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ENSAIO DE
MATERIAIS
Profº Diógenes Bitencourt
BASES TECNOLÓGICAS
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Diagrama Tensão-Deformação;
Ensaio de Tração;
Ensaio de Compressão;
Ensaio de Cisalhamento;
Ensaio de dureza Brinell;
Ensaio de dureza Rockwell;
Ensaio de dureza Vickers;
Ensaio com líquidos penetrantes;
Ensaio com partículas magnéticas;
Ensaio com ultra-som;
Ensaio com radiografia industrial.
HABILIDADES
• Interpretar o diagrama Tensão-Deformação;
• Descrever as propriedades mecânicas à
tração, compressão e ao cisalhamento;
• Descrever os principais ensaios de dureza
destrutivos e não destrutivos;
• Realizar ensaios não destrutivos para detecção
de falhas em produtos acabados e semiacabados.
COMPETÊNCIAS
• Conhecer as propriedades mecânicas à tração,
compressão e ao cisalhamento;
• Conhecer os principais ensaios de dureza
destrutivos e não destrutivos.
ENSAIO DE MATERIAIS
Para que servem os ensaios?
É por meio deles que se verifica se os
materiais apresentam as propriedades que os
tornarão adequados ao seu uso.
ENSAIO DE MATERIAIS
Evolução
ALGUNS TIPOS DE ESFORÇOS
ONDE SÃO FEITO OS ENSAIOS
• Oficina
• Laboratório
ENSAIO POR LIMA
ENSAIO POR CENTELHA
PROTÓTIPO

• É a versão preliminar de um produto,
produzida em pequena quantidade, e utilizada
durante a fase de testes.
PROTÓTIPO
CORPO DE PROVA
• É uma amostra do material que se deseja
testar, com dimensões e forma especificadas
em normas técnicas.
CORPO DE PROVA
PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
• Físicas
• Químicas
PROPRIEDADES MECÂNICAS
• Referem-se à forma como os materiais reagem
aos
esforços
externos,
apresentando
deformação ou ruptura.
PROPRIEDADES MECÂNICAS
• Elasticidade;
• Plasticidade;
• Resistência Mecânica.
ELASTICIDADE
• É a capacidade que um material tem de
retornar à sua forma e dimensões originais
quando cessa o esforço que o deformava.
ELASTICIDADE
PLASTICIDADE
• É a capacidade que um material tem de
apresentar deformação permanente
apreciável, sem se romper.
PLASTICIDADE
RESISTÊNCIA MECÂNICA
• É a capacidade que um material tem de
suportar esforços externos (tração,
compressão, flexão etc.) sem se romper.
RESISTÊNCIA MECÂNICA
ENSAIOS MECÂNICOS
• Destrutivos
• Não Destrutivos
ENSAIOS DESTRUTIVOS
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Tração
Compressão
Cisalhamento
Dobramento
Flexão
Embutimento
Torção
Dureza
Fluência
Fadiga
Impacto
ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS
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Visual
Líquido penetrante
Partículas magnéticas
Ultra-som
Radiografia industrial
DUVIDAS?
ENSAIO DE TRAÇÃO
• Para que serve?
O ensaio de tração consiste em submeter o
material a um esforço que tende a alongá-lo
até a ruptura. Os esforços ou cargas são
medidos na própria máquina de ensaio.
ENSAIO DE TRAÇÃO
• O ensaio mecânico mais importante para a
determinação da resistência dos materiais é o
ensaio de tração.
ENSAIO DE TRAÇÃO
No ensaio de tração o corpo é deformado por
alongamento, até o momento em que se
rompe. Os ensaios de tração permitem
conhecer como os materiais reagem aos
esforços de tração, quais os limites de tração
que suportam e a partir de que momento se
rompem.
Antes da ruptura, a deformação
Antes da ruptura, a deformação
Alongamento
Alongamento
• Representado pela letra A.
• Expresso pla seguinte igualdade:
A = Lf - Lo
Lo
Lo = comprimento inicial
Lf = comprimento final
DEFORMAÇÕES
• Há dois tipos de deformação, que se sucedem
quando o material é submetido a uma força
de tração: a elástica e a plástica.
Deformação Elástica
• Deformação elástica: não é permanente. Uma
vez cessados os esforços, o material volta à
sua forma original.
Deformação Plástica
• Deformação plástica: é permanente, uma vez
cessados os esforços, o material recupera a
deformação elástica, mas fica com uma
deformação residual plástica, não voltando
mais à sua forma original.
Tensão de Tração
Tensão (T) é a relação entre uma força (F) e
uma unidade de área (S):
T = F (N)
S (mm²)
Tabela de Conversões
1N

