O documento discute o impacto das mortes violentas na expectativa de vida dos homens gaúchos. As três principais frases são: 1) As mortes violentas, principalmente homicídios, causam a perda de 2,71 anos na expectativa de vida dos homens gaúchos. 2) Eliminando todas as mortes violentas, a expectativa de vida dos homens aumentaria para 74,88 anos. 3) As mortes violentas afetam mais a expectativa de vida dos homens do que as principais causas de mortalidade como doenças cardiovasculares e câncer.

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Quantos anos de vida são
perdidos na expectativa de
vida ao nascer, pelos homens
gaúchos, devido aos óbitos por
causas violentas?
Marilene Dias Bandeira
NIS - CIES
Pesquisadora em Estatística da FEE

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FONTE DOS DADOS: Sistema de Informações de
Mortalidade (SIM) obtidos no portal do DATASUS do
Ministério da Saúde e FEE (estimativas populacionais)
ELABORAÇÃO DAS TÁBUAS DE VIDA
Período: 2000-02 a 2012-14

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ELABORAÇÃO DAS TÁBUAS DE VIDA
Período: 2000-02 a 2012-14
 Apesar da periodicidade anual das informações, os
cálculos das probabilidades de morte foram
realizados com os dados trienais acumulados.
 Por facilidade, a notação poderá indicar o ano final
das estimativas, por exemplo, 2014, quando se refere
ao período 2012 a 2014.

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Capítulos CID-10
I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias
II. Neoplasias (tumores)
III. Doenças sangue órgãos hematopoiéticos e transtornos imunitários
IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas
V. Transtornos mentais e comportamentais
VI. Doenças do sistema nervoso
VIII. Doenças do ouvido e da apófise mastoide
IX. Doenças do aparelho circulatório
X. Doenças do aparelho respiratório
XI. Doenças do aparelho digestivo
XII. Doenças da pele e do tecido subcutâneo
XIII. Doenças sistema osteomuscular e tecido conjuntivo
XIV. Doenças do aparelho geniturinário
XV. Gravidez parto e puerpério
XVI. Algumas afecções originadas no período perinatal
XVII. Malformações congênitas deformidades e anomalias cromossômicas
XVIII. Sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de laboratório
XX. Causas externas de morbidade e mortalidade

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Óbitos por capítulos da CID-10, por sexo, Rio Grande do Sul - 2012-14
Capítulo CID-10 TOTAL POSIÇÃO MASCULINO POSIÇÃO FEMININO POSIÇÃO
Total 244.638 - 132.836 - 111.762 -
Aparelho circulatório 69.013 1a
33.757 1a
35.254 1a
Neoplasias 52.844 2a
29.254 2a
23.590 2a
Aparelho respiratório 30.652 3a
16.116 4a
14.535 3a
Causas externas 23.304 4a
18.509 3a
4.790 6a
Endócrinas, nutricionais e metabólicas 13.581 5a
5.971 7a
7.609 4a
Mal definidas 11.425 6a
6.258 6a
5.159 5a
Aparelho digestivo 11.349 7a
6.649 5a
4.699 8a
Infecciosas e parasitárias 9.961 8a
5.706 8a
4.253 9a
Sistema nervoso 8.116 9a
3.349 9a
4.766 7a
Aparelho geniturinário 5.373 10a
2.507 10a
2.866 10a
Demais capítulos 9.020 - 4.760 - 4.241 -

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SE ALGUMAS CAUSAS DE MORTE
PUDESSEM SER ELIMINADAS, QUAL
SERIA O IMPACTO NA EXPECTATIVA DE
VIDA AO NASCER ?

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Ambos Masculino Feminino Ambos Masculino Feminino
Todas as causas 75,94 72,17 79,66 - - -
Aparelho circulatório 78,38 74,72 81,86 2,44 2,55 2,20
Neoplasias 78,44 74,73 82,00 2,50 2,56 2,34
Aparelho respiratório 76,95 73,26 80,55 1,01 1,09 0,89
Causas externas 77,70 74,88 80,30 1,76 2,71 0,64
FONTE DOS DADOS BRUTOS: Ministério da Saúde/DATASUS/SIM.
Fundação de Economia e Estatística.
Expectativa de vida ao nascer total e excluíndo causas específicas, por sexo,
Rio Grande do Sul - 2012-14
CAUSAS DE
MORTALIDADE
EXPECTATIVA DE VIDA AO
NASCER
GANHO, EM ANOS, NA
EXPECTATIVA DE VIDA,
ELIMINANDO TODOS
ÓBITOS PELA CAUSA
ESPECÍFICA

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DESAGREGANDO O GRUPO DE ÓBITOS
POR CAUSAS EXTERNAS, QUAL SERIA O
IMPACTO NA EXPECTATIVA DE VIDA AO
NASCER?

