SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 4
Baixar para ler offline
1
O MUNDO RUMO À 4ª GUERRA MUNDIAL?
Fernando Alcoforado*
No artigo Cientistas calculam probabilidade de uma quarta guerra mundial, publicado
no website <https://br.sputniknews.com/portuguese.ruvr.ru/2013_04_12/Cientistas-
calculam-probabilidade-de-uma-quarta-guerra-mundial/> é apresentada a tese de
Serguei Malkov de que o mundo rumará na próxima década para a 4ª Guerra mundial.
Segundo Serguei Malkov, membro da Academia das Ciências Militares e Professor da
Universidade de Moscou, a próxima guerra mundial poderá ter início na próxima
década, de acordo com a teoria dos ciclos longos de Kondratieff desenvolvida pelo
economista soviético Nikolai Kondratieff.
Os ciclos de Kondratieff são períodos de desenvolvimento econômico da civilização
moderna com uma duração de quarenta a sessenta anos. Nikolai Kondratieff delineou
um total de seis ciclos que abarcam um período histórico entre os anos de 1803 e 2060.
O quarto ciclo decorreu aproximadamente entre o fim da Segunda Guerra Mundial e a
primeira metade dos anos 1980. Neste momento nós estamos a viver o quinto ciclo que,
segundo as previsões de Kondratieff, deverá terminar em 2018. Os adeptos dessa teoria
ligam cada ciclo econômico diretamente ao seu nível ou padrão tecnológico. Segundo
Serguei Malkov, o período atual é caracterizado pelo desenvolvimento das
telecomunicações e da robótica. O ciclo seguinte, o sexto, deverá ficar assinalado por
um grande avanço da nanotecnologia, das biotecnologias e das tecnologias da
informação e do conhecimento.
Cada ciclo é acompanhado por crises e guerras. O fim do ciclo atual e a transição para o
padrão tecnológico seguinte será acompanhado pelo menos por uma fortíssima
instabilidade política, ou mesmo por uma guerra mundial, na opinião do Professor da
Universidade de Moscou Serguei Malkov. Nós nos encontramos agora na fase de crise
que evoluiu para uma depressão e estamos à procura de possíveis saídas desse estado de
depressão com o uso da nanotecnologia, biotecnologias, tecnologias da informação e
ciências cognitivas. Mas este período é muito perigoso porque ainda não se vislumbra
uma saída, enquanto já se acumularam as contradições. Nessa altura, normalmente,
acontecem as guerras mundiais. Tanto as comerciais, financeiras, econômicas e
políticas, como as guerras propriamente ditas. Acontece uma espécie de reordenamento
do mundo.
Realmente, se considerarmos a teoria dos ciclos como um modelo a seguir, podemos
verificar que, durante os dois últimos séculos, os acontecimentos mais sangrentos da
história mundial ocorreram no final de cada uma das chamadas ondas de Kondratieff. A
crise já passou e agora estamos a nos aproximar do ponto fatal. Segundo as previsões
dos partidários da teoria de Kondratieff, o momento crítico irá ocorrer entre 2016 e
2017. Na opinião de Malkov, neste momento os Estados Unidos estarão a perder as suas
posições em todo o mundo. A instabilidade econômica mundial valorizará o dólar norte-
americano e a instabilidade política aumentará a necessidade de os Estados Unidos
atuarem como um árbitro internacional. Como os Estados Unidos já não conseguem
sustentar a liderança mundial com base no seu poderio econômico, eles irão começar a
usar para isso as suas ferramentas políticas, financeiras, tecnológicas e mesmo militares.
Os norte-americanos estão simplesmente obrigados a provocar a instabilidade no mundo
para manter seu poder mundial.
2
Na era contemporânea, o xadrez geopolítico internacional aponta a existência de 3
grandes protagonistas: Estados Unidos, China e Rússia. Do confronto que se estabeleça
no futuro entre estas 3 grandes potências militares poderão resultar cenários alternativos
ao que se caracterizou pela hegemonia dos Estados Unidos na cena mundial desde o fim
do mundo bipolar em que se confrontaram os Estados Unidos e a União Soviética.
Tomando por base os 3 grandes protagonistas do xadrez geopolítico internacional
contemporâneo, pode-se afirmar que os Estados Unidos têm por objetivo manter sua
hegemonia mundial nos planos econômico e militar. Para alcançar este objetivo, as
estratégias do governo norte-americano consistem, fundamentalmente, no seguinte: 1)
impedir a Rússia de alçar à condição de grande potência mundial e, 2) barrar a ascensão
da China como potência econômica hegemônica do planeta. Na prática, o governo dos
Estados Unidos quer evitar o enfrentamento no futuro de dois gigantes: a Rússia e a
China.
Michael Klare, professor de estudos sobre paz e segurança mundiais no Hampshire
College, em Amherst, Masachusetts, e autor do recém lançado Rising powers, shrinking
planet; the new geopolitics of energy, publicado nos Estados Unidos pela Metropolitan
Books, e no Reino Unido pela One World Publications, afirma em artigo de sua autoria
Washington analisa cenários para uma “guerra aberta”, publicado no website
<http://www.diplomatique.org.br/artigo.php?id=2167>, que conflitos significativos
contra potências nucleares como a Rússia e a China é o que os estrategistas ocidentais
vislumbram no futuro, como ocorreu no auge da Guerra Fria.
Segundo Klare, hoje, existe aumento das tensões nas relações entre a Rússia e o
Ocidente, cada um observando o outro na espera de um enfrentamento. Em Bruxelas,
como em Washington, durante muitos anos a Rússia deixou de ser uma prioridade nos
programas de defesa. Mas esse não será mais o caso no futuro. Hoje, os Estados Unidos
e a União Europeia consideram que é preciso concentrar novamente as preocupações na
eventualidade de um confronto com Moscou. Klare afirma que o conflito vislumbrado
teria mais chances de ocorrer na frente leste da Organização do Tratado do Atlântico
Norte (Otan), englobando a Polônia e os países bálticos, com armas convencionais de
alta tecnologia. Mas poderia se estender até a Escandinávia e o entorno do Mar do
Norte, e levar ao recurso de armas nucleares. Os estrategistas norte-americanos e
europeus recomendam, portanto, um reforço das capacidades em todas essas regiões e
desejam consolidar o crédito da opção nuclear da Otan.
O novo orçamento militar dos Estados Unidos marca uma mudança de orientação
principal. Enquanto nos últimos anos os Estados Unidos davam prioridade às
“operações anti-insurrecionais em grande escala”, eles devem agora se preparar para um
“retorno da rivalidade entre grandes potências”, sem descartar a possibilidade de um
conflito aberto com um “inimigo de envergadura”, como a Rússia ou a China. A Rússia
e a China são os “principais rivais” dos Estados Unidos, segundo Klare, porque eles
possuem armas muito sofisticadas para neutralizar algumas das vantagens dos norte-
americanos que precisa mostrar que tem a capacidade de causar perdas intoleráveis a
um agressor bem equipado, para dissuadi-lo de executar manobras provocadoras ou
fazê-lo se arrepender amargamente caso venha a lançá-las. Tal objetivo exige reforço da
capacidade norte-americana de se contrapor a um hipotético ataque russo às posições da
Otan no Leste Europeu. A instalação de quatro batalhões na Polônia e nos países
bálticos é ainda mais notável quando se pensa que será a primeira guarnição
semipermanente de forças multinacionais da Otan no território da ex-União Soviética.
3
Theresa May, nova primeira-ministra britânica, obteve o aval de seu Parlamento para a
preservação e o desenvolvimento do programa de mísseis nucleares Trident, afirmando
que a ameaça nuclear não desapareceu, pelo contrário, acentuou-se. Para justificarem a
preparação de um conflito maior contra um “inimigo de envergadura”, os analistas
norte-americanos e europeus invocam quase sempre a agressão russa na Ucrânia e o
expansionismo de Pequim no Mar da China Meridional. Nessa nova era de “rivalidade
entre as grandes potências”, a força de ataque norte-americana parece menos temível do
que antes, enquanto a capacidade das potências rivais não para de aumentar. As
manobras de Moscou na Crimeia e no leste da Ucrânia e as forças ativas na Crimeia e
na Síria mostram que a Rússia deu passos de gigante no desenvolvimento de sua
capacidade de utilizar sua força de maneira eficaz.
Da mesma forma, ao transformar recifes e atóis do Mar da China Meridional em ilhotas
suscetíveis de abrigar instalações importantes, Pequim provocou surpresa e preocupação
nos Estados Unidos, que por muito tempo consideraram essa zona um “lago norte-
americano”. Os ocidentais estão impressionados com a potência crescente do Exército
chinês. Washington desfruta hoje uma superioridade naval e aérea na região, mas a
audácia das manobras chinesas sugere que Pequim se tornou um rival que não pode ser
negligenciado. Os estrategistas não enxergam nenhum outro recurso senão preservar
uma ampla superioridade a fim de impedir futuros concorrentes potenciais de prejudicar
os interesses norte-americanos. Daí as ameaças insistentes de um conflito maior, que
justificariam as despesas suplementares no armamento hipersofisticado que um
“inimigo de envergadura” exige.
Klare afirma que somas fabulosas são consagradas à aquisição de equipamentos de
ponta aptos a ultrapassar os sistemas russos e chineses de defesa e a reforçar as
capacidades norte-americanas nas zonas potenciais de conflito, como o Mar Báltico ou a
região oeste do Pacífico. O Pentágono também vai comprar submarinos (da classe
Virginia) e destróieres (Burke) suplementares para enfrentar os avanços chineses no
Pacífico. Ele começou a implantar seu sistema antimíssil de última geração, o Thaad
(Terminal High Altitude Area Defense), na Coreia do Sul. Oficialmente, trata-se de
enfrentar a Coreia do Norte, mas também é possível perceber que esta decisão visa fazer
frente à ameaça representada pela China.
É altamente improvável que Donald Trump renuncie à preparação de um conflito com a
China ou a Rússia. Trump repetiu várias vezes que pretende reconstruir as capacidades
militares “esgotadas” do país. A intimidação e os treinamentos militares em zonas
sensíveis como o Leste Europeu e o Mar da China Meridional podem se tornar a nova
norma, com os riscos de escalada involuntária que isso implica. Washington, Moscou e
Pequim, de qualquer forma, anunciaram que instalariam nessas regiões forças
suplementares e conduziriam exercícios ali. A abordagem ocidental desse tipo de
conflito maior conta igualmente com numerosos apoiadores na Rússia e na China. O
problema não se resume, portanto, a uma oposição Leste-Oeste: a eventualidade de uma
guerra aberta entre grandes potências se espalha nas mentes e leva os tomadores de
decisão a se prepararem para ela.
A escalada de uma possível 4ª Guerra Mundial pode ser utilizada como uma saída para
a crise geral do sistema capitalista mundial que eclodiu em 2008 nos Estados Unidos
como ocorreu com o advento da 1ª Guerra Mundial após a depressão de 1873, da 2ª
Guerra Mundial após a depressão de 1929 e da 3ª Guerra Mundial (Guerra Fria) para
fazer frente ao sistema socialista liderado pela União Soviética após 1945. Pelo
4
exposto, poderá se concretizar a previsão do professor Malkov da Rússia sobre o
advento de uma nova guerra mundial com base nos ciclos longos de Kondratieff .
*Fernando Alcoforado, 77, membro da Academia Baiana de Educação, engenheiro e doutor em
Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor
universitário e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento
regional e planejamento de sistemas energéticos, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São
Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo,
1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do
desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de
Barcelona,http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e Desenvolvimento
(Editora Nobel, São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX e Objetivos
Estratégicos na Era Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of the
Economic and Social Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller
Aktiengesellschaft & Co. KG, Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe
Planetária (P&A Gráfica e Editora, Salvador, 2010), Amazônia Sustentável- Para o progresso do Brasil e
combate ao aquecimento global (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2011),
Os Fatores Condicionantes do Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV, Curitiba, 2012),
Energia no Mundo e no Brasil- Energia e Mudança Climática Catastrófica no Século XXI (Editora CRV,
Curitiba, 2015) e As Grandes Revoluções Científicas, Econômicas e Sociais que Mudaram o Mundo
(Editora CRV, Curitiba, 2016). Possui blog na Internet (http://fernando.alcoforado.zip.net). E-mail:
falcoforado@uol.com.br.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

