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30 Diário Económico Terça-feira 2 Setembro 2014 
Projecto Empresa 
Ert Têxtil aposta na inovação 
para o sector automóvel 
Indústria Empresa produz têxteis técnicos para o sector automóvel, e quer subir na cadeia de valor. 
Carla Alves Ribeiro 
carla.ribeiro@economico.pt 
A visita começa na Oliva Creati-ve 
Factory, em São João da Ma-deira. 
É nas instalações da anti-ga 
fábrica, convertidaemcentro 
empresarial, que funciona o 
centro de inovação da Ert Têxtil. 
A empresa deve ser das poucas 
em Portugal que no seu organo-grama 
inclui um director de 
inovação. Fernando Merino ex-plica: 
“Há cerca de dois anos 
decidimos criar uma estratégia 
de inovação. Queríamos afir-mar- 
nos como empresa inova-dora, 
não só no nosso principal 
mercado, que é o automóvel, 
mas também de uma forma mais 
geral na área da mobilidade”. 
A missão do centro é reunir 
competências em torno de pro-jectos 
comuns. Aliás, o espaço 
está mais preenchido com pro-tótipos 
do que propriamente 
com pessoas. As parcerias são 
fundamentais. A ideia até pode 
nascer ali, mas o trabalho é feito 
fora. “O objectivo não foi criar 
um departamento de pessoas 
para o desenvolvimento de pro-dutos. 
Foi mais pensar no que 
podíamos fazer em parceria com 
quem também está a inovar, 
tanto no centro Oliva, como nas 
universidades”, sublinha Fer-nando 
Merino. 
A indústria automóvel repre-senta 
85% da facturação, mas a 
empresa não lida directamente 
com as marcas. Os seus clientes 
são os fornecedores de compo-nentes 
para as construtoras au-tomóveis. 
A Faurecia, multina-cional 
francesa do sector, é um 
dos principais. Os esforços vão 
no sentido de criar produtos 
mais sofisticados. 
“Estamos muito cá em baixo 
na cadeia de fornecimento. Que-remos 
chegar às marcas, ter um 
diálogo muito próximo com elas, 
e, portanto, temos que arranjar 
forma de lhes mostrar algo ver-dadeiramente 
inovador. De in-troduzir 
um conteúdo tecnológi-co, 
por exemplo, através da inte-gração 
de sistemas electrónicos 
flexíveis nos materiais “. 
A estratégia passa também por 
crescer noutras áreas. Aliás, a Ert 
começou pelo calçado quando foi 
criada, em 1992, por João Bran-dão. 
“Estamos a apostar em áreas 
distintas. Trabalhamos com os 
têxteis-lar, produtos de utilidade 
doméstica, confecção, vestuário, 
calçado, arquitectura, desporto e 
puericultura. Estas áreas repre-sentam 
cerca de 15% do negócio, 
mas temos novos projectos. Pro-dutos 
inovadores, muito tecnoló-gicos, 
algumas parcerias com 
empresas líderes nesses merca-dos, 
portanto, contamos que ve-nham 
a crescer”, afirma Diana 
Marques, responsável comercial. 
Fábricas na Roménia 
e República Checa 
A ERT Têxtil faz parte de um 
grupo empresarial que este ano 
prevê facturar 62 milhões de 
euros e emprega quase 500 tra-balhadores. 
Com presença em 
Espanha, Polónia, Alemanha, 
Roménia e República Checa, 
no nosso país conta com uni-dades 
industriais em Felguei-ras 
e São João da Madeira, onde 
fabrica os chamados têxteis 
técnicos. “O processo envolve 
a união de vários componen-tes. 
Pode ser espuma, malha, 
PVC, couro, ou o chamado não 
tecido. A união dos produtos 
faz o nosso composto”, escla-rece 
Manuel Campos, director 
de produção. 
Ao processo dá-se o nome de 
laminagem, e faz-se usando tec-nologias 
distintas. A indústria 
envolve também o corte e a cos-tura. 
A Ert Têxtil é umas das em-presas 
europeias com maior ca-pacidade 
produtiva no sector . 
“Na laminagem temos uma ca-pacidade 
de produção de 20 mil 
metros por dia. Ao nível do corte 
de peças conseguimos cortar 1,8 
milhões por mês, um número 
62 
milhões de euros 
É quanto a empresa prevê 
facturar este ano. Em 2013 o 
volume de negócios atingiu 
os 56 milhões. 
