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“Reconcilia-te sem demora com o teu adversário, enquanto estás a caminho
com ele, para que não suceda que ele te entregue ao juiz, e que o juiz te
entregue ao seu ministro, e sejas mandado para a cadeia. Em verdade te digo
que não sairás de lá, enquanto não pagares o último ceitil.” (moeda romana
de cobre que valia 1/16 do denário) (Mateus, V: 25e 26) Os versículos acima
nos mostram um quadro em que Jesus trata da relação do homem com o seu
adversário, ou seja, do devedor com o seu credor. Na verdade, o texto refere-
se ao acerto de contas entre os homens. A compreensão e a assimilação
desses ensinamentos são de fundamental importância para nossos
relacionamentos, nosso padrão de vida, nossa paz interior, nossa evolução.
Porque, se "amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a si
mesmo" reúne "toda Lei e os ensinamentos dos profetas", ...
... concluímos que, enquanto odiarmos e retardarmos o autodescobrimento do
amor incondicional, não teremos condições de entrar no "reino dos céus"
interior, isto é, a maioridade espiritual que buscamos para nos afastarmos do
sofrimento e alcançarmos estados d'alma de paz e júbilo ainda para nós
desconhecidos. Diante dessa recomendação do Mestre Jesus a todos nós,
Espíritos em evolução, passando pelas bênçãos das provas e das expiações,
nesta oficina chamada Terra, temos de levar em conta alguns detalhes
contidos nos versículos em pauta, de suma importância para o nosso
entendimento e compreensão. Observemos que Jesus nos recomenda
“reconciliar” com os nossos “adversários” e chamando-nos a atenção para
que seja “o mais depressa possível”, e ainda a circunstância: “enquanto
estiver com ele a caminho”.
O dicionário traz a definição de que “reconciliar” é instaurar a paz entre;
ficar em harmonia com; harmonizar-se. Em analogia com o entendimento de
que para amar o próximo é necessário primeiro amar a si mesmo, logo, para
reconciliar com os adversários, é necessário que cada qual se reconcilie
consigo mesmo, em primeiro lugar, pacificando a própria consciência e
harmonizando-se com os bons pensamentos, em sintonia com as leis divinas.
Estando em paz consigo mesmo, estará desenvolvendo os quesitos da
caridade como a entende Jesus: benevolência (boa vontade, surgida da
voluntariedade, sem esperar nada em troca); indulgência (doçura por dentro);
e perdão (doar-se por completo). Em seguida, estaremos habilitados ao
relacionamento com os adversários.
Adversários? Pois bem! Novamente, em consulta ao dicionário, observamos
que “adversário” significa aquele que entra em combate com outra pessoa;
antagonista; que é capaz de se opor; que é contrário a; opositor; que disputa
uma competição contra; contendor. Logo, observamos que um adversário
não precisa, necessariamente, ser um inimigo. Aqui, o adversário não é
alguém que está nos acusando injustamente, mas aquele a quem ofendemos
ou difamamos de fato, mas um ser que está a caminho conosco e que pensa e
age diferente de nós, expõe as suas opiniões diversas da nossa, conduz a vida
de um jeito que nos incomoda, ou pode ser, mesmo, um inimigo, decorrente
de entreveros desta e/ou de outras existências e que agora é a oportunidade
de ajuste ou reajuste, ou seja, da reconciliação, do acertar dos ponteiros e
seguir o caminho desbravando horizontes de amizade e paz.
Como é fácil cometer tais injustiças e quão difícil é resolvê-las, não é
mesmo? Na verdade, certas coisas, não queremos resolver, queremos deixar
no esquecimento, pois nos colocamos como vítimas e nosso orgulho nos
endurece, impedindo que reconciliemos com aquele a quem ofendemos. Mas
Jesus insiste para resolvermos logo, o mais depressa possível essa questão
com nosso adversário, porque estamos a caminho. Estar a caminho tem o
sentido de movimento, de estar andando para frente. Muito diferente de estar
no caminho, porque estar no caminho tem o sentido estático. Mas a ideia de
Jesus é de evolução. E para evoluir temos de agir e de nos movimentar, ir ao
encontro do outro que, muitas das vezes, é nosso adversário e/ou inimigo.
