Este documento apresenta um Atlas Ambiental da cidade de Guajará, no Amazonas. O Atlas contém mapas e dados sobre aspectos naturais e sociais do município, com o objetivo de apoiar educadores na formação de estudantes sobre a paisagem local e questões ambientais. O documento é dividido em seções tratando de tópicos como localização, demografia, cultura, povos tradicionais, história natural e urbanismo na região de Guajará.
3. Entendendo o Atlas
ATLAS – é uma COLEÇÃO DE MAPAS e dados que
possibilita a localização e obtenção de informações gerais
de uma região ou de toda a PAISAGEM em análise.
Neste Caso esse Atlas Ambiental de Guajará apresenta
uma forma diferente de aprender a geografia de nosso
município.
Essa publicação convida os alunos com apoio de
professores da rede municipal de educação a uma viagem do
conhecimento sobre aspectos e problemas físicos e humanos
abordados na geografia do ensino fundamental brasileiro.
A intensão é de expor didaticamente assuntos de
formação em cidadania, habitação, urbanismo conservação,
mobilidade, história natural e até fontes de energia
alternativas que temos em nosso território.
O objetivo é dar apoio aos educadores na formação
dos alunos, criando uma nova percepção da paisagem dentro
e no entorno do território municipal, estadual e nacional e
sua interação com outros espaços do planeta Terra.
Como ler o Atlas Ambiental
Todas as fichas, contém assuntos abordados entre o
primeiro ao nono ano. De forma simples o professor e os
alunos devem interagir com o mundo real: realizando
expedições, anotando, desenhando, pintando, produzindo
gráficos, jogando, construindo maquetes, enfim fazendo
geografia com o sabor do saber.
Bons trabalhos a todos.
Guajará, inverno de 2012
Nossa localização no
Amazonas, e avista
aérea de nossa cidade
Proposta do Mapa do Zoneamento do Território de Guajará.
4. Quando pensamos em
Espaços Amazônicos, temos
uma visão contemplativa, é
puramente de lazer
Mas no entanto apreciamos os
pratos típicos onde as várias
espécies de pescado e carne
silvestre estão presente. Fonte
da Biodiversidade
Não é muito fácil viver sem
comunicação no interior da
Amazônia, o isolamento é grande
ainda, que digam os cabocos e
ribeirinhos.
Produtos que só agora chegam ao
mercado nacional (Açaí, ucuuba,
cupuaçu, mulateiro, murmuru), vem
mantendo a população regional com
saúde durante anos, dentro da
floresta e cuidando dela.
Pensar com inovação,
pesquisando sob as formas de
utilizar os elementos
disponíveis, é o desafio de cada
jovem guajaraense em seus
estudos e empreendimentos.
Todos dependemos de tudo para
sermos o que queremos ser. Sendo
assim temos de saber valorizar o pouco
que temos e ainda não conhecemos.
Mas se não soubermos valorizar com a
sabedoria dos que sobrevivem durante
anos aqui, não teremos chance frente ao
futuro e as inovações NO FUTURO da
humanidade.
• Florestas• Água
• Mineração• Urbanismo
Agenda
Marrom
Agenda
Amarela
Agenda
Verde
Agenda
Azul
As novas bioindústrias já
estão produzindo tecidos,
óleos, produtos adequados
as nossas necessidades e
modo de conviver na
floresta.
AOPREPAR O CIDADÃO DO SÉCULO XXI, PRECISAMOS ELABORAR NOSSAS METAS, PARA QUE TODOS OS HABITANTES TENHAM UMA
NOÇÃO MÍNIMA DE COMO NOS ORGANIZAMOS, VIVEMOS E SOBREVIVERMOS EM NOSSOS VALORES CULTURAIS, TRADIÇÕES E RELAÇÕES
SÓCIO ECONOMICAS E POLÍTICAS, SEM ESTE SABER, NADA SE DESENVOLVE NADA ACONTECE ORDENADAMENTE.
GEOGRAFIA na agenda 21 local
5. O Espaço em que vivemos
Nossa Localização
no Amazonas
Território tem 7.579,3 km2
Área Urbana
Na Região Amazônica, é um
pouco difícil caracterizar um
espaço urbano, porque na maioria
dos casos não encontramos todos
os equipamentos públicos da
infra-estrutura necessária (rede de
transporte coletivo, comunicação,
energia, abastecimento de água
potável, segurança e educação
publica e uso do solo ordenado).
Para compreender o espaço onde vivemos
temos de conhecer as suas características, e cada de
seus importantes elementos, naturais ou
construídos. Para que no momento de seu uso,
sejamos conscientes, garantindo assim a nossa
sobrevivência e das futuras gerações.
O ser humano tem a capacidade de
TRANSFORMAS em pouco tempo, qualquer
MEIO NATURAL, mas ainda não tem o
conhecimento o suficiente para restabelecer estas
mesmas condições naturais. Isso chamamos de
IMPACTO AMBIENTAL.
Este material irá possibilitar aos leitores, uma nova
PERSPECTIVA (visão) de como utilizamos os
diversos espaços e seus elementos em Guajará, de
forma a garantir nossa sobrevivência.
Boa Leitura.
OS TIPOS DE ESPAÇOS QUE ENCONTRAMOS
•NATURAL – é o ambiente que não sofreu alterações devido
a ação do ser humano. Exemplos como os lagos naturais, as
florestas e os locais onde encontramos a natureza no seu
estado menos agredido.
•CONSTUIDO – são ambientes onde encontramos
equipamentos urbanos (ruas, praças, prédios, residências
etc.). Estes são implantados pelos ribeirinhos isolados, até
os habitantes das cidades.
