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Gênero,
Sexualidade e
Educação.
(Guacira Lopes
Louro) (p. 79-92).
Quer tal
revisarmos um
pouco o que
estudamos até
agora?
A escolarização dos
corpos e da mente
“O prédio escolar informa a
todos/as a sua razão de
existir. Suas marcas, seus
símbolos e arranjos
arquitetônicos “fazem
sentido”, instituem múltiplos
sentidos, constituem distintos
sujeitos” (p. 79)
“Os sentidos
precisam estar
afiados para que
sejamos capazes de
ver, ouvir, sentir as
múltiplas formas de
constituição dos
“Nem o
tempo, nem o
espaço
escolar não
são
Escola, lugar de ganhar
(ou perder) tempo:
Lazer, laser, neg(ócio),
aprendizagem,
namorados/as,
mudanças,
(in)exclusões, eles/elas,
vidas que se
“Gestos, movimentos, sentidos
são produzidos no espaço
escolar e incorporados por
meninos e meninas. Tornam-
se, portanto, parte de seus
corpos. Ali se aprende a olhar
e a se olhar; a ouvir e a se
ouvir; a falar e a se calar; se
aprende a preferir. Todos os
sentidos são treinados,
Disponível em: >http://www.google.com.br/search?hl=pt-B
.<. Data da consulta: 23/07/2013.
É tão lindo (A Turma do Balão
Mágico).
Se tem bigodes de foca
Nariz de tamanduá
Parece meio estranho, hein?
Também um bico de pato
E um jeitão de sabiá
Mas se é amigo
Não precisa mudar
E é tão lindo
Deixa assim como está
E eu adoro, adoro
Difícil é a gente explicar
Que é tão lindo!
Se tem bigodes de foca
Nariz de tamanduá
E orelhas de camelo, né tio!
Mas se é amigo de fato
A gente deixa como ele está
É tão lindo, não precisa mudar
É tão lindo é tão bom de se
gostar
E eu adoro
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Bom mesmo é a gente
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Um bom amigo
São os sonhos verdadeiros
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Somos grandes companheiros
Os três mosqueteiros
Como eu vi no filme
É tão lindo, não precisa mudar
É tão lindo deixa assim como
está
E eu adoro e agora
Eu quero poder lhe falar
Dessa amizade que nasceu
Você e eu
Nós e você
Vocês e eu
E é tão lindo
- Tio
- Hein?
- É legal ter um amigo, né?
- É maravilhoso
Mesmo que ele tenha
Bigodes de foca e até um nariz
de tamanduá
- E orelhas de camelo tio,
lembra?
- Orelhas de camelo?
- É tio
- É mesmo, orelhas de camelo!
Mas é um amigo, né?
- É
- Então não se deve mudar.
quase imperceptível” (p.
82)”.
“Olhar atento às
práticas cotidianas nas
quais os sujeitos são
construídos. (...)
Desconfie do que é
tomado como natural”
Gênero e sexualidade
1.A partir da compreensão
sobre as diferenças
corporais e sexuais,
culturalmente se cria na
sociedade, ideias e valores
sobre o que é ser homem ou
mulher. Esta diferenciação se
denomina representações de
gênero. 
gênero e sexualidade na
escola
1. Escola - Extensão da
sociedade, uma instituição
“formadora” de opiniões.
2. Reflexão sobre as
diferenças na escola,
especialmente no que se
Gênero
1.“[...]uma operação de classificação cultural[...]”
(ALBEERNAZ e LONGHI, 2009, p.83), significa reafirmar
que através da cultura usamos o gênero para pensar o
que é ser homem e o que é ser mulher, sendo que a
educação desempenha importante papel nesse sentido.
2.Gramaticalmente, designa o meio de classificar
fenômenos, fazer diferenças entre masculino e
feminino.
3.Em uma perspectiva acadêmica, o termo abrange a
importância dos grupos humanos e os simbolismos de
cada época.
4.A formação histórica do conceito está diretamente
relacionada à adoção do termo pelas feministas
americanas que almejavam uma forma de qualificar as
diferenças presentes no sexo, antes trabalhadas nas
academias como “questões de mulher” ou “estudos
sobre mulher” e passam a usar a expressão no seu
sentido literal “[...]como uma maneira de referir-se à
6. São relações construídas a
partir de inúmeros fatores, entre
eles, a educação no que tange a
separação de meninos e meninas
em mundos distintos. É a partir de
uma perspectiva diferenciada que
o masculino se sobrepõe ao
feminino e gradativamente vai
transformando meninos em
sujeitos dominadores ou em
“machos”.
