SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 82
Propriedades Mecânicas dos
Materiais
Profa. Dra. Daniela Becker
Sumário
Tração
Flexão
Impacto
Dureza
Objetivo
Introduzir os conceitos básicos associados
com as propriedades mecânicas dos
materiais;
Avaliar fatores que afetam as propriedades
mecânicas dos materiais;
Rever alguns dos testes básicos utilizados
para avaliar muitas destas propriedades.
Importância do estudo do comportamento
de mecânico de materiais
Aviões utilizam ligas de alumínio
de alta resistência e materiais
compósitos reforçados com fibras
de carbono e kevlar.
Os materiais utilizados em esportes precisam
ser leves, rígidos, resistentes e tenazes. Os
ensaios mecânicos permitem avaliar estas
propriedades.
Principais propriedades mecânicas
Resistência à tração
Elasticidade
Ductilidade
Dureza
Tenacidade
Como determinar as propriedades
mecânicas?
Através de ensaios mecânicos.
Utiliza-se normalmente corpos de prova
Utilização de normas técnicas para o
procedimento das medidas e confecção do
corpo de prova.
Tipos de tensões que uma estrutura esta
sujeita
Resistência à tração
É medida submetendo-se o
material à uma carga ou
força de tração,
gradativamente crescente,
que promove uma
deformação progressiva de
aumento de comprimento
Ensaio de tração - metais
Ensaio de Tração - Polímeros
Tensão
(MPa)
Tensão
(10
3
psi)
Comportamento dos polímeros
Deformação
Plástico
Elastômero
Frágil
Metais
Curva tensão vs deformação
Ensaio de Tração
A partir da curva de tensão deformação pode-
se obter os seguintes ensaios:
Módulo de elasticidade em tração ou de Young
Tensão e deformação no ponto de escoamento
Tensão máxima
Tensão e deformação na ruptura
Ductibilidade
Resiliência
Tenacidade
Algumas Definições
Empescoçamento
Polímeros Metais
Algumas Definições
Tensão de tração
F
Ao
σ =
Nominal
F
A
σ =
Real
Resistência à tração
É a máxima tensão tração suportada pela amostra
durante o ensaio
Algumas Definições
Deformação (ε)
Δl
lo
ε =
l = l lo
Ponto de escoamento – primeiro ponto na
curva tensão-tração no qual o aumento de
deformação ocorre sem um aumento na
tensão
Deformação Elástica e Plástica
DEFORMAÇÃO ELÁSTICA
Prescede à deformação plástica
É reversível
Desaparece quando a tensão é
removida
É praticamente proporcional à
tensão aplicada (obedece a lei de Hooke)
Elástica
DEFORMAÇÃO PLÁSTICA
É provocada por tensões que ultrapassam
o limite de elasticidade
É irreversível porque é resultado do
deslocamento permanente dos átomos e
portanto não desaparece quando a tensão
é removida
Plástica
Algumas Definições - Metais
Tensão
Curva tensão vs deformação
Limite de resistência à tração
Limite de escoamento
Deformação
- Polímeros
Algumas Definições - Poímeros
Algumas Definições
Metais Resistência
a Tração
Algumas Definições
Módulo de Elasticidade
Relacionado com a rigidez
É o quociente entre a tensão aplicada e a deformação
elástica resultante.
Está relacionado diretamente com as forças das
ligações interatômicas
σ
ε
E =
Módulo de Elasticidade
MÓDULO DE ELASTICIDADE
[E]
GPa 6
10 Psi
Magnésio 45 6.5
AlumÍnio 69 10
Latão 97 14
Titânio 107 15.5
Cobre 110 16
Níquel 207 30
Aço 207 30
Tungstênio 407 59
Módulo de Elasticidade para alguns
metais
Comparação entre propriedades
Algumas Definições
Ductibilidade - É a medida da extensão da
deformação que ocorre até a fratura
Alongamento Percentual Redução de área Percentual
Algumas de Definições
Tenacidade – é a capacidade de o material
absorver energia mecânica até a fratura
Área sob a curva
Algumas de Definições
Resiliência – é a capacidade de um material
absorver energia quando ele é deformado
elasticamente e depois, com o descarregamento,
ter essa energia recuperada
Tensão e deformação reais ou
verdadeiras
A curva de tensão x deformação
convencional, estudada anteriormente,
não apresenta uma informação real das
características tensão e deformação
porque se baseia somente nas
características dimensionais originais do
corpo de prova ou amostra e que na
verdade são continuamente alteradas
durante o ensaio.
