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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE
FACULDADE DE ECONOMIA
LICENCIATURA EM GESTÃO E CONTABILIDADE E FINANÇAS (4° Ano)
SIMULAÇÃO EMPRESARIAL
RELATÓRIO FINAL DO RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
Elaborado por:
Adalmira de Fátima Ernesto Cumbane
Ismael Carlos Miambo
Corpo docente:
Dra. Eulália Madime (R)
Dra. Guilhermina Notiço (A)
Dra. Sónia Raposo (A)
Dr. Valentim Nhampossa (A)
Dra. Belarmina Matavele (A)
Dr. Abnério Nhambele (A)
Maputo, Outubro de 2017
RELATÓRIO ANUAL 2016
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA
O presente Relatório Anual retracta a actividade do Restaurante em 2016.
Comissão Editorial: RESTAURANTE FAZ BEM, LDA
Departamento Financeiro
Av. Da Malhangalene N° 51 – Sede
Telefone: (+258) 829846607/ 847736831 Fax: 258-21-321363
C.P. 423
Internet: http//www.restaurantefazbem.co.mz
Maputo, República de Moçambique
Coordenação, concepção e produção gráfica: Centro de Documentação e Informação
Restaurante Faz Bem, Travessa Tenente Valadim nº 69
Tiragem: 3 exemplares
Relatório Anual nº 1 - Maputo
RFB/DF-2016
Relatório de Gestão; Conjunto completo das Demonstrações Financeiras; Processo
relativo ao cumprimento das obrigações legais; Informação complementar
Reg Nº 05/GABINFO/DE97
CDU336 (679) 05
INDICE
SUMÁRIO EXECUTIVO.......................................................................................................................... I
RELATÓRIO DE GESTÃO .....................................................................................................................1
MENSAGEM DO DIRECTOR GERAL..................................................................................................2
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................3
2 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA.................................................................................................3
3 ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO.............................................................................7
ECONOMIA INTERNACIONAL ........................................................................................................7
ECONOMIA MOÇAMBICANA .........................................................................................................8
4 SITUAÇÃO DO SECTOR DE ALOJAMENTO, RESTAURAÇÃO E SIMILARES ................9
NO MERCADO INTERNACIONAL ...................................................................................................9
NO MERCADO NACIONAL.............................................................................................................9
5 RESPONSABILIDADE CORPORATIVA ...................................................................................11
RESPONSABILIDADE NUTRICIONAL ............................................................................................11
RESPONSABILIDADE SOCIAL ......................................................................................................11
RESPONSABILIDADE AMBIENTAL ...............................................................................................12
6 ASPECTOS RELEVANTES DAS ACTIVIDADES DA EMPRESA .........................................13
7 ANÁLISE DO MEIO ENVOLVENTE..........................................................................................17
ANÁLISE PEST..........................................................................................................................17
MICHAEL PORTER......................................................................................................................17
ANÁLISE SWOT........................................................................................................................20
ESTRATÉGIA DE GESTÃO ...........................................................................................................21
8 SITUAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA.................................................................................24
ANÁLISE DOS PRINCIPAIS RESULTADOS .....................................................................................24
ANÁLISE DOS PRINCIPAIS INDICADORES FINANCEIROS...............................................................25
ANÁLISE DOS PRINCIPAIS DESVIOS.............................................................................................28
9 PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS ...................................................................30
10 PERSPECTIVAS PARA 2017........................................................................................................30
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS.....................................................................................................2
BASES DE PREPARAÇÃO ...........................................................................................................38
POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS SIGNIFICATIVAS.............................................................40
PRINCIPAIS JULGAMENTOS, ESTIMATIVAS E PRESSUPOSTOS CONTABILÍSTICOS
48
ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS, DE ESTIMATIVAS E ERROS......49
ACTIVOS TANGÍVEIS..................................................................................................................50
ACTIVOS INTANGÍVEIS .............................................................................................................50
INVESTIMENTO FINANCEIROS...............................................................................................51
INVENTÁRIOS...............................................................................................................................51
CLIENTES.......................................................................................................................................52
OUTROS ACTIVOS CORRENTES.........................................................................................52
BANCOS......................................................................................................................................52
CAPITAL PRÓPRIO..................................................................................................................53
EMPRÉSTIMOS OBTIDOS E LEASING ...............................................................................53
FORNECEDORES......................................................................................................................54
OUTROS CREDORES...............................................................................................................55
OUTROS PASSIVOS CORRENTES........................................................................................55
VENDAS ......................................................................................................................................56
GASTOS COM O PESSOAL.....................................................................................................56
FORNECIMENTOS E SERVIÇOS DE TERCEIROS ...........................................................57
OUTROS RENDIMENTOS E GASTOS OPERACIONAIS ..................................................57
RESULTADOS FINANCEIROS...............................................................................................58
IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO.....................................................................................58
CUSTO DAS VENDAS...............................................................................................................58
CUSTOS DE DISTRIBUIÇÃO..................................................................................................59
CUSTOS DE ADMINISTRAÇÃO ............................................................................................59
OUTROS RENDIMENTOS E GASTOS OPERACIONAIS ..................................................59
INSTRUMENTOS FINANCEIROS E GESTÃO DE RISCO ................................................59
EVENTOS SUBSEQUENTES ...................................................................................................63
PROCESSO RELATIVO AO CUMPRIMENTO DAS OBRIGAÇÕES LEGAIS ............................64
DECLARAÇÃO DE COMPROMISSO DE HONRA..........................................................................65
RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES ......................................................................66
RELATÓRIO E PARECER DO FISCAL ÚNICO ..............................................................................69
CONVOCATÓRIA PARA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA........................................................71
ACTA DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA................................................................................72
MODELO 22 E NOTA EXPLICATIVA DO PREENCHIMENTO DOS CAMPOS............................73
MODELO 20 E RESPECTIVOS ANEXOS ........................................................................................76
MAPA DISCRIMINATIVO DOS IMPOSTOS (IRPC, IRPS E IVA)...................................................77
INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR ...................................................................................................78
BALANCETE ANTES DO APURAMENTO DOS RESULTADOS.....................................................80
BALANCETE APÓS O APURAMENTO DOS RESULTADOS..........................................................90
MAPA DE AMORTIZAÇÕES E REINTEGRAÇÕES.......................................................................100
INVENTÁRIOS DE EXISTÊNCIAS FINAIS ....................................................................................102
DETALHE DO CÁLCULO DO CUSTO DAS VENDAS..................................................................105
INVENTÁRIO DE APLICAÇÕES FINANCEIRAS..........................................................................108
INVENTÁRIO DO ACTIVO FIXO...................................................................................................110
CONTRATO DE LEASING..............................................................................................................112
CONTRATO DE EMPRÉSTIMO DE MÉDIO E LONGO PRAZO..................................................115
CONTRACTOS DE SEGURO .........................................................................................................118
NOTA DISCRIMINATIVA DE DEVEDORES E CREDORES POR ACRÉSCIMOS E
DIFERIMENTOS.............................................................................................................................127
QUADRO RESUMO DE RECURSOS HUMANOS.........................................................................129
PLANO DE FÉRIAS ........................................................................................................................131
RELAÇÃO DE LETRAS DESCONTADAS VINCENDAS................................................................133
ÍNDICE DE GRÁFICOS
GRÁFICO 1 EVOLUÇÃO DAS VENDAS POR TRIMESTRE (NÃO ACUMULADAS)................................................13
GRÁFICO 2 EVOLUÇÃO DA CARTEIRA DE CLIENTES.....................................................................................14
GRÁFICO 3 ANÁLISE DOS PRINCIPAIS RESULTADOS.....................................................................................24
ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES
ILUSTRAÇÃO 1 OS NOSSOS VALORES.............................................................................................................4
ILUSTRAÇÃO 2 ORGANOGRAMA....................................................................................................................5
ILUSTRAÇÃO 3 MODELO DA ANÁLISE PEST ...............................................................................................17
ILUSTRAÇÃO 4 MICHAEL PORTER ...............................................................................................................18
ILUSTRAÇÃO 5 ANÁLISE SWOT..................................................................................................................20
ILUSTRAÇÃO 6 FLUXOGRAMA.....................................................................................................................23
ÍNDICE DE TABELAS
TABELA 1 REPARTIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL.................................................................................................3
TABELA 2 VENDAS DO PERÍODO..................................................................................................................14
TABELA 3 FORNECEDORES DOS PRINCIPAIS BENS E SERVIÇOS.....................................................................14
TABELA 4 INVESTIMENTOS FINANCEIROS....................................................................................................15
TABELA 5 ACTIVOS TANGÍVEIS ...................................................................................................................15
TABELA 6 INVESTIMENTOS NÃO FINANCEIROS ............................................................................................16
TABELA 7 ESTRUTURA DO CAPITAL DA EMPRESA........................................................................................16
TABELA 8 MODALIDADES DE FINANCIAMENTO...........................................................................................16
TABELA 9 MARGENS...................................................................................................................................25
TABELA 10 RÁCIOS DE RENTABILIDADE .....................................................................................................25
TABELA 11 ANÁLISE DUPONT.....................................................................................................................26
TABELA 12 INDICADORES DE LIQUIDEZ.......................................................................................................26
TABELA 13 INDICADORES DE FINANCIAMENTO...........................................................................................27
TABELA 14 INDICADORES DE EFICIÊNCIA ....................................................................................................28
TABELA 15 ANÁLISE DOS PRINCIPAIS DESVIOS............................................................................................28
TABELA 16 PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS ..............................................................................30
TABELA 17 PERSPECTIVAS PARA O FUTURO ................................................................................................31
i
Sumário Executivo
O presente relatório final surge na sequencia da disciplina de simulação empresarial
ministrada num laboratório onde, através de técnicas utilizadas na gestão e contabilidade,
os estudantes de licenciatura em gestão e contabilidade e finanças realizam actividades
práticas que lhes permitem familiarizar-se com processos contabilísticos, burocráticos e
de gestão de situações e fenómenos de representação da vida real das empresas.
Com efeito, os estudantes Adalmira Cumbane (Gestão) e Ismael Miambo (Contabilidade
e Finanças) levaram a cabo actividades do Restaurante Faz Bem, Lda., uma empresa que
se dedica a confecção de alimentos.
Este relatório está estruturado em quatro secções, nomeadamente: (i) Relatório de Gestão
- no qual se faz uma exposição fiel e clara sobre a evolução dos Negócios, do desempenho
e da posição da empresa, bem como uma descrição dos principais riscos e incertezas com
que a mesma se defronta; (ii) Conjunto completo de demonstrações financeiras - as quais
foram preparadas em conformidade com o Plano Geral de Contas baseado nas Normas
Internacionais de Contabilidade e Relato Financeiro (PGC-NIRF); (iii) Processo relativo
ao cumprimento de obrigações legais - que compreende relatório do Auditor
Independente, Fiscal único e declarações fiscais; e (iv) - Informação complementar.
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
RELATÓRIO DE GESTÃO
31 de Dezembro de 2016
REPRESENTANTES CHAVE DO RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
Direcção Geral
Director Geral Christopher Chance
Mesa de Assembleia Geral
Presidente Adalmira de Fátima Ernesto Cumbane
Secretaria Ana Paula José
Fiscal Único
SILVA CONSULTORES, LDA.
Representada por Percina Antonio Ngovene
Auditoria Independente
WEASEL AUDITORES, LDA.
Representada por Paulo António Carlos
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)
2
Mensagem do Director Geral
O exercício económico de 2016 ficará marcado na história desta empresa como um ano
de nascimento, estruturação interna e forte investimento. Com maior prazer,
compartilhamos os principais destaques do nosso primeiro ano de operação. Foi um ano
importante e desafiador, pois sem experiência no mercado materializamos o objectivo de
criar uma empresa. Foi um ano intenso, cheio de eventos e requereu um enorme
compromisso por parte de todos nossos colaboradores, mas acima de tudo foi um ano
inspirador, agradável e interessante. A abordagem escolhida resultou em um restaurante
focado, ágil e orientado para objectivos.
Os resultados gerados pelo Restaurante, que se traduzem num resultado líquido de
1.243.717 meticais, um fluxo de caixa de 1.466.672 meticais e um volume de negócios
no valor de 20.774.344 meticais são o reflexo de engajamento e dedicação de todos.
Iniciamos 2017 com a expectativa de que seja um ano melhor para Moçambique e para
nossa empresa em particular. Trabalharemos para manter uma performance diferenciada
e focada nos desafios e oportunidades que temos pela frente.
Em meu nome pessoal e em nome da Direcção Geral quero manifestar o nosso profundo
e reconhecido agradecimento a todos os colaboradores, parceiros comerciais, clientes e
amigos que, através da sua dedicação e empenho, em muito contribuíram para os
progressos e resultados alcançados.
_____________________________________
Christopher Chance
Director Geral
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)
3
1 Introdução
De acordo com as disposições do código comercial, estatutos da sociedade e demais
disposições legais aplicáveis, a Direcção Geral submete o relatório anual 2016.
O presente relatório pretende partilhar com o mercado, colaboradores, clientes,
fornecedores, parceiros e sócios os acontecimentos do Restaurante Faz Bem, Lda. do ano
de 2016.
Neste relatório são abordados os indicadores de desempenho referentes ao período de
2016 e as perspectivas para o exercício de 2017.
As demonstrações financeiras apresentadas no presente relatório foram preparadas em
conformidade com o Plano Geral de Contas baseado nas Normas Internacionais de
Contabilidade e Relato Financeiro.
2 Apresentação da empresa
O Restaurante Faz Bem, Lda. (doravante designado empresa, entidade ou simplesmente
Restaurante) situado na Avenida da Malhangalene, no
51 em Maputo, é uma sociedade
comercial por quotas constituída em 2015 e com início de actividade em 2016.
O objecto social da empresa é a confecção de alimentos.
A sociedade foi constituída com um capital social de um milhão de meticais integralmente
realizado conforme mostra a tabela:
Tabela 1 Repartição do capital social
Sócio Valor (em Meticais) %
Adalmira Cumbane 510.000 51%
Ismael Miambo 490.000 49%
Total 1.000.000 100%
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)
4
A nossa visão
Ser um restaurante de referência dentro da gastronomia moçambicana, com serviços de
alta qualidade.
A nossa missão
Promover a saúde e qualidade no estilo de vida, através de confecção e fornecimento de
alimentação nutritiva a preços competitivos.
Os nossos valores
Ilustração 1 Os nossos valores
Qualidade:
Oferecemos
alimentação de
primeira
qualidade
Nutrição:
Promovemos a
saúde e boa
qualidade de vida
Profisionalismo:
Apresentamos
soluções
gastronómicas, com
um serviço rápido e
prático
Integridade:
Seguimos a ética
profissional
Inovação:
Temos um
atendimento
personalizado de alta
qualidade
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)
5
A nossa estrutura orgânica
A nossa estrutura orgânica é reflectida conforme infra:
Ilustração 2 Organograma
Direcção Geral
A Direcção Geral é responsável pela definição de políticas e directrizes gerais da empresa,
análise de planos e projectos e avaliação dos resultados. Compete ainda a Direcção Geral
a representação da empresa no exterior.
Fiscal Único
O Fiscal Único da Empresa supervisiona como a gestão monitora o cumprimento das
políticas e procedimentos de gestão de risco da Empresa e analisa a adequação da
estrutura de gestão de risco, em relação aos riscos enfrentados pela Empresa. Compete
ainda ao Fiscal Único, fazer a apreciação global das contas da empresa.
Direcção
Geral
Direcção
administrativa e
financeira
Tesouraria
Contabilidade
Serviços
administrativos
Direcção
comercial
Vendas e
Marketing
Direcção de
Recursos
Humanos
Sector de
pessoal
Direcção de
operações
Sector de
produção
Sector de
serviços
Fiscal Único
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)
6
Direcção administrativa e financeira
Esta direcção é responsável por administrar os recursos da empresa. Ela faz o controlo da
tesouraria, dos investimentos e dos riscos, além da gestão de contas e impostos, do
planeamento financeiro da empresa e da divulgação de resultados.
Direcção comercial
O foco desta direcção é nos clientes externos da empresa. Ele é o responsável pelas
vendas, garantindo a geração de receitas para a Empresa. Compete ainda a esta direcção,
a criação das estratégias de divulgação e definição das formas de vendas mais adequadas
para alcançar o público-alvo, além de fidelizar a clientela já conquistada.
Direcção de Recursos Humanos
Cabe a direcção de recursos humanos o recrutamento do pessoal e gestão de pessoas. Ela
busca soluções para conflitos, controla os horários de entrada e saída dos trabalhadores,
as horas extras e estabelece políticas para a retenção de talentos, dentre outras funções.
Cabe ainda a direcção de recursos humanos o estabelecimento de políticas de motivação
e treinamento, pensar em planos de carreira e promoções e trabalhar para melhorar as
relações entre as equipes e a qualidade de vida dos colaboradores.
Direcção de Operações
A direcção de operações é responsável por administrar todo o processo de transformação
dos insumos no produto final.
Ela controla a entrada e o consumo de matérias-primas, dá suporte logístico, faz a gestão
do uso e da manutenção das máquinas e equipamentos e acompanha os níveis de
produtividade da empresa.
Sua função é garantir que a operação transcorra sem imprevistos, tendo como meta
garantir que a empresa obtenha a maior produção possível aplicando o mínimo de
recursos.
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)
7
3 Enquadramento macroeconómico
Economia internacional
A economia mundial cresceu 3,1% em 2016, abaixo dos 3,2% no ano anterior, segundo
estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI). As economias avançadas
progrediram 1,6% no ano de 2016, contra 2,1% em 2015, enquanto os mercados
emergentes e as economias em desenvolvimento mantiveram o mesmo ritmo de
crescimento nos últimos dois anos, 4,1%. Os resultados dentro dos blocos económicos
são, todavia, muito diversos. As razões para a desaceleração da actividade económica
mundial em 2016 são de ordem diversa, entre as quais se encontram uma redução
expressiva do comércio internacional, fraco investimento, apesar de os preços das
commodities terem estabilizado em níveis mais baixos do que no ano precedente (o preço
do petróleo caiu em média 15,9% em 2016 e as restantes matérias primas desceram, em
média ponderada, em 2,7%, segundo o FMI).
Os níveis do comércio internacional, o qual reflecte a procura e a oferta nos vários países,
que por sua vez influi nos níveis de investimento, é talvez um dos indicadores mais
preocupantes para a economia global em 2016. Em 2016 o comércio internacional
aumentou apenas 1,9%, quando tinha crescido 2,7% no ano anterior. No plano global, as
taxas de juro mantiveram-se em 2016 em níveis historicamente baixos, embora os Estados
Unidos tenham assinalado uma subida de juros, no último mês do ano, o que impacta
negativamente o valor das moedas que estão ligadas ao dólar, em particular para os
mercados emergentes e economias em desenvolvimento.
No que respeita ao nível de preços, o ano de 2016 não trouxe muitas alterações aos
principais blocos económicos. Nas economias avançadas, os preços aumentaram em
média 0,7% em 2016, contra 0,3% no anterior. Nos mercados emergentes e nas economias
em desenvolvimento, o nível médio dos preços cresceu 4,5% em 2016, quando tinha
aumentado 4,7% no ano precedente.
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)
8
Economia moçambicana
O Produto Interno Bruto de Moçambique cresceu 3,3% em 2016, em contraste com uma
subida de 6,6% em 2015, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística.
Do lado da oferta, e de acordo com a análise do Banco de Moçambique, este
abrandamento terá resultado da queda de produção devido à instabilidade política e aos
eventos climáticos extremos (cheias e seca) que afectaram o desempenho do sector da
agricultura. Do lado da procura, a redução das despesas de investimento e de consumo,
em resultado dos efeitos da política monetária restritiva e da contenção da despesa
pública, em face da suspensão da ajuda externa pelos parceiros programáticos, explica,
em parte, o fraco desempenho da actividade económica registada em 2016. A
consequência destes eventos foi que, como explica a Economist Inteligence Unit (EIU),
a economia de Moçambique foi prejudicada em 2016 pela falta de divisas, pelo aumento
exponencial da inflação e pela redução da despesa pública, em simultâneo com a
percepção entre os responsáveis da banca e das empresas privadas dos elevados riscos
políticos. O ano de 2016 foi muito desafiante, quer para os agentes económicos e
políticos, quer para as famílias moçambicanas.
Já no final do ano de 2016, alguns sinais começaram a ajudar a mudar as perspectivas,
quer com o desanuviamento da situação político-militar (com as tréguas entre os dois
principais partidos políticos, que se mantiveram nos primeiros meses do ano seguinte), as
indicações de que os contractos de gás iriam realmente avançar (e confirmado com a
assinatura de compra e venda entre a Exxon e a ENI no início de Março de 2017) e com
a verificação de que a política restritiva do Banco de Moçambique conseguiu estancar e
começar a inverter a desvalorização do metical e a subida da inflação.
O início de 2017, ainda com base nalguns acontecimentos e comportamentos de 2016,
que vieram a ser conhecidos apenas em 2017, indiciou efectivamente melhores
perspectivas para o País para 2017.
