de sua marginalização,
devolvendo-lhe a vida (naquele tempo, curar um leproso
era sinônimo de ressuscitar um morto). Mas a ação de
Jesus é precedida por uma reação. De acordo com a
maioria das traduções (e do Lecionário também), a rea-
ção de Jesus se traduz em compaixão (v. 41a). Algumas
traduções, porém, em vez de ler “compaixão”, lêem
“ira” (Bíblia Sagrada – Edição Pastoral). Jesus teria
ficado furioso. Não certamente contra o leproso, mas
contra o código de pureza que, em nome de Deus, mar-
ginaliza as pessoas, considerando-as como mortas. É
contra esse sistema religioso que Jesus se revolta. E o
transgride também.
12. De fato, acreditava-se que a lepra fosse contagiosa.
Jesus quebra o código de pureza, tocando o leproso (v.
41b; cf. Lv 5,3). Com isso, de acordo com o sistema
religioso vigente, torna-se impuro: torna-se leproso e
fonte de contaminação. (Note-se que, de acordo com Lv
5,5-6, além de ficar impuro Jesus deveria oferecer um
sacrifício!). Torna-se marginalizado e não poderá mais
entrar publicamente numa cidade: deverá ficar fora, em
lugares desertos (cf. v. 45a), como os marginalizados. O
Filho de Deus foi morar com os marginalizados. Aqui o
Evangelho de Marcos mostra quem é Jesus: é aquele que
rompe os esquemas fechados de uma religião elitista e
segregadora, indo habitar entre os banidos do convívio
social.
13. Curado o leproso, Jesus o expulsa. É esse o sentido
da expressão “o mandou logo embora”. A expressão é
forte e, ao mesmo tempo, estranha. Mas não é estranha
se a lermos na ótica da ira de Jesus contra o código de
pureza que marginaliza as pessoas: ele não quer que elas
continuem vítimas de um sistema social e religioso que
rouba a vida.
14. Jesus dá uma ordem ao curado: “Não conte isso a
ninguém! Vá, mostre-se ao sacerdote e ofereça o sacrifí-
cio que Moisés mandou, como prova para eles!” (v. 44).
Tudo leva a crer que a tarefa da pessoa curada consiste
não em divulgar o milagre, mas em colaborar para que o
código de pureza seja abolido. De fato, ele deverá se
mostrar ao sacerdote para que este constate sua cura.
Sinal de que a cura não depende do código de pureza,
nem da religião do Templo. A expressão “como prova
para eles” tem este sentido: o sacrifício serve como tes-
temunho contra o sistema que o declarava um punido
por Deus e banido do convívio social. O sacrifício tem,
pois, caráter de denúncia e de abolição do código de
pureza.
15. Não sabemos se a pessoa curada teve a coragem de
testemunhar contra o sistema religioso que o mantinha
na marginalidade. Marcos diz que o curado “foi e come-
çou a contar e a divulgar muito o fato” (v. 45a). A rea-
ção a esse anúncio é evidente: Jesus não pode mais en-
trar numa cidade, pois, segundo o código de pureza, está
contaminado e é fonte de contaminação. Todavia, de
toda parte o povo vai procurá-lo (v. 45b), sinal de que
está aberto um novo acesso a Deus. Deus, em seu Filho,
pode ser encontrado fora, na clandestinidade, entre os
que o sistema religioso e social discriminou.
2ª leitura (1Cor 10,31-11,1): Buscar a glória de Deus
16. Os versículos lidos como segunda leitura deste
domingo são a conclusão de uma longa reflexão sobre as
carnes oferecidas aos ídolos (caps. 8-10). Em Corinto,
quase toda a carne vendida nos açougues havia sido
oferecida nos templos dos deuses pagãos. Os “fortes” da
comunidade afirmavam que os ídolos não existem. Por-
tanto, não havia problema em consumir tais carnes. Não
era necessário averiguar sua origem. Paulo está de acor-
do. Nisso a comunidade cristã se afastava da mentalida-
de estreita do judaísmo.
