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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO MARANHÃO
– CAMPUS ZÉ DOCA
DIRETORIA DE DESENVOLVIMENTO DE ENSINO
PLANO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA - PARFOR
CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA
ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE
EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO
1º ANO DO ENSINO MÉDIO”.
TIAGO GONÇALVES PACHECO
Zé Doca
2016
P116j Pacheco, Tiago Gonçalves.
Ácidos e bases: “uma proposta de ensino com a inclusão de
experimentos com materiais alternativos no ensino da química no 1º ano
do ensino médio”. / Tiago Gonçalves Pacheco. – Zé Doca: IFMA Zé
Doca, 2016.
41 f.: il.
Monografia (Curso Licenciatura em química) – Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão – Campus Zé Doca, 2016.
Orientadora: Prof. Msc. Josilene Lima Serra.
1. Ensino de química – materiais alternativos. 2. Química – ferramentas
de ensino. 3. Química – ácidos e bases. I. Título.
CDU (043.2)37.02:543
TIAGO GONÇALVES PACHECO
ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE
EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO
1º ANO DO ENSINO MÉDIO”.
Monografia apresentada ao Instituição Federal de
Ciências e Tecnologias do Maranhão - IFMA,
Campus Zé Doca, como requisito para obtenção do
Grau de Licenciatura em Química.
Orientador (a): MSc. Josilene Lima Serra
Zé Doca - MA
2016
Tiago Gonçalves Pacheco
ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE
EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO
1º ANO DO ENSINO MÉDIO”.
Monografia apresentada ao Instituição Federal de
Ciências e Tecnologias do Maranhão - IFMA,
Campus Zé Doca, como requisito para obtenção do
Grau de Licenciatura em Química.
Aprovada em 02/08/2016.
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________________
Profa. MSc. Josilene Lima Serra
Orientadora
(IFMA-Campus Zé Doca)
________________________________________________
Esp. Maria de Lourdes Barros
(IFMA-Campus Zé Doca)
__________________________________________________
MSc. Katrícia Maria Feitosa Cardoso
(IFMA-Campus Zé Doca)
AGRADECIMENTOS
A Deus pela oportunidade que me foi concedida, aos meus colegas e familiares pelo apoio
durante minhas fraquezas e alegrias.
Agradeço também aqueles que não estão entre nós por fortes motivos, motivos esses que
os levaram a desistir dessa caminhada, mas que durante a convivência me acrescentaram muitas
coisas boas e me realçaram, em especial a um companheiro que no dia de hoje se formaria também,
e que trouxe alegria aos corações de todos que o conheceu meu grande amigo, colega e irmão Nélio.
Sou muito grato a minha orientadora Josilene Lima Sera, que acreditou em mim; que me
ajudou a crescer pessoalmente e profissionalmente, ao meu Padrinho Antônio que colaborou com
seus conhecimentos no levantamento de dados deste trabalho, a coordenação do curso pelo apoio
dado durante todos esses anos, enfim a todos que contribuíram de alguma forma para minha
formação acadêmica meu eterno obrigado.
“Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. ”
Antoine Lavoisier
LISTA DE FIGURAS
Figura 1...........................................................................................................................27
Figura 2...........................................................................................................................28
Figura 3...........................................................................................................................30
Figura 4...........................................................................................................................31
Figura 5 - Percentual de respostas dos alunos sobre o entendimento no que diz respeito
pH de ácidos e bases:.......................................................................................................32
Figura 6 - Percentual de respostas dos alunos sobre o entendimento no que afirma sim
ou não no que diz respeito ácidos e base são
prejudiciais.......................................................................................................................33
Figura 7 - Percentual de respostas dos alunos sobre disponibilidade de algum tipo ácido
ou base em sua casa...............................................................................................33
Figura 8- Percentual de respostas dos alunos sobre a “utilização de ácidos e bases na
indústria”.........................................................................................................................34
Figura 9 - Percentual de respostas dos alunos sobre “antiácido e reação de
neutralização”..................................................................................................................34
Figura 10 - Percentual de respostas dos alunos sobre o entendimento no que diz respeito
pH de ácidos e bases:.........................................................................................36
Figura 11 - Percentual de respostas dos alunos sobre o entendimento no que afirma sim
ou não no que diz respeito ácidos e base são
prejudiciais.......................................................................................................................36
Figura 12 - Percentual de respostas dos alunos sobre disponibilidade de algum tipo ácido
ou base em sua casa...............................................................................................37
Figura 13 - Percentual de respostas dos alunos sobre a “utilização de ácidos e bases na
indústria”.........................................................................................................................37
Figura 14 - Percentual de respostas dos alunos sobre “antiácido e reação de
neutralização”................................................................................................................38
Figura 15 - Média geral de aproveitamento dos alunos mediante o conteúdo
trabalhado........................................................................................................................39
Figura 16 - Tratando da auto avaliação dos conteúdos aplicados..................................40
Sumário
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................11
2. OBJETIVOS..................................................................................................................14
2.1. Geral .......................................................................................................................14
2.2. Específicos ..............................................................................................................14
3. REVISÃO DE LITERATURA......................................................................................15
3.1. A Química no Ensino Médio.........................................................................................15
3.2. A relação do professor com o aluno no Ensino da Química. .....................................17
3.3. A Importância da Química no Cotidiano. .................................................................18
3.4. O lúdico e os materiais alternativos..........................................................................20
3.5. O papel das atividades experimentais. ......................................................................21
3.6. A disciplina de Química e a importância dos experimentos no processo de ensino-
aprendizagem......................................................................................................................22
4. MATERIAIS E MÉTODOS..........................................................................................25
4.1. Local do estudo. ...........................................................................................................25
4.2. Aplicação de experimentos com materiais alternativos no ensino médio........................25
4.3. Experimentos com materiais alternativos aplicados na disciplina de Química................26
4.3.1 Experimentos da 1ª Série do Ensino Médio ......................................................26
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO:...................................................................................30
5.1. Avaliação e percepção dos alunos sobre a aplicação dos experimentos com materiais
alternativos nas aulas de Química........................................................................................33
5.2. Resultados posteriores à aplicação das aulas teóricas em conjunto com as práticas........36
5.2. Avaliação do conhecimento dos alunos – antes e depois da aplicação dos conteúdos.
.............................................................................................................................40
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................................42
REFERÊNCIAS....................................................................................................................43
APÊNDICE ...........................................................................................................................46
RESUMO
O presente trabalho foi desenvolvido no Centro de Ensino Governador José
Sarney, escola pública estadual, localizado no município de Bom Jardim, Estado do
Maranhão, tendo como objetivo avaliar o desempenho dos alunos com a utilização de
aulas práticas e materiais alternativos, que visam melhorar a qualidade do Ensino de
Química, em virtude da grande dificuldade que os educadores têm em transmitir o
conhecimento em decorrência da ausência de laboratório em pleno funcionamento e os
alunos em absorver o conteúdo na forma teórica devido à falta de aulas práticas. O método
encontrado para resolver esse problema foi à aplicação de atividades experimentais com
materiais alternativos no processo de ensino-aprendizagem, encadeando a teoria-prática,
apoiando-se em materiais comuns do cotidiano dos discentes. Neste sentido, o tema
aplicado foi “ácidos e bases”, tema esse muito relevante ao cotidiano dos educandos,
foram realizadas práticas experimentais com materiais de fácil acesso com 29 alunos do
1° Ano do Ensino Médio. Anterior às aulas práticas, aplicou-se um questionário com o
intuito de verificar a aprendizagem, pode-se assim investigar se realmente as aulas
práticas melhoram a aprendizagem dos envolvidos. No segundo momento aplicou-se
novamente dois questionários, um avaliativo com fins de verificar o nível de compreensão
dos conteúdos abordados e um outro auto avaliativo com o propósito de saber o grau de
satisfação das aulas práticas. Os resultados obtidos foram satisfatórios no processo de
ensino-aprendizagem, uma vez que, no início os alunos envolvidos tinham 38% de
conhecimento sobre o assunto, com a aplicação os mesmos atingiram 62% do
aprendizado coerente aos temas abordados na disciplina de Química com a ajuda das aulas
teóricas e práticas, atingindo uma melhora de mais de 36,21% de aproveitamento.
Palavras-chave: Dificuldade, Laboratório, Ensino-Aprendizagem, Cotidiano, Ácidos,
Bases.
ABSTRACT
This work was developed in the Education Center Governor José Sarney, public
school, located in the city of Bom Jardim, Maranhao State, and to evaluate the
performance of students with the use of practical classes and alternative materials, to
improve the quality of Chemistry Teaching, because of the great difficulty that educators
have to transmit knowledge due to the absence of laboratory fully operational and students
to absorb content in theoretical form due to lack of practical classes. The method found
to solve this problem is the application of experimental activities with alternative
materials in the teaching-learning process, chaining the theory and practice, relying on
common everyday materials of students. In this sense, the theme was applied "acids and
bases," this theme very relevant to the daily lives of students, experimental practices were
conducted with easy access with 29 students of 1st year of high school materials. Previous
practical classes, we applied a questionnaire in order to check the learning, can thus
investigate whether really practical classes improve learning involved. The second time
was applied again two questionnaires, an evaluation for purposes of verifying the level of
understanding of the content covered and another self evaluation in order to know the
degree of satisfaction of the practical classes. The results were satisfactory in the
teaching-learning, since the beginning the students involved had 38% of knowledge on
the subject, applying the same reached 62% of consistent learning the topics covered in
the subject of chemistry with help of theoretical and practical classes, reaching an
improvement of more than 36.21% yield.
Keywords: Problems, Laboratory, Teaching and Learning, Daily Life, Acids, Bases.
11
1. INTRODUÇÃO
O processo de ensino aprendizagem de alunos e professores em escolas públicas
apresentam diversas dificuldades em relação à disciplina de química e neste contexto, a
disciplina de química por diversas vezes é vista como um assunto que não desperta o
interesse dos estudantes, apesar de possuir um conteúdo vasto e que se encontra
extremamente presente em nosso cotidiano. A propósito, CHASSOT (2003) lembra que
a transmissão dos conhecimentos químicos deve ser encharcada na realidade, e isso não
significa o reducionismo que virou um modismo: Química do Cotidiano, mas ensinar a
Química dentro de uma concepção que destaque o papel social da mesma.
A elaboração deste trabalho, está baseada em vários autores, conceituados no
estudo da História da Química e da História da Educação no Brasil, de maneira que expõe
o surgimento e o desenvolvimento do ensino das ciências e da química dentro do sistema
educacional brasileiro. O documento de Química propõe ainda, um trabalho pedagógico
que visa à ampliação das capacidades e o desenvolvimento dos alunos do Ensino Médio
da Escola Estadual Centro de Ensino Governador José Sarney, de observar, conhecer,
explicar, comparar e representar as características químicas do meio em que vivem e de
diferentes formas.
O Ensino de Química atualmente apresenta muitas Problemáticas não
desenvolvidas dificuldades em sua aplicação, principalmente em escolas que não
possuem um laboratório equipado e em funcionamento para realçar a aprendizagem dos
alunos. Levando em consideração essa problemática, houve a necessidade de se analisar
mais profundamente esse problema no ensino de química na rede pública, em especial na
Escola em estudo. NUNES e ADORNI (2010) comenta que em particular, no ensino da
química, percebe-se que os alunos, muitas vezes, não conseguem aprender, não são
capazes de associar o conteúdo estudado com seu cotidiano, tornando-se desinteressados
pelo tema. Isto indica que este ensino está sendo feito de forma descontextualizada e não
interdisciplinar.
Outro problema encontrado foi o desinteresse pela ciência de química, sendo que
um dos principais motivos era a aplicação sem o auxílio de novas ideias como as práticas
experimentais para estimular o ensino e o interesse dos educandos. A falta de estruturação
dos prédios públicos de ensino em sua maioria é preocupante, ou seja, na maioria das
escolas públicas não existe laboratórios de química, tornando assim o ensino maçante e
12
consequentemente rotineiro, gerando assim o desinteresse por parte dos alunos. De
acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, o uso da experimentação deve estar
presente ao longo de todo o processo de aprendizagem do aluno, onde este deverá
desenvolver conhecimentos físicos mais significativos, além de garantir que ele
construirá outras habilidades, tais como interagir, questionar, investigar, etc. (BRASIL,
2007).
O Educador que trabalha com o Ensino de Química na forma lúdica ou seja
pedagogicamente, deve adotar para si novos meios de ensino-aprendizagem através de
suas potencialidades, para que favoreça um ambiente que estimule a construção do
conhecimento químico, humano e a liberdade de expressão através da criatividade no
processo de ensino-aprendizagem. TREVISAN e MARTINS (2006). Trata da
necessidade de falar em educação química, priorizando o processo ensino-aprendizagem
de forma contextualizada, ligando o ensino aos acontecimentos do cotidiano do aluno,
para que estes possam perceber a importância socioeconômica da química, numa
sociedade avançada, no sentido tecnológico.
SANMARTÍ (2002) defende que nem todos os alunos aprendem do mesmo jeito
nem no mesmo ritmo, por isso, é salutar que os professores procurem planejar e
desenvolver atividades didáticas que valorizem a diversidade de formas de pensar e
aprender características da pluralidade encerrada em uma sala de aula.
Quanto à utilização do laboratório, muitas vezes o que se deseja é apenas tornar
o ensino mais atrativo e produtivo, através de experimentos mais sequenciais, podendo
melhor relacioná-los ao cotidiano dos estudantes, neste sentido, as práticas planejadas
pelo professor, devem servir para que o aluno construa seu conhecimento. Além disso, a
falta de recursos laboratoriais não deve ser motivo para que o professor não trabalhe com
experimentos simplificados, nos quais a busca de materiais alternativos, por si só, pode
influenciar positivamente o desenrolar do processo (PEIXOTO 1999).
A aprendizagem torna-se bem mais eficaz com o uso das ferramentas corretas, a
indisponibilidade do laboratório no ensino de Química, desfavorece a compreensão do
aluno de modo que, é de suma importância a didática construtiva para o desenvolvimento
do educando, tornando assim, as aulas mais atrativas. A Educação é um processo do
próprio educando, mediante o qual são dadas à luz e as ideias que fecundam sua alma e,
consiste na atividade que cada homem desenvolve para conquistar as ideias e viver de
acordo com elas onde o conhecimento não vem de fora para o homem; é o esforço da
alma para apoderar-se da verdade (PILLETI 1999).
13
Na prática escolar são inúmeras as realidades e experiências com as quais nos
deparamos. Entre elas cabe destacar algumas deficiências no aprendizado dos alunos,
onde estes apresentam certas dificuldades no que tange ao Ensino da Química,
principalmente quando este exige reflexão sobre os acontecimentos relacionados à
referida Ciência. QUADROS e BARROS (2004) fala que o professor deve adotar
iniciativa, já que nem sempre a formação inicial desenvolve habilidades que capacitem
os futuros professores em propor experimentos para o Ensino Médio, tampouco refletem
sobre o real papel da experimentação.
Diante desta problemática, este projeto visa melhorar o grau de compreensão por
parte dos alunos no Ensino de Química, utilizando-se de maneiras e materiais que podem
ser relacionados com o ambiente em que vivem, obstruindo obstáculos descritos acima e
consequentemente, busca de volta a atenção dos alunos para os conteúdos de uma das
ciências mais fascinantes de todos os tempos.
O objetivo desse trabalho é propor um ensino de química mais enxugado, gerado
de maneiras simples para que alcance o entendimento do aluno.
Para fins, foram feitos encontros com alunos do 1º Ano “H” do Centro de Ensino
Governador José Sarney, com intuito trabalhando a relação teoria e prática, juntas para o
desenvolvimento de cada aluno, sempre tendo em consideração que as práticas que foram
realizadas com materiais que eles conhecem, demonstrando que é possível ministrar aulas
de forma agradável tanto para os alunos que aprendem mais, como para o professor que
observará o desenvolvimento de suas aulas com mais tranquilidade.
Assim, torna-se necessário o desenvolvimento de estudos que visam detectar as
principais dificuldades do processo de ensino-aprendizagem da Química, enfrentadas por
alunos e professores da Escola Pública Estadual, Centro de Ensino Governador José
Sarney e propor ações que, possivelmente, minimizem as dificuldades encontradas na
construção do conhecimento Químico.
