Fichamento do artigo:
RIPOLLÉS, A. Casero. (2008). Modelos e relación entre periodistas y políticos: La perspectiva de la negociación constante. In: Estudios sobre el Mensaje Periodístico, 14 p. 111-128. Universidad Jaume I: Castellón, España.
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Fichamento
1. Senado Federal - Instituto Legislativo Brasileiro – ILB 1º/5/2014
Curso de Pós-Graduação - Especialização em Comunicação Legislativa
Disciplina de Comunicação Política – Professora Valéria Ribeiro da Silva Franklin Almeida
Aluno: Gustavo da Rocha Brixius
Fichamento do artigo:
RIPOLLÉS, A. Casero. (2008). Modelos e relación entre periodistas y políticos: La perspectiva de la
negociación constante. In: Estudios sobre el Mensaje Periodístico, 14 p. 111-128. Universidad Jaume I:
Castellón, España.
O texto em questão aborda a estreita relação existente entre a política e o jornalismo,
destacando o caráter de interdependência dessa relação. O autor aponta que esse intercâmbio
entre a política e o jornalismo, é essencial para as democracias atuais. Os meios de comunicação
provêm espaço para os atores políticos ao mesmo tempo que interagem e se fazem presentes na
atividade política.
Essa interação entre o campo jornalístico e o campo político ocorre conforme cinco
modelos de relação sugeridos pelo autor: adversário, colateral, competitivo, intercâmbio e
negociação constante.
No modelo adversário, a imprensa atua como contrapeso, supervisionando o sistema
político com o objetivo de proteger os interesses públicos e a democracia. O jornalismo fiscaliza a
esfera política. Já o modelo colateral é caracterizado por uma relação amistosa onde, ainda que
independentes, os veículos de comunicação submetem-se à lógica política, servindo a objetivos
determinados pelos atores políticos. O jornalismo é complacente com a política. No terceiro
modelo, o competitivo, a imprensa atua politicamente, competindo com o sistema político,
objetivando também o poder de influenciar. O autor cita, nesse modelo, a espetacularização da
política. Tanto os meios de comunicação como os atores políticos fazem política. O modelo de
intercâmbio assemelha-se ao colateral, pois em ambos o consenso se faz presente. No entanto, no
intercâmbio existe uma troca mútua de recursos, no qual prevalece a colaboração. É uma relação
predominantemente oposta àquela existente no modelo adversário, pois ainda que seja possível a
existência de rivalidade, tanto a mídia como os agentes políticos objetivam benefícios resultantes
dessa relação. O jornalismo e a política relacionam-se como parceiros.
A negociação constante é o último modelo, destacado pelo autor como o mais
importante atualmente, pois tal relação configura e produz a realidade política. Aqui o vínculo
entre os dois campos transita entre o enfrentamento e a cooperação, assumindo diferentes formas.
Devido à negociação contínua existente entre a imprensa e o sistema político, o autor indica que a
competição político-eleitoral é ampliada, deixando de existir apenas nos períodos eleitorais,
porque a mídia busca veicular continuamente os fatos políticos. Isso leva ao fenômeno da
“campanha permanente”, pois os intervalos entre os períodos eleitorais tornam-se imperceptíveis.
Por fim é destacada a importância da mídia para a estruturação da realidade social, da
agenda política e da opinião pública, pois a imprensa deixa de ser um mero canal de comunicação
e passa a ser um agente decisivo nas democracias atuais, em grande parte graças ao modelo de
negociação constante.