Influência do Tempo e Temperatura
Exemplos
Ferro
PMMA
Aplicação
Flexão
Comportamento tensão-deformação
materiais cerâmicos
Não é avaliado por ensaio de tração:
É difícil preparar e testar amostras que possuam
a geometria exigida;
É difícil prender e segurar materiais frágeis;
As cerâmicas falham após uma deformação de
apenas 0,1%, o que exige que os corpos de
prova estejam perfeitamente alinhados.
Resistência à flexão
a a
b
d
L
Flexão com 3 pontos
D
X-Section
F Filme do ensaio
de flexão
Bending
Stress,
MPa
0.0010
0.0008
0.0006
0.0004
0.0002
0.0000
Bending Strain
Comportamento elástico
300
Aluminum Oxide
200
100
Soda-Lime Glass
0
Resistência ao impacto
Resistência aos Impacto
A capacidade de um determinado material de
absorver energia do impacto está ligada à sua
tenacidade, que por sua vez está relacionada com a
sua resistência e ductilidade
O ensaio de resistência ao choque dá informações
da capacidade do material absorver e dissipar essa
energia
Como resultado do ensaio de choque obtém-se a
energia absorvida pelo material até sua fratura,
caracterizando assim o comportamento dúctil-frágil
Ensaio de Impacto com pêndulos
Ensaios de impacto Izod ou Charpy
Amostras com ou sem entalhe
Ensaio de impacto com pêndulos
IZOD CHARPY
Exemplos de entalhe
Ensaio de impacto Charpy – ISO179-1
r=0,25mm r=1,00mm r=0,10mm
Influência do Entalhe
Ensaio impacto com pêndulos
A resistência ao impacto é quantificada em
termos de energia de impacto absorvida:
por unidade de espessura
por unidade de espessura ao longo do entalhe
para os CP entalhados
por unidade área da seção resistente do corpo
de prova
Curva resposta do ensaio de choque
O ensaio de
resistência ao
choque caracteriza
o comportamento
dos materiais
quanto à transição
do comportamento
dúctil para frágil
em função da
temperatura
Polímeros
São frágeis à baixas
temperaturas porque a
rotação dos átomos na
molécula requer
energia térmica
A maioria dos
polímeros apresentam
transição dúctil-frágil
que é geralmente
abaixo da ambiente
Materiais cristalinos
MATERIAIS CFC -
Permanecem dúcteis (não
apresenta transição dúctil-
frágil) porque nesta estrutura
há muitos planos de
escorregamento disponíveis
MATERIAIS CCC -
Apresentam uma transição de
frágil para dúctil em função da
temperatura
Dureza
Definição de dureza
É a medida da resistência de um material a
uma deformação localizada (por exemplo,
uma pequena impressão ou um risco)
Vantagens:
São simples e barato
ensaio é não destrutivo
Outras propriedades mecânicas podem ser
estimadas
Dureza
Vários ensaios:
Risco (escala de dureza de MOHS);
Ressalto (método SHORE);
Penetração (BRINNEL, VICKERS, ROCKWELL).
Por Risco – Dureza Mohs
Escala de dureza Mohs é uma tabela de 10
minerais padrões em que o anterior é riscado pelo
posterior na seguinte ordem:
talco, gipsita, calcita, fluorita, apatita, ortoclásio,
quartzo, topázio, safira e diamante.
Por tanto, ela serve para classificação de minérios
“in loco”, no campo ou em laboratório.
Este tipo de medida de dureza é de grande utilidade
na área de mineralogia e geologia, mas apresenta
pouco interesse na área de materiais e metalurgia.
Dureza por Penetração
No ensaio de dureza por
penetração, aplica-se
uma carga Q sobre a
superfície polida do
material a ser ensaiado
através de um
penetrador e mede-se a
marca deixada pelo
penetrador após a
remoção da carga.
Método Brinell (HB)
O ensaio de dureza Brinell consiste em comprimir
lentamente uma esfera de diâmetro “D” sobre uma
superfície plana, polida e limpa de um metal, através
de uma carga “Q” durante um tempo “T”.
Força Q
Ø da esfera
Cavidade permanente
causado pela esfera
2Q
HB
π
O diâmetro do penetrador de aço endurecido
(ou carbeto de tungstênio) é de 10,00mm;
As cargas variam entre 500 e 3000Kg
Durante o ensaio a carga é mantida
constante por um tempo específico (entre 10
e 30s)
Método Rockwell (HR)
Penetrador: Vários; o principal é um cone de
diamante.
O ensaio é baseado na profundidade de
penetração subtraída da recuperação
elástica.
Muito utilizado para medir a dureza de aços