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)
9
4 Situação do sector de alojamento, restauração e similares
No mercado Internacional
O sector dos restaurantes e similares é um sector com bastante importância a nível
internacional. Este sector assume um papel bastante relevante nos Estados Unidos da
América EUA, conforme o “Barómetro Nº5 do Sector dos Restaurantes e Bebidas” de
Setembro/Outubro de 2007, através de um estudo da National Restaurant Association, em
que o impacto económico da indústria dos Restaurantes nos (EUA), em 2007, excede os
1,3 triliões de dólares e emprega 12,8 milhões de pessoas que representam cerca de 9%
do emprego total dos EUA, colocando-se como maior empregador logo depois do
governo. O mesmo estudo revela que nos EUA por cada dólar gasto nos restaurantes, 2,34
dólares são gastos em outras indústrias relacionadas com os restaurantes e por cada 1
milhão de dólares em vendas nos restaurantes criam-se 37 empregos na economia dos
EUA. As previsões deste estudo apontam para que, em 2017, este sector atinja os 14,8
milhões de empregos nos EUA, um crescimento acima dos 16%. De acordo com o estudo
“Study on the competitiveness of the EU-27 Tourism industry” este sector, em 2006, gera
um volume de negócios de 308.000.000.000 Euros e cerca 6.750.000 empregos na
Europa. Este estudo indica ainda que os períodos de recessão geram graves consequências
neste sector. Em 2008, este estudo através de um inquérito a este sector, demonstrou que
80% dos inquiridos verificaram mudanças nos padrões de consumo dos seus clientes, e
dois terços verificaram que os clientes se tornaram mais conscientes dos preços, com
consequente diminuição do dinheiro gasto por estes.
No mercado Nacional
No primeiro trimestre de 2016, o indicador de confiança do sector de alojamento
restauração e similares estava em queda, o volume de negócios diminuiu drasticamente
em comparação com o trimestre anterior. No segundo trimestre, este indicador continuou
com perfil descendente. A deterioração no sector continuou a dever-se, principalmente, à
avaliação negativa da procura no momento apesar de aumento considerável da facturação
(volume de negócios) comparando ao trimestre anterior. No terceiro trimestre o indicador
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)
10
do sector registou uma subida ligeira após situação desfavorável nos últimos trimestres.
O aumento da confiança no sector deveu-se ao incremento do volume de negócios e da
procura que aumentou de uma forma substancial, facto que, todavia, ocorreu num clima
caracterizado pela queda da perspectiva da procura nesse trimestre. No quarto trimestre,
o indicador abrandou depois de ter experimentado um sinal de recuperação no trimestre
anterior, tendo o saldo atingido um novo mínimo da respectiva série temporal. A
avaliação desfavorável da confiança no sector em análise deveu-se, à diminuição da
procura e do volume de negócios actuais do sector, que suplantaram a apreciação positiva
da perspectiva da procura no período em referência. Em linha com o indicador síntese do
sector, a perspectiva da capacidade hoteleira diminuiu no mesmo período, facto
acompanhado pela quebra da perspectiva de preços. Cerca de 38% das empresas deste
sector enfrentou alguma limitação de actividade no período em análise, representando 8%
de diminuição das empresas com obstáculos no desempenho normal das suas actividades.
Os principais factores referidos pelos agentes económicos do sector continuaram sendo a
baixa procura, a concorrência, e os outros factores não especificados na mesma ordem de
importância.
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)
11
5 Responsabilidade corporativa
Responsabilidade nutricional
Para além de seguir os princípios da Organização Mundial de Saúde (OMS), o
Restaurante desenvolveu uma política formal de responsabilidade nutricional com o
objectivo de divulgar o seu compromisso com a saúde de seus clientes.
Nossos colaboradores são responsáveis pela implementação desta política e pelo
fortalecimento de esforços contínuos no sentido de:
▪ Atender às normas sobre os procedimentos de manuseio e cuidados com os
alimentos, garantindo a segurança dos clientes;
▪ Incentivar positivamente a mudança comportamental dos clientes por hábitos
alimentares mais saudáveis;
▪ Incentivar a alimentação saudável educando para a qualidade das escolhas
alimentares;
▪ Proporcionar a orientação nutricional aos clientes, actuando com a medicina do
trabalho de cada empresa cliente.
Responsabilidade social
A gestão do Restaurante atenta para segurança dos seus colaboradores, respeito às
pessoas, bem-estar no ambiente de trabalho e impacto das suas operações na sociedade.
Sendo assim, o Restaurante desenvolve programas que demonstram o sério compromisso
da Empresa com o público com que se relaciona, nomeadamente: colaboradores, clientes,
fornecedores, comunidade e governo. Cada um desses programas tem em vista:
▪ Cultivar a excelência no clima organizacional, proporcionando um ambiente de
trabalho agradável, seguro e humano;
▪ Cumprir a legislação trabalhista, que regula as relações individuais e colectivas
de trabalho;
▪ Integrar a política de meio ambiente, saúde e segurança como parte importante
nos processos de tomada de decisão;
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)
12
▪ Manter política de benefícios que agregue mais qualidade de vida ao colaborador;
▪ Combater a discriminação de qualquer natureza;
▪ Manter uma política disciplinar justa, coibindo acções abusivas, coerção, ameaça
ou exploração entre os colaboradores;
▪ Contribuir com o desenvolvimento dessas comunidades através da geração de
empregos, fortalecimento dos fornecedores locais e do envolvimento em ações
sociais beneficentes.
No âmbito da responsabilidade social, o Restaurante doou 20.000 meticais para a cruz
vermelha de Moçambique.
Responsabilidade ambiental
Além da preocupação com a preservação do meio ambiente, o Restaurante está
comprometido em buscar a melhoria contínua e atender a todos os requisitos legais e
normas aplicadas a sua actividade. Este compromisso sustenta-se através da sua política
de responsabilidade ambiental.
No âmbito da responsabilidade ambiental, o Restaurante disponibilizou dois contentores
de depósito de lixo na Avenida da Malhangalene.
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)
13
6 Aspectos relevantes das actividades da empresa
a) Actividades operacionais
Vendas
Em sede de vendas, vale referir que a principal fonte de rendimento para empresa foram
as empresas de construção civil. Estas representaram 73% das vendas totais.
O primeiro trimestre foi marcado por dificuldades na produção devido ao atraso no
fornecimento das principais matérias primas. Não obstante, a empresa conseguiu gerir
suas obrigações com seus clientes.
O segundo e terceiro trimestres foram marcados pelo aumento de trabalhadores dos
clientes do Restaurante e contratação de novos clientes. Conforme se poderá notar no
gráfico a seguir, a entidade atingiu seu pico de vendas no terceiro trimestre, quando as
empresas de construção aumentaram sua força laboral. Este facto deveu-se igualmente a
uma venda efectuada ao exterior.
O quarto trimestre foi o menos produtivo do exercício. Principais destaques são dados
para baixa actividade no mercado e consequente redução da força de trabalho dos clientes
mais lucrativos. O detalhe da evolução das vendas é apresentado no gráfico a seguir.
Gráfico 1 Evolução das vendas por trimestre (não acumuladas)
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)
14
A carteira de clientes mostrou uma evolução do primeiro trimestre para o segundo, tendo
mantido para os restantes. Note-se que a carteira de clientes se manteve até ao final,
porém, o número de trabalhadores variou trimestralmente o que culminou com a baixa
das vendas no quarto trimestre.
Gráfico 2 Evolução da carteira de clientes
As vendas do exercício são conforme mostra a tabela a seguir:
Tabela 2 Vendas do período
Fornecimento dos principais bens e serviços
Os principais bens e serviços foram oferecidos pelas entidades na tabela infra:
Tabela 3 Fornecedores dos principais bens e serviços
Mercado Interno Mercado Externo Total
Venda de refeições 20.448.427 325.917 20.774.344
20.448.427 325.917 20.774.344
Fornecedor Bem/ Serviço
SE Distribuição Agua, Luz, Comunicações e Equipamentos
Aki Armazenista, Lda. Inventário
Limpezas Cheira nem, Lda. Limpeza e Higiene
Energias XXI, Lda. Combustíveis
Maputo Rent, Lda. Transporte
Check-Up, Lda. Assistência medica e medicamentosa
Banco Online Serviços bancários e seguros
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
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(Valores expressos em meticais)
15
b) Actividades de Investimento
Investimentos financeiros
À data do balanço, a rubrica de investimentos financeiros apresentava um valor bruto de
2.000.000 de meticais referente constituição de depósito a prazo. Ora, ao longo do
exercício a entidade efectuou diversos movimentos na rubrica de investimentos
financeiros conforme a tabela infra:
Tabela 4 Investimentos financeiros
Investimentos não financeiros
Os investimentos não financeiros compreendem os activos tangíveis e intangíveis. O
montante bruto dos activos tangíveis ascende 1.552.086 meticais conforme o detalhe na
tabela a seguir:
Tabela 5 Activos tangíveis
O valor dos activos intangíveis, o qual diz respeito a marca FAZ BEM ascende 134.882
meticais.
Categoria Descrição Valor
Data de
aquisição
Data de
vencimento Estado
Deposito a prazo Constituição de depósito a prazo 300.000 05/06/2016 02/12/2016 Vencido
Fundo de Acções Aquisição de fundo de acções 1.499.992 19/09/2016 31/12/2016 Vencido
Deposito a prazo Constituição de depósito a prazo 2.000.000 31/12/2016 31/03/2017 Activo
Total 3.799.992
Equipamento de Escritorio 294.157
Equipamento de Transporte 509.883
Equipamento Basico 634.330
Ferramentas e Utensilios 113.715
Total 1.552.086
Activo Valor em Meticais
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(Valores expressos em meticais)
16
O quadro a seguir mostra o resumo dos investimentos não financeiros:
Tabela 6 Investimentos não financeiros
c) Actividade de Financiamento
As actividades de financiamento destinaram-se essencialmente à aquisição de activos
tangíveis. Com efeito, o capital alheio tem um peso significativo na estrutura do capital
da empresa conforme se mostra na tabela a seguir:
Tabela 7 Estrutura do capital da empresa
As modalidades de financiamento que a entidade recorreu são mostradas na tabela a
seguir:
Tabela 8 Modalidades de financiamento
A gestão da Empresa conduziu seus negócios de modo que a dívida financeira se situasse
em níveis sustentáveis. Com efeito, a dívida financeira representa 28% do activo total. A
parte remanescente dos activos foi autofinanciada através da gestão de prazos de
pagamento e recebimento.
Activos Tangíveis 1.552.086
Activos Intangíveis 134.882
Total 1.686.967
Investimentos não Financeiros Valor em Meticais
Capital Valor em Meticais %
Capital Alheio 1.948.392 45%
Capital próprio 2.351.622 55%
Total 4.300.014 100%
Financiamentos Não corrente Corrente Total
Empréstimos bancários m.l.prazo 1.050.000 300.000 1.350.000
Contas bancárias de letras descontadas - 155.142 155.142
Leasing 355.970 87.280 443.250
Total 1.405.970 542.422 1.948.392
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17
7 Análise do meio envolvente
Análise PEST
A análise PEST aborda factores externos importantes a um sector sob quatro pontos de
vista: político-legal, económico, sócio-cultural e tecnológico.
Os resultados da análise PEST são mostrados na ilustração abaixo:
Ilustração 3 Modelo da Análise PEST
Michael Porter
A análise das Cinco Forças Competitivas de Porter, é essencial para identificar as
ameaças a serem contornadas e as debilidades que poderão ser oportunidades, para a
Empresa estabilizar-se no mercado de Simulação Empresarial. A intensidade conjunta
dessas cinco forças determina o potencial de lucro. Quanto menor a intensidade desse
conjunto de forças, maior é a possibilidade de sucesso da empresa. No entanto,
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(Valores expressos em meticais)
18
independentemente de qual das forças pressiona mais a competitividade do sector, é tarefa
da empresa encontrar a melhor estratégia.
Ilustração 4 Michael Porter
Como se pode observar na ilustração acima, a força competitiva mais intensa no mercado
é o poder de barganha dos clientes. Outra força significativa é proveniente dos produtos
substitutos, seguida de maneira mais branda, pela força dos fornecedores e a rivalidade
no sector.
Ameaça de entrantes potenciais
A ameaça de novos entrantes é quase inexistente devido aos investimentos iniciais
necessários, a regulamentação sobre as condições mínimas de higiene e a forte
identificação dos consumidores com a marca FAZ BEM.
Ameaça de
entrantes
potenciais
Poder de
barganha dos
clientes
Poder de
barganha dos
fornecedores
Produtos
substitutos
Rivalidade no
sector
Intenso
Médio
Fraco
Quase inexistente
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
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Poder de barganha dos fornecedores
Para o fornecimento da principal matéria-prima, a empresa tem a sua disposição muitos
fornecedores com preços competitivos. Os custos de contratação e rescisão dos contractos
de fornecimento são quase imateriais, por isso os fornecedores não exercem grande poder
de negociação.
Rivalidade no sector
No mercado de Simulação Empresarial, a rivalidade entre concorrentes é baixa devido ao
reduzido número de restaurantes. O Restaurante Faz Bem, Lda. é o líder no ramo de
restauração com uma quota do mercado de 60%.
Ameaça de produtos substitutos
Os produtos substitutos do Restaurante são refeições de outros restaurantes e vendedores
ambulantes. O Restaurante diminui a ameaça de produtos substitutos oferecendo
alimentação que proporciona satisfação a preço competitivo e investindo na fidelização
dos clientes.
Poder de barganha dos clientes
A principal ameaça no sector de restauração é o poder de barganha dos clientes. Os
clientes têm à sua disposição várias opções desde restaurantes, lanchonetes, bares,
vendedores ambulantes de refeições e outros lugares para adquirir refeições. Com efeito,
o cliente tem grande poder de negociação.
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20
Análise SWOT
Para identificar vantagens competitivas do Restaurante recorremos à análise SWOT, em
que analisamos os pontos fortes e pontos fracos, bem como as oportunidades e ameaças
que o mercado lhe oferece.
Os resultados da análise SWOT do Restaurante são mostrados na tabela abaixo:
FORÇAS
▪ Preços competitivos;
▪ Boa qualidade dos serviços;
▪ Ambiente agradável
▪ Bom atendimento ao cliente;
▪ Capacidade inovadora e dinâmica
▪ Boa política comercial
▪ Líder no mercado de restauração
FRAQUEZAS
▪ Fraca promoção
▪ Recursos humanos ainda em
desenvolvimento
▪ Pouco tempo de experiência no
sector
OPORTUNIDADES
▪ Preocupação dos clientes com a sua
saúde;
▪ Crescimento e incentivos a
investimentos no sector de Turismo;
▪ Crescente procura por restaurantes;
▪ Existência de poucos restaurantes no
mercado de simulação empresarial.
AMEAÇAS
▪ Cadeias de fast food;
▪ Vulnerabilidade à actual
conjuntura económica;
▪ Elevado custo de tecnologia no
mercado nacional.
Ilustração 5 Análise SWOT
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
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21
Estratégia de Gestão
Ao lidar com as cinco forças competitivas, o Restaurante Faz Bem escolheu a estratégia
de liderança no custo. O Restaurante Faz Bem, Lda. minimizou seus custos através do
aumento substancial da escala de produção.
Ademais, o Restaurante realiza um marketing muito forte, principalmente em feiras. Com
efeito, entre os dias 28 e 31 de Dezembro, o Restaurante participou na feira das
actividades económicas, organizada pela Associação Comercial e Industrial da Simulação
Empresarial. Esta participação serviu para expor ao público os serviços prestados pelo
Restaurante.
As principais técnicas de marketing são a seguir enunciadas.
Técnicas de Marketing
Mix - Marketing
O composto de marketing ou mix-marketing pode ser entendido como um conjunto de
variáveis mercadológicas que a empresa planeia, implementa e controla de modo a
satisfazer seu mercado alvo. O mix de marketing utilizado em serviços é ampliado,
conhecido como 8 P’s. Além dos 4 P’s tradicionais (Produto/Serviço, Preço, Praça e
Promoção) utiliza-se também mais 4 P’s, nomeadamente: Ambiente físico (Physical
environment), Pessoas, Processos e Produtividade.
▪ Produto/Serviço – o Restaurante oferece refeições.
▪ Preço – o Restaurante adopta estratégia de vendas que contempla técnicas de
envolvimento que faz com que os clientes percebam que o restaurante e o produto
por ele oferecido são melhores que os da concorrência. Por isso, adoptamos a
política do preço justo (menor do que o da concorrência). O preço médio de uma
refeição são 170 meticais.
▪ Praça – os serviços e produtos oferecidos pelo Restaurante são comercializados
no próprio local físico da empresa de segunda-feira à domingo, das 7 às 22 horas,
situado em posição estratégica perto do centro da cidade.
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▪ Promoção – a estratégia para a promoção e divulgação dos produtos/serviços deste
restaurante tem grande influência pela comunicação boca-a-boca, visto que, por
se tratar de uma cidade pequena, vai depender muito dos clientes já atendidos.
Entretanto, inicialmente realizamos várias comunicações através de email.
▪ Pessoas - Todas as pessoas envolvidas directa e indirectamente na produção e
consumo de um serviço são parte importante do marketing mix. Com a
implementação de normas, padrão de qualidade foi realizado um curso de
qualificação dos colaboradores. A partir da satisfação dos clientes define-se
alguns aspectos de avaliação como cordialidade, pontualidade, organização e
aparência. Além disso, criou-se código de ética para atender os padrões de
comportamento esperados. O nível de desenvolvimento das pessoas que prestam
o serviço como factor fundamental de diferenciação deve ser alcançado por meio
de formação, capacitação e motivação.
▪ Ambiente físico – O Restaurante tem uma área confortável de agradável
qualidade, comodidade, de maneira a proporcionar plena satisfação aos seus
clientes.
▪ Processos - Um método particular de operações ou séries de acções, que
normalmente envolve passos que precisam de serem dados em uma sequência
definida. Os procedimentos, mecanismos e fluxo de actividades pelos quais um
serviço é consumido são elementos essenciais da estratégia de marketing. Através
de uma metodologia de qualidade nos processos, analisa-se pontualmente cada
etapa, desde o pedido do cliente até a entrega final.
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23
Fluxograma
Ilustração 6 Fluxograma
▪ Produtividade – relação entre os resultados e os meios empregados para produzir.
Uma cozinha produtiva é aquela que consegue entregar todos pratos solicitados
com o melhor aproveitamento de recursos disponíveis e no menor tempo possível
mantendo a qualidade como a segurança dos alimentos e o bom atendimento ao
cliente. Factores críticos para a produtividade no nosso restaurante: bom ambiente
de trabalho (condições físicas, psicológicas e socias), motivação da equipe,
racionalização do custo, comunicação e capacitação. A produtividade líquida do
trabalho é 1.424.420.
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24
8 Situação económico-financeira
Análise dos principais resultados
Gráfico 3 Análise dos principais resultados
Uma breve análise nos permite aferir que o EBITDA1
e o EBIT2
situaram-se em
2.278.722 e 2.046.780, respectivamente. Em termos de margens, estes resultados
representam cerca de 11% (EBITDA) e 10% (EBIT), portanto, níveis baixos
influenciados maioritariamente pelos elevados custos operacionais.
Os resultados financeiros situariam-sem em 200.114 meticais negativos, corolário do alto
endividamento e fraca aplicação de recursos financeiros.
O imposto sobre rendimento representa cerca de 48% do resultado liquido do período,
situação que não se manifesta favorável para a empresa. Com efeito, o resultado líquido
ascendeu 1.243.717 meticais.
1
Earnings before interest, tax, depreciations and amortisations( Resultado antes de juros, impostos e
amortizações/depreciações)
2
Earnings before interest and tax( Resultado antes de juros e impostos)
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25
Análise dos principais indicadores financeiros.
A seguir são apresentados os principais indicadores de desempenho financeiro.
Margens
Legenda:
EBITDA= Earnings before Interest, tax, depreciations and amortisations (Resultado operacional antes de impostos)
EBIT = Earnings before interest and tax (Resultado antes de juros e impostos)
Tabela 9 Margens
A margem bruta de 40%, mostra-nos o quanto a empresa está a ganhar como resultado
imediato da sua actividade. Este indicador foi influenciado pelo elevados custos de
produção, com principal destaque os custos das matérias primas.
As margens EBITDA (11%) e EBIT (10%) situaram-se em níveis baixos devido aos
elevados custos operacionais, resultado do recurso a subcontratações de serviços.
Indicadores de Rentabilidade
Legenda:
RL = Resultado liquido
CP = Capital Próprio
RO = Resultado Operacional
AT = Activo Total
VV = Volume de Vendas
Tabela 10 Rácios de Rentabilidade
Margens 31/dez/16
Margem Bruta 40%
EBITDA 2.278.722
Margem EBITDA 11%
EBIT 2.046.780
Margem EBIT 10%
Rentabilidade Formula 31/dez/16
Rentabilidade dos capitais próprios RL/CP 53%
Rentabilidade operacional do ativo RO/AT 30%
Rentabilidade líquida do ativo RL/AT 18%
Rentabilidade operacional das vendas RO/VV 10%
Rentabilidade líquida das vendas RL/VV 6%
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Os indicadores de rentabilidade relacionam o lucro obtido com o investimento feito ou
existente. A rentabilidade dos Capitais Próprios, indica-nos que cada 100 meticais
investidos rendem 53 meticais, o que se mostra favorável no primeiro ano de actividade.
A rentabilidade líquida das vendas a qual se situou em 6% mostra-nos um lucro de 6
meticais por cada unidade vendida. Globalmente, a rentabilidade da empresa se situou em
níveis satisfatórios, pese embora a entidade ainda apresente baixa remuneração dos seus
activos e capacidade da exploração em gerar uma margem liquida.
Análise Dupont.
