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Sobre o tema o maior servidor, fomos buscar no livro Pontos e Contos, o conto
“A maior dádiva”, ditado pelo Espírito Irmão X, sobre a passagem do “Óbolo da
viúva. (Momentos de Paz Maria da Luz).
Conta-nos assim o autor espiritual:
Na assembleia luzida do Templo de Jerusalém, os descendentes do povo
excluído exibiam generosidade invulgar à frente da preciosa arca de
contribuições públicas. Todos traziam algum tributo de consideração ao Santo
dos Santos, cada qual mostrando a liberalidade da fé. Vestes de linho e valiosas
peles, enfeites dourados e aromas indefiníveis impunham, ali, deliciosas
impressões aos sentidos. Os fariseus, sobretudo, demonstravam apurado zelo no
culto externo, destacando-se pela beleza das túnicas e pelos ricos presentes ao
santuário.
Jesus e alguns discípulos, de passagem, acompanhavam as manifestações
populares, com justificado interesse. E Judas, entre eles, empolgado pelo
volume das oferendas, abeirava-se do cofre aberto, seguindo os menores
movimentos dos doadores, com a cobiça flamejante no olhar. A certa altura,
aproximuo-se do Messias e informou: Mestre, Jeroboão, o negociante de
tapetes, entregou vinte peças de ouro! Abençoado seja Jeroboão, acentuou
Jesus, sereno, porque conseguiu renunciar a excesso apreciável, evitando talvez
pesados desgostos. O dinheiro demasiado, quando não se escora no serviço aos
semelhantes, é perigoso tirano da alma. O discípulo voltou, ao posto de
observação, com indisfarçável desapontamento, mas, decorridos alguns
instantes, reapareceu, notificando:
Zacarias, o velho perfumista, sentindo-se enfermo e no fim de seus dias, trouxe
cem peças! Bem-aventurado seja ele, disse o Cristo, em tom significativo, mais
vale confiar a fortuna aos movimentos da fé que lhe legá-la a parentes
ambiciosos e ingratos. Zacarias prestou incalculável benefício a ele mesmo.
Judas tornou, de moto próprio, a fiscalização para comunicar, logo após, ao
grupo galileu: A viúva de Cam, o mercador de cavalos que faleceu
recentemente, acaba de entregar todo o dinheiro que recebeu dos romanos pela
venda de grande partida de animais. E, baixando o tom de voz, complementava,
cauteloso, o apontamento: Dizem por aí que alguns centuriões planejam roubar-
lhe os bens. Jesus sorriu e considerou: Muitos recursos amontoados sem
proveito provocam as sugestões do mal. Feliz dela que soube preservar-se
contra os malfeitores.
O aprendiz curioso regressou à posição e retornou, loquaz. Mestre, Efraim, o
levita de Cesareia, entregou duzentas moedas! Duzentas! Bem-aventurado seja
Efraim, falou o Amigo Divino, sem afetação, é grande virtude saber dar o que
sobra, em meio de tantos avarentos que se rejubilam à mesa, olvidando os
infelizes que não dispõem de uma côdea de pão. Nesse instante, penetrou no
Templo uma viúva paupérrima, a julgar pela simplicidade com que se
apresentava. Diante do sorriso sarcástico de Judas, o Senhor acompanhou-a, de
perto, no que foi seguido pelos demais companheiros. A mulher humilde orou e
apresentou duas moedinhas ao fausto religioso do santuário célebre. Muitos
circunstantes riram-se, irônicos, mas Jesus apressou-se a esclarecer: Em
verdade, esta pobre viúva deu mais que todos os poderosos aqui reunidos,
porquanto não vacilou em confiar ao Templo quanto possuía para o ...
Sustento próprio. A observação caridosa e bela congelou a crítica reinante.
Pouco a pouco, o recinto enorme tornou à calma. Israelitas nobres e sem nome
abandonaram, rumorosamente, o domicílio da fé. Jesus e os apóstolos foram os
derradeiros na retirada. Quando se dispunham a deixar a enorme sala vazia, eis
que uma escrava de rosto avermelhado e passos vacilantes surgiu no limiar para
atender à limpeza. Movimenta-se em minutos rápidos. Aqui, recolhe flores
esmagadas, além, absorve em panos úmidos os detritos deixados por enfermos
descuidados. Tem um sorriso nos lábios e a paciência no olhar, brunindo o piso
em silêncio, para que o ar se purificasse na sublime residência da Lei. Pedro,
agora a sós com o Messias, ainda impressionado com as lições recebidas, ousou
interrogar: Senhor, foi então a viúva pobre a maior doadora no Templo de nosso
Pai?