1 Centro de inovação funciona 
na Oliva Creative Factory, 
em São João da Madeira. 
2Têxteis técnicos são 
produzidos através 
do processo de laminagem. 
3 Operadora identifica defeitos 
no couro que vai servir para 
fazer peças para a Porsche. 
4 Proposta de tablier 
“inteligente” apresentado 
às construtoras automóveis. 
1 
2 
3 
4
Terça-feira 2 Setembro 2014 Diário Económico 31 
Terça-feira, 22h00 
Canal 16 > ZON/Meo | Canal 9 > Cabovisão 
Canal 200 > Vodafone Casa TV/Optimus Clix 
HD 
ENTREVISTA JOÃO BRANDÃO Fundador Ert Têxtil 
Empresa quer reforçar 
presença no exterior. 
A internacionalização começou 
em 2006, em parceria com uma 
empresa portuguesa, na Romé-nia. 
No ano passado a empresa 
adquiriu uma fábrica na Repú-blica 
Checa. Mas é na Ásia e nos 
Estados Unidos – fornecidos 
pelo México – que a Ert Têxtil 
espera os maiores crescimentos. 
O sector automóvel representa 
85% do vosso negócio. Como é 
que a crise do mercado auto-móvel 
vos afectou? 
A partir de 2000 entrámos no 
sector automóvel com a Faurecia 
[multinacional francesa de com-ponentes 
automóveis], em Por-tugal, 
e fomos crescendo. Hoje o 
mercado externo já representa 
mais de 50% do que produzi-mos. 
Os nossos clientes ressen-tiram- 
se, nós não sentimos 
muito, porque a partir do ano 
2005 tivemos uma atitude co-mercial 
muito agressiva. Andá-mos 
sempre à procura de muito 
negócio na Europa. Sempre que 
o negócio em 2008, 2009 e 2010 
descia, entrava negócio novo 
que era superior ao que perdía-mos. 
E só por aí fomos crescendo 
sempre desde 1992. 
Em 2006 iniciaram a interna-cionalização 
com uma unidade 
na Roménia. Como é que surgiu 
essa oportunidade? 
Sentimos que os nossos clientes 
estavamcada vez mais a desloca-lizar 
para Leste, e também surgiu 
uma parceria. Temos um cliente 
português que decidiu, em 2006, 
instalar uma unidade na Romé-nia. 
Foi um desafio comum, jun-tarmos 
a actividade que eles têm 
- produção de capas -, com o 
nosso ‘know-how’ na área da la-minagem 
e instalarmos uma uni-dade 
de produção naRoménia. 
No ano passado reforçaram a 
internacionalização com a en-trada 
na República Checa. Por-quê 
esse país? 
Definimos estrategicamente que 
o Leste seria o nosso mercado de 
crescimento.No ano 2010 come-çámos 
com uma plataforma lo-gística 
na Polónia, para poder-mos 
fornecer um serviço mais 
muito significativo nesta área”, 
defende Manuel Campos. 
A inovação, que é a grande 
bandeira da empresa, passa tam-bém 
pelo próprio fabrico: “Fizé-mos 
um trabalho muito intenso 
ao nível da inovação de proces-sos, 
de novas tecnologias, em 
conjuntocomos nossos clientes”. 
Foi o que aconteceu, por 
exemplo, com um produto des-envolvido 
para a Daimler. “Um 
painel de porta, que tinha uma 
costura decorativa que exigia 
uma componente humana, tor-nou- 
se automático, garantindo 
uma respeitabilidade que não 
era possível. Hoje fazemos 
100% dos modelos, e não ape-nas 
uma parte, como seria ha-bitual”, 
revela Manuel Campos. 
É o que a empresa chama de 
“efeito inovação”. Um efeito 
com o qual está a contar para 
multiplicar o crescimento nos 
próximos anos. ■ 
‘Estamos atentos a oportunidades 
no México e na Ásia’ 
rápido aos nossos clientes, os 
quais fornecíamos desde Portu-gal. 
Oplano que tínhamos era no 
ano seguinte começar com a 
produção industrial na Polónia. 
Acontece que em 2013 apareceu 
a oportunidade de adquirirmos 
uma empresa na República Che-ca 
que já estava instalada, que já 
trabalhava para o mercado auto-móvel, 
e que era complementar 
à actividade que tínhamos em 
Portugal. Tinha clientes comuns, 
e mais uma série de novos. 