Legenda:
RL= Resultado liquido
VV = Volume de Vendas
CP = Capital Próprio
AT = Activo Total
Tabela 11 Análise Dupont
A análise Dupont é uma técnica que procura analisar a evolução da rentabilidade dos
capitais próprios através da decomposição desta em vários factores explicativos. Pela
análise Dupont concluímos que a rentabilidade dos capitais próprios poderá ser
aumentada se a rentabilidade das vendas crescer, as vendas por unidade de activo
aumentarem ou a autonomia financeira reduzir.
Indicadores de Liquidez
Legenda:
AC = Activo Corrente
PC = Passivo corrente
Tabela 12 Indicadores de liquidez
Análise Dupont Formula 31/dez/16
Rentabilidade líquida das vendas RL/VV 6%
x Rotação do activo VV/AT 3,0
÷ Autonomia financeira CP/AT 34%
= Rentabilidade dos capitais próprios 53%
Liquidez Formula 31/dez/16
Grau de líquidez geral AC/PC 1,1
Grau de líquidez reduzida (AC-Inventários)/PC 0,9
Grau de líquidez imediata Disponibilidades/PC 0,5
Fundo de maneio AC - PC 302.568
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27
O indicador de liquidez geral (1,1), mostra-nos que 110% das responsabilidades de curto
prazo poderão ser satisfeitas recorrendo às disponibilidades, cobrança dos créditos de
curto prazo e venda das existências. Os demais indicadores mostram-se igualmente
favoráveis, analisados conjuntamente com o fundo de maneio de 302.568 meticais.
Indicadores de Financiamento
Legenda:
DF = Divida Financeira
AT = Activo Total
RL = Resultado liquido
CP = Capital Próprio
PT = Passivo Total
Tabela 13 Indicadores de Financiamento
Estes rácios visam dar indicações sobre o grau de intensidade de recurso a capitais alheios
no financiamento de uma empresa.
Por um lado, o indicador de endividamento mostra que o activo total da empresa é
financiado em 28% pela divida financeira. Ainda no mesmo cerne, 34% dos activos são
financiados pelo sócios da empresa. Estes indicadores mostram que a empresa ainda
enfrenta desafios de gestão.
Por outro lado, a capacidade da empresa honrar seus compromissos de médio e longo
prazo se situou em níveis favoráveis, resumindo-se em 52%.
Financiamento Formula 31/dez/16
Endividamento DF/AT 28%
Cobertura de encargos financeiros (n° de vezes) RL/Juros 9,1
Rácio de solvabilidade CP/PT 52%
Autonomia financeira CP/AT 34%
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Indicadores de eficiência
Legenda:
d = numero de dias
CICV = Custos dos inventários consumidos e vendidos
Tabela 14 Indicadores de eficiência
Indicadores de eficiência ajudam a explicar os impactos financeiros da gestão ao nível do
ciclo de exploração. A empresa leva 32 dias para pagar aos seus fornecedores, e em
contrapartida leva 13 dias para cobrar aos seus clientes.
Análise dos principais desvios
Os principais desvios são analisados a seguir, conforme a tabela infra:
Tabela 15 Análise dos principais desvios
Eficiência Formula 31/dez/16
Prazo médio de pagamentos (dias) Fornecedores/ (Compras * 1,17)* d 32
Prazo médio de recebimentos (dias) Clientes/(Vendas*1,17)* d 13
Nº de dias de inventário CICV/Inventários 19
Realizado Previsto Desvio %
Vendas 20.774.344 13.488.152 54%
Volume de negócios 20.774.344 13.488.152 54%
Custo de mercadorias vendidas (10.614.280) (2.890.160) 267%
Gastos com o pessoal (4.404.797) (4.680.802) -6%
Fornecimentos e serviços de terceiros (3.088.072) (2.563.892) 20%
Outros rendimentos e gastos operacionais (388.473) (305.232) 27%
Resultado operacional antes de depreciações 2.278.722 3.048.066 -25%
Amortizações e depreciações (231.943) (188.785) 23%
Resultado operacional 2.046.780 2.859.281 -28%
Rendimentos financeiros 2.967 71.000 -96%
Gastos financeiros (203.081) (46.500) 337%
Resultados antes do imposto 1.846.666 2.883.781 -36%
Imposto sobre o rendimento (602.949) (922.810) -35%
Resultado líquido 1.243.717 1.960.971 -37%
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
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(Valores expressos em meticais)
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Vendas e custos dos inventários vendidos
O desvio favorável na ordem de 54% a nível de vendas deveu-se a antecipatória e flexível
angariação de clientes e baixa rivalidade no sector. A empresa esperava ter uma quota de
mercado de cerca de 40%, entretanto, seus esforços de marketing culminaram com uma
parcela de 60% do mercado.
A nível dos custos dos inventários o desvio foi desfavoravelmente estrondoso. O desvio
desfavorável em 267% é explicado pelo custo das principais matérias primas para
confecção das refeições. Tal facto, deveu-se a mudança repentina e desprogramada de
fornecedor de matérias primas, dado que o fornecedor com o qual a empresa contava, não
conseguia fornecer a matérias primas em tempo útil. Com efeito, a empresa recorreu a
um fornecedor melhor organizado, embora com preços elevados.
Custos operacionais
A nível dos fornecimentos e serviços financeiros, o desvio na ordem de 20% é fruto do
ajuste dos gastos de limpeza das instalações e dos serviços de transporte de refeições. O
serviço de transporte é responsável por 17% do desvio global nos fornecimentos e
serviços de terceiros.
O desvio desfavorável em 27% nos outros gastos operacionais é explicado pelo aumento
dos valores de participação na feira anual das actividades comerciais e industriais.
A rubrica de amortizações e depreciações apresentou um desvio desfavorável na ordem
de 23% por conta da aquisição de uma fritadeira industrial não prevista.
Rendimentos e gastos financeiros
Por um lado, a rubrica de rendimentos financeiros foi desfavoravelmente afectada em
96% pela falta de excedente de tesouraria para aplicação e baixa taxa de remuneração das
pequenas aplicações.
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)
30
Por outro lado, a entidade contraiu empréstimos além do previsto para aquisição de 3
fogões industriais, o que culminou com encargos financeiros que excedessem os previstos
na ordem de 337%. Note-se ainda, que o custo do capital alheio se situou acima do que
foi previsto.
Estes elementos, conjuntamente, contribuíram para que o resultado realizado se situasse
aquém do previsto, em cerca de 37%.
9 Proposta de Aplicação de Resultados
Considerando as disposições legais e estatutárias relativas a reserva legal e reservas
especiais, nos termos do nº 1 do artigo 314º e nº 1 do artigo 315º do Código Comercial, a
Direcção Geral propõe que os resultados líquidos apurados no exercício de 2016, tenham
a seguinte aplicação:
Tabela 16 Proposta de aplicação de resultados
10 Perspectivas para 2017
A marca Restaurante Faz Bem é presentemente uma aposta ganha, sendo no mercado de
simulação empresarial uma referência sólida atingindo o desiderato do reconhecimento
pela competência, pelo saber e pela realização. As perspectivas para 2017 são de
confiança nas capacidades, nos princípios e valores que norteiam a nossa equipe.
Aplicação Valor em Meticais %
Reservas legais 248.743 20%
Reservas livres 310.929 25%
Dividendos 373.115 30%
Resultados a acumular 310.929 25%
Total 1.243.717 100%
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)
31
Esperamos aumentar em pelo menos 3% a receita líquida até o final do ano e aumentar o
número de clientes lucrativos.
A seguir são ilustradas as perspectivas para o exercício de 2017, através do Balanced
Scorecard, uma ferramenta destinada ao acompanhamento das decisões estratégicas
tomadas pela empresa com base em indicadores previamente estabelecidos:
Tabela 17 Perspectivas para o futuro
Maputo, 31 de Janeiro de 2017
Os membros da Direcção Geral
_____________________________
Christopher Chance (Director Geral)
_________________________________
Adalmira de Fátima Cumbane (Sócia - Gerente)
__________________________________
Ismael Carlos Miambo (Sócio-Gerente)
PERSPECTIVA OBJECTIVO METAS INDICADOR INICIATIVA
Financeira Aumentar receitas Aumentar em 3% a receita
líquida em 12 meses.
Demonstrações
financeiras
Desenvolver novas políticas
de crédito para os clientes.
Controle
Interno
Aumentar
reaproveitamento
Aumentar o
reaproveitamento de
alimentos em 10% nos
proximos 6 meses.
% alimentos
reaproveitados
Efectuar estudos para o
reaproveitamento seguro;
efectuar parceria de doação.
Aprendizado e
crescimento
Formar e desenvolver
colaboradores
Treinar 100% da equipe de
produção.
Número de
certificados
adquiridos pela
equipe.
Celebrar contractos de
formação dos trabalhadores.
Clientes
Atrair novos clientes
e reter clientes
existentes
Aumentar em 2% o número
de clientes e facturação.
Crescimento em n
o
de
clientes
Buscar diferenciais nos
serviços e divulgar acções
sociais.
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de Dezembro de 2016
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)
ÍNDICE
Demonstração da Posição Financeira 32
Demonstração de Resultados por Naturezas 33
Demonstração de Resultados por Funções 34
Demonstração de Fluxos de Caixa 35
Demonstração da Variação de Capitais Próprios 36
Notas às Demonstrações Financeiras 37-63
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)
32
O Técnico de Contas Direcção Geral
______________________________ _____________________________
(Pedro Fonseca Gomes) ( Christopher Chance)
Em 31 de Dezembro de 2016
Nota 2016
ACTIVOS
Activos não correntes
Activos tangíveis 5 1.320.143
Activos intangíveis 6 134.882
Investimentos financeiros 7 2.000.000
Total dos activos não correntes 3.455.025
Activos correntes
Inventários 8 565.265
Clientes 9 902.076
Outros activos correntes 10 453.765
Bancos 11 1.466.672
Total dos activos correntes 3.387.778
TOTAL DOS ACTIVOS 6.842.802
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVOS
Capital próprio
Capital social 12 (i) 1.000.000
Outras Componentes do Capital Próprio 12 (ii) 107.905
Resultado liquido do período 1.243.717
Total do capital próprio 2.351.622
Passivos não correntes
Empréstimos obtidos 13 1.050.000
Outros Credores - Leasing 13,15 355.970
Total dos passivos não correntes 1.405.970
Passivos correntes
Fornecedores 14 1.164.182
Outros Credores 15 187.952
Empréstimos obtidos 13 455.142
Outros passivos correntes 16 1.277.934
Total dos passivos correntes 3.085.210
Total dos passivos 4.491.180
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVOS 6.842.802
Demonstração da Posição Financeira
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)
33
O Técnico de Contas Direcção Geral
______________________________ _____________________________
(Pedro Fonseca Gomes) (Christopher Chance)
Em 31 de Dezembro de 2016
Nota 2016
Vendas 17 20.774.344
Volume de negócios 20.774.344
Custo de mercadorias vendidas 8 (10.614.280)
Gastos com o pessoal 18 (4.404.797)
Fornecimentos e serviços de terceiros 19 (3.088.072)
Outros rendimentos e gastos operacionais 20 (388.473)
Resultado operacional antes de depreciações 2.278.722
Amortizações e depreciações 5 (231.943)
Resultado operacional 2.046.780
Rendimentos financeiros 21 2.967
Gastos financeiros 21 (203.081)
Resultados antes do imposto 1.846.666
Imposto sobre o rendimento 22 (602.949)
Resultado líquido 1.243.717
Demonstração de Resultados por Naturezas
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)
34
O Técnico de Contas Direcção Geral
______________________________ _____________________________
(Pedro Fonseca Gomes) (Christopher Chance)
Em 31 de Dezembro de 2016
Nota 2016
Vendas 17 20.774.344
Volume de negócios 20.774.344
Custo de vendas 23 (12.475.420)
Gastos de distribuição 24 (569.775)
Gastos administrativos 25 (5.394.751)
Outros rendimentos e gastos operacionais 26 (287.618)
Resultado operacional 2.046.780
Rendimentos financeiros 21 2.967
Gastos financeiros 21 (203.081)
Resultados antes do imposto 1.846.666
Imposto sobre o rendimento 22 (602.949)
Resultado líquido 1.243.717
Demonstração de Resultados por Funções
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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)
35
O Técnico de Contas Direcção Geral
______________________________ _____________________________
(Pedro Fonseca Gomes) (Christopher Chance)
Em 31 de Dezembro de 2016
Notas 2016
Fluxos de caixa das actividades operacionais
Recebimentos de clientes 23.506.048
Pagamentos a fornecedores (12.343.492)
Pagamentos aos colaboradores (1.954.976)
Pagamentos/recebimentos de impostos (1.543.166)
Outros Pagamentos/recebimentos operacionais (5.114.790)
Caixa líquida gerada pelas actividades operacionais 2.549.624
Fluxos de caixa das actividades de investimento
Pagamentos relativos a:
Aquisição de activos tangíveis (1.219.377)
Aquisição de activos intagíveis 6 (157.811)
Aquisição de investimentos financeiros 7 (2.000.000)
Caixa líquida gerada pelas actividades de investimento (3.377.189)
Fluxos de caixa das actividades de financiamento
Recebimentos relativos a
Realização do capital social 12 1.000.000
Subsidios do Governo 12 107.905
Empréstimos obtidos 13 1.489.840
Pagamentos relativos a
Reembolso de empréstimos obtidos (216.633)
Juros e gastos similares (86.876)
Caixa líquida gerada pelas actividades de financiamento 2.294.237
Variação de caixa e seus equivalentes 1.466.672
Saldo de caixa no início 0
Saldo de caixa e seus equivalentes no final 10 1.466.672
Demonstração de fluxos de caixa (método directo)
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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)
36
O Técnico de Contas Direcção Geral
______________________________ _____________________________
(Pedro Fonseca Gomes) (Christopher Chance)
Em 31 de Dezembro de 2016
Capital social
Outras componentes de capital
próprio
Resultado líquido
do período
Saldo a 1 de Janeiro de 2016 -
Alterações do período: -
Outras alterações 12 (ii) - 107.905 - 107.905
Resultado líquido do exercício - - 1.243.717 1.243.717
Resultado líquido absoluto do período 107.905 1.243.717 1.351.622
-
Operações com detentores de capital -
Constituição de capital social 12 (i) 1.000.000 - - 1.000.000
Saldo a 31 de Dezembro de 2016 1.000.000 107.905 1.243.717 2.351.622
Demonstração das Variações no Capital Próprio
Natureza dos movimentos Notas
Capital próprio atribuível aos detentores do capital da casa mãe
Total do Capital próprio
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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)
37
Notas às Demonstrações Financeiras
1. Bases de Preparação
2. Políticas Contabilísticas Significativas
3. Principais Julgamentos, Estimativas e Pressupostos Contabilísticos
4. Alterações de Políticas Contabilísticas, de Estimativas e Erros
5. Activos Tangíveis
6. Activos Intangíveis
7. Investimento Financeiros
8. Inventários
9. Clientes
10. Outros Activos Correntes
11. Bancos
12. Capital Próprio
13. Empréstimos Obtidos e Leasing
14. Fornecedores
15. Outros Credores
16. Outros Passivos Correntes
17. Vendas
18. Gastos com o Pessoal
19. Fornecimentos e Serviços de Terceiros
20. Outros Rendimentos e Gastos Operacionais
21. Resultados Financeiros
22. Imposto Sobre o Rendimento
23. Custo das Vendas
24. Custos de Distribuição
25. Custos de Administração
26. Outros Rendimentos e Gastos Operacionais
27. Instrumentos Financeiros e Gestão De Risco
28. Eventos Subsequentes
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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)
38
Entidade a reportar
O Restaurante Faz Bem, Lda., doravante designado Restaurante, Empresa ou entidade, é
uma sociedade por quotas, registada na República de Moçambique e foi constituída em
2015 na sequência da disciplina de simulação empresarial. A sua principal actividade é a
produção, distribuição e venda de refeições incluindo prestação de serviços de catering e
fornecimento de banquetes.
O ano de 2016 é o primeiro ano de actividade da entidade. A entidade foi constituída e é
domiciliada em Moçambique.
Endereço registado: Avenida da Malhangalene, nº 51, caixa postal 3555 Maputo,
Moçambique.
Bases de Preparação
1.1. Base contabilística
As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com o Plano Geral de
Contabilidade baseado nas Normas Internacionais de Relato Financeiro (doravante
denominado PGC – NIRF). As demonstrações financeiras são elaboradas com base nos
princípios do custo histórico salvo indicação em contrário. As demonstrações financeiras
foram igualmente preparadas com base nos princípios do acréscimo e da continuidade.
De modo a dar uma imagem verdadeira e apropriada das demonstrações financeiras a
entidade derrogou o §15 das disposições da NCRF 26 – Contabilização de Subsídios do
Governo e Divulgação de Apoios do Governo o qual refere que os subsídios relativos a
activos devem ser apresentados no balanço como rendimento diferido, ou deduzindo o
subsídio para apurar a quantia registada do activo. A entidade aplicou supletivamente o §
14 da NIC 20 - Contabilização dos Subsídios do Governo e Divulgação de Apoios do
Governo o qual refere que a entidade deve registar o subsídio directamente no capital
próprio.
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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)
39
Se a entidade tivesse registado o subsídio como rendimento diferido o capital próprio
ascenderia 2.243.717 meticais e o total do activo seria de 6.950.707 meticais. A entidade
entende que o tratamento dado é o mais apropriado às circunstancias.
As demonstrações financeiras foram aprovadas pela Direcção Geral em 31 de Janeiro de
2017.
1.2. Moeda funcional e de apresentação
As demonstrações financeiras são apresentadas em meticais, que constitui a moeda
funcional da Empresa. Todos os montantes foram arredondados para a unidade do Metical
mais próxima, a menos que o contrário seja indicado.
1.3. Uso de estimativas e julgamentos
Note-se, no entanto, que a preparação das demonstrações financeiras em conformidade
com o PGC-NIRF exige que a Direcção Geral formalize julgamentos, estimativas e
pressupostos, que afectam a aplicação das políticas contabilísticas e mensuração dos
activos, passivos, rendimentos e gastos. As estimativas e pressupostos associados são
baseados na experiência histórica e outros factores considerados razoáveis de acordo com
as circunstâncias e formam a base para os julgamentos sobre os valores dos activos e
passivos cuja valorização não é evidente através de outras fontes. Os resultados reais
podem diferir das estimativas. As questões que requerem um maior índice de julgamento
ou complexidade, ou para os quais os pressupostos e estimativas são considerados
significativos, são apresentados na nota 3.
Assim, estas demonstrações financeiras reflectem o resultado das operações e a posição
financeira do Restaurante com referência a 31 de Dezembro de 2016.
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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)
40
Políticas Contabilísticas Significativas
As políticas contabilísticas descritas abaixo foram consistentemente aplicadas ao logo do
exercício económico de 2016.
2.1. Transacções em moeda estrangeira
As transacções em moeda estrangeira são convertidas à taxa de câmbio em vigor à data
das transacções. Os activos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira
são convertidos para meticais à taxa de câmbio em vigor na data do correspondente
movimento. As diferenças cambiais resultantes da conversão são reconhecidas em
resultados.
As taxas de câmbio utilizadas para conversão dos saldos expressos em moeda estrangeira
foram as seguintes:
2.2. Activos tangíveis
(i) Reconhecimento e mensuração
Os activos tangíveis utilizados pela entidade no decurso da sua actividade são registados
ao custo de aquisição, deduzido de depreciações e perdas por imparidade acumuladas.
O custo inclui as despesas que sejam directamente atribuíveis à aquisição do activo e
todas outras despesas directamente atribuíveis para colocar o activo em condições de
executar o trabalho para o qual o mesmo se destina.
Na data de início de actividade, a entidade decidiu adoptar como custo considerado para
os seus activos tangíveis o valor reavaliado.
Compra Venda
Dólar Norte-Americano 59,76 60,98
31 de Dezembro de 2016
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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)
41
(ii) Custos subsequentes
Os custos de substituir parte de um item de activos tangíveis são reconhecidos no valor
contabilístico do item, se for provável que os benefícios económicos futuros incorporados
em parte desse item fluirão para a Empresa e o seu custo puder ser mensurado de forma
fiável. Os custos diários com a prestação de serviços de manutenção aos activos tangíveis
são reconhecidos em resultados conforme forem incorridos.
(iii) Depreciação
A depreciação é reconhecida em resultados segundo o método das quotas constantes
durante os períodos de vida útil estimada de cada parte de um item de activos tangíveis.
A vida útil estimada do período corrente é de:
O Restaurante efectua regularmente a análise de adequação da vida útil estimada dos seus
activos tangíveis. As alterações na vida útil esperada dos activos são registadas através
da alteração do período ou método de depreciação, conforme apropriado.
Periodicamente são efectuadas análises no sentido de identificar evidências de imparidade
em activos tangíveis. Sempre que o valor líquido contabilístico dos activos tangíveis
exceda o seu valor recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade com reflexo nos
resultados do exercício. O Restaurante procede a reversão das perdas por imparidade nos
resultados do período caso, subsequentemente, se verifique um aumento no valor
recuperável do activo.
O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o preço de venda líquido
e o valor de uso, sendo este calculado com base nos fluxos de caixa estimados que se
esperam a vir obter do uso continuado do activo e da sua alienação no final da vida útil.
Item Anos de vida útil
Equipamento básico 8
Equipamento de transporte 4
Equipamento administrativo 4 - 10
Ferramentas e utensílios 3 - 4
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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)
42
Um item do activo tangível deixa de ser reconhecido aquando da sua alienação ou quando
não se esperam benefícios económicos futuros decorrentes da sua utilização ou alienação.
