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UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC 
CURSO DE ARTES VISUAIS – LICENCIATURA 
JANAINA MARTINS DE SOUZA 
IMPLANTAÇÃO DO ENSINO DA ARTE NA EDUCAÇÃO 
INFANTIL DA REDE MUNICIPAL DE TUBARÃO: O COMEÇO DE 
UMA HISTÓRIA 
CRICIÚMA, DEZEMBRO DE 2010
JANAINA MARTINS DE SOUZA 
IMPLANTAÇÃO DO ENSINO DA ARTE NA EDUCAÇÃO 
INFANTIL DA REDE MUNICIPAL DE TUBARÃO: O COMEÇO DE 
UMA HISTÓRIA 
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado 
para obtenção do grau de licenciada no curso 
de Artes Visuais da Universidade do Extremo 
Sul Catarinense, UNESC. 
Orientador(a): Prof. (ª) MSc. Édina Regina 
Baumer 
CRICIÚMA, DEZEMBRO DE 2010
2 
JANAINA MARTINS DE SOUZA 
IMPLANTAÇÃO DO ENSINO DA ARTE NA EDUCAÇÃO 
INFANTIL DA REDE MUNICIPAL DE TUBARÃO: O COMEÇO DE 
UMA HISTÓRIA 
Trabalho de Conclusão de Curso aprovado pela 
Banca Examinadora para obtenção do Grau de 
Licenciada, no Curso de Artes Visuais da 
Universidade do Extremo Sul Catarinense, 
UNESC, com Linha de Pesquisa em Educação 
e Arte. 
Criciúma, 03 de dezembro de 2010. 
BANCA EXAMINADORA 
Prof. (ª) MSc. Édina Regina Baumer- (UNESC) - Orientador 
Prof. (ª) Maria Aparecida Francisco Fernandes (UNISUL) 
Prof. (ª) Maria Marlene Milaneze Just - Especialista(UNESC)
3 
Dedico este trabalho a todos os envolvidos 
na luta para o reconhecimento da Arte, 
principalmente às crianças e educadores 
que fazem parte da Educação Infantil.
4 
AGRADECIMENTOS 
Agradeço antes de tudo e de todos a Deus, que nas horas mais difíceis era a 
Ele que eu chamava, pois sem a presença Dele eu jamais teria feito uma linha 
sequer. À minha família que sempre esteve ao meu lado em todas as minhas vitórias 
e minhas derrotas, mas em especial meu marido Adriano que soube ser amigo, 
companheiro e paciente nas horas em que mais precisava. Ao meu filho Lui Gabriel, 
me desculpo por ter me ausentado de sua vida durante quatro anos, sendo mãe pela 
metade, agradeço a cada dia por fazeres parte da minha vida e muito obrigada pela 
paciência. 
Ao Lídio e a Carmen, pais maravilhosos que me educaram para o bem, 
estando sempre ao meu lado. Aos meus irmãos Sabrina e Daniel que sempre me 
proferiram palavras de apoio. A minha amada tia Márcia, ou melhor, Dada, que 
sempre esteve ao meu lado, dando colo, carinho e apoio, cuidando do meu filho 
enquanto eu estudava. 
Agradeço os amigos que fiz durante essa jornada acadêmica, em especial a 
Aline, Franciele, Renata Rubia, Bia Quevedo, Estefânia, Sol, Karina e Jaqueline. 
Agradeço também ao corpo docente da escola Geraldina Maria Tavares em especial 
a diretora Ângela e a professora Samile que me ajudaram muito no desenrolar deste 
trabalho. 
À minha orientadora Édina, agradeço por ter me ajudado muito, me 
orientando, incentivando e puxando a orelha, quando necessário. Agradeço à 
Secretária de Educação de Tubarão Rosimeri da Cunha Galvani, por ter me recebido 
de braços aberto e às coordenadoras da Educação Infantil, Lucimara e Mª 
Aparecida, pelo apoio. 
Enfim, agradeço a todos que de alguma maneira fizeram parte da realização 
deste meu trabalho.
5 
A educação, qualquer que seja o nível em 
que se dê, se fará tão mais verdadeira 
quanto mais estimule o desenvolvimento 
desta necessidade radical dos seres 
humanos, a de sua expressividade. 
F. Ostrower
6 
RESUMO 
A Rede Municipal de Educação de Tubarão implantou o ensino de arte na Educação 
Infantil no ano de 2010, como componente curricular oportunizando aos educadores 
e estudantes de arte da cidade, a reflexão sobre as necessidades para a qualidade 
desse ensino. Surge então o problema desta pesquisa que investiga de que forma 
os professores da Rede Municipal de Tubarão estão trabalhando o ensino da arte no 
momento da inclusão desta disciplina como componente curricular na Educação 
Infantil? Parti então para uma pesquisa de campo através de entrevistas com 
gestores na Secretaria de Educação do município e questionários para as 
professoras de arte com o objetivo de investigar como está acontecendo à 
implantação da disciplina de arte. Os dados foram analisados sob uma abordagem 
qualitativa, com base na pesquisa bibliográfica que trouxe questões referentes à 
criança na escola, falando do papel do professor e da instituição escolar perante o 
ensino da arte na Educação Infantil. Este estudo aborda também o histórico da 
Educação Infantil no Município de Tubarão destacando o surgimento da idéia da 
implantação do ensino de arte nesse nível. Ao analisar os dados percebe-se a 
grande dificuldade que ainda se tem em relação ao ensino de arte para a criança e a 
necessidade de investir na formação continuada dos profissionais da educação. 
Palavras-chave: Arte. Ensino. Criança.
7 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas 
PMT – Prefeitura Municipal de Tubarão 
RCNEI – Referencial Curricular Nacional Para a Educação Infantil. 
SME – Secretaria Municipal de Educação 
RME – Rede Municipal de Educação
8 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 09 
2 A CRIANÇA E A ARTE NA ESCOLA ................................................................... 11 
3 A EDUCAÇÃO INFANTIL NO MUNICÍPIO DE TUBARÃO .................................. 15 
3.1 O ensino de arte como componente curricular...............................................16 
4 INVESTIGANDO A PRÁTICA ............................................................................... 18 
4.1 Metodologia ...................................................................................................... 18 
4.2 Dados ................................................................................................................. 19 
5 PROJETO ............................................................................................................. 22 
6 CONCIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 22 
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 27 
APÊNDICE ............................................................................................................... 28
9 
1 INTRODUÇÃO 
Ao chegar à quinta fase do curso de Artes Visuais na disciplina de 
estágio, precisava obrigatoriamente construir um projeto de docência para a 
Educação Infantil. Com isso me deparei com um caminho pouco ou nada trilhado por 
mim, até aquele exato momento. Pesquisei diversos autores, que escreveram sobre 
o assunto, li alguns projetos já construídos. Percebi então a importância da arte 
nessa fase da vida da criança e que esse poderia ser o tema para meu trabalho de 
conclusão de curso. Aprendi que o ensino da arte é de extrema importância no 
desenvolvimento intelectual da criança, tornando as crianças mais sensíveis ao 
mundo que as cercam, por isso é importante integrar a criança aos aspectos lúdicos, 
expressivos e prazerosos que se apresentam nas atividades artísticas. Essa atitude 
pode contribuir para o desenvolvimento cognitivo da criança, já que a arte gera 
conhecimento. Então, por que não se estar trabalhando a arte desde os primeiros 
anos da criança na escola? 
Partindo deste pressuposto de que a arte é reconhecida como um 
componente importante para a formação cognitiva da criança, assim como as 
demais áreas do conhecimento, a Prefeitura Municipal de Tubarão incluiu, no ano de 
2010, essa linguagem como componente curricular na educação infantil. Com a 
inclusão do ensino da arte na rede municipal, senti a necessidade de conhecer 
alguns aspectos acerca dessa implantação, junto às instituições e aos profissionais 
da área, e assim surgiu o problema desta pesquisa: de que forma os professores da 
rede municipal de Tubarão estão trabalhando o ensino da arte no momento da 
inclusão desta disciplina como componente curricular? 
Desta forma o objetivo da pesquisa foi investigar como está 
acontecendo à implantação da disciplina de arte na educação infantil da Secretaria 
Municipal de Educação de Tubarão. Para alcançar esse objetivo realizamos uma 
pesquisa de campo por meio de entrevistas para analisar a forma como estão sendo 
desenvolvidos os planejamentos das atividades, buscando saber qual a visão dos 
profissionais sobre essa linguagem como componente curricular e quais 
capacitações tiveram. A análise dos dados foi feita gerando interpretações de caráter 
qualitativo contemplando as falas dos sujeitos pesquisados, com informações que 
não podem ser quantificadas. A fundamentação teórica trouxe autores como Pilloto 
(2007), Melo (2003), Cunha (2006) entre outros que trazem visões diversas sobre o
10 
ensino da arte, mas que juntos buscam o mesmo objetivo de melhorar o ensino de 
arte; em questão neste estudo, o ensino da arte na Educação Infantil. 
No segundo capítulo abordo a relação da criança com a arte na escola, 
partindo das idéias dos autores já citados e incluindo o Referencial Curricular 
Nacional para a Educação Infantil (1998), refletindo também sobre o relacionamento 
do professor e da própria instituição com a criança e com o ensino da arte. A seguir 
trago um pouco da história da Educação Infantil em Tubarão com base em dados 
cedidos pela SME. Já no quarto capítulo, investigo a prática de ensino das 
professoras de arte, por meio do questionário, obtendo e analisando dados que 
serviram de subsídio para, no capítulo seguinte, sugerir um projeto de curso. Ao final 
faço algumas considerações, propondo reflexões sobre a qualidade do ensino da 
arte na educação, em especial na educação infantil da rede municipal de Tubarão. 
Marcando assim o começo de uma nova história.
11 
2 A CRIANÇA E A ARTE NA ESCOLA 
O ensino da arte passou por diversas mudanças, e ainda se transforma 
desde que foi implantado. Estudos são realizados no campo educacional, a fim de 
aprimorar o ensino em arte. Mesmo com todos esses estudos, resta ainda um 
grande caminho a percorrer, pois, em geral, não há o reconhecimento da arte, como 
uma disciplina capaz de gerar conhecimento tornando as crianças mais sensíveis ao 
mundo que as cerca e que contribui para um desenvolvimento cognitivo. Em nosso 
cotidiano o que percebemos é que muitos dos que estão ligados à escola tem uma 
visão de que arte é desenhar e pintar. Segundo Pillotto (2007, p.18), “essa história 
está atrelada a paradigmas conceituais relacionados a contextos políticos, 
econômicos, social e cultural” e cabe a cada um de nós, professores de arte, buscar 
alternativas para mudar essa realidade. 