duros (aços temperados ou aços temperados
+ revenidos)
54 HRC – dureza Rockwell 54 escala C
64 HRA – dureza Rockwell 64 escala A
92 HRB – dureza Rockwell 92 escala B
Exemplo
60
100
150
100
100
60
150
60
150
Cone de Diamante
Esfera de 1/16"
Cone de Diamante
Cone de Diamante
Esfera de 1/8"
Esfera de 1/16"
Esfera de 1/16"
Esfera de 1/8"
Esfera de 1/8"
A
B
C
D
E
F
G
H
K
Carga Principal (kgf)
Símbolo Penetrador
Dureza Vickers
Utiliza um penetrador de diamante, o que
torna o ensaio aplicável a todos os tipos de
materiais;
A área da impressão é proporcional à força
aplicada, o que torna o ensaio insensível à
força aplicada.
A impressão Shore é pequena e serve para medir
durezas de peças já acabadas ou usinadas. A máquina
shore é leve, portátil e pode, portanto, ser adaptada em
qualquer lugar, podendo com isso, medir a dureza de
peças muito grandes, impossíveis de serem colocadas
nas máquinas de dureza por penetração, como por
exemplo cilindros de laminação.
Dureza Shore
DUROMETRO SHORE MANUAL
(ANALÓGICO)
DUROMETRO SHORE MANUAL
(DIGITAL)
Fluência
Fluência (creep)
Quando um metal é solicitado por uma carga,
imediatamente sofre uma deformação elástica. Com
a aplicação de uma carga constante, a deformação
plástica progride lentamente com o tempo (fluência)
até haver um estrangulamento e ruptura do material
Velocidade de fluência (relação entre deformação
plástica e tempo) aumenta com a temperatura
Esta propriedade é de grande importância
especialmente na escolha de materiais para operar
a altas temperaturas
Fluência (Creep)
Fluência é definida como a deformação
permanente, dependente do tempo e da
temperatura, quando o material é submetido à
uma carga constante
Este fator muitas vezes limita o tempo de vida
de um determinado componente ou estrutura
Este fenômeno é observado em todos os
materiais, e torna-se importante à altas
temperaturas ( 0,4TF)
Fatores que afetam a fluência
Temperatura
Módulo de elasticidade
Tamanho de grão
Em geral:
Quanto maior o ponto de fusão, maior o módulo de
elasticidade e maior é a resist. à
fluência.
Quanto maior o o tamanho de grão maior é a resist. à
fluência.
Ensaio de fluência
É executado pela aplicação de
uma carga uniaxial constante a
um corpo de prova de mesma
geometria dos utilizados no
ensaio de tração, a uma
temperatura elevada e constante
O tempo de aplicação de carga é
estabelecido em função da vida
útil esperada do componente
Mede-se as deformações
ocorridas em função do tempo (
x t)
Curva ε x t
Fadiga
Fadiga
É a forma de falha ou ruptura que ocorre nas
estruturas sujeitas à forças dinâmicas e cíclicas
Nessas situações o material rompe com tensões
muito inferiores à correspondente à resistência à
tração (determinada para cargas estáticas)
É comum ocorrer em estruturas como pontes,
aviões, componentes de máquinas
A falha por fadiga é geralmente de natureza frágil
mesmo em materiais dúcteis.
Fadiga
A fratura ou rompimento do material por fadiga
geralmente ocorre com a formação e propagação
de uma trinca.
A trinca inicia-se em pontos onde há imperfeição
estrutural ou de composição e/ou de alta
concentração de tensões (que ocorre geralmente na
superfície)
A superfície da fratura é geralmente perpendicular à
direção da tensão à qual o material foi submetido
Fadiga
Os esforços alternados que podem levar à fadiga
podem ser:
Tração
Tração e compressão
Flexão
Torção,...
A curva -n representa a tensão versus número de ciclos
para que ocorra a fratura.
Normalmente para n utiliza-se escala logarítmica
Limite de resistência à
fadiga (σRf): em
certos materiais
(aços, titânio,...)
abaixo de um
determinado limite de
tensão o material
nunca sofrerá ruptura
por fadiga.
Para os aços o limite de
resistência à fadiga
(σRf) está entre 35-
65% do limite de
resistência à tração.
Resistência à fadiga
(σf): em alguns
materiais a tensão na
qual ocorrerá a falha
decresce
continuamente com o
número de ciclos
(ligas não ferrosas:
Al, Mg, Cu,...).
Nesse caso a fadiga é
caracterizada por
resistência à fadiga