255sticas da guerra_fria_
255sticas da guerra_fria_255sticas da guerra_fria_
255sticas da guerra_fria_pipcbcsregoval
 
Aula Sobre GeopolÍtica E Conflitos Internacionais
Aula Sobre GeopolÍtica E Conflitos InternacionaisAula Sobre GeopolÍtica E Conflitos Internacionais
Aula Sobre GeopolÍtica E Conflitos InternacionaisProfMario De Mori
 
Sim his ge0_09_10
Sim his ge0_09_10Sim his ge0_09_10
Sim his ge0_09_10ledaesteves
 
CIBERESPAÇO: a nova fronteira estratégica
CIBERESPAÇO: a nova fronteira estratégicaCIBERESPAÇO: a nova fronteira estratégica
CIBERESPAÇO: a nova fronteira estratégicaHenrique Pereira
 
O PODER MILITAR DAS GRANDES POTÊNCIAS E A PERDA DE UTILIDADE DAS FORÇAS ARMAD...
O PODER MILITAR DAS GRANDES POTÊNCIAS E A PERDA DE UTILIDADE DAS FORÇAS ARMAD...O PODER MILITAR DAS GRANDES POTÊNCIAS E A PERDA DE UTILIDADE DAS FORÇAS ARMAD...
O PODER MILITAR DAS GRANDES POTÊNCIAS E A PERDA DE UTILIDADE DAS FORÇAS ARMAD...Fernando Alcoforado
 

Mais procurados (9)

255sticas da guerra_fria_
255sticas da guerra_fria_255sticas da guerra_fria_
255sticas da guerra_fria_
 
Aula Sobre GeopolÍtica E Conflitos Internacionais
Aula Sobre GeopolÍtica E Conflitos InternacionaisAula Sobre GeopolÍtica E Conflitos Internacionais
Aula Sobre GeopolÍtica E Conflitos Internacionais
 
Grupo 02
Grupo 02Grupo 02
Grupo 02
 
O mito da caverna nuclear
O mito da caverna nuclearO mito da caverna nuclear
O mito da caverna nuclear
 
Sim his ge0_09_10
Sim his ge0_09_10Sim his ge0_09_10
Sim his ge0_09_10
 
Fatos historicos
Fatos historicosFatos historicos
Fatos historicos
 
CIBERESPAÇO: a nova fronteira estratégica
CIBERESPAÇO: a nova fronteira estratégicaCIBERESPAÇO: a nova fronteira estratégica
CIBERESPAÇO: a nova fronteira estratégica
 
A Guerra Total
A Guerra TotalA Guerra Total
A Guerra Total
 
O PODER MILITAR DAS GRANDES POTÊNCIAS E A PERDA DE UTILIDADE DAS FORÇAS ARMAD...
O PODER MILITAR DAS GRANDES POTÊNCIAS E A PERDA DE UTILIDADE DAS FORÇAS ARMAD...O PODER MILITAR DAS GRANDES POTÊNCIAS E A PERDA DE UTILIDADE DAS FORÇAS ARMAD...
O PODER MILITAR DAS GRANDES POTÊNCIAS E A PERDA DE UTILIDADE DAS FORÇAS ARMAD...
 