Contudo, considerando toda a trajetória do ensino da arte no Brasil 
muito já se conseguiu e hoje o ensino da arte é um componente curricular obrigatório 
nas diversas etapas da educação básica. “Isso pede do professor uma reflexão 
maior sobre sua prática pedagógica, que o leve a valorizar os conteúdos, 
preocupando-se e compreendendo o ensinar e aprender em arte” é o que ressalta 
Melo (2003, p. 52). 
Esse é o pensamento que a escola deveria considerar, mas o que 
muitos pensam é que a arte na Educação Infantil não passa de um momento onde a 
criança trabalha a coordenação motora com recortes, colagens, rasgar e pintar 
simplificando assim o ensino da arte. Porém o ensino da arte tem seus objetivos 
específicos e vai muito além. Efland (1998) apud Melo (2003, p. 49), “relatou que as 
crianças precisam das artes para capacitá-las a compreender e comunicar-se com 
os termos de sua sociedade, para que elas possam ter um futuro nessa sociedade”. 
Melo (2003) ainda completa que, assim, as crianças poderão atuar de maneira 
crítica e criativa ao desempenharem seu papel social. 
Muitos professores acomodam-se deixando de valorizar a riqueza da 
linguagem artística, principalmente nessa fase da vida onde as crianças se 
expressam pelo desenho e pintura. Ouvimos durante o curso de graduação em Artes 
Visuais que Picasso, com todo seu conhecimento artístico, disse que passou a vida 
tentando desenhar como as crianças. Talvez o artista valorizasse um desenho que 
surgisse da espontaneidade, quando as crianças não têm ainda uma visão
12 
estereotipada que começa a surgir, segundo Cunha (2006, p. 9) “por volta dos 7 ou 
8 anos, quando vai para a escola que valoriza a linguagem verbal (falada e escrita)” . 
Nessa situação reduz-se, portanto as formas de se expressarem, limitando-se a 
desenhar casinhas, céu azul, arvorezinhas com maçãs e assim por diante. Há os 
professores que ainda incentivam questionando: por que a árvore não está pintada 
de verde? Cobram ainda os braços as pernas, fazendo com que as crianças se 
ajustem desde cedo aos estereótipos, deixando assim de formar sua própria 
(composição) linguagem. 
Observamos no cotidiano de nossas escolas, que o professor interfere 
muito na produção das crianças, que vêem nele um portador da verdade, da 
sabedoria, por isso segundo Cunha (2006, p. 10), “é imprescindível que o adulto 
rompa seus próprios estereótipos, a fim de que consiga realizar intervenções 
pedagógicas no sentido de trazer a tona o universo expressivo infantil”. Isso não se 
restringe somente a produções visuais, mas também a outras linguagens como a 
cênica, a musical, a oral e a escrita. 
O professor é um exemplo para a criança nessa fase e é a partir da 
convivência escolar, além de outros meios sociais que ela vai construindo seu 
caráter, sua identidade. Pillotto (2007, p. 23), ressalta ainda “que as crianças estão 
abertas para a vida, sem preconceitos; são receptivas a novas experiências”, mas no 
nosso cotidiano o que percebemos é que, infelizmente muitos professores acabam 
desconsiderando algumas características pessoais de cada criança. Porém, temos 
que aprender a conviver com as diferenças preservando a característica de cada 
sujeito, isto é, dando-lhes a possibilidade de amadurecimento e desenvolvimento da 
autonomia nas suas produções assim como nas suas vidas. 
Há ainda um grande caminho a se percorrer e para Pillotto (2007, p. 
24) o primeiro deles “é possibilitar as crianças experiências com linguagens da arte, 
desenvolvendo, consequentemente, a imaginação, a percepção, a intuição, a 
emoção e a criação”. Faz-se necessário então buscar atividades que contemplem 
essas questões, pois as crianças que estão nessa fase, possuem uma grande 
facilidade de aprendizado por ainda não se encontrarem presas aos estereótipos, 
partem para uma produção expressiva, de sua própria autoria, vinculada ao lúdico, 
as brincadeiras, relacionando com a fantasia, com o faz de conta que faz parte de 
sua vida.
13 
Temos que estar preparados para propor situações que busquem o 
interesse das crianças “propondo ações que permitam o inesperado, a surpresa, o 
movimento, as interações socioculturais”, é o que diz Pillotto (2007, p. 25), 
convergindo para o que propõe o RCNEI (1998, p. 13), quando diz que toda criança 
deve ter “acesso aos bens socioculturais disponíveis, ampliando o desenvolvimento 
das capacidades relativas à expressão, à comunicação, à interação social, ao 
pensamento, à ética e à estética”. Por isso temos que estar bem cientes do nosso 
papel na educação infantil, para errarmos o mínimo possível, sabendo que cabe as 
instituições escolares garantirem que as crianças tenham experiências prazerosas, 
pois segundo RCNEI (1998, p. 22), “o conhecimento não se constitui em cópia da 
realidade, mas sim, fruto de um intenso trabalho de criação, significação e 
ressignificação”. 
Sendo assim, devemos considerar que o papel das instituições e dos 
profissionais é conhecerem, e compreenderem cada criança em particular. De 
acordo com Melo (2003, p. 48), “enquanto forma de vivência do lúdico e de exercício 
da criatividade, o ensino da arte respeita a criança na criação e recriação de 
conceito e vivências, na afirmação e construção da individualidade e na interação 
dos sujeitos envolvidos no contexto social”. Diante disto, os professores devem estar 
a par do currículo para poderem propor situações que tenham sentido e despertem o 
interesse dos educandos da educação infantil. Nesse sentido Ferreira (apud Pillotto, 
2007, p. 25), afirma que, 
observar o mundo com uma atitude requer olhar para além do que é 
estritamente liberal ou utilitário. No trabalho com artes, as crianças 
aprendem um modo diferente de ver a vida, que as leva a superar os limites 
impiedosos do prosaico e da praticabilidade e a apreciar as qualidades 
estéticas presentes nos objetos. 
Nesse cenário, cabe a nós, profissionais, pensarmos e repensarmos o 
que é relevante e quais caminhos devemos percorrer, pois “ao optarmos pelo 
caminho centrado na expressão do ser humano, ampliamos a visão de arte 
educação para além das técnicas, através de atividades compartimentadas”, é o que 
ressalta Conegundes e Souza (apud Pillotto, 2007, p. 25). As crianças têm como sua 
principal atividade, a brincadeira e é através dela, que se aproximam de conteúdos 
pertinentes a arte, assim como os das demais linguagens como a oral e escrita. 
As atividades lúdicas são indispensáveis à criança para a apreensão dos 
conhecimentos artísticos e estéticos, pois possibilitam o exercício e o 
desenvolvimento da percepção, da imaginação, das fantasias e de
14 
sentimentos. O brincar nas aulas de arte pode ser uma maneira prazerosa 
de a criança experienciar novas situações e ajudá-la a compreender e 
assimilar mais facilmente o mundo cultural e estético. Ferraz (1993) apud 
Melo (2003, p. 60) 
Mediar essas brincadeiras na educação infantil oportuniza o 
aprendizado, ao contrário de deixar a criança entregue às brincadeiras não 
planejadas. Segundo o RCNEI (1998, p. 27): 
Para que as crianças possam exercer sua capacidade de criar é 
imprescindível que haja riqueza e diversidade nas experiências que lhes 
são oferecidas nas instituições, sejam elas mais voltadas às brincadeiras ou 
às aprendizagens que ocorrem por meio de uma intervenção direta. 
Diante disto, vemos a importância que o ensino da arte tem na 
formação da criança da Educação Infantil e com essa conscientização trago no 
próximo capítulo, informações sobre a disciplina de arte na Rede Municipal de 
Ensino de Tubarão no momento de sua implantação.
15 
3 A EDUCAÇÃO INFANTIL NO MUNICÍPIO DE TUBARÃO 
A educação vem passando por diversas mudanças, o que não é diferente no 
Município de Tubarão, principalmente na Educação Infantil que segundo a Proposta 
Curricular de Tubarão (2008), surgiu no ano de 1955, com a iniciativa do padre da 
paróquia, Raimundo Gizoni que fundou uma instituição sem fins lucrativos, 
conhecida como a ACIT, hoje intitulada de APROET. Porém suas atividades com 
crianças só iniciaram em 1956 com a criação dos Centros Catequéticos. Em 1958 
surge o Centro de Educação Infantil Santo Afonso destinado a crianças pequenas. 
Já em 1959, 1961 e 1963 são criados mais três centros de Educação Infantil 
mantidos até hoje pela entidade: Centro de Educação Infantil Pio XII, Centro de 
Educação Infantil Santa Tereza e Centro de Educação Infantil São Judas Tadeu. 
Surge então em 1964 a instituição Lar da Menina, mantida pela Congregação 
Irmã Sacramentina de Bergman atendendo crianças carentes. Já em 1976, surgem 
então os Jardins de Infância, CEBEM com atendimento integral e parcial, tendo 
como instituição mantenedora a FUCABEM. Os CEBEM foram fundados em 
diversos bairros da cidade de Tubarão, contando com uma coordenadora e 
estagiária que atendiam as turmas. Como esse atendimento era assistencialista, 
surge então nesse momento a preocupação com a educação das crianças segundo 
a Proposta Curricular do Município (2008). 
Somente em 1979 é que foi realizado um convênio com a Prefeitura 
passando a administração dos Jardins de Infância para a FUNDESCO. Em 1982, 
são criadas as Creches Domiciliares para atender as crianças de 0 a 3 anos 
suprindo a necessidade da mãe trabalhadora. As creches tinham como responsável 
a proprietária da casa, chamada de “mãe crechera”. Essa tinha a casa reestruturada 
para poder atender as crianças tendo uma equipe multidisciplinar para auxílio. As 
creches passaram a ser mantidas pela Prefeitura que ainda na época eram 
chamadas de Jardim de Infância, mais tarde de Escola Infantil e hoje recebe o nome 
de Centros de Educação Infantil. 