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Aula_7___Propriedades_Mecanicas.ppt

Aula 07 __propriedades_mecanicas_dos_metais
Aula 07 __propriedades_mecanicas_dos_metaisAula 07 __propriedades_mecanicas_dos_metais
Aula 07 __propriedades_mecanicas_dos_metaisironsavior
 
Aula 2 ensaios mecânicos e end - ensaio de tração
Aula 2   ensaios mecânicos e end - ensaio de traçãoAula 2   ensaios mecânicos e end - ensaio de tração
Aula 2 ensaios mecânicos e end - ensaio de traçãoAlex Leal
 
Capítulo 5 - Craig Materiais Dentários Restauradores 13 Ed.pdf
Capítulo 5 - Craig Materiais Dentários Restauradores 13 Ed.pdfCapítulo 5 - Craig Materiais Dentários Restauradores 13 Ed.pdf
Capítulo 5 - Craig Materiais Dentários Restauradores 13 Ed.pdfGISELEFERREIRALIMONT
 
Workshop-Ensaios-não-Destrutivos-em-Estruturas-de-Concreto-Isau-Guilherme-de-...
Workshop-Ensaios-não-Destrutivos-em-Estruturas-de-Concreto-Isau-Guilherme-de-...Workshop-Ensaios-não-Destrutivos-em-Estruturas-de-Concreto-Isau-Guilherme-de-...
Workshop-Ensaios-não-Destrutivos-em-Estruturas-de-Concreto-Isau-Guilherme-de-...ssuserc8195e
 
Aula 4 ensaios de dureza
Aula 4   ensaios de durezaAula 4   ensaios de dureza
Aula 4 ensaios de durezaAlex Leal
 
Teste de soldabilidade
Teste de soldabilidadeTeste de soldabilidade
Teste de soldabilidadeNayara Neres
 
6 propriedades mecanicas (1)
6  propriedades mecanicas (1)6  propriedades mecanicas (1)
6 propriedades mecanicas (1)Carla Faria
 
Resistencia dos materiais e dimensionamento de estruturas
Resistencia dos materiais e dimensionamento de estruturasResistencia dos materiais e dimensionamento de estruturas
Resistencia dos materiais e dimensionamento de estruturasEduardo Spech
 
Parte 3 Desenvolvimento
Parte 3   DesenvolvimentoParte 3   Desenvolvimento
Parte 3 DesenvolvimentoSilll
 
Aula 08 dobramento e flexão
Aula 08   dobramento e flexãoAula 08   dobramento e flexão
Aula 08 dobramento e flexãoRenaldo Adriano
 
Aula 05 ensaio de tração - análise dos resultados
Aula 05   ensaio de tração - análise dos resultadosAula 05   ensaio de tração - análise dos resultados
Aula 05 ensaio de tração - análise dos resultadosRenaldo Adriano
 
11a aula -_propriedades_mecanicas
11a aula -_propriedades_mecanicas11a aula -_propriedades_mecanicas
11a aula -_propriedades_mecanicasMarcus Vargas
 
Metais propriedades mecânicas
Metais   propriedades mecânicasMetais   propriedades mecânicas
Metais propriedades mecânicasdamartini
 

Semelhante a Aula_7___Propriedades_Mecanicas.ppt (20)

Aula 07 __propriedades_mecanicas_dos_metais
Aula 07 __propriedades_mecanicas_dos_metaisAula 07 __propriedades_mecanicas_dos_metais
Aula 07 __propriedades_mecanicas_dos_metais
 
Aula 10 ensaio de dureza
Aula 10   ensaio de durezaAula 10   ensaio de dureza
Aula 10 ensaio de dureza
 