14
2. OBJETIVOS
2.1. Geral
Propor uma metodologia de ensino de ácidos e bases de forma lúdica e
contextualizada na disciplina de Química no 1º ano do Ensino Médio.
2.2. Específicos
 Avaliar a concepção dos alunos sobre ácidos e bases do 1º ano do Ensino Médio;
 Desenvolver metodologias que facilite a compreensão do aluno de forma
contextualizada sobre o ensino teórico de ácidos e bases;
 Aplicar os experimentos com o uso de materiais alternativos presentes no cotidiano
do aluno.
15
3. REVISÃO DE LITERATURA
3.1. A Química no Ensino Médio
Desde que a primeira versão dos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino
Médio – PCNEM – chegou às escolas, os debates sobre ensinar e aprender química se
intensificaram, tanto em termos de necessidades de formação do estudante, quanto do
professor. Um dos objetivos do Ensino Médio, segundo os PCNEM, é desenvolver
competências que possibilitem uma visão de mundo atualizada, capacidade de
compreensão das problemáticas abordadas pelos meios de comunicação e ação e relação
do ser humano com seu meio social e a aprendizagem dos conteúdos se dá através de um
processo contínuo de interação com as tecnologias (BRASIL, 1999).
Entre o indivíduo, a família, a sociedade e a escola o professor trabalha em
conjunto com o aluno e coordena a construção do conhecimento de modo a conseguir um
ensino mais ajustado às necessidades dos alunos (USBERCO; SALVADOR, 1997).
O ensino de Química do Ensino Médio, de modo geral, precisa buscar melhorias,
competências e habilidades para capacitar os alunos a tomarem suas próprias decisões em
situações problemáticas, de forma à contribuir para o desenvolvimento do educando como
pessoa humana e como cidadão. Apesar disso, no Brasil, a abordagem da Química escolar
continua praticamente a mesma. Embora às vezes com uma aparência de modernidade, a
essência permanece a mesma, priorizando-se as informações desligadas da realidade
vivida pelos alunos e professores (ALMEIDA, 2003).
Considera-se que hoje há necessidade de um número muito grande de conteúdo
a serem abordados, com detalhamento muitas vezes exagerado, alega-se falta de tempo e
a necessidade de correr com a matéria, desconsidera-se a participação efetiva do estudante
no diálogo mediador da construção do conhecimento. Além de promover esse diálogo, é
preciso objetivar um ensino de Química que possa contribuir para uma visão mais ampla
do conhecimento, que possibilite melhor compreensão do mundo físico e para a
construção da cidadania, colocar em pauta, na sala de aula, conhecimentos socialmente
relevantes, que façam sentido e possam se integrar à vida do aluno (BRASIL, 1999).
Ao momento que educadores passarem a tomar conhecimento de meios simples
para alavancar a compreensão de seus alunos, ele terá para si a admiração e a atenção dos
16
educandos e sociedade em geral. Mas para isso é preciso a renovação de suas maneiras
pedagógicas, material adequado, plano de aula bem formulado e o principal a criatividade.
A criatividade é um potencial inerente ao ser humano, mas que necessita ser
cultivado e desenvolvido, através do uso da imaginação, do conhecimento, da motivação
para criar e do uso de técnicas específicas para fazer desabrochar o ato criativo, de forma
que o indivíduo realize suas potencialidades como ser humano e traga uma efetiva
contribuição para si mesmo como pessoa, para seu ambiente mais próximo ou para a
sociedade na qual se encontra inserido (VIRGOLIM, 1991).
O educador tem um papel chave, sendo ele o norte do processo educacional de
seus alunos, o professor é a porta de saída dos educandos que buscam algo maior em seus
futuros, como (PILETTI, 1999), fala “mediante o qual são dadas à luz as ideias”.
Ao optar por utilizar material acessível como forma de suprir a necessidade do
laboratório nas escolas da rede pública de ensino, torna-se necessário analisa-los sob dois
aspectos primordiais: um referente à efetividade, expresso durante a ação; outro referente
aos aspectos cognitivos, no qual as experiências acarretaram em avanços nos processos
de aprendizagem e desenvolvimento. (BESSLER, K.E.; NEDER, A.V.F, 2004) fala que
a aprendizagem dos alunos deve ser baseada em princípios fundamentais da química
mediante a observação e interpretação de fenômenos químicos, sem a necessidade de
grandes quantidades de reagentes e técnicas com maior sofisticação.
Com a realização de experiências com materiais alternativos em sala de aula
suprindo o laboratório e reagentes caros, as aulas seguirão novos horizontes. De maneira
que abra os olhos dos alunos para um conhecimento que até não demostravam deter.
(MALHEIROS, 2013) defende que o uso de materiais didáticos proporciona, no processo
de ensino e aprendizagem, alguns benefícios como a facilidade para fixar a aprendizagem,
simplicidade na apresentação de dados, possibilidade de tornar os conteúdos mais
concretos e estímulo à participação dos alunos.
O diagnóstico do problema que ronda o estudo de uma das mais fascinantes
disciplinas tem que ser aplicado na visão dos próprios alunos, o educador deve mostrar
que essa matéria não é algo monótono, algo que não tem fundamento e principalmente
sem relação com o cotidiano de todos os educandos, a partir desse processo de revisão
sobre como repassar nossas aulas de química é que podemos nos reavaliar e adotar novos
métodos para aplicar em sala de aula. Ao relacionar algo do imaginário com o real o aluno
começa a desenvolver novos sentidos no que se refere a qualquer trabalho que seja
realizado, essa relação ocorre mediante as aulas teóricas em conjunto com as práticas.
17
Zagury (2006) afirma que o professor precisa mostrar a beleza e o poder das ideias,
mesmo que use apenas os recursos de que dispõe: quadro-negro e giz.
3.2. A relação do professor com o aluno no Ensino da Química.
É notável o desempenho dos alunos em sala de aula quando estão à praticar
algum experimento, a palavra “praticar” nos remete ao movimento espontâneo para a
realização de alguma coisa, se há movimento haverá a interação dos envolvidos com o
que se estar a trabalhar. (CURY, 2003) afirma que “a exposição interrogada gera a dúvida,
a dúvida gera o estresse positivo, e este estresse abre as janelas da inteligência. Assim
formamos pensadores, e não repetidores de informações”.
As justificativas apresentadas pelos estudantes na atribuição de “bom professor”
eram, em sua maioria, relacionadas à interação professor/aluno. Na percepção dos
estudantes, características como conhecimento da matéria a ser ensinada ou habilidades
para organizar suas aulas se entrelaçam com as maneiras de manter relações positivas.
Cumpre, no entanto, destacar que “quando os alunos verbalizam o porquê da escolha do
professor, enfatizam os aspectos afetivos” (CUNHA, 2005).
Segundo (CUNHA, 2005) a relação de professor/aluno é mais forte quando o
professor domina o conteúdo e consegue colocá-lo de uma maneira mais intuitiva, ou
seja, o mesmo é seguro no que faz. Atualmente se observa que a maioria dos professores
que ministram aulas em específico as aulas de química, ainda não possui formação
adequada para ensiná-la. Essa barreira traz grandes transtornos para os alunos a ponto de
desistirem de frequentar a escola.
O planejamento das atividades experimentais deve ser baseado na vida cotidiana
dos alunos, não podemos colocar atividades que eles não venham relacionar o conteúdo
com sua vivência, com seu dia a dia, isso dificultaria o processo de ensino aprendizagem.
Deve-se relacionar o mundo dos alunos estão vivendo e assim implantar algo que
realmente contribui para a construção do conhecimento com o conteúdo aplicado em sala.
(CHARLOT, 2006) afirma “a escola ideal é aquela que faz sentido para todos e na qual o
saber é fonte de prazer.” Diante dessa afirmação vê-se que a escola que se deseja é a que
promova saberes que o aluno entenda.
Para favorecer a superação de algumas das visões simplistas predominantes no
ensino de ciências é necessário que as aulas de laboratório contemplem discussões
teóricas que se estendam além de definições, fatos, conceitos ou generalizações, pois o
18
ensino de ciências, é uma área muito rica para se explorar diversas estratégias
metodológicas, no qual a natureza e as transformações nela ocorridas estão à disposição
como recursos didáticos, de forma a permitir à construção de conhecimentos científicos
de modo significativo (RAMOS, ANTUNES; SILVA, 2010).
3.3. A Importância da Química no Cotidiano.
A humanidade desde sempre tenta entender como funciona a natureza, a ciências
naturais têm permitido, através de seus instrumentos e métodos conhecer a realidade
externa bem além do alcance de uma mente individual e dos sentidos. O desenvolvimento
desta ciência tem permitido ao homem não só controlar certas transformações conhecidas
mais também obter um número cada vez maior de novos materiais. Os tecidos das roupas
que usamos, as borrachas sintéticas, os plásticos, a obtenção de metais e de ligas
metálicas, os medicamentos, os sabões e detergentes biodegradáveis, a utilização dos
combustíveis, os materiais usados nas construções de casas, móveis, embarcações, aviões,
computadores, eletrodomésticos, são exemplos da importância e da enorme aplicação dos
processos químicos em nossa vida (VEIGA, 2000).
Comumente a mídia relaciona a palavra "química" a fatores prejudiciais à saúde,
devido a expressões como: "produto sem substância química" impressas nas suas
embalagens. Confunde-se, a ideia de isenção de substância artificial com o termo química
que, é incorreto, tem-se vários exemplos como, fazer um pão, o padeiro utiliza-se de
processos químicos; todos os objetos e materiais existentes são constituídos por
substâncias químicas (NELBOLD, 1987).
A maioria das pessoas comuns vê a Química como uma ciência descritiva,
baseada num amontoado assustador de símbolos, tabelas, regras, fórmulas e reações que
nunca parecem não ter fim. Um mundo só para os iniciados onde a linguagem científica
parece sobrepor à nossa realidade, como que bloqueando uma real percepção do seu papel
no nosso cotidiano. Na realidade, as pesquisas e produtos químicos são cada vez mais
responsáveis pela contínua melhoria do padrão de qualidade de vida do ser humano. De
acordo com (Fonseca, 2001), a Química não é um objeto, mas uma ciência que pode trazer
benefícios ou prejuízos aos seres vivos e ao meio ambiente, dependendo da concepção
com que seus conceitos são utilizados e afirma:
19
"A ciência é uma construção completamente humana, movida pela fé de
que, se sonharmos, insistirmos em descobrir, explicarmos e sonharmos de
novo, o mundo de algum modo se tornará mais claro e toda a estranheza do
universo se mostrará interligada e com sentido."
Um problema grave, que será um desafio para a Química neste novo século, é
transformar seus processos antigos em outros mais econômicos e limpos, tornando a
química mais positiva para a opinião pública. As agressões ao meio ambiente é uma
realidade e não se pode esconder, as pesquisas químicas devem ser desenvolvidas com a
preocupação de se minimizarem não só os riscos dos processos e efluentes, como também
a garantia de qualidade dos produtos químicos para o consumidor. (SILVA e
BANDEIRA, 2006). “A química está na base do desenvolvimento econômico e
tecnológico. Da siderurgia à indústria da informática, das artes à construção civil, da
agricultura à indústria aeroespacial, não há área ou setor que não utilize em seus processos
ou produtos algum insumo que não seja de origem química.”
Quando se fala em futuro para a química, fala-se automaticamente em
investimento e busca de novas tecnologias para o País. Portanto, a expansão do setor deve
ser acompanhada por uma ampliação e perenizarão dos recursos voltados à pesquisa e ao
desenvolvimento tecnológico. É necessário transformar a química no nosso País de forma
a garantirmos nosso desenvolvimento sustentado. No mundo globalizado, pode-se dizer
que com exceção das tribos isoladas, todos os habitantes do planeta, fazem uso diário de
produtos químicos sintetizados pela indústria química, desenvolvidas por cientistas de
todo mundo. A química tem gerado empregos e desenvolvimento econômico,
contribuindo, a cada nova descoberta para o aumento da qualidade de vida (ALVES,
2007).
Contudo, é fácil notar o quão é necessário utilizar método com o auxílio de
experimentos com matérias alternativos para o ensino da química nas escolas, e a partir
disso pode-se perceber que a dificuldade dos alunos em compreender conteúdos de
química, pode ser superada/minimizada através da utilização de aulas experimentais, que
o auxilia na compreensão dos temas abordados e em suas aplicações no cotidiano, já que
proporcionam uma relação entre a teoria e a prática. Porém se o professor desenvolver
atividades práticas em sala de aula, estará colaborando para que o aluno consiga observar
a relevância do conteúdo estudado e possa atribuir sentido a este, o que incentiva a uma
aprendizagem significativa e, portanto, duradoura. Comprovado pela grande curiosidade
20
e participação em aulas, números de dúvidas, perguntas e questões realizadas, crescente
opção por cursos de graduação na área das exatas, altos índices de aprovação da
disciplina, melhores desempenhos em avaliações e atividades afins e pela sensação de
maior utilidade pessoal, faz-se cada vez mais importante o desenvolvimento do presente
trabalho.
3.4. O lúdico e os materiais alternativos
A crescente preocupação com o Ensino de Química tem feito com que vários
pesquisadores busquem novas alternativas para tornar a disciplina atraente e desmistificá-
la. Nesse contexto, os alunos têm desenvolvido vários materiais que ajudam no
entendimento de ciências, principalmente a Química.
(RIBEIRO, 2007) em sua pesquisa, identificou e apresentou de forma
significativa conteúdos (temas) que envolvia Química, buscando algumas soluções para
o aprendizado no ensino fundamental, com respeito ao ensino de Ciências (Química), e o
papel das atividades experimentais apresentando os aspectos relevantes desta interação.
(CARVALHO, 2007) em seu projeto, teve como objetivos mostrar a importância
e a viabilidade das atividades experimentais de Química com a utilização de materiais
alternativos para aplicação no 1º ano do ensino médio, na tentativa de melhorar o
entendimento e a assimilação dos conteúdos desta disciplina.
O aprendizado da Química por meio de observações de experimentos, modelos
visuais e lúdico, contribui para uma melhor formação do aluno do Ensino Médio e auxilia
na desmistificação de que a Química não é uma disciplina difícil e puramente teórica, mas
está totalmente relacionada com a prática e se encontra muito mais presente nas nossas
vidas do que podemos imaginar. O interesse pela divulgação e ensino em ciências de
maneira informal implica na produção de meios e recursos adequados. (QUEIROZ,
2004). As atividades experimentais permitem ao estudante uma compreensão de como a
Química se constrói e se desenvolve, ele presencia a reação ao “vivo e a cores”, afinal foi
assim que ela surgiu através da Alquimia, nome dado à química praticada na Idade Média.
21
3.5. O papel das atividades experimentais.
Segundo os ensinamentos de (GALIAZZI, 2005), realizar um experimento
seguido de discussão para a montagem da interpretação dos resultados é uma atividade
extremamente rica em termos de aprendizagem.
(QUEIROZ, 2004), ensina que no caso particular da Química, no Ensino Médio,
os conhecimentos devem integrar uma estrutura funcional que permita prever ou explicar
comportamentos de sistemas materiais, tanto em situações de estudo teórico como de
fatos experimentais ocorridos em laboratório ou na vida diária. Essa estrutura de
conhecimentos deve fundamentar-se em princípios e modelos simples, de aplicação a
mais ampla possível, para poder explicar uma grande variedade de acontecimentos
experimentais com poucos esquemas teóricos satisfatórios.Isto é possível se o ensino for
conduzido de forma tal que o aluno aprenda princípios, baseados em conceitos muito bem
elaborados, sem deixar que ele se perca, além do necessário, no estudo particular de fatos
isolados. Desta forma, os fatos serão racionalmente agrupados, sendo mais fácil para o
estudante, integrar e recuperar a informação por estar relacionada com princípios
fundamentais que lhe servem de referência.