A expansão internacional vai 
continuar? 
“ 
Se não fosse a 
inovação, 
dificilmente seriamos 
convidados para 
irmos à BMW e à 
Volvo, com 20 
engenheiros a ouvir o 
que tinhamos para 
apresentar. 
Temos programados novos in-vestimentos, 
porque sentimos 
que a indústria automóvel, que 
é o nosso ‘core business’, pode-rá 
crescer na Europa, mas o 
grande crescimento será na 
Ásia ou nos EUA, esses forneci-dos 
essencialmente pelo Méxi-co. 
O mercado está em cresci-mento 
muito grande. O que si-gnifica 
que estamos atentos às 
oportunidades que podem sur-gir 
no México. Podemos fazer 
aquisições ou montar um pro-jecto 
de raiz. Na Ásia procura-mos 
parcerias. 
A aposta na inovação tem tido 
os resultados esperados? 
Em2006 decidimos criarumde-partamento 
de inovação, não 
um departamento estanque, 
mas dinâmico. Tem sido uma 
aposta ganha, abriu-nos muitas 
portas. Os projectos de inovação 
não são projectos de desenho, 
em ‘power point’, temos protó-tipos, 
temos algo que podemos e 
temos mostradoemalgumas fei-ras, 
e que tem despertado algum 
interesse por parte das OEM’s. 
Na sequência de algumas dessas 
exposições, fomos convidados 
para apresentar a nossa gama de 
produtos na área da inovação na 
BMW,Volvo e PSA. 
Ou seja, permitiu-vos um aces-so 
directo às construtoras auto-móveis? 
Diria que foi a inovação que 
nos abriu a porta das OEM’s 
[construtoras automóveis] de 
uma forma muito imediata e 
rápida. Se não fosse a inova-ção, 
dificilmente seriamos 
convidados para irmos à BMW 
e à Volvo, com 20 engenheiros 
a ouvir o que tinhamos para 
apresentar. 
Vão continuar a crescer? 
O grupo em 2013 facturou 56 
milhões de euros. Esperamos 
este ano, e as projecções assim 
o indicam, chegar aos 62 mi-lhões. 
Queremos, acima de 
tudo, que o crescimento seja 
sustentável. Não podemos con-tinuar 
a crescer 40% em algu-mas 
áreas como aconteceu em 
2012 e 2013. Não é fácil manter 
este tipo de crescimento. A ac-tividade 
em Portugal cresceu 
47% em 2013, totalmente com a 
exportação. Com novos negó-cios 
e novos mercados que con-seguimos 
conquistar. Hoje, 
desde Portugal, fornecemos a 
África do Sul, Turquia, Rússia, 
uma série de países que estão 
fora da nossa proximidade geo-gráfica. 
■ C.A.R 
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Revista Caixa Empresas | outubro 2015
 

Projecto empresa

  • 1. 30 Diário Económico Terça-feira 2 Setembro 2014 Projecto Empresa Ert Têxtil aposta na inovação para o sector automóvel Indústria Empresa produz têxteis técnicos para o sector automóvel, e quer subir na cadeia de valor. Carla Alves Ribeiro carla.ribeiro@economico.pt A visita começa na Oliva Creati-ve Factory, em São João da Ma-deira. É nas instalações da anti-ga fábrica, convertidaemcentro empresarial, que funciona o centro de inovação da Ert Têxtil. A empresa deve ser das poucas em Portugal que no seu organo-grama inclui um director de inovação. Fernando Merino ex-plica: “Há cerca de dois anos decidimos criar uma estratégia de inovação. Queríamos afir-mar- nos como empresa inova-dora, não só no nosso principal mercado, que é o automóvel, mas também de uma forma mais geral na área da mobilidade”. A missão do centro é reunir competências em torno de pro-jectos comuns. Aliás, o espaço está mais preenchido com pro-tótipos do que propriamente com pessoas. As parcerias são fundamentais. A ideia até pode nascer ali, mas o trabalho é feito fora. “O objectivo não foi criar um departamento de pessoas para o desenvolvimento de pro-dutos. Foi mais pensar no que podíamos fazer em parceria com quem também está a inovar, tanto no centro Oliva, como nas universidades”, sublinha Fer-nando Merino. A indústria automóvel repre-senta 85% da facturação, mas a empresa não lida directamente com as marcas. Os seus clientes são os fornecedores de compo-nentes para as construtoras au-tomóveis. A Faurecia, multina-cional