•ALTERADOS – Nessa categoria enquadra-se os ambientes
onde ocorre ou ocorreu a presença humana e por algum
motivo essa presença causou sua alteração.
Área Rural
O Espaço rural tem como
Características a existência de um
grande número de espécies nativas
em seu estado de desenvolvimento,
que seja na floresta, beira de rio,
lagos, serras ou igarapés. As
construções são em sua maioria
feitas com matéria prima local,
organizadas em pequenas
comunidades, assim como os
poucos serviços existentes e
disponíveis. A população utiliza as
vias de transportes existentes
(barcos, moto ou animais) os
caminhos são de ramais ou paranás
existentes.
Perímetro Urbano 19,3 km2 e o
maior bairro é o da Floresta, o
menor e ó do Saborá.
Temos a cidade mais ocidental
do Amazonas.
DA POPULAÇÃO VIVE NA
CIDADE
NÓS TEMOS 7 BAIRROS
6. A POPULAÇÃO local teve sua formação na
chegada dos migrantes nordestinos, brasileiros que
procuravam enriquecer com a extração da seiva da
seringueira para fabricação da borracha. Trouxeram
consigo a prática da lavoura de milho, arroz, feijão e
a lida com gado e animais de pequeno porte. Em
outras fase do povoamento chegaram os sulistas e
paulistas através do instalado Estado do Acre através
do sonho de exploração da exploração da Amazônia.
Atualmente em vários ramais do município e ao
longo dos igarapés e rios podemos ver a evolução da
organização desta população. Na produção local.
Nossa Demográfica
A CULTURA amazônica
O nome GUAJARÁ vem da denominação da língua tupi guarani, Guaraetá, que significa de árvore verdadeira ou
madeira legítima. Também os donos das Chatas, chamavam o “João Mole”, que tinha muito nos lagos da região,
em tempos atrás. Seus primeiros habitantes imigrantes chegaram aqui por volta do ano de 1908, com as primeiras
instalações na fronteira com o então Vale do Jurhuá peruano, província de Pucallpa. Onde hoje fica o Estado do
Acre. No iniciou do século passado, desbravadores implantaram Armazéns em áreas da união, que viraram
Seringais, onde comercializar borracha e estivas em pontos como na Boca do rio Boa Fé, Foz do Campina, Lago
do Guajará, lugar onde hoje é a sede de nosso município. (Fonte: Edilson Herculano)
Demografia é o estudo do crescimento da
população humana um território. As
comparações entre uma taxa de crescimento
e o modo como vem aumentando ou
diminuindo é o objetivo destes estudo. A
estimativa de crescimento dessa população
pode determinar que tipo de investimentos
tem de ser realizado prevendo atender as
demandas necessárias. Ela mostra a
distribuição da população por faixa de idade
e sexo em faixas de idade e atividade.
POVOS TRADICIONAIS DA REGIÃO
SERINGUEIROS – eram os trabalhadores que extraiam a
seiva da arvores da seringueira para transformação em
borracha. Até hoje este trabalho ainda existe. Mas somente
em algumas localidades são mantidas as estradas, que eram
os caminhos por onde chegava-se as árvores.
PESCADORES ARTESANAIS – Este grupo fica
localizado próximo aos lagos grandes rios do município.
Suas moradias são itinerantes e feitas de material
proveniente da floresta amazônica. Peneiras e potes.
RIBIEIRNHOS – São habitantes localizados as margens
dos rios e paranás que praticam a agricultura de substância
e a pesca artesanal. Fabricam seus utensílios e vivem sob os
regimes das águas amazônicas, que tem duas estações
distintas – verão e inverno.
COLONOS – São em sua maioria pequenos criadores de
gado e agricultores com plantio de mandioca, destinada a
produção de farinha seca. As criação de pequenos animais
(galinha, porcos, cabras e patos), são características desta
população. Além da caça de subsistência de animais
silvestres e extrativismo de baixo impacto.
HISTÓRIA NATURAL DA REGIÃO
Tudo começa numa província de
Dinossauros e plantas. A muito tempo, em
outras eras esta região foi ocupada por
animais enormes que se alimentavam de
plantas e outros pequenos animais. Após a
sua extinção o que restaram foram os
FÓSSEIS espalhados entre nossos solos.
OS EUROPEUS QUERIAM ERVAS
Na chegada dos colonizadores as especiarias
ervas nativas como guaraná, cacau, batatas,
pimentas, óleos foram comercializados a
peso de ouro como o pau-brasil, e o breu
amazônico (almescas).
A BIOPIRATARIA DE TUDO
Mais recentemente com o aproveitamento
das biodiversidades amazônicas pela
indústria pneumática, o caso do látex da
seringueira foi um marco, mas recentemente
e polêmico foi o do cupuaçu. Como
conhecemos pouco sobre as nossas plantas e
animais. Quem sabe mais valoriza mais.
Os indígenas, que no tempo dos
seringais eram excluídos como
habitantes, hoje tem seu
atendimento garantido em
diversos serviços públicos do
município. Os MARUBOS são
os mais presentes na cidade.
Mas também existem TSÉ,
KULINA, KANAMARI etc.
7. Urbanismo na florestaAs diversas manifestações do dia-a-dia da população, se traduz em um
dos elementos mais ricos de nossas vidas. Nossas construções. Porém
com o avanço muito rápido da chegada dos equipamentos tecnológicos,
como eletrodomésticos, eletroeletrônicos e mecanismos de comunicação
em massa, a falta de registro dos conhecimentos e o resgate dos valores
locais deram lugar ao modelos degradantes da capacidade de adaptação
e de convivência harmônica em espaços urbanos, isso faz com que a
população guajaraense tem de conviver com os IMPACTOS que não
tinham na floresta de tempos passado. Lixo, barulho, ar poluído,
insegurança e falta de espaço etc...