A experimentação pode ter um caráter indutivo e nesse caso, o aluno pode
controlar variáveis e descobrir ou redescobrir relações funcionais entre elas, e pode
também ter um caráter dedutivo quando eles têm a oportunidade de testar o que é dito na
teoria, porém a utilização dessas atividades bem planejadas facilita muito a compreensão
da produção do conhecimento em química, podendo incluir demonstrações feitas pelo
professor, experimentos para confirmação de informações já dadas, cuja interpretação
leve a elaboração de conceitos entre outros, essas atividades é importante na formação
de elos entre as concepções espontâneas e os conceitos científicos, propiciando aos alunos
oportunidades de confirmar suas ideias ou então reestruturá-las (GIORDAN, 1999).
De acordo com (SCHENRTZETER, 2002), as atividades experimentais são
relevantes quando caracterizadas pelo seu papel de investigativa e sua função pedagógica
em auxiliar o aluno na compreensão de fenômenos. No ensino de química,
especificamente, a experimentação deve contribuir para a compreensão de conceitos
químicos, mais ainda as aulas experimentais, de uma forma geral, mão necessitam ser
realizadas em laboratórios com equipamentos sofisticados.
22
Em geral, a forma como as atividades experimentais são abordadas, deixa muito
a desejar, devido à estas serem conduzidas através de roteiros que induzam apenas a
comprovação de fatos.
Segundo (FONSECA, 2001), o trabalho experimental deve estimular o
desenvolvimento conceitual, fazendo com que os estudantes explorem, elaborem e
supervisionem suas ideias, comparando-as com a ideia científica, pois só assim elas terão
papel importante no desenvolvimento cognitivo.
Contudo, essas atividades experimentais podem ser também em outros
ambientes com características e objetivos diferentes, a utilização dessas atividades
experimentais pode acrescentar pensamento do aluno fundamentos de realidade e de
experiência pessoal, em outras palavras as atividades enriquecem e fortalece o
desenvolvimento do aluno.
A experimentação prioriza o contato dos alunos com os fenômenos químicos,
possibilitando ao aluno a criação dos modelos que tenham sentidos para ele, a partir de
suas próprias observações, (GIORDAN, 1999).
3.6. A disciplina de Química e a importância dos experimentos no processo de
ensino-aprendizagem
Na disciplina de química são discutidas as dimensões conceitual, procedimental
e atitudinal de conteúdos de Química, principalmente os princípios pedagógicos dos
vários tipos de atividades que são utilizados como instrumentos para o ensino de Química,
essenciais na ação educativa e basilares na prática de ensino do professor. Antes das
atividades de avaliações, o aluno será apresentado ao referencial teórico necessário para
o professor inserir uma transformação da prática metodológica em sala de aula, com os
objetivos de analisar os principais problemas que professores de Química relatam e
oferecer elementos (teorias e exemplos) que convenham aos futuros professores, para
constituírem seu próprio juízo sobre os problemas analisados e suas prováveis soluções.
Em geral, a falta de atividades experimentais que possam relacionar a teoria e a
prática dificultam o processo de ensino-aprendizagem. Os profissionais de ensino,
afirmam que este problema é devido à falta de laboratórios ou de equipamentos que
permitam a realização de aulas práticas. As escolas públicas e algumas escolas
particulares não dispõem de laboratórios e não têm interesse em resolver essa questão. Os
laboratórios são construções caras, equipamentos sofisticados, reagentes caros e que não
23
podem ser comercializados livremente. A quantidade de alunos no laboratório não pode
ser grande, pois atrapalha o aprendizado dos mesmos, os reagentes têm que ser
frequentemente substituídos e os materiais renovados e repostos.
Em concordância com essa visão, se faz necessário recorrer a metodologias que
contribuam para uma aprendizagem de Química que colabore para a concretização desses
objetivos. Uma dessas opções metodológicas que pode trazer essa contribuição é a
experimentação.
Entendemos que quando a experimentação é desenvolvida juntamente com a
contextualização, ou seja, levando em conta aspectos socioculturais e econômicos da vida
do aluno, os resultados da aprendizagem poderão ser mais efetivos. (QUEIROZ, 2004),
O ensino tradicional é administrado de forma que o aluno saiba inúmeras fórmulas, decore
reações e propriedades, mas sem relacioná-las com a forma natural que ocorrem na
natureza. Trabalhar com as substâncias, aprender a observar um experimento
cientificamente, visualizar de forma que cada aluno descreva o que observou durante a
reação, isto sim leva a um conhecimento definido.
O modelo de formulação de enunciados, partindo de regularidades de resultados
entre os experimentos, caracteriza o conceito indutivista proposto por Francis Bacon.
Ainda no século XVII, Galileu também atribui à experimentação “um papel central no
fazer ciência, o de legitimadora” (GIORDAN, 1999). Essa compreensão de Ciência se
mantém e é fortalecida no início do século XX, com a concepção positivista elaborada
por Comte.
Por outro lado, apesar das críticas, pesquisas (GIORDAN, 1999) têm ressaltado
a importância da experimentação para o processo de ensino-aprendizagem de
ciências/química. Mesmo assim, (GALIAZZI, 2001) argumentam que embora muitos
professores acreditem que possam transformar o ensino de Ciências através da
experimentação, as atividades experimentais são pouco frequentes nas escolas, sob a
justificativa da inexistência de laboratórios, e aquelas que os possuem, não têm recursos
para mantê-los.
As atividades experimentais devem ser encaradas como um dos instrumentos do
discurso das Ciências, e como tal, devem ser incluídas no ambiente de sala de aula, a fim
de permitir a “enculturação” de alunos e professores. Devem permitir que os alunos
possam aprender não só as teorias das Ciências, entre elas a química, mas também como
se constrói o conhecimento científico em um processo de questionamento, discussão de
argumentos e validação desses argumentos por meio do diálogo oral e escrito, com uma
24
comunidade argumentativa que começa na sala de aula, mas a transcende. (VIEIRA,
2007), A experimentação de baixo custo representa uma alternativa cuja importância
reside no fato de diminuir o custo operacional dos laboratórios e gerar menor quantidade
de lixo químico (além de permitir que mais experiências sejam realizadas durante o ano
letivo.
25
4. MATERIAIS E MÉTODOS
4.1. Local do estudo.
A pesquisa foi desenvolvida na escola pública estadual, Centro de Ensino
Governador José Sarney, localizado no Centro – Bom Jardim, Estado do Maranhão,
Município e Distrito pela Lei Estadual nº 2735, de 30 de dezembro de 1966, totalmente
desmembrado de Monção e conservando sua primitiva denominação, cuja origem não é
conhecida.
Elevado à categoria de município e distrito com a denominação de Bom Jardim,
pela lei estadual nº 2735, de 30-12-1964, desmembrado de Monção. Sede no atual distrito
de Bom Jardim ex-localidade. Constituído do distrito sede. Instalado em 14-03-1967.
4.2. Aplicação de experimentos com materiais alternativos no ensino médio
Inicialmente, realizou-se um levantamento bibliográfico em livros, artigos
científicos e outros materiais específicos da área para a seleção dos experimentos com
materiais alternativos a serem desenvolvidos em sala de aula, sendo preferencialmente
escolhidos os experimentos com relação direta com o cotidiano dos alunos.
Posteriormente, foram elaborados os roteiros de cada experimento contendo título,
objetivos, material e métodos. As aulas práticas foram aplicadas em sala de aula com 29
discentes do 1° ano do ensino médio e foram aplicados questionários antes e após a
execução dos experimentos para avaliação do nível de aprendizagem dos alunos acerca
dos conteúdos abordados juntamente com o questionário avaliativo das aulas ministradas.
Para a realização do trabalho, os alunos foram orientados como proceder com a
organização dos materiais trazidos. Esses materiais são de fácil acesso, sendo esses
encontrados em qualquer residência, supermercados e farmácias.
26
4.3. Experimentos com materiais alternativos aplicados na disciplina de Química
Com o intuito de aproximar os conhecimentos dos alunos no que diz respeito o
aprendizado de Química desenvolveu-se as seguintes atividades na 1ª série do Ensino
Médio.
4.3.1 Experimentos da 1ª Série do Ensino Médio
 EXPERIMENTO 1
- Título: Determinação do caráter ácido-base utilizando indicador alternativo
extrato de repolho roxo.
- Objetivo: Determinar o caráter ácido-base de algumas substâncias que usamos
no dia-a-dia utilizando um indicador extraído do repolho roxo.
- Materiais:
Quadro 1: Materiais que serão utilizados no experimento 1.
Materiais e Reagentes
Copo de vidro
Canudo ou colher de plástico
Pote graduado de cozinha
Seringa
Papel filtro de café ou pano (frauda)
Liquidificador
Faca
Repolho roxo
Agua
Ácido muriático
Vinagre
Agua mineral com gás
Álcool
Soda Caustica
Soda Limonada
Amoníaco
27
- Procedimento experimental:
Triturou-se uma mistura de repolho roxo picado e álcool em um liquidificador.
Filtrou-se em papel de filtro ou pano (frauda) para obter uma solução.
Preparar as seguintes soluções em copos de vidro:
 50 ml de água + 10ml de ácido muriático;
 50 ml de vinagre;
 50 ml de soda limonada;
 50 ml de água mineral com gás;
 50 ml de água + 10 ml de álcool;
 50 ml de água + 5 ml de leite de magnésia;
 50 ml de água + 5 ml de amoníaco;
 50 ml de água + uma colher de soda cáustica.
28
 EXPERIMENTO 2
- Título: Chuva ácida.
- Objetivo: Simular uma chuva ácida.
- Materiais:
Quadro 2: Materiais que serão utilizados no experimento 2.
Materiais e Reagentes
Frasco de vidro grade
Arame
Tampa de garrafa de cerveja
Martelo
Prego
Copo
Isqueiro ou fósforo
Repolho roxo
Enxofre
- Procedimento experimental:
Perfurou-se a tampa da garrafa de cerveja e a tampa do frasco com o auxilio de
um martelo e prego, passou-se o arame no furo que foi feito com o prego conforme figura
1.
Figura 1:
Fonte: arquivo pessoal
29
Adicionou-se 30ml de extrato de repolho roxo no frasco e em seguida colocou-
se enxofre na tampa de garrafa conforme figura 2.
Figura 2
Fonte: arquivo pessoal
Queimou-se o enxofre utilizando um isqueiro ou fósforo, e em seguida fechou-
se o frasco para não deixar escapar o gás SO2 produzido durante a queima.
30
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Segundo FONSECA, (2001), o trabalho experimental deve estimular o
desenvolvimento conceitual, fazendo com que os estudantes explorem, elaborem e
supervisionem suas ideias, comparando-as com a ideia científica, pois só assim elas terão
papel importante no desenvolvimento cognitivo. E com esse pensamento que ao passo que
as atividades foram sendo desenvolvidas, percebeu-se a interação dos alunos, fato que
antes da aplicação do projeto não acontecia. Todos se empenharam em realizar a
experiência pretendida para cada grupo, construindo assim uma relação de plena interação
com a aula em questão e com os mesmo, tornando o conteúdo de fácil compreensão e
divertido.
Logo abaixo veremos os resultados obtidos através do assunto aplicado e
consequentemente os gráficos contendo os resultados referentes ao antes e depois da
aplicação do conteúdo.
31
 EXPERIMENTO 1
No experimento 1 observou-se como é possível e viável fazer a identificação de
PH das substancias ácidas e bases, observou-se que em todas as soluções utilizadas
houveram mudanças de coloração, este fato realçou a curiosidade dos alunos tornando as
aulas aplicadas de grande aproveitamento. ALMEIDA, (2003), em seu trabalho
Determinação do caráter ácido-base, utilizou como indicador alternativo extrato de
repolho roxo buscando melhorar a qualidade de ensino por meio da experimentação.
Os resultados obtidos referentes às colorações das soluções aplicadas nos
experimentos seguem na figura 3 e tabela abaixo.
Figura 3:
Fonte: Arquivo pessoal
Quadro 2: Resultados de coloração segundo substancias utilizadas.
Soluções Coloração
Acido muriático Vermelha intenso
Vinagre Vermelha suave
Soda limonada Rosa
Água com gás Lilás
Álcool com água Azul
Amônia Amarela fraca
Soda caustica Amarela forte
pH = 1,0 pH = 3,0 pH = 5,0 pH = 7,0 pH = 11,0 pH = 12,0 pH = 14,0
32
 EXPERIMENTO 2
CAROLINE PEDROLO, (2016), fala que a chuva ácida é um fenômeno que
ocorre no meio ambiente, sua causa é gerada por resíduos e pela queima de combustíveis
fósseis como carvão mineral, petróleo, etc. Ela pode causar prejuízos ao longo dos anos
como, por exemplo, na corrosão de estátuas de pedra, pinturas de automóveis dentre
outras. Na agricultura, essa chuva causa estragos em plantações e compromete a safra
devida sua acidez.
Com a queima de enxofre (S) e formação de SO2 (óxido de enxofre).
Observando as seguintes equações, S + O2 → SO2, SO2 + ½ O2 → SO3 produzindo assim
SO3 + H2O → H2SO4 (ácido sulfúrico). Quando o indicador de repolho roxo entra em
contato com H2SO4 a solução muda de coloração conforme figura 4:
Figura 4:
Fonte: Arquivo pessoal
O processo acima é uma demonstração do que ocorre na natureza. A chuva rica
em ácidos, como H2SO4, corrói as estruturas, desde substâncias mais duras (mármore e
metais) até frágeis plantas.
33
5.1. Avaliação e percepção dos alunos sobre a aplicação dos experimentos com
materiais alternativos nas aulas de Química.
Buscando obter uma análise nível de compreensão 29 discentes da turma da 1ª
série do Ensino Médio do Centro de Ensino Governador José Sarney, aplicou-se um
questionário contendo perguntas relacionadas ao tema de ácidos e bases, assunto esse de
grande interação com os mesmo, já que, eles dispõem facilmente de uma grande variedade
de ácidos e bases em suas residências.
Na figura 8, no que diz respeito ao seu entendimento sobre o pH de ácidos e
bases, dos entrevistados, 72% afirmam que entendem sobre o assunto e 28% não
entendem nada (Figura 5).
Figura 5 - Percentual de respostas dos alunos sobre o entendimento no que diz
respeito pH de ácidos e bases:
Fonte: Arquivo pessoal.
A figura 06, que trata do grau de entendimento dos 29 alunos sobre
“Prejudicialidade de ácidos e bases”, mostra que 29% afirmam que entendem sobre o
assunto e 71% não entendem nada. Estes dados demostram que é preciso haver uma
melhora no Ensino de Química que atualmente é aplicado.
Fonte: Arquivo pessoal.
34
Figura 6 - Percentual de respostas dos alunos sobre o entendimento relacionado com
os perigos e consequências do uso de ácidos e bases.
Fonte: Arquivo pessoal.
A figura 7 trata do grau de entendimento dos 29 alunos sobre “Ácidos e bases
dentro de casa”. Dos entrevistados, 83% afirmam que possuem algum ácido ou alguma
base e 17 % não dispõem dos mesmos em suas residências.
Estes dados mostram que há um entendimento sobre os perigos e consequências da
utilização de ácidos e bases.
Figura 7 - Percentual de respostas dos alunos sobre disponibilidade de algum tipo
ácido ou base em sua casa.
Fonte: Arquivo pessoal.
35
Na figura 8 que trata do entendimento dos alunos sobre “utilização de ácidos e
bases na indústria” observou-se que, 67% afirmam que ácidos e bases são utilizados em
indústrias e 33% discordam. Nota-se que falta de contextualização do conteúdo teórico
com cotidiano do aluno reflete esse resultado.
Figura 8 - Percentual de respostas dos alunos sobre a “utilização de ácidos e bases
na indústria”.
Fonte: Arquivo pessoal.
Na figura 9 a pesquisa teve como objetivo analisar o nível de conhecimento dos
29 alunos sobre “antiácido e reação de neutralização”, no que diz respeito ao
entendimento sobre o assunto. Dos mesmos, 64% afirmam que entendem e 36% que não.
Nos dados acima citados e no gráfico 12 é possível perceber que há muito que se melhorar
na aplicação dos conteúdos.
Figura 9 - Percentual de respostas dos alunos sobre “antiácido e reação de
neutralização”.
Fonte: Arquivo pessoal.
36
5.2. Resultados posteriores à aplicação das aulas teóricas em conjunto com as
práticas.