Quando Jesus nos alerta quanto ao “mais depressa possível”, desperta a ideia
de “tempo”, de aproveitarmos a oportunidade que temos para nos
apaziguarmos uns com os outros, acertando as arestas e desenvolvendo as
virtudes morais, sendo caritativos; cada qual se colocando no lugar do outro,
com o coração misericordioso removendo e ajudando o outro a remover as
pedras do caminho, pois não escaparemos do julgamento divino, que será
justo, certo e infalível. Jesus nos aconselha a demonstrar consideração uns
com os outros, mesmo por aqueles que pensamos ser nossos adversários. Isso
nem sempre é fácil, mas é caridade, é cristianismo. Quando Jesus recomenda
que nos reconciliemos o mais cedo possível com o nosso adversário, não
quer apenas evitar as discórdias na vida presente, mas também evitar que elas
se perpetuem nas existências futuras.
É preciso, o mais depressa possível, porque nunca sabemos quando será o
fim da nossa vida terrena, ocasião em que será muito tarde para acertar
qualquer questão. Se possível, ainda nesta encarnação, para que evitemos a
prisão de nossa consciência nas grades da ignorância, da consciência
culpada, do egoísmo e do orgulho e de tantos e demais vícios que nos
aprisionam, a fim de evitarmos os pagamentos dolorosos de cada ceitil, de
centavo por centavo, na conta da vida, e aproveitarmos o tempo, essa
ferramenta que temos em mãos para o exercício do livre-arbítrio, para
desenvolvermos a maturidade das nossas escolhas, e buscarmos a felicidade
juntamente com os companheiros de jornada evolutiva que também estão a
caminho.
Se estamos a caminho, estamos de passagem de um lugar para o outro, em
busca do conhecimento da verdade que liberta da prisão do orgulho e do
egoísmo, da ignorância, da intolerância, da falta de perdão. É preciso, no
caminho, o mais depressa possível, aprender a caminhar um com o outro,
lado a lado, tantas milhas que forem necessárias. É preciso, no caminho,
mostrar a outra face, que é a face da benevolência para com todos, da
indulgência para as imperfeições dos outros e do perdão das ofensas. É
preciso, no caminho, entregar a túnica do conhecimento e, se possível, a capa
do desprendimento. Mas a caminho de quê? Para onde? Rumo à felicidade,
para a qual todos nascemos, que se localiza dentro de cada um de nós em
particular, onde está o Reino de Deus, conforme Jesus nos ensinou através do
Evangelho de Lucas, capítulo 17, versículo 21.
E, ao fazer essa viagem, rumo à felicidade, no mundo da consciência, muitos,
quiçá a maioria, acabarão por concluir que, também, os nossos adversários
podem ser nós mesmos, que não nos damos oportunidades de nos ouvir e
perceber o que temos de melhorar e que temos de exercer o amor a nós
mesmos (o autoamor), não nos culpando de nada, mas nos responsabilizando
pelas nossas ações e omissões. A Doutrina Espírita nos ensina que fora da
caridade não há salvação. Assim sendo, este também é um caminho para nos
mantermos salvos dos processos obsessivos, pois no bem conseguiremos
reformular valores e angariar a simpatia dos bons espíritos, sem nos
esquecermos de que foi o próprio Mestre quem nos recomendou perdoar
enquanto estivermos caminhando com o nosso adversário, pois quando este
encontrar-se fora do corpo, ...
... terá mais facilidade em nos atormentar, fato no qual reside a maioria dos
casos de obsessões. Jesus fala da necessidade do perdão para o bem do que
se sente ofendido. Mas, como tudo se relaciona, os benefícios se estendem
também ao que ofende, pois que o ofensor do momento, quase sempre, foi
antes o ofendido, ou assim se sentiu. Amando, compreendendo, mudaremos
de faixa vibratória, tornando-nos imune ao ataque, pois, como o Mestre nos
falou, o Amor cobre a multidão de pecados. Kardec afirma que há dois
efeitos na prática do perdão e na prática do bem em geral: um moral e o
outro material. O primeiro são os efeitos morais para quem dá e para quem
recebe o perdão, efeitos no sentir, provocando sentimentos e emoções
agradáveis e mais nobres. Ambos, ofensor e ofendido, se sentem mais
aliviados, mais felizes.