Isso que dizer que se não soubermos como usar o que a floresta e os rios nos dá
de forma gratuita, não poderemos garantir que as gerações futuras terão os
mesmos benefícios que temos atualmente. Essa transformação de destaca no
perímetro urbano, onde a necessidade por alimento, espaço é maior.
Vista da praia no
verão ao
amanhecer
Amazônico.
URBANISMO E SANEAMENTO BÁSICO
O desenvolvimento urbanístico, promovido pelo poder público, não
pode se restringir a planos e indicativos do momento, para o setor
privado, pois as normatizações urbanísticas se estabelece pelo contexto
constitucional e tem como essência propiciar formas e direito e gerar
obrigações aos indivíduos que habita e convive no espaço urbano.
CÓDIGO DE POSTURA MUNICIPAL
O ideal é que um macrozoneamento, coloque no mapa um conjunto de
informações de elementos legais de forma a regulamentar a cidade.
Contudo as formas de desenvolvimento da cidade são as mais diversas.
A ocupação do solo pode adotar técnicas diferentes e fundamentadas
em tecnologias mais adequadas para outras regiões que não para a
Amazônia. Mas devem ser orientadas pelo Plano Diretor local.
Festival de Verão
são realizados
nas praias da
cidade.
O transporte de
Recreio tem nos
portos a sua
passagem e
recarga
A manutenção de
ramais é uma
constante nas
áreas periféricas.
Alguns pequenos
produtores rurais
que abastecem a
cidade chegam de
canoas
A manutenção da rede
de saneamento é uma
das necessidade de
uma cidade
O ensino rural é
adequado conforme
a realidade, diferente
da zona urbana.
NOSSO PERÍMETRO URBANO
Construção da
rede de esgoto
no Centro da
Cidade
Reunião para a
apresentação do
Conselho da cidade, em
2009, na Câmara de
Vereadores de Guajará.
Ao lado um exemplo de
via publica projetada.
O terminal
hidroviário
modificou a
paisagem do
beiradão.
8. A Cidade
Vista da praça do Rio
Porto Flutuante e oficina de barcos.
Vista das ruas e comércio da cidade
É aqui, onde sobrevivemos e convivemos.
Estudamos, temos farmácias, posto de saúde, segurança, igrejas, comércios e
espaços de lazer como as praças. Também é na CIDADE, onde encontramos
as ruas e avenidas com pavimentos do tipo asfalto ou de tijolos. Os resíduos
(lixo) da cidade devem ser jogados em locais apropriados. Senão eles poluem
os rios, lagos e igarapés de nossa CIDADE.
BAIRROS, ZONAS E DISTRITOS
As Zonas Espacial de Interesse Social
podem ser modificadas para áreas rurais
onde adquirem a mesma finalidade. Em
Guajará foi adotado o modelo Vilarejo, para
focar ações em comunidades ribeirinhos,
ramais e algumas localizadas em igarapé e
paranás. Comunidade do interior.
As ZEIs são classificadas de acordo
com as características de uso e
ocupação de áreas urbanas.
As RUAS
e calçadas, são planejadas para
receber plantas, rede de esgoto, e
outros tipos de construções.
As PRAÇAS, são espaços públicos,
construídos para o lazer dos habitantes,
cada praça tem seus equipamentos de
lazer: bancos, jardins, palco e lanches.
Vista das praias no verão ao amanhecer
CLASSIFICAÇÃO DAS ZEIS
TERRENOS públicos ou particulares
ocupados de modo irregular e com populações
de baixa renda, em relação as quais haja
interesse público em promover a urbanização
ou a regularização jurídica da posse da terra.
LOTEAMENTOS irregulares que por suas
características, coloca-se o interesse público
na promoção da regularização jurídica do
parcelamento na cidade.
TERRENOS não edificados, subutilizados ou
não edificados, necessários a implantação de
programas habitacionais de interesse social.
Conselho de Meio
Ambiente
analisando o
combate a malária,
em 2012. Os
igarapés poluídos,
são os vetores da
dos mosquitos, em
destaque
Agentes de Endemias
em capacitação sobre
saneamento básico
em controle de água
potável na cidade.
Em 2011 com
técnicos em Saúde
Pública .
9. Zoneamento do território
PLANO DIRETOR É A BASE DA GESTÃO DA CIDADE
O instrumento fundamental para melhorar as cidade é o Plano Diretor, que por
excelência da política urbana municipal. As novas práticas tratam o Plano como um
processo político, por meio do qual a CIDADE canaliza seus esforços, capacidade
técnicas e potencialidades locais e o solo urbano, no sentido de reconhecer a
cidade real, e intervir sobre os mercados imobiliários e efetivar a função social da
propriedade.
É uma lei municipal aprovada pela Câmara de Vereadores, que regulamenta
os termos e cumprimentos da função social da propriedade nas diferentes
parte dos municípios. Deve constar com a participação da população em
todas as etapas, desde as primeiras leituras da realidade local até a
implementação e revisão periódica. (Almanaque Abril, (2009) p.303)
Se você anda não conhece qual é o nome do seu bairro, veja no mapa acima,
e fale com seus vizinhos, eles precisam saber, também.
