O documento discute o xamanismo e a pajelança entre os índios Caiapós. Apresenta detalhes sobre os rituais de iniciação xamânica dos Caiapós, que envolvem a superação de provas para alcançar poderes curativos e de comunicação com o mundo espiritual. Também descreve aspectos culturais e sociais dos Caiapós, como sua organização em aldeias, rituais e crenças sobre a vida após a morte.

2. CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO:CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO:
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS INTERDISCIPLINARESPRÁTICAS PEDAGÓGICAS INTERDISCIPLINARES
DISCIPLINA: Sujeito e Cultura na ContemporaneidadeDISCIPLINA: Sujeito e Cultura na Contemporaneidade
PROFESSORA: Eliete Correia dos SantosPROFESSORA: Eliete Correia dos Santos
ALUNOS:
Josegley Andrade de Lucena
Josinaldo
João
José Francinaldo Ramos
Joseph Emmanuel R. F. de Lima
Arilson Pires
John Everton Souza da Silva

3. XAMANISMO E PAJELANÇA
Aspectos gerais do xamanismo
O Xamanismo é o conjunto de
manifestações, ritos e práticas
presentes em inúmeras sociedades
humanas e centralizadas na figura do
Xamã, em seu papel de intermediação
entre a realidade profana e a
dimensão sobrenatural, em seus
transes místicos e nos poderes
mágicos e curativos que lhe são
atribuídos.

4. XAMANISMO E PAJELANÇA
Tipos de Xamanismo
A Sibéria é a célula-máter do
xamanismo. A própria palavra é de
origem siberiana e engloba todas as
práticas da Medicina da Terra.
Também foram encontrados
fenômenos xamânicos entre os índios
da América do Norte, da América
Central e da América do Sul; na
Oceania, na Austrália, no sudeste
asiático; e, enfim na Índia, no Tibet e
na China.

5. XAMANISMO E PAJELANÇA
Pajelança no Brasil
A pajelança é uma forma de
magia nativa da Amazônia,
tipicamente indutiva, atuando sobre
qualquer elemento vivo e mantendo
estreita relação com os demais
reinos da natureza: mineral, vegetal
e animal. Entre as diversas tribos,
como os Kraôs, Caiapós e Gaviões,
varia muito o conceito de pajelança,
mas eles têm alguma coisa em
comum: o misticismo, o segredo.

6. XAMANISMO E PAJELANÇA
Pajelança no Brasil
O Pajé é o indivíduo escolhido pela
comunidade para a função sacerdotal
que se atribui o dom de invocar,
controlar ou incorporar espíritos, que
favorecem os seus poderes de
exorcismo, adivinhação, cura ou
magia.
Para ser um pajé, o candidato deve ser
um paranormal e mediador entre o
físico e o sobrenatural ao mesmo
tempo, procurando restabelecer o
equilíbrio perdido entre a natureza e a

7. Histórico Cultural dos Índios Caiapó
Os Caiapós vivem em aldeia que é
considerada para eles o centro do
universo. Esse centro é um lugar
simbólico, origem e coração da
organização social e ritual dos Caiapós,
célebre por sua complexidade. São
monogâmicos. Quando um homem se
casa, ele deixa a casa dos homens para
habitar sob o teto de sua esposa. As
mulheres, por sua vez, jamais deixam
sua residência materna.

8. Histórico Cultural dos Índios Caiapó
Os Caiapós pensam que os espíritos dos
mortos vivem em uma aldeia apartada.
Eles enterram os seus mortos em um
espaço bem preciso, fora do círculo da
aldeia. A sepultura é composta de um
poço de forma circular, no qual o corpo
é colocado na posição sentada, o rosto
sempre dirigido ao leste.

9. Histórico Cultural dos Índios Caiapó
Ritos e Cerimônias
Os rituais Caiapós são numerosos e
diversos. Dividem-se em três categorias
principais:
- As grandes cerimônias de confirmação
de nomes pessoais;
- Certos ritos agrícolas, de caça, de pesca
e de ocasião;
- Os ritos de passagem; Estes últimos são
frequentemente solenes e são
organizados para anunciar a passagem
de uma pessoa de classe a outra.

10. Histórico Cultural dos Índios Caiapó
A lenda sobre o Ritual de Iniciação
Xamânico dos Índios Caiapó Xikrin
da Amazônia
Para se transformar no Grande Xamã da
tribo o menino começa seu aprendizado
na adolescência. O aspirante começa a
desvendar os mistérios da natureza e
aprender os sortilégios e magias.

11. Histórico Cultural dos Índios Caiapó
A lenda sobre o Ritual de Iniciação
Xamânico dos Índios Caiapó Xikrin
da Amazônia
Quando Ele está devidamente preparado
surge o Sol Vermelho no horizonte
KOIKWA-KRAY (Céu Cosmológico).
Resplandece lá no céu a Teia da
Aranha. Onde o Pássaro Sagrado entre
as nuvens se agiganta.

12. Histórico Cultural dos Índios Caiapó
A lenda sobre o Ritual de Iniciação
Xamânico dos Índios Caiapó Xikrin
da Amazônia
Para ser o grande xamã ele tem que
transpor a grande teia de aranha para
atingir o Espaço Celeste onde ele é
efetivamente iniciado no Rito do Gavião
Real.

13. Histórico Cultural dos Índios Caiapó
A lenda sobre o Ritual de Iniciação
Xamânico dos Índios Caiapó Xikrin
da Amazônia
O menino está naturalmente aterrorizado.
O além se revela sob forma de mandala
Mekaron. Ele escuta o vento soprar e os
sons noturnos da floresta. A todo o
momento, tem que ter consciência de
tudo que o rodeia para não cair na
grande teia.

14. Histórico Cultural dos Índios Caiapó
A lenda sobre o Ritual de Iniciação
Xamânico dos Índios Caiapó Xikrin da
Amazônia
O tempo adormeceu, brotam Asas no
xamã, flamejam seus olhos num vôo
transcendental, ele expulsa o Espírito do
Mal, resgatando almas perdidas no
universo sobrenatural, ao som do maracá
o novo xamã pousará. Sua nuca é
perfurada simbolicamente repassando a
ele o poder de voar e o poder de ver o que
é invisível aos olhos do homem.

15. Histórico Cultural dos Índios Caiapó
Instrumentos de Poder
Tambor: dá acesso à força vital através de
seu ritmo.
Maracás e Chocalhos: são utilizados para
aberturas de rituais e exorcismos.
Pedras e Cristais: detentores dos
registros da Mãe Terra.

16. Histórico Cultural dos Índios Caiapó
Instrumentos de Poder
Trajes e Máscaras: representam a saída
do mundo material para o espiritual.
Cachimbos: O fornilho representa o
aspecto feminino e o cano o masculino.
A união dos dois simboliza o princípio
da criação, da fertilidade.

17. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por meio de especialidades adquiridas ao longo de um
estudo disciplinado e prolongado durante sua juventude, o
futuro pajé conhece e domina muitas faculdades

18.
Etnocídio ou genocídio
cultural, é um termo usado
para descrever a destruição
da cultura de um povo.
Mas será que ao destruir
a cultura de um povo
não estamos destruindo
o povo em si mesmo?