Segundo Guimarães (2009) o ensino tradicional tem uma abordagem passiva ao
aprendiz que frequentemente é tratado como mero ouvinte das informações que o
professor expõe. Tais informações, quase sempre, não se relacionam com os
conhecimentos prévios que os estudantes construíram ao longo de sua vida. E quando não
há relação entre o que o aluno já sabe e aquilo que ele está aprendendo, a aprendizagem
não é significativa. Com a realização deste trabalho, visando uma melhora no ensino de
química, procurando trabalhar com materiais de fácil acesso e sempre associado
diretamente o conteúdo com o cotidiano dos discentes, observou-se uma melhora no
desenvolvimento dos mesmos no que diz respeito à associação entre o conteúdo teórico
e as aulas práticas, além disso, observou-se também uma maior troca de informações entre
os alunos uma vez que as aulas práticas foram trabalhadas em grupo.
Os dados a seguir estão relacionados com as figuras 5, 6, 7, 8 e 9 anteriormente
citadas, de forma que possa-se comparar com os resultados posteriores à aplicação das
aulas práticas sendo que os mesmos se encontram nas figuras 10, 11, 12, 13 e 14.
37
Depois da aplicação das práticas foi questionado qual o grau de entendimento
sobre “pH ácidos e bases”, observou-se que houve um ganho de grande relevância com a
implementação das práticas experimentais, como mostra a figura 10, em que, 91%
afirmam que têm conhecimento sobre o assunto e 9% se mantiveram-se sem alteração de
conhecimento.
Figura 10 - Percentual de respostas dos alunos sobre o entendimento no que diz
respeito PH de ácidos e bases:
Fonte: Arquivo pessoal.
A figura 11, que trata do grau de entendimento sobre a “Prejudicialidade de
ácidos e bases”, mostra que 97% passaram a entender sobre o assunto e 3% se
mantiveram com a mesma opinião. Estes dados demostram a eficiência das aulas práticas
no ensino de Química.
Figura 11 - Percentual de respostas dos alunos sobre o entendimento no que afirma
sim ou não no que diz respeito ácidos e base são prejudiciais.
Fonte: Arquivo pessoal.
38
A figura 12 que segue abaixo trata do grau de entendimento dos 29 alunos sobre
“Ácidos e bases dentro de casa”. Dos entrevistados, 95% afirmam que possuem algum
ácido ou alguma base dentro de casa e 5 % reafirmaram que não dispõem dos mesmos
em suas residências. É notável o aproveitamento dos mesmos com o auxilio das aulas
práticas, a figura 8 expressa os dados mencionados acima.
Figura 12 - Percentual de respostas dos alunos sobre disponibilidade de algum tipo
ácido ou base em sua casa.
Fonte: Arquivo pessoal.
Na figura 13 que trata do entendimento dos alunos sobre “utilização de ácidos
e bases na indústria” observou-se que, 81% passaram a afirmar que ácidos e bases são
utilizados em indústrias e 19% se mantiveram. Nota-se que a associação das aulas teóricas
com as praticas foi muito produtiva, uma vez que realçou o conhecimento dos que ainda
não compreendiam o assunto.
Figura 13 - Percentual de respostas dos alunos sobre a “utilização de ácidos e bases
na indústria”.
Fonte: Arquivo pessoal.
39
Na figura 14, trata sobre “antiácido e reação de neutralização”, onde dos 29
entrevistados anteriormente, 98% afirmam que entendem o que é um antiácido e o que é
uma reação de neutralização, e apenas 2% se mantiveram com a mesma opinião. Nos
dados acima citados é possível perceber que houve uma expressiva melhorar no
entendimento dos alunos sobre o tema de ácidos e bases, demostrando que as aulas
práticas utilizando materiais alternativos são importantes no processo de ensino-
aprendizagem da química.
Figura 14 - Percentual de respostas dos alunos sobre “antiácido e reação de
neutralização”.
Fonte: Arquivo pessoal.
40
5.2. Avaliação do conhecimento dos alunos – antes e depois da aplicação dos
conteúdos.
Após realização do processo de aplicação das aulas teóricas e práticas, fez-se
tabulação de dados estatísticos do nível de aproveitamento e rendimento dos alunos em
comparação do antes e depois, constatando que o nível de conhecimento antes
correspondia a 38% sobre o assunto e depois da aplicação da temática em questão houve
evolução de 62% em relação ao antes e o depois. Conforme mostra os índices abaixo
representados pela figura 15:
Figura 15 - Média geral de aproveitamento dos alunos mediante o conteúdo
trabalhado.
Fonte: Arquivo pessoal.
41
A figura 16 demonstra o nível percentual de aceitação e satisfação dos alunos
pelo assunto abordado auto avaliando em “ótimo, muito bom, bom e regular”, conforme
segue:
Figura 16 - Tratando da auto avaliação dos conteúdos aplicados.
Com a aplicação dos questionários após realização das aulas teóricas e práticas
experimentais, dos 29 alunos, 84% disseram que foi ótimo, 16% muito bom, 0% bom e
0% regular referente ao trabalho realizado. Fonte: Arquivo pessoal.
Esses dados confirmam que a disciplina de química passa por grandes
dificuldades no repasse de conteúdo para os discentes em virtude da complexidade, mais
que é possível alcançar boa aprendizagem nessa disciplina relacionando o cotidiano do
aluno com os temas abordados em sala de aula.
Campos, Bortolo e Felício (2014) destacam que o processo de compreensão dos
conceitos é gradual e exige esforços dos alunos e, para que a compreensão seja melhorada
cada vez que entra um novo contato com o conceito, para o aluno aprender um
determinado assunto, ele deve relacioná-lo aos conhecimentos prévios que possui.
Ribeiro (2007) em sua pesquisa, identificou e apresentou de forma significativa
conteúdos (temas) que envolvia Química, buscando algumas soluções para o aprendizado
no ensino fundamental, com respeito ao ensino de Ciências (Química), e o papel das
atividades experimentais apresentando os aspectos relevantes desta interação. Seguido
essa linha de raciocínio, pode-se afirmar que as práticas experimentais e uma opção viável
no Ensino de Química, os dados mostrados neste trabalho confirmam a eficácia da
aplicação dessa metodologia como forte mediadora no aprendizados dos alunos.
42
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A princípio encontramos muitos discentes desinteressados pela ciência da
Química por não entenderem fenômenos simples do cotidiano. É comum deparar-se com
esta situação sabendo que o fato é comum no decorrer dos dias e que a ciência está
inserida nas atividades mais simples. Com relação aos materiais envolvidos nas atividades
práticas, há de se considerar que a maioria das escolas públicas não dispõem de meios
para a realização de práticas experimentais na disciplina de Química. Dessa forma, os
resultados obtidos neste trabalho vêm mostrar uma alternativa para o uso de materiais do
dia a dia a serem aplicados nas aulas. Ainda que não haja em casa estes produtos, é
possível consegui-los em farmácias, mercados ou casas agropecuárias.
Nas escolas públicas, atividades desenvolvidas com materiais do uso diário
acabam enriquecendo ainda mais o conteúdo, pois os alunos já os conhecem e
aperfeiçoam aquilo que já têm por conhecimento empírico. Toda e qualquer atividade
deve estar adaptada à realidade do aluno, este é o segredo de um bom desempenho escolar.
Considerando os rendimentos, assevera-se que o trabalho validou-se e que, o
objetivo de aproximar os alunos da ciência “Química” foi cumprido integralmente. Ao
passo que as atividades foram sendo desenvolvidas, percebeu-se que os alunos interagiam
mais facilmente com colegas e professor, fato que antes da aplicação do projeto não
acontecia. Todos os alunos contribuíram muito, trazendo de suas residências diversos
materiais, que foram destinados a aplicação das aulas práticas.
O estímulo dos alunos foi despertado quando os mesmos perceberam que, para
aprender a Química basta usar a criatividade e que pelo fato da ciência está entrelaçada
ao nosso redor, a construção do conhecimento se dá mais facilmente usando materiais
acessíveis.
Conclui-se que a aplicação deste trabalho proporcionou aos discentes uma maior
aproximação da Química com o seu dia a dia e a visão desta como uma disciplina de
difícil compreensão que foi superada.
43
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do 2º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária. Belo Horizonte, 2004.
Disponível em https://www.ufmg.br/congrext/Educa/Educa93.pdf. Acesso em
18.ago.12.
QUEIROZ, S. L. Do fazer ao compreender ciências: reflexões sobre o aprendizado de
alunos de iniciação científica em química. Ciência & Educação, Bauru, v. 10, n.
1, 2004.
RAMOS, L. S.; ANTUNES, F.; SILVA, L. H. A concepção de professores de Ciências
sobre o Ensino de Ciências. Revista da SBEnBio, n. 3, p. 1.666-1.674, out. 2010.
45
RIBEIRO, M. H. de O. O Ensino de Ciência Envolvendo as Primeiras Noções de Química
no Terceiro e Quarto Ciclo do Ensino Fundamental na Unidade escolar Pedro
Álvares Cabral: Um Estudo de Caso. Projeto de IC - CNPq (Graduação em
Licenciatura Plena em Química) – Curso de Licenciatura Plena em Química,
Centro Federal de Educação Tecnológica do Maranhão, 2007
SANMARTÍ, N. Didactica de las ciencias en la educación secundaria obligatoria. Madrid:
Síntesis, 2002.
SCHNETZLER, R. P. A Pesquisa em Ensino de Química no Brasil: Conquistas e
Perspectivas. Química Nova, v. 25, s1, p.14, 2002.
TREVISAN, Tatiana Santini e MARTINS, Pura Lúcia Oliver. A prática pedagógica do
professor de química: possibilidades e limites. UNIrevista. Vol. 1, n° 2 : abril,
2006.
VIEIRA, H. J.; FIGUEIREDO-FILHO, L. C. S., e FATIBELLO-FILHO, O. (2007): “Um
Experimento Simples e de Baixo Custo para Compreender a Osmose”, in:
Química Nova na Escola, n.º 26, pp.37-39.
VIRGOLIM, A. M. R. (1991). Criatividade, autoconceito e atitudes com relação à escola
entre alunos de escolas abertas,intermediárias e Tradicionais. Dissertação de
Mestrado não publicada. Universidade de Brasília, UnB, Brasília, DF.
ZAGURY, Tânia. Fala mestre. In: NOVA ESCOLA, nº 192, p.20-22, maio, 2006.
46
APÊNDICE
47
APENDICE A: Questionários aplicados com os discentes da 1ª série do Ensino Médio
do Centro de Ensino Governador José Sarney.
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIENCIA E TECNOLOGIA DO
MARANHÃO PARFOR
Discente: TIAGO GONÇALVES PACHECO
Orientadora: JOSILENE LIMA SERRA
QUESTIONÁRIO AVALIATIVO DO TEMA ÁCIDOS E BASES
1. O QUE VOCÊ ENTENDE POR ÁCIDOS?
A) O ÁCIDO É ALGO QUE QUEIMA E CORROÍE
B) TEM PH ABAIXO DE 7
C) TEM PH ACIMA DE 7
D) PODE SER CONSUMIDO COMO ALIMENTO
E) NÃO SEI
2. O QUE VOCÊ ENTENDE POR BASE?
A) BASE É ALGO QUE QUEIMA E CORROÍE
B) TEM PH ABAIXO DE 7
C) TEM PH ACIMA DE 7
D) PODE SER CONSUMIDO COMO ALIMENTO
E) NÃO SEI
3. PARA VOCÊ TODO ÁCIDO É PREJUDICIAL?
A) SIM
B) NÃO
PORQUÊ?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
_________________________
4. PARA VOCÊ TODA BASE É PREJUDICIAL?
A) SIM
B) NÃO
PORQUÊ?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________
5. VOCÊ TEM ALGUM ÁCIDO DENTRO DE CASA?
A) SIM
B) NÃO
DÊ UM EXEMPLO:
______________________________________________________________________
_______________
48
6. VOCÊ TEM ALGUMA BASE DENTRO DE CASA?
A) SIM
B) NÃO
DÊ UM EXEMPLO:
______________________________________________________________________
________________________________________
7. ONDE VOCÊ ACHA QUE OS ÁCIDOS SÃO UTILIZADOS?
A) ALIMENTOS
B) PRODUTOS DE LIMPEZA
C) SOLVENTES
D) TODAS AS ALTERNATIVAS ACIMA
E) NÃO SEI
8. ONDE VOCÊ ACHA QUE AS BASES SÃO UTILIZADAS?
A) ALIMENTOS
B) PRODUTOS DE LIMPEZA
C) SOLVENTES
D) TODAS AS ALTERNATIVAS ACIMA
E) NÃO SEI
9. O QUE VOCÊ ENTENDE POR ANTIÁCIDO?
A) UMA SUBSTÂNCIA QUE NEUTRALIZA A BASE
B) UMA SUBSTÂNCIA QUE NEUTRALIZA O ÁCIDO
C) É UMA SUBSTÂNCIA ÁCIDA
D) NÃO SEI
10. NA SUA OPINIÃO, O QUE É UMA REAÇÃO DE NEUTRALIZAÇÃO?
A) É UMA REAÇÃO MANTÉM UM PH NEUTRO (IGUAL A 7)
B) É UMA REAÇÃO MANTÉM UM PH NEUTRO (MENOR QUE 7)
C) É UMA REAÇÃO MANTÉM UM PH NEUTRO (MAIOR QUE 7)
D) NÃO SEI
49
COM RELAÇÃO AS AULAS PRÁTICAS, ASSINALE AS ALTERNATIVAS
COM UM X PARA AS QUESTÕES QUE VOCÊS CONSIDERA CORRETAS.
1. COMO VOCÊ AVALIA O APROVEITAMENTO DAS AULAS PRÁTICAS?
A) ÓTIMO ( )
B) BOM ( )
C) REGULAR ( )
D) SEM APROVEITAMENTO ( )
2. NO SEU CONCEITO AULAS PRÁTICAS FAVORECE A APRENDIZAGEM?
A) SIM ( )
B) NÃO ( )
3. VOCÊ GOSTARIA QUE AS AULAS TEÓRICAS FOSSEM ACOMPANHAS DE
AULAS PRÁTICAS?
A) SIM ( )
B) NÃO ( )
4. O GRAU DE ENTENDIMENTO DA AULA PRÁTICA E SUPERIOR AO DA
AULA TEÓRICA?
A) SIM ( )
B) NÃO ( )
5. COMENTÁRIOS:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
_______________________________________________________
50
APENDICE B: Fotos dos experimentos aplicados com os discentes da 1ª série do
Ensino Médio do Centro de Ensino Governador José Sarney.
Figura 1. Experimento 1 aplicado na 1ª série do Ensino Médio.
Fonte: Arquivo pessoal
51
Figura 2. Experimento 2 aplicado na 1ª série do Ensino Médio.
Fonte: Arquivo pessoal

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ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”.

  • 1. INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO MARANHÃO – CAMPUS ZÉ DOCA DIRETORIA DE DESENVOLVIMENTO DE ENSINO PLANO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA - PARFOR CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”. TIAGO GONÇALVES PACHECO Zé Doca 2016
  • 2. P116j Pacheco, Tiago Gonçalves. Ácidos e bases: “uma proposta de ensino com a inclusão de experimentos com materiais alternativos no ensino da química no 1º ano do ensino médio”. / Tiago Gonçalves Pacheco. – Zé Doca: IFMA Zé Doca, 2016. 41 f.: il. Monografia (Curso Licenciatura em química) – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão – Campus Zé Doca, 2016. Orientadora: Prof. Msc. Josilene Lima Serra. 1. Ensino de química – materiais alternativos. 2. Química – ferramentas de ensino. 3. Química – ácidos e bases. I. Título. CDU (043.2)37.02:543
  • 3. TIAGO GONÇALVES PACHECO ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”. Monografia apresentada ao Instituição Federal de Ciências e Tecnologias do Maranhão - IFMA, Campus Zé Doca, como requisito para obtenção do Grau de Licenciatura em Química. Orientador (a): MSc. Josilene Lima Serra Zé Doca - MA 2016
  • 4. Tiago Gonçalves Pacheco ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”. Monografia apresentada ao Instituição Federal de Ciências e Tecnologias do Maranhão - IFMA, Campus Zé Doca, como requisito para obtenção do Grau de Licenciatura em Química. Aprovada em 02/08/2016. BANCA EXAMINADORA __________________________________________________ Profa. MSc. Josilene Lima Serra Orientadora (IFMA-Campus Zé Doca) ________________________________________________ Esp. Maria de Lourdes Barros (IFMA-Campus Zé Doca) __________________________________________________ MSc. Katrícia Maria Feitosa Cardoso (IFMA-Campus Zé Doca)
  • 5. AGRADECIMENTOS A Deus pela oportunidade que me foi concedida, aos meus colegas e familiares pelo apoio durante minhas fraquezas e alegrias. Agradeço também aqueles que não estão entre nós por fortes motivos, motivos esses que os levaram a desistir dessa caminhada, mas que durante a convivência me acrescentaram muitas coisas boas e me realçaram, em especial a um companheiro que no dia de hoje se formaria também, e que trouxe alegria aos corações de todos que o conheceu meu grande amigo, colega e irmão Nélio. Sou muito grato a minha orientadora Josilene Lima Sera, que acreditou em mim; que me ajudou a crescer pessoalmente e profissionalmente, ao meu Padrinho Antônio que colaborou com seus conhecimentos no levantamento de dados deste trabalho, a coordenação do curso pelo apoio dado durante todos esses anos, enfim a todos que contribuíram de alguma forma para minha formação acadêmica meu eterno obrigado.