= 0,10 2kgf

1 kgf

= 0,454 lb

1 MPa
1 kgf/mm

= 1N/mm
2

2

= 1422,27 psi

= 9,807 N
= 0,102 kgf/mm
= 9,807 MPa

2

= 9,807 N/mm

2
ENSAIO DE TRAÇÃO: PROPRIEDADES
MECÂNICAS AVALIADAS
• Quando o ensaio de tração é realizado num
laboratório, com equipamento adequado, ele
permite registrar informações importantes
para o cálculo de resistência dos materiais a
esforços de tração e, conseqüentemente,
para projetos e cálculos de estruturas. Algumas
informações são registradas durante a realização
do ensaio e outras são obtidas pela análise das
características do corpo de prova após o ensaio.
ENSAIO DE TRAÇÃO: PROPRIEDADES
MECÂNICAS AVALIADAS
• Os dados relativos às forças aplicadas e
deformações sofridas pelo corpo de prova até
a ruptura permitem traçar o gráfico conhecido
como diagrama tensão-deformação.
DIAGRAMA TENSÃO-DEFORMAÇÃO
Quando um corpo de prova é submetido a um
ensaio de tração, a máquina de ensaio fornece
um gráfico que mostra as relações entre a
força aplicada e as deformações ocorridas
durante o ensaio.
Mas o que nos interessa para a determinação
das propriedades do material ensaiado é a
relação entre tensão e deformação.
DIAGRAMA TENSÃO-DEFORMAÇÃO
DIAGRAMA TENSÃO-DEFORMAÇÃO
Analisando o gráfico podemos ficar conhecendo
algumas propriedades que o diagrama nos
permite determinar.
E a primeira delas é o LIMITE ELÁSTICO.
LIMITE ELÁSTICO
Observe o diagrama a seguir. Note que foi
marcado um ponto A no final da parte reta do
gráfico. Este ponto representa o limite elástico.
LIMITE ELÁSTICO
O limite elástico recebe este nome porque, se
o ensaio for interrompido antes deste ponto e
a força de tração for retirada, o corpo volta à
sua forma original, como faz um elástico.
LIMITE ELÁSTICO
Na fase elástica os metais obedecem à lei de
Hooke. Suas deformações são diretamente
proporcionais às tensões aplicadas.
Exemplificando: se aplicarmos uma tensão de
10 N/mm2 e o corpo de prova se alongar
0,1%, ao aplicarmos uma força de 100 N/mm2
o corpo de prova se alongará 1%.
MÓDULO DE ELASTICIDADE
Na fase elástica, se dividirmos a tensão pela
deformação, em qualquer ponto, obteremos
sempre um valor constante.
Este valor constante é chamado módulo de
elasticidade. A expressão matemática dessa
relação é:
E=T
ε
LIMITE DE PROPORCIONALIDADE
Porém, a lei de Hooke só vale até um
determinado valor de tensão, denominado
limite de proporcionalidade, que é o ponto
representado no gráfico a seguir por A’, a
partir do qual a deformação deixa de ser
proporcional à carga aplicada.
LIMITE DE PROPORCIONALIDADE
ESCOAMENTO
Terminada a fase elástica, tem início a fase plástica, na
qual ocorre uma deformação permanente no material,
mesmo que se retire a força de tração.
No início da fase plástica ocorre um fenômeno
chamado escoamento. O escoamento caracteriza-se
por uma deformação permanente do material sem que
haja aumento de carga, mas com aumento da
velocidade de deformação. Durante o escoamento a
carga oscila entre valores muito próximos uns dos
outros.
ESCOAMENTO
LIMITE DE RESISTÊNCIA
Após o escoamento ocorre o encruamento,
que é um endurecimento causado pela quebra
dos grãos que compõem o material quando
deformados a frio. O material resiste cada vez
mais à tração externa, exigindo uma tensão
cada vez maior para se deformar.
LIMITE DE RESISTÊNCIA
Nessa fase, a tensão recomeça a subir, até
atingir um valor máximo num ponto chamado
de limite de resistência (B).
LIMITE DE RESISTÊNCIA
Para calcular o valor do limite de resistência
(LR), basta aplicar a fórmula:
LR = Fmax
So
LIMITE DE RUPTURA
Continuando a tração, chega-se à ruptura do
material, que ocorre num ponto chamado
limite de ruptura (C).
LIMITE DE RUPTURA
Note que a tensão no limite de ruptura é
menor que no limite de resistência, devido à
diminuição da área que ocorre no corpo de
prova depois que se atinge a carga máxima.
Elementos representados num mesmo
diagrama Tensão-Deformação
ESTRICÇÃO
É a redução percentual da área da seção
transversal do corpo de prova na região onde
vai se localizar a ruptura.
A estricção determina a ductilidade do
material. Quanto maior for a porcentagem
de estricção, mais dúctil será o material.
DUCTILIDADE
• A ductilidade ou ductibilidade é a propriedade
física dos materiais de suportar a deformação
plástica, sob a ação de cargas, sem se romper
ou fraturar.
• Um material dúctil é aquele que se deforma
sob uma tensão. Ouro, cobre e alumínio são
metais muito dúcteis. O oposto de dúctil é
frágil, quando o material se rompe sem sofrer
grande deformação.
Dúvidas?
PROCEDIMENTOS NORMALIZADOS
GLOBALIZAÇÃO