7. Segundo Louro (1997) e Braga
Identidade de gênero
 O  psicólogo  John  Money  (1921-2006)  nos 
diz que esta vai além do sexo como marca 
genital  englobando  o  ser  masculino  e 
feminino. Para ele a criança aprenderia a ser 
menino ou menina como aprendia a falar. A 
natureza  faria  apenas  a  criação  e  a 
sociedade estabeleceria as normas, ou seja, 
ele  inverte  o  sinal  sexual,  e  estampa  no 
corpo de meninos a noção de que “não se 
nasce homem” (TORRES, 2010).
Identidade sexual
Neste  contexto,  a  formação  da  identidade 
pessoal  serve  como  base  para  a  formação  de 
uma  identidade sexual (GUIMARÃES,  1995), 
visto  que  esta  se  fundamenta  na  percepção 
individual sobre o próprio sexo, evidenciado no 
papel de gênero assumido nas relações sexuais 
como pontua Heilborn (2004, p. 43) “[...] essa 
identidade opera motivada por uma orientação 
erótica espontânea [...] ”. Já os papéis sexuais 
vêm a ser as formas de agir, pensar, padrões de 
comportamento  criados  e  regulados  pela 
sociedade e suas instituições.
Observamos então que, a identidade
de gênero compreende os papéis
sexuais, bem como tende a defini-los
de acordo com o modelo social. Para
Louro (1999), é “através do
aprendizado de papéis” que “[...]
cada um/ a deveria conhecer o que é
considerado adequado (inadequado)
para um homem ou para uma mulher
[...]”, o que não levaria em conta as
diferentes formas de masculinidade e
de feminilidade e as “complexas
redes de poder” que constituem
Os estereótipos sociais na constituiçãos das
identidades de gênero
Na identidade de gênero são estabelecidos pela
sociedade diferentes valores, padrões de
comportamento, características ditas como “naturais”
ao sexo feminino. Esses estereótipos são histórico e
culturalmente formados e modificados. Tudo que foge
a essas características consideradas “ideais” sofre um
processo, às vezes oculto, de discriminação.
Os estereótipos são crenças socialmente
compartilhadas a respeito dos membros de uma
categoria social, que se referem às suposições sobre a
homogeneidade grupal e aos padrões comuns de
comportamento dos indivíduos que pertencem a um
mesmo grupo social.
Então, expressões como “é típico
de mulher esse sentimento”, “isto
é para homem”, revelam o mais
genuíno sexismo expresso na
mais cabal forma estereotipada.
 Existem também estereótipos que
são reforçados pelo senso
comum, constituídos sobre
imagens rotuladas, símbolos
pejorativos, na maioria das vezes
explicitando situações de
violência e de desprezo, de forma
Sexualidade
 O  conjunto  de  processos  sociais  que  produzem  e  organizam  a 
expressão do desejo e o gozo dos prazeres corporais, orientados a 
sujeitos do sexo oposto, do mesmo sexo, de ambos os sexos, ou a si 
mesmo (a). Este vem a ser também um conceito cultural que diz 
respeito  à  forma  como  cada  ser  vivencia  e  significa  o  sexo,  indo 
além  do  determinismo  naturalista  como  defende  Foucault  (1997, 
p.100).
[...]  não  se  deve  conceber  [a  sexualidade]  como  uma  espécie  de 
dado da natureza que o poder é tentado a pôr em xeque, ou como 
um domínio obscuro que o saber tentaria, pouco a pouco, desvelar. 
A sexualidade é o nome que se pode dar a um dispositivo histórico: 
não a uma realidade subterrânea que se apreende com dificuldade, 
mas à grande rede da superfície em que a estimulação dos corpos, 
a intensificação dos prazeres, a incitação ao discurso, a formação 
do  conhecimento,  o  reforço  dos  controles  e  das  resistências, 
encadeiam-se uns aos outros, segundo algumas grandes estratégias 
de saber e de poder.
A sexualidade é considerada, neste
contexto, como um “fato social” no
sentido de condutas, como origem da
identidade além de ser um campo a
ser explorado cientificamente. É
deste ponto de vista, em que as
relações de gênero têm
fundamentação em categorizações
impregnadas na ordem social, que se
permite relacionar não só a posição
das mulheres, de maneira
subordinada, mas também a relação
entre sexualidade e poder.
