1) O documento contém várias lengalengas curtas, incluindo sobre animais fazendo coisas incomuns e sobre dias da semana.
2) Há também poemas sobre um pai, burros, a morte que não consegue apanhar alguém escondido numa panela, e quem fala sobre outras pessoas.
3) São poemas infantis tradicionais portugueses de rima e ritmo simples.
1. Lengalengas
Se tu visses o que eu vi A chover e a dar sol na casa do
rouxinol
Se tu visses o que eu vi,
havias de te admirar. A velhinha atrás da porta
Uma cadela com pintos, A remendar o lençol.
uma galinha a ladrar.
Se tu visses o que eu vi, A chover e a dar sol
havias de te admirar. Na cama do rouxinol;
Uma cobra a tirar água, Rouxinol está doente
e um cavalo a dançar. Com uma pinga de aguardente.
Se tu visses o que eu vi,
havias de te admirar. A chover e a dar sol
Uma abelha a grunhir, Na casa do rouxinol;
e um porco a voar. Rouxinol está no ninho,
A comer o seu caldinho.
Macaco A chover e a dar sol
À porta do rouxinol;
Tenho um macaco Rouxinol veio à janela,
Dentro dum saco Logo dar a espreitadela.
Não sei que lhe faça
Não sei que lhe diga
Dou-lhe um pau
Diz que é mau
Dou-lhe um osso
Diz que é grosso
Dou-lhe um chouriço
isso, isso.
2. Abecedário sem Juízo X é a Xana, caçando uma
ratazana.
A é a Ana, a cavalo numa cana. Z é o Zé, foi ao mar perdeu o
B é o Berto, que quer armar em pé.
esperto.
C é a Cristina, nada fora da Pai
piscina.
D é o Diogo, com chichi apaga o O meu pai é grande
fogo.
Quase que chega ao céu
E é a Eva, olha o rabo que ela
leva. Tem força de um gigante
F é o Francisco, come as O meu pai é só meu
conchas do marisco. Gosto dele
G é a Graça, aí, mordeu-lhe E ele gosta de mim
uma carraça.
O meu pai é assim
H é a Helena, é preta, diz que é
morena.
I é o Ivo, põe na mosca um
curativo. Salto, salto com os pés
J é o Jacinto, faz corridas com
um pinto. Salto, salto com os pés
L é o Luís, tem macacos no Mexo, mexo com as mãos
nariz.
Volto, volto a cabeça
M é a Maria, come a sopa
sempre fria. Tapo, tapo os meus olhos
N é o Napoleão, dorme dentro Puxo, puxo pelas orelhas
do colchão. Toco, toco no nariz
O é a Olga, todos os dias tem Façam todos como eu fiz.
folga.
P é a Paula, entra de burro na
aula. Arre Burro
Q é o Quintino, que na missa faz
o pino. Arre burro para são Martinho,
R é o Raul, a beber tinta azul. Carregado de pão e vinho.
S é a Sofia, engasgada com uma Arre burro para Loulé,
enguia. carregado de água-pé.
Arre burro para Monção,
T é a Teresa, come debaixo da carregado de requeijão.
mesa. Arre burrinho arre burrinho,
U é o Urbano, que caiu dentro sardinha assada, com pão e
do cano. vinho.
V é a Vera, com as unhas de
pantera.
3. Á morte ninguém escapa Dias da semana
À morte ninguém escapa, No Domingo fui passear e ao
Nem o rei, nem o papa, parque fui brincar
Mas escapo eu. Na Segunda fui à escola,
Compro uma panela, levei a minha sacola
Custa-me um vintém, Na Terça ao castelo, fui com
Meto-me dentro dela o meu amigo Nelo
E tapo-me muito bem, Na Quarta fui à praça,
Então a morte passa e diz: trouxe morangos de graça
- Truz, truz! Quem está ali? Na Quinta fui à natação, ia
- Aqui, aqui não está ninguém. dando um trambolhão
- Adeus meus senhores, Na Sexta fui à feira, comprei
Passem muito bem. uma mangueira
No Sábado fui ao futebol e
levei o cachecol.
Quem fala de mim
Quem fala de mim,
Quem fala?
Quem fala de mim,
Quem é?
Quem fala de mim,
Não serve de chinelo
para o meu pé.
Netgrafia:
http://arca.cm-pombal.pt/index2.php?option=com_content&do_pdf=1&id=22
http://santanostalgia.com/?cat=91&paged=2
http://www.joraga.net/contos/pags/42lengalengas.htm
http://www.eb1-faralhao-2.rcts.pt/lengalengas.htm
http://turmadosmoranguitos.blogs.sapo.pt/2947.html
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