Aula 2 ensaios mecânicos e end - ensaio de tração
Aula 2   ensaios mecânicos e end - ensaio de traçãoAula 2   ensaios mecânicos e end - ensaio de tração
Aula 2 ensaios mecânicos e end - ensaio de tração
 
Ensaio de Tração
 Ensaio de Tração  Ensaio de Tração
Ensaio de Tração
 
Capítulo 5 - Craig Materiais Dentários Restauradores 13 Ed.pdf
Capítulo 5 - Craig Materiais Dentários Restauradores 13 Ed.pdfCapítulo 5 - Craig Materiais Dentários Restauradores 13 Ed.pdf
Capítulo 5 - Craig Materiais Dentários Restauradores 13 Ed.pdf
 
Relatorio
RelatorioRelatorio
Relatorio
 
Workshop-Ensaios-não-Destrutivos-em-Estruturas-de-Concreto-Isau-Guilherme-de-...
Workshop-Ensaios-não-Destrutivos-em-Estruturas-de-Concreto-Isau-Guilherme-de-...Workshop-Ensaios-não-Destrutivos-em-Estruturas-de-Concreto-Isau-Guilherme-de-...
Workshop-Ensaios-não-Destrutivos-em-Estruturas-de-Concreto-Isau-Guilherme-de-...
 
Ensaio dureza brinell
Ensaio dureza brinellEnsaio dureza brinell
Ensaio dureza brinell
 
Aula 4 ensaios de dureza
Aula 4   ensaios de durezaAula 4   ensaios de dureza
Aula 4 ensaios de dureza
 
Teste de soldabilidade
Teste de soldabilidadeTeste de soldabilidade
Teste de soldabilidade
 
6 propriedades mecanicas (1)
6  propriedades mecanicas (1)6  propriedades mecanicas (1)
6 propriedades mecanicas (1)
 
Resistencia materiais e dimensionamento
Resistencia materiais e dimensionamentoResistencia materiais e dimensionamento
Resistencia materiais e dimensionamento
 
Resistencia
ResistenciaResistencia
Resistencia
 
Resistencia dos materiais e dimensionamento de estruturas
Resistencia dos materiais e dimensionamento de estruturasResistencia dos materiais e dimensionamento de estruturas
Resistencia dos materiais e dimensionamento de estruturas
 
Parte 3 Desenvolvimento
Parte 3   DesenvolvimentoParte 3   Desenvolvimento
Parte 3 Desenvolvimento
 
Aula 08 dobramento e flexão
Aula 08   dobramento e flexãoAula 08   dobramento e flexão
Aula 08 dobramento e flexão
 
Aula 05 ensaio de tração - análise dos resultados
Aula 05   ensaio de tração - análise dos resultadosAula 05   ensaio de tração - análise dos resultados
Aula 05 ensaio de tração - análise dos resultados
 
Corrosão em Vergalhões de Aço
Corrosão em Vergalhões de AçoCorrosão em Vergalhões de Aço
Corrosão em Vergalhões de Aço
 
11a aula -_propriedades_mecanicas
11a aula -_propriedades_mecanicas11a aula -_propriedades_mecanicas
11a aula -_propriedades_mecanicas
 
Metais propriedades mecânicas
Metais   propriedades mecânicasMetais   propriedades mecânicas
Metais propriedades mecânicas
 

Mais de Oswaldo Gonzales (20)