Qualquer ganho ou perda decorrente da anulação do reconhecimento do activo (calculado
como a diferença entre o rendimento da venda e a quantia escriturada do activo) é
reconhecido em resultados no período da sua anulação do reconhecimento.
2.3. Activos intangíveis
Os activos intangíveis são inicialmente mensurados pelo seu custo.
O custo do activo intangível compreende o seu preço de compra, incluindo direitos de
importação e impostos não reembolsáveis, após dedução dos descontos comerciais e
abatimentos, e quaisquer custos directamente atribuíveis para colocar o activo na
localização e condição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma
pretendida.
Após o reconhecimento no momento inicial, os activos intangíveis são registados por uma
quantia revalorizada, que é o seu justo valor à data da revalorização menos qualquer
amortização acumulada subsequente e quaisquer perdas por imparidade acumuladas
subsequentes.
Periodicamente são efectuadas análises no sentido de identificar evidências de imparidade
em activos intangíveis. Sempre que o valor líquido contabilístico dos activos intangíveis
exceda o seu valor recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade com reflexo nos
resultados do exercício. O Restaurante procede a reversão das perdas por imparidade nos
resultados do período caso, subsequentemente, se verifique um aumento no valor
recuperável do activo.
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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)
43
2.4. Investimentos financeiros
Os investimentos financeiros são reconhecidos pelo custo de aquisição.
Quando os investimentos financeiros tiverem, à data do balanço, uma quantia registada
superior ao seu valor de mercado, a diferença encontrada é deduzida da quantia registada
através do correspondente ajustamento. Este ajustamento é reconhecido nos resultados do
período. Quando deixarem de existir os motivos que levaram à sua constituição, o
ajustamento é reduzido ou revertido.
2.5. Inventários
Os inventários são mensurados ao mais baixo entre o custo histórico e o valor realizável
líquido, como se segue:
▪ Matérias-primas, consumíveis e mercadorias para revenda: custo de
aquisição, incluindo todos os custos incorridos na aquisição dos
inventários e para colocá-las na sua presente localização e estado, líquidos
de descontos e abatimentos posteriores, segundo o critério do primeiro a
entrar, primeiro a sair (“FIFO”).
▪ No caso dos produtos acabados e dos investimentos em curso: o custo das
matérias-primas, custo de conversão e uma parcela adequada dos custos
indirectos de produção, com base na capacidade normal de produção.
2.6. Imparidade
(i) Activos financeiros
Considera-se que um activo financeiro sofre imparidade se houver uma evidência
objectiva indicando que um ou mais acontecimentos afectaram negativamente os fluxos
de caixa estimados futuros desse activo.
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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)
44
Uma perda por imparidade de um activo financeiro registado pelo custo amortizado é
calculada como a diferença entre a sua quantia escriturada, e o valor actual dos fluxos de
caixa estimados futuros, descontados à taxa de juro efectiva original. Os activos
financeiros individualmente significativos são testados para imparidade numa base
individual. Os activos financeiros remanescentes são avaliados conjuntamente, em grupos
que compartilhem características de risco de crédito semelhantes.
Todas as perdas por imparidade são reconhecidas em resultados.
Uma perda por imparidade é revertida, se a reversão puder ser objectivamente relacionada
a um acontecimento que ocorra após a perda por imparidade ter sido reconhecida.
(ii) Activos não-financeiros
As quantias escrituradas dos activos não-financeiros da Empresa, são revistos na data de
relato para determinar se existe alguma indicação de imparidade. No caso de existir essa
indicação, o valor recuperável do activo é estimado. Para os activos intangíveis com uma
vida útil indefinida, o valor recuperável é estimado na data de relato.
Uma perda por imparidade é reconhecida sempre que a quantia escriturada de um activo
exceder o seu valor recuperável. Uma perda por imparidade é revertida caso tenha havido
uma mudança nas estimativas usadas para determinar o valor recuperável. Uma perda por
imparidade é revertida somente na medida em que a quantia escriturada do activo não
exceda a quantia escriturada que teria sido determinada, líquido de depreciação ou
amortização, caso nenhuma perda por imparidade tivesse sido reconhecida.
2.7. Locações
A determinação se um contracto é ou contém uma locação é baseada na substância do
contracto, atentando à determinação de qual a entidade que retém substancialmente os
riscos e vantagens inerentes à propriedade do bem locado.
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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)
45
Nas locações financeiras, as quais transferem substancialmente para o Restaurante todos
os riscos e vantagens, o custo do activo é registado como um activo tangível, e a
correspondente responsabilidade é registada no passivo. A depreciação do activo é
calculada conforme descrito na nota 13 e registada como gasto na demonstração de
resultados dentro do período a que respeitam.
As rendas são constituídas pelo encargo financeiro e pela amortização financeira do
capital (tal como inicialmente reconhecido como passivo). Os encargos financeiros são
suportados nos exercícios a que se referem.
2.8. Instrumentos financeiros
(i) Activos financeiros não-derivados
A empresa reconhece inicialmente os empréstimos e montantes a receber na data em que
estes são originados.
A empresa desreconhece um activo financeiro quando os direitos contratuais aos fluxos
de caixa do activo expiram, ou quando transfere os direitos para receber os fluxos de caixa
contratuais numa transacção em que substancialmente todos os riscos e benefícios da
propriedade do activo financeiro são transferidos. Qualquer interesse em tais activos
financeiros transferidos que é criado ou mantido pela empresa é reconhecido como um
activo ou passivo separado.
Empréstimos e contas a receber
Os empréstimos e contas a receber são activos financeiros com pagamentos fixos ou
determináveis que não são cotados num mercado activo. Estes activos são reconhecidos
inicialmente pelo justo valor acrescido dos custos de transacção directamente atribuíveis.
Depois deste reconhecimento inicial, empréstimos e contas a receber são mensurados pelo
custo amortizado através do uso do método da taxa de juro efectiva, deduzidos de
eventuais perdas por imparidade.
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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)
46
Os empréstimos e contas a receber compreendem bancos e clientes.
Bancos
Bancos incluem saldos de depósitos à ordem e depósito a prazo com maturidades de três
meses ou menos a partir da data de aquisição que são sujeitos a um risco insignificante
de alterações no seu justo valor, e são utilizados pela empresa na gestão dos seus
compromissos de curto prazo.
(ii) Passivos financeiros não-derivados
A Empresa reconhece inicialmente os títulos de dívida emitidos e passivos subordinados
na data em que eles são originados. A Empresa desreconhece um passivo financeiro
quando as suas obrigações contratuais são liquidadas, canceladas ou expiram.
Após o reconhecimento inicial, estes passivos financeiros são mensurados pelo custo
amortizado usando o método da taxa de juro efectiva. Outros passivos financeiros
compreendem empréstimos de curto prazo, fornecedores e outros credores.
2.9. Reconhecimento de gastos e rendimentos
O Restaurante regista os seus gastos e rendimentos de acordo com o princípio da
especialização de exercícios pelo qual estes elementos são reconhecidos na data da
transacção que os origina, independentemente do respectivo pagamento ou recebimento.
As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e
despesas geradas são registadas nas rubricas de acréscimos e diferimentos, consoante a
natureza da diferença. Os acréscimos e diferimentos são compensados e o valor líquido
apresentado na demonstração da posição financeira reflecte o saldo da rubrica de
acréscimos e diferimentos.
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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)
47
2.10. Rendimento e custos financeiros
Os rendimentos financeiros compreendem a receita de juros dos fundos investidos e os
ganhos cambiais que sejam reconhecidos na demonstração de resultados. O rendimento
financeiro é reconhecido quando vencido, usando o método da taxa de juro efectiva.
Os encargos financeiros incluem a despesa dos juros pagos pelos empréstimos e as perdas
cambiais.
2.11. Rédito
O rédito da venda dos produtos é mensurado pelo justo valor do pagamento recebido ou
a receber, líquido de devoluções e provisões, descontos e bónus. O rédito é reconhecido
quando os principais riscos e direitos de propriedade são transferidos para o comprador,
(aquando da entrega dos produtos aos clientes) a recuperação do pagamento é provável,
os custos associados e a devolução dos produtos podem ser estimadas de forma fiável e
não haja nenhum envolvimento contínuo da gerência com os produtos.
2.12. Imposto sobre o rendimento
O imposto é calculado de acordo com as taxas estipuladas por lei, tomando-se por base
os resultados reportados na demonstração de resultados preparada com base no PGC –
NIRF, após ajustamento para efeitos fiscais.
O imposto corrente é o imposto que se espera pagar sobre o lucro tributável do ano,
usando as taxas legisladas ou substancialmente legisladas à data de relato.
2.13. Subsídios do Governo
Os subsídios do governo não reembolsáveis relativos a activos não depreciáveis são
apresentados na posição financeira da Empresa em capital próprio conforme as notas 6 e
12.
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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)
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Principais Julgamentos, Estimativas e Pressupostos Contabilísticos
A preparação das demonstrações financeiras exige que a gerência formule julgamentos,
estimativas e pressupostos que afectam a aplicação das políticas e dos valores reportados
em activos, passivos, receitas e custos. Os resultados reais podem diferir destas
estimativas.
As estimativas e pressupostos subjacentes são revistos numa base contínua. As revisões
às estimativas contabilísticas são reconhecidas no período em que a estimativa é revista
e em todos os períodos futuros que a revisão vier a afectar.
A informação sobre os julgamentos críticos na aplicação de políticas contabilísticas que
tenham efeito mais significativo no valor reconhecido nas demonstrações financeiras é a
seguinte:
(i) Vidas úteis e valores residuais dos activos fixos tangíveis
os activos fixos tangíveis são amortizados ao longo da sua vida útil, tendo em conta os
valores residuais, se for o caso. As vidas úteis e valores residuais dos activos são avaliados
anualmente e podem variar dependendo de uma série de factores. Na avaliação de vida
útil, factores como inovações tecnológicas, ciclos de vida dos produtos e programas de
manutenção são levados em conta. As avaliações de valor residual consideram questões
como condições de mercado, a vida útil remanescente do activo e valores de alienação
previstos. Consideração também é dada para os lucros e perdas correntes na alienação de
activos semelhantes. Refira-se à nota 5 - activos tangíveis.
(ii) Imparidade de clientes
A imparidade é reconhecida para clientes vencidos com base na experiência histórica de
incumprimento de pagamentos pelo cliente e outros factores. A gestão exerce o
julgamento ao estimar o valor de imparidade a ser reconhecido.
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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)
49
(iii) Imparidade de inventários
A imparidade é reconhecida em itens de inventários de baixa rotatividade. Itens de baixa
rotatividade são identificados com base na demanda do mercado e uso pretendido.
(iv) Impostos
Os impostos sobre o rendimento são determinados pelo Restaurante com base nas regras
definidas pelo enquadramento fiscal. No entanto, em algumas situações, a legislação
fiscal não é suficientemente clara e objectiva e poderá dar origem a diferentes
interpretações. Nestes casos, os valores registados resultam do melhor entendimento do
Restaurante sobre o adequado enquadramento das suas operações, o qual é susceptível de
poder vir a ser questionado pelas Autoridades Fiscais.
A Direcção Geral acredita ter cumprido todas as obrigações fiscais a que o Restaurante
se encontra sujeito, pelo que eventuais correcções à matéria colectável declarada,
decorrentes destas revisões, não se espera que venham a ter um efeito nas demonstrações
financeiras.
Alterações de Políticas Contabilísticas, de Estimativas e Erros
Devido ao facto de ser o primeiro ano de actividade da Empresa, nada consta a relatar em
sede de alterações de políticas contabilísticas no exercício findo em 31 de Dezembro de
2016.
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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)
50
Activos Tangíveis
O movimento ocorrido nos activos tangíveis é analisado como segue:
(i) Todos os activos tangíveis foram adquiridos em condições normais de compra,
com a excepção do equipamento de transporte que foi adquirido por leasing
financeiro. Maior detalhe sobre esta operação é dado na nota 13.
Activos Intangíveis
A entidade adquiriu a marca FAZ BEM ao custo de 134.882 meticais, cujo pagamento foi
financiado pelo governo em 80% do custo de aquisição. As informações disponíveis não
apontaram para qualquer imparidade do activo e a entidade entende que o mesmo tem
vida útil infinita.
Saldo em
01-Jan-16
Aumentos
Saldo em
31-Dez-16
Custo de aquisição:
Equipamento básico - 634.330 634.330
Equipamento de transporte (i) - 509.883 509.883
Equipamento administrativo - 294.157 294.157
Ferramentas e utensílios - 113.715 113.715
- 1.552.086 1.552.086
Saldo em
01-Jan-16
Depreciação do
exercício
Saldo em
31-Dez-16
Depreciações acumuladas
Equipamento básico - 79.609 79.609
Equipamento de transporte - 84.980 84.980
Equipamento administrativo - 36.994 36.994
Ferramentas e utensílios - 30.360 30.360
231.943 231.943
Valor líquido 1.320.143
Saldo em
01-Jan-16
Aumentos
Saldo em
31-Dez-16
Custo
Propriedade industrial e outros direitos - Marca - 134.882 134.882
- 134.882 134.882
Valor líquido 134.882
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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)
51
Investimento Financeiros
O investimento financeiro a que se refere a nota, diz respeito ao depósito a prazo
constituído a 31 de Dezembro de 2016 com vencimento a 31 de Dezembro de 2018. O
rendimento esperado para exercício de 2017 ascende 85.000 meticais.
Inventários
A rubrica de inventários é composta pelo seguinte:
Os inventários são e estão na propriedade da Empresa e, portanto, não possui inventários
dados como garantia de passivos.
Os movimentos em inventários foram os que se mostram na tabela:
O custo dos inventários vendidos é o seguinte:
Montante Taxa de juro
Deposito a prazo 2.000.000 4,25%
31-dez-16
Mercadorias 222.245
Matérias primas subsidiárias e de consumo 343.020
565.265
Perdas por imparidades de inventários -
565.265
Movimentos Mercadorias Produtos acabados Matérias Primas Total
Saldo inicial - - - -
Entradas 1.681.213 12.923.144 9.498.332 24.102.689
Saidas (1.458.968) (12.923.144) (9.155.312) (23.537.424)
Saldo final 222.245 - 343.020 565.265
Movimentos Mercadorias Matérias Primas Total
Existências Iniciais - - -
Compras 1.681.213 9.498.332 11.179.544
Regularização de inventários - - -
Existências finais (222.245) (343.020) (565.265)
Custo do período 1.458.968 9.155.312 10.614.280
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)
52
Clientes
No decurso do exercício económico a entidade estabeleceu contractos com pelo menos
60% das entidades do universo da simulação empresarial e não houve evidência que
remetesse a constituição de imparidades.
Outros Activos Correntes
Bancos
(i) Depósito à prazo
O depósito a prazo é remunerado a taxa de juro de 2,5% e tem seu vencimento a
31 de Março de 2017.
A empresa não tem qualquer restrição à movimentação dos montantes em Bancos.
Não corrente Corrente
Clientes
Clientes conta corrente - 746.934
Clientes conta títulos a receber - 155.142
- 902.076
Perdas por imparidade acumuladas - -
- 902.076
31-dez-16
31-dez-16
Gastos diferidos - Seguros 26.253
IVA a recuperar 427.512
453.765
31-dez-16
Depósitos à ordem 566.672
Depósitos à prazo (i) 900.000
1.466.672
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)
53
Capital Próprio
(i) Capital social
O capital social do Restaurante ascende 1.000.000 de meticais, integralmente subscrito e
realizado pelos sócios da empresa.
(ii) Outras Componentes do Capital Próprio
Os 107.905 meticais na rubrica em epígrafe, corresponde a 80% do valor de aquisição da
marca FAZ BEM, que fora atribuído pelo governo no âmbito da projecção comercial das
empresas em início de actividade, conforme referido na nota 6.
(iii) Reservas
A Direcção Geral propôs a aplicação de 100% do resultado líquido na proporção de 20%
para reservas legais, 25% reservas livres, 30% dividendos e 25% para resultados a
acumular. A proposta de aplicação de 20% do resultado para reserva legal é consistente
com o Artigo 314° do código comercial o qual refere que a entidade deve transferir para
reserva legal 5% dos lucros líquidos até que esta represente pelo menos 20% do capital
social.
Empréstimos Obtidos e Leasing
(i) O empréstimo bancário de médio e longo prazo
O saldo correspondente ao empréstimo obtido junto ao Banco Online no montante
de 1.500.000 meticais em finais de Junho de 2016 para o reforço da capacidade
Não corrente Corrente
Empréstimos bancários m.l.prazo (i) 1.050.000 300.000
Contas bancárias de letras descontadas (ii) - 155.142
1.050.000 455.142
Leasing (iii) 355.970 87.280
1.405.970 542.422
31-dez-16
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)
54
instalada de maquinaria para produção, vence juros a taxa 9%. O montante
corrente diz respeito ao que a entidade irá pagar até 12 meses após a data do
balanço e não corrente o remanescente. O empréstimo tem prazo de 5 anos.
(ii) Contas bancárias de letras descontadas
O saldo corresponde ao desconto de letra efectuada a 31 de Dezembro para suprir
necessidades de tesouraria. O financiamento de curto prazo é remunerado a taxa
de juro de 5%.
(iii) Leasing
A entidade adquiriu em Maio de 2016 por leasing financeiro, uma viatura Peugeot
Boxer 290 C 2.0 HDI para transporte de pequenas mercadorias. O valor do
contracto é de 509.883 a taxa de juro de 8% por 5 anos. A primeira prestação foi
paga na data de celebração do contracto e o valor em dívida ascende 443.250 dos
quais 87.280 a entidade espera desembolsar em 2017 e o remanescente em
exercícios subsequentes.
Fornecedores
A entidade estabeleceu relações com dois fornecedores, nomeadamente Aki Armazenista
de Alimentos, Lda. (mercado nacional) e Habitat de Alimentos, Lda. (mercado
internacional). O saldo na rubrica de fornecedores reflecte a dívida da entidade com o
fornecedor nacional, Aki Armazenista de Alimentos, Lda.
Bens adquiridos com recurso a leasing Custo de aquisição
Depreciações
acumuladas
Valor líquido
contabilístico
Peugeot Boxer 290 C 2.0 HDI 509.883 84.980 424.902
509.883 84.980 424.902
Fornecedores
Nacionais
Fornecedores
Internacionais
Fornecedores conta corrente 1.164.182 -
1.164.182 -
31-dez-16
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)
55
Outros Credores
(i) Técnico oficial de contas
Para prestação do serviço de contabilidade a entidade contratou um técnico oficial
de contas que é pago trimestralmente um montante líquido de imposto de 56.000
meticais.
(ii) Outros
A rubrica de outros compõe os gastos com renda, transporte e outros serviços
relacionados.
Outros Passivos Correntes
Não corrente Corrente
Leasing 355.970 87.280
Técnico Oficial de contas (i) 56.000
Outros (ii) - 44.672
355.970 187.952
31-dez-16
31-dez-16
Acréscimos de gastos
Remunerações a pagar (i) 407.458
Juros a pagar 4.236
Outros gastos a reconhecer 69.059
480.752
Estado
Imposto sobre o rendimento (IRPC) 602.349
Retenção na fonte (IRPS) 26.400
Contribuições para INSS 35.833
664.582
Clientes
Adiantamento de clientes 132.600
1.277.934
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)
56
(i) Remunerações a pagar
O saldo desdobra-se do seguinte modo:
200.000 meticais para o fiscal único, 107.458 meticais referente ao décimo
terceiro salário do pessoal e 100.000 meticais aos trabalhos de auditoria
executados até 31 de Dezembro de 2016.
Vendas
Para além de dominar o mercado interno, a entidade conseguiu realizar vendas para o
exterior que representam 1,57% das vendas totais.
Gastos com o Pessoal
No decurso das suas actividades a entidade contou com 16 trabalhadores permanentes.
Dos gastos de acção social, 67% diz respeito aos gastos com refeições para o pessoal da
empresa e o remanescente refere-se aos gastos com assistência médica e medicamentosa.
Dos outros gastos com o pessoal, 52% diz respeito aos serviços de transporte do pessoal
que a entidade providenciou, 42% refere-se as viagens oferecidas pela empresa para os
colaboradores que mostraram melhor desempenho e o residual diz respeito a formação
dos trabalhadores.
Mercado Interno Mercado Externo Total
Venda de refeições 20.448.427 325.917 20.774.344
20.448.427 325.917 20.774.344
31-dez-16
Remunerações dos órgãos sociais 1.760.083
Remunerações dos colaboradores 635.390
Encargos sobre remunerações 87.819
Gastos de acção social 667.277
Seguros 60.533
Ajudas de custo 18.500
Outros gastos com pessoal 1.175.194
4.404.797
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)
57
Fornecimentos e Serviços de Terceiros
Dos gastos que compõem a rubrica supra, 24% diz respeito aos serviços de limpeza do
restaurante e 20% refere-se a serviços de manutenção dos equipamentos da empresa.
Outros Rendimentos e Gastos Operacionais
Dos outros gastos operacionais, 54% diz respeito ao imposto sobre valor acrescentado
não aceite fiscalmente para efeitos de dedução e o remanescente diz respeito a gastos
operacionais de diversa natureza. No âmbito da responsabilidade social a entidade doou
20.000 meticais a cruz vermelha de Moçambique. A entidade não teve qualquer
rendimento operacional ao longo do exercício.