  • 6. “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. ” Antoine Lavoisier
  • 7. LISTA DE FIGURAS Figura 1...........................................................................................................................27 Figura 2...........................................................................................................................28 Figura 3...........................................................................................................................30 Figura 4...........................................................................................................................31 Figura 5 - Percentual de respostas dos alunos sobre o entendimento no que diz respeito pH de ácidos e bases:.......................................................................................................32 Figura 6 - Percentual de respostas dos alunos sobre o entendimento no que afirma sim ou não no que diz respeito ácidos e base são prejudiciais.......................................................................................................................33 Figura 7 - Percentual de respostas dos alunos sobre disponibilidade de algum tipo ácido ou base em sua casa...............................................................................................33 Figura 8- Percentual de respostas dos alunos sobre a “utilização de ácidos e bases na indústria”.........................................................................................................................34 Figura 9 - Percentual de respostas dos alunos sobre “antiácido e reação de neutralização”..................................................................................................................34 Figura 10 - Percentual de respostas dos alunos sobre o entendimento no que diz respeito pH de ácidos e bases:.........................................................................................36 Figura 11 - Percentual de respostas dos alunos sobre o entendimento no que afirma sim ou não no que diz respeito ácidos e base são prejudiciais.......................................................................................................................36 Figura 12 - Percentual de respostas dos alunos sobre disponibilidade de algum tipo ácido ou base em sua casa...............................................................................................37 Figura 13 - Percentual de respostas dos alunos sobre a “utilização de ácidos e bases na indústria”.........................................................................................................................37 Figura 14 - Percentual de respostas dos alunos sobre “antiácido e reação de neutralização”................................................................................................................38 Figura 15 - Média geral de aproveitamento dos alunos mediante o conteúdo trabalhado........................................................................................................................39 Figura 16 - Tratando da auto avaliação dos conteúdos aplicados..................................40
  • 8. Sumário 1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................11 2. OBJETIVOS..................................................................................................................14 2.1. Geral .......................................................................................................................14 2.2. Específicos ..............................................................................................................14 3. REVISÃO DE LITERATURA......................................................................................15 3.1. A Química no Ensino Médio.........................................................................................15 3.2. A relação do professor com o aluno no Ensino da Química. .....................................17 3.3. A Importância da Química no Cotidiano. .................................................................18 3.4. O lúdico e os materiais alternativos..........................................................................20 3.5. O papel das atividades experimentais. ......................................................................21 3.6. A disciplina de Química e a importância dos experimentos no processo de ensino- aprendizagem......................................................................................................................22 4. MATERIAIS E MÉTODOS..........................................................................................25 4.1. Local do estudo. ...........................................................................................................25 4.2. Aplicação de experimentos com materiais alternativos no ensino médio........................25 4.3. Experimentos com materiais alternativos aplicados na disciplina de Química................26 4.3.1 Experimentos da 1ª Série do Ensino Médio ......................................................26 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO:...................................................................................30 5.1. Avaliação e percepção dos alunos sobre a aplicação dos experimentos com materiais alternativos nas aulas de Química........................................................................................33 5.2. Resultados posteriores à aplicação das aulas teóricas em conjunto com as práticas........36 5.2. Avaliação do conhecimento dos alunos – antes e depois da aplicação dos conteúdos. .............................................................................................................................40 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................................42 REFERÊNCIAS....................................................................................................................43 APÊNDICE ...........................................................................................................................46
  • 9. RESUMO O presente trabalho foi desenvolvido no Centro de Ensino Governador José Sarney, escola pública estadual, localizado no município de Bom Jardim, Estado do Maranhão, tendo como objetivo avaliar o desempenho dos alunos com a utilização de aulas práticas e materiais alternativos, que visam melhorar a qualidade do Ensino de Química, em virtude da grande dificuldade que os educadores têm em transmitir o conhecimento em decorrência da ausência de laboratório em pleno funcionamento e os alunos em absorver o conteúdo na forma teórica devido à falta de aulas práticas. O método encontrado para resolver esse problema foi à aplicação de atividades experimentais com materiais alternativos no processo de ensino-aprendizagem, encadeando a teoria-prática, apoiando-se em materiais comuns do cotidiano dos discentes. Neste sentido, o tema aplicado foi “ácidos e bases”, tema esse muito relevante ao cotidiano dos educandos, foram realizadas práticas experimentais com materiais de fácil acesso com 29 alunos do 1° Ano do Ensino Médio. Anterior às aulas práticas, aplicou-se um questionário com o intuito de verificar a aprendizagem, pode-se assim investigar se realmente as aulas práticas melhoram a aprendizagem dos envolvidos. No segundo momento aplicou-se novamente dois questionários, um avaliativo com fins de verificar o nível de compreensão dos conteúdos abordados e um outro auto avaliativo com o propósito de saber o grau de satisfação das aulas práticas. Os resultados obtidos foram satisfatórios no processo de ensino-aprendizagem, uma vez que, no início os alunos envolvidos tinham 38% de conhecimento sobre o assunto, com a aplicação os mesmos atingiram 62% do aprendizado coerente aos temas abordados na disciplina de Química com a ajuda das aulas teóricas e práticas, atingindo uma melhora de mais de 36,21% de aproveitamento. Palavras-chave: Dificuldade, Laboratório, Ensino-Aprendizagem, Cotidiano, Ácidos, Bases.
  • 10. ABSTRACT This work was developed in the Education Center Governor José Sarney, public school, located in the city of Bom Jardim, Maranhao State, and to evaluate the performance of students with the use of practical classes and alternative materials, to improve the quality of Chemistry Teaching, because of the great difficulty that educators have to transmit knowledge due to the absence of laboratory fully operational and students to absorb content in theoretical form due to lack of practical classes. The method found to solve this problem is the application of experimental activities with alternative materials in the teaching-learning process, chaining the theory and practice, relying on common everyday materials of students. In this sense, the theme was applied "acids and bases," this theme very relevant to the daily lives of students, experimental practices were conducted with easy access with 29 students of 1st year of high school materials. Previous practical classes, we applied a questionnaire in order to check the learning, can thus investigate whether really practical classes improve learning involved. The second time was applied again two questionnaires, an evaluation for purposes of verifying the level of understanding of the content covered and another self evaluation in order to know the degree of satisfaction of the practical classes. The results were satisfactory in the teaching-learning, since the beginning the students involved had 38% of knowledge on the subject, applying the same reached 62% of consistent learning the topics covered in the subject of chemistry with help of theoretical and practical classes, reaching an improvement of more than 36.21% yield. Keywords: Problems, Laboratory, Teaching and Learning, Daily Life, Acids, Bases.
  • 11. 11 1. INTRODUÇÃO O processo de ensino aprendizagem de alunos e professores em escolas públicas apresentam diversas dificuldades em relação à disciplina de química e neste contexto, a disciplina de química por diversas vezes é vista como um assunto que não desperta o interesse dos estudantes, apesar de possuir um conteúdo vasto e que se encontra extremamente presente em nosso cotidiano. A propósito, CHASSOT (2003) lembra que a transmissão dos conhecimentos químicos deve ser encharcada na realidade, e isso não significa o reducionismo que virou um modismo: Química do Cotidiano, mas ensinar a Química dentro de uma concepção que destaque o papel social da mesma. A elaboração deste trabalho, está baseada em vários autores, conceituados no estudo da História da Química e da História da Educação no Brasil, de maneira que expõe o surgimento e o desenvolvimento do ensino das ciências e da química dentro do sistema educacional brasileiro. O documento de Química propõe ainda, um trabalho pedagógico que visa à ampliação das capacidades e o desenvolvimento dos alunos do Ensino Médio da Escola Estadual Centro de Ensino Governador José Sarney, de observar, conhecer, explicar, comparar e representar as características químicas do meio em que vivem e de diferentes formas. O Ensino de Química atualmente apresenta muitas Problemáticas não desenvolvidas dificuldades em sua aplicação, principalmente em escolas que não possuem um laboratório equipado e em funcionamento para realçar a aprendizagem dos alunos. Levando em consideração essa problemática, houve a necessidade de se analisar mais profundamente esse problema no ensino de química na rede pública, em especial na Escola em estudo. NUNES e ADORNI (2010) comenta que em particular, no ensino da química, percebe-se que os alunos, muitas vezes, não conseguem aprender, não são capazes de associar o conteúdo estudado com seu cotidiano, tornando-se desinteressados pelo tema. Isto indica que este ensino está sendo feito de forma descontextualizada e não interdisciplinar. Outro problema encontrado foi o desinteresse pela ciência de química, sendo que um dos principais motivos era a aplicação sem o auxílio de novas ideias como as práticas experimentais para estimular o ensino e o interesse dos educandos. A falta de estruturação dos prédios públicos de ensino em sua maioria é preocupante, ou seja, na maioria das escolas públicas não existe laboratórios de química, tornando assim o ensino maçante e
  • 12. 12 consequentemente rotineiro, gerando assim o desinteresse por parte dos alunos. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, o uso da experimentação deve estar presente ao longo de todo o processo de aprendizagem do aluno, onde este deverá desenvolver conhecimentos físicos mais significativos, além de garantir que ele construirá outras habilidades, tais como interagir, questionar, investigar, etc. (BRASIL, 2007). O Educador que trabalha com o Ensino de Química na forma lúdica ou seja pedagogicamente, deve adotar para si novos meios de ensino-aprendizagem através de suas potencialidades, para que favoreça um ambiente que estimule a construção do conhecimento químico, humano e a liberdade de expressão através da criatividade no processo de ensino-aprendizagem. TREVISAN e MARTINS (2006). Trata da necessidade de falar em educação química, priorizando o processo ensino-aprendizagem de forma contextualizada, ligando o ensino aos acontecimentos do cotidiano do aluno, para que estes possam perceber a importância socioeconômica da química, numa sociedade avançada, no sentido tecnológico. SANMARTÍ (2002) defende que nem todos os alunos aprendem do mesmo jeito nem no mesmo ritmo, por isso, é salutar que os professores procurem planejar e desenvolver atividades didáticas que valorizem a diversidade de formas de pensar e aprender características da pluralidade encerrada em uma sala de aula. Quanto à utilização do laboratório, muitas vezes o que se deseja é apenas tornar o ensino mais atrativo e produtivo, através de experimentos mais sequenciais, podendo melhor relacioná-los ao cotidiano dos estudantes, neste sentido, as práticas planejadas pelo professor, devem servir para que o aluno construa seu conhecimento. Além disso, a falta de recursos laboratoriais não deve ser motivo para que o professor não trabalhe com experimentos simplificados, nos quais a busca de materiais alternativos, por si só, pode influenciar positivamente o desenrolar do processo (PEIXOTO 1999). A aprendizagem torna-se bem mais eficaz com o uso das ferramentas corretas, a indisponibilidade do laboratório no ensino de Química, desfavorece a compreensão do aluno de modo que, é de suma importância a didática construtiva para o desenvolvimento do educando, tornando assim, as aulas mais atrativas. A Educação é um processo do próprio educando, mediante o qual são dadas à luz e as ideias que fecundam sua alma e, consiste na atividade que cada homem desenvolve para conquistar as ideias e viver de acordo com elas onde o conhecimento não vem de fora para o homem; é o esforço da alma para apoderar-se da verdade (PILLETI 1999).
  • 13. 13 Na prática escolar são inúmeras as realidades e experiências com as quais nos deparamos. Entre elas cabe destacar algumas deficiências no aprendizado dos alunos, onde estes apresentam certas dificuldades no que tange ao Ensino da Química, principalmente quando este exige reflexão sobre os acontecimentos relacionados à referida Ciência. QUADROS e BARROS (2004) fala que o professor deve adotar iniciativa, já que nem sempre a formação inicial desenvolve habilidades que capacitem os futuros professores em propor experimentos para o Ensino Médio, tampouco refletem sobre o real papel da experimentação. Diante desta problemática, este projeto visa melhorar o grau de compreensão por parte dos alunos no Ensino de Química, utilizando-se de maneiras e materiais que podem ser relacionados com o ambiente em que vivem, obstruindo obstáculos descritos acima e consequentemente, busca de volta a atenção dos alunos para os conteúdos de uma das ciências mais fascinantes de todos os tempos. O objetivo desse trabalho é propor um ensino de química mais enxugado, gerado de maneiras simples para que alcance o entendimento do aluno. Para fins, foram feitos encontros com alunos do 1º Ano “H” do Centro de Ensino Governador José Sarney, com intuito trabalhando a relação teoria e prática, juntas para o desenvolvimento de cada aluno, sempre tendo em consideração que as práticas que foram realizadas com materiais que eles conhecem, demonstrando que é possível ministrar aulas de forma agradável tanto para os alunos que aprendem mais, como para o professor que observará o desenvolvimento de suas aulas com mais tranquilidade. Assim, torna-se necessário o desenvolvimento de estudos que visam detectar as principais dificuldades do processo de ensino-aprendizagem da Química, enfrentadas por alunos e professores da Escola Pública Estadual, Centro de Ensino Governador José Sarney e propor ações que, possivelmente, minimizem as dificuldades encontradas na construção do conhecimento Químico.
  • 14. 14 2. OBJETIVOS 2.1. Geral Propor uma metodologia de ensino de ácidos e bases de forma lúdica e contextualizada na disciplina de Química no 1º ano do Ensino Médio. 2.2. Específicos  Avaliar a concepção dos alunos sobre ácidos e bases do 1º ano do Ensino Médio;  Desenvolver metodologias que facilite a compreensão do aluno de forma contextualizada sobre o ensino teórico de ácidos e bases;  Aplicar os experimentos com o uso de materiais alternativos presentes no cotidiano do aluno.