O outro elimina as vibrações negativas do ofensor e do que se sente
ofendido, que se estabelecem entre um e outro, consequência da ação e dos
sentimentos e pensamentos, igualmente negativos. Conforme ensinamento do
Cristo, o sacrifício mais agradável a Deus não é ir ao Centro Espírita ou
mesmo ir fazer caridade junto a algum necessitado. Antes de fazermos tudo
isto é necessário reconciliarmo-nos com o nosso adversário. Pois não adianta
nada aprendermos o Evangelho, se este ensino não é praticado no momento
das dificuldades. Jesus nos fala para sermos humildes, pacientes e
misericordiosos. A oferta verdadeira do espírita, não é aquela que podemos
fazer com simples atos materiais ou exteriores, mas sim aquela que exige
uma modificação espiritual, com atos de reflexão íntima e em favor do
próximo. Sempre, o maior beneficiado com o perdão somos nós mesmos.
Quando Jesus disse que devemos reconciliar-nos sem demora com nosso
adversário, pretendia nos ensinar a evitar as discórdias na vida presente, mas
também que elas continuassem no plano espiritual e nas existências futuras,
neste mundo, porque dele não sairemos enquanto não pagarmos nossas
dívidas até o último ceitil, ou seja, até que a justiça esteja, completamente,
satisfeita. Relativamente à vida presente, a reconciliação com os adversários
proporciona uma série de inapreciáveis benefícios. Paz na Consciência, o
maior tesouro que o homem pode desejar no mundo. Ausência de
inquietações e remorsos, patrimônio que ajuda na aquisição do equilíbrio
interior. Sono tranquilo, assegurando bem-estar espiritual enquanto o corpo
descansa. Despertar sereno, premiando o coração que se enriqueceu de
experiências novas, no contato com benfeitores desencarnados.
A inimizade é uma brasa no coração humano. Queima, fere, abre chagas
profundas. Faz sangrar por muito tempo. Muitas das inimizades de hoje são
frutos de malquerenças passadas, que nos compete superar pelo perdão e pela
conciliação. Devemos reparar, quanto antes, os agravos que causamos ao
próximo; perdoar os supostos inimigos e reconciliarmo-nos com eles, a fim
de que, antes que a morte do corpo nos chegue, estejam apagados quaisquer
motivos de mágoa, rancor ou vingança futuros. "Por essa forma, de um
inimigo encarnado neste mundo se pode fazer um amigo no outro."
Conclusão
Grande parte da obra evangélica e da Doutrina Espírita diz respeito ao
relacionamento humano.
Procura nos informar sobre a grande necessidade de aprendermos a nos
relacionar melhor com os companheiros de vida. E para isto temos que
questionar os nossos atos diários, aferindo se eles são benéficos ou
maléficos, e assim chegarmos a uma importante conclusão: a de sempre
utilizar uma lei de comportamento deixada por Jesus. Diz ela: Fazei ao
próximo aquilo que quereis que o próximo faça a você. Com esta prática,
iremos nos colocar sempre no lugar da pessoa que irá receber o nosso ato ou
as nossas palavras. Se gostarmos do que ouvimos ou sentimos, estaremos
fazendo o bem. Se não gostarmos, com certeza estaremos praticando o mal, e
consequentemente iremos receber a consequência disto.
Por isso, enquanto estamos na Terra, ignorantes do nosso passado, devemos
buscar não fazer novos adversários e, na valorização do tempo presente,
esforcemo-nos para tornar os relacionamentos difíceis em relacionamentos
agradáveis, os adversários em amigos, na prática do perdão, sempre que
houver qualquer desentendimento, “para assim se extinguirem, antes da
morte, todos os motivos de desavença, toda causa profunda de animosidade
posterior”. Não adiemos a tarefa de perdoar e reconciliar com os nossos
adversários: façamos de cada instante de nossa vida ocasião de reparar o mal
e construir a fraternidade. Quando nos dispusermos a compreender e seguir o
conselho do Mestre Jesus: "Os meus discípulos serão conhecidos por muito
se amarem", nossos corações inundar-se-ão de um júbilo diferente.
De um júbilo sublime, que nenhum tesouro do mundo pode substituir ou
compensar.
Muita Paz!
Visite o meu Blog: http://espiritual-espiritual.blogspot.com.br
A serviço da Doutrina Espírita; com estudos comentados, cujo objetivo é
levar as pessoas a uma reflexão sobre a vida, buscando pela compreensão das
leis divinas o equilíbrio necessário.
Leia Kardec! Estude Kardec! Pratique Kardec! Divulgue Kardec!