Destaque

Near-Duplicate Video Retrieval by Aggregating Intermediate CNN Layers
Near-Duplicate Video Retrieval by Aggregating Intermediate CNN LayersNear-Duplicate Video Retrieval by Aggregating Intermediate CNN Layers
Near-Duplicate Video Retrieval by Aggregating Intermediate CNN LayersSymeon Papadopoulos
 
Henry Badenhorst: Teaching ESL and living in China (2005-2006)
Henry Badenhorst: Teaching ESL and living in China (2005-2006)Henry Badenhorst: Teaching ESL and living in China (2005-2006)
Henry Badenhorst: Teaching ESL and living in China (2005-2006)Edumax Solutions
 
"RSE - Enjeux de la Diversité en entreprise"
"RSE - Enjeux de la Diversité en entreprise""RSE - Enjeux de la Diversité en entreprise"
"RSE - Enjeux de la Diversité en entreprise"ADHERE RH
 
Le développement des plantes
Le développement des plantesLe développement des plantes
Le développement des plantesSELLANI Halima
 
ourimpact-2014-web
ourimpact-2014-webourimpact-2014-web
ourimpact-2014-webJoe Jones
 
Consumer attitudes towards advertising in media in Europe
Consumer attitudes towards advertising in media in EuropeConsumer attitudes towards advertising in media in Europe
Consumer attitudes towards advertising in media in EuropeNewsworks
 
7df1c46f-90f5-4d0f-af18-d34ce2108ca6-160108121804
7df1c46f-90f5-4d0f-af18-d34ce2108ca6-1601081218047df1c46f-90f5-4d0f-af18-d34ce2108ca6-160108121804
7df1c46f-90f5-4d0f-af18-d34ce2108ca6-160108121804Akshat Gupta
 
Future Proof - digital documentation for the bunkering industry
Future Proof - digital documentation for the bunkering industryFuture Proof - digital documentation for the bunkering industry
Future Proof - digital documentation for the bunkering industryScott Wolfe ★
 
The 5 worst viruses of all time
The 5 worst viruses of all timeThe 5 worst viruses of all time
The 5 worst viruses of all timekanika sharma
 
Tutorial in italiano di Pearltrees
Tutorial in italiano di PearltreesTutorial in italiano di Pearltrees
Tutorial in italiano di PearltreesMIUR
 

Destaque (13)

The world toward world war 4
The world toward world war 4The world toward world war 4
The world toward world war 4
 
Near-Duplicate Video Retrieval by Aggregating Intermediate CNN Layers
Near-Duplicate Video Retrieval by Aggregating Intermediate CNN LayersNear-Duplicate Video Retrieval by Aggregating Intermediate CNN Layers
Near-Duplicate Video Retrieval by Aggregating Intermediate CNN Layers
 
Henry Badenhorst: Teaching ESL and living in China (2005-2006)
Henry Badenhorst: Teaching ESL and living in China (2005-2006)Henry Badenhorst: Teaching ESL and living in China (2005-2006)
Henry Badenhorst: Teaching ESL and living in China (2005-2006)
 
"RSE - Enjeux de la Diversité en entreprise"
"RSE - Enjeux de la Diversité en entreprise""RSE - Enjeux de la Diversité en entreprise"
"RSE - Enjeux de la Diversité en entreprise"
 
Le développement des plantes
Le développement des plantesLe développement des plantes
Le développement des plantes
 
Richway Profile PPT
Richway Profile PPTRichway Profile PPT
Richway Profile PPT
 
ourimpact-2014-web
ourimpact-2014-webourimpact-2014-web
ourimpact-2014-web
 
Consumer attitudes towards advertising in media in Europe
Consumer attitudes towards advertising in media in EuropeConsumer attitudes towards advertising in media in Europe
Consumer attitudes towards advertising in media in Europe
 
The Guide to Health Insurance Exchanges
The Guide to Health Insurance Exchanges The Guide to Health Insurance Exchanges
The Guide to Health Insurance Exchanges
 
7df1c46f-90f5-4d0f-af18-d34ce2108ca6-160108121804
7df1c46f-90f5-4d0f-af18-d34ce2108ca6-1601081218047df1c46f-90f5-4d0f-af18-d34ce2108ca6-160108121804
7df1c46f-90f5-4d0f-af18-d34ce2108ca6-160108121804
 
Future Proof - digital documentation for the bunkering industry
Future Proof - digital documentation for the bunkering industryFuture Proof - digital documentation for the bunkering industry
Future Proof - digital documentation for the bunkering industry
 
The 5 worst viruses of all time
The 5 worst viruses of all timeThe 5 worst viruses of all time
The 5 worst viruses of all time
 
Tutorial in italiano di Pearltrees
Tutorial in italiano di PearltreesTutorial in italiano di Pearltrees
Tutorial in italiano di Pearltrees
 

Semelhante a O mundo rumo à 4ª guerra mundial

DA NOVA GUERRA FRIA, DA GUERRA COMERCIAL, DA GUERRA FINANCEIRA E DA GUERRA CI...
DA NOVA GUERRA FRIA, DA GUERRA COMERCIAL, DA GUERRA FINANCEIRA E DA GUERRA CI...DA NOVA GUERRA FRIA, DA GUERRA COMERCIAL, DA GUERRA FINANCEIRA E DA GUERRA CI...
DA NOVA GUERRA FRIA, DA GUERRA COMERCIAL, DA GUERRA FINANCEIRA E DA GUERRA CI...Faga1939
 
Tendencias geopoliticas da era contemporanea
Tendencias geopoliticas da era contemporaneaTendencias geopoliticas da era contemporanea
Tendencias geopoliticas da era contemporaneaRoberto Rabat Chame
 
O RISCO DE ECLOSÃO DA 3ª GUERRA MUNDIAL.pdf
O RISCO DE ECLOSÃO DA 3ª GUERRA MUNDIAL.pdfO RISCO DE ECLOSÃO DA 3ª GUERRA MUNDIAL.pdf
O RISCO DE ECLOSÃO DA 3ª GUERRA MUNDIAL.pdfFaga1939
 
Reflexões sobre as armas nucleares no Século XXI
Reflexões sobre as armas nucleares no Século XXIReflexões sobre as armas nucleares no Século XXI
Reflexões sobre as armas nucleares no Século XXILeonam Guimarães
 
A 3ª GUERRA MUNDIAL E OS RESPONSÁVEIS POR SUA ECLOSÃO.pdf
A 3ª GUERRA MUNDIAL E OS RESPONSÁVEIS POR SUA ECLOSÃO.pdfA 3ª GUERRA MUNDIAL E OS RESPONSÁVEIS POR SUA ECLOSÃO.pdf
A 3ª GUERRA MUNDIAL E OS RESPONSÁVEIS POR SUA ECLOSÃO.pdfFaga1939
 
1178 la atu_con_01e_001_021_003_002_005 (1)
1178 la atu_con_01e_001_021_003_002_005 (1)1178 la atu_con_01e_001_021_003_002_005 (1)
1178 la atu_con_01e_001_021_003_002_005 (1)Marcia Valeria
 
As aventuras guerreiras do império da pastilha elástica
As aventuras guerreiras do império da pastilha elásticaAs aventuras guerreiras do império da pastilha elástica
As aventuras guerreiras do império da pastilha elásticaGRAZIA TANTA
 
LOUCOS E CEGOS CONDUZEM O MUNDO RUMO A NOVA GUERRA MUNDIAL
LOUCOS E CEGOS CONDUZEM O MUNDO RUMO A NOVA GUERRA MUNDIALLOUCOS E CEGOS CONDUZEM O MUNDO RUMO A NOVA GUERRA MUNDIAL
LOUCOS E CEGOS CONDUZEM O MUNDO RUMO A NOVA GUERRA MUNDIALFernando Alcoforado
 