  • 15. 15 3. REVISÃO DE LITERATURA 3.1. A Química no Ensino Médio Desde que a primeira versão dos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio – PCNEM – chegou às escolas, os debates sobre ensinar e aprender química se intensificaram, tanto em termos de necessidades de formação do estudante, quanto do professor. Um dos objetivos do Ensino Médio, segundo os PCNEM, é desenvolver competências que possibilitem uma visão de mundo atualizada, capacidade de compreensão das problemáticas abordadas pelos meios de comunicação e ação e relação do ser humano com seu meio social e a aprendizagem dos conteúdos se dá através de um processo contínuo de interação com as tecnologias (BRASIL, 1999). Entre o indivíduo, a família, a sociedade e a escola o professor trabalha em conjunto com o aluno e coordena a construção do conhecimento de modo a conseguir um ensino mais ajustado às necessidades dos alunos (USBERCO; SALVADOR, 1997). O ensino de Química do Ensino Médio, de modo geral, precisa buscar melhorias, competências e habilidades para capacitar os alunos a tomarem suas próprias decisões em situações problemáticas, de forma à contribuir para o desenvolvimento do educando como pessoa humana e como cidadão. Apesar disso, no Brasil, a abordagem da Química escolar continua praticamente a mesma. Embora às vezes com uma aparência de modernidade, a essência permanece a mesma, priorizando-se as informações desligadas da realidade vivida pelos alunos e professores (ALMEIDA, 2003). Considera-se que hoje há necessidade de um número muito grande de conteúdo a serem abordados, com detalhamento muitas vezes exagerado, alega-se falta de tempo e a necessidade de correr com a matéria, desconsidera-se a participação efetiva do estudante no diálogo mediador da construção do conhecimento. Além de promover esse diálogo, é preciso objetivar um ensino de Química que possa contribuir para uma visão mais ampla do conhecimento, que possibilite melhor compreensão do mundo físico e para a construção da cidadania, colocar em pauta, na sala de aula, conhecimentos socialmente relevantes, que façam sentido e possam se integrar à vida do aluno (BRASIL, 1999). Ao momento que educadores passarem a tomar conhecimento de meios simples para alavancar a compreensão de seus alunos, ele terá para si a admiração e a atenção dos
  • 16. 16 educandos e sociedade em geral. Mas para isso é preciso a renovação de suas maneiras pedagógicas, material adequado, plano de aula bem formulado e o principal a criatividade. A criatividade é um potencial inerente ao ser humano, mas que necessita ser cultivado e desenvolvido, através do uso da imaginação, do conhecimento, da motivação para criar e do uso de técnicas específicas para fazer desabrochar o ato criativo, de forma que o indivíduo realize suas potencialidades como ser humano e traga uma efetiva contribuição para si mesmo como pessoa, para seu ambiente mais próximo ou para a sociedade na qual se encontra inserido (VIRGOLIM, 1991). O educador tem um papel chave, sendo ele o norte do processo educacional de seus alunos, o professor é a porta de saída dos educandos que buscam algo maior em seus futuros, como (PILETTI, 1999), fala “mediante o qual são dadas à luz as ideias”. Ao optar por utilizar material acessível como forma de suprir a necessidade do laboratório nas escolas da rede pública de ensino, torna-se necessário analisa-los sob dois aspectos primordiais: um referente à efetividade, expresso durante a ação; outro referente aos aspectos cognitivos, no qual as experiências acarretaram em avanços nos processos de aprendizagem e desenvolvimento. (BESSLER, K.E.; NEDER, A.V.F, 2004) fala que a aprendizagem dos alunos deve ser baseada em princípios fundamentais da química mediante a observação e interpretação de fenômenos químicos, sem a necessidade de grandes quantidades de reagentes e técnicas com maior sofisticação. Com a realização de experiências com materiais alternativos em sala de aula suprindo o laboratório e reagentes caros, as aulas seguirão novos horizontes. De maneira que abra os olhos dos alunos para um conhecimento que até não demostravam deter. (MALHEIROS, 2013) defende que o uso de materiais didáticos proporciona, no processo de ensino e aprendizagem, alguns benefícios como a facilidade para fixar a aprendizagem, simplicidade na apresentação de dados, possibilidade de tornar os conteúdos mais concretos e estímulo à participação dos alunos. O diagnóstico do problema que ronda o estudo de uma das mais fascinantes disciplinas tem que ser aplicado na visão dos próprios alunos, o educador deve mostrar que essa matéria não é algo monótono, algo que não tem fundamento e principalmente sem relação com o cotidiano de todos os educandos, a partir desse processo de revisão sobre como repassar nossas aulas de química é que podemos nos reavaliar e adotar novos métodos para aplicar em sala de aula. Ao relacionar algo do imaginário com o real o aluno começa a desenvolver novos sentidos no que se refere a qualquer trabalho que seja realizado, essa relação ocorre mediante as aulas teóricas em conjunto com as práticas.
  • 17. 17 Zagury (2006) afirma que o professor precisa mostrar a beleza e o poder das ideias, mesmo que use apenas os recursos de que dispõe: quadro-negro e giz. 3.2. A relação do professor com o aluno no Ensino da Química. É notável o desempenho dos alunos em sala de aula quando estão à praticar algum experimento, a palavra “praticar” nos remete ao movimento espontâneo para a realização de alguma coisa, se há movimento haverá a interação dos envolvidos com o que se estar a trabalhar. (CURY, 2003) afirma que “a exposição interrogada gera a dúvida, a dúvida gera o estresse positivo, e este estresse abre as janelas da inteligência. Assim formamos pensadores, e não repetidores de informações”. As justificativas apresentadas pelos estudantes na atribuição de “bom professor” eram, em sua maioria, relacionadas à interação professor/aluno. Na percepção dos estudantes, características como conhecimento da matéria a ser ensinada ou habilidades para organizar suas aulas se entrelaçam com as maneiras de manter relações positivas. Cumpre, no entanto, destacar que “quando os alunos verbalizam o porquê da escolha do professor, enfatizam os aspectos afetivos” (CUNHA, 2005). Segundo (CUNHA, 2005) a relação de professor/aluno é mais forte quando o professor domina o conteúdo e consegue colocá-lo de uma maneira mais intuitiva, ou seja, o mesmo é seguro no que faz. Atualmente se observa que a maioria dos professores que ministram aulas em específico as aulas de química, ainda não possui formação adequada para ensiná-la. Essa barreira traz grandes transtornos para os alunos a ponto de desistirem de frequentar a escola. O planejamento das atividades experimentais deve ser baseado na vida cotidiana dos alunos, não podemos colocar atividades que eles não venham relacionar o conteúdo com sua vivência, com seu dia a dia, isso dificultaria o processo de ensino aprendizagem. Deve-se relacionar o mundo dos alunos estão vivendo e assim implantar algo que realmente contribui para a construção do conhecimento com o conteúdo aplicado em sala. (CHARLOT, 2006) afirma “a escola ideal é aquela que faz sentido para todos e na qual o saber é fonte de prazer.” Diante dessa afirmação vê-se que a escola que se deseja é a que promova saberes que o aluno entenda. Para favorecer a superação de algumas das visões simplistas predominantes no ensino de ciências é necessário que as aulas de laboratório contemplem discussões teóricas que se estendam além de definições, fatos, conceitos ou generalizações, pois o
  • 18. 18 ensino de ciências, é uma área muito rica para se explorar diversas estratégias metodológicas, no qual a natureza e as transformações nela ocorridas estão à disposição como recursos didáticos, de forma a permitir à construção de conhecimentos científicos de modo significativo (RAMOS, ANTUNES; SILVA, 2010). 3.3. A Importância da Química no Cotidiano. A humanidade desde sempre tenta entender como funciona a natureza, a ciências naturais têm permitido, através de seus instrumentos e métodos conhecer a realidade externa bem além do alcance de uma mente individual e dos sentidos. O desenvolvimento desta ciência tem permitido ao homem não só controlar certas transformações conhecidas mais também obter um número cada vez maior de novos materiais. Os tecidos das roupas que usamos, as borrachas sintéticas, os plásticos, a obtenção de metais e de ligas metálicas, os medicamentos, os sabões e detergentes biodegradáveis, a utilização dos combustíveis, os materiais usados nas construções de casas, móveis, embarcações, aviões, computadores, eletrodomésticos, são exemplos da importância e da enorme aplicação dos processos químicos em nossa vida (VEIGA, 2000). Comumente a mídia relaciona a palavra "química" a fatores prejudiciais à saúde, devido a expressões como: "produto sem substância química" impressas nas suas embalagens. Confunde-se, a ideia de isenção de substância artificial com o termo química que, é incorreto, tem-se vários exemplos como, fazer um pão, o padeiro utiliza-se de processos químicos; todos os objetos e materiais existentes são constituídos por substâncias químicas (NELBOLD, 1987). A maioria das pessoas comuns vê a Química como uma ciência descritiva, baseada num amontoado assustador de símbolos, tabelas, regras, fórmulas e reações que nunca parecem não ter fim. Um mundo só para os iniciados onde a linguagem científica parece sobrepor à nossa realidade, como que bloqueando uma real percepção do seu papel no nosso cotidiano. Na realidade, as pesquisas e produtos químicos são cada vez mais responsáveis pela contínua melhoria do padrão de qualidade de vida do ser humano. De acordo com (Fonseca, 2001), a Química não é um objeto, mas uma ciência que pode trazer benefícios ou prejuízos aos seres vivos e ao meio ambiente, dependendo da concepção com que seus conceitos são utilizados e afirma:
  • 19. 19 "A ciência é uma construção completamente humana, movida pela fé de que, se sonharmos, insistirmos em descobrir, explicarmos e sonharmos de novo, o mundo de algum modo se tornará mais claro e toda a estranheza do universo se mostrará interligada e com sentido." Um problema grave, que será um desafio para a Química neste novo século, é transformar seus processos antigos em outros mais econômicos e limpos, tornando a química mais positiva para a opinião pública. As agressões ao meio ambiente é uma realidade e não se pode esconder, as pesquisas químicas devem ser desenvolvidas com a preocupação de se minimizarem não só os riscos dos processos e efluentes, como também a garantia de qualidade dos produtos químicos para o consumidor. (SILVA e BANDEIRA, 2006). “A química está na base do desenvolvimento econômico e tecnológico. Da siderurgia à indústria da informática, das artes à construção civil, da agricultura à indústria aeroespacial, não há área ou setor que não utilize em seus processos ou produtos algum insumo que não seja de origem química.” Quando se fala em futuro para a química, fala-se automaticamente em investimento e busca de novas tecnologias para o País. Portanto, a expansão do setor deve ser acompanhada por uma ampliação e perenizarão dos recursos voltados à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico. É necessário transformar a química no nosso País de forma a garantirmos nosso desenvolvimento sustentado. No mundo globalizado, pode-se dizer que com exceção das tribos isoladas, todos os habitantes do planeta, fazem uso diário de produtos químicos sintetizados pela indústria química, desenvolvidas por cientistas de todo mundo. A química tem gerado empregos e desenvolvimento econômico, contribuindo, a cada nova descoberta para o aumento da qualidade de vida (ALVES, 2007). Contudo, é fácil notar o quão é necessário utilizar método com o auxílio de experimentos com matérias alternativos para o ensino da química nas escolas, e a partir disso pode-se perceber que a dificuldade dos alunos em compreender conteúdos de química, pode ser superada/minimizada através da utilização de aulas experimentais, que o auxilia na compreensão dos temas abordados e em suas aplicações no cotidiano, já que proporcionam uma relação entre a teoria e a prática. Porém se o professor desenvolver atividades práticas em sala de aula, estará colaborando para que o aluno consiga observar a relevância do conteúdo estudado e possa atribuir sentido a este, o que incentiva a uma aprendizagem significativa e, portanto, duradoura. Comprovado pela grande curiosidade
  • 20. 20 e participação em aulas, números de dúvidas, perguntas e questões realizadas, crescente opção por cursos de graduação na área das exatas, altos índices de aprovação da disciplina, melhores desempenhos em avaliações e atividades afins e pela sensação de maior utilidade pessoal, faz-se cada vez mais importante o desenvolvimento do presente trabalho. 3.4. O lúdico e os materiais alternativos A crescente preocupação com o Ensino de Química tem feito com que vários pesquisadores busquem novas alternativas para tornar a disciplina atraente e desmistificá- la. Nesse contexto, os alunos têm desenvolvido vários materiais que ajudam no entendimento de ciências, principalmente a Química. (RIBEIRO, 2007) em sua pesquisa, identificou e apresentou de forma significativa conteúdos (temas) que envolvia Química, buscando algumas soluções para o aprendizado no ensino fundamental, com respeito ao ensino de Ciências (Química), e o papel das atividades experimentais apresentando os aspectos relevantes desta interação. (CARVALHO, 2007) em seu projeto, teve como objetivos mostrar a importância e a viabilidade das atividades experimentais de Química com a utilização de materiais alternativos para aplicação no 1º ano do ensino médio, na tentativa de melhorar o entendimento e a assimilação dos conteúdos desta disciplina. O aprendizado da Química por meio de observações de experimentos, modelos visuais e lúdico, contribui para uma melhor formação do aluno do Ensino Médio e auxilia na desmistificação de que a Química não é uma disciplina difícil e puramente teórica, mas está totalmente relacionada com a prática e se encontra muito mais presente nas nossas vidas do que podemos imaginar. O interesse pela divulgação e ensino em ciências de maneira informal implica na produção de meios e recursos adequados. (QUEIROZ, 2004). As atividades experimentais permitem ao estudante uma compreensão de como a Química se constrói e se desenvolve, ele presencia a reação ao “vivo e a cores”, afinal foi assim que ela surgiu através da Alquimia, nome dado à química praticada na Idade Média.
  • 21. 21 3.5. O papel das atividades experimentais. Segundo os ensinamentos de (GALIAZZI, 2005), realizar um experimento seguido de discussão para a montagem da interpretação dos resultados é uma atividade extremamente rica em termos de aprendizagem. (QUEIROZ, 2004), ensina que no caso particular da Química, no Ensino Médio, os conhecimentos devem integrar uma estrutura funcional que permita prever ou explicar comportamentos de sistemas materiais, tanto em situações de estudo teórico como de fatos experimentais ocorridos em laboratório ou na vida diária. Essa estrutura de conhecimentos deve fundamentar-se em princípios e modelos simples, de aplicação a mais ampla possível, para poder explicar uma grande variedade de acontecimentos experimentais com poucos esquemas teóricos satisfatórios.Isto é possível se o ensino for conduzido de forma tal que o aluno aprenda princípios, baseados em conceitos muito bem elaborados, sem deixar que ele se perca, além do necessário, no estudo particular de fatos isolados. Desta forma, os fatos serão racionalmente agrupados, sendo mais fácil para o estudante, integrar e recuperar a informação por estar relacionada com princípios fundamentais que lhe servem de referência. A experimentação pode ter um caráter indutivo e nesse caso, o aluno pode controlar variáveis e descobrir ou redescobrir relações funcionais entre elas, e pode também ter um caráter dedutivo quando eles têm a oportunidade de testar o que é dito na teoria, porém a utilização dessas atividades bem planejadas facilita muito a compreensão da produção do conhecimento em química, podendo incluir demonstrações feitas pelo professor, experimentos para confirmação de informações já dadas, cuja interpretação leve a elaboração de conceitos entre outros, essas atividades é importante na formação de elos entre as concepções espontâneas e os conceitos científicos, propiciando aos alunos oportunidades de confirmar suas ideias ou então reestruturá-las (GIORDAN, 1999). De acordo com (SCHENRTZETER, 2002), as atividades experimentais são relevantes quando caracterizadas pelo seu papel de investigativa e sua função pedagógica em auxiliar o aluno na compreensão de fenômenos. No ensino de química, especificamente, a experimentação deve contribuir para a compreensão de conceitos químicos, mais ainda as aulas experimentais, de uma forma geral, mão necessitam ser realizadas em laboratórios com equipamentos sofisticados.