O amanhã é sempre um dia a ser conquistado! Pense nisso!

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Reconciliação com o adversário

  • 1.
  • 2. “Reconcilia-te sem demora com o teu adversário, enquanto estás a caminho com ele, para que não suceda que ele te entregue ao juiz, e que o juiz te entregue ao seu ministro, e sejas mandado para a cadeia. Em verdade te digo que não sairás de lá, enquanto não pagares o último ceitil.” (moeda romana de cobre que valia 1/16 do denário) (Mateus, V: 25e 26) Os versículos acima nos mostram um quadro em que Jesus trata da relação do homem com o seu adversário, ou seja, do devedor com o seu credor. Na verdade, o texto refere- se ao acerto de contas entre os homens. A compreensão e a assimilação desses ensinamentos são de fundamental importância para nossos relacionamentos, nosso padrão de vida, nossa paz interior, nossa evolução. Porque, se "amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo" reúne "toda Lei e os ensinamentos dos profetas", ...
  • 3. ... concluímos que, enquanto odiarmos e retardarmos o autodescobrimento do amor incondicional, não teremos condições de entrar no "reino dos céus" interior, isto é, a maioridade espiritual que buscamos para nos afastarmos do sofrimento e alcançarmos estados d'alma de paz e júbilo ainda para nós desconhecidos. Diante dessa recomendação do Mestre Jesus a todos nós, Espíritos em evolução, passando pelas bênçãos das provas e das expiações, nesta oficina chamada Terra, temos de levar em conta alguns detalhes contidos nos versículos em pauta, de suma importância para o nosso entendimento e compreensão. Observemos que Jesus nos recomenda “reconciliar” com os nossos “adversários” e chamando-nos a atenção para que seja “o mais depressa possível”, e ainda a circunstância: “enquanto estiver com ele a caminho”.
  • 4. O dicionário traz a definição de que “reconciliar” é instaurar a paz entre; ficar em harmonia com; harmonizar-se. Em analogia com o entendimento de que para amar o próximo é necessário primeiro amar a si mesmo, logo, para reconciliar com os adversários, é necessário que cada qual se reconcilie consigo mesmo, em primeiro lugar, pacificando a própria consciência e harmonizando-se com os bons pensamentos, em sintonia com as leis divinas. Estando em paz consigo mesmo, estará desenvolvendo os quesitos da caridade como a entende Jesus: benevolência (boa vontade, surgida da voluntariedade, sem esperar nada em troca); indulgência (doçura por dentro); e perdão (doar-se por completo). Em seguida, estaremos habilitados ao relacionamento com os adversários.
  • 5. Adversários? Pois bem! Novamente, em consulta ao dicionário, observamos que “adversário” significa aquele que entra em combate com outra pessoa; antagonista; que é capaz de se opor; que é contrário a; opositor; que disputa uma competição contra; contendor. Logo, observamos que um adversário não precisa, necessariamente, ser um inimigo. Aqui, o adversário não é alguém que está nos acusando injustamente, mas aquele a quem ofendemos ou difamamos de fato, mas um ser que está a caminho conosco e que pensa e age diferente de nós, expõe as suas opiniões diversas da nossa, conduz a vida de um jeito que nos incomoda, ou pode ser, mesmo, um inimigo, decorrente de entreveros desta e/ou de outras existências e que agora é a oportunidade de ajuste ou reajuste, ou seja, da reconciliação, do acertar dos ponteiros e seguir o caminho desbravando horizontes de amizade e paz.
  • 6. Como é fácil cometer tais injustiças e quão difícil é resolvê-las, não é mesmo? Na verdade, certas coisas, não queremos resolver, queremos deixar no esquecimento, pois nos colocamos como vítimas e nosso orgulho nos endurece, impedindo que reconciliemos com aquele a quem ofendemos. Mas Jesus insiste para resolvermos logo, o mais depressa possível essa questão com nosso adversário, porque estamos a caminho. Estar a caminho tem o sentido de movimento, de estar andando para frente. Muito diferente de estar no caminho, porque estar no caminho tem o sentido estático. Mas a ideia de Jesus é de evolução. E para evoluir temos de agir e de nos movimentar, ir ao encontro do outro que, muitas das vezes, é nosso adversário e/ou inimigo.