Na época da publicação da Proposta Curricular em 2008, a Rede Municipal 
de Ensino de Tubarão dispunha de 24 Centros de Educação Infantil e 18 escolas de 
Ensino Fundamental para atender as crianças de 0 a 6 anos e cerca de 250
16 
educadores e de 90 estagiários trabalhando diretamente com essas crianças. 
Atualmente conta com 25 Centros de Educação Infantil e 20 Escola de Ensino 
Fundamental. 
3.1 O ensino de arte como componente curricular 
O ensino da arte na Educação Infantil da Rede Municipal de Educação de 
Tubarão surgiu de uma conversa entre a coordenação do Ensino de Ed. Infantil com 
a coordenação de Artes no ano de 2009. Ambas as coordenações entenderam que 
a arte, como disciplina, era algo importante para as crianças nessa fase. A partir 
dessa conversa foram em busca de leis, documentos e propostas para essa nova 
realidade. Partiram então, a princípio, para a alteração da lei, tentando assim incluir 
a arte como disciplina no município, porém isso é algo que ainda não foi aprovado. 
Do mesmo modo, continuaram com a idéia e iniciou-se no ano de 2010 a arte como 
disciplina somente na Pré-escola. 
Embora haja muitos profissionais na área da educação, poucos são os 
com habilitação em arte; ainda há uma grande dificuldade de se encontrar 
profissionais formados nessa área. Essa é a realidade não só da cidade de Tubarão, 
mas de outras cidades. Diante desse quadro, de falta de profissionais, a alternativa 
foi trabalhar a arte, com as crianças de 0 à 4 anos, como forma de linguagem e não 
como disciplina, destinando para esse trabalho, uma hora aula relógio por semana, 
realizado por pedagogos. 
Ao iniciar o ano de 2010, a coordenação de Educação Infantil juntamente 
com a de Artes promoveram um encontro com todas as professoras que elaboraram 
um planejamento e decidiram que esses encontros seriam trimestrais. Elencaram 
também eixos temáticos que iriam trabalhar durante o ano. No decorrer destas 
reuniões, as conversas informais revelam que muitos professores consideram que o 
ensino de arte nessa faixa etária, é o mesmo independente do fato de ser ministrado 
por pedagogos ou por professores de arte, pois se trabalha muito desenho, pintura e 
outras técnicas. Foi uma opção da Secretaria Municipal de Educação contratar 
professores graduados em arte para atuar no pré-escolar tendo então uma aula por
17 
semana. 
A proposta para o ensino da arte na Educação Infantil está sendo 
elaborada, não constituindo ainda um documento oficial, sendo que os dados que 
apresentei neste capítulo foram todos cedidos por uma das coordenadoras da 
Educação Infantil. Diante desta realidade optamos por investigar somente a prática 
do ensino da arte no Pré-escolar que conta hoje com uma aula semanal de artes.
18 
4 INVESTIGANDO A PRÁTICA 
4.1 Metodologia 
Segundo Minayo (2000, p.17), “entende-se por pesquisa a atividade básica da 
Ciência na sua indagação e construção da realidade. É a pesquisa que alimenta a 
atividade de ensino e a atualiza frente à realidade do mundo.” Então pesquisar 
significa busca soluções para problemas - comuns ou não. É ter vontade de 
aprender de conhecer e, partindo de problemas, ir em busca de respostas às 
indagações, para contribuir então, com a transformação da sociedade, do mundo em 
que vivemos. 
Partindo desse conceito e tendo como tema a Implantação da arte na 
educação infantil na rede municipal de Tubarão: O começo de uma história, 
perguntamos na pesquisa sobre de que forma os professores da rede municipal de 
Tubarão estão trabalhando o ensino da arte no momento da inclusão da disciplina 
como componente curricular na educação infantil? Tive então por objetivo, 
investigar, como está sendo a implantação da disciplina de arte como componente 
curricular na educação infantil da Rede municipal de Tubarão. 
Este estudo está dentro da linha de pesquisa: Educação e Arte, do Curso de 
Artes Visuais da UNESC. Opto por uma pesquisa de caráter qualitativo onde os 
dados obtidos provocaram interpretações que não podem ser quantificados, 
delineando assim a abordagem qualitativa. Segundo Minayo (2000, p. 21-22), “a 
pesquisa qualitativa responde a questões muito particulares. Ela se preocupa, nas 
ciências sociais, com um nível de realidade que não pode ser quantificado”. 
O objeto de pesquisa foi a prática do ensino da Arte na RME, na etapa da 
educação infantil, com o objetivo de perceber a importância atribuída à educação em 
arte no momento de sua implantação. Mais precisamente, busquei compreender 
como está sendo o desenvolvimento dos conteúdos em sala de aula e analisar se a 
Secretaria de Educação do Município está dando apoio aos professores. 
Para contemplar meus objetivos, parti inicialmente para uma pesquisa 
bibliográfica, que segundo (CERVO; BERVIAN; DA SILVA, 2007, p. 60) “procura 
explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em artigos, livros, 
dissertações e teses”. Tem caráter exploratório, pois buscou o maior número 
possível de informações por meio da coleta de dados através de questionários e
19 
entrevistas, na pesquisa de campo. O primeiro passo foi ir a SME pedir a 
autorização da Secretaria Rosemeire Cunha Galvani para poder realizar a pesquisa 
junto aos professores e coordenadores da rede. Em seguida conversei com as 
coordenadoras da Educação Infantil Lucimara Pontes e Mª Aparecida Fernandes 
onde consegui dados referentes ao ensino da arte na Rede Municipal. Após essas 
conversas fui às escolas entregar os questionários, para sete professoras: três 
graduadas e quatro em formação em Artes Visuais Licenciatura. 
4.2 Os Dados 
Foram entregues sete questionários a professoras que lecionam a 
disciplina de artes no pré-escolar do município de Tubarão, tendo o retorno de 
somente cinco questionários, que identificaremos com os números 1, 2, 3, 4 e 5. 
O questionário continha sete perguntas abertas que buscavam colher 
dados referentes à implantação do ensino da arte no pré-escolar da RME. 
A primeira questão tratou das dificuldades encontradas pelas professoras 
ao trabalhar arte com o pré-escolar. Duas professoras (1 e 2) responderam que a 
maior dificuldade é a hiperatividade e a falta de concentração das crianças. Outras 
duas (3 e 4) apontaram para a dificuldade de materiais. A professora 5 afirmou ‘ a 
falta de preparação especifica para trabalhar a disciplina’, concordando com a 
professora 3 que indicou como dificuldade, a falta de conhecimento. Destacamos 
nessa questão a fala da professora quatro que apontou como maior dificuldade ‘a 
falta de aceitação por parte de outros professores’. Sobre isso, Melo (2003, p. 60) 
nos diz que, 
mesmo apontando as características e conhecimentos que o professor deve 
ter para atuar como mediador do processo ensino aprendizagem da arte na 
Educação Infantil, não desconhecemos os obstáculos que se interpõem 
para a conscientização dessa prática. Ultrapassar tais obstáculos depende 
de um efetivo investimento na formação e na capacitação continua do 
professor. 
Na segunda questão perguntamos se as professoras sentem 
necessidade de aperfeiçoamento. Todas as professoras afirmaram sentir essa
20 
necessidade alegando que a formação continuada faz falta na vivencia da sala de 
aula (professora 3). Segundo Iavelberg (apud Melo 2003, p. 61), 
a necessidade de investimento na formação de professores de arte é uma 
decorrência dos novos contextos educativos. O trabalho de capacitação não 
é simples, mas não podemos deixá-lo de desenvolvê-lo, pois precisamos de 
práticas educativas que garantam a criança o direito ao fazer artístico e de 
conhecer arte. 
A seguir perguntamos sobre as orientações dadas pela coordenação 
da RME para trabalhar arte na Educação Infantil. Três professoras (1, 2 e 5) afirmam 
que as orientações são satisfatórias pois possibilitam trocas de idéias e sugestões 
dando ‘ o direcionamento necessário para a realização das atividades’ ( professora 
5). Uma professora diz que essas orientações são mais que satisfatórias e completa: 
‘os planejamentos, as atividades dadas como sugestão estão nos ajudando muito’ 
(professora 4). Apenas uma professora não está satisfeita com as orientações 
justificando que ‘em sala de aula a realidade é muito diferente’ (professora 3). 
Nessa direção o RCNEI (1998, p. 41) diz que a “implantação de uma 
proposta curricular de qualidade depende, principalmente dos professores que 
trabalham nas instituições. Por meio de suas ações, que devem ser planejadas e 
compartilhadas com seus pares e outros profissionais da instituição”, e ainda 
ressalta que “é preciso ter professores que estejam comprometidos com a prática 
educacional, capazes de responder às demandas” (RCNEI, 1998, p. 41). 
Na quarta questão colocamos: Quais linguagens da arte você trabalha 
em sala com seus alunos? Duas professoras (2 e 4) afirmaram trabalhar apenas a 
linguagem visual por meio da pintura escultura e elementos da linguagem visual 
como cor, linha e texturas. Outras duas professoras responderam: ‘teatro, dança, 
música, pintura entre outras’ (5) e linguagens ‘visuais, corporais e plásticas’ (3). Uma 
das respostas não consideramos para esta análise, por haver erro na interpretação 
da pergunta. Pillotto e Schramm (2001, p. 15), ao refletir sobre o ensino da arte, 
citam as várias linguagens da arte e ressaltam que o conhecimento é mediado não 
somente pela professora mas também pela interação entre colegas, com “o livro, a 
imagem, a música, a dança, o teatro, o cinema, as mídias”. 
Em seguida perguntamos sobre os materiais que utilizam em suas 
aulas. Uma professora (3) afirma que não possui na escola materiais diversificados. 
Outras duas professoras também fazem essa afirmação, mas, se diferenciam 
quando dizem ‘ não tanto’ (1) e ‘não muito’ (4). Elas mesmas citam massa de 
modelar, tinta, giz de cera, folha e lápis. Duas professoras (2 e 5) dizem que usam
21 
materiais diversificados como: sucatas, papéis diversos, tinta, cola, massa de 
modelar, revistas e lápis de cor. 