NORMALIZAÇÃO
CONFIABILIDADE DOS ENSAIOS
Os ensaios indicam as propriedades absolutas
de um material?
Não.
Porquê?
Não reproduzem totalmente os esforços a que
uma peça é submetida.
CONFIABILIDADE DOS ENSAIOS
COEFICIENTE DE SEGURANÇA

O qual leva em consideração as Incertezas
Normas técnicas voltadas para ensaios
de Tração
Normas mais utilizadas são referentes à:
Especificação dos materiais.
Método de ensaio.
NORMAS MAIS UTILIZADAS PELOS
LABORATÓRIOS
•
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ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
ASTM - American Society for Testing and Materials
DIN - Deutsches Institut für Normung
AFNOR - Association Française de Normalisation
BSI - British Standards Institution
ASME - American Society of Mechanical Engineer
ISO - International Organization for Standardization
JIS - Japanese Industrial Standards
SAE - Society of Automotive Engineers
COPANT - Comissão Panamericana de Normas Técnicas
EQUIPAMENTO UTILIZADO PARA O
ENSAIO DE TRAÇÃO
MÁQUINA UNIVERSAL
DINAMÔMETRO
• Aparelho utilizado para medir a força aplicada.
CORPO DE PROVA
Características especificadas de acordo
com normas técnicas.

Suas dimensões devem ser adequadas
à capacidade da máquina de ensaio.
TIPOS DE CORPOS DE PROVA
TIPOS DE CORPOS DE PROVA
PARTES DO CORPO DE PROVA
• Parte útil – região onde são feitas as medidas
das propriedades mecânicas do material.
• Cabeças – são as regiões extremas, que
servem para fixar o corpo de prova à máquina.
NORMAS PARA CORPOS DE PROVA
Segundo a ABNT, o comprimento da parte útil
dos corpos de prova utilizados nos ensaios de
tração deve corresponder a 5 vezes o diâmetro
da seção da parte útil.
NORMAS PARA CORPO DE PROVA
Por acordo internacional, sempre que possível
um corpo de prova deve ter 10 mm de
diâmetro e 50 mm de comprimento inicial.
Não sendo possível a retirada de um corpo de
prova deste tipo, deve-se adotar um corpo
com dimensões proporcionais a essas.
NORMAS PARA CORPOS DE PROVA
• Corpos de prova com seção retangular são
geralmente retirados de placas, chapas ou
lâminas. Suas dimensões e tolerâncias de
usinagem são normalizadas pela ISO/R377
enquanto não existir norma brasileira
correspondente.
NORMAS PARA CORPOS DE PROVA
• A norma brasileira (NBR 6152, dez./1980)
somente indica que os corpos de prova devem
apresentar bom acabamento de superficie e
ausência de trincas.
NORMAS PARA CORPOS DE PROVA
• Em materiais soldados, podem ser retirados
corpos de prova com a solda no meio ou no
sentido longitudinal da solda.
PREPARAÇÃO DO CORPO DE PROVA
PARA O ENSAIO DE TRAÇÃO
1° Passo – identificar o material do corpo de prova.
2° Passo - deve-se medir o diâmetro do corpo de prova
em dois pontos no comprimento da parte útil,
utilizando um micrômetro, e calcular a média.
3° Passo - Por fim, deve-se riscar o corpo de prova, isto é,
traçar as divisões no comprimento útil. Num corpo de
prova de 50 mm de comprimento, as marcações
devem ser feitas de 5 em 5 milímetros.
PREPARAÇÃO DO CORPO DE PROVA
PARA ENSAIO DE TRAÇÃO
ANÁLISE DOS RESULTADOS
Nesta etapa determinam-se as principais
propriedades que podem ser obtidas no
ensaio de tração.
COMO CALCULAR O ALONGAMENTO
Alongamento Plástico – que define a
ductilidade do material
A = Lf - Lo
Lo
COMO CALCULAR O ALONGAMENTO
• A primeira coisa a fazer é juntar, da melhor
forma possível, as duas partes do corpo de
prova.
• Depois, procura-se o risco mais próximo da
ruptura e conta-se a metade das divisões (n/2)
para cada lado. Mede-se então o comprimento
final, que corresponde à distância entre os dois
extremos dessa contagem.
COMO CALCULAR O ALONGAMENTO
COMO CALCULAR O ALONGAMENTO