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CAUSAS EXTERNAS DE MORBIDADE E MORTALIDADE
. Acidentes de transporte
. Quedas
. Afogamento e submersões acidentais
. Exposição à fumaça, ao fogo e às chamas
. Envenenamento, intoxicação por ou exposição a substâncias nocivas
. Suicídios
. Homicídios
. Eventos (fatos) cuja intenção é indeterminada
. Intervenções legais e operações de guerra
. Todas as outras causas externas

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Óbitos por causas externas , segundo sexo, RS -2012-14
Óbitos Posição Óbitos Posição Óbitos Posição
Causas Externas 23.304 - 18.509 - 4.790 - 3,9
Homicídios 7.388 1a
6.677 1a
707 4a 9,4
Acidentes de transporte 6.376 2a
5.009 2a
1.367 1a 3,7
Suicídios 3.434 3a
2.711 3a
723 3a 3,7
Quedas 2.135 4a
1.085 5a
1.050 2a 1,0
Afogamento 789 7a
694 7a
95 8a 7,3
Demais causas externas 3.182 - 2.333 - 848 - 2,8
FONTE DOS DADOS BRUTOS: MS/SVS/CGIAE - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM
TOTAL MASCULINO FEMININO RAZÃO
MASCULINO/
FEMININO
CAUSA

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AMBOS MASCULINO FEMININO AMBOS MASCULINO FEMININO
CAUSAS EXTERNAS 23.299 18.509 4.790 100,0 100,0 100,0
Homicídios 7.384 6.677 707 31,7 36,1 14,8
Disparo de arma 5.506 5.130 376 23,6 27,7 7,8
Acidentes de transporte 6.376 5.009 1.367 27,4 27,1 28,5
Suicídio 3.434 2.711 723 14,7 14,6 15,1
Quedas 2.135 1.085 1.050 9,2 5,9 21,9
Afogamento 789 694 95 3,4 3,7 2,0
Demais causas externas 3.181 2.333 848 13,7 12,6 17,7
Número de óbitos por causas e participação percentual por causas, por sexo, Rio Grande do Sul -2012-14
CAUSA
NÚMERO DE ÓBITOS NO
TRIÊNIO
PARTICIPAÇÃO PERCENTUAL

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Expectativa de vida ao nascer total e excluindo causas específicas, por sexo, RS - 2012-14
AMBOS MASCULINO FEMININO AMBOS MASCULINO FEMININO
INCLUINDO TODAS CAUSAS 75,94 72,17 79,66 - - -
CAUSAS EXTERNAS 77,70 74,88 80,30 1,76 2,71 0,64
Homicídios 76,58 73,24 79,79 0,64 1,07 0,13
Disparo de arma 76,43 73,01 79,73 0,49 0,84 0,07
Acidentes de transporte 76,43 72,88 79,88 0,49 0,71 0,22
Suicídio 76,17 72,51 79,77 0,23 0,34 0,11
Quedas 76,00 72,25 79,70 0,06 0,08 0,04
Afogamento 76,01 72,28 79,68 0,07 0,11 0,02
CAUSA
EXPECTATIVA DE VIDA AO
NASCER
GANHO, EM ANOS, NA
EXPECTATIVA DE VIDA,
ELIMINANDO TODOS ÓBITOS
PELA CAUSA

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Número %
Todas as Causas - 72,17 132.836 100,0
Causas externas (3a
) 2,71 74,88 18.509 13,9
Neoplasias (2a
) 2,56 74,73 29.254 22,0
Aparelho circulatório(1a
) 2,55 74,72 33.757 25,4
Aparelho respiratório (4a
) 1,09 73,26 16.116 12,1
Homicídios 1,07 73,24 6.677 5,0
CAUSAS ESPECÍFICAS DE
MORTALIDADE
Expectativa de vida ao nascer e número de óbitos, sexo masculino, RS
2012-14
ÓBITOSEXPECTATIVA
DE VIDA AO
NASCER
GANHO NA
EXPECTATIVA
DE VIDA
Destaque, Sexo Masculino:

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Destaque, Sexo Masculino:
 Expectativa de vida ao nascer é fortemente
influenciada pelos óbitos violentos dentre a
população jovem masculina
 Seu impacto é ainda maior que as causas mais
prevalentes de óbitos
 O acréscimo na expectativa de vida seria
equivalente a todo aumento no período 2002 a
2014: 2,71 anos x 2,75 anos

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Fundação de Economia e Estatística
Siegfried Emanuel Heuser
Rua Duque de Caxias, 1691
Centro Histórico, Porto Alegre
CEP: 90010-283
(51) 3216.9000
Núcleo de Indicadores Sociais (NIS)
Centro de Informações Estatísticas
Fundação de Economia e Estatística
Apresentação:
Marilene Dias Bandeira,
estatística, pesquisadora da FEE
(mariband@fee.tche.br)
Equipe do NIS:
André Leite Chaves
Carina Furstenau
Hélios Puig
Lívio de Oliveira
Marcos Vinício Wink Jr.
Marilyn Agranonik
Marília Velloso
Rafael Bernardini
Thomas Kang