  • 22. 22 Em geral, a forma como as atividades experimentais são abordadas, deixa muito a desejar, devido à estas serem conduzidas através de roteiros que induzam apenas a comprovação de fatos. Segundo (FONSECA, 2001), o trabalho experimental deve estimular o desenvolvimento conceitual, fazendo com que os estudantes explorem, elaborem e supervisionem suas ideias, comparando-as com a ideia científica, pois só assim elas terão papel importante no desenvolvimento cognitivo. Contudo, essas atividades experimentais podem ser também em outros ambientes com características e objetivos diferentes, a utilização dessas atividades experimentais pode acrescentar pensamento do aluno fundamentos de realidade e de experiência pessoal, em outras palavras as atividades enriquecem e fortalece o desenvolvimento do aluno. A experimentação prioriza o contato dos alunos com os fenômenos químicos, possibilitando ao aluno a criação dos modelos que tenham sentidos para ele, a partir de suas próprias observações, (GIORDAN, 1999). 3.6. A disciplina de Química e a importância dos experimentos no processo de ensino-aprendizagem Na disciplina de química são discutidas as dimensões conceitual, procedimental e atitudinal de conteúdos de Química, principalmente os princípios pedagógicos dos vários tipos de atividades que são utilizados como instrumentos para o ensino de Química, essenciais na ação educativa e basilares na prática de ensino do professor. Antes das atividades de avaliações, o aluno será apresentado ao referencial teórico necessário para o professor inserir uma transformação da prática metodológica em sala de aula, com os objetivos de analisar os principais problemas que professores de Química relatam e oferecer elementos (teorias e exemplos) que convenham aos futuros professores, para constituírem seu próprio juízo sobre os problemas analisados e suas prováveis soluções. Em geral, a falta de atividades experimentais que possam relacionar a teoria e a prática dificultam o processo de ensino-aprendizagem. Os profissionais de ensino, afirmam que este problema é devido à falta de laboratórios ou de equipamentos que permitam a realização de aulas práticas. As escolas públicas e algumas escolas particulares não dispõem de laboratórios e não têm interesse em resolver essa questão. Os laboratórios são construções caras, equipamentos sofisticados, reagentes caros e que não
  • 23. 23 podem ser comercializados livremente. A quantidade de alunos no laboratório não pode ser grande, pois atrapalha o aprendizado dos mesmos, os reagentes têm que ser frequentemente substituídos e os materiais renovados e repostos. Em concordância com essa visão, se faz necessário recorrer a metodologias que contribuam para uma aprendizagem de Química que colabore para a concretização desses objetivos. Uma dessas opções metodológicas que pode trazer essa contribuição é a experimentação. Entendemos que quando a experimentação é desenvolvida juntamente com a contextualização, ou seja, levando em conta aspectos socioculturais e econômicos da vida do aluno, os resultados da aprendizagem poderão ser mais efetivos. (QUEIROZ, 2004), O ensino tradicional é administrado de forma que o aluno saiba inúmeras fórmulas, decore reações e propriedades, mas sem relacioná-las com a forma natural que ocorrem na natureza. Trabalhar com as substâncias, aprender a observar um experimento cientificamente, visualizar de forma que cada aluno descreva o que observou durante a reação, isto sim leva a um conhecimento definido. O modelo de formulação de enunciados, partindo de regularidades de resultados entre os experimentos, caracteriza o conceito indutivista proposto por Francis Bacon. Ainda no século XVII, Galileu também atribui à experimentação “um papel central no fazer ciência, o de legitimadora” (GIORDAN, 1999). Essa compreensão de Ciência se mantém e é fortalecida no início do século XX, com a concepção positivista elaborada por Comte. Por outro lado, apesar das críticas, pesquisas (GIORDAN, 1999) têm ressaltado a importância da experimentação para o processo de ensino-aprendizagem de ciências/química. Mesmo assim, (GALIAZZI, 2001) argumentam que embora muitos professores acreditem que possam transformar o ensino de Ciências através da experimentação, as atividades experimentais são pouco frequentes nas escolas, sob a justificativa da inexistência de laboratórios, e aquelas que os possuem, não têm recursos para mantê-los. As atividades experimentais devem ser encaradas como um dos instrumentos do discurso das Ciências, e como tal, devem ser incluídas no ambiente de sala de aula, a fim de permitir a “enculturação” de alunos e professores. Devem permitir que os alunos possam aprender não só as teorias das Ciências, entre elas a química, mas também como se constrói o conhecimento científico em um processo de questionamento, discussão de argumentos e validação desses argumentos por meio do diálogo oral e escrito, com uma
  • 24. 24 comunidade argumentativa que começa na sala de aula, mas a transcende. (VIEIRA, 2007), A experimentação de baixo custo representa uma alternativa cuja importância reside no fato de diminuir o custo operacional dos laboratórios e gerar menor quantidade de lixo químico (além de permitir que mais experiências sejam realizadas durante o ano letivo.
  • 25. 25 4. MATERIAIS E MÉTODOS 4.1. Local do estudo. A pesquisa foi desenvolvida na escola pública estadual, Centro de Ensino Governador José Sarney, localizado no Centro – Bom Jardim, Estado do Maranhão, Município e Distrito pela Lei Estadual nº 2735, de 30 de dezembro de 1966, totalmente desmembrado de Monção e conservando sua primitiva denominação, cuja origem não é conhecida. Elevado à categoria de município e distrito com a denominação de Bom Jardim, pela lei estadual nº 2735, de 30-12-1964, desmembrado de Monção. Sede no atual distrito de Bom Jardim ex-localidade. Constituído do distrito sede. Instalado em 14-03-1967. 4.2. Aplicação de experimentos com materiais alternativos no ensino médio Inicialmente, realizou-se um levantamento bibliográfico em livros, artigos científicos e outros materiais específicos da área para a seleção dos experimentos com materiais alternativos a serem desenvolvidos em sala de aula, sendo preferencialmente escolhidos os experimentos com relação direta com o cotidiano dos alunos. Posteriormente, foram elaborados os roteiros de cada experimento contendo título, objetivos, material e métodos. As aulas práticas foram aplicadas em sala de aula com 29 discentes do 1° ano do ensino médio e foram aplicados questionários antes e após a execução dos experimentos para avaliação do nível de aprendizagem dos alunos acerca dos conteúdos abordados juntamente com o questionário avaliativo das aulas ministradas. Para a realização do trabalho, os alunos foram orientados como proceder com a organização dos materiais trazidos. Esses materiais são de fácil acesso, sendo esses encontrados em qualquer residência, supermercados e farmácias.
  • 26. 26 4.3. Experimentos com materiais alternativos aplicados na disciplina de Química Com o intuito de aproximar os conhecimentos dos alunos no que diz respeito o aprendizado de Química desenvolveu-se as seguintes atividades na 1ª série do Ensino Médio. 4.3.1 Experimentos da 1ª Série do Ensino Médio  EXPERIMENTO 1 - Título: Determinação do caráter ácido-base utilizando indicador alternativo extrato de repolho roxo. - Objetivo: Determinar o caráter ácido-base de algumas substâncias que usamos no dia-a-dia utilizando um indicador extraído do repolho roxo. - Materiais: Quadro 1: Materiais que serão utilizados no experimento 1. Materiais e Reagentes Copo de vidro Canudo ou colher de plástico Pote graduado de cozinha Seringa Papel filtro de café ou pano (frauda) Liquidificador Faca Repolho roxo Agua Ácido muriático Vinagre Agua mineral com gás Álcool Soda Caustica Soda Limonada Amoníaco
  • 27. 27 - Procedimento experimental: Triturou-se uma mistura de repolho roxo picado e álcool em um liquidificador. Filtrou-se em papel de filtro ou pano (frauda) para obter uma solução. Preparar as seguintes soluções em copos de vidro:  50 ml de água + 10ml de ácido muriático;  50 ml de vinagre;  50 ml de soda limonada;  50 ml de água mineral com gás;  50 ml de água + 10 ml de álcool;  50 ml de água + 5 ml de leite de magnésia;  50 ml de água + 5 ml de amoníaco;  50 ml de água + uma colher de soda cáustica.
  • 28. 28  EXPERIMENTO 2 - Título: Chuva ácida. - Objetivo: Simular uma chuva ácida. - Materiais: Quadro 2: Materiais que serão utilizados no experimento 2. Materiais e Reagentes Frasco de vidro grade Arame Tampa de garrafa de cerveja Martelo Prego Copo Isqueiro ou fósforo Repolho roxo Enxofre - Procedimento experimental: Perfurou-se a tampa da garrafa de cerveja e a tampa do frasco com o auxilio de um martelo e prego, passou-se o arame no furo que foi feito com o prego conforme figura 1. Figura 1: Fonte: arquivo pessoal
  • 29. 29 Adicionou-se 30ml de extrato de repolho roxo no frasco e em seguida colocou- se enxofre na tampa de garrafa conforme figura 2. Figura 2 Fonte: arquivo pessoal Queimou-se o enxofre utilizando um isqueiro ou fósforo, e em seguida fechou- se o frasco para não deixar escapar o gás SO2 produzido durante a queima.
  • 30. 30 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Segundo FONSECA, (2001), o trabalho experimental deve estimular o desenvolvimento conceitual, fazendo com que os estudantes explorem, elaborem e supervisionem suas ideias, comparando-as com a ideia científica, pois só assim elas terão papel importante no desenvolvimento cognitivo. E com esse pensamento que ao passo que as atividades foram sendo desenvolvidas, percebeu-se a interação dos alunos, fato que antes da aplicação do projeto não acontecia. Todos se empenharam em realizar a experiência pretendida para cada grupo, construindo assim uma relação de plena interação com a aula em questão e com os mesmo, tornando o conteúdo de fácil compreensão e divertido. Logo abaixo veremos os resultados obtidos através do assunto aplicado e consequentemente os gráficos contendo os resultados referentes ao antes e depois da aplicação do conteúdo.
  • 31. 31  EXPERIMENTO 1 No experimento 1 observou-se como é possível e viável fazer a identificação de PH das substancias ácidas e bases, observou-se que em todas as soluções utilizadas houveram mudanças de coloração, este fato realçou a curiosidade dos alunos tornando as aulas aplicadas de grande aproveitamento. ALMEIDA, (2003), em seu trabalho Determinação do caráter ácido-base, utilizou como indicador alternativo extrato de repolho roxo buscando melhorar a qualidade de ensino por meio da experimentação. Os resultados obtidos referentes às colorações das soluções aplicadas nos experimentos seguem na figura 3 e tabela abaixo. Figura 3: Fonte: Arquivo pessoal Quadro 2: Resultados de coloração segundo substancias utilizadas. Soluções Coloração Acido muriático Vermelha intenso Vinagre Vermelha suave Soda limonada Rosa Água com gás Lilás Álcool com água Azul Amônia Amarela fraca Soda caustica Amarela forte pH = 1,0 pH = 3,0 pH = 5,0 pH = 7,0 pH = 11,0 pH = 12,0 pH = 14,0
  • 32. 32  EXPERIMENTO 2 CAROLINE PEDROLO, (2016), fala que a chuva ácida é um fenômeno que ocorre no meio ambiente, sua causa é gerada por resíduos e pela queima de combustíveis fósseis como carvão mineral, petróleo, etc. Ela pode causar prejuízos ao longo dos anos como, por exemplo, na corrosão de estátuas de pedra, pinturas de automóveis dentre outras. Na agricultura, essa chuva causa estragos em plantações e compromete a safra devida sua acidez. Com a queima de enxofre (S) e formação de SO2 (óxido de enxofre). Observando as seguintes equações, S + O2 → SO2, SO2 + ½ O2 → SO3 produzindo assim SO3 + H2O → H2SO4 (ácido sulfúrico). Quando o indicador de repolho roxo entra em contato com H2SO4 a solução muda de coloração conforme figura 4: Figura 4: Fonte: Arquivo pessoal O processo acima é uma demonstração do que ocorre na natureza. A chuva rica em ácidos, como H2SO4, corrói as estruturas, desde substâncias mais duras (mármore e metais) até frágeis plantas.
  • 33. 33 5.1. Avaliação e percepção dos alunos sobre a aplicação dos experimentos com materiais alternativos nas aulas de Química. Buscando obter uma análise nível de compreensão 29 discentes da turma da 1ª série do Ensino Médio do Centro de Ensino Governador José Sarney, aplicou-se um questionário contendo perguntas relacionadas ao tema de ácidos e bases, assunto esse de grande interação com os mesmo, já que, eles dispõem facilmente de uma grande variedade de ácidos e bases em suas residências. Na figura 8, no que diz respeito ao seu entendimento sobre o pH de ácidos e bases, dos entrevistados, 72% afirmam que entendem sobre o assunto e 28% não entendem nada (Figura 5). Figura 5 - Percentual de respostas dos alunos sobre o entendimento no que diz respeito pH de ácidos e bases: Fonte: Arquivo pessoal. A figura 06, que trata do grau de entendimento dos 29 alunos sobre “Prejudicialidade de ácidos e bases”, mostra que 29% afirmam que entendem sobre o assunto e 71% não entendem nada. Estes dados demostram que é preciso haver uma melhora no Ensino de Química que atualmente é aplicado. Fonte: Arquivo pessoal.
  • 34. 34 Figura 6 - Percentual de respostas dos alunos sobre o entendimento relacionado com os perigos e consequências do uso de ácidos e bases. Fonte: Arquivo pessoal. A figura 7 trata do grau de entendimento dos 29 alunos sobre “Ácidos e bases dentro de casa”. Dos entrevistados, 83% afirmam que possuem algum ácido ou alguma base e 17 % não dispõem dos mesmos em suas residências. Estes dados mostram que há um entendimento sobre os perigos e consequências da utilização de ácidos e bases. Figura 7 - Percentual de respostas dos alunos sobre disponibilidade de algum tipo ácido ou base em sua casa. Fonte: Arquivo pessoal.
  • 35. 35 Na figura 8 que trata do entendimento dos alunos sobre “utilização de ácidos e bases na indústria” observou-se que, 67% afirmam que ácidos e bases são utilizados em indústrias e 33% discordam. Nota-se que falta de contextualização do conteúdo teórico com cotidiano do aluno reflete esse resultado. Figura 8 - Percentual de respostas dos alunos sobre a “utilização de ácidos e bases na indústria”. Fonte: Arquivo pessoal. Na figura 9 a pesquisa teve como objetivo analisar o nível de conhecimento dos 29 alunos sobre “antiácido e reação de neutralização”, no que diz respeito ao entendimento sobre o assunto. Dos mesmos, 64% afirmam que entendem e 36% que não. Nos dados acima citados e no gráfico 12 é possível perceber que há muito que se melhorar na aplicação dos conteúdos. Figura 9 - Percentual de respostas dos alunos sobre “antiácido e reação de neutralização”. Fonte: Arquivo pessoal.
  • 36. 36 5.2. Resultados posteriores à aplicação das aulas teóricas em conjunto com as práticas. Segundo Guimarães (2009) o ensino tradicional tem uma abordagem passiva ao aprendiz que frequentemente é tratado como mero ouvinte das informações que o professor expõe. Tais informações, quase sempre, não se relacionam com os conhecimentos prévios que os estudantes construíram ao longo de sua vida. E quando não há relação entre o que o aluno já sabe e aquilo que ele está aprendendo, a aprendizagem não é significativa. Com a realização deste trabalho, visando uma melhora no ensino de química, procurando trabalhar com materiais de fácil acesso e sempre associado diretamente o conteúdo com o cotidiano dos discentes, observou-se uma melhora no desenvolvimento dos mesmos no que diz respeito à associação entre o conteúdo teórico e as aulas práticas, além disso, observou-se também uma maior troca de informações entre os alunos uma vez que as aulas práticas foram trabalhadas em grupo. Os dados a seguir estão relacionados com as figuras 5, 6, 7, 8 e 9 anteriormente citadas, de forma que possa-se comparar com os resultados posteriores à aplicação das aulas práticas sendo que os mesmos se encontram nas figuras 10, 11, 12, 13 e 14.
  • 37. 37 Depois da aplicação das práticas foi questionado qual o grau de entendimento sobre “pH ácidos e bases”, observou-se que houve um ganho de grande relevância com a implementação das práticas experimentais, como mostra a figura 10, em que, 91% afirmam que têm conhecimento sobre o assunto e 9% se mantiveram-se sem alteração de conhecimento. Figura 10 - Percentual de respostas dos alunos sobre o entendimento no que diz respeito PH de ácidos e bases: Fonte: Arquivo pessoal. A figura 11, que trata do grau de entendimento sobre a “Prejudicialidade de ácidos e bases”, mostra que 97% passaram a entender sobre o assunto e 3% se mantiveram com a mesma opinião. Estes dados demostram a eficiência das aulas práticas no ensino de Química. Figura 11 - Percentual de respostas dos alunos sobre o entendimento no que afirma sim ou não no que diz respeito ácidos e base são prejudiciais. Fonte: Arquivo pessoal.
  • 38. 38 A figura 12 que segue abaixo trata do grau de entendimento dos 29 alunos sobre “Ácidos e bases dentro de casa”. Dos entrevistados, 95% afirmam que possuem algum ácido ou alguma base dentro de casa e 5 % reafirmaram que não dispõem dos mesmos em suas residências. É notável o aproveitamento dos mesmos com o auxilio das aulas práticas, a figura 8 expressa os dados mencionados acima. Figura 12 - Percentual de respostas dos alunos sobre disponibilidade de algum tipo ácido ou base em sua casa. Fonte: Arquivo pessoal. Na figura 13 que trata do entendimento dos alunos sobre “utilização de ácidos e bases na indústria” observou-se que, 81% passaram a afirmar que ácidos e bases são utilizados em indústrias e 19% se mantiveram. Nota-se que a associação das aulas teóricas com as praticas foi muito produtiva, uma vez que realçou o conhecimento dos que ainda não compreendiam o assunto. Figura 13 - Percentual de respostas dos alunos sobre a “utilização de ácidos e bases na indústria”. Fonte: Arquivo pessoal.