•
•
•
•

Se a ruptura ocorrer fora do centro, de modo a
não permitir a contagem de n/2 divisões de cada
lado, deve-se adotar o seguinte procedimento
normalizado:
Toma-se o risco mais próximo da ruptura.
Conta-se n/2 divisões de um dos lados.
Acrescentam-se ao comprimento do lado oposto
quantas divisões forem necessárias para
completar as n/2 divisões.
A medida de Lf será a somatória de L’+ L”
COMO CALCULAR O ALONGAMENTO
DETERMINAÇÃO DO LIMITE ELÁSTICO
OU DE PROPORCIONALIDADE
O limite elástico é a máxima tensão que uma
peça pode ser submetida? Por que?
R = Sim. Porque a partir desse ponto a
deformação é permanente
LIMIT ELÁSTICO
Ficou conhecido como Limite Jhonson.
Vamos determinar o Limite Jhonson na prática:
LIMIT ELÁSTICO
LIMIT ELÁSTICO
LIMIT ELÁSTICO
LIMIT ELÁSTICO
LIMITE DE ESCOAMENTO: valores
convencionais
LIMITE DE ESCOAMENTO: valores
convencionais
Vários metais não apresentam escoamento, e mesmo
nas ligas em que ocorre ele não pode ser observado, na
maioria dos casos, porque acontece muito rápido e não
é possível detectá-lo. Por essas razões, foram
convencionados alguns valores para determinar este
limite. O valor convencionado (n) corresponde a um
alongamento percentual.
Os valores de uso mais freqüente são:
• n = 0,2%, para metais e ligas metálicas em geral;
• n = 0,1%, para aços ou ligas não ferrosas mais duras;
• n = 0,01%, para aços-mola.
LIMITE DE ESCOAMENTO: valores
convencionais
TENSÃO NO LIMITE DE RESISTÊNCIA
Este valor de tensão é utilizado para a
especificação dos materiais nas normas, pois é
o unico resultado preciso que se pode obter
no ensaio de tração e é utilizado como base
de cálculo de todas as outras tensões
determinadas neste ensaio.
DIFICULDADES COM A TENSÃO DE
RUPTURA
É difícil determinar com precisão o limite de
ruptura, pois não há forma de parar o ponteiro
da força no instante exato da ruptura. Além
disso, o limite de ruptura não serve para
caracterizar o material, pois quanto mais dúctil
ele é, mais se deforma antes de romper-se.
CALCULANDO A ESTRICÇÃO
A estricção também é uma medida da
ductilidade do material. É representada pela
letra Z, e calculada pela seguinte fórmula:
Z = So – Sf
So
EXEMPLO DE RELATÓRIO DE ENSAIO
DE TRAÇÃO
Interessado(a): JJA
Data: 22/12/95
Material ensaiado (descrição): Aço 1020
Equipamento: Máquina universal
Norma(s) seguida(s): ABNT - NBR 6152
C.P

∅

Comprimento

Área

Limite de

Limite de

.