Em 2009, através da assessoria de planejamento, foi dado início a
elaboração do Zoneamento Ecológico Econômico de Guajará, pelo Grupo
Gestor de Planejamento, envolvendo servidores das áreas de saúde,
educação, segurança, obras, meio ambiente, cultura, finanças, administração
e jurídico (4). Em 2013 após apresentação e aprovação do Conselho da
Cidade, foi enviado o texto base para a câmara dos Vereadores para
aprovação dos uso e ordenamento territorial nas seguintes Zonas:
ZONA DE USO INTENSIVO; ZONA DE USO CONTROLADO, ZONE
URBANA, ÁREAS DE ATENDIMENTO PRIORITÁRIO, ÁREAS DE
DESENVOLVIMENTO E UNIDADE DE PRODUÇÃO AQUÍCOLA E
TERRAS INDÍGENAS.
Esse documento é a base para o planejamento a longo prazo do território
guajaraense, serve como referencia, por exemplo para saber onde serão
estruturas os ramais, as escolas rurais, as áreas de atendimento dos agentes
de saúde, etc... Abaixo apresentação do prefeito e curso com professores (5).
Atividades de gestão ambiental (1), que ajudaram na elaboração da Proposta
do Zoneamento e depois no Plano Diretor de Guajará. As ações foram
realizadas pela assessoria de planejamento da Prefeitura de Guajará (2009-
2013) (2, 3).
Este é o mapa
final com as
propostas de uso
do colo no
território de
Guajará-Am.
(2013).
As áreas de
entorno, são do
Estado do Acre e
municípios do
Amazonas.
(1) (2) (3)
(4) (5)
10. OS SOLOS
Os solos organizam-se em camadas
horizontais com características próprias,
sobrepostas, denominadas horizontes. A
sequência de horizontes e suas características
definem o tipo de solo. A camada mais
superficial, (horizonte A) geralmente
apresentam maior teor de matéria orgânica, é
mais escura e mais fértil e contém a maior do
sistema radicular das plantas. A camada abaixo
(horizonte B) apresenta características distintas
determinadas pelos fatores de formação do
solo e que definem o tipo de solo. Por fim,
sobre a rocha consolidada está o horizonte C,
que apresentam material pouco alterado, mais
semelhante à rocha de origem que ao solo –
rocha matriz.
Fonte: Almanaque Brasil Socioambiental, 2005
Os materiais que originam os solo da região são sedimentos de rochas acidas de
formação geológica chamada de Formação Solimões , que são sedimentos de
origem marinha e matéria bem triturado.
O território apresenta diversas classes de solos, as principais características são:
SOLO ALISSOLO – O alumínio é um elemento tóxico para as plantas e fonte de
acides ativa no solo. Desta forma este tipo de solo possui restrições para a
exploração agropecuária, pois além do excesso de alumínio, tem problemas de
má drenagem (solo encharcado). Ocorrem em manchas no território. A aptidão
deste solo é restrita devendo ser corrigido (com adubos e corretivos de acidez)
para poderem ser utilizado.
SOLO CAMBISSOLO – São solos pouco profundos ou rasos, com pequenas
diferenciação entre as camadas. Estes solos ocupam a porção ocidental do
município. Apesar de rasos possuem grande riqueza de nutrientes, o que lhe
confere grande potencial com culturas de raízes superficiais. Um bom exemplo
de uso destes solo é o plantio de abacaxi na região do Alto Pentecostes.
SOLO GLEISSOLO – Os solos desta classe são permanentemente ou
periodicamente encharcados com água. Caracteriza-se pela coloração
acinzentadas devido aos encharcamentos do solo por longo período ou durante
todo o ano. Ocorre nas margens de rios e igarapés.
SOLO NITOSSOLO ou PLANOSSOLO – São solo pouco desenvolvidos e com
poucos horizontes, como exemplo temos os solos arenosos das margens do rio
Môa, os solos rasos da Serra do Môa e os solos arenosos das campinaranas, no
trecho entre a BR 307 e o rio Boa Fé.
Evolução das
classes de solos
Durante anos com o
processo de erosão os
morros e serras, vem se
desgastando e acumulando
próximo aos rios lagos e
igarapés desta forma são
formado todos os solos da
Terra. Ao lado um
exemplo de perfil dos dois
tipos de solos, mais
presentes em nosso
município.
Toda a floresta está ajudando
a manter o solo vivo, e
garante seus nutrientes, todo
tempo
Nos igarapés como este
notamos como formam as
camadas dos sedimentos
11. A FLORAO município de Guajará tem uma [ FLORA ] cobertura vegetal Tropical, e de grande
importância por acomodarem uma grande biodiversidade de elementos naturais que
ainda são fonte de estudos e geração de renda para as comunidades tradicionais e
nossa cidade.
Sendo assim procuramos resumir os aspectos de formação destes tipos de vegetação:
FLORESTA ABERTA COM BAMBU DOMINANTE – é caracterizada pela grande
quantidade de luz solar (sol) que chega ao interior da floresta (sub-bosque) Neste sub-
bosque o bambu ocupa grandes espaços geralmente em clareiras naturais, nas roças
abandonadas e as margens dos rios.
FLORETA ABERTA COM BAMBU + FLORESTA ABERTA COM PALMEIRA – Trechos de
floresta que é dominada pela grande presença de bambu e trechos apresentam grande
quantidade de Palmeiras. Caracterizada pela presença de muita luz solar no sob-bosque.
FLORESTA ABERTA COM PALMEIRA E ÁREAS ALUVIAIS - É marcante a grande
quantidade de luz solar que chega ao sub-bosque, em que ocorre muitas palmeiras nas
áreas de inundações e cheias ou baixos.