  • 7. Quando Jesus nos alerta quanto ao “mais depressa possível”, desperta a ideia de “tempo”, de aproveitarmos a oportunidade que temos para nos apaziguarmos uns com os outros, acertando as arestas e desenvolvendo as virtudes morais, sendo caritativos; cada qual se colocando no lugar do outro, com o coração misericordioso removendo e ajudando o outro a remover as pedras do caminho, pois não escaparemos do julgamento divino, que será justo, certo e infalível. Jesus nos aconselha a demonstrar consideração uns com os outros, mesmo por aqueles que pensamos ser nossos adversários. Isso nem sempre é fácil, mas é caridade, é cristianismo. Quando Jesus recomenda que nos reconciliemos o mais cedo possível com o nosso adversário, não quer apenas evitar as discórdias na vida presente, mas também evitar que elas se perpetuem nas existências futuras.
  • 8. É preciso, o mais depressa possível, porque nunca sabemos quando será o fim da nossa vida terrena, ocasião em que será muito tarde para acertar qualquer questão. Se possível, ainda nesta encarnação, para que evitemos a prisão de nossa consciência nas grades da ignorância, da consciência culpada, do egoísmo e do orgulho e de tantos e demais vícios que nos aprisionam, a fim de evitarmos os pagamentos dolorosos de cada ceitil, de centavo por centavo, na conta da vida, e aproveitarmos o tempo, essa ferramenta que temos em mãos para o exercício do livre-arbítrio, para desenvolvermos a maturidade das nossas escolhas, e buscarmos a felicidade juntamente com os companheiros de jornada evolutiva que também estão a caminho.
  • 9. Se estamos a caminho, estamos de passagem de um lugar para o outro, em busca do conhecimento da verdade que liberta da prisão do orgulho e do egoísmo, da ignorância, da intolerância, da falta de perdão. É preciso, no caminho, o mais depressa possível, aprender a caminhar um com o outro, lado a lado, tantas milhas que forem necessárias. É preciso, no caminho, mostrar a outra face, que é a face da benevolência para com todos, da indulgência para as imperfeições dos outros e do perdão das ofensas. É preciso, no caminho, entregar a túnica do conhecimento e, se possível, a capa do desprendimento. Mas a caminho de quê? Para onde? Rumo à felicidade, para a qual todos nascemos, que se localiza dentro de cada um de nós em particular, onde está o Reino de Deus, conforme Jesus nos ensinou através do Evangelho de Lucas, capítulo 17, versículo 21.
  • 10. E, ao fazer essa viagem, rumo à felicidade, no mundo da consciência, muitos, quiçá a maioria, acabarão por concluir que, também, os nossos adversários podem ser nós mesmos, que não nos damos oportunidades de nos ouvir e perceber o que temos de melhorar e que temos de exercer o amor a nós mesmos (o autoamor), não nos culpando de nada, mas nos responsabilizando pelas nossas ações e omissões. A Doutrina Espírita nos ensina que fora da caridade não há salvação. Assim sendo, este também é um caminho para nos mantermos salvos dos processos obsessivos, pois no bem conseguiremos reformular valores e angariar a simpatia dos bons espíritos, sem nos esquecermos de que foi o próprio Mestre quem nos recomendou perdoar enquanto estivermos caminhando com o nosso adversário, pois quando este encontrar-se fora do corpo, ...
  • 11. ... terá mais facilidade em nos atormentar, fato no qual reside a maioria dos casos de obsessões. Jesus fala da necessidade do perdão para o bem do que se sente ofendido. Mas, como tudo se relaciona, os benefícios se estendem também ao que ofende, pois que o ofensor do momento, quase sempre, foi antes o ofendido, ou assim se sentiu. Amando, compreendendo, mudaremos de faixa vibratória, tornando-nos imune ao ataque, pois, como o Mestre nos falou, o Amor cobre a multidão de pecados. Kardec afirma que há dois efeitos na prática do perdão e na prática do bem em geral: um moral e o outro material. O primeiro são os efeitos morais para quem dá e para quem recebe o perdão, efeitos no sentir, provocando sentimentos e emoções agradáveis e mais nobres. Ambos, ofensor e ofendido, se sentem mais aliviados, mais felizes.