Médio

útil

da seção

escoamento

resistência

mm

mm

inicial

Alongamento

Estricção

o

n

N

Mpa

N

MPa

mm2
1

10

Executante:

50

78,54

mm

%

Lf
21991

280

32987 420

Visto:

62

mm

%

Df
24

6

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Corrosão em Vergalhões de Aço
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Ensaios de materiais: propriedades mecânicas

  • 2. BASES TECNOLÓGICAS • • • • • • • • • • • Diagrama Tensão-Deformação; Ensaio de Tração; Ensaio de Compressão; Ensaio de Cisalhamento; Ensaio de dureza Brinell; Ensaio de dureza Rockwell; Ensaio de dureza Vickers; Ensaio com líquidos penetrantes; Ensaio com partículas magnéticas; Ensaio com ultra-som; Ensaio com radiografia industrial.
  • 3. HABILIDADES • Interpretar o diagrama Tensão-Deformação; • Descrever as propriedades mecânicas à tração, compressão e ao cisalhamento; • Descrever os principais ensaios de dureza destrutivos e não destrutivos; • Realizar ensaios não destrutivos para detecção de falhas em produtos acabados e semiacabados.
  • 4. COMPETÊNCIAS • Conhecer as propriedades mecânicas à tração, compressão e ao cisalhamento; • Conhecer os principais ensaios de dureza destrutivos e não destrutivos.
  • 5. ENSAIO DE MATERIAIS Para que servem os ensaios? É por meio deles que se verifica se os materiais apresentam as propriedades que os tornarão adequados ao seu uso.
  • 7. ALGUNS TIPOS DE ESFORÇOS
  • 8. ONDE SÃO FEITO OS ENSAIOS • Oficina • Laboratório
  • 11. PROTÓTIPO • É a versão preliminar de um produto, produzida em pequena quantidade, e utilizada durante a fase de testes.
  • 13. CORPO DE PROVA • É uma amostra do material que se deseja testar, com dimensões e forma especificadas em normas técnicas.
  • 15. PROPRIEDADES DOS MATERIAIS • Físicas • Químicas
  • 16. PROPRIEDADES MECÂNICAS • Referem-se à forma como os materiais reagem aos esforços externos, apresentando deformação ou ruptura.
  • 17. PROPRIEDADES MECÂNICAS • Elasticidade; • Plasticidade; • Resistência Mecânica.
  • 18. ELASTICIDADE • É a capacidade que um material tem de retornar à sua forma e dimensões originais quando cessa o esforço que o deformava.
  • 20. PLASTICIDADE • É a capacidade que um material tem de apresentar deformação permanente apreciável, sem se romper.
  • 22. RESISTÊNCIA MECÂNICA • É a capacidade que um material tem de suportar esforços externos (tração, compressão, flexão etc.) sem se romper.
  • 26. ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS • • • • • Visual Líquido penetrante Partículas magnéticas Ultra-som Radiografia industrial
  • 28. ENSAIO DE TRAÇÃO • Para que serve? O ensaio de tração consiste em submeter o material a um esforço que tende a alongá-lo até a ruptura. Os esforços ou cargas são medidos na própria máquina de ensaio.
  • 29. ENSAIO DE TRAÇÃO • O ensaio mecânico mais importante para a determinação da resistência dos materiais é o ensaio de tração.
  • 30. ENSAIO DE TRAÇÃO No ensaio de tração o corpo é deformado por alongamento, até o momento em que se rompe. Os ensaios de tração permitem conhecer como os materiais reagem aos esforços de tração, quais os limites de tração que suportam e a partir de que momento se rompem.
  • 31. Antes da ruptura, a deformação
  • 32. Antes da ruptura, a deformação
  • 34. Alongamento • Representado pela letra A. • Expresso pla seguinte igualdade: A = Lf - Lo Lo Lo = comprimento inicial Lf = comprimento final
  • 35. DEFORMAÇÕES • Há dois tipos de deformação, que se sucedem quando o material é submetido a uma força de tração: a elástica e a plástica.
  • 36. Deformação Elástica • Deformação elástica: não é permanente. Uma vez cessados os esforços, o material volta à sua forma original.