Guia DSI - Comitê de desarmamento e Segurança Internacional
Guia DSI - Comitê de desarmamento e Segurança InternacionalGuia DSI - Comitê de desarmamento e Segurança Internacional
Guia DSI - Comitê de desarmamento e Segurança Internacionalcsm-minionu2013
 
A DECADÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS COMO POTÊNCIA HEGEMÔNICA E SUAS NEFASTAS CONS...
A DECADÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS COMO POTÊNCIA HEGEMÔNICA E SUAS NEFASTAS CONS...A DECADÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS COMO POTÊNCIA HEGEMÔNICA E SUAS NEFASTAS CONS...
A DECADÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS COMO POTÊNCIA HEGEMÔNICA E SUAS NEFASTAS CONS...Faga1939
 
40627_8096217448bb163ef447e9a3f774f153.pdf
40627_8096217448bb163ef447e9a3f774f153.pdf40627_8096217448bb163ef447e9a3f774f153.pdf
40627_8096217448bb163ef447e9a3f774f153.pdfPedroEnrico4
 
Aspectos geopolíticos do pós guerra
Aspectos geopolíticos do pós guerraAspectos geopolíticos do pós guerra
Aspectos geopolíticos do pós guerraAna Paula Alves
 
um-mundo-policentrico-antecedentes-geopoliticos-e-geoestrategicos-papel-da-on...
um-mundo-policentrico-antecedentes-geopoliticos-e-geoestrategicos-papel-da-on...um-mundo-policentrico-antecedentes-geopoliticos-e-geoestrategicos-papel-da-on...
um-mundo-policentrico-antecedentes-geopoliticos-e-geoestrategicos-papel-da-on...Escola E.B.2,3 de Jovim Gondomar
 
O confronto estados unidos e china na era contemporânea
O confronto estados unidos e china na era contemporâneaO confronto estados unidos e china na era contemporânea
O confronto estados unidos e china na era contemporâneaFernando Alcoforado
 
A Geopolítica da Federação Russa em Relação aos EUA e à Europa: Vulnerabilida...
A Geopolítica da Federação Russa em Relação aos EUA e à Europa: Vulnerabilida...A Geopolítica da Federação Russa em Relação aos EUA e à Europa: Vulnerabilida...
A Geopolítica da Federação Russa em Relação aos EUA e à Europa: Vulnerabilida...Grupo de Economia Política IE-UFRJ
 

Semelhante a O mundo rumo à 4ª guerra mundial (20)

DA NOVA GUERRA FRIA, DA GUERRA COMERCIAL, DA GUERRA FINANCEIRA E DA GUERRA CI...
DA NOVA GUERRA FRIA, DA GUERRA COMERCIAL, DA GUERRA FINANCEIRA E DA GUERRA CI...DA NOVA GUERRA FRIA, DA GUERRA COMERCIAL, DA GUERRA FINANCEIRA E DA GUERRA CI...
DA NOVA GUERRA FRIA, DA GUERRA COMERCIAL, DA GUERRA FINANCEIRA E DA GUERRA CI...
 
Tendencias geopoliticas da era contemporanea
Tendencias geopoliticas da era contemporaneaTendencias geopoliticas da era contemporanea
Tendencias geopoliticas da era contemporanea
 
O RISCO DE ECLOSÃO DA 3ª GUERRA MUNDIAL.pdf
O RISCO DE ECLOSÃO DA 3ª GUERRA MUNDIAL.pdfO RISCO DE ECLOSÃO DA 3ª GUERRA MUNDIAL.pdf
O RISCO DE ECLOSÃO DA 3ª GUERRA MUNDIAL.pdf
 
Em marcha nova guerra fria
Em marcha nova guerra friaEm marcha nova guerra fria
Em marcha nova guerra fria
 
Reflexões sobre as armas nucleares no Século XXI
Reflexões sobre as armas nucleares no Século XXIReflexões sobre as armas nucleares no Século XXI
Reflexões sobre as armas nucleares no Século XXI
 
Guerra fria
Guerra friaGuerra fria
Guerra fria
 
A 3ª GUERRA MUNDIAL E OS RESPONSÁVEIS POR SUA ECLOSÃO.pdf
A 3ª GUERRA MUNDIAL E OS RESPONSÁVEIS POR SUA ECLOSÃO.pdfA 3ª GUERRA MUNDIAL E OS RESPONSÁVEIS POR SUA ECLOSÃO.pdf
A 3ª GUERRA MUNDIAL E OS RESPONSÁVEIS POR SUA ECLOSÃO.pdf
 
A16v1747
A16v1747A16v1747
A16v1747
 
1178 la atu_con_01e_001_021_003_002_005 (1)
1178 la atu_con_01e_001_021_003_002_005 (1)1178 la atu_con_01e_001_021_003_002_005 (1)
1178 la atu_con_01e_001_021_003_002_005 (1)
 
Quo Vadis EUA
Quo Vadis EUAQuo Vadis EUA
Quo Vadis EUA
 
As aventuras guerreiras do império da pastilha elástica
As aventuras guerreiras do império da pastilha elásticaAs aventuras guerreiras do império da pastilha elástica
As aventuras guerreiras do império da pastilha elástica
 
LOUCOS E CEGOS CONDUZEM O MUNDO RUMO A NOVA GUERRA MUNDIAL
LOUCOS E CEGOS CONDUZEM O MUNDO RUMO A NOVA GUERRA MUNDIALLOUCOS E CEGOS CONDUZEM O MUNDO RUMO A NOVA GUERRA MUNDIAL
LOUCOS E CEGOS CONDUZEM O MUNDO RUMO A NOVA GUERRA MUNDIAL
 
Guia DSI - Comitê de desarmamento e Segurança Internacional
Guia DSI - Comitê de desarmamento e Segurança InternacionalGuia DSI - Comitê de desarmamento e Segurança Internacional
Guia DSI - Comitê de desarmamento e Segurança Internacional
 
A DECADÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS COMO POTÊNCIA HEGEMÔNICA E SUAS NEFASTAS CONS...
A DECADÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS COMO POTÊNCIA HEGEMÔNICA E SUAS NEFASTAS CONS...A DECADÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS COMO POTÊNCIA HEGEMÔNICA E SUAS NEFASTAS CONS...
A DECADÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS COMO POTÊNCIA HEGEMÔNICA E SUAS NEFASTAS CONS...
 
Os desafios da ucrânia
Os desafios da ucrâniaOs desafios da ucrânia
Os desafios da ucrânia
 
40627_8096217448bb163ef447e9a3f774f153.pdf
40627_8096217448bb163ef447e9a3f774f153.pdf40627_8096217448bb163ef447e9a3f774f153.pdf
40627_8096217448bb163ef447e9a3f774f153.pdf
 
Aspectos geopolíticos do pós guerra
Aspectos geopolíticos do pós guerraAspectos geopolíticos do pós guerra
Aspectos geopolíticos do pós guerra
 
um-mundo-policentrico-antecedentes-geopoliticos-e-geoestrategicos-papel-da-on...
um-mundo-policentrico-antecedentes-geopoliticos-e-geoestrategicos-papel-da-on...um-mundo-policentrico-antecedentes-geopoliticos-e-geoestrategicos-papel-da-on...
um-mundo-policentrico-antecedentes-geopoliticos-e-geoestrategicos-papel-da-on...
 