31-dez-16
Subcontratos 310.000
Comunicação, agua e luz 209.802
Transporte de carga 468.920
Rendas e alugueres 260.000
Serviços de limpeza 771.248
Trabalhos especializados 430.626
Serviços diversos 637.476
3.088.072
31-dez-16
Impostos e taxas 242.114
Quotizações 23.732
Donativos 20.000
Outros 102.627
388.473
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)
58
Resultados Financeiros
Imposto Sobre o Rendimento
Custo das Vendas
Os gastos que compõem a rubrica de custo das vendas são os que se identificam com o
sector de produção.
31-dez-16
Rendimentos e ganhos financeiros
Juros obtidos 2.400
Diferenças de cambio favoráveis 567
2.967
Gastos e perdas financeiros
Juros suportados (133.447)
Diferenças de câmbio desfavoráveis (28.338)
Outros gastos e perdas de financiamento (41.295)
(203.081)
Resultados financeiros (200.114)
31-dez-16
Resultado corrente 1.846.666
Imposto sobre o rendimento usando a taxa de imposto aplicável (32%) 590.933
Efeito das despesas não-dedutíveis 37.550
Imposto sobre rendimento a pagar 602.949
31-dez-16
Custo de inventários consumidos 10.614.280
Gastos com o pessoal 533.104
Fornecimentos e serviços de terceiros 1.235.854
Depreciações 92.182
12.475.420
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Relatório Anual Restaurante Faz Bem 2016

  • 1. UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE FACULDADE DE ECONOMIA LICENCIATURA EM GESTÃO E CONTABILIDADE E FINANÇAS (4° Ano) SIMULAÇÃO EMPRESARIAL RELATÓRIO FINAL DO RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. Elaborado por: Adalmira de Fátima Ernesto Cumbane Ismael Carlos Miambo Corpo docente: Dra. Eulália Madime (R) Dra. Guilhermina Notiço (A) Dra. Sónia Raposo (A) Dr. Valentim Nhampossa (A) Dra. Belarmina Matavele (A) Dr. Abnério Nhambele (A) Maputo, Outubro de 2017
  • 3. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA O presente Relatório Anual retracta a actividade do Restaurante em 2016. Comissão Editorial: RESTAURANTE FAZ BEM, LDA Departamento Financeiro Av. Da Malhangalene N° 51 – Sede Telefone: (+258) 829846607/ 847736831 Fax: 258-21-321363 C.P. 423 Internet: http//www.restaurantefazbem.co.mz Maputo, República de Moçambique Coordenação, concepção e produção gráfica: Centro de Documentação e Informação Restaurante Faz Bem, Travessa Tenente Valadim nº 69 Tiragem: 3 exemplares Relatório Anual nº 1 - Maputo RFB/DF-2016 Relatório de Gestão; Conjunto completo das Demonstrações Financeiras; Processo relativo ao cumprimento das obrigações legais; Informação complementar Reg Nº 05/GABINFO/DE97 CDU336 (679) 05
  • 4. INDICE SUMÁRIO EXECUTIVO.......................................................................................................................... I RELATÓRIO DE GESTÃO .....................................................................................................................1 MENSAGEM DO DIRECTOR GERAL..................................................................................................2 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................3 2 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA.................................................................................................3 3 ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO.............................................................................7 ECONOMIA INTERNACIONAL ........................................................................................................7 ECONOMIA MOÇAMBICANA .........................................................................................................8 4 SITUAÇÃO DO SECTOR DE ALOJAMENTO, RESTAURAÇÃO E SIMILARES ................9 NO MERCADO INTERNACIONAL ...................................................................................................9 NO MERCADO NACIONAL.............................................................................................................9 5 RESPONSABILIDADE CORPORATIVA ...................................................................................11 RESPONSABILIDADE NUTRICIONAL ............................................................................................11 RESPONSABILIDADE SOCIAL ......................................................................................................11 RESPONSABILIDADE AMBIENTAL ...............................................................................................12 6 ASPECTOS RELEVANTES DAS ACTIVIDADES DA EMPRESA .........................................13 7 ANÁLISE DO MEIO ENVOLVENTE..........................................................................................17 ANÁLISE PEST..........................................................................................................................17 MICHAEL PORTER......................................................................................................................17 ANÁLISE SWOT........................................................................................................................20 ESTRATÉGIA DE GESTÃO ...........................................................................................................21 8 SITUAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA.................................................................................24 ANÁLISE DOS PRINCIPAIS RESULTADOS .....................................................................................24 ANÁLISE DOS PRINCIPAIS INDICADORES FINANCEIROS...............................................................25 ANÁLISE DOS PRINCIPAIS DESVIOS.............................................................................................28 9 PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS ...................................................................30 10 PERSPECTIVAS PARA 2017........................................................................................................30 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS.....................................................................................................2 BASES DE PREPARAÇÃO ...........................................................................................................38 POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS SIGNIFICATIVAS.............................................................40 PRINCIPAIS JULGAMENTOS, ESTIMATIVAS E PRESSUPOSTOS CONTABILÍSTICOS 48 ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS, DE ESTIMATIVAS E ERROS......49 ACTIVOS TANGÍVEIS..................................................................................................................50 ACTIVOS INTANGÍVEIS .............................................................................................................50 INVESTIMENTO FINANCEIROS...............................................................................................51 INVENTÁRIOS...............................................................................................................................51 CLIENTES.......................................................................................................................................52 OUTROS ACTIVOS CORRENTES.........................................................................................52 BANCOS......................................................................................................................................52
  • 5. CAPITAL PRÓPRIO..................................................................................................................53 EMPRÉSTIMOS OBTIDOS E LEASING ...............................................................................53 FORNECEDORES......................................................................................................................54 OUTROS CREDORES...............................................................................................................55 OUTROS PASSIVOS CORRENTES........................................................................................55 VENDAS ......................................................................................................................................56 GASTOS COM O PESSOAL.....................................................................................................56 FORNECIMENTOS E SERVIÇOS DE TERCEIROS ...........................................................57 OUTROS RENDIMENTOS E GASTOS OPERACIONAIS ..................................................57 RESULTADOS FINANCEIROS...............................................................................................58 IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO.....................................................................................58 CUSTO DAS VENDAS...............................................................................................................58 CUSTOS DE DISTRIBUIÇÃO..................................................................................................59 CUSTOS DE ADMINISTRAÇÃO ............................................................................................59 OUTROS RENDIMENTOS E GASTOS OPERACIONAIS ..................................................59 INSTRUMENTOS FINANCEIROS E GESTÃO DE RISCO ................................................59 EVENTOS SUBSEQUENTES ...................................................................................................63 PROCESSO RELATIVO AO CUMPRIMENTO DAS OBRIGAÇÕES LEGAIS ............................64 DECLARAÇÃO DE COMPROMISSO DE HONRA..........................................................................65 RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES ......................................................................66 RELATÓRIO E PARECER DO FISCAL ÚNICO ..............................................................................69 CONVOCATÓRIA PARA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA........................................................71 ACTA DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA................................................................................72 MODELO 22 E NOTA EXPLICATIVA DO PREENCHIMENTO DOS CAMPOS............................73 MODELO 20 E RESPECTIVOS ANEXOS ........................................................................................76 MAPA DISCRIMINATIVO DOS IMPOSTOS (IRPC, IRPS E IVA)...................................................77 INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR ...................................................................................................78 BALANCETE ANTES DO APURAMENTO DOS RESULTADOS.....................................................80 BALANCETE APÓS O APURAMENTO DOS RESULTADOS..........................................................90 MAPA DE AMORTIZAÇÕES E REINTEGRAÇÕES.......................................................................100 INVENTÁRIOS DE EXISTÊNCIAS FINAIS ....................................................................................102 DETALHE DO CÁLCULO DO CUSTO DAS VENDAS..................................................................105 INVENTÁRIO DE APLICAÇÕES FINANCEIRAS..........................................................................108 INVENTÁRIO DO ACTIVO FIXO...................................................................................................110 CONTRATO DE LEASING..............................................................................................................112 CONTRATO DE EMPRÉSTIMO DE MÉDIO E LONGO PRAZO..................................................115 CONTRACTOS DE SEGURO .........................................................................................................118 NOTA DISCRIMINATIVA DE DEVEDORES E CREDORES POR ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS.............................................................................................................................127 QUADRO RESUMO DE RECURSOS HUMANOS.........................................................................129 PLANO DE FÉRIAS ........................................................................................................................131 RELAÇÃO DE LETRAS DESCONTADAS VINCENDAS................................................................133
  • 6. ÍNDICE DE GRÁFICOS GRÁFICO 1 EVOLUÇÃO DAS VENDAS POR TRIMESTRE (NÃO ACUMULADAS)................................................13 GRÁFICO 2 EVOLUÇÃO DA CARTEIRA DE CLIENTES.....................................................................................14 GRÁFICO 3 ANÁLISE DOS PRINCIPAIS RESULTADOS.....................................................................................24 ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES ILUSTRAÇÃO 1 OS NOSSOS VALORES.............................................................................................................4 ILUSTRAÇÃO 2 ORGANOGRAMA....................................................................................................................5 ILUSTRAÇÃO 3 MODELO DA ANÁLISE PEST ...............................................................................................17 ILUSTRAÇÃO 4 MICHAEL PORTER ...............................................................................................................18 ILUSTRAÇÃO 5 ANÁLISE SWOT..................................................................................................................20 ILUSTRAÇÃO 6 FLUXOGRAMA.....................................................................................................................23 ÍNDICE DE TABELAS TABELA 1 REPARTIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL.................................................................................................3 TABELA 2 VENDAS DO PERÍODO..................................................................................................................14 TABELA 3 FORNECEDORES DOS PRINCIPAIS BENS E SERVIÇOS.....................................................................14 TABELA 4 INVESTIMENTOS FINANCEIROS....................................................................................................15 TABELA 5 ACTIVOS TANGÍVEIS ...................................................................................................................15 TABELA 6 INVESTIMENTOS NÃO FINANCEIROS ............................................................................................16 TABELA 7 ESTRUTURA DO CAPITAL DA EMPRESA........................................................................................16 TABELA 8 MODALIDADES DE FINANCIAMENTO...........................................................................................16 TABELA 9 MARGENS...................................................................................................................................25 TABELA 10 RÁCIOS DE RENTABILIDADE .....................................................................................................25 TABELA 11 ANÁLISE DUPONT.....................................................................................................................26 TABELA 12 INDICADORES DE LIQUIDEZ.......................................................................................................26 TABELA 13 INDICADORES DE FINANCIAMENTO...........................................................................................27 TABELA 14 INDICADORES DE EFICIÊNCIA ....................................................................................................28 TABELA 15 ANÁLISE DOS PRINCIPAIS DESVIOS............................................................................................28 TABELA 16 PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS ..............................................................................30 TABELA 17 PERSPECTIVAS PARA O FUTURO ................................................................................................31
  • 7. i Sumário Executivo O presente relatório final surge na sequencia da disciplina de simulação empresarial ministrada num laboratório onde, através de técnicas utilizadas na gestão e contabilidade, os estudantes de licenciatura em gestão e contabilidade e finanças realizam actividades práticas que lhes permitem familiarizar-se com processos contabilísticos, burocráticos e de gestão de situações e fenómenos de representação da vida real das empresas. Com efeito, os estudantes Adalmira Cumbane (Gestão) e Ismael Miambo (Contabilidade e Finanças) levaram a cabo actividades do Restaurante Faz Bem, Lda., uma empresa que se dedica a confecção de alimentos. Este relatório está estruturado em quatro secções, nomeadamente: (i) Relatório de Gestão - no qual se faz uma exposição fiel e clara sobre a evolução dos Negócios, do desempenho e da posição da empresa, bem como uma descrição dos principais riscos e incertezas com que a mesma se defronta; (ii) Conjunto completo de demonstrações financeiras - as quais foram preparadas em conformidade com o Plano Geral de Contas baseado nas Normas Internacionais de Contabilidade e Relato Financeiro (PGC-NIRF); (iii) Processo relativo ao cumprimento de obrigações legais - que compreende relatório do Auditor Independente, Fiscal único e declarações fiscais; e (iv) - Informação complementar.
  • 8. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. RELATÓRIO DE GESTÃO 31 de Dezembro de 2016
  • 9. REPRESENTANTES CHAVE DO RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. Direcção Geral Director Geral Christopher Chance Mesa de Assembleia Geral Presidente Adalmira de Fátima Ernesto Cumbane Secretaria Ana Paula José Fiscal Único SILVA CONSULTORES, LDA. Representada por Percina Antonio Ngovene Auditoria Independente WEASEL AUDITORES, LDA. Representada por Paulo António Carlos
  • 10. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 2 Mensagem do Director Geral O exercício económico de 2016 ficará marcado na história desta empresa como um ano de nascimento, estruturação interna e forte investimento. Com maior prazer, compartilhamos os principais destaques do nosso primeiro ano de operação. Foi um ano importante e desafiador, pois sem experiência no mercado materializamos o objectivo de criar uma empresa. Foi um ano intenso, cheio de eventos e requereu um enorme compromisso por parte de todos nossos colaboradores, mas acima de tudo foi um ano inspirador, agradável e interessante. A abordagem escolhida resultou em um restaurante focado, ágil e orientado para objectivos. Os resultados gerados pelo Restaurante, que se traduzem num resultado líquido de 1.243.717 meticais, um fluxo de caixa de 1.466.672 meticais e um volume de negócios no valor de 20.774.344 meticais são o reflexo de engajamento e dedicação de todos. Iniciamos 2017 com a expectativa de que seja um ano melhor para Moçambique e para nossa empresa em particular. Trabalharemos para manter uma performance diferenciada e focada nos desafios e oportunidades que temos pela frente. Em meu nome pessoal e em nome da Direcção Geral quero manifestar o nosso profundo e reconhecido agradecimento a todos os colaboradores, parceiros comerciais, clientes e amigos que, através da sua dedicação e empenho, em muito contribuíram para os progressos e resultados alcançados. _____________________________________ Christopher Chance Director Geral
  • 11. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 3 1 Introdução De acordo com as disposições do código comercial, estatutos da sociedade e demais disposições legais aplicáveis, a Direcção Geral submete o relatório anual 2016. O presente relatório pretende partilhar com o mercado, colaboradores, clientes, fornecedores, parceiros e sócios os acontecimentos do Restaurante Faz Bem, Lda. do ano de 2016. Neste relatório são abordados os indicadores de desempenho referentes ao período de 2016 e as perspectivas para o exercício de 2017. As demonstrações financeiras apresentadas no presente relatório foram preparadas em conformidade com o Plano Geral de Contas baseado nas Normas Internacionais de Contabilidade e Relato Financeiro. 2 Apresentação da empresa O Restaurante Faz Bem, Lda. (doravante designado empresa, entidade ou simplesmente Restaurante) situado na Avenida da Malhangalene, no 51 em Maputo, é uma sociedade comercial por quotas constituída em 2015 e com início de actividade em 2016. O objecto social da empresa é a confecção de alimentos. A sociedade foi constituída com um capital social de um milhão de meticais integralmente realizado conforme mostra a tabela: Tabela 1 Repartição do capital social Sócio Valor (em Meticais) % Adalmira Cumbane 510.000 51% Ismael Miambo 490.000 49% Total 1.000.000 100%
  • 12. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 4 A nossa visão Ser um restaurante de referência dentro da gastronomia moçambicana, com serviços de alta qualidade. A nossa missão Promover a saúde e qualidade no estilo de vida, através de confecção e fornecimento de alimentação nutritiva a preços competitivos. Os nossos valores Ilustração 1 Os nossos valores Qualidade: Oferecemos alimentação de primeira qualidade Nutrição: Promovemos a saúde e boa qualidade de vida Profisionalismo: Apresentamos soluções gastronómicas, com um serviço rápido e prático Integridade: Seguimos a ética profissional Inovação: Temos um atendimento personalizado de alta qualidade
  • 13. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 5 A nossa estrutura orgânica A nossa estrutura orgânica é reflectida conforme infra: Ilustração 2 Organograma Direcção Geral A Direcção Geral é responsável pela definição de políticas e directrizes gerais da empresa, análise de planos e projectos e avaliação dos resultados. Compete ainda a Direcção Geral a representação da empresa no exterior. Fiscal Único O Fiscal Único da Empresa supervisiona como a gestão monitora o cumprimento das políticas e procedimentos de gestão de risco da Empresa e analisa a adequação da estrutura de gestão de risco, em relação aos riscos enfrentados pela Empresa. Compete ainda ao Fiscal Único, fazer a apreciação global das contas da empresa. Direcção Geral Direcção administrativa e financeira Tesouraria Contabilidade Serviços administrativos Direcção comercial Vendas e Marketing Direcção de Recursos Humanos Sector de pessoal Direcção de operações Sector de produção Sector de serviços Fiscal Único
  • 14. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 6 Direcção administrativa e financeira Esta direcção é responsável por administrar os recursos da empresa. Ela faz o controlo da tesouraria, dos investimentos e dos riscos, além da gestão de contas e impostos, do planeamento financeiro da empresa e da divulgação de resultados. Direcção comercial O foco desta direcção é nos clientes externos da empresa. Ele é o responsável pelas vendas, garantindo a geração de receitas para a Empresa. Compete ainda a esta direcção, a criação das estratégias de divulgação e definição das formas de vendas mais adequadas para alcançar o público-alvo, além de fidelizar a clientela já conquistada. Direcção de Recursos Humanos Cabe a direcção de recursos humanos o recrutamento do pessoal e gestão de pessoas. Ela busca soluções para conflitos, controla os horários de entrada e saída dos trabalhadores, as horas extras e estabelece políticas para a retenção de talentos, dentre outras funções. Cabe ainda a direcção de recursos humanos o estabelecimento de políticas de motivação e treinamento, pensar em planos de carreira e promoções e trabalhar para melhorar as relações entre as equipes e a qualidade de vida dos colaboradores. Direcção de Operações A direcção de operações é responsável por administrar todo o processo de transformação dos insumos no produto final. Ela controla a entrada e o consumo de matérias-primas, dá suporte logístico, faz a gestão do uso e da manutenção das máquinas e equipamentos e acompanha os níveis de produtividade da empresa. Sua função é garantir que a operação transcorra sem imprevistos, tendo como meta garantir que a empresa obtenha a maior produção possível aplicando o mínimo de recursos.
  • 15. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 7 3 Enquadramento macroeconómico Economia internacional A economia mundial cresceu 3,1% em 2016, abaixo dos 3,2% no ano anterior, segundo estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI). As economias avançadas progrediram 1,6% no ano de 2016, contra 2,1% em 2015, enquanto os mercados emergentes e as economias em desenvolvimento mantiveram o mesmo ritmo de crescimento nos últimos dois anos, 4,1%. Os resultados dentro dos blocos económicos são, todavia, muito diversos. As razões para a desaceleração da actividade económica mundial em 2016 são de ordem diversa, entre as quais se encontram uma redução expressiva do comércio internacional, fraco investimento, apesar de os preços das commodities terem estabilizado em níveis mais baixos do que no ano precedente (o preço do petróleo caiu em média 15,9% em 2016 e as restantes matérias primas desceram, em média ponderada, em 2,7%, segundo o FMI). Os níveis do comércio internacional, o qual reflecte a procura e a oferta nos vários países, que por sua vez influi nos níveis de investimento, é talvez um dos indicadores mais preocupantes para a economia global em 2016. Em 2016 o comércio internacional aumentou apenas 1,9%, quando tinha crescido 2,7% no ano anterior. No plano global, as taxas de juro mantiveram-se em 2016 em níveis historicamente baixos, embora os Estados Unidos tenham assinalado uma subida de juros, no último mês do ano, o que impacta negativamente o valor das moedas que estão ligadas ao dólar, em particular para os mercados emergentes e economias em desenvolvimento. No que respeita ao nível de preços, o ano de 2016 não trouxe muitas alterações aos principais blocos económicos. Nas economias avançadas, os preços aumentaram em média 0,7% em 2016, contra 0,3% no anterior. Nos mercados emergentes e nas economias em desenvolvimento, o nível médio dos preços cresceu 4,5% em 2016, quando tinha aumentado 4,7% no ano precedente.
  • 16. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 8 Economia moçambicana O Produto Interno Bruto de Moçambique cresceu 3,3% em 2016, em contraste com uma subida de 6,6% em 2015, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística. Do lado da oferta, e de acordo com a análise do Banco de Moçambique, este abrandamento terá resultado da queda de produção devido à instabilidade política e aos eventos climáticos extremos (cheias e seca) que afectaram o desempenho do sector da agricultura. Do lado da procura, a redução das despesas de investimento e de consumo, em resultado dos efeitos da política monetária restritiva e da contenção da despesa pública, em face da suspensão da ajuda externa pelos parceiros programáticos, explica, em parte, o fraco desempenho da actividade económica registada em 2016. A consequência destes eventos foi que, como explica a Economist Inteligence Unit (EIU), a economia de Moçambique foi prejudicada em 2016 pela falta de divisas, pelo aumento exponencial da inflação e pela redução da despesa pública, em simultâneo com a percepção entre os responsáveis da banca e das empresas privadas dos elevados riscos políticos. O ano de 2016 foi muito desafiante, quer para os agentes económicos e políticos, quer para as famílias moçambicanas. Já no final do ano de 2016, alguns sinais começaram a ajudar a mudar as perspectivas, quer com o desanuviamento da situação político-militar (com as tréguas entre os dois principais partidos políticos, que se mantiveram nos primeiros meses do ano seguinte), as indicações de que os contractos de gás iriam realmente avançar (e confirmado com a assinatura de compra e venda entre a Exxon e a ENI no início de Março de 2017) e com a verificação de que a política restritiva do Banco de Moçambique conseguiu estancar e começar a inverter a desvalorização do metical e a subida da inflação. O início de 2017, ainda com base nalguns acontecimentos e comportamentos de 2016, que vieram a ser conhecidos apenas em 2017, indiciou efectivamente melhores perspectivas para o País para 2017.