  • 37. Deformação Plástica • Deformação plástica: é permanente, uma vez cessados os esforços, o material recupera a deformação elástica, mas fica com uma deformação residual plástica, não voltando mais à sua forma original.
  • 38. Tensão de Tração Tensão (T) é a relação entre uma força (F) e uma unidade de área (S): T = F (N) S (mm²)
  • 39. Tabela de Conversões 1N = 0,10 2kgf 1 kgf = 0,454 lb 1 MPa 1 kgf/mm = 1N/mm 2 2 = 1422,27 psi = 9,807 N = 0,102 kgf/mm = 9,807 MPa 2 = 9,807 N/mm 2
  • 40. ENSAIO DE TRAÇÃO: PROPRIEDADES MECÂNICAS AVALIADAS • Quando o ensaio de tração é realizado num laboratório, com equipamento adequado, ele permite registrar informações importantes para o cálculo de resistência dos materiais a esforços de tração e, conseqüentemente, para projetos e cálculos de estruturas. Algumas informações são registradas durante a realização do ensaio e outras são obtidas pela análise das características do corpo de prova após o ensaio.
  • 41. ENSAIO DE TRAÇÃO: PROPRIEDADES MECÂNICAS AVALIADAS • Os dados relativos às forças aplicadas e deformações sofridas pelo corpo de prova até a ruptura permitem traçar o gráfico conhecido como diagrama tensão-deformação.
  • 42. DIAGRAMA TENSÃO-DEFORMAÇÃO Quando um corpo de prova é submetido a um ensaio de tração, a máquina de ensaio fornece um gráfico que mostra as relações entre a força aplicada e as deformações ocorridas durante o ensaio. Mas o que nos interessa para a determinação das propriedades do material ensaiado é a relação entre tensão e deformação.
  • 44. DIAGRAMA TENSÃO-DEFORMAÇÃO Analisando o gráfico podemos ficar conhecendo algumas propriedades que o diagrama nos permite determinar. E a primeira delas é o LIMITE ELÁSTICO.
  • 45. LIMITE ELÁSTICO Observe o diagrama a seguir. Note que foi marcado um ponto A no final da parte reta do gráfico. Este ponto representa o limite elástico.
  • 46. LIMITE ELÁSTICO O limite elástico recebe este nome porque, se o ensaio for interrompido antes deste ponto e a força de tração for retirada, o corpo volta à sua forma original, como faz um elástico.
  • 47. LIMITE ELÁSTICO Na fase elástica os metais obedecem à lei de Hooke. Suas deformações são diretamente proporcionais às tensões aplicadas. Exemplificando: se aplicarmos uma tensão de 10 N/mm2 e o corpo de prova se alongar 0,1%, ao aplicarmos uma força de 100 N/mm2 o corpo de prova se alongará 1%.
  • 48. MÓDULO DE ELASTICIDADE Na fase elástica, se dividirmos a tensão pela deformação, em qualquer ponto, obteremos sempre um valor constante. Este valor constante é chamado módulo de elasticidade. A expressão matemática dessa relação é: E=T ε
  • 49. LIMITE DE PROPORCIONALIDADE Porém, a lei de Hooke só vale até um determinado valor de tensão, denominado limite de proporcionalidade, que é o ponto representado no gráfico a seguir por A’, a partir do qual a deformação deixa de ser proporcional à carga aplicada.
  • 51. ESCOAMENTO Terminada a fase elástica, tem início a fase plástica, na qual ocorre uma deformação permanente no material, mesmo que se retire a força de tração. No início da fase plástica ocorre um fenômeno chamado escoamento. O escoamento caracteriza-se por uma deformação permanente do material sem que haja aumento de carga, mas com aumento da velocidade de deformação. Durante o escoamento a carga oscila entre valores muito próximos uns dos outros.
  • 53. LIMITE DE RESISTÊNCIA Após o escoamento ocorre o encruamento, que é um endurecimento causado pela quebra dos grãos que compõem o material quando deformados a frio. O material resiste cada vez mais à tração externa, exigindo uma tensão cada vez maior para se deformar.
  • 54. LIMITE DE RESISTÊNCIA Nessa fase, a tensão recomeça a subir, até atingir um valor máximo num ponto chamado de limite de resistência (B).