FLORESTA ABERTA COM PALMEIRA + FLORESTA DENSA – Floresta que a luz
chega com mais facilidade ao sub-bosque e com grande quantidade de
Palmeiras, mais Floreta fechada (que impede a passagem de muita luz para o
sub-bosque.
FLORESTA ABERTA COM BAMBU + FLORESTA COM BAMBU – Apresenta
grande quantidade de luz no sub-bosque com trechos dominantes pela palmeiras
e trechos com bambu.
FLORESTA ABERTA COM BAMBU EM ÁREAS ALUVIAIS – É marcante a grande
que chega ao sub-bosque, em que ocorra muito bambu nas áreas de inundação
e cheias.
FLORESTA DENSA - Caracteriza-se por apresentar um sub-bosque com pouca
presença de luz solar e poucas espécies florestais.
FLORESTA DENSA SUBMONTANA – Sua principal característica está em repetir
as espécies vegetais constantemente e apresentar muitos galhos e muitas
árvores mortas, de troncos esbranquiçados e ainda em pé no interior da florestas.
Os detritos de um galho A flora de um galho
Guajará é o
nome de
uma planta muito comum
nas florestas de várzea da
Amazônia. Popularmente
conhecida como João-
mole usado como isca de
tambaqui e outros peixes.
A fauna de um galho Os musgos de um galho
OS EXTRATOS – CAMADA DA FLORESTA
12. O clima E O TEMPO
Para entender melhor o clima, temos de aprender
o ciclo da água, nos estados da matéria: líquido,
sólido, gasoso. Quanto mais quente a água mais
gasosa ela é, quanto mais fria mais sólida, gelada,
fica. Ao lado colocamos uma ilustração onde está
apresentado o ciclo da água na Terra. Observe
O CLIMA NÃO É O
TEMPO.
O clima de uma região é
classificado levando em
consideração as
variações das condições
climáticas em um
período de Tempo . Daí
temos climas , áridos,
tropicais, equatorial,
subtropical, polar etc...
AS ESTAÇÕES DO ANO,
acontecem devido ao movimento
da Terra ao redor do Sol, que leva
365 dias. O tempo de rotação em
seu eixo leva 24 horas, um dia.
A UMIDADE RELATIVA DO AR é a condição em que um ambiente está
em um momento. Pode ser baixa, quando está muito seco, e quando está
muito alta fica molhado, vaporizando.
O VENTO É O MOVIMENTO DO
AR em alguns sentidos. Se
deslocamento é realizado pela
diferença de pressão pode ser baixa
ou alta. Pode variar de acordo com as
condições. relevo
A TEMPERATURA é medida
com o termômetro de mercúrio
na escala de Graus Célsios. O
símbolo é ºC. Pode ser Alta
quente, Baixa e fria ou gelada.
Nós moramos, onde
o vento faz a curva...
13. NOSSAS biodiversidadeA BIODIVERSIDADE regional tem em
sua composição uma fauna rica. Estamos
em um dos cinco grandes pontos de maior
diversidade biológica da Terra. A fauna
Amazônica contribui muito nessa
referencia. Mas a exploração desordenada
das florestas, que envolve o
desflorestamento e degradação, de
ecossistemas, onde vivem os animais, é
uma das principais causas da extinção de
muitas espécies. Estima-se que na queima
de um hectare de floresta cerda de 10 mil
espécies vivas. Aqui ainda temos peixe boi
e pirarucu em nossas águas, harpia,
macaco uacari. todos estão na lista de
espécies em perigo.
MANEJO E MERCADO REGIONAL
No Estado do Amazonas já esta regulamentada a criação
de pirarucu, jacaré, capivara, tartaruga da Amazônia e
abelhas silvestres. As espécies mais indicadas para se
manejar em nosso município são os peixes, répteis e
abelhas. O Peixe-boi-da-amazônia vem sendo outra
alternativa, para incrementar o ecoturismo na região do
rio Boa Fé, e as tartarugas nos tabuleiros do rio Juruá.
OPORTUNIDADE no
ECOTURISMO
As opções para o
desenvolvimento do setor
turístico em Guajará são
diversas e a pesca esportiva,
o turismo rural, a
observação de pássaros,
culinária regional, atividades
de praia, cafés regionais,
recreios fluviais, trilhas
orientadas, arborismo etc.
Todas estas opções trazem
valor agregado a qualquer
produto que faça parte da
cadeia produtiva deste setor
que vem crescendo. Uma
dica: falta pousadas com
leitos na cidade. E lojas
esportivas.
AS AVES SILVESTRES E CASEIRAS
Nossa região do Alto rio Juruá é uma das mais ricas
em observação de aves migratórias e endêmicas.
Registros realizados no Parque Nacional da Serra do
Divisor, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável
do rio Gregório apontam um alto grau de concentração
de avifauna. Devido a localização em zona migratória
e pela presença de Florestas de Várzeas com uma
abundância de lagos e pequenos platôs para
reprodução, a variação de ambientes propicia para
reprodução de várias espécies. Como os beija-flores.
OS INDIOS E OS INSETOS
A diversidade regional deve-se a
grande variedade de insetos
existentes: besouros, vespas,
formigas, moscas, grilos,
cigarras, arranhas, pulgões,
carrapatos... Todos fazem o
conjunto vivo da alimentação de
populações tradicionais e
também é a base para remédios
aos seres humanos. Os indígenas
sabem o uso de muitos remédios
que não tem nas farmácias.
