Em seu primeiro pronunciamento de 2014, o vereador João Alfredo (PSOL) retomou o tema do reajuste do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU). O reajuste foi muito acima do que estabelecia a lei aprovada ano passado (que levou voto contrário da oposição - como do PSOL) - já que a Prefeitura fez uma atualização do tributo com outros condicionantes. Ao falar na tribuna da Câmara Municipal de Fortaleza, durante o tempo da oposição, João Alfredo detalhou suas críticas à nova configuração da lei. "Alguns vereadores da base já falaram em arrependimento. O que houve foi o reajuste da planta - que a lei não autoriza - depois a incidência de um reajuste ligado a inflação, foi diminuído o fator de depreciação que era 7 pra 5%, depois incidindo (no imposto) as alíquotas. Na verdade, boa parte dos que foram isentos hoje são novos contribuintes", colocou. O vereador trouxe o caso de um contribuinte, o Sebastião Ramos, morador do Canindezinho - área da periferia de Fortaleza. Sebastião pagou, em 2013, R$ 345,23 referente ao IPTU. Em 2014 o valor saltou para R$ 789 - o que representou um aumento de 128%. E o vereador faz um paralelo: "Qual a categoria em todo o Brasil que teve reajuste (em seu salário) de 128%?" O argumento inicial da Prefeitura - de que o aumento estaria beneficiando os pobres - não se sustenta, portanto: mesmo ali, na periferia, o aumento se mostra exorbitante. E a garantia da Prefeitura de que o aumento seria no máximo de 35%, cai por terra: "Em nenhum momento se falou em atualização da planta de imóveis. É por isso que alguns chegam ao aumento de 167%" - como anunciou a imprensa hoje. "Usei uma expressão ontem, que é forte, mas vou falar novamente, que é um estelionato tributário". E João Alfredo finaliza: "Não é nenhum demérito voltar atrás. Mas a marca desse Prefeito é não voltar atrás. O mesmo trator que passa por cima das árvores do Cocó, passa hoje em cima do contribuinte." O pronunciamento pode ser conferido aqui: http://youtu.be/KdJEnX2TUXM