  • 55. LIMITE DE RESISTÊNCIA Para calcular o valor do limite de resistência (LR), basta aplicar a fórmula: LR = Fmax So
  • 56. LIMITE DE RUPTURA Continuando a tração, chega-se à ruptura do material, que ocorre num ponto chamado limite de ruptura (C).
  • 57. LIMITE DE RUPTURA Note que a tensão no limite de ruptura é menor que no limite de resistência, devido à diminuição da área que ocorre no corpo de prova depois que se atinge a carga máxima.
  • 58. Elementos representados num mesmo diagrama Tensão-Deformação
  • 59. ESTRICÇÃO É a redução percentual da área da seção transversal do corpo de prova na região onde vai se localizar a ruptura. A estricção determina a ductilidade do material. Quanto maior for a porcentagem de estricção, mais dúctil será o material.
  • 60. DUCTILIDADE • A ductilidade ou ductibilidade é a propriedade física dos materiais de suportar a deformação plástica, sob a ação de cargas, sem se romper ou fraturar. • Um material dúctil é aquele que se deforma sob uma tensão. Ouro, cobre e alumínio são metais muito dúcteis. O oposto de dúctil é frágil, quando o material se rompe sem sofrer grande deformação.
  • 63. CONFIABILIDADE DOS ENSAIOS Os ensaios indicam as propriedades absolutas de um material? Não. Porquê? Não reproduzem totalmente os esforços a que uma peça é submetida.
  • 64. CONFIABILIDADE DOS ENSAIOS COEFICIENTE DE SEGURANÇA O qual leva em consideração as Incertezas
  • 65. Normas técnicas voltadas para ensaios de Tração Normas mais utilizadas são referentes à: Especificação dos materiais. Método de ensaio.
  • 66. NORMAS MAIS UTILIZADAS PELOS LABORATÓRIOS • • • • • • • • • • ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas ASTM - American Society for Testing and Materials DIN - Deutsches Institut für Normung AFNOR - Association Française de Normalisation BSI - British Standards Institution ASME - American Society of Mechanical Engineer ISO - International Organization for Standardization JIS - Japanese Industrial Standards SAE - Society of Automotive Engineers COPANT - Comissão Panamericana de Normas Técnicas
  • 67. EQUIPAMENTO UTILIZADO PARA O ENSAIO DE TRAÇÃO
  • 69. DINAMÔMETRO • Aparelho utilizado para medir a força aplicada.
  • 70. CORPO DE PROVA Características especificadas de acordo com normas técnicas. Suas dimensões devem ser adequadas à capacidade da máquina de ensaio.
  • 71. TIPOS DE CORPOS DE PROVA
  • 72. TIPOS DE CORPOS DE PROVA
  • 73. PARTES DO CORPO DE PROVA • Parte útil – região onde são feitas as medidas das propriedades mecânicas do material. • Cabeças – são as regiões extremas, que servem para fixar o corpo de prova à máquina.
  • 74. NORMAS PARA CORPOS DE PROVA Segundo a ABNT, o comprimento da parte útil dos corpos de prova utilizados nos ensaios de tração deve corresponder a 5 vezes o diâmetro da seção da parte útil.
  • 75. NORMAS PARA CORPO DE PROVA Por acordo internacional, sempre que possível um corpo de prova deve ter 10 mm de diâmetro e 50 mm de comprimento inicial. Não sendo possível a retirada de um corpo de prova deste tipo, deve-se adotar um corpo com dimensões proporcionais a essas.
  • 76. NORMAS PARA CORPOS DE PROVA • Corpos de prova com seção retangular são geralmente retirados de placas, chapas ou lâminas. Suas dimensões e tolerâncias de usinagem são normalizadas pela ISO/R377 enquanto não existir norma brasileira correspondente.
  • 77. NORMAS PARA CORPOS DE PROVA • A norma brasileira (NBR 6152, dez./1980) somente indica que os corpos de prova devem apresentar bom acabamento de superficie e ausência de trincas.
  • 78. NORMAS PARA CORPOS DE PROVA • Em materiais soldados, podem ser retirados corpos de prova com a solda no meio ou no sentido longitudinal da solda.