Na questão seguinte perguntamos se elas têm em seu domínio alguma 
lista de conteúdos referente ao ensino da arte. Duas professoras (1 e 2) colocaram 
que seguem a Proposta Curricular do Município, ressaltando ainda (a professora 2), 
que utiliza também livros e CD’s de arte e que ‘as vezes, se necessário 
acrescentamos idéias para enriquecê-las’(professora 1). Outra professora (4) afirma 
que pessoalmente segue o planejamento feito bimestralmente na SME. A professora 
5 nega ter alguma lista em seu domínio e já a professora 3 diz seguir a seguinte 
listagem ‘desenho , pintura, recorte, colagem, dança e teatro’. 
Por fim a última questão pedia para relatar qual foi o trabalho realizado 
junto às crianças, em sala de aula, que lhe trouxe mais satisfação. Duas professoras 
referiram-se à expressão corporal, sendo que a professora (5) descreveu uma 
atividade com a dança, justificando que nesse momento seus alunos se 
expressavam livremente. A professora 3 se referiu ao teatro, pois, para ela foi 
marcante ‘ a expressão do corpo, da fala, crianças se entregando de corpo e alma a 
um objetivo’, convergindo para o que diz o RCNEI (1998, p. 46) quando diz que “o 
domínio progressivo das diferentes linguagens que favorecem a expressão e 
comunicação de sentimentos, emoções e idéias das crianças, propiciam a interação 
com os outros e facilitam a mediação com a cultura e os conhecimentos 
constituídos”. 
A professora 4 fala da satisfação dela quando vê que seus alunos 
compreenderam o que ela ensinou e quando se divertem. Outras duas (1 e 2) citam 
o trabalho com tintas, reciclagens e colagem, ressaltando a professora 1 que as 
produções das crianças são surpreendentes. Isso vai ao encontro, novamente, ao 
que orienta o RCNEI (1998, p. 29 e 30): 
a organização de situações de aprendizagens orientadas ou que dependem 
de uma intervenção direta do professor permite que as crianças trabalhem 
com diversos conhecimentos. Estas aprendizagens devem estar baseadas 
não apenas nas propostas dos professores, mas, essencialmente, na escuta 
das crianças e na compreensão do papel que desempenham a 
experimentação e o erro na construção do conhecimento. 
Especificamente nessa questão, podemos observar a disposição das 
professoras de arte do município de Tubarão, para desenvolver um processo de 
ensino e aprendizagem a partir das necessidades das crianças. No entanto, diante
22 
da análise dos dados coletados em toda a pesquisa, percebo que ainda temos, 
como educadores em arte, um grande caminho a percorrer em busca de 
aprimoramentos que nos levem a melhores condições no desenvolvimento do ensino 
de Arte na Educação Infantil. Nesse sentido, apresento uma proposta para a 
realização de um curso de formação continuada para as professoras de arte do 
município de Tubarão.
23 
6 PROJETO 
Introdução/ Justificativa 
O ensino da arte na Educação Infantil é algo muito recente, principalmente na 
Rede Municipal de Educação de Tubarão. Após pesquisar sobre a implantação da 
arte no Pré-escolar do Município, senti a necessidade de propor um curso 
direcionado as professores de arte da rede, pois segundo a pesquisa, a maioria das 
professoras sente a necessidade de um curso de aperfeiçoamento ou formação 
continuada. 
Por esse motivo vê-se como um ponto relevante a organização de um curso, 
onde as professoras possam ter a oportunidade de aliar a teoria com a prática a fim 
de refletir sobre as possibilidades de aprimorar o ensino em arte. Salienta-se a 
importância da proposição de novos cursos para professores, pois, há uma grande 
dificuldade de encontrar cursos direcionados a área de arte, além da graduação 
oferecida em nossa região. Destaca–se ainda, que a disciplina é composta de 
objetivos que vão além do que muitos pensam e que esses devem ser alcançados 
por meio de metodologias específicas, conteúdos e avaliação própria. 
Objetivo Geral 
Proporcionar aos professores de arte um curso de capacitação, onde teoria e 
prática possam provocar uma reflexão sobre as possibilidades de oportunizar um 
melhor aprendizado aos educandos, especificamente da educação infantil por meio 
da prática do educador. 
Objetivos Específicos 
· Conhecer conceitos referentes ao ensino da arte; 
· Trocar experiências com outros professores de arte; 
· Experimentar novas técnicas; 
· Aperfeiçoar técnicas já conhecidas.
24 
Proposta de Carga Horária 
O curso poderá ter a carga horária de 20 h. Sendo que 4h de teoria e 16h de 
prática, tendo como público alvo os professores de arte da Rede Municipal de 
Tubarão. 
Ementa: Arte Educação. Linguagens artísticas. Metodologias do ensino da arte. 
Desenvolvimento: 
No primeiro dia de curso os profissionais terão 4hs de teoria onde serão 
abordados temas sobre a Arte educação e Linguagens Artísticas, trazendo conceitos 
e questões relevantes acerca desses conteúdos, assim como autores e seus 
estudos a fim de contribuir para um melhor entendimento do ensino da arte e suas 
linguagens. 
Nas outras 16hs, o curso trará uma abordagem prática onde os profissionais 
terão a oportunidade de trocar as experiências práticas de sala de aulas, assim 
como conhecer novas técnicas podendo adaptá-las a sua realidade escolar. 
Poderão também conhecer maneiras de trabalhar diferencialmente com materiais 
específicos, que possam contribuir de forma positiva em sala. 
Referências 
CUNHA, Susana Rangel V.(Org.) Cor, som e movimento: a expressão plástica, 
musical e dramática no cotidiano da criança. 6ª edição Porto Alegre: Mediação 
2006. 132 p. 
PILLOTTO,Silvia Duarte Sell. Linguagens da Arte na infância. Joinville: Ed. 
Univille, 2007.
25 
7 CONSIDERAÇOES FINAIS 
Ao fazer a pesquisa bibliográfica constatou-se a grande importância que a 
arte tem no papel do desenvolvimento da criança nos primeiros anos de sua 
existência, assim como a importância de um profissional qualificado para mediar a 
disciplina de arte na escola. Para tanto, faz-se necessário que os mesmos se 
coloquem em busca de aprimoramento, para desenvolver com eficácia este trabalho. 
Através da história inicial da implantação da Educação Infantil no 
município de Tubarão, observou-se que houve um grande desenvolvimento e uma 
grande preocupação em transformar um atendimento que era assistencialista para 
as crianças, em uma educação voltada para a cognição. 
Diante desse novo contexto a preocupação da coordenação com o 
desenvolvimento da criança como um todo, foi buscar novos caminhos para 
programar e transformar esse atendimento em algo inovador. Assim a implantação 
do ensino da arte na Educação Infantil, foi uma forma de contribuir para essa 
inovação, além de cumprir com determinações estabelecidas pela legislação 
educacional. No entanto, antes desses fatores relevamos que a arte é para a criança 
uma forma de expressão do prazer, da realidade, da criatividade, dos sentimentos e 
tem a capacidade de contribuir para que se tornem muito mais sensíveis ao mundo 
que as cerca. 
Pôde-se então perceber, por meio deste estudo que a arte na Educação 
Infantil da RME apresenta-se em fase de construção, e a insegurança dos 
educadores frente a essa nova realidade é compreensível, pois tudo que é novo 
assusta e ao mesmo tempo desafia, instigando a ir em busca de aprimoramentos. 
Diante das dificuldades surge a necessidade de participar de cursos, onde possam 
existir trocas de experiências contribuindo assim para maior segurança do educador 
no desenvolvimento de seus trabalhos. 
É importante citar que a criança desde a mais tenra idade se desenvolve 
de acordo com o meio onde está inserida. A criança reproduz os comportamentos e 
ensinamentos do seu meio social através de desenhos, de brincadeiras, de 
imitações, etc, por isso a importância de ter um modelo de educação que possa 
proporcionar um aprendizado voltado também para o ensino em arte, onde se possa 
partir da vivência da criança proporcionando assim um aprendizado prazeroso. 
Assim, a qualificação do professor torna-se indispensável para que esse
26 
desenvolvimento aconteça da melhor forma possível, garantindo a qualidade na 
educação. 
Acreditamos que com profissionais capacitados e comprometidos, os que 
mais ganham são os educandos, mas todos serão contemplados, tendo prazer em 
aprender, discutindo novas idéias, novos conhecimentos e novas maneiras de fazer 
o aprendizado acontecer, de forma mútua entre educadores e educandos.
27 
REFERÊNCIAS 
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação 
Fundamental. Referencial Curricular para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 
1998. 
CERVO, Amado Luiz. BERVIAN, Pedro Alcino. DA SILVA, Roberto. Metodologia 
Cientifica. 6. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. 
CUNHA, Susana Rangel V.(Org.) Cor, som e movimento: a expressão plástica, 
musical e dramática no cotidiano da criança. 6ª edição Porto Alegre: Mediação 
2006. 132 p. 
MELO, Christianne P. O. O papel mediador do professor no processo de ensino-aprendizagem 
da arte na educação infantil. In: PILLOTTO, Sílvia Sell Duarte; 
SCHRAMM, Marilene de Lima Körting. Reflexões sobre o ensino das artes. 
Joinville: Ed. Grafville Impressos, 2003 
MINAYO, Maria Cecília de Souza. DESLANDES, Suely Ferreira. NETO, Otavio Cruz. 
GOMES, Romeo. Pesquisa Social: Teoria, método e criatividade.16. ed. 
Petrópolis RJ, 2000. 
PILLOTTO,Silvia Duarte Sell. Linguagens da Arte na infância. Joinville: Ed. 
Univille, 2007. 
PILLOTTO, Sílvia Sell Duarte; SCHRAMM, Marilene de Lima Körting. Reflexões 
sobre o ensino das artes. Joinville: Univille, 2001.
28 
APÊNDICE
29 
UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE – UNESC 
UNIDADE ACADÊMICA HUMANIDADES, CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO 
CURSO DE ARTES VISUAIS - LICENCIATURA 
Este questionário é parte integrante do Trabalho de Conclusão de Curso da aluna 
Janaina Martins de Souza, acadêmica da 7ª fase do Curso de Artes Visuais – 
Licenciatura, pela Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC. A pesquisa 
constará do trabalho intitulado: “IMPLANTAÇÃO DO ENSINO DA ARTE NA 
EDUCAÇÃO INFANTIL DA REDE MUNICIPAL DE TUBARÃO: O COMEÇO DE 
UMA HISTÓRIA”, tendo como orientadora a professora Édina Regina Baumer. 