3741856.ppt
3741856.ppt3741856.ppt
3741856.ppt
 
3774086.ppt
3774086.ppt3774086.ppt
3774086.ppt
 
17398462.ppt
17398462.ppt17398462.ppt
17398462.ppt
 
12983606.ppt
12983606.ppt12983606.ppt
12983606.ppt
 
14213505.ppt
14213505.ppt14213505.ppt
14213505.ppt
 
11120233.ppt
11120233.ppt11120233.ppt
11120233.ppt
 
11782009.ppt
11782009.ppt11782009.ppt
11782009.ppt
 
5406390.ppt
5406390.ppt5406390.ppt
5406390.ppt
 
3758342.ppt
3758342.ppt3758342.ppt
3758342.ppt
 
8300412.ppt
8300412.ppt8300412.ppt
8300412.ppt
 
3855045.ppt
3855045.ppt3855045.ppt
3855045.ppt
 
5508128.ppt
5508128.ppt5508128.ppt
5508128.ppt
 
8614976.ppt
8614976.ppt8614976.ppt
8614976.ppt
 
140440.ppt
140440.ppt140440.ppt
140440.ppt
 
7389216.ppt
7389216.ppt7389216.ppt
7389216.ppt
 
7355242.ppt
7355242.ppt7355242.ppt
7355242.ppt
 
3916160.ppt
3916160.ppt3916160.ppt
3916160.ppt
 
160174.ppt
160174.ppt160174.ppt
160174.ppt
 
18169117.ppt
18169117.ppt18169117.ppt
18169117.ppt
 
17261435.ppt
17261435.ppt17261435.ppt
17261435.ppt
 

Aula_7___Propriedades_Mecanicas.ppt

  • 3. Objetivo Introduzir os conceitos básicos associados com as propriedades mecânicas dos materiais; Avaliar fatores que afetam as propriedades mecânicas dos materiais; Rever alguns dos testes básicos utilizados para avaliar muitas destas propriedades.
  • 4. Importância do estudo do comportamento de mecânico de materiais Aviões utilizam ligas de alumínio de alta resistência e materiais compósitos reforçados com fibras de carbono e kevlar. Os materiais utilizados em esportes precisam ser leves, rígidos, resistentes e tenazes. Os ensaios mecânicos permitem avaliar estas propriedades.
  • 5. Principais propriedades mecânicas Resistência à tração Elasticidade Ductilidade Dureza Tenacidade
  • 6. Como determinar as propriedades mecânicas? Através de ensaios mecânicos. Utiliza-se normalmente corpos de prova Utilização de normas técnicas para o procedimento das medidas e confecção do corpo de prova.
  • 7. Tipos de tensões que uma estrutura esta sujeita
  • 8. Resistência à tração É medida submetendo-se o material à uma carga ou força de tração, gradativamente crescente, que promove uma deformação progressiva de aumento de comprimento
  • 10.
  • 11. Ensaio de Tração - Polímeros
  • 13. Metais Curva tensão vs deformação
  • 14. Ensaio de Tração A partir da curva de tensão deformação pode- se obter os seguintes ensaios: Módulo de elasticidade em tração ou de Young Tensão e deformação no ponto de escoamento Tensão máxima Tensão e deformação na ruptura Ductibilidade Resiliência Tenacidade
  • 16. Algumas Definições Tensão de tração F Ao σ = Nominal F A σ = Real Resistência à tração É a máxima tensão tração suportada pela amostra durante o ensaio
  • 17. Algumas Definições Deformação (ε) Δl lo ε = l = l lo Ponto de escoamento – primeiro ponto na curva tensão-tração no qual o aumento de deformação ocorre sem um aumento na tensão
  • 18. Deformação Elástica e Plástica DEFORMAÇÃO ELÁSTICA Prescede à deformação plástica É reversível Desaparece quando a tensão é removida É praticamente proporcional à tensão aplicada (obedece a lei de Hooke) Elástica DEFORMAÇÃO PLÁSTICA É provocada por tensões que ultrapassam o limite de elasticidade É irreversível porque é resultado do deslocamento permanente dos átomos e portanto não desaparece quando a tensão é removida Plástica
  • 20. Tensão Curva tensão vs deformação Limite de resistência à tração Limite de escoamento Deformação - Polímeros
  • 23. Algumas Definições Módulo de Elasticidade Relacionado com a rigidez É o quociente entre a tensão aplicada e a deformação elástica resultante. Está relacionado diretamente com as forças das ligações interatômicas σ ε E =
  • 25. MÓDULO DE ELASTICIDADE [E] GPa 6 10 Psi Magnésio 45 6.5 AlumÍnio 69 10 Latão 97 14 Titânio 107 15.5 Cobre 110 16 Níquel 207 30 Aço 207 30 Tungstênio 407 59 Módulo de Elasticidade para alguns metais
  • 27. Algumas Definições Ductibilidade - É a medida da extensão da deformação que ocorre até a fratura Alongamento Percentual Redução de área Percentual
  • 28. Algumas de Definições Tenacidade – é a capacidade de o material absorver energia mecânica até a fratura Área sob a curva
  • 29.