17. Todavia, se pessoas da comunidade fossem convi-
dadas a participar de uma refeição na casa de um pagão,
e este lhes dissesse: “Esta carne foi oferecida aos ído-
los”, o que fazer? Paulo se preocupa com os “fracos”, ou
seja, aquelas pessoas que não têm fé esclarecida. Elas
poderiam estar sendo induzidas à idolatria. Nesse ponto
Paulo se afasta da opinião dos “fortes”: é melhor evitar
para não perder o irmão “fraco” na fé. Isso não significa
podar a liberdade do “forte”, e sim entender e viver a
liberdade responsavelmente.
18. A orientação básica de Paulo é esta: “Quer vocês
comam, quer bebam, quer façam qualquer outra coisa,
tudo façam para a glória de Deus!” (v. 31). Em outras
palavras, Deus transparece, se manifesta e se torna pre-
sente em todos os gestos e ações da comunidade. Portan-
to, a ação de cada pessoa deveria ser ação responsável.
Sabemos que Deus jamais pode ser confundido com os
ídolos. Todavia, nossas ações podem manipulá-lo e
transformar-se em fonte de idolatria.
19. A ação da comunidade tem a ver com todos: os
judeus – que em tudo fazem distinção entre puro e impu-
ro – estão de olho no modo como os cristãos agem; os
pagãos também. A própria comunidade (Igreja de Deus),
dividida entre “fortes” e “fracos”, corre o risco de perder
sua identidade de fermento na grande cidade. O que
fazer? Paulo recomenda que os cristãos de Corinto “não
sejam motivo de escândalo, nem para os judeus, nem
para os pagãos, nem para a Igreja de Deus!” (v. 32).
Estaria Paulo aprovando o código de pureza dos judeus?
Não. Prova disso é o fato de considerar todos – judeus e
pagãos – como chamados a uma vocação única, a da
comunhão com o Deus vivo e verdadeiro. E isso se torna
possível mediante a ação da comunidade: “Façam como
eu, que em tudo procuro agradar a todos, não buscando
o meu próprio interesse, mas o de todos, para que sejam
salvos!” (v. 33). O “interesse de todos” não é o capricho
de cada um em particular. Se assim fosse, o cristão per-
deria sua identidade. O interesse de todos é o encontro
de toda a humanidade com Deus, em Jesus Cristo. Essa
é a glória de Deus. É isso que Paulo busca sem descan-
so. E é a isso que a comunidade é chamada: “Sejam
meus imitadores, como eu também o sou de Cristo”
(11,1).
III. PISTAS PARA REFLEXÃO
20. A 1ª leitura (Lv 13,1-2.44-46) e o evangelho falam, respectivamente, da marginalização causada
pela lepra e da ação de Jesus em favor dos marginalizados. A situação de muitas pessoas, hoje, é mais
dramática que a dos leprosos da Bíblia. Quem são essas pessoas? Quem as marginalizou? Por quê? O
código de pureza continua presente em nossas comunidades? De acordo com o evangelho de hoje, on-
de encontramos Jesus?
21. A 2ª leitura (1Cor 10,31-11,1) ajuda a refletir sobre o tema da liberdade: O que é? Como se ma-
nifesta? É possível liberdade sem solidariedade? E o que dizer da maioria do povo que não tem o que
comer? Não seria anacrônico falar de carne num país em que ela não chega à mesa da maioria?