  • 79. PREPARAÇÃO DO CORPO DE PROVA PARA O ENSAIO DE TRAÇÃO 1° Passo – identificar o material do corpo de prova. 2° Passo - deve-se medir o diâmetro do corpo de prova em dois pontos no comprimento da parte útil, utilizando um micrômetro, e calcular a média. 3° Passo - Por fim, deve-se riscar o corpo de prova, isto é, traçar as divisões no comprimento útil. Num corpo de prova de 50 mm de comprimento, as marcações devem ser feitas de 5 em 5 milímetros.
  • 80. PREPARAÇÃO DO CORPO DE PROVA PARA ENSAIO DE TRAÇÃO
  • 81. ANÁLISE DOS RESULTADOS Nesta etapa determinam-se as principais propriedades que podem ser obtidas no ensaio de tração.
  • 82. COMO CALCULAR O ALONGAMENTO Alongamento Plástico – que define a ductilidade do material A = Lf - Lo Lo
  • 83. COMO CALCULAR O ALONGAMENTO • A primeira coisa a fazer é juntar, da melhor forma possível, as duas partes do corpo de prova. • Depois, procura-se o risco mais próximo da ruptura e conta-se a metade das divisões (n/2) para cada lado. Mede-se então o comprimento final, que corresponde à distância entre os dois extremos dessa contagem.
  • 84. COMO CALCULAR O ALONGAMENTO
  • 85. COMO CALCULAR O ALONGAMENTO • • • • Se a ruptura ocorrer fora do centro, de modo a não permitir a contagem de n/2 divisões de cada lado, deve-se adotar o seguinte procedimento normalizado: Toma-se o risco mais próximo da ruptura. Conta-se n/2 divisões de um dos lados. Acrescentam-se ao comprimento do lado oposto quantas divisões forem necessárias para completar as n/2 divisões. A medida de Lf será a somatória de L’+ L”
  • 86. COMO CALCULAR O ALONGAMENTO
  • 87. DETERMINAÇÃO DO LIMITE ELÁSTICO OU DE PROPORCIONALIDADE O limite elástico é a máxima tensão que uma peça pode ser submetida? Por que? R = Sim. Porque a partir desse ponto a deformação é permanente
  • 88. LIMIT ELÁSTICO Ficou conhecido como Limite Jhonson. Vamos determinar o Limite Jhonson na prática:
  • 93. LIMITE DE ESCOAMENTO: valores convencionais
  • 94. LIMITE DE ESCOAMENTO: valores convencionais Vários metais não apresentam escoamento, e mesmo nas ligas em que ocorre ele não pode ser observado, na maioria dos casos, porque acontece muito rápido e não é possível detectá-lo. Por essas razões, foram convencionados alguns valores para determinar este limite. O valor convencionado (n) corresponde a um alongamento percentual. Os valores de uso mais freqüente são: • n = 0,2%, para metais e ligas metálicas em geral; • n = 0,1%, para aços ou ligas não ferrosas mais duras; • n = 0,01%, para aços-mola.
  • 95. LIMITE DE ESCOAMENTO: valores convencionais
  • 96. TENSÃO NO LIMITE DE RESISTÊNCIA Este valor de tensão é utilizado para a especificação dos materiais nas normas, pois é o unico resultado preciso que se pode obter no ensaio de tração e é utilizado como base de cálculo de todas as outras tensões determinadas neste ensaio.
  • 97. DIFICULDADES COM A TENSÃO DE RUPTURA É difícil determinar com precisão o limite de ruptura, pois não há forma de parar o ponteiro da força no instante exato da ruptura. Além disso, o limite de ruptura não serve para caracterizar o material, pois quanto mais dúctil ele é, mais se deforma antes de romper-se.
  • 98. CALCULANDO A ESTRICÇÃO A estricção também é uma medida da ductilidade do material. É representada pela letra Z, e calculada pela seguinte fórmula: Z = So – Sf So
  • 99. EXEMPLO DE RELATÓRIO DE ENSAIO DE TRAÇÃO Interessado(a): JJA Data: 22/12/95 Material ensaiado (descrição): Aço 1020 Equipamento: Máquina universal Norma(s) seguida(s): ABNT - NBR 6152 C.P ∅ Comprimento Área Limite de Limite de . Médio útil da seção escoamento resistência mm mm inicial Alongamento Estricção o n N Mpa N MPa mm2 1 10 Executante: 50 78,54 mm % Lf 21991 280 32987 420 Visto: 62 mm % Df 24 6 64