Disponível em: >monografias.brasilescola.com/pedagogia/relacoes-ge
<. Data da consulta: 23/07/2013.

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Gênero, sexualidade e educação

  • 2. Quer tal revisarmos um pouco o que estudamos até agora?
  • 3. A escolarização dos corpos e da mente “O prédio escolar informa a todos/as a sua razão de existir. Suas marcas, seus símbolos e arranjos arquitetônicos “fazem sentido”, instituem múltiplos sentidos, constituem distintos sujeitos” (p. 79)
  • 4.
  • 5. “Os sentidos precisam estar afiados para que sejamos capazes de ver, ouvir, sentir as múltiplas formas de constituição dos
  • 6. “Nem o tempo, nem o espaço escolar não são
  • 7. Escola, lugar de ganhar (ou perder) tempo: Lazer, laser, neg(ócio), aprendizagem, namorados/as, mudanças, (in)exclusões, eles/elas, vidas que se
  • 8. “Gestos, movimentos, sentidos são produzidos no espaço escolar e incorporados por meninos e meninas. Tornam- se, portanto, parte de seus corpos. Ali se aprende a olhar e a se olhar; a ouvir e a se ouvir; a falar e a se calar; se aprende a preferir. Todos os sentidos são treinados,
  • 9.
  • 11.
  • 12.
  • 13. É tão lindo (A Turma do Balão Mágico). Se tem bigodes de foca Nariz de tamanduá Parece meio estranho, hein? Também um bico de pato E um jeitão de sabiá Mas se é amigo Não precisa mudar E é tão lindo Deixa assim como está E eu adoro, adoro Difícil é a gente explicar Que é tão lindo! Se tem bigodes de foca Nariz de tamanduá E orelhas de camelo, né tio! Mas se é amigo de fato A gente deixa como ele está É tão lindo, não precisa mudar É tão lindo é tão bom de se gostar E eu adoro É claro Bom mesmo é a gente encontrar Um bom amigo São os sonhos verdadeiros Quando existe amor Somos grandes companheiros Os três mosqueteiros Como eu vi no filme É tão lindo, não precisa mudar É tão lindo deixa assim como está E eu adoro e agora Eu quero poder lhe falar Dessa amizade que nasceu Você e eu Nós e você Vocês e eu E é tão lindo - Tio - Hein? - É legal ter um amigo, né? - É maravilhoso Mesmo que ele tenha Bigodes de foca e até um nariz de tamanduá - E orelhas de camelo tio, lembra? - Orelhas de camelo? - É tio - É mesmo, orelhas de camelo! Mas é um amigo, né? - É - Então não se deve mudar.
  • 14. quase imperceptível” (p. 82)”. “Olhar atento às práticas cotidianas nas quais os sujeitos são construídos. (...) Desconfie do que é tomado como natural”
  • 15. Gênero e sexualidade 1.A partir da compreensão sobre as diferenças corporais e sexuais, culturalmente se cria na sociedade, ideias e valores sobre o que é ser homem ou mulher. Esta diferenciação se denomina representações de gênero. 
  • 16. gênero e sexualidade na escola 1. Escola - Extensão da sociedade, uma instituição “formadora” de opiniões. 2. Reflexão sobre as diferenças na escola, especialmente no que se
  • 17. Gênero 1.“[...]uma operação de classificação cultural[...]” (ALBEERNAZ e LONGHI, 2009, p.83), significa reafirmar que através da cultura usamos o gênero para pensar o que é ser homem e o que é ser mulher, sendo que a educação desempenha importante papel nesse sentido. 2.Gramaticalmente, designa o meio de classificar fenômenos, fazer diferenças entre masculino e feminino. 3.Em uma perspectiva acadêmica, o termo abrange a importância dos grupos humanos e os simbolismos de cada época. 4.A formação histórica do conceito está diretamente relacionada à adoção do termo pelas feministas americanas que almejavam uma forma de qualificar as diferenças presentes no sexo, antes trabalhadas nas academias como “questões de mulher” ou “estudos sobre mulher” e passam a usar a expressão no seu sentido literal “[...]como uma maneira de referir-se à
  • 18. 6. São relações construídas a partir de inúmeros fatores, entre eles, a educação no que tange a separação de meninos e meninas em mundos distintos. É a partir de uma perspectiva diferenciada que o masculino se sobrepõe ao feminino e gradativamente vai transformando meninos em sujeitos dominadores ou em “machos”. 7. Segundo Louro (1997) e Braga
  • 19. Identidade de gênero  O  psicólogo  John  Money  (1921-2006)  nos  diz que esta vai além do sexo como marca  genital  englobando  o  ser  masculino  e  feminino. Para ele a criança aprenderia a ser  menino ou menina como aprendia a falar. A  natureza  faria  apenas  a  criação  e  a  sociedade estabeleceria as normas, ou seja,  ele  inverte  o  sinal  sexual,  e  estampa  no  corpo de meninos a noção de que “não se  nasce homem” (TORRES, 2010).