Realmente, elucidou Jesus, em tom fraterno, a viúva deu muitíssimo, porque,
enquanto os grandes senhores aqui testemunharam a própria vaidade, com
inteligência, desfazendo-se de bens que só lhes constituíam embaraço a
tranquilidade futura, ela entregou ao Todo-Poderoso aquilo que significava
alimento para o próprio corpo. Em seguida a leve pausa, apontou com o
indicador a serva anônima que se incumbia da limpeza sacrificial e concluiu: A
maior benfeitora para Deus, aqui, no entanto, ainda não é a viúva humilde que
se desfez do pão de um momento. É aquela mulher dobrada de trabalho, frágil e
macilenta, que está fornecendo à grandeza do Templo o seu próprio suor.
REFLEXÃO:
Viver o amor em sua plenitude é ser capaz de dar de si para o mundo, para a
obra de Deus.
É tornar-se instrumento útil de Sua Vontade, não por temor, mas por comunhão,
por compreensão, por amor. Algumas religiões levam seus fiéis a serem
tementes a Deus, assim como os antigos judeus, na época de Cristo, que
acreditavam no Deus punitivo que cobrava a fidelidade de seus filhos. Deus não
nos cobra fidelidade. Deus nos ensina a cada passo, a cada experiência, a
libertar o amor que está em nós. Não devemos ser tementes a Deus. Ao
contrário, Jesus nos indicava a necessidade de amá-Lo, de senti-Lo, de
comungar com Ele, para que pudéssemos dizer: “eu e meu Pai somos um”.
Fazer a vontade de Deus não é obrigação, mas consequência de nosso processo
evolutivo. Ao invés de temermos a Deus, devíamos pedir forças para
superarmos nossas fraquezas, nossas inferioridades, nos predispondo a sermos,
amanhã, melhores do que somos hoje.
A caridade, portanto, não está apenas na doação do supérfluo ou mesmo do
óbolo que possa nos fazer falta, como no caso da viúva, mas na doação de nós
mesmos para a obra do Pai. Esta á a nossa destinação como criaturas, como
espíritos em evolução. A caridade, entretanto, não pode prescindir da prudência
na ação do bem. Muitas vezes a ação destemida do seareiro de Jesus pode levá-
lo a fracassar, quando sem a prudência e sem o discernimento necessários, se
entrega a experiências precoces, que além de não trazerem o resultado esperado
ainda impedem de prosseguir na obra desejada. A literatura espírita está cheia de
testemunhos das ações de benfeitores espirituais que de maneira prudente
conseguiram pautar suas ações no caminho da caridade, da justiça e da
utilidade. Devemos amar todos e nos predispor a ajudá-los.
Mas nem todos os que nos procuram estão dispostos a serem ajudados ou estão
prontos para receberem a ajuda necessária. Na realidade, ninguém consegue
ajudar àquele que não quer ser ajudado. Da mesma forma, nem todos os
seareiros da caridade estão prontos ou habilitados a doarem ao próximo a ajuda
no nível em que ela se faz adequada. A prudência e o discernimento na obra do
bem fazem-se sempre necessários. A maior dádiva, portanto, aos olhos de Deus,
consiste na humildade, no desprendimento, na realização de trabalho útil e na
predisposição contínua de sermos servidores em Sua Obra.
Perguntado pelos discípulos qual era o maior mandamento da Lei, Jesus
respondeu:
“Amarás o senhor teu Deus, com toda a tua força, com todo o teu espírito, este o
maior dos mandamentos. Mas eis o segundo que é tão importante quanto
aquele: amarás o teu próximo como a ti mesmo. Neste mandamento, está
contida toda a Lei e os Profetas”. Com essa resposta Jesus resumia toda a Lei
num código de amor, justiça e caridade. Amar a Deus, significa observar a
Natureza, o Universo e perceber a grandeza da Criação que se estende ao
infinito das Galáxias e ao ínfimo das partículas moleculares e atômicas. Ao
constatar a grandeza da obra da Criação o homem percebe que faz parte dela
como criatura e que o Criador lhe permite tomar consciência de si mesmo e de
toda a obra universal. Amar a Deus é ver em todas as coisas a presença do
Criador, sendo elas animadas ou inanimadas.
O sentido do amor, aqui utilizado, não é o mesmo que a linguagem vulgar do
homem enxerga. O sentido é de comunhão, de harmonia, de paz com o
Universo.
Muita Paz!
Meu Blog: http://espiritual-espiritual.blogspot.com.br
Com estudos comentados de O Livro dos Espíritos, de O Livro dos Médiuns, e
de O Evangelho Segundo o Espiritismo.

