O documento discute as principais fontes alternativas de energia no Brasil, incluindo energia solar, hidrelétrica, eólica e biomassa. Ele fornece detalhes sobre como cada fonte funciona, seu potencial no Brasil, impactos socioambientais e tecnologias de aproveitamento. O documento também aborda a matriz energética brasileira e a importância da energia hidrelétrica e da biomassa, especialmente do setor sucroalcooleiro.
1. Economia e Fontes Alternativas deEconomia e Fontes Alternativas de
EnergiaEnergia
Rafael Vieira
Economista. Esp. Em Economia Internacional e
Meio Ambiente.
Consultor em Meio Ambiente e Energia
Email: raelvieira@ig.com.br
Escola de Economia e Contabilidade
UNIGRANRIO
3. Energia SolarEnergia Solar
Quase todas as fontes de energia – hidráulica,
biomassa, eólica, combustíveis fósseis e energia dos
oceanos – são formas indiretas de energia solar.
Além disso, a radiação solar pode ser utilizada
diretamente como fonte de energia térmica, para
aquecimento de fluidos e ambientes e para geração de
potência mecânica ou elétrica. Pode ainda ser
convertida diretamente em energia elétrica, através de
efeitos sobre determinados materiais, entre os quais se
destacam o termoelétrico e o fotovoltaico.
Entre os vários processos de aproveitamento da energia
solar, os mais usados atualmente são o aquecimento de
água e a geração fotovoltaica de energia elétrica.
4. Coletores Solar e Painéis FotovoltáicosColetores Solar e Painéis Fotovoltáicos
5. Impactos Sócio-ambientais
Energia SolarEnergia Solar
Uma das restrições técnicas à difusão de projetos de
aproveitamento de energia solar é a baixa eficiência dos
sistemas de conversão de energia, o que torna
necessário o uso de grandes áreas para a captação de
energia em quantidade suficiente para que o
empreendimento se torne economicamente viável.
Comparando-se, contudo, a outros recursos, como a
energia hidráulica, por exemplo, observa-se que a
limitação de espaço não é tão restritiva ao
aproveitamento da energia solar.
6. Energia HidráulicaEnergia Hidráulica
Características energéticas: disponibilidade de recursos,
facilidade de aproveitamento e, principalmente, seu
caráter renovável.
A energia hidráulica é proveniente da irradiação solar e da
energia potencial gravitacional, através da evaporação,
condensação e precipitação da água sobre a superfície
terrestre.
A participação da energia hidráulica na matriz energética
nacional é da ordem de 42%, gerando cerca de 90% de
toda a eletricidade produzida no país.
Apesar da tendência de aumento de outras fontes, devido
a restrições socioeconômicas e ambientais de projetos
hidrelétricos e os avanços tecnológicos no aproveitamento
de fontes não-convencionais, tudo indica que a energia
hidráulica continuará sendo, por muitos anos, a principal
fonte geradora de energia elétrica do Brasil.
8. Tecnologias de AproveitamentoTecnologias de Aproveitamento
Energia HidráulicaEnergia Hidráulica
Pequenos aproveitamentos diretos da energia hidráulica
para bombeamento de água, moagem de grãos e outras
atividades similares;
Aproveitamento da energia hidráulica através do uso de
turbinas hidráulicas, devidamente acopladas a um
gerador de corrente elétrica. Com eficiência que pode
chegar a 90%, as turbinas hidráulicas são atualmente as
formas mais eficientes de conversão de energia primária
em energia secundária.
9. Aspectos Sócio-ambientaisAspectos Sócio-ambientais
Energia HidráulicaEnergia Hidráulica
O aproveitamento de potenciais hidráulicos para a
geração de energia elétrica exigiu a formação de grandes
reservatórios e, conseqüentemente, a inundação de
grandes áreas. Na maioria dos casos, tratava-se de áreas
produtivas e (ou) de grande diversidade biológica,
exigindo a realocação de grandes contingentes de pessoas
e animais silvestres.
A formação de reservatórios de acumulação de água e
regularização de vazões provoca alterações no regime
das águas e a formação de microclimas, favorecendo
certas espécies (não necessariamente as mais
importantes) e prejudicando, ou até mesmo extinguindo,
outras.
10. BiomassaBiomassa
Do ponto de vista energético, biomassa é toda matéria
orgânica (de origem animal ou vegetal) que pode ser
utilizada na produção de energia. Assim como a energia
hidráulica e outras fontes renováveis, a biomassa é uma
forma indireta de energia solar. A energia solar é
convertida em energia química, através da fotossíntese,
base dos processos biológicos de todos os seres vivos.
Uma das principais vantagens da biomassa é que,
embora de eficiência reduzida, seu aproveitamento pode
ser feito diretamente, através da combustão em fornos,
caldeiras, etc. Para aumentar a eficiência do processo e
reduzir impactos sócio-ambientais, tem-se desenvolvido e
aperfeiçoado tecnologias de conversão eficiente, como a
gaseificação e a pirólise.