  • 17. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 9 4 Situação do sector de alojamento, restauração e similares No mercado Internacional O sector dos restaurantes e similares é um sector com bastante importância a nível internacional. Este sector assume um papel bastante relevante nos Estados Unidos da América EUA, conforme o “Barómetro Nº5 do Sector dos Restaurantes e Bebidas” de Setembro/Outubro de 2007, através de um estudo da National Restaurant Association, em que o impacto económico da indústria dos Restaurantes nos (EUA), em 2007, excede os 1,3 triliões de dólares e emprega 12,8 milhões de pessoas que representam cerca de 9% do emprego total dos EUA, colocando-se como maior empregador logo depois do governo. O mesmo estudo revela que nos EUA por cada dólar gasto nos restaurantes, 2,34 dólares são gastos em outras indústrias relacionadas com os restaurantes e por cada 1 milhão de dólares em vendas nos restaurantes criam-se 37 empregos na economia dos EUA. As previsões deste estudo apontam para que, em 2017, este sector atinja os 14,8 milhões de empregos nos EUA, um crescimento acima dos 16%. De acordo com o estudo “Study on the competitiveness of the EU-27 Tourism industry” este sector, em 2006, gera um volume de negócios de 308.000.000.000 Euros e cerca 6.750.000 empregos na Europa. Este estudo indica ainda que os períodos de recessão geram graves consequências neste sector. Em 2008, este estudo através de um inquérito a este sector, demonstrou que 80% dos inquiridos verificaram mudanças nos padrões de consumo dos seus clientes, e dois terços verificaram que os clientes se tornaram mais conscientes dos preços, com consequente diminuição do dinheiro gasto por estes. No mercado Nacional No primeiro trimestre de 2016, o indicador de confiança do sector de alojamento restauração e similares estava em queda, o volume de negócios diminuiu drasticamente em comparação com o trimestre anterior. No segundo trimestre, este indicador continuou com perfil descendente. A deterioração no sector continuou a dever-se, principalmente, à avaliação negativa da procura no momento apesar de aumento considerável da facturação (volume de negócios) comparando ao trimestre anterior. No terceiro trimestre o indicador
  • 18. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 10 do sector registou uma subida ligeira após situação desfavorável nos últimos trimestres. O aumento da confiança no sector deveu-se ao incremento do volume de negócios e da procura que aumentou de uma forma substancial, facto que, todavia, ocorreu num clima caracterizado pela queda da perspectiva da procura nesse trimestre. No quarto trimestre, o indicador abrandou depois de ter experimentado um sinal de recuperação no trimestre anterior, tendo o saldo atingido um novo mínimo da respectiva série temporal. A avaliação desfavorável da confiança no sector em análise deveu-se, à diminuição da procura e do volume de negócios actuais do sector, que suplantaram a apreciação positiva da perspectiva da procura no período em referência. Em linha com o indicador síntese do sector, a perspectiva da capacidade hoteleira diminuiu no mesmo período, facto acompanhado pela quebra da perspectiva de preços. Cerca de 38% das empresas deste sector enfrentou alguma limitação de actividade no período em análise, representando 8% de diminuição das empresas com obstáculos no desempenho normal das suas actividades. Os principais factores referidos pelos agentes económicos do sector continuaram sendo a baixa procura, a concorrência, e os outros factores não especificados na mesma ordem de importância.
  • 19. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 11 5 Responsabilidade corporativa Responsabilidade nutricional Para além de seguir os princípios da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Restaurante desenvolveu uma política formal de responsabilidade nutricional com o objectivo de divulgar o seu compromisso com a saúde de seus clientes. Nossos colaboradores são responsáveis pela implementação desta política e pelo fortalecimento de esforços contínuos no sentido de: ▪ Atender às normas sobre os procedimentos de manuseio e cuidados com os alimentos, garantindo a segurança dos clientes; ▪ Incentivar positivamente a mudança comportamental dos clientes por hábitos alimentares mais saudáveis; ▪ Incentivar a alimentação saudável educando para a qualidade das escolhas alimentares; ▪ Proporcionar a orientação nutricional aos clientes, actuando com a medicina do trabalho de cada empresa cliente. Responsabilidade social A gestão do Restaurante atenta para segurança dos seus colaboradores, respeito às pessoas, bem-estar no ambiente de trabalho e impacto das suas operações na sociedade. Sendo assim, o Restaurante desenvolve programas que demonstram o sério compromisso da Empresa com o público com que se relaciona, nomeadamente: colaboradores, clientes, fornecedores, comunidade e governo. Cada um desses programas tem em vista: ▪ Cultivar a excelência no clima organizacional, proporcionando um ambiente de trabalho agradável, seguro e humano; ▪ Cumprir a legislação trabalhista, que regula as relações individuais e colectivas de trabalho; ▪ Integrar a política de meio ambiente, saúde e segurança como parte importante nos processos de tomada de decisão;
  • 20. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 12 ▪ Manter política de benefícios que agregue mais qualidade de vida ao colaborador; ▪ Combater a discriminação de qualquer natureza; ▪ Manter uma política disciplinar justa, coibindo acções abusivas, coerção, ameaça ou exploração entre os colaboradores; ▪ Contribuir com o desenvolvimento dessas comunidades através da geração de empregos, fortalecimento dos fornecedores locais e do envolvimento em ações sociais beneficentes. No âmbito da responsabilidade social, o Restaurante doou 20.000 meticais para a cruz vermelha de Moçambique. Responsabilidade ambiental Além da preocupação com a preservação do meio ambiente, o Restaurante está comprometido em buscar a melhoria contínua e atender a todos os requisitos legais e normas aplicadas a sua actividade. Este compromisso sustenta-se através da sua política de responsabilidade ambiental. No âmbito da responsabilidade ambiental, o Restaurante disponibilizou dois contentores de depósito de lixo na Avenida da Malhangalene.
  • 21. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 13 6 Aspectos relevantes das actividades da empresa a) Actividades operacionais Vendas Em sede de vendas, vale referir que a principal fonte de rendimento para empresa foram as empresas de construção civil. Estas representaram 73% das vendas totais. O primeiro trimestre foi marcado por dificuldades na produção devido ao atraso no fornecimento das principais matérias primas. Não obstante, a empresa conseguiu gerir suas obrigações com seus clientes. O segundo e terceiro trimestres foram marcados pelo aumento de trabalhadores dos clientes do Restaurante e contratação de novos clientes. Conforme se poderá notar no gráfico a seguir, a entidade atingiu seu pico de vendas no terceiro trimestre, quando as empresas de construção aumentaram sua força laboral. Este facto deveu-se igualmente a uma venda efectuada ao exterior. O quarto trimestre foi o menos produtivo do exercício. Principais destaques são dados para baixa actividade no mercado e consequente redução da força de trabalho dos clientes mais lucrativos. O detalhe da evolução das vendas é apresentado no gráfico a seguir. Gráfico 1 Evolução das vendas por trimestre (não acumuladas)
  • 22. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 14 A carteira de clientes mostrou uma evolução do primeiro trimestre para o segundo, tendo mantido para os restantes. Note-se que a carteira de clientes se manteve até ao final, porém, o número de trabalhadores variou trimestralmente o que culminou com a baixa das vendas no quarto trimestre. Gráfico 2 Evolução da carteira de clientes As vendas do exercício são conforme mostra a tabela a seguir: Tabela 2 Vendas do período Fornecimento dos principais bens e serviços Os principais bens e serviços foram oferecidos pelas entidades na tabela infra: Tabela 3 Fornecedores dos principais bens e serviços Mercado Interno Mercado Externo Total Venda de refeições 20.448.427 325.917 20.774.344 20.448.427 325.917 20.774.344 Fornecedor Bem/ Serviço SE Distribuição Agua, Luz, Comunicações e Equipamentos Aki Armazenista, Lda. Inventário Limpezas Cheira nem, Lda. Limpeza e Higiene Energias XXI, Lda. Combustíveis Maputo Rent, Lda. Transporte Check-Up, Lda. Assistência medica e medicamentosa Banco Online Serviços bancários e seguros
  • 23. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 15 b) Actividades de Investimento Investimentos financeiros À data do balanço, a rubrica de investimentos financeiros apresentava um valor bruto de 2.000.000 de meticais referente constituição de depósito a prazo. Ora, ao longo do exercício a entidade efectuou diversos movimentos na rubrica de investimentos financeiros conforme a tabela infra: Tabela 4 Investimentos financeiros Investimentos não financeiros Os investimentos não financeiros compreendem os activos tangíveis e intangíveis. O montante bruto dos activos tangíveis ascende 1.552.086 meticais conforme o detalhe na tabela a seguir: Tabela 5 Activos tangíveis O valor dos activos intangíveis, o qual diz respeito a marca FAZ BEM ascende 134.882 meticais. Categoria Descrição Valor Data de aquisição Data de vencimento Estado Deposito a prazo Constituição de depósito a prazo 300.000 05/06/2016 02/12/2016 Vencido Fundo de Acções Aquisição de fundo de acções 1.499.992 19/09/2016 31/12/2016 Vencido Deposito a prazo Constituição de depósito a prazo 2.000.000 31/12/2016 31/03/2017 Activo Total 3.799.992 Equipamento de Escritorio 294.157 Equipamento de Transporte 509.883 Equipamento Basico 634.330 Ferramentas e Utensilios 113.715 Total 1.552.086 Activo Valor em Meticais
  • 24. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 16 O quadro a seguir mostra o resumo dos investimentos não financeiros: Tabela 6 Investimentos não financeiros c) Actividade de Financiamento As actividades de financiamento destinaram-se essencialmente à aquisição de activos tangíveis. Com efeito, o capital alheio tem um peso significativo na estrutura do capital da empresa conforme se mostra na tabela a seguir: Tabela 7 Estrutura do capital da empresa As modalidades de financiamento que a entidade recorreu são mostradas na tabela a seguir: Tabela 8 Modalidades de financiamento A gestão da Empresa conduziu seus negócios de modo que a dívida financeira se situasse em níveis sustentáveis. Com efeito, a dívida financeira representa 28% do activo total. A parte remanescente dos activos foi autofinanciada através da gestão de prazos de pagamento e recebimento. Activos Tangíveis 1.552.086 Activos Intangíveis 134.882 Total 1.686.967 Investimentos não Financeiros Valor em Meticais Capital Valor em Meticais % Capital Alheio 1.948.392 45% Capital próprio 2.351.622 55% Total 4.300.014 100% Financiamentos Não corrente Corrente Total Empréstimos bancários m.l.prazo 1.050.000 300.000 1.350.000 Contas bancárias de letras descontadas - 155.142 155.142 Leasing 355.970 87.280 443.250 Total 1.405.970 542.422 1.948.392
  • 25. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 17 7 Análise do meio envolvente Análise PEST A análise PEST aborda factores externos importantes a um sector sob quatro pontos de vista: político-legal, económico, sócio-cultural e tecnológico. Os resultados da análise PEST são mostrados na ilustração abaixo: Ilustração 3 Modelo da Análise PEST Michael Porter A análise das Cinco Forças Competitivas de Porter, é essencial para identificar as ameaças a serem contornadas e as debilidades que poderão ser oportunidades, para a Empresa estabilizar-se no mercado de Simulação Empresarial. A intensidade conjunta dessas cinco forças determina o potencial de lucro. Quanto menor a intensidade desse conjunto de forças, maior é a possibilidade de sucesso da empresa. No entanto,
  • 26. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 18 independentemente de qual das forças pressiona mais a competitividade do sector, é tarefa da empresa encontrar a melhor estratégia. Ilustração 4 Michael Porter Como se pode observar na ilustração acima, a força competitiva mais intensa no mercado é o poder de barganha dos clientes. Outra força significativa é proveniente dos produtos substitutos, seguida de maneira mais branda, pela força dos fornecedores e a rivalidade no sector. Ameaça de entrantes potenciais A ameaça de novos entrantes é quase inexistente devido aos investimentos iniciais necessários, a regulamentação sobre as condições mínimas de higiene e a forte identificação dos consumidores com a marca FAZ BEM. Ameaça de entrantes potenciais Poder de barganha dos clientes Poder de barganha dos fornecedores Produtos substitutos Rivalidade no sector Intenso Médio Fraco Quase inexistente
  • 27. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 19 Poder de barganha dos fornecedores Para o fornecimento da principal matéria-prima, a empresa tem a sua disposição muitos fornecedores com preços competitivos. Os custos de contratação e rescisão dos contractos de fornecimento são quase imateriais, por isso os fornecedores não exercem grande poder de negociação. Rivalidade no sector No mercado de Simulação Empresarial, a rivalidade entre concorrentes é baixa devido ao reduzido número de restaurantes. O Restaurante Faz Bem, Lda. é o líder no ramo de restauração com uma quota do mercado de 60%. Ameaça de produtos substitutos Os produtos substitutos do Restaurante são refeições de outros restaurantes e vendedores ambulantes. O Restaurante diminui a ameaça de produtos substitutos oferecendo alimentação que proporciona satisfação a preço competitivo e investindo na fidelização dos clientes. Poder de barganha dos clientes A principal ameaça no sector de restauração é o poder de barganha dos clientes. Os clientes têm à sua disposição várias opções desde restaurantes, lanchonetes, bares, vendedores ambulantes de refeições e outros lugares para adquirir refeições. Com efeito, o cliente tem grande poder de negociação.
  • 28. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 20 Análise SWOT Para identificar vantagens competitivas do Restaurante recorremos à análise SWOT, em que analisamos os pontos fortes e pontos fracos, bem como as oportunidades e ameaças que o mercado lhe oferece. Os resultados da análise SWOT do Restaurante são mostrados na tabela abaixo: FORÇAS ▪ Preços competitivos; ▪ Boa qualidade dos serviços; ▪ Ambiente agradável ▪ Bom atendimento ao cliente; ▪ Capacidade inovadora e dinâmica ▪ Boa política comercial ▪ Líder no mercado de restauração FRAQUEZAS ▪ Fraca promoção ▪ Recursos humanos ainda em desenvolvimento ▪ Pouco tempo de experiência no sector OPORTUNIDADES ▪ Preocupação dos clientes com a sua saúde; ▪ Crescimento e incentivos a investimentos no sector de Turismo; ▪ Crescente procura por restaurantes; ▪ Existência de poucos restaurantes no mercado de simulação empresarial. AMEAÇAS ▪ Cadeias de fast food; ▪ Vulnerabilidade à actual conjuntura económica; ▪ Elevado custo de tecnologia no mercado nacional. Ilustração 5 Análise SWOT
  • 29. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 21 Estratégia de Gestão Ao lidar com as cinco forças competitivas, o Restaurante Faz Bem escolheu a estratégia de liderança no custo. O Restaurante Faz Bem, Lda. minimizou seus custos através do aumento substancial da escala de produção. Ademais, o Restaurante realiza um marketing muito forte, principalmente em feiras. Com efeito, entre os dias 28 e 31 de Dezembro, o Restaurante participou na feira das actividades económicas, organizada pela Associação Comercial e Industrial da Simulação Empresarial. Esta participação serviu para expor ao público os serviços prestados pelo Restaurante. As principais técnicas de marketing são a seguir enunciadas. Técnicas de Marketing Mix - Marketing O composto de marketing ou mix-marketing pode ser entendido como um conjunto de variáveis mercadológicas que a empresa planeia, implementa e controla de modo a satisfazer seu mercado alvo. O mix de marketing utilizado em serviços é ampliado, conhecido como 8 P’s. Além dos 4 P’s tradicionais (Produto/Serviço, Preço, Praça e Promoção) utiliza-se também mais 4 P’s, nomeadamente: Ambiente físico (Physical environment), Pessoas, Processos e Produtividade. ▪ Produto/Serviço – o Restaurante oferece refeições. ▪ Preço – o Restaurante adopta estratégia de vendas que contempla técnicas de envolvimento que faz com que os clientes percebam que o restaurante e o produto por ele oferecido são melhores que os da concorrência. Por isso, adoptamos a política do preço justo (menor do que o da concorrência). O preço médio de uma refeição são 170 meticais. ▪ Praça – os serviços e produtos oferecidos pelo Restaurante são comercializados no próprio local físico da empresa de segunda-feira à domingo, das 7 às 22 horas, situado em posição estratégica perto do centro da cidade.
  • 30. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 22 ▪ Promoção – a estratégia para a promoção e divulgação dos produtos/serviços deste restaurante tem grande influência pela comunicação boca-a-boca, visto que, por se tratar de uma cidade pequena, vai depender muito dos clientes já atendidos. Entretanto, inicialmente realizamos várias comunicações através de email. ▪ Pessoas - Todas as pessoas envolvidas directa e indirectamente na produção e consumo de um serviço são parte importante do marketing mix. Com a implementação de normas, padrão de qualidade foi realizado um curso de qualificação dos colaboradores. A partir da satisfação dos clientes define-se alguns aspectos de avaliação como cordialidade, pontualidade, organização e aparência. Além disso, criou-se código de ética para atender os padrões de comportamento esperados. O nível de desenvolvimento das pessoas que prestam o serviço como factor fundamental de diferenciação deve ser alcançado por meio de formação, capacitação e motivação. ▪ Ambiente físico – O Restaurante tem uma área confortável de agradável qualidade, comodidade, de maneira a proporcionar plena satisfação aos seus clientes. ▪ Processos - Um método particular de operações ou séries de acções, que normalmente envolve passos que precisam de serem dados em uma sequência definida. Os procedimentos, mecanismos e fluxo de actividades pelos quais um serviço é consumido são elementos essenciais da estratégia de marketing. Através de uma metodologia de qualidade nos processos, analisa-se pontualmente cada etapa, desde o pedido do cliente até a entrega final.
  • 31. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 23 Fluxograma Ilustração 6 Fluxograma ▪ Produtividade – relação entre os resultados e os meios empregados para produzir. Uma cozinha produtiva é aquela que consegue entregar todos pratos solicitados com o melhor aproveitamento de recursos disponíveis e no menor tempo possível mantendo a qualidade como a segurança dos alimentos e o bom atendimento ao cliente. Factores críticos para a produtividade no nosso restaurante: bom ambiente de trabalho (condições físicas, psicológicas e socias), motivação da equipe, racionalização do custo, comunicação e capacitação. A produtividade líquida do trabalho é 1.424.420.