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A maior dádiva é servir com amor

  • 1.
  • 2. Sobre o tema o maior servidor, fomos buscar no livro Pontos e Contos, o conto “A maior dádiva”, ditado pelo Espírito Irmão X, sobre a passagem do “Óbolo da viúva. (Momentos de Paz Maria da Luz). Conta-nos assim o autor espiritual: Na assembleia luzida do Templo de Jerusalém, os descendentes do povo excluído exibiam generosidade invulgar à frente da preciosa arca de contribuições públicas. Todos traziam algum tributo de consideração ao Santo dos Santos, cada qual mostrando a liberalidade da fé. Vestes de linho e valiosas peles, enfeites dourados e aromas indefiníveis impunham, ali, deliciosas impressões aos sentidos. Os fariseus, sobretudo, demonstravam apurado zelo no culto externo, destacando-se pela beleza das túnicas e pelos ricos presentes ao santuário.
  • 3. Jesus e alguns discípulos, de passagem, acompanhavam as manifestações populares, com justificado interesse. E Judas, entre eles, empolgado pelo volume das oferendas, abeirava-se do cofre aberto, seguindo os menores movimentos dos doadores, com a cobiça flamejante no olhar. A certa altura, aproximuo-se do Messias e informou: Mestre, Jeroboão, o negociante de tapetes, entregou vinte peças de ouro! Abençoado seja Jeroboão, acentuou Jesus, sereno, porque conseguiu renunciar a excesso apreciável, evitando talvez pesados desgostos. O dinheiro demasiado, quando não se escora no serviço aos semelhantes, é perigoso tirano da alma. O discípulo voltou, ao posto de observação, com indisfarçável desapontamento, mas, decorridos alguns instantes, reapareceu, notificando:
  • 4. Zacarias, o velho perfumista, sentindo-se enfermo e no fim de seus dias, trouxe cem peças! Bem-aventurado seja ele, disse o Cristo, em tom significativo, mais vale confiar a fortuna aos movimentos da fé que lhe legá-la a parentes ambiciosos e ingratos. Zacarias prestou incalculável benefício a ele mesmo. Judas tornou, de moto próprio, a fiscalização para comunicar, logo após, ao grupo galileu: A viúva de Cam, o mercador de cavalos que faleceu recentemente, acaba de entregar todo o dinheiro que recebeu dos romanos pela venda de grande partida de animais. E, baixando o tom de voz, complementava, cauteloso, o apontamento: Dizem por aí que alguns centuriões planejam roubar- lhe os bens. Jesus sorriu e considerou: Muitos recursos amontoados sem proveito provocam as sugestões do mal. Feliz dela que soube preservar-se contra os malfeitores.
  • 5. O aprendiz curioso regressou à posição e retornou, loquaz. Mestre, Efraim, o levita de Cesareia, entregou duzentas moedas! Duzentas! Bem-aventurado seja Efraim, falou o Amigo Divino, sem afetação, é grande virtude saber dar o que sobra, em meio de tantos avarentos que se rejubilam à mesa, olvidando os infelizes que não dispõem de uma côdea de pão. Nesse instante, penetrou no Templo uma viúva paupérrima, a julgar pela simplicidade com que se apresentava. Diante do sorriso sarcástico de Judas, o Senhor acompanhou-a, de perto, no que foi seguido pelos demais companheiros. A mulher humilde orou e apresentou duas moedinhas ao fausto religioso do santuário célebre. Muitos circunstantes riram-se, irônicos, mas Jesus apressou-se a esclarecer: Em verdade, esta pobre viúva deu mais que todos os poderosos aqui reunidos, porquanto não vacilou em confiar ao Templo quanto possuía para o ...
  • 6. Sustento próprio. A observação caridosa e bela congelou a crítica reinante. Pouco a pouco, o recinto enorme tornou à calma. Israelitas nobres e sem nome abandonaram, rumorosamente, o domicílio da fé. Jesus e os apóstolos foram os derradeiros na retirada. Quando se dispunham a deixar a enorme sala vazia, eis que uma escrava de rosto avermelhado e passos vacilantes surgiu no limiar para atender à limpeza. Movimenta-se em minutos rápidos. Aqui, recolhe flores esmagadas, além, absorve em panos úmidos os detritos deixados por enfermos descuidados. Tem um sorriso nos lábios e a paciência no olhar, brunindo o piso em silêncio, para que o ar se purificasse na sublime residência da Lei. Pedro, agora a sós com o Messias, ainda impressionado com as lições recebidas, ousou interrogar: Senhor, foi então a viúva pobre a maior doadora no Templo de nosso Pai?