14. FAUNA Em extinçãoMigrar ou Morrer. Os peixes boi da Amazônia migram
Pelos rios e lagos como seus primos do mar. Agora se sabe por quê o PEIXE BOI DA
AMAZÔNIA é um animal belo, dócil e ameaçado de extinção. Herbívoro, passa a vida pastando nas
várzeas da Amazônia. Seus primos marinhos migram pelo Caribe. Em 2002, descobriu-se que o
peixe-boi amazônico também migra. Mas por quê? O biólogo Eduardo Moraes Arraut, de 33 anos
do Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (INPE), achou a resposta, publicada no JOURNAL OF
ZOOLOGY.
DO CARIBE À BACIA AMAZONICA
A incrível saga de um peixe boi marinho que ficou ilhado na Amazônia e se
adaptou à água doce para não desaparecer. A Amazônia, de 23 milhões de
anos aos nossos dias. E que pouco conhecemos sobre seus hábitos.
ORIGENS EVOLUÇÃO EXTINÇÃO E ADAPTAÇÃO
Há 23 milhões de anos,
havia na Amazônia um
braço de mar, o Lago Pebas.
Era habitado por manatis, os
peixes boi caribenhos.
Há 8 milhões de anos, o
Lago Pebas fechou. Os
peixes boi marinho
ficaram ilhados num
ambiente de água doce.
O peixe-boi marinho
descende de antigos
manatis, que se adaptaram à
vida nos lagos e rios da
Bacia Amazônica.
FUGINDO DOS PREDADORES
Todos os peixes-boi. o amazônico, o único de água
doce, também migra pelos rios da Bacia Amazônica.
Ele busca alimento e foge dos predadores e
caçadores. Os animais do rio Boa Fé são os últimos
desta espécie vivas na região que já teve fama por
pescarias de encher praia de animais mortos a tiro e
com arpão.
A evolução
Fez o peixe-boi Perder as patas
traseiras. As dianteiras viraram
nadadeiras. E o corpo diminuiu para
ficar mais ágil nos rios
PESQUISA COM RESULTADOS
Para estudar a migração do peixe
boi, entre 1994 e 2006 biólogos
adaptaram anéis com rádios em 13
amimais na região dos Lagos. Eles
foram rastreados por um período de
6 meses a 4 anos. E descobriram as
fases de migração
Há uma mancha na
barriga sua digitalEm média nadam a
uma velocidade
média de 5 a 8 km/h.
Ausência de unhas nas
nadadeiras (as espécies
marinhas têm).
Apele é preta (a dos marinhos
cinza escuro e amaronzada)
Arraut prendeu anéis com radiotransmissores num grupo de peixes boi na região de
Mamirauá, Amazonas. Ao rastreá-los, viu que passavam a cheiras na várzea inundada.
No início de vazante, migravam para o Lago . Assim escapavam de predadores.
“Quando chega a seca, os animais se concentram nos lagos perenes. Sé saem com a
volta das chuvas. Seu alimento, as plantas aquáticas, cresce na várzea inundada”.
15. OS FÓSSEIS DA REGIÃO
A PALEONOTOLOGIA, é a
ciência que estuda os
vestígios e restos de animais
e plantas que habitavam
nosso planeta a tempos atrás.
A linha do tempo (ao centro)
demonstra que já
encontramos vários vestígios
na região do Juruá. Jacarés,
Preguiças, jabutis, plantas,
insetos já estão sendo
estudados por pesquisadores
da Universidade Federal do
Acre e outros centros de
pesquisa.
Esqueleto do Purussaurus na
UFAC de Rio Branco
A equipe do Museu de Paleontologia da UFAC, conseguiu
montar um ancestral do jabuti e parente do Tatu canastra,
esse último vive nas Campinarana do Badejo.
Trilobites no Museu
José Augusto, podemos
ver alguns exemplos de
fósseis coletados em
nossa região
AMOSTRA DA RIQUEZA
Mais recentemente tivemos a analise
detalhadas das rochas que estão depositadas
em nossa região e como foi a sua formação.
Os estudos da PETROBRAS, indicaram
grande deposição de resíduos de carbono,
durante a formação geológica e tectônica da
região. Agora é possível estudar em
detalhes o nosso subsolo, desconhecido. FOSSEIS VIVOS
Os estudos na região apontam
que plantas como samambaias,
buritis, vitórias régias, são amos
no nosso tempo.
Purarucu
Buriti, fruto.
16. Elas ESTÃO Em perigoA tartaruga da Amazônia é a que mais frequenta
nossas praias, elas são espécies migratórias e
endêmicas da região norte. Esse infográfico
publicado no jornal Estado de São Paulo no dia 29
de janeiro de 2010, mostra os detalhes da
tartaruga marinha, espécie também em perigo. Nós
adaptamos alguns dados para a tartaruga da
Amazônia, que ocorrem aqui no Juruá.
17. Terra dAs águasOs Recursos Hídricos que dispomos em nosso
território está concentrado em bacias
hidrográficas. Para facilitar o entendimento
espacial vamos detalhar melhor:
Bacia do Rio Juruá: corresponde ao principal
provedor de produção e meio de transporte da
região, com aproximadamente 6 mil km passa
em nosso município..
Bacia do rio Boa Fé: é o segundo maior rio e
esta totalmente dentro de nosso território, conta
com 31 comunidade
Rio Campinas: é um dos mais conservados
devido a dificuldade de locomoção tanto no
inverno quanto no verão.
Paraná do Alagoinha: é um dos braços do rio
Juruá que tem seu regime alterado
completamente quando no período de inverno
pois fica às margens da várzea do Juruá.
Bacia do rio Môa: é a mais alterada do ponto
de vista econômico é a que concentra mais
propriedade com pastagem.