Com base em seu trabalho como professor (a) de artes, responda: 
1. Você trabalha a disciplina de arte no Pré escolar no município de Tubarão. 
Quais as maiores dificuldades que você encontrou até este momento? 
______________________________________________________________ 
______________________________________________________________ 
______________________________________________________________ 
______________________________________________________________ 
______________________________________________________________ 
2. Você sente a necessidade de participar de cursos de aperfeiçoamento ou 
formação continuada? 
______________________________________________________________ 
______________________________________________________________ 
______________________________________________________________ 
3. As orientações dadas pela coordenação para trabalhar arte na educação 
infantil estão sendo satisfatórias? Justifique. 
______________________________________________________________ 
______________________________________________________________ 
______________________________________________________________ 
______________________________________________________________ 
______________________________________________________________ 
4. Quais linguagens da arte você trabalha em sala com seus alunos?
30 
_________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________ 
5. Você possui na escola materiais diversificados? Quais materiais você mais 
usa em sala? 
_________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________ 
6. Existe em seu domínio alguma lista de conteúdos referente ao ensino da arte, 
que você segue? Comente. 
______________________________________________________________ 
______________________________________________________________ 
______________________________________________________________ 
______________________________________________________________ 
______________________________________________________________ 
7. De todos os trabalhos que você realizou junto às crianças até o presente 
momento, qual o que lhe deu mais satisfação? Comente. 
______________________________________________________________ 
______________________________________________________________ 
______________________________________________________________ 
______________________________________________________________ 
______________________________________________________________ 
Obrigada por colaborar com a realização desta pesquisa! 
Solicito ainda que você conclua sua participação assinando no espaço reservado 
abaixo, para que as informações por você fornecidas possam ser utilizadas no 
desenrolar deste trabalho. 
Nome:__________________________________________________________ 
Assinatura:______________________________________________________

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Implantação do ensino da arte na educação

  • 1. UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC CURSO DE ARTES VISUAIS – LICENCIATURA JANAINA MARTINS DE SOUZA IMPLANTAÇÃO DO ENSINO DA ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL DA REDE MUNICIPAL DE TUBARÃO: O COMEÇO DE UMA HISTÓRIA CRICIÚMA, DEZEMBRO DE 2010
  • 2. JANAINA MARTINS DE SOUZA IMPLANTAÇÃO DO ENSINO DA ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL DA REDE MUNICIPAL DE TUBARÃO: O COMEÇO DE UMA HISTÓRIA Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado para obtenção do grau de licenciada no curso de Artes Visuais da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC. Orientador(a): Prof. (ª) MSc. Édina Regina Baumer CRICIÚMA, DEZEMBRO DE 2010
  • 3. 2 JANAINA MARTINS DE SOUZA IMPLANTAÇÃO DO ENSINO DA ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL DA REDE MUNICIPAL DE TUBARÃO: O COMEÇO DE UMA HISTÓRIA Trabalho de Conclusão de Curso aprovado pela Banca Examinadora para obtenção do Grau de Licenciada, no Curso de Artes Visuais da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC, com Linha de Pesquisa em Educação e Arte. Criciúma, 03 de dezembro de 2010. BANCA EXAMINADORA Prof. (ª) MSc. Édina Regina Baumer- (UNESC) - Orientador Prof. (ª) Maria Aparecida Francisco Fernandes (UNISUL) Prof. (ª) Maria Marlene Milaneze Just - Especialista(UNESC)
  • 4. 3 Dedico este trabalho a todos os envolvidos na luta para o reconhecimento da Arte, principalmente às crianças e educadores que fazem parte da Educação Infantil.
  • 5. 4 AGRADECIMENTOS Agradeço antes de tudo e de todos a Deus, que nas horas mais difíceis era a Ele que eu chamava, pois sem a presença Dele eu jamais teria feito uma linha sequer. À minha família que sempre esteve ao meu lado em todas as minhas vitórias e minhas derrotas, mas em especial meu marido Adriano que soube ser amigo, companheiro e paciente nas horas em que mais precisava. Ao meu filho Lui Gabriel, me desculpo por ter me ausentado de sua vida durante quatro anos, sendo mãe pela metade, agradeço a cada dia por fazeres parte da minha vida e muito obrigada pela paciência. Ao Lídio e a Carmen, pais maravilhosos que me educaram para o bem, estando sempre ao meu lado. Aos meus irmãos Sabrina e Daniel que sempre me proferiram palavras de apoio. A minha amada tia Márcia, ou melhor, Dada, que sempre esteve ao meu lado, dando colo, carinho e apoio, cuidando do meu filho enquanto eu estudava. Agradeço os amigos que fiz durante essa jornada acadêmica, em especial a Aline, Franciele, Renata Rubia, Bia Quevedo, Estefânia, Sol, Karina e Jaqueline. Agradeço também ao corpo docente da escola Geraldina Maria Tavares em especial a diretora Ângela e a professora Samile que me ajudaram muito no desenrolar deste trabalho. À minha orientadora Édina, agradeço por ter me ajudado muito, me orientando, incentivando e puxando a orelha, quando necessário. Agradeço à Secretária de Educação de Tubarão Rosimeri da Cunha Galvani, por ter me recebido de braços aberto e às coordenadoras da Educação Infantil, Lucimara e Mª Aparecida, pelo apoio. Enfim, agradeço a todos que de alguma maneira fizeram parte da realização deste meu trabalho.
  • 6. 5 A educação, qualquer que seja o nível em que se dê, se fará tão mais verdadeira quanto mais estimule o desenvolvimento desta necessidade radical dos seres humanos, a de sua expressividade. F. Ostrower
  • 7. 6 RESUMO A Rede Municipal de Educação de Tubarão implantou o ensino de arte na Educação Infantil no ano de 2010, como componente curricular oportunizando aos educadores e estudantes de arte da cidade, a reflexão sobre as necessidades para a qualidade desse ensino. Surge então o problema desta pesquisa que investiga de que forma os professores da Rede Municipal de Tubarão estão trabalhando o ensino da arte no momento da inclusão desta disciplina como componente curricular na Educação Infantil? Parti então para uma pesquisa de campo através de entrevistas com gestores na Secretaria de Educação do município e questionários para as professoras de arte com o objetivo de investigar como está acontecendo à implantação da disciplina de arte. Os dados foram analisados sob uma abordagem qualitativa, com base na pesquisa bibliográfica que trouxe questões referentes à criança na escola, falando do papel do professor e da instituição escolar perante o ensino da arte na Educação Infantil. Este estudo aborda também o histórico da Educação Infantil no Município de Tubarão destacando o surgimento da idéia da implantação do ensino de arte nesse nível. Ao analisar os dados percebe-se a grande dificuldade que ainda se tem em relação ao ensino de arte para a criança e a necessidade de investir na formação continuada dos profissionais da educação. Palavras-chave: Arte. Ensino. Criança.
  • 8. 7 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas PMT – Prefeitura Municipal de Tubarão RCNEI – Referencial Curricular Nacional Para a Educação Infantil. SME – Secretaria Municipal de Educação RME – Rede Municipal de Educação
  • 9. 8 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 09 2 A CRIANÇA E A ARTE NA ESCOLA ................................................................... 11 3 A EDUCAÇÃO INFANTIL NO MUNICÍPIO DE TUBARÃO .................................. 15 3.1 O ensino de arte como componente curricular...............................................16 4 INVESTIGANDO A PRÁTICA ............................................................................... 18 4.1 Metodologia ...................................................................................................... 18 4.2 Dados ................................................................................................................. 19 5 PROJETO ............................................................................................................. 22 6 CONCIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 22 REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 27 APÊNDICE ............................................................................................................... 28
  • 10. 9 1 INTRODUÇÃO Ao chegar à quinta fase do curso de Artes Visuais na disciplina de estágio, precisava obrigatoriamente construir um projeto de docência para a Educação Infantil. Com isso me deparei com um caminho pouco ou nada trilhado por mim, até aquele exato momento. Pesquisei diversos autores, que escreveram sobre o assunto, li alguns projetos já construídos. Percebi então a importância da arte nessa fase da vida da criança e que esse poderia ser o tema para meu trabalho de conclusão de curso. Aprendi que o ensino da arte é de extrema importância no desenvolvimento intelectual da criança, tornando as crianças mais sensíveis ao mundo que as cercam, por isso é importante integrar a criança aos aspectos lúdicos, expressivos e prazerosos que se apresentam nas atividades artísticas. Essa atitude pode contribuir para o desenvolvimento cognitivo da criança, já que a arte gera conhecimento. Então, por que não se estar trabalhando a arte desde os primeiros anos da criança na escola? Partindo deste pressuposto de que a arte é reconhecida como um componente importante para a formação cognitiva da criança, assim como as demais áreas do conhecimento, a Prefeitura Municipal de Tubarão incluiu, no ano de 2010, essa linguagem como componente curricular na educação infantil. Com a inclusão do ensino da arte na rede municipal, senti a necessidade de conhecer alguns aspectos acerca dessa implantação, junto às instituições e aos profissionais da área, e assim surgiu o problema desta pesquisa: de que forma os professores da rede municipal de Tubarão estão trabalhando o ensino da arte no momento da inclusão desta disciplina como componente curricular? Desta forma o objetivo da pesquisa foi investigar como está acontecendo à implantação da disciplina de arte na educação infantil da Secretaria Municipal de Educação de Tubarão. Para alcançar esse objetivo realizamos uma pesquisa de campo por meio de entrevistas para analisar a forma como estão sendo desenvolvidos os planejamentos das atividades, buscando saber qual a visão dos profissionais sobre essa linguagem como componente curricular e quais capacitações tiveram. A análise dos dados foi feita gerando interpretações de caráter qualitativo contemplando as falas dos sujeitos pesquisados, com informações que não podem ser quantificadas. A fundamentação teórica trouxe autores como Pilloto (2007), Melo (2003), Cunha (2006) entre outros que trazem visões diversas sobre o
  • 11. 10 ensino da arte, mas que juntos buscam o mesmo objetivo de melhorar o ensino de arte; em questão neste estudo, o ensino da arte na Educação Infantil. No segundo capítulo abordo a relação da criança com a arte na escola, partindo das idéias dos autores já citados e incluindo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998), refletindo também sobre o relacionamento do professor e da própria instituição com a criança e com o ensino da arte. A seguir trago um pouco da história da Educação Infantil em Tubarão com base em dados cedidos pela SME. Já no quarto capítulo, investigo a prática de ensino das professoras de arte, por meio do questionário, obtendo e analisando dados que serviram de subsídio para, no capítulo seguinte, sugerir um projeto de curso. Ao final faço algumas considerações, propondo reflexões sobre a qualidade do ensino da arte na educação, em especial na educação infantil da rede municipal de Tubarão. Marcando assim o começo de uma nova história.