O confronto estados unidos e china na era contemporânea
O confronto estados unidos e china na era contemporâneaO confronto estados unidos e china na era contemporânea
O confronto estados unidos e china na era contemporânea
 
A Geopolítica da Federação Russa em Relação aos EUA e à Europa: Vulnerabilida...
A Geopolítica da Federação Russa em Relação aos EUA e à Europa: Vulnerabilida...A Geopolítica da Federação Russa em Relação aos EUA e à Europa: Vulnerabilida...
A Geopolítica da Federação Russa em Relação aos EUA e à Europa: Vulnerabilida...
 

Mais de Fernando Alcoforado

O INFERNO DAS CATÁSTROFES SOFRIDAS PELO POVO BRASILEIRO
O INFERNO DAS CATÁSTROFES SOFRIDAS PELO POVO BRASILEIRO   O INFERNO DAS CATÁSTROFES SOFRIDAS PELO POVO BRASILEIRO
O INFERNO DAS CATÁSTROFES SOFRIDAS PELO POVO BRASILEIRO Fernando Alcoforado
 
L'ENFER DES CATASTROPHES SUBIS PAR LE PEUPLE BRÉSILIEN
L'ENFER DES CATASTROPHES SUBIS PAR LE PEUPLE BRÉSILIENL'ENFER DES CATASTROPHES SUBIS PAR LE PEUPLE BRÉSILIEN
L'ENFER DES CATASTROPHES SUBIS PAR LE PEUPLE BRÉSILIENFernando Alcoforado
 
LE MONDE VERS UNE CATASTROPHE CLIMATIQUE?
LE MONDE VERS UNE CATASTROPHE CLIMATIQUE?LE MONDE VERS UNE CATASTROPHE CLIMATIQUE?
LE MONDE VERS UNE CATASTROPHE CLIMATIQUE?Fernando Alcoforado
 
AQUECIMENTO GLOBAL, MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL E SEUS IMPACTOS SOBRE A SAÚDE HU...
AQUECIMENTO GLOBAL, MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL E SEUS IMPACTOS SOBRE A SAÚDE HU...AQUECIMENTO GLOBAL, MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL E SEUS IMPACTOS SOBRE A SAÚDE HU...
AQUECIMENTO GLOBAL, MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL E SEUS IMPACTOS SOBRE A SAÚDE HU...Fernando Alcoforado
 
GLOBAL WARMING, GLOBAL CLIMATE CHANGE AND ITS IMPACTS ON HUMAN HEALTH
GLOBAL WARMING, GLOBAL CLIMATE CHANGE AND ITS IMPACTS ON HUMAN HEALTHGLOBAL WARMING, GLOBAL CLIMATE CHANGE AND ITS IMPACTS ON HUMAN HEALTH
GLOBAL WARMING, GLOBAL CLIMATE CHANGE AND ITS IMPACTS ON HUMAN HEALTHFernando Alcoforado
 
LE RÉCHAUFFEMENT CLIMATIQUE, LE CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL ET SES IMPACTS ...
LE RÉCHAUFFEMENT CLIMATIQUE, LE CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL ET SES IMPACTS ...LE RÉCHAUFFEMENT CLIMATIQUE, LE CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL ET SES IMPACTS ...
LE RÉCHAUFFEMENT CLIMATIQUE, LE CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL ET SES IMPACTS ...Fernando Alcoforado
 
INONDATIONS DES VILLES ET CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL
INONDATIONS DES VILLES ET CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIALINONDATIONS DES VILLES ET CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL
INONDATIONS DES VILLES ET CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIALFernando Alcoforado
 
CITY FLOODS AND GLOBAL CLIMATE CHANGE
CITY FLOODS AND GLOBAL CLIMATE CHANGECITY FLOODS AND GLOBAL CLIMATE CHANGE
CITY FLOODS AND GLOBAL CLIMATE CHANGEFernando Alcoforado
 
INUNDAÇÕES DAS CIDADES E MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL
INUNDAÇÕES DAS CIDADES E MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBALINUNDAÇÕES DAS CIDADES E MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL
INUNDAÇÕES DAS CIDADES E MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBALFernando Alcoforado
 
CIVILIZAÇÃO OU BARBÁRIE SÃO AS ESCOLHAS DO POVO BRASILEIRO NAS ELEIÇÕES DE 2022
CIVILIZAÇÃO OU BARBÁRIE SÃO AS ESCOLHAS DO POVO BRASILEIRO NAS ELEIÇÕES DE 2022 CIVILIZAÇÃO OU BARBÁRIE SÃO AS ESCOLHAS DO POVO BRASILEIRO NAS ELEIÇÕES DE 2022
CIVILIZAÇÃO OU BARBÁRIE SÃO AS ESCOLHAS DO POVO BRASILEIRO NAS ELEIÇÕES DE 2022 Fernando Alcoforado
 
CIVILISATION OU BARBARIE SONT LES CHOIX DU PEUPLE BRÉSILIEN AUX ÉLECTIONS DE ...
CIVILISATION OU BARBARIE SONT LES CHOIX DU PEUPLE BRÉSILIEN AUX ÉLECTIONS DE ...CIVILISATION OU BARBARIE SONT LES CHOIX DU PEUPLE BRÉSILIEN AUX ÉLECTIONS DE ...
CIVILISATION OU BARBARIE SONT LES CHOIX DU PEUPLE BRÉSILIEN AUX ÉLECTIONS DE ...Fernando Alcoforado
 
CIVILIZATION OR BARBARISM ARE THE CHOICES OF THE BRAZILIAN PEOPLE IN THE 2022...
CIVILIZATION OR BARBARISM ARE THE CHOICES OF THE BRAZILIAN PEOPLE IN THE 2022...CIVILIZATION OR BARBARISM ARE THE CHOICES OF THE BRAZILIAN PEOPLE IN THE 2022...
CIVILIZATION OR BARBARISM ARE THE CHOICES OF THE BRAZILIAN PEOPLE IN THE 2022...Fernando Alcoforado
 
COMO EVITAR A PREVISÃO DE STEPHEN HAWKING DE QUE A HUMANIDADE SÓ TEM MAIS 100...
COMO EVITAR A PREVISÃO DE STEPHEN HAWKING DE QUE A HUMANIDADE SÓ TEM MAIS 100...COMO EVITAR A PREVISÃO DE STEPHEN HAWKING DE QUE A HUMANIDADE SÓ TEM MAIS 100...
COMO EVITAR A PREVISÃO DE STEPHEN HAWKING DE QUE A HUMANIDADE SÓ TEM MAIS 100...Fernando Alcoforado
 
COMMENT ÉVITER LA PRÉVISION DE STEPHEN HAWKING QUE L'HUMANITÉ N'A QUE 100 ANS...
COMMENT ÉVITER LA PRÉVISION DE STEPHEN HAWKING QUE L'HUMANITÉ N'A QUE 100 ANS...COMMENT ÉVITER LA PRÉVISION DE STEPHEN HAWKING QUE L'HUMANITÉ N'A QUE 100 ANS...
COMMENT ÉVITER LA PRÉVISION DE STEPHEN HAWKING QUE L'HUMANITÉ N'A QUE 100 ANS...Fernando Alcoforado
 
THE GREAT FRENCH REVOLUTION THAT CHANGED THE WORLD
THE GREAT FRENCH REVOLUTION THAT CHANGED THE WORLDTHE GREAT FRENCH REVOLUTION THAT CHANGED THE WORLD
THE GREAT FRENCH REVOLUTION THAT CHANGED THE WORLDFernando Alcoforado
 
LA GRANDE RÉVOLUTION FRANÇAISE QUI A CHANGÉ LE MONDE
LA GRANDE RÉVOLUTION FRANÇAISE QUI A CHANGÉ LE MONDE LA GRANDE RÉVOLUTION FRANÇAISE QUI A CHANGÉ LE MONDE
LA GRANDE RÉVOLUTION FRANÇAISE QUI A CHANGÉ LE MONDE Fernando Alcoforado
 