As demais bacias possibilitam a manutenção do
fluxo natural dos cursos naturais além de servir
de meio de transporte para todos.
Famosos por suas brincadeiras esses
mamíferos da água são verdadeiros atletas,
pois além da destreza em água, também tem
uma inteligência capaz de enganar os
pescadores, que em muitos casos seguem
suas “golfadas” para saber onde o cardume
de peixe está.
Para entender as nossas
O regime das nuvens que
evaporam dos oceanos seguem
sobre as florestas, e deságuam
através das chuvas, que correm
pelos rios e tratam os peixes e
promove espaços de lazer para
todos os amazonidas.
NOSSOS LAGOS COLORIDOS
Temos três tipos de águas distribuídas conforme
a concentração de sedimentos, luz e vegetação ao
redor:
ÁGUAS PRETAS: cor verde-oliva, a marrom-
café, e transparente, predomina no solo pdsolico.
ÁGUA BRANCA: cor amarelada, com presença
de argila e turva, predomina os solos argilosos.
ÁGUA CLARA OU BRANCA: cor amarela
turqueza a transparente, predomina o argisolo.
Prato Tìpico:Caldeirada de Surubum
Foto: Em nosso município as variedade
de lagos (112), e a sua disposição ao
longo do rio Júruá, possibilita a
formação de uma visão mesopotêmica de
paisagem sem igual. Segundo alguns
estudos esta característica permite aos
peixes e outros animais terem diversos
ambiente para sua reprodução além de
permitir uma percepção visual diferente
para cada lago ou braço de paraná.
Botos e ariranhas fazem a diferença
18. Frutos da várzeaOs recursos das FLORESTAS DE VÁRZEAS, são
chamados de frutos dos rios. Em todo o território
Guajará tem aproximadamente 30% de suas áreas em
espaços ocupados com vegetação de Várzea. Neste
caso necessitamos de informações mais detalhadas
sobre alternativas de uso e de convivência com os
elementos deste vasto bioma. A produção natural de
uma série de plantas e animais. todos convivendo
durante anos em uma vegetação típica que oferece
desde castanhas nativas, óleos vegetais, frutos de
palmeiras, cipós dentre outros produtos ainda não
explorados pelo homem. Mas que ainda aproveitamos
muito pouco.
A PRODUÇÃO ARTESANAL TRADICIONAL
Vários animais e plantas já vem sendo criados e ou
reproduzidos pela população ribeirinha, extrativista e
caboca, durante anos de convivência harmônica
sempre sobrevivendo de forma equilibrada com as
adversidades locais. Além dos utensílios doméstico o
artesanato é muito variado.
FIQUE LEGAL E TUDO BEM
Incentivado pela regularização do manejo algumas
espécies como o jacaré, pirarucu, tambaqui, e aves
silvestres podem ser criadas por interessados. Os
projetos devem ser aprovados pelo IBAMA e
contar com um médico veterinário realizando a
supervisão dos trabalhos. Ou estar de acordo com a
legislação da atividade.
NOSSOS VALORES
Várias espécies da várzea
podem fornecer matéria prima para
retirada de óleos essenciais que são
utilizados na culinária amazônica.
Atualmente alguns restaurantes de
outros países já mantém em seu
cardápio uma variedade de produtos
da Amazônia, taboas de carne,
gamelas, colheres de madeira também
são utilizados. A baunilha, castanha,
cacau, açaí são exemplos desta
riqueza natural, da nossas florestas.
Já existem pratos com pizza de
tambaqui, com leite de castanha.
Em 2005 através de uma
iniciativa do INPA e outros
parceiros promoveram
várias pesquisas, tendo
como foco o ambiente de
várzea. O PROVÁRZEA,
como ficou conhecido,
tornou-se um marco na
utilização de produtos
nativos como o mel de
abelhas silvestres e açaí.
NATURA DA EXEMPLO
Os produtos da linha Ecco são
retiradas de produtos da
várzea: murmuru, ucuuba...
Aruanã
Pacu
Jacaré açu
Tartaruga da Amazônia
Paturi de lagoa
Castanha do Brasil Cacau nativo Vanila- baunilha
Cerâmica Azeites Cestaria em cipós
Azeite de
Castanha do Brasil
19. Ecoturismo E ECONOMIAA riqueza e o patrimônio ambiental brasileiro vem
atraindo cada vez mais um público associado a um
ramo do turismo que aprecia as belezas e os sabores
regionais.
Os visitantes desta indústria de lazer, aprecia locais
com hospedagem harmônica com o ambiente, além
de apoiarem ações que promovam a melhoria da
qualidade de vida local, ou seja revertam suas ações
as populações tradicionais como são conhecidos os
ribeirinhos, extrativistas, indígenas e cabocos
amazônicos. O amazonas se destaca nesse campo.
É uma atividade promissora para os países ricos em
BIODIVERSIDADE, pois além de ser alternativa de
geração de renda, empregos consciência
socioambiental. Mas o termo foi batizado e hoje, se
refere a qualquer tipo de turismo na natureza, e seus
encantos. O açaí nativo é uma delas.
Muitas agências e serviços o utilizam de seu grande
apelo de mercado não necessariamente atendendo aos
princípios básicos que norteia a atividade turística
sustentável, onde estaria inserido o ecoturismo,
ameaçando, assim regiões de grande importância
para a biodiversidade brasileira, como é o caso do
Cerrado, Pantanal, Mata Atlântica e a Floresta de
Araucária e a nossa Amazônia. Ao lado o centro de
recepção do Macuco Safari em Foz do Iguaçu.