  • 12. 11 2 A CRIANÇA E A ARTE NA ESCOLA O ensino da arte passou por diversas mudanças, e ainda se transforma desde que foi implantado. Estudos são realizados no campo educacional, a fim de aprimorar o ensino em arte. Mesmo com todos esses estudos, resta ainda um grande caminho a percorrer, pois, em geral, não há o reconhecimento da arte, como uma disciplina capaz de gerar conhecimento tornando as crianças mais sensíveis ao mundo que as cerca e que contribui para um desenvolvimento cognitivo. Em nosso cotidiano o que percebemos é que muitos dos que estão ligados à escola tem uma visão de que arte é desenhar e pintar. Segundo Pillotto (2007, p.18), “essa história está atrelada a paradigmas conceituais relacionados a contextos políticos, econômicos, social e cultural” e cabe a cada um de nós, professores de arte, buscar alternativas para mudar essa realidade. Contudo, considerando toda a trajetória do ensino da arte no Brasil muito já se conseguiu e hoje o ensino da arte é um componente curricular obrigatório nas diversas etapas da educação básica. “Isso pede do professor uma reflexão maior sobre sua prática pedagógica, que o leve a valorizar os conteúdos, preocupando-se e compreendendo o ensinar e aprender em arte” é o que ressalta Melo (2003, p. 52). Esse é o pensamento que a escola deveria considerar, mas o que muitos pensam é que a arte na Educação Infantil não passa de um momento onde a criança trabalha a coordenação motora com recortes, colagens, rasgar e pintar simplificando assim o ensino da arte. Porém o ensino da arte tem seus objetivos específicos e vai muito além. Efland (1998) apud Melo (2003, p. 49), “relatou que as crianças precisam das artes para capacitá-las a compreender e comunicar-se com os termos de sua sociedade, para que elas possam ter um futuro nessa sociedade”. Melo (2003) ainda completa que, assim, as crianças poderão atuar de maneira crítica e criativa ao desempenharem seu papel social. Muitos professores acomodam-se deixando de valorizar a riqueza da linguagem artística, principalmente nessa fase da vida onde as crianças se expressam pelo desenho e pintura. Ouvimos durante o curso de graduação em Artes Visuais que Picasso, com todo seu conhecimento artístico, disse que passou a vida tentando desenhar como as crianças. Talvez o artista valorizasse um desenho que surgisse da espontaneidade, quando as crianças não têm ainda uma visão
  • 13. 12 estereotipada que começa a surgir, segundo Cunha (2006, p. 9) “por volta dos 7 ou 8 anos, quando vai para a escola que valoriza a linguagem verbal (falada e escrita)” . Nessa situação reduz-se, portanto as formas de se expressarem, limitando-se a desenhar casinhas, céu azul, arvorezinhas com maçãs e assim por diante. Há os professores que ainda incentivam questionando: por que a árvore não está pintada de verde? Cobram ainda os braços as pernas, fazendo com que as crianças se ajustem desde cedo aos estereótipos, deixando assim de formar sua própria (composição) linguagem. Observamos no cotidiano de nossas escolas, que o professor interfere muito na produção das crianças, que vêem nele um portador da verdade, da sabedoria, por isso segundo Cunha (2006, p. 10), “é imprescindível que o adulto rompa seus próprios estereótipos, a fim de que consiga realizar intervenções pedagógicas no sentido de trazer a tona o universo expressivo infantil”. Isso não se restringe somente a produções visuais, mas também a outras linguagens como a cênica, a musical, a oral e a escrita. O professor é um exemplo para a criança nessa fase e é a partir da convivência escolar, além de outros meios sociais que ela vai construindo seu caráter, sua identidade. Pillotto (2007, p. 23), ressalta ainda “que as crianças estão abertas para a vida, sem preconceitos; são receptivas a novas experiências”, mas no nosso cotidiano o que percebemos é que, infelizmente muitos professores acabam desconsiderando algumas características pessoais de cada criança. Porém, temos que aprender a conviver com as diferenças preservando a característica de cada sujeito, isto é, dando-lhes a possibilidade de amadurecimento e desenvolvimento da autonomia nas suas produções assim como nas suas vidas. Há ainda um grande caminho a se percorrer e para Pillotto (2007, p. 24) o primeiro deles “é possibilitar as crianças experiências com linguagens da arte, desenvolvendo, consequentemente, a imaginação, a percepção, a intuição, a emoção e a criação”. Faz-se necessário então buscar atividades que contemplem essas questões, pois as crianças que estão nessa fase, possuem uma grande facilidade de aprendizado por ainda não se encontrarem presas aos estereótipos, partem para uma produção expressiva, de sua própria autoria, vinculada ao lúdico, as brincadeiras, relacionando com a fantasia, com o faz de conta que faz parte de sua vida.
  • 14. 13 Temos que estar preparados para propor situações que busquem o interesse das crianças “propondo ações que permitam o inesperado, a surpresa, o movimento, as interações socioculturais”, é o que diz Pillotto (2007, p. 25), convergindo para o que propõe o RCNEI (1998, p. 13), quando diz que toda criança deve ter “acesso aos bens socioculturais disponíveis, ampliando o desenvolvimento das capacidades relativas à expressão, à comunicação, à interação social, ao pensamento, à ética e à estética”. Por isso temos que estar bem cientes do nosso papel na educação infantil, para errarmos o mínimo possível, sabendo que cabe as instituições escolares garantirem que as crianças tenham experiências prazerosas, pois segundo RCNEI (1998, p. 22), “o conhecimento não se constitui em cópia da realidade, mas sim, fruto de um intenso trabalho de criação, significação e ressignificação”. Sendo assim, devemos considerar que o papel das instituições e dos profissionais é conhecerem, e compreenderem cada criança em particular. De acordo com Melo (2003, p. 48), “enquanto forma de vivência do lúdico e de exercício da criatividade, o ensino da arte respeita a criança na criação e recriação de conceito e vivências, na afirmação e construção da individualidade e na interação dos sujeitos envolvidos no contexto social”. Diante disto, os professores devem estar a par do currículo para poderem propor situações que tenham sentido e despertem o interesse dos educandos da educação infantil. Nesse sentido Ferreira (apud Pillotto, 2007, p. 25), afirma que, observar o mundo com uma atitude requer olhar para além do que é estritamente liberal ou utilitário. No trabalho com artes, as crianças aprendem um modo diferente de ver a vida, que as leva a superar os limites impiedosos do prosaico e da praticabilidade e a apreciar as qualidades estéticas presentes nos objetos. Nesse cenário, cabe a nós, profissionais, pensarmos e repensarmos o que é relevante e quais caminhos devemos percorrer, pois “ao optarmos pelo caminho centrado na expressão do ser humano, ampliamos a visão de arte educação para além das técnicas, através de atividades compartimentadas”, é o que ressalta Conegundes e Souza (apud Pillotto, 2007, p. 25). As crianças têm como sua principal atividade, a brincadeira e é através dela, que se aproximam de conteúdos pertinentes a arte, assim como os das demais linguagens como a oral e escrita. As atividades lúdicas são indispensáveis à criança para a apreensão dos conhecimentos artísticos e estéticos, pois possibilitam o exercício e o desenvolvimento da percepção, da imaginação, das fantasias e de
  • 15. 14 sentimentos. O brincar nas aulas de arte pode ser uma maneira prazerosa de a criança experienciar novas situações e ajudá-la a compreender e assimilar mais facilmente o mundo cultural e estético. Ferraz (1993) apud Melo (2003, p. 60) Mediar essas brincadeiras na educação infantil oportuniza o aprendizado, ao contrário de deixar a criança entregue às brincadeiras não planejadas. Segundo o RCNEI (1998, p. 27): Para que as crianças possam exercer sua capacidade de criar é imprescindível que haja riqueza e diversidade nas experiências que lhes são oferecidas nas instituições, sejam elas mais voltadas às brincadeiras ou às aprendizagens que ocorrem por meio de uma intervenção direta. Diante disto, vemos a importância que o ensino da arte tem na formação da criança da Educação Infantil e com essa conscientização trago no próximo capítulo, informações sobre a disciplina de arte na Rede Municipal de Ensino de Tubarão no momento de sua implantação.