  • 30. Algumas de Definições Resiliência – é a capacidade de um material absorver energia quando ele é deformado elasticamente e depois, com o descarregamento, ter essa energia recuperada
  • 31.
  • 32.
  • 33. Tensão e deformação reais ou verdadeiras A curva de tensão x deformação convencional, estudada anteriormente, não apresenta uma informação real das características tensão e deformação porque se baseia somente nas características dimensionais originais do corpo de prova ou amostra e que na verdade são continuamente alteradas durante o ensaio.
  • 34. Influência do Tempo e Temperatura
  • 38. Comportamento tensão-deformação materiais cerâmicos Não é avaliado por ensaio de tração: É difícil preparar e testar amostras que possuam a geometria exigida; É difícil prender e segurar materiais frágeis; As cerâmicas falham após uma deformação de apenas 0,1%, o que exige que os corpos de prova estejam perfeitamente alinhados.
  • 39. Resistência à flexão a a b d L Flexão com 3 pontos D X-Section F Filme do ensaio de flexão
  • 42. Resistência aos Impacto A capacidade de um determinado material de absorver energia do impacto está ligada à sua tenacidade, que por sua vez está relacionada com a sua resistência e ductilidade O ensaio de resistência ao choque dá informações da capacidade do material absorver e dissipar essa energia Como resultado do ensaio de choque obtém-se a energia absorvida pelo material até sua fratura, caracterizando assim o comportamento dúctil-frágil
  • 43. Ensaio de Impacto com pêndulos Ensaios de impacto Izod ou Charpy Amostras com ou sem entalhe
  • 44. Ensaio de impacto com pêndulos IZOD CHARPY
  • 45. Exemplos de entalhe Ensaio de impacto Charpy – ISO179-1 r=0,25mm r=1,00mm r=0,10mm
  • 47. Ensaio impacto com pêndulos A resistência ao impacto é quantificada em termos de energia de impacto absorvida: por unidade de espessura por unidade de espessura ao longo do entalhe para os CP entalhados por unidade área da seção resistente do corpo de prova
  • 48. Curva resposta do ensaio de choque O ensaio de resistência ao choque caracteriza o comportamento dos materiais quanto à transição do comportamento dúctil para frágil em função da temperatura
  • 49. Polímeros São frágeis à baixas temperaturas porque a rotação dos átomos na molécula requer energia térmica A maioria dos polímeros apresentam transição dúctil-frágil que é geralmente abaixo da ambiente
  • 50. Materiais cristalinos MATERIAIS CFC - Permanecem dúcteis (não apresenta transição dúctil- frágil) porque nesta estrutura há muitos planos de escorregamento disponíveis MATERIAIS CCC - Apresentam uma transição de frágil para dúctil em função da temperatura
  • 52. Definição de dureza É a medida da resistência de um material a uma deformação localizada (por exemplo, uma pequena impressão ou um risco) Vantagens: São simples e barato ensaio é não destrutivo Outras propriedades mecânicas podem ser estimadas
  • 53. Dureza Vários ensaios: Risco (escala de dureza de MOHS); Ressalto (método SHORE); Penetração (BRINNEL, VICKERS, ROCKWELL).
  • 54. Por Risco – Dureza Mohs Escala de dureza Mohs é uma tabela de 10 minerais padrões em que o anterior é riscado pelo posterior na seguinte ordem: talco, gipsita, calcita, fluorita, apatita, ortoclásio, quartzo, topázio, safira e diamante. Por tanto, ela serve para classificação de minérios “in loco”, no campo ou em laboratório. Este tipo de medida de dureza é de grande utilidade na área de mineralogia e geologia, mas apresenta pouco interesse na área de materiais e metalurgia.
  • 55. Dureza por Penetração No ensaio de dureza por penetração, aplica-se uma carga Q sobre a superfície polida do material a ser ensaiado através de um penetrador e mede-se a marca deixada pelo penetrador após a remoção da carga.
  • 56. Método Brinell (HB) O ensaio de dureza Brinell consiste em comprimir lentamente uma esfera de diâmetro “D” sobre uma superfície plana, polida e limpa de um metal, através de uma carga “Q” durante um tempo “T”. Força Q Ø da esfera Cavidade permanente causado pela esfera 2Q HB π
  • 57. O diâmetro do penetrador de aço endurecido (ou carbeto de tungstênio) é de 10,00mm; As cargas variam entre 500 e 3000Kg Durante o ensaio a carga é mantida constante por um tempo específico (entre 10 e 30s)