  • 39. 39 Na figura 14, trata sobre “antiácido e reação de neutralização”, onde dos 29 entrevistados anteriormente, 98% afirmam que entendem o que é um antiácido e o que é uma reação de neutralização, e apenas 2% se mantiveram com a mesma opinião. Nos dados acima citados é possível perceber que houve uma expressiva melhorar no entendimento dos alunos sobre o tema de ácidos e bases, demostrando que as aulas práticas utilizando materiais alternativos são importantes no processo de ensino- aprendizagem da química. Figura 14 - Percentual de respostas dos alunos sobre “antiácido e reação de neutralização”. Fonte: Arquivo pessoal.
  • 40. 40 5.2. Avaliação do conhecimento dos alunos – antes e depois da aplicação dos conteúdos. Após realização do processo de aplicação das aulas teóricas e práticas, fez-se tabulação de dados estatísticos do nível de aproveitamento e rendimento dos alunos em comparação do antes e depois, constatando que o nível de conhecimento antes correspondia a 38% sobre o assunto e depois da aplicação da temática em questão houve evolução de 62% em relação ao antes e o depois. Conforme mostra os índices abaixo representados pela figura 15: Figura 15 - Média geral de aproveitamento dos alunos mediante o conteúdo trabalhado. Fonte: Arquivo pessoal.
  • 41. 41 A figura 16 demonstra o nível percentual de aceitação e satisfação dos alunos pelo assunto abordado auto avaliando em “ótimo, muito bom, bom e regular”, conforme segue: Figura 16 - Tratando da auto avaliação dos conteúdos aplicados. Com a aplicação dos questionários após realização das aulas teóricas e práticas experimentais, dos 29 alunos, 84% disseram que foi ótimo, 16% muito bom, 0% bom e 0% regular referente ao trabalho realizado. Fonte: Arquivo pessoal. Esses dados confirmam que a disciplina de química passa por grandes dificuldades no repasse de conteúdo para os discentes em virtude da complexidade, mais que é possível alcançar boa aprendizagem nessa disciplina relacionando o cotidiano do aluno com os temas abordados em sala de aula. Campos, Bortolo e Felício (2014) destacam que o processo de compreensão dos conceitos é gradual e exige esforços dos alunos e, para que a compreensão seja melhorada cada vez que entra um novo contato com o conceito, para o aluno aprender um determinado assunto, ele deve relacioná-lo aos conhecimentos prévios que possui. Ribeiro (2007) em sua pesquisa, identificou e apresentou de forma significativa conteúdos (temas) que envolvia Química, buscando algumas soluções para o aprendizado no ensino fundamental, com respeito ao ensino de Ciências (Química), e o papel das atividades experimentais apresentando os aspectos relevantes desta interação. Seguido essa linha de raciocínio, pode-se afirmar que as práticas experimentais e uma opção viável no Ensino de Química, os dados mostrados neste trabalho confirmam a eficácia da aplicação dessa metodologia como forte mediadora no aprendizados dos alunos.
  • 42. 42 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS A princípio encontramos muitos discentes desinteressados pela ciência da Química por não entenderem fenômenos simples do cotidiano. É comum deparar-se com esta situação sabendo que o fato é comum no decorrer dos dias e que a ciência está inserida nas atividades mais simples. Com relação aos materiais envolvidos nas atividades práticas, há de se considerar que a maioria das escolas públicas não dispõem de meios para a realização de práticas experimentais na disciplina de Química. Dessa forma, os resultados obtidos neste trabalho vêm mostrar uma alternativa para o uso de materiais do dia a dia a serem aplicados nas aulas. Ainda que não haja em casa estes produtos, é possível consegui-los em farmácias, mercados ou casas agropecuárias. Nas escolas públicas, atividades desenvolvidas com materiais do uso diário acabam enriquecendo ainda mais o conteúdo, pois os alunos já os conhecem e aperfeiçoam aquilo que já têm por conhecimento empírico. Toda e qualquer atividade deve estar adaptada à realidade do aluno, este é o segredo de um bom desempenho escolar. Considerando os rendimentos, assevera-se que o trabalho validou-se e que, o objetivo de aproximar os alunos da ciência “Química” foi cumprido integralmente. Ao passo que as atividades foram sendo desenvolvidas, percebeu-se que os alunos interagiam mais facilmente com colegas e professor, fato que antes da aplicação do projeto não acontecia. Todos os alunos contribuíram muito, trazendo de suas residências diversos materiais, que foram destinados a aplicação das aulas práticas. O estímulo dos alunos foi despertado quando os mesmos perceberam que, para aprender a Química basta usar a criatividade e que pelo fato da ciência está entrelaçada ao nosso redor, a construção do conhecimento se dá mais facilmente usando materiais acessíveis. Conclui-se que a aplicação deste trabalho proporcionou aos discentes uma maior aproximação da Química com o seu dia a dia e a visão desta como uma disciplina de difícil compreensão que foi superada.
  • 43. 43 REFERÊNCIAS ALMEIDA, A. T., Monografia de conclusão de curso, 2003. ALVES, L. Canal do Educador. Disponível em Brasil Escola: http://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/chuva-acida.htm. Acesso em 22/07/2016. ALVES, W. F. A formação de professores e as teorias do saber docente: contexto, dúvidas e desafios. Revista Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 33. n. 2. p. 263-280. maio/ago. 2007. BESSLER, K.E.; NEDER, A.V.F. Química em tubos de ensaio: uma abordagem para principiantes. São Paulo: Edgard Blucher, 2004. BORTOLOTO, T. M. (s.d.). A produçào de jogos didáticos para o ensino de biologia. Disponível em Unesp: https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&v ed=0ahUKEwirzKqa2YnOAhUGF5AKHbnKC0cQFggeMAA&url=http%3A% 2F%2Fwww.unesp.br%2Fprograd%2FPDFNE2002%2Faproducaodejogos.pdf& usg=AFQjCNHmZoaz_lK6wpF9j4GspM7Y5rwuag&cad=rja. Acesso em 23 de 7 de 2016. BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio: Bases Legais. Brasília: MEC/SEMTEC, 1999ª. BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais . Brasília: Secretaria de Educação Média e Tecnológica. 1999, 360p. CAROLINE PEDROLO. Chuva ácida. Disponível em http://www.infoescola.com/quimica/chuva-acida/. Acesso em 18/08/2016. CARVALHO, R. de C. S. Uso de Materiais Alternativos para o Ensino de Química do 1° ano do Ensino Médio. Projeto de IC – FAPEMA (Graduação em Licenciatura Plena em Química) – Curso de Licenciatura Plena em Química, Centro Federal de Educação Tecnológica do Maranhão, 2007. CHARLOT, Bernard. Fala mestre. In: NOVA ESCOLA, nº 196, p.15-18, outubro, 2006. _________, A. A Educação no Ensino de Química.Ijuí, UNIJUÍ, 1990. 117 p. _________, Alfabetização Científica: questões e desafios para a educação. Ijuí: Unijuí, 2003. 3. ed. CUNHA, M. I.; O bom professor e sua prática, 17ª ed., Papirus: Campinas, 2005. CURY, Augusto Jorge. Pais brilhantes, professores fascinantes. Rio de Janeiro: Sextante, 2003. FONSECA, M.R.M. Completamente química: química geral, São Paulo, 2001.
  • 44. 44 GALIAZZI, M. C. et al. Objetivos das Atividades Experimentais no Ensino Médio: A pesquisa coletiva como modo de formação de professores de ciências. Ciência & Educação, v.7, n.2, 2001. GALIAZZI, M.C. Química. Nova na Escola, 2005. GIORDAN, M. O papel da experimentação no ensino de ciências. Química Nova na Escola,n. 10, p. 43 - 49, 1999. _________. O papel da experimentação no ensino de ciências. Química Nova na Escola,n. 10, p. 43 - 49, 1999. _________. O papel da experimentação no Ensino de Ciências. Química Nova na Escola, n.10, 1999. IBGE, i. b. (2013). Cidades@. Disponível em IBGE: http://www.ibge.com.br/cidadesat/painel/historico.php?codmun=210200&search =maranhao%7Cbom-jardim%7Cinphographics:-history&lang=. Acesso em 23 de 07 de 2016. MALHEIROS, B. T. Didática Geral. LTC. Rio de Janeiro – RJ. 2012. MOTTA, A. (s.d.). Historia de Bom Jardim. Disponível em bomjardimma: http://www.bomjardimma.com/p/historia-de-bom-jardim.html. Acesso em 23 de 07 de 2016. NELBOLD, B. T. Apresentar a química para o cidadão: um empreendimento essencial, São Paulo, 1987. NUNES, A. S. ; Adorni, D.S . O ensino de química nas escolas da rede pública de ensino fundamental e médio do município de Itapetinga-BA: O olhar dos alunos.. In: Encontro Dialógico Transdisciplinar - Enditrans, 2010, Vitória da Conquista, BA. - Educação e conhecimento científico, 2010. PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS: ENSINO MÉDIO. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica, Brasília. 2007. PEIXOTO, D. P. Ensino de Química e Cotidiano. 1999. PILLETI, Claudino; PILLETI, Nelson. Filosofia e história da educação. Série Educação. 13. ed. São Paulo: Ática, 1999 QUADROS, A.L; BARROS, J.M. Formação Continuada: Compromisso de Todos. Anais do 2º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária. Belo Horizonte, 2004. Disponível em https://www.ufmg.br/congrext/Educa/Educa93.pdf. Acesso em 18.ago.12. QUEIROZ, S. L. Do fazer ao compreender ciências: reflexões sobre o aprendizado de alunos de iniciação científica em química. Ciência & Educação, Bauru, v. 10, n. 1, 2004. RAMOS, L. S.; ANTUNES, F.; SILVA, L. H. A concepção de professores de Ciências sobre o Ensino de Ciências. Revista da SBEnBio, n. 3, p. 1.666-1.674, out. 2010.
  • 45. 45 RIBEIRO, M. H. de O. O Ensino de Ciência Envolvendo as Primeiras Noções de Química no Terceiro e Quarto Ciclo do Ensino Fundamental na Unidade escolar Pedro Álvares Cabral: Um Estudo de Caso. Projeto de IC - CNPq (Graduação em Licenciatura Plena em Química) – Curso de Licenciatura Plena em Química, Centro Federal de Educação Tecnológica do Maranhão, 2007 SANMARTÍ, N. Didactica de las ciencias en la educación secundaria obligatoria. Madrid: Síntesis, 2002. SCHNETZLER, R. P. A Pesquisa em Ensino de Química no Brasil: Conquistas e Perspectivas. Química Nova, v. 25, s1, p.14, 2002. TREVISAN, Tatiana Santini e MARTINS, Pura Lúcia Oliver. A prática pedagógica do professor de química: possibilidades e limites. UNIrevista. Vol. 1, n° 2 : abril, 2006. VIEIRA, H. J.; FIGUEIREDO-FILHO, L. C. S., e FATIBELLO-FILHO, O. (2007): “Um Experimento Simples e de Baixo Custo para Compreender a Osmose”, in: Química Nova na Escola, n.º 26, pp.37-39. VIRGOLIM, A. M. R. (1991). Criatividade, autoconceito e atitudes com relação à escola entre alunos de escolas abertas,intermediárias e Tradicionais. Dissertação de Mestrado não publicada. Universidade de Brasília, UnB, Brasília, DF. ZAGURY, Tânia. Fala mestre. In: NOVA ESCOLA, nº 192, p.20-22, maio, 2006.
  • 47. 47 APENDICE A: Questionários aplicados com os discentes da 1ª série do Ensino Médio do Centro de Ensino Governador José Sarney. INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIENCIA E TECNOLOGIA DO MARANHÃO PARFOR Discente: TIAGO GONÇALVES PACHECO Orientadora: JOSILENE LIMA SERRA QUESTIONÁRIO AVALIATIVO DO TEMA ÁCIDOS E BASES 1. O QUE VOCÊ ENTENDE POR ÁCIDOS? A) O ÁCIDO É ALGO QUE QUEIMA E CORROÍE B) TEM PH ABAIXO DE 7 C) TEM PH ACIMA DE 7 D) PODE SER CONSUMIDO COMO ALIMENTO E) NÃO SEI 2. O QUE VOCÊ ENTENDE POR BASE? A) BASE É ALGO QUE QUEIMA E CORROÍE B) TEM PH ABAIXO DE 7 C) TEM PH ACIMA DE 7 D) PODE SER CONSUMIDO COMO ALIMENTO E) NÃO SEI 3. PARA VOCÊ TODO ÁCIDO É PREJUDICIAL? A) SIM B) NÃO PORQUÊ? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ _________________________ 4. PARA VOCÊ TODA BASE É PREJUDICIAL? A) SIM B) NÃO PORQUÊ? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________ 5. VOCÊ TEM ALGUM ÁCIDO DENTRO DE CASA? A) SIM B) NÃO DÊ UM EXEMPLO: ______________________________________________________________________ _______________
  • 48. 48 6. VOCÊ TEM ALGUMA BASE DENTRO DE CASA? A) SIM B) NÃO DÊ UM EXEMPLO: ______________________________________________________________________ ________________________________________ 7. ONDE VOCÊ ACHA QUE OS ÁCIDOS SÃO UTILIZADOS? A) ALIMENTOS B) PRODUTOS DE LIMPEZA C) SOLVENTES D) TODAS AS ALTERNATIVAS ACIMA E) NÃO SEI 8. ONDE VOCÊ ACHA QUE AS BASES SÃO UTILIZADAS? A) ALIMENTOS B) PRODUTOS DE LIMPEZA C) SOLVENTES D) TODAS AS ALTERNATIVAS ACIMA E) NÃO SEI 9. O QUE VOCÊ ENTENDE POR ANTIÁCIDO? A) UMA SUBSTÂNCIA QUE NEUTRALIZA A BASE B) UMA SUBSTÂNCIA QUE NEUTRALIZA O ÁCIDO C) É UMA SUBSTÂNCIA ÁCIDA D) NÃO SEI 10. NA SUA OPINIÃO, O QUE É UMA REAÇÃO DE NEUTRALIZAÇÃO? A) É UMA REAÇÃO MANTÉM UM PH NEUTRO (IGUAL A 7) B) É UMA REAÇÃO MANTÉM UM PH NEUTRO (MENOR QUE 7) C) É UMA REAÇÃO MANTÉM UM PH NEUTRO (MAIOR QUE 7) D) NÃO SEI
  • 49. 49 COM RELAÇÃO AS AULAS PRÁTICAS, ASSINALE AS ALTERNATIVAS COM UM X PARA AS QUESTÕES QUE VOCÊS CONSIDERA CORRETAS. 1. COMO VOCÊ AVALIA O APROVEITAMENTO DAS AULAS PRÁTICAS? A) ÓTIMO ( ) B) BOM ( ) C) REGULAR ( ) D) SEM APROVEITAMENTO ( ) 2. NO SEU CONCEITO AULAS PRÁTICAS FAVORECE A APRENDIZAGEM? A) SIM ( ) B) NÃO ( ) 3. VOCÊ GOSTARIA QUE AS AULAS TEÓRICAS FOSSEM ACOMPANHAS DE AULAS PRÁTICAS? A) SIM ( ) B) NÃO ( ) 4. O GRAU DE ENTENDIMENTO DA AULA PRÁTICA E SUPERIOR AO DA AULA TEÓRICA? A) SIM ( ) B) NÃO ( ) 5. COMENTÁRIOS: ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ _______________________________________________________
  • 50. 50 APENDICE B: Fotos dos experimentos aplicados com os discentes da 1ª série do Ensino Médio do Centro de Ensino Governador José Sarney. Figura 1. Experimento 1 aplicado na 1ª série do Ensino Médio. Fonte: Arquivo pessoal
  • 51. 51 Figura 2. Experimento 2 aplicado na 1ª série do Ensino Médio. Fonte: Arquivo pessoal