A GRANDE REVOLUÇÃO FRANCESA QUE MUDOU O MUNDO
A GRANDE REVOLUÇÃO FRANCESA QUE MUDOU O MUNDOA GRANDE REVOLUÇÃO FRANCESA QUE MUDOU O MUNDO
A GRANDE REVOLUÇÃO FRANCESA QUE MUDOU O MUNDOFernando Alcoforado
 
O TARIFAÇO DE ENERGIA É SINAL DE INCOMPETÊNCIA DO GOVERNO FEDERAL NO PLANEJAM...
O TARIFAÇO DE ENERGIA É SINAL DE INCOMPETÊNCIA DO GOVERNO FEDERAL NO PLANEJAM...O TARIFAÇO DE ENERGIA É SINAL DE INCOMPETÊNCIA DO GOVERNO FEDERAL NO PLANEJAM...
O TARIFAÇO DE ENERGIA É SINAL DE INCOMPETÊNCIA DO GOVERNO FEDERAL NO PLANEJAM...Fernando Alcoforado
 
LES RÉVOLUTIONS SOCIALES, LEURS FACTEURS DÉCLENCHEURS ET LE BRÉSIL ACTUEL
LES RÉVOLUTIONS SOCIALES, LEURS FACTEURS DÉCLENCHEURS ET LE BRÉSIL ACTUELLES RÉVOLUTIONS SOCIALES, LEURS FACTEURS DÉCLENCHEURS ET LE BRÉSIL ACTUEL
LES RÉVOLUTIONS SOCIALES, LEURS FACTEURS DÉCLENCHEURS ET LE BRÉSIL ACTUELFernando Alcoforado
 
SOCIAL REVOLUTIONS, THEIR TRIGGERS FACTORS AND CURRENT BRAZIL
SOCIAL REVOLUTIONS, THEIR TRIGGERS FACTORS AND CURRENT BRAZILSOCIAL REVOLUTIONS, THEIR TRIGGERS FACTORS AND CURRENT BRAZIL
SOCIAL REVOLUTIONS, THEIR TRIGGERS FACTORS AND CURRENT BRAZILFernando Alcoforado
 

Mais de Fernando Alcoforado (20)

O INFERNO DAS CATÁSTROFES SOFRIDAS PELO POVO BRASILEIRO
O INFERNO DAS CATÁSTROFES SOFRIDAS PELO POVO BRASILEIRO   O INFERNO DAS CATÁSTROFES SOFRIDAS PELO POVO BRASILEIRO
O INFERNO DAS CATÁSTROFES SOFRIDAS PELO POVO BRASILEIRO
 
L'ENFER DES CATASTROPHES SUBIS PAR LE PEUPLE BRÉSILIEN
L'ENFER DES CATASTROPHES SUBIS PAR LE PEUPLE BRÉSILIENL'ENFER DES CATASTROPHES SUBIS PAR LE PEUPLE BRÉSILIEN
L'ENFER DES CATASTROPHES SUBIS PAR LE PEUPLE BRÉSILIEN
 
LE MONDE VERS UNE CATASTROPHE CLIMATIQUE?
LE MONDE VERS UNE CATASTROPHE CLIMATIQUE?LE MONDE VERS UNE CATASTROPHE CLIMATIQUE?
LE MONDE VERS UNE CATASTROPHE CLIMATIQUE?
 
AQUECIMENTO GLOBAL, MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL E SEUS IMPACTOS SOBRE A SAÚDE HU...
AQUECIMENTO GLOBAL, MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL E SEUS IMPACTOS SOBRE A SAÚDE HU...AQUECIMENTO GLOBAL, MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL E SEUS IMPACTOS SOBRE A SAÚDE HU...
AQUECIMENTO GLOBAL, MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL E SEUS IMPACTOS SOBRE A SAÚDE HU...
 
GLOBAL WARMING, GLOBAL CLIMATE CHANGE AND ITS IMPACTS ON HUMAN HEALTH
GLOBAL WARMING, GLOBAL CLIMATE CHANGE AND ITS IMPACTS ON HUMAN HEALTHGLOBAL WARMING, GLOBAL CLIMATE CHANGE AND ITS IMPACTS ON HUMAN HEALTH
GLOBAL WARMING, GLOBAL CLIMATE CHANGE AND ITS IMPACTS ON HUMAN HEALTH
 
LE RÉCHAUFFEMENT CLIMATIQUE, LE CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL ET SES IMPACTS ...
LE RÉCHAUFFEMENT CLIMATIQUE, LE CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL ET SES IMPACTS ...LE RÉCHAUFFEMENT CLIMATIQUE, LE CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL ET SES IMPACTS ...
LE RÉCHAUFFEMENT CLIMATIQUE, LE CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL ET SES IMPACTS ...
 
INONDATIONS DES VILLES ET CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL
INONDATIONS DES VILLES ET CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIALINONDATIONS DES VILLES ET CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL
INONDATIONS DES VILLES ET CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL
 
CITY FLOODS AND GLOBAL CLIMATE CHANGE
CITY FLOODS AND GLOBAL CLIMATE CHANGECITY FLOODS AND GLOBAL CLIMATE CHANGE
CITY FLOODS AND GLOBAL CLIMATE CHANGE
 
INUNDAÇÕES DAS CIDADES E MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL
INUNDAÇÕES DAS CIDADES E MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBALINUNDAÇÕES DAS CIDADES E MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL
INUNDAÇÕES DAS CIDADES E MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL
 
CIVILIZAÇÃO OU BARBÁRIE SÃO AS ESCOLHAS DO POVO BRASILEIRO NAS ELEIÇÕES DE 2022
CIVILIZAÇÃO OU BARBÁRIE SÃO AS ESCOLHAS DO POVO BRASILEIRO NAS ELEIÇÕES DE 2022 CIVILIZAÇÃO OU BARBÁRIE SÃO AS ESCOLHAS DO POVO BRASILEIRO NAS ELEIÇÕES DE 2022
CIVILIZAÇÃO OU BARBÁRIE SÃO AS ESCOLHAS DO POVO BRASILEIRO NAS ELEIÇÕES DE 2022
 
CIVILISATION OU BARBARIE SONT LES CHOIX DU PEUPLE BRÉSILIEN AUX ÉLECTIONS DE ...
CIVILISATION OU BARBARIE SONT LES CHOIX DU PEUPLE BRÉSILIEN AUX ÉLECTIONS DE ...CIVILISATION OU BARBARIE SONT LES CHOIX DU PEUPLE BRÉSILIEN AUX ÉLECTIONS DE ...
CIVILISATION OU BARBARIE SONT LES CHOIX DU PEUPLE BRÉSILIEN AUX ÉLECTIONS DE ...
 
CIVILIZATION OR BARBARISM ARE THE CHOICES OF THE BRAZILIAN PEOPLE IN THE 2022...
CIVILIZATION OR BARBARISM ARE THE CHOICES OF THE BRAZILIAN PEOPLE IN THE 2022...CIVILIZATION OR BARBARISM ARE THE CHOICES OF THE BRAZILIAN PEOPLE IN THE 2022...
CIVILIZATION OR BARBARISM ARE THE CHOICES OF THE BRAZILIAN PEOPLE IN THE 2022...
 
COMO EVITAR A PREVISÃO DE STEPHEN HAWKING DE QUE A HUMANIDADE SÓ TEM MAIS 100...
COMO EVITAR A PREVISÃO DE STEPHEN HAWKING DE QUE A HUMANIDADE SÓ TEM MAIS 100...COMO EVITAR A PREVISÃO DE STEPHEN HAWKING DE QUE A HUMANIDADE SÓ TEM MAIS 100...
COMO EVITAR A PREVISÃO DE STEPHEN HAWKING DE QUE A HUMANIDADE SÓ TEM MAIS 100...
 