  • 16. 15 3 A EDUCAÇÃO INFANTIL NO MUNICÍPIO DE TUBARÃO A educação vem passando por diversas mudanças, o que não é diferente no Município de Tubarão, principalmente na Educação Infantil que segundo a Proposta Curricular de Tubarão (2008), surgiu no ano de 1955, com a iniciativa do padre da paróquia, Raimundo Gizoni que fundou uma instituição sem fins lucrativos, conhecida como a ACIT, hoje intitulada de APROET. Porém suas atividades com crianças só iniciaram em 1956 com a criação dos Centros Catequéticos. Em 1958 surge o Centro de Educação Infantil Santo Afonso destinado a crianças pequenas. Já em 1959, 1961 e 1963 são criados mais três centros de Educação Infantil mantidos até hoje pela entidade: Centro de Educação Infantil Pio XII, Centro de Educação Infantil Santa Tereza e Centro de Educação Infantil São Judas Tadeu. Surge então em 1964 a instituição Lar da Menina, mantida pela Congregação Irmã Sacramentina de Bergman atendendo crianças carentes. Já em 1976, surgem então os Jardins de Infância, CEBEM com atendimento integral e parcial, tendo como instituição mantenedora a FUCABEM. Os CEBEM foram fundados em diversos bairros da cidade de Tubarão, contando com uma coordenadora e estagiária que atendiam as turmas. Como esse atendimento era assistencialista, surge então nesse momento a preocupação com a educação das crianças segundo a Proposta Curricular do Município (2008). Somente em 1979 é que foi realizado um convênio com a Prefeitura passando a administração dos Jardins de Infância para a FUNDESCO. Em 1982, são criadas as Creches Domiciliares para atender as crianças de 0 a 3 anos suprindo a necessidade da mãe trabalhadora. As creches tinham como responsável a proprietária da casa, chamada de “mãe crechera”. Essa tinha a casa reestruturada para poder atender as crianças tendo uma equipe multidisciplinar para auxílio. As creches passaram a ser mantidas pela Prefeitura que ainda na época eram chamadas de Jardim de Infância, mais tarde de Escola Infantil e hoje recebe o nome de Centros de Educação Infantil. Na época da publicação da Proposta Curricular em 2008, a Rede Municipal de Ensino de Tubarão dispunha de 24 Centros de Educação Infantil e 18 escolas de Ensino Fundamental para atender as crianças de 0 a 6 anos e cerca de 250
  • 17. 16 educadores e de 90 estagiários trabalhando diretamente com essas crianças. Atualmente conta com 25 Centros de Educação Infantil e 20 Escola de Ensino Fundamental. 3.1 O ensino de arte como componente curricular O ensino da arte na Educação Infantil da Rede Municipal de Educação de Tubarão surgiu de uma conversa entre a coordenação do Ensino de Ed. Infantil com a coordenação de Artes no ano de 2009. Ambas as coordenações entenderam que a arte, como disciplina, era algo importante para as crianças nessa fase. A partir dessa conversa foram em busca de leis, documentos e propostas para essa nova realidade. Partiram então, a princípio, para a alteração da lei, tentando assim incluir a arte como disciplina no município, porém isso é algo que ainda não foi aprovado. Do mesmo modo, continuaram com a idéia e iniciou-se no ano de 2010 a arte como disciplina somente na Pré-escola. Embora haja muitos profissionais na área da educação, poucos são os com habilitação em arte; ainda há uma grande dificuldade de se encontrar profissionais formados nessa área. Essa é a realidade não só da cidade de Tubarão, mas de outras cidades. Diante desse quadro, de falta de profissionais, a alternativa foi trabalhar a arte, com as crianças de 0 à 4 anos, como forma de linguagem e não como disciplina, destinando para esse trabalho, uma hora aula relógio por semana, realizado por pedagogos. Ao iniciar o ano de 2010, a coordenação de Educação Infantil juntamente com a de Artes promoveram um encontro com todas as professoras que elaboraram um planejamento e decidiram que esses encontros seriam trimestrais. Elencaram também eixos temáticos que iriam trabalhar durante o ano. No decorrer destas reuniões, as conversas informais revelam que muitos professores consideram que o ensino de arte nessa faixa etária, é o mesmo independente do fato de ser ministrado por pedagogos ou por professores de arte, pois se trabalha muito desenho, pintura e outras técnicas. Foi uma opção da Secretaria Municipal de Educação contratar professores graduados em arte para atuar no pré-escolar tendo então uma aula por
  • 18. 17 semana. A proposta para o ensino da arte na Educação Infantil está sendo elaborada, não constituindo ainda um documento oficial, sendo que os dados que apresentei neste capítulo foram todos cedidos por uma das coordenadoras da Educação Infantil. Diante desta realidade optamos por investigar somente a prática do ensino da arte no Pré-escolar que conta hoje com uma aula semanal de artes.
  • 19. 18 4 INVESTIGANDO A PRÁTICA 4.1 Metodologia Segundo Minayo (2000, p.17), “entende-se por pesquisa a atividade básica da Ciência na sua indagação e construção da realidade. É a pesquisa que alimenta a atividade de ensino e a atualiza frente à realidade do mundo.” Então pesquisar significa busca soluções para problemas - comuns ou não. É ter vontade de aprender de conhecer e, partindo de problemas, ir em busca de respostas às indagações, para contribuir então, com a transformação da sociedade, do mundo em que vivemos. Partindo desse conceito e tendo como tema a Implantação da arte na educação infantil na rede municipal de Tubarão: O começo de uma história, perguntamos na pesquisa sobre de que forma os professores da rede municipal de Tubarão estão trabalhando o ensino da arte no momento da inclusão da disciplina como componente curricular na educação infantil? Tive então por objetivo, investigar, como está sendo a implantação da disciplina de arte como componente curricular na educação infantil da Rede municipal de Tubarão. Este estudo está dentro da linha de pesquisa: Educação e Arte, do Curso de Artes Visuais da UNESC. Opto por uma pesquisa de caráter qualitativo onde os dados obtidos provocaram interpretações que não podem ser quantificados, delineando assim a abordagem qualitativa. Segundo Minayo (2000, p. 21-22), “a pesquisa qualitativa responde a questões muito particulares. Ela se preocupa, nas ciências sociais, com um nível de realidade que não pode ser quantificado”. O objeto de pesquisa foi a prática do ensino da Arte na RME, na etapa da educação infantil, com o objetivo de perceber a importância atribuída à educação em arte no momento de sua implantação. Mais precisamente, busquei compreender como está sendo o desenvolvimento dos conteúdos em sala de aula e analisar se a Secretaria de Educação do Município está dando apoio aos professores. Para contemplar meus objetivos, parti inicialmente para uma pesquisa bibliográfica, que segundo (CERVO; BERVIAN; DA SILVA, 2007, p. 60) “procura explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em artigos, livros, dissertações e teses”. Tem caráter exploratório, pois buscou o maior número possível de informações por meio da coleta de dados através de questionários e
  • 20. 19 entrevistas, na pesquisa de campo. O primeiro passo foi ir a SME pedir a autorização da Secretaria Rosemeire Cunha Galvani para poder realizar a pesquisa junto aos professores e coordenadores da rede. Em seguida conversei com as coordenadoras da Educação Infantil Lucimara Pontes e Mª Aparecida Fernandes onde consegui dados referentes ao ensino da arte na Rede Municipal. Após essas conversas fui às escolas entregar os questionários, para sete professoras: três graduadas e quatro em formação em Artes Visuais Licenciatura. 4.2 Os Dados Foram entregues sete questionários a professoras que lecionam a disciplina de artes no pré-escolar do município de Tubarão, tendo o retorno de somente cinco questionários, que identificaremos com os números 1, 2, 3, 4 e 5. O questionário continha sete perguntas abertas que buscavam colher dados referentes à implantação do ensino da arte no pré-escolar da RME. A primeira questão tratou das dificuldades encontradas pelas professoras ao trabalhar arte com o pré-escolar. Duas professoras (1 e 2) responderam que a maior dificuldade é a hiperatividade e a falta de concentração das crianças. Outras duas (3 e 4) apontaram para a dificuldade de materiais. A professora 5 afirmou ‘ a falta de preparação especifica para trabalhar a disciplina’, concordando com a professora 3 que indicou como dificuldade, a falta de conhecimento. Destacamos nessa questão a fala da professora quatro que apontou como maior dificuldade ‘a falta de aceitação por parte de outros professores’. Sobre isso, Melo (2003, p. 60) nos diz que, mesmo apontando as características e conhecimentos que o professor deve ter para atuar como mediador do processo ensino aprendizagem da arte na Educação Infantil, não desconhecemos os obstáculos que se interpõem para a conscientização dessa prática. Ultrapassar tais obstáculos depende de um efetivo investimento na formação e na capacitação continua do professor. Na segunda questão perguntamos se as professoras sentem necessidade de aperfeiçoamento. Todas as professoras afirmaram sentir essa
  • 21. 20 necessidade alegando que a formação continuada faz falta na vivencia da sala de aula (professora 3). Segundo Iavelberg (apud Melo 2003, p. 61), a necessidade de investimento na formação de professores de arte é uma decorrência dos novos contextos educativos. O trabalho de capacitação não é simples, mas não podemos deixá-lo de desenvolvê-lo, pois precisamos de práticas educativas que garantam a criança o direito ao fazer artístico e de conhecer arte. A seguir perguntamos sobre as orientações dadas pela coordenação da RME para trabalhar arte na Educação Infantil. Três professoras (1, 2 e 5) afirmam que as orientações são satisfatórias pois possibilitam trocas de idéias e sugestões dando ‘ o direcionamento necessário para a realização das atividades’ ( professora 5). Uma professora diz que essas orientações são mais que satisfatórias e completa: ‘os planejamentos, as atividades dadas como sugestão estão nos ajudando muito’ (professora 4). Apenas uma professora não está satisfeita com as orientações justificando que ‘em sala de aula a realidade é muito diferente’ (professora 3). Nessa direção o RCNEI (1998, p. 41) diz que a “implantação de uma proposta curricular de qualidade depende, principalmente dos professores que trabalham nas instituições. Por meio de suas ações, que devem ser planejadas e compartilhadas com seus pares e outros profissionais da instituição”, e ainda ressalta que “é preciso ter professores que estejam comprometidos com a prática educacional, capazes de responder às demandas” (RCNEI, 1998, p. 41). Na quarta questão colocamos: Quais linguagens da arte você trabalha em sala com seus alunos? Duas professoras (2 e 4) afirmaram trabalhar apenas a linguagem visual por meio da pintura escultura e elementos da linguagem visual como cor, linha e texturas. Outras duas professoras responderam: ‘teatro, dança, música, pintura entre outras’ (5) e linguagens ‘visuais, corporais e plásticas’ (3). Uma das respostas não consideramos para esta análise, por haver erro na interpretação da pergunta. Pillotto e Schramm (2001, p. 15), ao refletir sobre o ensino da arte, citam as várias linguagens da arte e ressaltam que o conhecimento é mediado não somente pela professora mas também pela interação entre colegas, com “o livro, a imagem, a música, a dança, o teatro, o cinema, as mídias”. Em seguida perguntamos sobre os materiais que utilizam em suas aulas. Uma professora (3) afirma que não possui na escola materiais diversificados. Outras duas professoras também fazem essa afirmação, mas, se diferenciam quando dizem ‘ não tanto’ (1) e ‘não muito’ (4). Elas mesmas citam massa de modelar, tinta, giz de cera, folha e lápis. Duas professoras (2 e 5) dizem que usam
  • 22. 21 materiais diversificados como: sucatas, papéis diversos, tinta, cola, massa de modelar, revistas e lápis de cor. Na questão seguinte perguntamos se elas têm em seu domínio alguma lista de conteúdos referente ao ensino da arte. Duas professoras (1 e 2) colocaram que seguem a Proposta Curricular do Município, ressaltando ainda (a professora 2), que utiliza também livros e CD’s de arte e que ‘as vezes, se necessário acrescentamos idéias para enriquecê-las’(professora 1). Outra professora (4) afirma que pessoalmente segue o planejamento feito bimestralmente na SME. A professora 5 nega ter alguma lista em seu domínio e já a professora 3 diz seguir a seguinte listagem ‘desenho , pintura, recorte, colagem, dança e teatro’. Por fim a última questão pedia para relatar qual foi o trabalho realizado junto às crianças, em sala de aula, que lhe trouxe mais satisfação. Duas professoras referiram-se à expressão corporal, sendo que a professora (5) descreveu uma atividade com a dança, justificando que nesse momento seus alunos se expressavam livremente. A professora 3 se referiu ao teatro, pois, para ela foi marcante ‘ a expressão do corpo, da fala, crianças se entregando de corpo e alma a um objetivo’, convergindo para o que diz o RCNEI (1998, p. 46) quando diz que “o domínio progressivo das diferentes linguagens que favorecem a expressão e comunicação de sentimentos, emoções e idéias das crianças, propiciam a interação com os outros e facilitam a mediação com a cultura e os conhecimentos constituídos”. A professora 4 fala da satisfação dela quando vê que seus alunos compreenderam o que ela ensinou e quando se divertem. Outras duas (1 e 2) citam o trabalho com tintas, reciclagens e colagem, ressaltando a professora 1 que as produções das crianças são surpreendentes. Isso vai ao encontro, novamente, ao que orienta o RCNEI (1998, p. 29 e 30): a organização de situações de aprendizagens orientadas ou que dependem de uma intervenção direta do professor permite que as crianças trabalhem com diversos conhecimentos. Estas aprendizagens devem estar baseadas não apenas nas propostas dos professores, mas, essencialmente, na escuta das crianças e na compreensão do papel que desempenham a experimentação e o erro na construção do conhecimento. Especificamente nessa questão, podemos observar a disposição das professoras de arte do município de Tubarão, para desenvolver um processo de ensino e aprendizagem a partir das necessidades das crianças. No entanto, diante
  • 23. 22 da análise dos dados coletados em toda a pesquisa, percebo que ainda temos, como educadores em arte, um grande caminho a percorrer em busca de aprimoramentos que nos levem a melhores condições no desenvolvimento do ensino de Arte na Educação Infantil. Nesse sentido, apresento uma proposta para a realização de um curso de formação continuada para as professoras de arte do município de Tubarão.