  • 58. Método Rockwell (HR) Penetrador: Vários; o principal é um cone de diamante. O ensaio é baseado na profundidade de penetração subtraída da recuperação elástica. Muito utilizado para medir a dureza de aços duros (aços temperados ou aços temperados + revenidos)
  • 59.
  • 60.
  • 61. 54 HRC – dureza Rockwell 54 escala C 64 HRA – dureza Rockwell 64 escala A 92 HRB – dureza Rockwell 92 escala B Exemplo
  • 62. 60 100 150 100 100 60 150 60 150 Cone de Diamante Esfera de 1/16" Cone de Diamante Cone de Diamante Esfera de 1/8" Esfera de 1/16" Esfera de 1/16" Esfera de 1/8" Esfera de 1/8" A B C D E F G H K Carga Principal (kgf) Símbolo Penetrador
  • 63. Dureza Vickers Utiliza um penetrador de diamante, o que torna o ensaio aplicável a todos os tipos de materiais; A área da impressão é proporcional à força aplicada, o que torna o ensaio insensível à força aplicada.
  • 64.
  • 65.
  • 66. A impressão Shore é pequena e serve para medir durezas de peças já acabadas ou usinadas. A máquina shore é leve, portátil e pode, portanto, ser adaptada em qualquer lugar, podendo com isso, medir a dureza de peças muito grandes, impossíveis de serem colocadas nas máquinas de dureza por penetração, como por exemplo cilindros de laminação. Dureza Shore
  • 69.
  • 71. Fluência (creep) Quando um metal é solicitado por uma carga, imediatamente sofre uma deformação elástica. Com a aplicação de uma carga constante, a deformação plástica progride lentamente com o tempo (fluência) até haver um estrangulamento e ruptura do material Velocidade de fluência (relação entre deformação plástica e tempo) aumenta com a temperatura Esta propriedade é de grande importância especialmente na escolha de materiais para operar a altas temperaturas
  • 72. Fluência (Creep) Fluência é definida como a deformação permanente, dependente do tempo e da temperatura, quando o material é submetido à uma carga constante Este fator muitas vezes limita o tempo de vida de um determinado componente ou estrutura Este fenômeno é observado em todos os materiais, e torna-se importante à altas temperaturas ( 0,4TF)
  • 73. Fatores que afetam a fluência Temperatura Módulo de elasticidade Tamanho de grão Em geral: Quanto maior o ponto de fusão, maior o módulo de elasticidade e maior é a resist. à fluência. Quanto maior o o tamanho de grão maior é a resist. à fluência.
  • 74. Ensaio de fluência É executado pela aplicação de uma carga uniaxial constante a um corpo de prova de mesma geometria dos utilizados no ensaio de tração, a uma temperatura elevada e constante O tempo de aplicação de carga é estabelecido em função da vida útil esperada do componente Mede-se as deformações ocorridas em função do tempo ( x t)
  • 77. Fadiga É a forma de falha ou ruptura que ocorre nas estruturas sujeitas à forças dinâmicas e cíclicas Nessas situações o material rompe com tensões muito inferiores à correspondente à resistência à tração (determinada para cargas estáticas) É comum ocorrer em estruturas como pontes, aviões, componentes de máquinas A falha por fadiga é geralmente de natureza frágil mesmo em materiais dúcteis.
  • 78. Fadiga A fratura ou rompimento do material por fadiga geralmente ocorre com a formação e propagação de uma trinca. A trinca inicia-se em pontos onde há imperfeição estrutural ou de composição e/ou de alta concentração de tensões (que ocorre geralmente na superfície) A superfície da fratura é geralmente perpendicular à direção da tensão à qual o material foi submetido
  • 79. Fadiga Os esforços alternados que podem levar à fadiga podem ser: Tração Tração e compressão Flexão Torção,...
  • 80. A curva -n representa a tensão versus número de ciclos para que ocorra a fratura. Normalmente para n utiliza-se escala logarítmica
  • 81. Limite de resistência à fadiga (σRf): em certos materiais (aços, titânio,...) abaixo de um determinado limite de tensão o material nunca sofrerá ruptura por fadiga. Para os aços o limite de resistência à fadiga (σRf) está entre 35- 65% do limite de resistência à tração.
  • 82. Resistência à fadiga (σf): em alguns materiais a tensão na qual ocorrerá a falha decresce continuamente com o número de ciclos (ligas não ferrosas: Al, Mg, Cu,...). Nesse caso a fadiga é caracterizada por resistência à fadiga