O documento descreve a história do movimento negro no Brasil, desde sua chegada como escravos até os dias atuais. Abrange tópicos como a escravidão, as principais revoltas negras, a abolição, a segregação racial, os principais líderes negros como Zumbi, Martin Luther King, Nelson Mandela e Barack Obama, e os objetivos atuais do movimento negro de promover a igualdade racial.
1. O B J E T I V O S ;
I N F O R M A Ç Õ E S ;
C A R A C T E R Í S T I C A S ;
S E G R E G A Ç Ã O R A C I A L ;
P R I N C I P A I S L Í D E R E S N E G R O S ;
MOVIMENTO NEGRO
2. PRECEDENTES HISTÓRICOS
A história do movimento negro começa
quando eles chegaram ao Brasil na época
colonial; os negros foram trazidos como
mercadoria pelos portugueses. A mão de
obra era utilizada nos canaviais e, como o
açúcar estava em alta, cultivou-se a cana-
de-açúcar na colônia, o que gerou
bastante lucro, uma vez que a mão de
obra era barata. O transporte se fazia por
meio dos navios negreiros e as condições
precárias resultavam na morte dos
escravos. Eles ficavam amontoados e no
mesmo lugar em que dormiam, era o
próprio banheiro. As fezes e urina em local
fechado e em contato com crianças,
jovens e adultos, geravam contaminações.
3. MOVIMENTO NEGRO NO BRASIL
Os movimentos negros são uma série de movimentos realizados por pessoas que
lutam contra os preconceitos e a escravidão. Eles tem o objetivo de resgatar a memória
de um povo que batalhou por sua liberdade.
A mobilização do povo negro se deu um ano após a abolição da escravatura, em 1888.
Antes disso, os movimentos eram clandestinos e tinha como principal objetivo libertar os
negros, como as revoltas que aconteciam e a fuga para os quilombos. Eram negros que
resistiam contra o racismo, a escravidão e a opressão que passavam. Apesar do ano da
Proclamação da República, em 1889, quando o Brasil se tornou soberano, o povo
chegou ao poder, a democracia se estabeleceu, mas a situação dos negros não mudou,
deu continuidade a prática da marginalização deles.
Principais revoltas negras: Inconfidência Baiana (1798);
Revolta dos Malês (1835);
Revolta da Chibata (1910)
4. PROJETO POLÍTICO SOCIAL
Como resposta as pressões dos movimentos negros e outros setores que
trabalham pelo promoção da igualdade racial , o estado e a sociedade
brasileira em geral tem buscado dar respostas já desde o início do anos
oitenta, quando (1984) o Governo Franco Montoro criou o Conselho de
Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra.
Este tipo de Conselho, posteriormente, seria criado também, nos estados da
Bahia, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Distrito
Federal e, ainda nos municípios do Rio de Janeiro, Belém, Santos e Uberaba.
Em 1988, o Governo Sarney, instituiu a Fundação Cultural Palmares.
O governador do estado do Rio de Janeiro, em 1991, criou a Secretaria de
Defesa e Promoção das Populações Negras .
No bojo dessas políticas, foram criadas as Delegacias Especializadas em
Crimes Raciais, Coordenadorias do Negro e outras ações similares.
5. IDEOLOGIA
Defende a igualdade entre as diversas
raças existentes no Brasil. Igualdade civil
entre as pessoas, independentemente de
sua ascendência racial.
O Movimento Social surge em prol da
equiparação da diferença sociocultural
existente entre brancos e negros no Brasil,
na luta pela afirmação da identidade negra
e no reconhecimento do processo de
escravidão para a situação difícil em que
essa população durante 3 séculos vivencia.
Historicamente, o MN surge como o
espaço de obtenção de valorização de uma
identidade, que mesmo após a abolição
continua a ser reprimida. É um espaço
onde membros marginalizados no processo
social construíam suas significações e
manifestavam seu pertencimento.
Tem como luta a inclusão de sua
população na sociedade ou por empregos
dignos, educação e geração de políticas
afirmativas que promovam esse grupo.
6. SEGREGAÇÃO RACIAL
Apartheid: O Apartheid foi um
dos regimes de discriminação mais
cruéis no mundo. Ele aconteceu na
África do Sul de 1948 até 1990 e
durante todo esse tempo esteve
ligado à política do país. A antiga
Constituição sul – africana incluía
artigos onde era clara a
discriminação racial entre os
cidadãos, mesmo os negros sendo a
maioria na população.