  • 24. 23 6 PROJETO Introdução/ Justificativa O ensino da arte na Educação Infantil é algo muito recente, principalmente na Rede Municipal de Educação de Tubarão. Após pesquisar sobre a implantação da arte no Pré-escolar do Município, senti a necessidade de propor um curso direcionado as professores de arte da rede, pois segundo a pesquisa, a maioria das professoras sente a necessidade de um curso de aperfeiçoamento ou formação continuada. Por esse motivo vê-se como um ponto relevante a organização de um curso, onde as professoras possam ter a oportunidade de aliar a teoria com a prática a fim de refletir sobre as possibilidades de aprimorar o ensino em arte. Salienta-se a importância da proposição de novos cursos para professores, pois, há uma grande dificuldade de encontrar cursos direcionados a área de arte, além da graduação oferecida em nossa região. Destaca–se ainda, que a disciplina é composta de objetivos que vão além do que muitos pensam e que esses devem ser alcançados por meio de metodologias específicas, conteúdos e avaliação própria. Objetivo Geral Proporcionar aos professores de arte um curso de capacitação, onde teoria e prática possam provocar uma reflexão sobre as possibilidades de oportunizar um melhor aprendizado aos educandos, especificamente da educação infantil por meio da prática do educador. Objetivos Específicos · Conhecer conceitos referentes ao ensino da arte; · Trocar experiências com outros professores de arte; · Experimentar novas técnicas; · Aperfeiçoar técnicas já conhecidas.
  • 25. 24 Proposta de Carga Horária O curso poderá ter a carga horária de 20 h. Sendo que 4h de teoria e 16h de prática, tendo como público alvo os professores de arte da Rede Municipal de Tubarão. Ementa: Arte Educação. Linguagens artísticas. Metodologias do ensino da arte. Desenvolvimento: No primeiro dia de curso os profissionais terão 4hs de teoria onde serão abordados temas sobre a Arte educação e Linguagens Artísticas, trazendo conceitos e questões relevantes acerca desses conteúdos, assim como autores e seus estudos a fim de contribuir para um melhor entendimento do ensino da arte e suas linguagens. Nas outras 16hs, o curso trará uma abordagem prática onde os profissionais terão a oportunidade de trocar as experiências práticas de sala de aulas, assim como conhecer novas técnicas podendo adaptá-las a sua realidade escolar. Poderão também conhecer maneiras de trabalhar diferencialmente com materiais específicos, que possam contribuir de forma positiva em sala. Referências CUNHA, Susana Rangel V.(Org.) Cor, som e movimento: a expressão plástica, musical e dramática no cotidiano da criança. 6ª edição Porto Alegre: Mediação 2006. 132 p. PILLOTTO,Silvia Duarte Sell. Linguagens da Arte na infância. Joinville: Ed. Univille, 2007.
  • 26. 25 7 CONSIDERAÇOES FINAIS Ao fazer a pesquisa bibliográfica constatou-se a grande importância que a arte tem no papel do desenvolvimento da criança nos primeiros anos de sua existência, assim como a importância de um profissional qualificado para mediar a disciplina de arte na escola. Para tanto, faz-se necessário que os mesmos se coloquem em busca de aprimoramento, para desenvolver com eficácia este trabalho. Através da história inicial da implantação da Educação Infantil no município de Tubarão, observou-se que houve um grande desenvolvimento e uma grande preocupação em transformar um atendimento que era assistencialista para as crianças, em uma educação voltada para a cognição. Diante desse novo contexto a preocupação da coordenação com o desenvolvimento da criança como um todo, foi buscar novos caminhos para programar e transformar esse atendimento em algo inovador. Assim a implantação do ensino da arte na Educação Infantil, foi uma forma de contribuir para essa inovação, além de cumprir com determinações estabelecidas pela legislação educacional. No entanto, antes desses fatores relevamos que a arte é para a criança uma forma de expressão do prazer, da realidade, da criatividade, dos sentimentos e tem a capacidade de contribuir para que se tornem muito mais sensíveis ao mundo que as cerca. Pôde-se então perceber, por meio deste estudo que a arte na Educação Infantil da RME apresenta-se em fase de construção, e a insegurança dos educadores frente a essa nova realidade é compreensível, pois tudo que é novo assusta e ao mesmo tempo desafia, instigando a ir em busca de aprimoramentos. Diante das dificuldades surge a necessidade de participar de cursos, onde possam existir trocas de experiências contribuindo assim para maior segurança do educador no desenvolvimento de seus trabalhos. É importante citar que a criança desde a mais tenra idade se desenvolve de acordo com o meio onde está inserida. A criança reproduz os comportamentos e ensinamentos do seu meio social através de desenhos, de brincadeiras, de imitações, etc, por isso a importância de ter um modelo de educação que possa proporcionar um aprendizado voltado também para o ensino em arte, onde se possa partir da vivência da criança proporcionando assim um aprendizado prazeroso. Assim, a qualificação do professor torna-se indispensável para que esse
  • 27. 26 desenvolvimento aconteça da melhor forma possível, garantindo a qualidade na educação. Acreditamos que com profissionais capacitados e comprometidos, os que mais ganham são os educandos, mas todos serão contemplados, tendo prazer em aprender, discutindo novas idéias, novos conhecimentos e novas maneiras de fazer o aprendizado acontecer, de forma mútua entre educadores e educandos.
  • 28. 27 REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998. CERVO, Amado Luiz. BERVIAN, Pedro Alcino. DA SILVA, Roberto. Metodologia Cientifica. 6. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. CUNHA, Susana Rangel V.(Org.) Cor, som e movimento: a expressão plástica, musical e dramática no cotidiano da criança. 6ª edição Porto Alegre: Mediação 2006. 132 p. MELO, Christianne P. O. O papel mediador do professor no processo de ensino-aprendizagem da arte na educação infantil. In: PILLOTTO, Sílvia Sell Duarte; SCHRAMM, Marilene de Lima Körting. Reflexões sobre o ensino das artes. Joinville: Ed. Grafville Impressos, 2003 MINAYO, Maria Cecília de Souza. DESLANDES, Suely Ferreira. NETO, Otavio Cruz. GOMES, Romeo. Pesquisa Social: Teoria, método e criatividade.16. ed. Petrópolis RJ, 2000. PILLOTTO,Silvia Duarte Sell. Linguagens da Arte na infância. Joinville: Ed. Univille, 2007. PILLOTTO, Sílvia Sell Duarte; SCHRAMM, Marilene de Lima Körting. Reflexões sobre o ensino das artes. Joinville: Univille, 2001.
  • 30. 29 UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE – UNESC UNIDADE ACADÊMICA HUMANIDADES, CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO CURSO DE ARTES VISUAIS - LICENCIATURA Este questionário é parte integrante do Trabalho de Conclusão de Curso da aluna Janaina Martins de Souza, acadêmica da 7ª fase do Curso de Artes Visuais – Licenciatura, pela Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC. A pesquisa constará do trabalho intitulado: “IMPLANTAÇÃO DO ENSINO DA ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL DA REDE MUNICIPAL DE TUBARÃO: O COMEÇO DE UMA HISTÓRIA”, tendo como orientadora a professora Édina Regina Baumer. Com base em seu trabalho como professor (a) de artes, responda: 1. Você trabalha a disciplina de arte no Pré escolar no município de Tubarão. Quais as maiores dificuldades que você encontrou até este momento? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 2. Você sente a necessidade de participar de cursos de aperfeiçoamento ou formação continuada? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 3. As orientações dadas pela coordenação para trabalhar arte na educação infantil estão sendo satisfatórias? Justifique. ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 4. Quais linguagens da arte você trabalha em sala com seus alunos?
  • 31. 30 _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 5. Você possui na escola materiais diversificados? Quais materiais você mais usa em sala? _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 6. Existe em seu domínio alguma lista de conteúdos referente ao ensino da arte, que você segue? Comente. ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 7. De todos os trabalhos que você realizou junto às crianças até o presente momento, qual o que lhe deu mais satisfação? Comente. ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ Obrigada por colaborar com a realização desta pesquisa! Solicito ainda que você conclua sua participação assinando no espaço reservado abaixo, para que as informações por você fornecidas possam ser utilizadas no desenrolar deste trabalho. Nome:__________________________________________________________ Assinatura:______________________________________________________