  • 12. O outro elimina as vibrações negativas do ofensor e do que se sente ofendido, que se estabelecem entre um e outro, consequência da ação e dos sentimentos e pensamentos, igualmente negativos. Conforme ensinamento do Cristo, o sacrifício mais agradável a Deus não é ir ao Centro Espírita ou mesmo ir fazer caridade junto a algum necessitado. Antes de fazermos tudo isto é necessário reconciliarmo-nos com o nosso adversário. Pois não adianta nada aprendermos o Evangelho, se este ensino não é praticado no momento das dificuldades. Jesus nos fala para sermos humildes, pacientes e misericordiosos. A oferta verdadeira do espírita, não é aquela que podemos fazer com simples atos materiais ou exteriores, mas sim aquela que exige uma modificação espiritual, com atos de reflexão íntima e em favor do próximo. Sempre, o maior beneficiado com o perdão somos nós mesmos.
  • 13. Quando Jesus disse que devemos reconciliar-nos sem demora com nosso adversário, pretendia nos ensinar a evitar as discórdias na vida presente, mas também que elas continuassem no plano espiritual e nas existências futuras, neste mundo, porque dele não sairemos enquanto não pagarmos nossas dívidas até o último ceitil, ou seja, até que a justiça esteja, completamente, satisfeita. Relativamente à vida presente, a reconciliação com os adversários proporciona uma série de inapreciáveis benefícios. Paz na Consciência, o maior tesouro que o homem pode desejar no mundo. Ausência de inquietações e remorsos, patrimônio que ajuda na aquisição do equilíbrio interior. Sono tranquilo, assegurando bem-estar espiritual enquanto o corpo descansa. Despertar sereno, premiando o coração que se enriqueceu de experiências novas, no contato com benfeitores desencarnados.
  • 14. A inimizade é uma brasa no coração humano. Queima, fere, abre chagas profundas. Faz sangrar por muito tempo. Muitas das inimizades de hoje são frutos de malquerenças passadas, que nos compete superar pelo perdão e pela conciliação. Devemos reparar, quanto antes, os agravos que causamos ao próximo; perdoar os supostos inimigos e reconciliarmo-nos com eles, a fim de que, antes que a morte do corpo nos chegue, estejam apagados quaisquer motivos de mágoa, rancor ou vingança futuros. "Por essa forma, de um inimigo encarnado neste mundo se pode fazer um amigo no outro." Conclusão Grande parte da obra evangélica e da Doutrina Espírita diz respeito ao relacionamento humano.
  • 15. Procura nos informar sobre a grande necessidade de aprendermos a nos relacionar melhor com os companheiros de vida. E para isto temos que questionar os nossos atos diários, aferindo se eles são benéficos ou maléficos, e assim chegarmos a uma importante conclusão: a de sempre utilizar uma lei de comportamento deixada por Jesus. Diz ela: Fazei ao próximo aquilo que quereis que o próximo faça a você. Com esta prática, iremos nos colocar sempre no lugar da pessoa que irá receber o nosso ato ou as nossas palavras. Se gostarmos do que ouvimos ou sentimos, estaremos fazendo o bem. Se não gostarmos, com certeza estaremos praticando o mal, e consequentemente iremos receber a consequência disto.
  • 16. Por isso, enquanto estamos na Terra, ignorantes do nosso passado, devemos buscar não fazer novos adversários e, na valorização do tempo presente, esforcemo-nos para tornar os relacionamentos difíceis em relacionamentos agradáveis, os adversários em amigos, na prática do perdão, sempre que houver qualquer desentendimento, “para assim se extinguirem, antes da morte, todos os motivos de desavença, toda causa profunda de animosidade posterior”. Não adiemos a tarefa de perdoar e reconciliar com os nossos adversários: façamos de cada instante de nossa vida ocasião de reparar o mal e construir a fraternidade. Quando nos dispusermos a compreender e seguir o conselho do Mestre Jesus: "Os meus discípulos serão conhecidos por muito se amarem", nossos corações inundar-se-ão de um júbilo diferente.
  • 17. De um júbilo sublime, que nenhum tesouro do mundo pode substituir ou compensar. Muita Paz! Visite o meu Blog: http://espiritual-espiritual.blogspot.com.br A serviço da Doutrina Espírita; com estudos comentados, cujo objetivo é levar as pessoas a uma reflexão sobre a vida, buscando pela compreensão das leis divinas o equilíbrio necessário. Leia Kardec! Estude Kardec! Pratique Kardec! Divulgue Kardec! O amanhã é sempre um dia a ser conquistado! Pense nisso!