francesa do sector, é um dos principais. Os esforços vão no sentido de criar produtos mais sofisticados. “Estamos muito cá em baixo na cadeia de fornecimento. Que-remos chegar às marcas, ter um diálogo muito próximo com elas, e, portanto, temos que arranjar forma de lhes mostrar algo ver-dadeiramente inovador. De in-troduzir um conteúdo tecnológi-co, por exemplo, através da inte-gração de sistemas electrónicos flexíveis nos materiais “. A estratégia passa também por crescer noutras áreas. Aliás, a Ert começou pelo calçado quando foi criada, em 1992, por João Bran-dão. “Estamos a apostar em áreas distintas. Trabalhamos com os têxteis-lar, produtos de utilidade doméstica, confecção, vestuário, calçado, arquitectura, desporto e puericultura. Estas áreas repre-sentam cerca de 15% do negócio, mas temos novos projectos. Pro-dutos inovadores, muito tecnoló-gicos, algumas parcerias com empresas líderes nesses merca-dos, portanto, contamos que ve-nham a crescer”, afirma Diana Marques, responsável comercial. Fábricas na Roménia e República Checa A ERT Têxtil faz parte de um grupo empresarial que este ano prevê facturar 62 milhões de euros e emprega quase 500 tra-balhadores. Com presença em Espanha, Polónia, Alemanha, Roménia e República Checa, no nosso país conta com uni-dades industriais em Felguei-ras e São João da Madeira, onde fabrica os chamados têxteis técnicos. “O processo envolve a união de vários componen-tes. Pode ser espuma, malha, PVC, couro, ou o chamado não tecido. A união dos produtos faz o nosso composto”, escla-rece Manuel Campos, director de produção. Ao processo dá-se o nome de laminagem, e faz-se usando tec-nologias distintas. A indústria envolve também o corte e a cos-tura. A Ert Têxtil é umas das em-presas europeias com maior ca-pacidade produtiva no sector . “Na laminagem temos uma ca-pacidade de produção de 20 mil metros por dia. Ao nível do corte de peças conseguimos cortar 1,8 milhões por mês, um número 62 milhões de euros É quanto a empresa prevê facturar este ano. Em 2013 o volume de negócios atingiu os 56 milhões. 1 Centro de inovação funciona na Oliva Creative Factory, em São João da Madeira. 2Têxteis técnicos são produzidos através do processo de laminagem. 3 Operadora identifica defeitos no couro que vai servir para fazer peças para a Porsche. 4 Proposta de tablier “inteligente” apresentado às construtoras automóveis. 1 2 3 4
  • 2. Terça-feira 2 Setembro 2014 Diário Económico 31 Terça-feira, 22h00 Canal 16 > ZON/Meo | Canal 9 > Cabovisão Canal 200 > Vodafone Casa TV/Optimus Clix HD ENTREVISTA JOÃO BRANDÃO Fundador Ert Têxtil Empresa quer reforçar presença no exterior. A internacionalização começou em 2006, em parceria com uma empresa portuguesa, na Romé-nia. No ano passado a empresa adquiriu uma fábrica na Repú-blica Checa. Mas é na Ásia e nos Estados Unidos – fornecidos pelo México – que a Ert Têxtil espera os maiores crescimentos. O sector automóvel representa 85% do vosso negócio. Como é que a crise do mercado auto-móvel vos afectou? A partir de 2000 entrámos no sector automóvel com a Faurecia [multinacional francesa de com-ponentes automóveis], em Por-tugal, e fomos crescendo. Hoje o mercado externo já representa mais de 50% do que produzi-mos. Os nossos clientes ressen-tiram- se, nós não sentimos muito, porque a partir do ano 2005 tivemos uma atitude co-mercial muito agressiva. Andá-mos sempre à procura de muito negócio na Europa. Sempre que o negócio em 2008, 2009 e 2010 descia, entrava negócio novo que era superior ao que perdía-mos. E só por aí fomos crescendo sempre desde 1992. Em 2006 iniciaram a interna-cionalização com uma unidade na Roménia. Como é que surgiu essa oportunidade? Sentimos que os nossos clientes estavamcada vez mais a desloca-lizar para Leste, e também surgiu uma parceria. Temos um cliente português que decidiu, em 2006, instalar uma unidade