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Comentário: 6° Domingo do Tempo Comum - Ano B

  • 1. JESUS E OS MARGINALIZADOSBORTOLINE, José - Roteiros Homiléticos Anos A, B, C Festas e Solenidades - Paulos, 2007 * LIÇÃO DA SÉRIE: LECIONÁRIO DOMINICAL * ANO: B – TEMPO LITÚRGICO: 6° DOM. COMUM - COR: VERDE I. INTRODUÇÃO GERAL 1. Jesus quebrou o rígido código do puro/impuro e foi morar entre os marginalizados. Esse mesmo Jesus é o eixo em torno do qual os que crêem nele se reúnem para celebrar sua fé. Ele não marginaliza ninguém, nem dis- crimina. E os que se reúnem em torno dele para celebrar, o que fazem? como agem? 2. Na celebração das comunidades devem estar pre- sentes todos os marginalizados e banidos da sociedade. Só assim nossas celebrações serão verdadeira comunhão com a Palavra e com o Corpo de Jesus. II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS 1ª leitura (Lv 13,1-2.44-46): O marginalizado 3. O capítulo 13 do Levítico trata de doenças da pele a serem diagnosticadas pelos sacerdotes. Entre essas do- enças de pele está a lepra. Não há, no livro do Levítico, nenhuma preocupação com a cura dessas doenças. Sim- plesmente traçam-se normas higiênicas. A preocupação fundamental diz respeito à preservação da pureza da comunidade. 4. Algum tempo depois, os rabinos de Israel passaram a considerar o leproso como um vivo-morto, pois a lepra constituía a mais grave forma de impureza ritual. Por serem os sacerdotes os responsáveis pelo diagnóstico sobre a pureza ou impureza de uma pessoa, deduz-se facilmente que a lepra estava intimamente ligada com a impureza ritual. O aspecto religioso era mais importante do que o aspecto médico-sanitário. O leproso era uma espécie de excomungado, banido da sociedade. Essa pessoa não tinha acesso a Deus. Quem fechava ou abria a porta do acesso a Deus eram os sacerdotes, mediante o diagnóstico puro/impuro. 5. O complicado e misterioso sacrifício previsto para as pessoas que eventualmente sarassem da lepra (cf. Lv 14,2-32) demonstra que ela era vista como sinal do pe- cado contra Deus. É a partir disso que o leproso se torna símbolo da maior marginalização possível: castigado por Deus por causa do pecado (marginalização religiosa), era declarado impuro pelo sacerdote e banido da comu- nidade (marginalização social): “O homem atingido por esse mal andará com as vestes rasgadas, os cabelos sol- tos e a barba coberta, gritando: ‘Impuro! Impuro!’… Deve ficar isolado e morar fora do acampamento” (vv. 45-46). 6. O modo como o leproso deve se portar demonstra que ele se tornou perigosa fonte de contaminação: rou- pas rasgadas, cabelo solto, lenço sobre a barba (acredi- tava-se que a saliva poderia transmitir a doença). Um verdadeiro espantalho vivo, devia ser reconhecido de longe. Pior ainda, devia viver gritando a todos sua mar- ginalidade e periculosidade. 7. Podemos nos escandalizar com isso tudo. Mas seria pura hipocrisia. Em nossa sociedade há igual discrimi- nação e marginalização, não só em relação aos portado- res de hanseníase, mas sobretudo em relação aos aidéti- cos e doentes de modo geral. Escandalizar-se seria sim- plesmente acobertar nossa hipocrisia. Evangelho (Mc 1,40-45): Jesus cura o marginalizado 8. Pouco a pouco o Evangelho de Marcos vai mos- trando quem é Jesus. O episódio de hoje é o terceiro milagre recordado em vista desse objetivo. 9. Já vimos, na 1ª leitura, a situação de marginalidade em que se encontrava o leproso. Essa situação era mais grave no tempo de Jesus, pois tudo girava em torno do puro/impuro. Quem controlava esse rígido código de pureza eram os sacerdotes. Cabia a eles declarar o que podia ou não podia ter acesso a Deus. Deus estaria sob o controle dos sacerdotes e do código de pureza. 