  • 32. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 24 8 Situação económico-financeira Análise dos principais resultados Gráfico 3 Análise dos principais resultados Uma breve análise nos permite aferir que o EBITDA1 e o EBIT2 situaram-se em 2.278.722 e 2.046.780, respectivamente. Em termos de margens, estes resultados representam cerca de 11% (EBITDA) e 10% (EBIT), portanto, níveis baixos influenciados maioritariamente pelos elevados custos operacionais. Os resultados financeiros situariam-sem em 200.114 meticais negativos, corolário do alto endividamento e fraca aplicação de recursos financeiros. O imposto sobre rendimento representa cerca de 48% do resultado liquido do período, situação que não se manifesta favorável para a empresa. Com efeito, o resultado líquido ascendeu 1.243.717 meticais. 1 Earnings before interest, tax, depreciations and amortisations( Resultado antes de juros, impostos e amortizações/depreciações) 2 Earnings before interest and tax( Resultado antes de juros e impostos)
  • 33. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 25 Análise dos principais indicadores financeiros. A seguir são apresentados os principais indicadores de desempenho financeiro. Margens Legenda: EBITDA= Earnings before Interest, tax, depreciations and amortisations (Resultado operacional antes de impostos) EBIT = Earnings before interest and tax (Resultado antes de juros e impostos) Tabela 9 Margens A margem bruta de 40%, mostra-nos o quanto a empresa está a ganhar como resultado imediato da sua actividade. Este indicador foi influenciado pelo elevados custos de produção, com principal destaque os custos das matérias primas. As margens EBITDA (11%) e EBIT (10%) situaram-se em níveis baixos devido aos elevados custos operacionais, resultado do recurso a subcontratações de serviços. Indicadores de Rentabilidade Legenda: RL = Resultado liquido CP = Capital Próprio RO = Resultado Operacional AT = Activo Total VV = Volume de Vendas Tabela 10 Rácios de Rentabilidade Margens 31/dez/16 Margem Bruta 40% EBITDA 2.278.722 Margem EBITDA 11% EBIT 2.046.780 Margem EBIT 10% Rentabilidade Formula 31/dez/16 Rentabilidade dos capitais próprios RL/CP 53% Rentabilidade operacional do ativo RO/AT 30% Rentabilidade líquida do ativo RL/AT 18% Rentabilidade operacional das vendas RO/VV 10% Rentabilidade líquida das vendas RL/VV 6%
  • 34. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 26 Os indicadores de rentabilidade relacionam o lucro obtido com o investimento feito ou existente. A rentabilidade dos Capitais Próprios, indica-nos que cada 100 meticais investidos rendem 53 meticais, o que se mostra favorável no primeiro ano de actividade. A rentabilidade líquida das vendas a qual se situou em 6% mostra-nos um lucro de 6 meticais por cada unidade vendida. Globalmente, a rentabilidade da empresa se situou em níveis satisfatórios, pese embora a entidade ainda apresente baixa remuneração dos seus activos e capacidade da exploração em gerar uma margem liquida. Análise Dupont. Legenda: RL= Resultado liquido VV = Volume de Vendas CP = Capital Próprio AT = Activo Total Tabela 11 Análise Dupont A análise Dupont é uma técnica que procura analisar a evolução da rentabilidade dos capitais próprios através da decomposição desta em vários factores explicativos. Pela análise Dupont concluímos que a rentabilidade dos capitais próprios poderá ser aumentada se a rentabilidade das vendas crescer, as vendas por unidade de activo aumentarem ou a autonomia financeira reduzir. Indicadores de Liquidez Legenda: AC = Activo Corrente PC = Passivo corrente Tabela 12 Indicadores de liquidez Análise Dupont Formula 31/dez/16 Rentabilidade líquida das vendas RL/VV 6% x Rotação do activo VV/AT 3,0 ÷ Autonomia financeira CP/AT 34% = Rentabilidade dos capitais próprios 53% Liquidez Formula 31/dez/16 Grau de líquidez geral AC/PC 1,1 Grau de líquidez reduzida (AC-Inventários)/PC 0,9 Grau de líquidez imediata Disponibilidades/PC 0,5 Fundo de maneio AC - PC 302.568
  • 35. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 27 O indicador de liquidez geral (1,1), mostra-nos que 110% das responsabilidades de curto prazo poderão ser satisfeitas recorrendo às disponibilidades, cobrança dos créditos de curto prazo e venda das existências. Os demais indicadores mostram-se igualmente favoráveis, analisados conjuntamente com o fundo de maneio de 302.568 meticais. Indicadores de Financiamento Legenda: DF = Divida Financeira AT = Activo Total RL = Resultado liquido CP = Capital Próprio PT = Passivo Total Tabela 13 Indicadores de Financiamento Estes rácios visam dar indicações sobre o grau de intensidade de recurso a capitais alheios no financiamento de uma empresa. Por um lado, o indicador de endividamento mostra que o activo total da empresa é financiado em 28% pela divida financeira. Ainda no mesmo cerne, 34% dos activos são financiados pelo sócios da empresa. Estes indicadores mostram que a empresa ainda enfrenta desafios de gestão. Por outro lado, a capacidade da empresa honrar seus compromissos de médio e longo prazo se situou em níveis favoráveis, resumindo-se em 52%. Financiamento Formula 31/dez/16 Endividamento DF/AT 28% Cobertura de encargos financeiros (n° de vezes) RL/Juros 9,1 Rácio de solvabilidade CP/PT 52% Autonomia financeira CP/AT 34%
  • 36. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 28 Indicadores de eficiência Legenda: d = numero de dias CICV = Custos dos inventários consumidos e vendidos Tabela 14 Indicadores de eficiência Indicadores de eficiência ajudam a explicar os impactos financeiros da gestão ao nível do ciclo de exploração. A empresa leva 32 dias para pagar aos seus fornecedores, e em contrapartida leva 13 dias para cobrar aos seus clientes. Análise dos principais desvios Os principais desvios são analisados a seguir, conforme a tabela infra: Tabela 15 Análise dos principais desvios Eficiência Formula 31/dez/16 Prazo médio de pagamentos (dias) Fornecedores/ (Compras * 1,17)* d 32 Prazo médio de recebimentos (dias) Clientes/(Vendas*1,17)* d 13 Nº de dias de inventário CICV/Inventários 19 Realizado Previsto Desvio % Vendas 20.774.344 13.488.152 54% Volume de negócios 20.774.344 13.488.152 54% Custo de mercadorias vendidas (10.614.280) (2.890.160) 267% Gastos com o pessoal (4.404.797) (4.680.802) -6% Fornecimentos e serviços de terceiros (3.088.072) (2.563.892) 20% Outros rendimentos e gastos operacionais (388.473) (305.232) 27% Resultado operacional antes de depreciações 2.278.722 3.048.066 -25% Amortizações e depreciações (231.943) (188.785) 23% Resultado operacional 2.046.780 2.859.281 -28% Rendimentos financeiros 2.967 71.000 -96% Gastos financeiros (203.081) (46.500) 337% Resultados antes do imposto 1.846.666 2.883.781 -36% Imposto sobre o rendimento (602.949) (922.810) -35% Resultado líquido 1.243.717 1.960.971 -37%
  • 37. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 29 Vendas e custos dos inventários vendidos O desvio favorável na ordem de 54% a nível de vendas deveu-se a antecipatória e flexível angariação de clientes e baixa rivalidade no sector. A empresa esperava ter uma quota de mercado de cerca de 40%, entretanto, seus esforços de marketing culminaram com uma parcela de 60% do mercado. A nível dos custos dos inventários o desvio foi desfavoravelmente estrondoso. O desvio desfavorável em 267% é explicado pelo custo das principais matérias primas para confecção das refeições. Tal facto, deveu-se a mudança repentina e desprogramada de fornecedor de matérias primas, dado que o fornecedor com o qual a empresa contava, não conseguia fornecer a matérias primas em tempo útil. Com efeito, a empresa recorreu a um fornecedor melhor organizado, embora com preços elevados. Custos operacionais A nível dos fornecimentos e serviços financeiros, o desvio na ordem de 20% é fruto do ajuste dos gastos de limpeza das instalações e dos serviços de transporte de refeições. O serviço de transporte é responsável por 17% do desvio global nos fornecimentos e serviços de terceiros. O desvio desfavorável em 27% nos outros gastos operacionais é explicado pelo aumento dos valores de participação na feira anual das actividades comerciais e industriais. A rubrica de amortizações e depreciações apresentou um desvio desfavorável na ordem de 23% por conta da aquisição de uma fritadeira industrial não prevista. Rendimentos e gastos financeiros Por um lado, a rubrica de rendimentos financeiros foi desfavoravelmente afectada em 96% pela falta de excedente de tesouraria para aplicação e baixa taxa de remuneração das pequenas aplicações.
  • 38. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 30 Por outro lado, a entidade contraiu empréstimos além do previsto para aquisição de 3 fogões industriais, o que culminou com encargos financeiros que excedessem os previstos na ordem de 337%. Note-se ainda, que o custo do capital alheio se situou acima do que foi previsto. Estes elementos, conjuntamente, contribuíram para que o resultado realizado se situasse aquém do previsto, em cerca de 37%. 9 Proposta de Aplicação de Resultados Considerando as disposições legais e estatutárias relativas a reserva legal e reservas especiais, nos termos do nº 1 do artigo 314º e nº 1 do artigo 315º do Código Comercial, a Direcção Geral propõe que os resultados líquidos apurados no exercício de 2016, tenham a seguinte aplicação: Tabela 16 Proposta de aplicação de resultados 10 Perspectivas para 2017 A marca Restaurante Faz Bem é presentemente uma aposta ganha, sendo no mercado de simulação empresarial uma referência sólida atingindo o desiderato do reconhecimento pela competência, pelo saber e pela realização. As perspectivas para 2017 são de confiança nas capacidades, nos princípios e valores que norteiam a nossa equipe. Aplicação Valor em Meticais % Reservas legais 248.743 20% Reservas livres 310.929 25% Dividendos 373.115 30% Resultados a acumular 310.929 25% Total 1.243.717 100%
  • 39. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 31 Esperamos aumentar em pelo menos 3% a receita líquida até o final do ano e aumentar o número de clientes lucrativos. A seguir são ilustradas as perspectivas para o exercício de 2017, através do Balanced Scorecard, uma ferramenta destinada ao acompanhamento das decisões estratégicas tomadas pela empresa com base em indicadores previamente estabelecidos: Tabela 17 Perspectivas para o futuro Maputo, 31 de Janeiro de 2017 Os membros da Direcção Geral _____________________________ Christopher Chance (Director Geral) _________________________________ Adalmira de Fátima Cumbane (Sócia - Gerente) __________________________________ Ismael Carlos Miambo (Sócio-Gerente) PERSPECTIVA OBJECTIVO METAS INDICADOR INICIATIVA Financeira Aumentar receitas Aumentar em 3% a receita líquida em 12 meses. Demonstrações financeiras Desenvolver novas políticas de crédito para os clientes. Controle Interno Aumentar reaproveitamento Aumentar o reaproveitamento de alimentos em 10% nos proximos 6 meses. % alimentos reaproveitados Efectuar estudos para o reaproveitamento seguro; efectuar parceria de doação. Aprendizado e crescimento Formar e desenvolver colaboradores Treinar 100% da equipe de produção. Número de certificados adquiridos pela equipe. Celebrar contractos de formação dos trabalhadores. Clientes Atrair novos clientes e reter clientes existentes Aumentar em 2% o número de clientes e facturação. Crescimento em n o de clientes Buscar diferenciais nos serviços e divulgar acções sociais.
  • 40. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 de Dezembro de 2016
  • 41. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) ÍNDICE Demonstração da Posição Financeira 32 Demonstração de Resultados por Naturezas 33 Demonstração de Resultados por Funções 34 Demonstração de Fluxos de Caixa 35 Demonstração da Variação de Capitais Próprios 36 Notas às Demonstrações Financeiras 37-63
  • 42. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 32 O Técnico de Contas Direcção Geral ______________________________ _____________________________ (Pedro Fonseca Gomes) ( Christopher Chance) Em 31 de Dezembro de 2016 Nota 2016 ACTIVOS Activos não correntes Activos tangíveis 5 1.320.143 Activos intangíveis 6 134.882 Investimentos financeiros 7 2.000.000 Total dos activos não correntes 3.455.025 Activos correntes Inventários 8 565.265 Clientes 9 902.076 Outros activos correntes 10 453.765 Bancos 11 1.466.672 Total dos activos correntes 3.387.778 TOTAL DOS ACTIVOS 6.842.802 CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVOS Capital próprio Capital social 12 (i) 1.000.000 Outras Componentes do Capital Próprio 12 (ii) 107.905 Resultado liquido do período 1.243.717 Total do capital próprio 2.351.622 Passivos não correntes Empréstimos obtidos 13 1.050.000 Outros Credores - Leasing 13,15 355.970 Total dos passivos não correntes 1.405.970 Passivos correntes Fornecedores 14 1.164.182 Outros Credores 15 187.952 Empréstimos obtidos 13 455.142 Outros passivos correntes 16 1.277.934 Total dos passivos correntes 3.085.210 Total dos passivos 4.491.180 CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVOS 6.842.802 Demonstração da Posição Financeira
  • 43. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 33 O Técnico de Contas Direcção Geral ______________________________ _____________________________ (Pedro Fonseca Gomes) (Christopher Chance) Em 31 de Dezembro de 2016 Nota 2016 Vendas 17 20.774.344 Volume de negócios 20.774.344 Custo de mercadorias vendidas 8 (10.614.280) Gastos com o pessoal 18 (4.404.797) Fornecimentos e serviços de terceiros 19 (3.088.072) Outros rendimentos e gastos operacionais 20 (388.473) Resultado operacional antes de depreciações 2.278.722 Amortizações e depreciações 5 (231.943) Resultado operacional 2.046.780 Rendimentos financeiros 21 2.967 Gastos financeiros 21 (203.081) Resultados antes do imposto 1.846.666 Imposto sobre o rendimento 22 (602.949) Resultado líquido 1.243.717 Demonstração de Resultados por Naturezas
  • 44. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 34 O Técnico de Contas Direcção Geral ______________________________ _____________________________ (Pedro Fonseca Gomes) (Christopher Chance) Em 31 de Dezembro de 2016 Nota 2016 Vendas 17 20.774.344 Volume de negócios 20.774.344 Custo de vendas 23 (12.475.420) Gastos de distribuição 24 (569.775) Gastos administrativos 25 (5.394.751) Outros rendimentos e gastos operacionais 26 (287.618) Resultado operacional 2.046.780 Rendimentos financeiros 21 2.967 Gastos financeiros 21 (203.081) Resultados antes do imposto 1.846.666 Imposto sobre o rendimento 22 (602.949) Resultado líquido 1.243.717 Demonstração de Resultados por Funções
  • 45. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 35 O Técnico de Contas Direcção Geral ______________________________ _____________________________ (Pedro Fonseca Gomes) (Christopher Chance) Em 31 de Dezembro de 2016 Notas 2016 Fluxos de caixa das actividades operacionais Recebimentos de clientes 23.506.048 Pagamentos a fornecedores (12.343.492) Pagamentos aos colaboradores (1.954.976) Pagamentos/recebimentos de impostos (1.543.166) Outros Pagamentos/recebimentos operacionais (5.114.790) Caixa líquida gerada pelas actividades operacionais 2.549.624 Fluxos de caixa das actividades de investimento Pagamentos relativos a: Aquisição de activos tangíveis (1.219.377) Aquisição de activos intagíveis 6 (157.811) Aquisição de investimentos financeiros 7 (2.000.000) Caixa líquida gerada pelas actividades de investimento (3.377.189) Fluxos de caixa das actividades de financiamento Recebimentos relativos a Realização do capital social 12 1.000.000 Subsidios do Governo 12 107.905 Empréstimos obtidos 13 1.489.840 Pagamentos relativos a Reembolso de empréstimos obtidos (216.633) Juros e gastos similares (86.876) Caixa líquida gerada pelas actividades de financiamento 2.294.237 Variação de caixa e seus equivalentes 1.466.672 Saldo de caixa no início 0 Saldo de caixa e seus equivalentes no final 10 1.466.672 Demonstração de fluxos de caixa (método directo)
  • 46. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 36 O Técnico de Contas Direcção Geral ______________________________ _____________________________ (Pedro Fonseca Gomes) (Christopher Chance) Em 31 de Dezembro de 2016 Capital social Outras componentes de capital próprio Resultado líquido do período Saldo a 1 de Janeiro de 2016 - Alterações do período: - Outras alterações 12 (ii) - 107.905 - 107.905 Resultado líquido do exercício - - 1.243.717 1.243.717 Resultado líquido absoluto do período 107.905 1.243.717 1.351.622 - Operações com detentores de capital - Constituição de capital social 12 (i) 1.000.000 - - 1.000.000 Saldo a 31 de Dezembro de 2016 1.000.000 107.905 1.243.717 2.351.622 Demonstração das Variações no Capital Próprio Natureza dos movimentos Notas Capital próprio atribuível aos detentores do capital da casa mãe Total do Capital próprio
  • 47. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 37 Notas às Demonstrações Financeiras 1. Bases de Preparação 2. Políticas Contabilísticas Significativas 3. Principais Julgamentos, Estimativas e Pressupostos Contabilísticos 4. Alterações de Políticas Contabilísticas, de Estimativas e Erros 5. Activos Tangíveis 6. Activos Intangíveis 7. Investimento Financeiros 8. Inventários 9. Clientes 10. Outros Activos Correntes 11. Bancos 12. Capital Próprio 13. Empréstimos Obtidos e Leasing 14. Fornecedores 15. Outros Credores 16. Outros Passivos Correntes 17. Vendas 18. Gastos com o Pessoal 19. Fornecimentos e Serviços de Terceiros 20. Outros Rendimentos e Gastos Operacionais 21. Resultados Financeiros 22. Imposto Sobre o Rendimento 23. Custo das Vendas 24. Custos de Distribuição 25. Custos de Administração 26. Outros Rendimentos e Gastos Operacionais 27. Instrumentos Financeiros e Gestão De Risco 28. Eventos Subsequentes
  • 48. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 38 Entidade a reportar O Restaurante Faz Bem, Lda., doravante designado Restaurante, Empresa ou entidade, é uma sociedade por quotas, registada na República de Moçambique e foi constituída em 2015 na sequência da disciplina de simulação empresarial. A sua principal actividade é a produção, distribuição e venda de refeições incluindo prestação de serviços de catering e fornecimento de banquetes. O ano de 2016 é o primeiro ano de actividade da entidade. A entidade foi constituída e é domiciliada em Moçambique. Endereço registado: Avenida da Malhangalene, nº 51, caixa postal 3555 Maputo, Moçambique. Bases de Preparação 1.1. Base contabilística As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com o Plano Geral de Contabilidade baseado nas Normas Internacionais de Relato Financeiro (doravante denominado PGC – NIRF). As demonstrações financeiras são elaboradas com base nos princípios do custo histórico salvo indicação em contrário. As demonstrações financeiras foram igualmente preparadas com base nos princípios do acréscimo e da continuidade. De modo a dar uma imagem verdadeira e apropriada das demonstrações financeiras a entidade derrogou o §15 das disposições da NCRF 26 – Contabilização de Subsídios do Governo e Divulgação de Apoios do Governo o qual refere que os subsídios relativos a activos devem ser apresentados no balanço como rendimento diferido, ou deduzindo o subsídio para apurar a quantia registada do activo. A entidade aplicou supletivamente o § 14 da NIC 20 - Contabilização dos Subsídios do Governo e Divulgação de Apoios do Governo o qual refere que a entidade deve registar o subsídio directamente no capital próprio.
  • 49. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 39 Se a entidade tivesse registado o subsídio como rendimento diferido o capital próprio ascenderia 2.243.717 meticais e o total do activo seria de 6.950.707 meticais. A entidade entende que o tratamento dado é o mais apropriado às circunstancias. As demonstrações financeiras foram aprovadas pela Direcção Geral em 31 de Janeiro de 2017. 1.2. Moeda funcional e de apresentação As demonstrações financeiras são apresentadas em meticais, que constitui a moeda funcional da Empresa. Todos os montantes foram arredondados para a unidade do Metical mais próxima, a menos que o contrário seja indicado. 1.3. Uso de estimativas e julgamentos Note-se, no entanto, que a preparação das demonstrações financeiras em conformidade com o PGC-NIRF exige que a Direcção Geral formalize julgamentos, estimativas e pressupostos, que afectam a aplicação das políticas contabilísticas e mensuração dos activos, passivos, rendimentos e gastos. As estimativas e pressupostos associados são baseados na experiência histórica e outros factores considerados razoáveis de acordo com as circunstâncias e formam a base para os julgamentos sobre os valores dos activos e passivos cuja valorização não é evidente através de outras fontes. Os resultados reais podem diferir das estimativas. As questões que requerem um maior índice de julgamento ou complexidade, ou para os quais os pressupostos e estimativas são considerados significativos, são apresentados na nota 3. Assim, estas demonstrações financeiras reflectem o resultado das operações e a posição financeira do Restaurante com referência a 31 de Dezembro de 2016.
  • 50. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 40 Políticas Contabilísticas Significativas As políticas contabilísticas descritas abaixo foram consistentemente aplicadas ao logo do exercício económico de 2016. 2.1. Transacções em moeda estrangeira As transacções em moeda estrangeira são convertidas à taxa de câmbio em vigor à data das transacções. Os activos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira são convertidos para meticais à taxa de câmbio em vigor na data do correspondente movimento. As diferenças cambiais resultantes da conversão são reconhecidas em resultados. As taxas de câmbio utilizadas para conversão dos saldos expressos em moeda estrangeira foram as seguintes: 2.2. Activos tangíveis (i) Reconhecimento e mensuração Os activos tangíveis utilizados pela entidade no decurso da sua actividade são registados ao custo de aquisição, deduzido de depreciações e perdas por imparidade acumuladas. O custo inclui as despesas que sejam directamente atribuíveis à aquisição do activo e todas outras despesas directamente atribuíveis para colocar o activo em condições de executar o trabalho para o qual o mesmo se destina. Na data de início de actividade, a entidade decidiu adoptar como custo considerado para os seus activos tangíveis o valor reavaliado. Compra Venda Dólar Norte-Americano 59,76 60,98 31 de Dezembro de 2016
  • 51. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 41 (ii) Custos subsequentes Os custos de substituir parte de um item de activos tangíveis são reconhecidos no valor contabilístico do item, se for provável que os benefícios económicos futuros incorporados em parte desse item fluirão para a Empresa e o seu custo puder ser mensurado de forma fiável. Os custos diários com a prestação de serviços de manutenção aos activos tangíveis são reconhecidos em resultados conforme forem incorridos. (iii) Depreciação A depreciação é reconhecida em resultados segundo o método das quotas constantes durante os períodos de vida útil estimada de cada parte de um item de activos tangíveis. A vida útil estimada do período corrente é de: O Restaurante efectua regularmente a análise de adequação da vida útil estimada dos seus activos tangíveis. As alterações na vida útil esperada dos activos são registadas através da alteração do período ou método de depreciação, conforme apropriado. Periodicamente são efectuadas análises no sentido de identificar evidências de imparidade em activos tangíveis. Sempre que o valor líquido contabilístico dos activos tangíveis exceda o seu valor recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade com reflexo nos resultados do exercício. O Restaurante procede a reversão das perdas por imparidade nos resultados do período caso, subsequentemente, se verifique um aumento no valor recuperável do activo. O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o preço de venda líquido e o valor de uso, sendo este calculado com base nos fluxos de caixa estimados que se esperam a vir obter do uso continuado do activo e da sua alienação no final da vida útil. Item Anos de vida útil Equipamento básico 8 Equipamento de transporte 4 Equipamento administrativo 4 - 10 Ferramentas e utensílios 3 - 4
  • 52. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 42 Um item do activo tangível deixa de ser reconhecido aquando da sua alienação ou quando não se esperam benefícios económicos futuros decorrentes da sua utilização ou alienação. Qualquer ganho ou perda decorrente da anulação do reconhecimento do activo (calculado como a diferença entre o rendimento da venda e a quantia escriturada do activo) é reconhecido em resultados no período da sua anulação do reconhecimento. 2.3. Activos intangíveis Os activos intangíveis são inicialmente mensurados pelo seu custo. O custo do activo intangível compreende o seu preço de compra, incluindo direitos de importação e impostos não reembolsáveis, após dedução dos descontos comerciais e abatimentos, e quaisquer custos directamente atribuíveis para colocar o activo na localização e condição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida. Após o reconhecimento no momento inicial, os activos intangíveis são registados por uma quantia revalorizada, que é o seu justo valor à data da revalorização menos qualquer amortização acumulada subsequente e quaisquer perdas por imparidade acumuladas subsequentes. Periodicamente são efectuadas análises no sentido de identificar evidências de imparidade em activos intangíveis. Sempre que o valor líquido contabilístico dos activos intangíveis exceda o seu valor recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade com reflexo nos resultados do exercício. O Restaurante procede a reversão das perdas por imparidade nos resultados do período caso, subsequentemente, se verifique um aumento no valor recuperável do activo.