COMMENT ÉVITER LA PRÉVISION DE STEPHEN HAWKING QUE L'HUMANITÉ N'A QUE 100 ANS...
COMMENT ÉVITER LA PRÉVISION DE STEPHEN HAWKING QUE L'HUMANITÉ N'A QUE 100 ANS...COMMENT ÉVITER LA PRÉVISION DE STEPHEN HAWKING QUE L'HUMANITÉ N'A QUE 100 ANS...
COMMENT ÉVITER LA PRÉVISION DE STEPHEN HAWKING QUE L'HUMANITÉ N'A QUE 100 ANS...
 
THE GREAT FRENCH REVOLUTION THAT CHANGED THE WORLD
THE GREAT FRENCH REVOLUTION THAT CHANGED THE WORLDTHE GREAT FRENCH REVOLUTION THAT CHANGED THE WORLD
THE GREAT FRENCH REVOLUTION THAT CHANGED THE WORLD
 
LA GRANDE RÉVOLUTION FRANÇAISE QUI A CHANGÉ LE MONDE
LA GRANDE RÉVOLUTION FRANÇAISE QUI A CHANGÉ LE MONDE LA GRANDE RÉVOLUTION FRANÇAISE QUI A CHANGÉ LE MONDE
LA GRANDE RÉVOLUTION FRANÇAISE QUI A CHANGÉ LE MONDE
 
A GRANDE REVOLUÇÃO FRANCESA QUE MUDOU O MUNDO
A GRANDE REVOLUÇÃO FRANCESA QUE MUDOU O MUNDOA GRANDE REVOLUÇÃO FRANCESA QUE MUDOU O MUNDO
A GRANDE REVOLUÇÃO FRANCESA QUE MUDOU O MUNDO
 
O TARIFAÇO DE ENERGIA É SINAL DE INCOMPETÊNCIA DO GOVERNO FEDERAL NO PLANEJAM...
O TARIFAÇO DE ENERGIA É SINAL DE INCOMPETÊNCIA DO GOVERNO FEDERAL NO PLANEJAM...O TARIFAÇO DE ENERGIA É SINAL DE INCOMPETÊNCIA DO GOVERNO FEDERAL NO PLANEJAM...
O TARIFAÇO DE ENERGIA É SINAL DE INCOMPETÊNCIA DO GOVERNO FEDERAL NO PLANEJAM...
 
LES RÉVOLUTIONS SOCIALES, LEURS FACTEURS DÉCLENCHEURS ET LE BRÉSIL ACTUEL
LES RÉVOLUTIONS SOCIALES, LEURS FACTEURS DÉCLENCHEURS ET LE BRÉSIL ACTUELLES RÉVOLUTIONS SOCIALES, LEURS FACTEURS DÉCLENCHEURS ET LE BRÉSIL ACTUEL
LES RÉVOLUTIONS SOCIALES, LEURS FACTEURS DÉCLENCHEURS ET LE BRÉSIL ACTUEL
 
SOCIAL REVOLUTIONS, THEIR TRIGGERS FACTORS AND CURRENT BRAZIL
SOCIAL REVOLUTIONS, THEIR TRIGGERS FACTORS AND CURRENT BRAZILSOCIAL REVOLUTIONS, THEIR TRIGGERS FACTORS AND CURRENT BRAZIL
SOCIAL REVOLUTIONS, THEIR TRIGGERS FACTORS AND CURRENT BRAZIL
 