10. O leproso certamente sabia disso. Sabia também que sua vida – e sua libertação da marginalidade – não dependiam do Templo e dos sacerdotes, pois estes só constatavam a cura ou a permanência da doença em seu corpo. Diante disso, o leproso toma uma decisão radical: não vai ao sacerdote, e sim a Jesus. Ajoelha-se diante dele e pede: “Se quiseres, podes curar-me” (v. 40). Re- conhece que o poder da cura que o tira da marginalidade não vem da religião dos sacerdotes, e sim de Jesus. No- temos outro aspecto importante: ao invés de ficar à dis- tância e gritar sua marginalização (cf. 1ª leitura), apro- xima-se e manifesta sua adesão a Jesus enquanto fonte de libertação e vida: “Se quiseres, podes curar-me”. Viola a lei para ser curado. 11. Jesus quer curar o leproso de sua marginalização, devolvendo-lhe a vida (naquele tempo, curar um leproso era sinônimo de ressuscitar um morto). Mas a ação de Jesus é precedida por uma reação. De acordo com a maioria das traduções (e do Lecionário também), a rea- ção de Jesus se traduz em compaixão (v. 41a). Algumas traduções, porém, em vez de ler “compaixão”, lêem “ira” (Bíblia Sagrada – Edição Pastoral). Jesus teria ficado furioso. Não certamente contra o leproso, mas contra o código de pureza que, em nome de Deus, mar- ginaliza as pessoas, considerando-as como mortas. É contra esse sistema religioso que Jesus se revolta. E o transgride também. 12. De fato, acreditava-se que a lepra fosse contagiosa. Jesus quebra o código de pureza, tocando o leproso (v. 41b; cf. Lv 5,3). Com isso, de acordo com o sistema religioso vigente, torna-se impuro: torna-se leproso e fonte de contaminação. (Note-se que, de acordo com Lv 5,5-6, além de ficar impuro Jesus deveria oferecer um sacrifício!). Torna-se marginalizado e não poderá mais entrar publicamente numa cidade: deverá ficar fora, em lugares desertos (cf. v. 45a), como os marginalizados. O Filho de Deus foi morar com os marginalizados. Aqui o Evangelho de Marcos mostra quem é Jesus: é aquele que rompe os esquemas fechados de uma religião elitista e
  • 2. segregadora, indo habitar entre os banidos do convívio social. 13. Curado o leproso, Jesus o expulsa. É esse o sentido da expressão “o mandou logo embora”. A expressão é forte e, ao mesmo tempo, estranha. Mas não é estranha se a lermos na ótica da ira de Jesus contra o código de pureza que marginaliza as pessoas: ele não quer que elas continuem vítimas de um sistema social e religioso que rouba a vida. 14. Jesus dá uma ordem ao curado: “Não conte isso a ninguém! Vá, mostre-se ao sacerdote e ofereça o sacrifí- cio que Moisés mandou, como prova para eles!” (v. 44). Tudo leva a crer que a tarefa da pessoa curada consiste não em divulgar o milagre, mas em colaborar para que o código de pureza seja abolido. De fato, ele deverá se mostrar ao sacerdote para que este constate sua cura. Sinal de que a cura não depende do código de pureza, nem da religião do Templo. A expressão “como prova para eles” tem este sentido: o sacrifício serve como tes- temunho contra o sistema que o declarava um punido por Deus e banido do convívio social. O sacrifício tem, pois, caráter de denúncia e de abolição do código de pureza. 15. Não sabemos se a pessoa curada teve a coragem de testemunhar contra o sistema religioso que o mantinha na marginalidade. Marcos diz que o curado “foi e come- çou a contar e a divulgar muito o fato” (v. 45a). A rea- ção a esse anúncio é evidente: Jesus não pode mais en- trar numa cidade, pois, segundo o código de pureza, está contaminado e é fonte de contaminação. Todavia, de toda parte o povo vai procurá-lo (v. 45b), sinal de que está aberto um novo acesso a Deus. Deus, em seu Filho, pode ser encontrado fora, na clandestinidade, entre os que o sistema religioso e social discriminou. 