  • 53. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 43 2.4. Investimentos financeiros Os investimentos financeiros são reconhecidos pelo custo de aquisição. Quando os investimentos financeiros tiverem, à data do balanço, uma quantia registada superior ao seu valor de mercado, a diferença encontrada é deduzida da quantia registada através do correspondente ajustamento. Este ajustamento é reconhecido nos resultados do período. Quando deixarem de existir os motivos que levaram à sua constituição, o ajustamento é reduzido ou revertido. 2.5. Inventários Os inventários são mensurados ao mais baixo entre o custo histórico e o valor realizável líquido, como se segue: ▪ Matérias-primas, consumíveis e mercadorias para revenda: custo de aquisição, incluindo todos os custos incorridos na aquisição dos inventários e para colocá-las na sua presente localização e estado, líquidos de descontos e abatimentos posteriores, segundo o critério do primeiro a entrar, primeiro a sair (“FIFO”). ▪ No caso dos produtos acabados e dos investimentos em curso: o custo das matérias-primas, custo de conversão e uma parcela adequada dos custos indirectos de produção, com base na capacidade normal de produção. 2.6. Imparidade (i) Activos financeiros Considera-se que um activo financeiro sofre imparidade se houver uma evidência objectiva indicando que um ou mais acontecimentos afectaram negativamente os fluxos de caixa estimados futuros desse activo.
  • 54. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 44 Uma perda por imparidade de um activo financeiro registado pelo custo amortizado é calculada como a diferença entre a sua quantia escriturada, e o valor actual dos fluxos de caixa estimados futuros, descontados à taxa de juro efectiva original. Os activos financeiros individualmente significativos são testados para imparidade numa base individual. Os activos financeiros remanescentes são avaliados conjuntamente, em grupos que compartilhem características de risco de crédito semelhantes. Todas as perdas por imparidade são reconhecidas em resultados. Uma perda por imparidade é revertida, se a reversão puder ser objectivamente relacionada a um acontecimento que ocorra após a perda por imparidade ter sido reconhecida. (ii) Activos não-financeiros As quantias escrituradas dos activos não-financeiros da Empresa, são revistos na data de relato para determinar se existe alguma indicação de imparidade. No caso de existir essa indicação, o valor recuperável do activo é estimado. Para os activos intangíveis com uma vida útil indefinida, o valor recuperável é estimado na data de relato. Uma perda por imparidade é reconhecida sempre que a quantia escriturada de um activo exceder o seu valor recuperável. Uma perda por imparidade é revertida caso tenha havido uma mudança nas estimativas usadas para determinar o valor recuperável. Uma perda por imparidade é revertida somente na medida em que a quantia escriturada do activo não exceda a quantia escriturada que teria sido determinada, líquido de depreciação ou amortização, caso nenhuma perda por imparidade tivesse sido reconhecida. 2.7. Locações A determinação se um contracto é ou contém uma locação é baseada na substância do contracto, atentando à determinação de qual a entidade que retém substancialmente os riscos e vantagens inerentes à propriedade do bem locado.
  • 55. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 45 Nas locações financeiras, as quais transferem substancialmente para o Restaurante todos os riscos e vantagens, o custo do activo é registado como um activo tangível, e a correspondente responsabilidade é registada no passivo. A depreciação do activo é calculada conforme descrito na nota 13 e registada como gasto na demonstração de resultados dentro do período a que respeitam. As rendas são constituídas pelo encargo financeiro e pela amortização financeira do capital (tal como inicialmente reconhecido como passivo). Os encargos financeiros são suportados nos exercícios a que se referem. 2.8. Instrumentos financeiros (i) Activos financeiros não-derivados A empresa reconhece inicialmente os empréstimos e montantes a receber na data em que estes são originados. A empresa desreconhece um activo financeiro quando os direitos contratuais aos fluxos de caixa do activo expiram, ou quando transfere os direitos para receber os fluxos de caixa contratuais numa transacção em que substancialmente todos os riscos e benefícios da propriedade do activo financeiro são transferidos. Qualquer interesse em tais activos financeiros transferidos que é criado ou mantido pela empresa é reconhecido como um activo ou passivo separado. Empréstimos e contas a receber Os empréstimos e contas a receber são activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis que não são cotados num mercado activo. Estes activos são reconhecidos inicialmente pelo justo valor acrescido dos custos de transacção directamente atribuíveis. Depois deste reconhecimento inicial, empréstimos e contas a receber são mensurados pelo custo amortizado através do uso do método da taxa de juro efectiva, deduzidos de eventuais perdas por imparidade.
  • 56. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 46 Os empréstimos e contas a receber compreendem bancos e clientes. Bancos Bancos incluem saldos de depósitos à ordem e depósito a prazo com maturidades de três meses ou menos a partir da data de aquisição que são sujeitos a um risco insignificante de alterações no seu justo valor, e são utilizados pela empresa na gestão dos seus compromissos de curto prazo. (ii) Passivos financeiros não-derivados A Empresa reconhece inicialmente os títulos de dívida emitidos e passivos subordinados na data em que eles são originados. A Empresa desreconhece um passivo financeiro quando as suas obrigações contratuais são liquidadas, canceladas ou expiram. Após o reconhecimento inicial, estes passivos financeiros são mensurados pelo custo amortizado usando o método da taxa de juro efectiva. Outros passivos financeiros compreendem empréstimos de curto prazo, fornecedores e outros credores. 2.9. Reconhecimento de gastos e rendimentos O Restaurante regista os seus gastos e rendimentos de acordo com o princípio da especialização de exercícios pelo qual estes elementos são reconhecidos na data da transacção que os origina, independentemente do respectivo pagamento ou recebimento. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas de acréscimos e diferimentos, consoante a natureza da diferença. Os acréscimos e diferimentos são compensados e o valor líquido apresentado na demonstração da posição financeira reflecte o saldo da rubrica de acréscimos e diferimentos.
  • 57. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 47 2.10. Rendimento e custos financeiros Os rendimentos financeiros compreendem a receita de juros dos fundos investidos e os ganhos cambiais que sejam reconhecidos na demonstração de resultados. O rendimento financeiro é reconhecido quando vencido, usando o método da taxa de juro efectiva. Os encargos financeiros incluem a despesa dos juros pagos pelos empréstimos e as perdas cambiais. 2.11. Rédito O rédito da venda dos produtos é mensurado pelo justo valor do pagamento recebido ou a receber, líquido de devoluções e provisões, descontos e bónus. O rédito é reconhecido quando os principais riscos e direitos de propriedade são transferidos para o comprador, (aquando da entrega dos produtos aos clientes) a recuperação do pagamento é provável, os custos associados e a devolução dos produtos podem ser estimadas de forma fiável e não haja nenhum envolvimento contínuo da gerência com os produtos. 2.12. Imposto sobre o rendimento O imposto é calculado de acordo com as taxas estipuladas por lei, tomando-se por base os resultados reportados na demonstração de resultados preparada com base no PGC – NIRF, após ajustamento para efeitos fiscais. O imposto corrente é o imposto que se espera pagar sobre o lucro tributável do ano, usando as taxas legisladas ou substancialmente legisladas à data de relato. 2.13. Subsídios do Governo Os subsídios do governo não reembolsáveis relativos a activos não depreciáveis são apresentados na posição financeira da Empresa em capital próprio conforme as notas 6 e 12.
  • 58. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 48 Principais Julgamentos, Estimativas e Pressupostos Contabilísticos A preparação das demonstrações financeiras exige que a gerência formule julgamentos, estimativas e pressupostos que afectam a aplicação das políticas e dos valores reportados em activos, passivos, receitas e custos. Os resultados reais podem diferir destas estimativas. As estimativas e pressupostos subjacentes são revistos numa base contínua. As revisões às estimativas contabilísticas são reconhecidas no período em que a estimativa é revista e em todos os períodos futuros que a revisão vier a afectar. A informação sobre os julgamentos críticos na aplicação de políticas contabilísticas que tenham efeito mais significativo no valor reconhecido nas demonstrações financeiras é a seguinte: (i) Vidas úteis e valores residuais dos activos fixos tangíveis os activos fixos tangíveis são amortizados ao longo da sua vida útil, tendo em conta os valores residuais, se for o caso. As vidas úteis e valores residuais dos activos são avaliados anualmente e podem variar dependendo de uma série de factores. Na avaliação de vida útil, factores como inovações tecnológicas, ciclos de vida dos produtos e programas de manutenção são levados em conta. As avaliações de valor residual consideram questões como condições de mercado, a vida útil remanescente do activo e valores de alienação previstos. Consideração também é dada para os lucros e perdas correntes na alienação de activos semelhantes. Refira-se à nota 5 - activos tangíveis. (ii) Imparidade de clientes A imparidade é reconhecida para clientes vencidos com base na experiência histórica de incumprimento de pagamentos pelo cliente e outros factores. A gestão exerce o julgamento ao estimar o valor de imparidade a ser reconhecido.
  • 59. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 49 (iii) Imparidade de inventários A imparidade é reconhecida em itens de inventários de baixa rotatividade. Itens de baixa rotatividade são identificados com base na demanda do mercado e uso pretendido. (iv) Impostos Os impostos sobre o rendimento são determinados pelo Restaurante com base nas regras definidas pelo enquadramento fiscal. No entanto, em algumas situações, a legislação fiscal não é suficientemente clara e objectiva e poderá dar origem a diferentes interpretações. Nestes casos, os valores registados resultam do melhor entendimento do Restaurante sobre o adequado enquadramento das suas operações, o qual é susceptível de poder vir a ser questionado pelas Autoridades Fiscais. A Direcção Geral acredita ter cumprido todas as obrigações fiscais a que o Restaurante se encontra sujeito, pelo que eventuais correcções à matéria colectável declarada, decorrentes destas revisões, não se espera que venham a ter um efeito nas demonstrações financeiras. Alterações de Políticas Contabilísticas, de Estimativas e Erros Devido ao facto de ser o primeiro ano de actividade da Empresa, nada consta a relatar em sede de alterações de políticas contabilísticas no exercício findo em 31 de Dezembro de 2016.
  • 60. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 50 Activos Tangíveis O movimento ocorrido nos activos tangíveis é analisado como segue: (i) Todos os activos tangíveis foram adquiridos em condições normais de compra, com a excepção do equipamento de transporte que foi adquirido por leasing financeiro. Maior detalhe sobre esta operação é dado na nota 13. Activos Intangíveis A entidade adquiriu a marca FAZ BEM ao custo de 134.882 meticais, cujo pagamento foi financiado pelo governo em 80% do custo de aquisição. As informações disponíveis não apontaram para qualquer imparidade do activo e a entidade entende que o mesmo tem vida útil infinita. Saldo em 01-Jan-16 Aumentos Saldo em 31-Dez-16 Custo de aquisição: Equipamento básico - 634.330 634.330 Equipamento de transporte (i) - 509.883 509.883 Equipamento administrativo - 294.157 294.157 Ferramentas e utensílios - 113.715 113.715 - 1.552.086 1.552.086 Saldo em 01-Jan-16 Depreciação do exercício Saldo em 31-Dez-16 Depreciações acumuladas Equipamento básico - 79.609 79.609 Equipamento de transporte - 84.980 84.980 Equipamento administrativo - 36.994 36.994 Ferramentas e utensílios - 30.360 30.360 231.943 231.943 Valor líquido 1.320.143 Saldo em 01-Jan-16 Aumentos Saldo em 31-Dez-16 Custo Propriedade industrial e outros direitos - Marca - 134.882 134.882 - 134.882 134.882 Valor líquido 134.882
  • 61. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 51 Investimento Financeiros O investimento financeiro a que se refere a nota, diz respeito ao depósito a prazo constituído a 31 de Dezembro de 2016 com vencimento a 31 de Dezembro de 2018. O rendimento esperado para exercício de 2017 ascende 85.000 meticais. Inventários A rubrica de inventários é composta pelo seguinte: Os inventários são e estão na propriedade da Empresa e, portanto, não possui inventários dados como garantia de passivos. Os movimentos em inventários foram os que se mostram na tabela: O custo dos inventários vendidos é o seguinte: Montante Taxa de juro Deposito a prazo 2.000.000 4,25% 31-dez-16 Mercadorias 222.245 Matérias primas subsidiárias e de consumo 343.020 565.265 Perdas por imparidades de inventários - 565.265 Movimentos Mercadorias Produtos acabados Matérias Primas Total Saldo inicial - - - - Entradas 1.681.213 12.923.144 9.498.332 24.102.689 Saidas (1.458.968) (12.923.144) (9.155.312) (23.537.424) Saldo final 222.245 - 343.020 565.265 Movimentos Mercadorias Matérias Primas Total Existências Iniciais - - - Compras 1.681.213 9.498.332 11.179.544 Regularização de inventários - - - Existências finais (222.245) (343.020) (565.265) Custo do período 1.458.968 9.155.312 10.614.280
  • 62. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 52 Clientes No decurso do exercício económico a entidade estabeleceu contractos com pelo menos 60% das entidades do universo da simulação empresarial e não houve evidência que remetesse a constituição de imparidades. Outros Activos Correntes Bancos (i) Depósito à prazo O depósito a prazo é remunerado a taxa de juro de 2,5% e tem seu vencimento a 31 de Março de 2017. A empresa não tem qualquer restrição à movimentação dos montantes em Bancos. Não corrente Corrente Clientes Clientes conta corrente - 746.934 Clientes conta títulos a receber - 155.142 - 902.076 Perdas por imparidade acumuladas - - - 902.076 31-dez-16 31-dez-16 Gastos diferidos - Seguros 26.253 IVA a recuperar 427.512 453.765 31-dez-16 Depósitos à ordem 566.672 Depósitos à prazo (i) 900.000 1.466.672
  • 63. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 53 Capital Próprio (i) Capital social O capital social do Restaurante ascende 1.000.000 de meticais, integralmente subscrito e realizado pelos sócios da empresa. (ii) Outras Componentes do Capital Próprio Os 107.905 meticais na rubrica em epígrafe, corresponde a 80% do valor de aquisição da marca FAZ BEM, que fora atribuído pelo governo no âmbito da projecção comercial das empresas em início de actividade, conforme referido na nota 6. (iii) Reservas A Direcção Geral propôs a aplicação de 100% do resultado líquido na proporção de 20% para reservas legais, 25% reservas livres, 30% dividendos e 25% para resultados a acumular. A proposta de aplicação de 20% do resultado para reserva legal é consistente com o Artigo 314° do código comercial o qual refere que a entidade deve transferir para reserva legal 5% dos lucros líquidos até que esta represente pelo menos 20% do capital social. Empréstimos Obtidos e Leasing (i) O empréstimo bancário de médio e longo prazo O saldo correspondente ao empréstimo obtido junto ao Banco Online no montante de 1.500.000 meticais em finais de Junho de 2016 para o reforço da capacidade Não corrente Corrente Empréstimos bancários m.l.prazo (i) 1.050.000 300.000 Contas bancárias de letras descontadas (ii) - 155.142 1.050.000 455.142 Leasing (iii) 355.970 87.280 1.405.970 542.422 31-dez-16
  • 64. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 54 instalada de maquinaria para produção, vence juros a taxa 9%. O montante corrente diz respeito ao que a entidade irá pagar até 12 meses após a data do balanço e não corrente o remanescente. O empréstimo tem prazo de 5 anos. (ii) Contas bancárias de letras descontadas O saldo corresponde ao desconto de letra efectuada a 31 de Dezembro para suprir necessidades de tesouraria. O financiamento de curto prazo é remunerado a taxa de juro de 5%. (iii) Leasing A entidade adquiriu em Maio de 2016 por leasing financeiro, uma viatura Peugeot Boxer 290 C 2.0 HDI para transporte de pequenas mercadorias. O valor do contracto é de 509.883 a taxa de juro de 8% por 5 anos. A primeira prestação foi paga na data de celebração do contracto e o valor em dívida ascende 443.250 dos quais 87.280 a entidade espera desembolsar em 2017 e o remanescente em exercícios subsequentes. Fornecedores A entidade estabeleceu relações com dois fornecedores, nomeadamente Aki Armazenista de Alimentos, Lda. (mercado nacional) e Habitat de Alimentos, Lda. (mercado internacional). O saldo na rubrica de fornecedores reflecte a dívida da entidade com o fornecedor nacional, Aki Armazenista de Alimentos, Lda. Bens adquiridos com recurso a leasing Custo de aquisição Depreciações acumuladas Valor líquido contabilístico Peugeot Boxer 290 C 2.0 HDI 509.883 84.980 424.902 509.883 84.980 424.902 Fornecedores Nacionais Fornecedores Internacionais Fornecedores conta corrente 1.164.182 - 1.164.182 - 31-dez-16
  • 65. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 55 Outros Credores (i) Técnico oficial de contas Para prestação do serviço de contabilidade a entidade contratou um técnico oficial de contas que é pago trimestralmente um montante líquido de imposto de 56.000 meticais. (ii) Outros A rubrica de outros compõe os gastos com renda, transporte e outros serviços relacionados. Outros Passivos Correntes Não corrente Corrente Leasing 355.970 87.280 Técnico Oficial de contas (i) 56.000 Outros (ii) - 44.672 355.970 187.952 31-dez-16 31-dez-16 Acréscimos de gastos Remunerações a pagar (i) 407.458 Juros a pagar 4.236 Outros gastos a reconhecer 69.059 480.752 Estado Imposto sobre o rendimento (IRPC) 602.349 Retenção na fonte (IRPS) 26.400 Contribuições para INSS 35.833 664.582 Clientes Adiantamento de clientes 132.600 1.277.934
  • 66. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 56 (i) Remunerações a pagar O saldo desdobra-se do seguinte modo: 200.000 meticais para o fiscal único, 107.458 meticais referente ao décimo terceiro salário do pessoal e 100.000 meticais aos trabalhos de auditoria executados até 31 de Dezembro de 2016. Vendas Para além de dominar o mercado interno, a entidade conseguiu realizar vendas para o exterior que representam 1,57% das vendas totais. Gastos com o Pessoal No decurso das suas actividades a entidade contou com 16 trabalhadores permanentes. Dos gastos de acção social, 67% diz respeito aos gastos com refeições para o pessoal da empresa e o remanescente refere-se aos gastos com assistência médica e medicamentosa. Dos outros gastos com o pessoal, 52% diz respeito aos serviços de transporte do pessoal que a entidade providenciou, 42% refere-se as viagens oferecidas pela empresa para os colaboradores que mostraram melhor desempenho e o residual diz respeito a formação dos trabalhadores. Mercado Interno Mercado Externo Total Venda de refeições 20.448.427 325.917 20.774.344 20.448.427 325.917 20.774.344 31-dez-16 Remunerações dos órgãos sociais 1.760.083 Remunerações dos colaboradores 635.390 Encargos sobre remunerações 87.819 Gastos de acção social 667.277 Seguros 60.533 Ajudas de custo 18.500 Outros gastos com pessoal 1.175.194 4.404.797
  • 67. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 57 Fornecimentos e Serviços de Terceiros Dos gastos que compõem a rubrica supra, 24% diz respeito aos serviços de limpeza do restaurante e 20% refere-se a serviços de manutenção dos equipamentos da empresa. Outros Rendimentos e Gastos Operacionais Dos outros gastos operacionais, 54% diz respeito ao imposto sobre valor acrescentado não aceite fiscalmente para efeitos de dedução e o remanescente diz respeito a gastos operacionais de diversa natureza. No âmbito da responsabilidade social a entidade doou 20.000 meticais a cruz vermelha de Moçambique. A entidade não teve qualquer rendimento operacional ao longo do exercício. 31-dez-16 Subcontratos 310.000 Comunicação, agua e luz 209.802 Transporte de carga 468.920 Rendas e alugueres 260.000 Serviços de limpeza 771.248 Trabalhos especializados 430.626 Serviços diversos 637.476 3.088.072 31-dez-16 Impostos e taxas 242.114 Quotizações 23.732 Donativos 20.000 Outros 102.627 388.473
  • 68. RESTAURANTE FAZ BEM, LDA. NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Valores expressos em meticais) 58 Resultados Financeiros Imposto Sobre o Rendimento Custo das Vendas Os gastos que compõem a rubrica de custo das vendas são os que se identificam com o sector de produção. 31-dez-16 Rendimentos e ganhos financeiros Juros obtidos 2.400 Diferenças de cambio favoráveis 567 2.967 Gastos e perdas financeiros Juros suportados (133.447) Diferenças de câmbio desfavoráveis (28.338) Outros gastos e perdas de financiamento (41.295) (203.081) Resultados financeiros (200.114) 31-dez-16 Resultado corrente 1.846.666 Imposto sobre o rendimento usando a taxa de imposto aplicável (32%) 590.933 Efeito das despesas não-dedutíveis 37.550 Imposto sobre rendimento a pagar 602.949 31-dez-16 Custo de inventários consumidos 10.614.280 Gastos com o pessoal 533.104 Fornecimentos e serviços de terceiros 1.235.854 Depreciações 92.182 12.475.420