Este documento discute o uso de softwares livres de geoprocessamento como ferramentas de apoio a estudos de traçados rodoviários. Ele descreve como dados espaciais livres como SRTM e Landsat podem ser usados para identificar fatores ambientais, socioeconômicos e operacionais que influenciam o traçado, como corpos d'água, áreas de vegetação densa e declividades. Softwares como GDAL, QGIS e TauDEM podem extrair esses dados e gerar produtos como máscaras, mapas de declividade e redes de
2018 - A experiência de desenvolvimento da plataforma nacional no SICAR
2016 - Uso de software livre como ferramentas de suporte a estudos de traçados rodoviários
1. Uso de softwares livres de
geoprocessamento como
ferramentas de suporte a
estudos de traçados rodoviários
Antonio Juliano Fazan
Analista em Infraestrutura deTransportes
Departamento Nacional de Infraestrutura deTransportes
2. Agenda
• Estudos de traçado
• Definição
• Fatores de influência
• Estudo de caso
• GDAL/QGIS
• TauDEM
3. Estudos de traçados
• Procedimento realizado para identificar o melhor de uma série de possíveis
caminhos para a implantação de uma obra de engenharia linear (corredor)
• Fatores de influência
• Ambientais
• Socioeconômicos
• Operacionais geometria de alinhamento x custo de operação
• Financeiros custos de implantação/manutenção
• Espaciais
4. Fatores ambientais
• Minimização dos impactos
• Evitar transposições/cruzamentos de áreas especiais ou protegidas por lei
• APA/APP
• Quilombolas e terras indígenas
• Assentamentos
• Mineração
5. Fatores socioeconômicos
• Implantação deve atender a interesses sociais e econômicos
• Circulação de pessoas e serviços
• Transporte de mercadorias
• Ligação de áreas estratégicas
• Conexão com outras rodovias ou outros modais
• Ligação entre cidades de importância regional
• Acesso a pontos turísticos
6. Fatores operacionais e financeiros
• Operacionais relativos à geometria do traçado (curvatura, declividade,
categoria de velocidade)
• Financeiros relativos aos custos de implantação e manutenção
• Idealmente o traçado escolhido para implantação deve atender os
parâmetros de projeto (operacionais) e minimizar os custos financeiros
7. Estudos de traçado
• É uma atividade interdisciplinar
• Dados provenientes de diversas fontes GEOESPACIAIS
• MDT
• Imagens
• Dados vetoriais
• Pontos extremos dos alinhamentos
• Rede de drenagem (localização de bueiros e pontes)
• Padrões de geometria locais
• Áreas especiais (a evitar)
8. Experiências no DNIT
• Definição de macro corredores
• Etapa preliminar para seleção do corredor principal de implantação
• Dados de livre acesso e insumos auxiliares
• Estudos de anteprojeto/projeto executivo
• Traçado definido
• Dados de alta resolução espacial
• MDT e ortoimagens derivados de aerolevantamento ou satélite
• Feições vetorizadas/restituídas
9. Estudos de macrocorredores
• Dados de fontes gratuitas ou disponíveis para a administração
• SRTM 30m
• Landsat 8 (reflectância)
• RapidEye (MMA)
• Insumos auxiliares
• Fontes disponíveis
• Delimitação manual
• Extração semiautomatizada (GDAL/QGIS,TauDEM)
• Mapa de declividades (SRTM)
• Rede de drenagem (SRTM)
• Corpos d’água
• Áreas vegetadas
L8 reflectância
10.
11. Corpos d’água (avoid areas)
• Criação da máscara de água
• Vetorização da máscara de água
• Eliminação de pixels isolados e feições irrelevantes Limiarização
>> gdal_calc.py –A MOSAIC_LC8_cfmask.tif --calc="127 * ( A == 1 )" --type=Byte
--outfile=MOSAIC_LC8_watermask.tif --NoDataValue=255
>> gdal_polygonize.py MOSAIC_LC8_watermask.tif –f "ESRI Shapefile" waterbodies.shp
12.
13. Vegetação densa (avoid areas)
• Cálculo do NDVI
• Fatiamento do NDVI (máscara)
• Vetorização
• Edição e simplificação Remoção de buracos e áreas irrelevantes (limiar)
>> gdal_calc.py –A MOSAIC_LC8_B4.tif –B MOSAIC_LC8_BAND5.tif --type=Float32
--calc="numpy.float64( B – A )/( B + A )" --outfile=MOSAIC_LC8_NDVI.tif --NoDataValue=-9999
>> gdal_calc.py –A MOSAIC_LC8_NDVI.tif --calc="127 * ( A >= 0.9 )" --type=Byte
--outfile=NDVI_high.tif --NoDataValue=255
>> gdal_poligonize.py NDVI_high.tif –f "ESRI Shapefile" NDVI_high.shp
14. Vegetação de densidade média (avoid areas)
• Fatiamento do NDVI (máscara)
• Vetorização
• Edição e simplificação Remoção de buracos e áreas irrelevantes (limiar)
>> gdal_calc.py –A MOSAIC_LC8_NDVI.tif --outfile=NDVI_medium.tif --type=Byte
--calc="127 * numpy.logical_and( A >= 0.8, A < 0.9 )" --NoDataValue=255
>> gdal_poligonize.py NDVI_medium.tif –f "ESRI Shapefile" NDVI_medium.shp
NDVI_medium = NDVI_medium – NDVI_high
15.
16. Mapa de declividades (padrões locais de geometria)
• Geração do mapa de declividades
• Fatiamento
>> gdaldem slope –p –s 1 SRTM_30m.tif SRTM_30m_Slope_Percent.tif
>> gdal_calc.py –A SRTM_30m_Slope_Percent.tif --outfile=SRTM_30m_HighSlope_Mask.tif
--type=Byte --calc="127 * ( A >= 25 )" --NoDataValue=255
17. Mapa de declividades (padrões locais de geometria)
• Vetorização
• Edição
• Eliminação de buracos e objetos irrelevantes
• Buffer
• Agregação de polígonos
• Edição complementar
>> gdal_polygonize.py –A SRTM_30m_HighSlope_Mask.tif –f "ESRI Shapefile" HighSlope_Areas.shp
18.
19. Rede de drenagem
• Necessária para locação de bueiros e pontes
• Extraída usandoTauDEM (Terrain Analysis Using Digital Elevation Models)
Toolbox QGIS
• Múltiplos algoritmos de análise hidrológica
• Combinação de algoritmos em Modelo Gráfico
• Vetores dos canais de drenagem
O sistema de otimização de traçados é alimentado com dados geoespaciais provenientes de diversas fontes, que norteiam e influenciam diretamente na geração das alternativas de alinhamento.
Áreas densamente vegetadas podem representar áreas de preservação ambiental como parques, bosques, florestas, vegetação de mata galeria, áreas de cultivo agrícola perene ou temporário, para os quais idealmente deve-se evitar a transposição na fase de implantação de uma obra de engenharia.
O mapa de declividades é adequado para se extrair regiões a serem definidas como padrões locais de geometria para rodovias e ferrovias;
Nos padrões locais, tanto a geometria horizontal quanto a vertical, é mais ou menos permissiva, de acordo com o padrão escolhido.
ao DNIT (Setor de Geotecnologias Aplicadas) pela colaboração e troca de experiências na realização dos estudos de traçados
Ao IBAMA pelo convite e oportunidade de mostrar algumas das iniciativas de utilização de software livre no DNIT
Aos participantes do seminário pela atenção