  • 20. Identidade sexual Neste  contexto,  a  formação  da  identidade  pessoal  serve  como  base  para  a  formação  de  uma  identidade sexual (GUIMARÃES,  1995),  visto  que  esta  se  fundamenta  na  percepção  individual sobre o próprio sexo, evidenciado no  papel de gênero assumido nas relações sexuais  como pontua Heilborn (2004, p. 43) “[...] essa  identidade opera motivada por uma orientação  erótica espontânea [...] ”. Já os papéis sexuais  vêm a ser as formas de agir, pensar, padrões de  comportamento  criados  e  regulados  pela  sociedade e suas instituições.
  • 21. Observamos então que, a identidade de gênero compreende os papéis sexuais, bem como tende a defini-los de acordo com o modelo social. Para Louro (1999), é “através do aprendizado de papéis” que “[...] cada um/ a deveria conhecer o que é considerado adequado (inadequado) para um homem ou para uma mulher [...]”, o que não levaria em conta as diferentes formas de masculinidade e de feminilidade e as “complexas redes de poder” que constituem
  • 22. Os estereótipos sociais na constituiçãos das identidades de gênero Na identidade de gênero são estabelecidos pela sociedade diferentes valores, padrões de comportamento, características ditas como “naturais” ao sexo feminino. Esses estereótipos são histórico e culturalmente formados e modificados. Tudo que foge a essas características consideradas “ideais” sofre um processo, às vezes oculto, de discriminação. Os estereótipos são crenças socialmente compartilhadas a respeito dos membros de uma categoria social, que se referem às suposições sobre a homogeneidade grupal e aos padrões comuns de comportamento dos indivíduos que pertencem a um mesmo grupo social.
  • 23. Então, expressões como “é típico de mulher esse sentimento”, “isto é para homem”, revelam o mais genuíno sexismo expresso na mais cabal forma estereotipada.  Existem também estereótipos que são reforçados pelo senso comum, constituídos sobre imagens rotuladas, símbolos pejorativos, na maioria das vezes explicitando situações de violência e de desprezo, de forma
  • 24. Sexualidade  O  conjunto  de  processos  sociais  que  produzem  e  organizam  a  expressão do desejo e o gozo dos prazeres corporais, orientados a  sujeitos do sexo oposto, do mesmo sexo, de ambos os sexos, ou a si  mesmo (a). Este vem a ser também um conceito cultural que diz  respeito  à  forma  como  cada  ser  vivencia  e  significa  o  sexo,  indo  além  do  determinismo  naturalista  como  defende  Foucault  (1997,  p.100). [...]  não  se  deve  conceber  [a  sexualidade]  como  uma  espécie  de  dado da natureza que o poder é tentado a pôr em xeque, ou como  um domínio obscuro que o saber tentaria, pouco a pouco, desvelar.  A sexualidade é o nome que se pode dar a um dispositivo histórico:  não a uma realidade subterrânea que se apreende com dificuldade,  mas à grande rede da superfície em que a estimulação dos corpos,  a intensificação dos prazeres, a incitação ao discurso, a formação  do  conhecimento,  o  reforço  dos  controles  e  das  resistências,  encadeiam-se uns aos outros, segundo algumas grandes estratégias  de saber e de poder.
  • 25. A sexualidade é considerada, neste contexto, como um “fato social” no sentido de condutas, como origem da identidade além de ser um campo a ser explorado cientificamente. É deste ponto de vista, em que as relações de gênero têm fundamentação em categorizações impregnadas na ordem social, que se permite relacionar não só a posição das mulheres, de maneira subordinada, mas também a relação entre sexualidade e poder.