11. Potencial de UTE a Biomassa InstaladoPotencial de UTE a Biomassa Instalado
14. Tecnologias de Aproveitamento
BiomassaBiomassa
O aproveitamento da biomassa pode ser feito através
da combustão direta (com ou sem processos físicos de
secagem, classificação, compressão, corte/quebra etc.),
processos termoquímicos (gaseificação, pirólise,
liquefação e transesterificação) ou processos biológicos
(digestão anaeróbia e fermentação).
16. Energia Eólica
Seu aproveitamento ocorre através da conversão da
energia cinética de translação em energia cinética de
rotação, com o emprego de turbinas eólicas
(aerogeradores) para a geração de energia elétrica, ou
através de cataventos e moinhos para trabalhos mecânicos,
como bombeamento de água.
Geração de eletricidade: as primeiras tentativas surgiram
no final do Século XIX, mas somente um século depois,
com a crise do petróleo, é que houve interesse e
investimentos suficientes para viabilizar o
desenvolvimento e aplicação de equipamentos em escala
comercial.
Recentes desenvolvimentos tecnológicos têm reduzido
custos e melhorado o desempenho e a confiabilidade dos
equipamentos.
18. Entre os principais impactos sócio-ambientais de usinas
eólicas destacam-se os sonoros e os visuais. Os impactos
sonoros são devidos ao ruído dos rotores e variam de
acordo com as especificações dos equipamentos
Os impactos visuais são decorrentes do agrupamento de
torres e aerogeradores, principalmente no caso de centrais
eólicas com um número considerável de turbinas, também
conhecidas como fazendas eólicas.
Outro impacto negativo de centrais eólicas é a
possibilidade de interferências eletromagnéticas, que
podem causar perturbações nos sistemas de comunicação e
transmissão de dados.
Aspectos Sócio-ambientaisAspectos Sócio-ambientais
Energia Eólica
19. A geração de energia elétrica a partir de derivados de
petróleo ocorre por meio da queima desses
combustíveis em caldeiras, turbinas e motores de
combustão interna.
O caso das caldeiras e turbinas é similar ao dos
demais processos térmicos de geração e mais usado no
atendimento de cargas de ponta e/ou aproveitamento
de resíduos do refino de petróleo.
Os grupos geradores Diesel são mais adequados ao
suprimento de comunidades e de sistemas isolados da
rede elétrica convencional.
Petróleo e DerivadosPetróleo e Derivados
20. Com exceção de alguns poucos países da OCDE
(Organização para Cooperação e Desenvolvimento
Econômico) , o uso de petróleo para geração de
eletricidade tem sido decrescente desde os anos 1970.
O obsoletismo das plantas de geração, os
requerimentos de proteção ambiental e o aumento da
competitividade de fontes alternativas são os
principais responsáveis por isso.
Contudo, o petróleo continua sendo muito importante
na geração de energia elétrica nesses países,
principalmente no suprimento de cargas de pico e no
atendimento a sistemas isolados.
Petróleo e DerivadosPetróleo e Derivados
22. Gases causadores do efeito estufa no setor sucroalcooleiro
Atividades na Produção de Cana, Açúcar e Álcool kg CO2/ ton Cana
Atividade 1: Produção, Colheita e Transporte da Cana
Fixação (fotossíntese) de carbono da atmosfera + 694,7
Liberação de CO2 pelo uso de combustíveis (diesel) na lavoura – 4,7
Liberação de CO2 na queima do canavial (80% das pontas e folhas) – 198,0
Liberação de outros gases de efeito estufa na queima do canavial (principalmente metano) – 5,0
Liberação de N2O do solo pelo uso de adubação nitrogenada – 3,2
Liberação de CO2 na produção dos insumos da lavoura (mudas, herbicidas, pesticidas, etc.) – 6,7
Liberação de CO2 na fabricação dos equipamentos agrícolas que serão usados na lavoura – 2,4
Oxidação dos resíduos não totalmente queimados no campo – 49,5
Atividade 2: Produção de Açúcar e Álcool
Liberação de CO2 na fermentação alcoólica – 38,1
Liberação de CO2 na fabricação dos insumos da indústria(cal, , etc.) – 0,5
Liberação de CO2 na produção dos equipamentos e prédios, instalações industriais – 2,8
Liberação de CO2 na queima de todo o bagaço, substituindo óleo combustível, na produção de açúcar e álcool – 231,6
Emissão evitada de CO2, pelo uso de bagaço na produção de açúcar (somente), em vez de óleo combustível ou carvão + 104,0
Atividade 3: Uso do Açúcar e do Álcool
Em princípio, em médio prazo praticamente todo o carbono no açúcar é oxidado (metabolizado, etc.) e volta à atmosfera – 97,0
Liberação de CO2 na queima do etanol, em motores automotivos – 79,1
Liberação de CO2, pelo uso de etanol em motores automotivos, em vez de gasolina + 126,7
Total das Emissões Evitadas + 206,8