Na ESTAÇÃO BIOLÓGICA DE ANAVILHANAS
os turistas são levados aos locais onde a população
pratica suas atividades de subsistência, e fazem parte
destas atividades reconhecendo-o modo tradicional
de convivência dos povos. Tem até uma pousada
comunitária, em pleno lago.
TURISMO SUSTENTÁVEL – Todos os segmentos turísticos que
promovem o uso sustentável dos patrimônios ambiental e cultural.
Além disso, conservam o ambiente visitado para que as gerações
futuras também possam usufruir dele, com os mesmos (ou até mais)
benefícios. Tem por base um tripé: ambiental, social e econômico.
Açaí, é um produtos
de exportação, mas
pouco comercializado
na região, além do
buriti, patoá e
abacaba.
TURISMO CULTURAL – A ênfase desse
segmento é mostrar elementos dos costumes e
da cultura de um determinado povo ou região,
por meio da culinária, artesanato e demais
manifestações da arte popular.
TURISMO ESPORTIVO – Promove a prática
de atividade esportiva tanto por amadores
quanto para profissionais. A pesca é o exemplo
mais emblemático desse tipo de turismo, que
vem dando lugar ao alpinismo, mergulho,
canoage, rafting.
TURISMO DE AVENTURA – Essa
modalidade de turismo inclui na programação
atividades com uma conotação de desafio,
como escaladas, safáris, expedições em
florestas, cavernas e montanhas.
ECOTURISMO – O verdadeiro ecoturismo não é
apenas a atividade nos meios naturais(como
montanhas, lagos, florestas, rios...) é também a
maneira como os viajantes interagem com o local,
incentivando a preservação e o desenvolvimento de
uma consciência socioambiental.
20. A indústria da madeira
As marcenarias e movelarias são de pequeno
porte. A maior demanda são por camas, janelas,
guarda-roupas e conjunto de mesas e cadeiras, já
no campo da construção civil o madeiramento por
telhado vem crescendo.. Técnicos do CETAM já
atuam no setor, em aproveitamento de madeira
para móveis.
Os açougues e peixarias
Mesmo com um grande investimento nas 40 mil
cabeças dispersas pela propriedades existentes.
Nenhum dos locais de comercio de carne estão
Certificados para atuação na áreas. Alguns até
estão insalubre, mas aos poucos adquirindo
balcões e câmaras frias modernas.
Agricultura Familiar
A população ribeirinha, tem sua forma de
transformação caseiras com técnicas de
curtimento, defumação, secagem, moagem,
desidratação de vegetais, e armazenamento de
sementes, e outros produtos.
Tipos de Frutas
Açaí, abacaba, buriti, buritirana, marajá, pupunha,
paxiuba, joari, jaci, caranaí, tucum, najá, ouricuri,
jarina, murmuru, cocão, açaí branco e tucumam...
ECONOMIA SOLIDÁRIA
NOSSAS AGROINDUSTRIAS
Os tipos de transformação
industrial
A base industrial de Guajará está na
transformação de polpas de frutas
tropicais; açaí, graviola, cupuaçu, buriti,
banana, mamão, castanha, jambo etc, tanto
para produção de vinhos amazônicos
como os vários tipos de doces, cremes
para sorvetes. Além da carne de gado onde
atualmente concentra-se os investimentos.
Agroindústria Familiar
As casas de Farinha e os Engenhos de cana estão distribuídos
ao longo das comunidades rurais, atualmente contamos com
mais de 600 casas distribuídas por todo o interior. Os
engenhos são em menor número mas encontramos alguns.
A indústria de pescado
Os produtos não tem transformação completa, pois grande
parte deste são comercializados in natura em bancas de isopor
e no mercado público. Ambos sem registro significativo de
investimentos pois os espaços de industrialização e comércio
adequado não estão adequados. O Mercado Público
Municipal e Restaurantes são os principais pontos de
agregação de valor ao pescado.
OS VEGETAIS
ARROZ: Agulhinha, agulhão, três mês e vermelho.
FEIJÃO: Quarentão, peruano, manteguinha, preto, carioca,
gorgutuba branco, gorbutuba roxo, mudumbim, enxofre,
mudumbim de vara.
MILHO: Safrinha, pipoca, roxo, branco de massa e BR 316 da
EMPBRAPA.
CANA: Caiana, piojota, amarelinha e roxa grande.
LARANJA: Vermelha, lima, comum pecam (laranjinha), da
terra, vermelha e miudinha.
BANANA: Prata, pacova, maça, nanica, baé, naja grande roxa,
grande cifre de bode, sapo, ouro, tosquinha.
LIMÕES: galego, da terra, cidra e tangerina.
ABOBORA: Gerimum de leite, caboco e abobora lisa.
PIMENTAS DA REGIÃO: de Cheiro verde, de cheiro
vermelha, dedo de moça, olho de peixe, peito de moça,
pimentão vermelho, pimentão amarelo, pimentão verde,
esporão de galo, pimenta-do-reino
OS AMINAIS
CAPRINOS: Boer, Sta. Gertrudes,Sta, Inês, Bergamo.
AVES: Carijó, caipira, indiano, caipirão, gigante negra, label
ruge, rodhie, pato comum, patão silvestre, marreco e ganso.
SUINOS: Duroc, piau, landrace, comum, casco de burro, large
watt, baé e pietran.
CAPRINO: Apalusa, pampa, quarto de milha, árabe,
campolina, manga larga, burro e jumento.
GADO BOVINO: Nelore, holandez, Gair, simental, Zebu, Red
angus, pé duro.