O mundo rumo à 4ª guerra mundial

  • 1. 1 O MUNDO RUMO À 4ª GUERRA MUNDIAL? Fernando Alcoforado* No artigo Cientistas calculam probabilidade de uma quarta guerra mundial, publicado no website <https://br.sputniknews.com/portuguese.ruvr.ru/2013_04_12/Cientistas- calculam-probabilidade-de-uma-quarta-guerra-mundial/> é apresentada a tese de Serguei Malkov de que o mundo rumará na próxima década para a 4ª Guerra mundial. Segundo Serguei Malkov, membro da Academia das Ciências Militares e Professor da Universidade de Moscou, a próxima guerra mundial poderá ter início na próxima década, de acordo com a teoria dos ciclos longos de Kondratieff desenvolvida pelo economista soviético Nikolai Kondratieff. Os ciclos de Kondratieff são períodos de desenvolvimento econômico da civilização moderna com uma duração de quarenta a sessenta anos. Nikolai Kondratieff delineou um total de seis ciclos que abarcam um período histórico entre os anos de 1803 e 2060. O quarto ciclo decorreu aproximadamente entre o fim da Segunda Guerra Mundial e a primeira metade dos anos 1980. Neste momento nós estamos a viver o quinto ciclo que, segundo as previsões de Kondratieff, deverá terminar em 2018. Os adeptos dessa teoria ligam cada ciclo econômico diretamente ao seu nível ou padrão tecnológico. Segundo Serguei Malkov, o período atual é caracterizado pelo desenvolvimento das telecomunicações e da robótica. O ciclo seguinte, o sexto, deverá ficar assinalado por um grande avanço da nanotecnologia, das biotecnologias e das tecnologias da informação e do conhecimento. Cada ciclo é acompanhado por crises e guerras. O fim do ciclo atual e a transição para o padrão tecnológico seguinte será acompanhado pelo menos por uma fortíssima instabilidade política, ou mesmo por uma guerra mundial, na opinião do Professor da Universidade de Moscou Serguei Malkov. Nós nos encontramos agora na fase de crise que evoluiu para uma depressão e estamos à procura de possíveis saídas desse estado de depressão com o uso da nanotecnologia, biotecnologias, tecnologias da informação e ciências cognitivas. Mas este período é muito perigoso porque ainda não se vislumbra uma saída, enquanto já se acumularam as contradições. Nessa altura, normalmente, acontecem as guerras mundiais. Tanto as comerciais, financeiras, econômicas e políticas, como as guerras propriamente ditas. Acontece uma espécie de reordenamento do mundo. Realmente, se considerarmos a teoria dos ciclos como um modelo a seguir, podemos verificar que, durante os dois últimos séculos, os acontecimentos mais sangrentos da história mundial ocorreram no final de cada uma das chamadas ondas de Kondratieff. A crise já passou e agora estamos a nos aproximar do ponto fatal. Segundo as previsões dos partidários da teoria de Kondratieff, o momento crítico irá ocorrer entre 2016 e 2017. Na opinião de Malkov, neste momento os Estados Unidos estarão a perder as suas posições em todo o mundo. A instabilidade econômica mundial valorizará o dólar norte- americano e a instabilidade política aumentará a necessidade de os Estados Unidos atuarem como um árbitro internacional. Como os Estados Unidos já não conseguem sustentar a liderança mundial com base no seu poderio econômico, eles irão começar a usar para isso as suas ferramentas políticas, financeiras, tecnológicas e mesmo militares. Os norte-americanos estão simplesmente obrigados a provocar a instabilidade no mundo para manter seu poder mundial.
  • 2. 2 Na era contemporânea, o xadrez geopolítico internacional aponta a existência de 3 grandes protagonistas: Estados Unidos, China e Rússia. Do confronto que se estabeleça no futuro entre estas 3 grandes potências militares poderão resultar cenários alternativos ao que se caracterizou pela hegemonia dos Estados Unidos na cena mundial desde o fim do mundo bipolar em que se confrontaram os Estados Unidos e a União Soviética. Tomando por base os 3 grandes protagonistas do xadrez geopolítico internacional contemporâneo, pode-se afirmar que os Estados Unidos têm por objetivo manter sua hegemonia mundial nos planos econômico e militar. Para alcançar este objetivo, as estratégias do governo norte-americano consistem, fundamentalmente, no seguinte: 1) impedir a Rússia de alçar à condição de grande potência mundial e, 2) barrar a ascensão da China como potência econômica hegemônica do planeta. Na prática, o governo dos Estados Unidos quer evitar o enfrentamento no futuro de dois gigantes: a Rússia e a China. Michael Klare, professor de estudos sobre paz e segurança mundiais no Hampshire College, em Amherst, Masachusetts, e autor do recém lançado Rising powers, shrinking planet; the new geopolitics of energy, publicado nos Estados Unidos pela Metropolitan Books, e no Reino Unido pela One World Publications, afirma em artigo de sua autoria Washington analisa cenários para uma “guerra aberta”, publicado no website <http://www.diplomatique.org.br/artigo.php?id=2167>, que conflitos significativos contra potências nucleares como a Rússia e a China é o que os estrategistas ocidentais vislumbram no futuro, como ocorreu no auge da Guerra Fria. Segundo Klare, hoje, existe aumento das tensões nas relações entre a Rússia e o Ocidente, cada um observando o outro na espera de um enfrentamento. Em Bruxelas, como em Washington, durante muitos anos a Rússia deixou de ser uma prioridade nos programas de defesa. Mas esse não será mais o caso no futuro. Hoje, os Estados Unidos e a União Europeia consideram que é preciso concentrar novamente as preocupações na eventualidade de um confronto com Moscou. Klare afirma que o conflito vislumbrado teria mais chances de ocorrer na frente leste da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), englobando a Polônia e os países bálticos, com armas convencionais de alta tecnologia. Mas poderia se estender até a Escandinávia e o entorno do Mar do Norte, e levar ao recurso de armas nucleares. Os estrategistas norte-americanos e europeus recomendam, portanto, um reforço das capacidades em todas essas regiões e desejam consolidar o crédito da opção nuclear da Otan. O novo orçamento militar dos Estados Unidos marca uma mudança de orientação principal. Enquanto nos últimos anos os Estados Unidos davam prioridade às “operações anti-insurrecionais em grande escala”, eles devem agora se preparar para um “retorno da rivalidade entre grandes potências”, sem descartar a possibilidade de um conflito aberto com um “inimigo de envergadura”, como a Rússia ou a China. A Rússia e a China são os “principais rivais” dos Estados Unidos, segundo Klare, porque eles possuem armas muito sofisticadas para neutralizar algumas das vantagens dos norte- americanos que precisa mostrar que tem a capacidade de causar perdas intoleráveis a um agressor bem equipado, para dissuadi-lo de executar manobras provocadoras ou fazê-lo se arrepender amargamente caso venha a lançá-las. Tal objetivo exige reforço da capacidade norte-americana de se contrapor a um hipotético ataque russo às posições da Otan no Leste Europeu. A instalação de quatro batalhões na Polônia e nos países bálticos é ainda mais notável quando se pensa que será a primeira guarnição semipermanente de forças multinacionais da Otan no território da ex-União Soviética.
  • 3. 3 Theresa May, nova primeira-ministra britânica, obteve o aval de seu Parlamento para a preservação e o desenvolvimento do programa de mísseis nucleares Trident, afirmando que a ameaça nuclear não desapareceu, pelo contrário, acentuou-se. Para justificarem a preparação de um conflito maior contra um “inimigo de envergadura”, os analistas norte-americanos e europeus invocam quase sempre a agressão russa na Ucrânia e o expansionismo de Pequim no Mar da China Meridional. Nessa nova era de “rivalidade entre as grandes potências”, a força de ataque norte-americana parece menos temível do que antes, enquanto a capacidade das potências rivais não para de aumentar. As manobras de Moscou na Crimeia e no leste da Ucrânia e as forças ativas na Crimeia e na Síria mostram que a Rússia deu passos de gigante no desenvolvimento de sua capacidade de utilizar sua força de maneira eficaz. Da mesma forma, ao transformar recifes e atóis do Mar da China Meridional em ilhotas suscetíveis de abrigar instalações importantes, Pequim provocou surpresa e preocupação nos Estados Unidos, que por muito tempo consideraram essa zona um “lago norte- americano”. Os ocidentais estão impressionados com a potência crescente do Exército chinês. Washington desfruta hoje uma superioridade naval e aérea na região, mas a audácia das manobras chinesas sugere que Pequim se tornou um rival que não pode ser negligenciado. Os estrategistas não enxergam nenhum outro recurso senão preservar uma ampla superioridade a fim de impedir futuros concorrentes potenciais de prejudicar os interesses norte-americanos. Daí as ameaças insistentes de um conflito maior, que justificariam as despesas suplementares no armamento hipersofisticado que um “inimigo de envergadura” exige. Klare afirma que somas fabulosas são consagradas à aquisição de equipamentos de ponta aptos a ultrapassar os sistemas russos e chineses de defesa e a reforçar as capacidades norte-americanas nas zonas potenciais de conflito, como o Mar Báltico ou a região oeste do Pacífico. O Pentágono também vai comprar submarinos (da classe Virginia) e destróieres (Burke) suplementares para enfrentar os avanços chineses no Pacífico. Ele começou a implantar seu sistema antimíssil de última geração, o Thaad (Terminal High Altitude Area Defense), na Coreia do Sul. Oficialmente, trata-se de enfrentar a Coreia do Norte, mas também é possível perceber que esta decisão visa fazer frente à ameaça representada pela China. É altamente improvável que Donald Trump renuncie à preparação de um conflito com a China ou a Rússia. Trump repetiu várias vezes que pretende reconstruir as capacidades militares “esgotadas” do país. A intimidação e os treinamentos militares em zonas sensíveis como o Leste Europeu e o Mar da China Meridional podem se tornar a nova norma, com os riscos de escalada involuntária que isso implica. Washington, Moscou e Pequim, de qualquer forma, anunciaram que instalariam nessas regiões forças suplementares e conduziriam exercícios ali. A abordagem ocidental desse tipo de conflito maior conta igualmente com numerosos apoiadores na Rússia e na China. O problema não se resume, portanto, a uma oposição Leste-Oeste: a eventualidade de uma guerra aberta entre grandes potências se espalha nas mentes e leva os tomadores de decisão a se prepararem para ela. A escalada de uma possível 4ª Guerra Mundial pode ser utilizada como uma saída para a crise geral do sistema capitalista mundial que eclodiu em 2008 nos Estados Unidos como ocorreu com o advento da 1ª Guerra Mundial após a depressão de 1873, da 2ª Guerra Mundial após a depressão de 1929 e da 3ª Guerra Mundial (Guerra Fria) para fazer frente ao sistema socialista liderado pela União Soviética após 1945. Pelo
  • 4. 4 exposto, poderá se concretizar a previsão do professor Malkov da Rússia sobre o advento de uma nova guerra mundial com base nos ciclos longos de Kondratieff . *Fernando Alcoforado, 77, membro da Academia Baiana de Educação, engenheiro e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor universitário e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de Barcelona,http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e Desenvolvimento (Editora Nobel, São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX e Objetivos Estratégicos na Era Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of the Economic and Social Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller Aktiengesellschaft & Co. KG, Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária (P&A Gráfica e Editora, Salvador, 2010), Amazônia Sustentável- Para o progresso do Brasil e combate ao aquecimento global (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2011), Os Fatores Condicionantes do Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV, Curitiba, 2012), Energia no Mundo e no Brasil- Energia e Mudança Climática Catastrófica no Século XXI (Editora CRV, Curitiba, 2015) e As Grandes Revoluções Científicas, Econômicas e Sociais que Mudaram o Mundo (Editora CRV, Curitiba, 2016). Possui blog na Internet (http://fernando.alcoforado.zip.net). E-mail: falcoforado@uol.com.br.