  • 7. Realmente, elucidou Jesus, em tom fraterno, a viúva deu muitíssimo, porque, enquanto os grandes senhores aqui testemunharam a própria vaidade, com inteligência, desfazendo-se de bens que só lhes constituíam embaraço a tranquilidade futura, ela entregou ao Todo-Poderoso aquilo que significava alimento para o próprio corpo. Em seguida a leve pausa, apontou com o indicador a serva anônima que se incumbia da limpeza sacrificial e concluiu: A maior benfeitora para Deus, aqui, no entanto, ainda não é a viúva humilde que se desfez do pão de um momento. É aquela mulher dobrada de trabalho, frágil e macilenta, que está fornecendo à grandeza do Templo o seu próprio suor. REFLEXÃO: Viver o amor em sua plenitude é ser capaz de dar de si para o mundo, para a obra de Deus.
  • 8. É tornar-se instrumento útil de Sua Vontade, não por temor, mas por comunhão, por compreensão, por amor. Algumas religiões levam seus fiéis a serem tementes a Deus, assim como os antigos judeus, na época de Cristo, que acreditavam no Deus punitivo que cobrava a fidelidade de seus filhos. Deus não nos cobra fidelidade. Deus nos ensina a cada passo, a cada experiência, a libertar o amor que está em nós. Não devemos ser tementes a Deus. Ao contrário, Jesus nos indicava a necessidade de amá-Lo, de senti-Lo, de comungar com Ele, para que pudéssemos dizer: “eu e meu Pai somos um”. Fazer a vontade de Deus não é obrigação, mas consequência de nosso processo evolutivo. Ao invés de temermos a Deus, devíamos pedir forças para superarmos nossas fraquezas, nossas inferioridades, nos predispondo a sermos, amanhã, melhores do que somos hoje.
  • 9. A caridade, portanto, não está apenas na doação do supérfluo ou mesmo do óbolo que possa nos fazer falta, como no caso da viúva, mas na doação de nós mesmos para a obra do Pai. Esta á a nossa destinação como criaturas, como espíritos em evolução. A caridade, entretanto, não pode prescindir da prudência na ação do bem. Muitas vezes a ação destemida do seareiro de Jesus pode levá- lo a fracassar, quando sem a prudência e sem o discernimento necessários, se entrega a experiências precoces, que além de não trazerem o resultado esperado ainda impedem de prosseguir na obra desejada. A literatura espírita está cheia de testemunhos das ações de benfeitores espirituais que de maneira prudente conseguiram pautar suas ações no caminho da caridade, da justiça e da utilidade. Devemos amar todos e nos predispor a ajudá-los.
  • 10. Mas nem todos os que nos procuram estão dispostos a serem ajudados ou estão prontos para receberem a ajuda necessária. Na realidade, ninguém consegue ajudar àquele que não quer ser ajudado. Da mesma forma, nem todos os seareiros da caridade estão prontos ou habilitados a doarem ao próximo a ajuda no nível em que ela se faz adequada. A prudência e o discernimento na obra do bem fazem-se sempre necessários. A maior dádiva, portanto, aos olhos de Deus, consiste na humildade, no desprendimento, na realização de trabalho útil e na predisposição contínua de sermos servidores em Sua Obra. Perguntado pelos discípulos qual era o maior mandamento da Lei, Jesus respondeu:
  • 11. “Amarás o senhor teu Deus, com toda a tua força, com todo o teu espírito, este o maior dos mandamentos. Mas eis o segundo que é tão importante quanto aquele: amarás o teu próximo como a ti mesmo. Neste mandamento, está contida toda a Lei e os Profetas”. Com essa resposta Jesus resumia toda a Lei num código de amor, justiça e caridade. Amar a Deus, significa observar a Natureza, o Universo e perceber a grandeza da Criação que se estende ao infinito das Galáxias e ao ínfimo das partículas moleculares e atômicas. Ao constatar a grandeza da obra da Criação o homem percebe que faz parte dela como criatura e que o Criador lhe permite tomar consciência de si mesmo e de toda a obra universal. Amar a Deus é ver em todas as coisas a presença do Criador, sendo elas animadas ou inanimadas.
  • 12. O sentido do amor, aqui utilizado, não é o mesmo que a linguagem vulgar do homem enxerga. O sentido é de comunhão, de harmonia, de paz com o Universo. Muita Paz! Meu Blog: http://espiritual-espiritual.blogspot.com.br Com estudos comentados de O Livro dos Espíritos, de O Livro dos Médiuns, e de O Evangelho Segundo o Espiritismo.