na Romé-nia. Foi um desafio comum, jun-tarmos a actividade que eles têm - produção de capas -, com o nosso ‘know-how’ na área da la-minagem e instalarmos uma uni-dade de produção naRoménia. No ano passado reforçaram a internacionalização com a en-trada na República Checa. Por-quê esse país? Definimos estrategicamente que o Leste seria o nosso mercado de crescimento.No ano 2010 come-çámos com uma plataforma lo-gística na Polónia, para poder-mos fornecer um serviço mais muito significativo nesta área”, defende Manuel Campos. A inovação, que é a grande bandeira da empresa, passa tam-bém pelo próprio fabrico: “Fizé-mos um trabalho muito intenso ao nível da inovação de proces-sos, de novas tecnologias, em conjuntocomos nossos clientes”. Foi o que aconteceu, por exemplo, com um produto des-envolvido para a Daimler. “Um painel de porta, que tinha uma costura decorativa que exigia uma componente humana, tor-nou- se automático, garantindo uma respeitabilidade que não era possível. Hoje fazemos 100% dos modelos, e não ape-nas uma parte, como seria ha-bitual”, revela Manuel Campos. É o que a empresa chama de “efeito inovação”. Um efeito com o qual está a contar para multiplicar o crescimento nos próximos anos. ■ ‘Estamos atentos a oportunidades no México e na Ásia’ rápido aos nossos clientes, os quais fornecíamos desde Portu-gal. Oplano que tínhamos era no ano seguinte começar com a produção industrial na Polónia. Acontece que em 2013 apareceu a oportunidade de adquirirmos uma empresa na República Che-ca que já estava instalada, que já trabalhava para o mercado auto-móvel, e que era complementar à actividade que tínhamos em Portugal. Tinha clientes comuns, e mais uma série de novos. A expansão internacional vai continuar? “ Se não fosse a inovação, dificilmente seriamos convidados para irmos à BMW e à Volvo, com 20 engenheiros a ouvir o que tinhamos para apresentar. Temos programados novos in-vestimentos, porque sentimos que a indústria automóvel, que é o nosso ‘core business’, pode-rá crescer na Europa, mas o grande crescimento será na Ásia ou nos EUA, esses forneci-dos essencialmente pelo Méxi-co. O mercado está em cresci-mento muito grande. O que si-gnifica que estamos atentos às oportunidades que podem sur-gir no México. Podemos fazer aquisições ou montar um pro-jecto de raiz. Na Ásia procura-mos parcerias. A aposta na inovação tem tido os resultados esperados? Em2006 decidimos criarumde-partamento de inovação, não um departamento estanque, mas dinâmico. Tem sido uma aposta ganha, abriu-nos muitas portas. Os projectos de inovação não são projectos de desenho, em ‘power point’, temos protó-tipos, temos algo que podemos e temos mostradoemalgumas fei-ras, e que tem despertado algum interesse por parte das OEM’s. Na sequência de algumas dessas exposições, fomos convidados para apresentar a nossa gama de produtos na área da inovação na BMW,Volvo e PSA. Ou seja, permitiu-vos um aces-so directo às construtoras auto-móveis? Diria que foi a inovação que nos abriu a porta das OEM’s [construtoras automóveis] de uma forma muito imediata e rápida. Se não fosse a inova-ção, dificilmente seriamos convidados para irmos à BMW e à Volvo, com 20 engenheiros a ouvir o que tinhamos para apresentar. Vão continuar a crescer? O grupo em 2013 facturou 56 milhões de euros. Esperamos este ano, e as projecções assim o indicam, chegar aos 62 mi-lhões. Queremos, acima de tudo, que o crescimento seja sustentável. Não podemos con-tinuar a crescer 40% em algu-mas áreas como aconteceu em 2012 e 2013. Não é fácil manter este tipo de crescimento. A ac-tividade em Portugal cresceu 47% em 2013, totalmente com a exportação. Com novos negó-cios e novos mercados que con-seguimos conquistar. Hoje, desde Portugal, fornecemos a África do Sul, Turquia, Rússia, uma série de países que estão fora da nossa proximidade geo-gráfica. ■ C.A.R Fotos: Etv