2ª leitura (1Cor 10,31-11,1): Buscar a glória de Deus 16. Os versículos lidos como segunda leitura deste domingo são a conclusão de uma longa reflexão sobre as carnes oferecidas aos ídolos (caps. 8-10). Em Corinto, quase toda a carne vendida nos açougues havia sido oferecida nos templos dos deuses pagãos. Os “fortes” da comunidade afirmavam que os ídolos não existem. Por- tanto, não havia problema em consumir tais carnes. Não era necessário averiguar sua origem. Paulo está de acor- do. Nisso a comunidade cristã se afastava da mentalida- de estreita do judaísmo. 17. Todavia, se pessoas da comunidade fossem convi- dadas a participar de uma refeição na casa de um pagão, e este lhes dissesse: “Esta carne foi oferecida aos ído- los”, o que fazer? Paulo se preocupa com os “fracos”, ou seja, aquelas pessoas que não têm fé esclarecida. Elas poderiam estar sendo induzidas à idolatria. Nesse ponto Paulo se afasta da opinião dos “fortes”: é melhor evitar para não perder o irmão “fraco” na fé. Isso não significa podar a liberdade do “forte”, e sim entender e viver a liberdade responsavelmente. 18. A orientação básica de Paulo é esta: “Quer vocês comam, quer bebam, quer façam qualquer outra coisa, tudo façam para a glória de Deus!” (v. 31). Em outras palavras, Deus transparece, se manifesta e se torna pre- sente em todos os gestos e ações da comunidade. Portan- to, a ação de cada pessoa deveria ser ação responsável. Sabemos que Deus jamais pode ser confundido com os ídolos. Todavia, nossas ações podem manipulá-lo e transformar-se em fonte de idolatria. 19. A ação da comunidade tem a ver com todos: os judeus – que em tudo fazem distinção entre puro e impu- ro – estão de olho no modo como os cristãos agem; os pagãos também. A própria comunidade (Igreja de Deus), dividida entre “fortes” e “fracos”, corre o risco de perder sua identidade de fermento na grande cidade. O que fazer? Paulo recomenda que os cristãos de Corinto “não sejam motivo de escândalo, nem para os judeus, nem para os pagãos, nem para a Igreja de Deus!” (v. 32). Estaria Paulo aprovando o código de pureza dos judeus? Não. Prova disso é o fato de considerar todos – judeus e pagãos – como chamados a uma vocação única, a da comunhão com o Deus vivo e verdadeiro. E isso se torna possível mediante a ação da comunidade: “Façam como eu, que em tudo procuro agradar a todos, não buscando o meu próprio interesse, mas o de todos, para que sejam salvos!” (v. 33). O “interesse de todos” não é o capricho de cada um em particular. Se assim fosse, o cristão per- deria sua identidade. O interesse de todos é o encontro de toda a humanidade com Deus, em Jesus Cristo. Essa é a glória de Deus. É isso que Paulo busca sem descan- so. E é a isso que a comunidade é chamada: “Sejam meus imitadores, como eu também o sou de Cristo” (11,1). III. PISTAS PARA REFLEXÃO 20. A 1ª leitura (Lv 13,1-2.44-46) e o evangelho falam, respectivamente, da marginalização causada pela lepra e da ação de Jesus em favor dos marginalizados. A situação de muitas pessoas, hoje, é mais dramática que a dos leprosos da Bíblia. Quem são essas pessoas? Quem as marginalizou? Por quê? O código de pureza continua presente em nossas comunidades? De acordo com o evangelho de hoje, on- de encontramos Jesus? 21. A 2ª leitura (1Cor 10,31-11,1) ajuda a refletir sobre o tema da liberdade: O que é? Como se ma- nifesta? É possível liberdade sem solidariedade? E o que dizer da maioria do povo que não tem o que comer? Não seria anacrônico falar de carne num país em que ela não chega à mesa da maioria?