Em 1487, quando o navegador
português Bartolomeu Dias dobrou o
Cabo da Boa Esperança, os
europeus chegaram à região da
África do Sul. Nos anos seguintes, a
região foi povoada por holandeses,
franceses, ingleses e alemães. Os
descendentes dessa minoria branca
começaram a criar leis, no começo
do século XX, que garantiam o seu
poder sobre a população negra. Essa
política de segregação racial, o
apartheid, ganhou força e foi
oficializado em 1948, quando o
Partido Nacional, dos brancos,
assumiu o poder.
O Apartheid, atingia a habitação, o
emprego, a educação e os serviços
públicos, pois os negros não podiam
ser proprietários de terras, não
tinham direito de participação na
política e eram obrigados a viver em
zonas residenciais separadas das
zonas dos brancos. Os casamentos e
relações sexuais entre pessoas de
raças diferentes eram ilegais. Os
negros geralmente trabalhavam nas
minas, comandados por capatazes
brancos e viviam em guetos
miseráveis e superpovoados.
7. Para lutar contra essas injustiças, os
negros acionaram o Congresso
Nacional Africano, uma organização
negra clandestina, que tinha como líder
Nelson Mandela. Após o massacre de
Sharpeville, o Congresso Nacional
Africano optou pela luta armada contra
o governo branco, o que fez com que
Nelson Mandela fosse preso em 1962
e condenado à prisão perpétua. A partir
daí, o apartheid tornou-se ainda mais
forte e violento, chegando ao ponto de
definir territórios tribais chamados
Bantustões, onde os negros eram
distribuídos em grupos e ficavam
amontoados nessas regiões.
Com o fim do império português na
África em 1975, lentamente
começaram os avanços para acabar
com o apartheid. A comunidade
internacional e a Organização das
Nações Unidas (ONU) faziam pressão
pelo fim da segregação racial. Em
1991, o então presidente Frederick de
Klerk condenou oficialmente o
apartheid e libertou líderes políticos,
entre eles Nelson Mandela.
A partir daí, outras conquistas foram
obtidas, o Congresso Nacional Africano
foi legalizado, De Klerk e Mandela
receberam o Prêmio Nobel da Paz em
1993, uma nova Constituição não –
racial passou a vigorar, os negros
adquiriram direito ao voto e em 1994
foram realizadas as primeiras eleições
multirraciais na África do Sul e Nelson
Mandela se tornou presidente da África
do Sul.
8. SEGREGAÇÃO RACIAL
Ku Klux Klan: Em 1865, no sul
dos Estados Unidos, surgiu um
grupo de racistas, que se vestiam
com roupas brancas e capuzes,
montavam cavalos e perseguiam
negros (ex-escravos, libertos na
Guerra de Secessão) e seus
defensores, denominado Ku Klux
Klan.
Formada por jovens veteranos da
Confederação Sulista com o
intuito de prolongar a fraternidade
das armas, a Ku Klux Klan se
tornou grande com o decorrer do
tempo, abrangendo outros
estados. O nome vem do grego
“kuklos”, que significa círculo.
O que começou como uma
brincadeira tomou proporções
maiores à medida que jovens
racistas ouviram falar do clã e se
filiaram. Divertiam-se
aterrorizando os negros, estes
detestados pelos membros do clã
por serem “preguiçosos,
inconstantes e economicamente
incapazes e, por natureza,
destinados à escravidão1”.
Também atacavam brancos que
protegiam os negros,
principalmente os professores
que lecionavam em escolas para
negros, temendo que os negros
se instruíssem, tornando
impossível a volta à escravidão.
A identidade dos membros do clã
não era divulgada, uma vez que
vestiam roupas brancas e
cobriam o rosto com capuzes.
Para entrar na seita, o candidato
era fechado em um tonel e
empurrado ladeira abaixo. A seita
foi se espalhando e uma filial foi
montada no Alabama, onde foi
introduzido pela primeira vez o
castigo físico aos negros. Além da
prática racista, os klanistas faziam
visitas-surpresa aos negros,
obrigando-os a votar nos
democratas, acompanhadas de
algumas chibatadas. Em
consequência dos excessos, o
grupo foi posto na ilegalidade em
1871 pelo então presidente
estadunidense Ulysses Grant.
Muitos racistas foram presos e,
para escapar da lei, fundaram
outros clãs com a mesma
proposta e alcunhas diferentes:
White League, Shot Gun Plan,
Rifle Club, entre outros. A Ku Klux
Klan foi desfeita.
9.
10. ZUMBI MARTIN LUTHER KING
PRINCIPAIS LIDERES NEGROS
Descendente de guerreiros
angolanos, Zumbi foi capturado
ainda quando criança e entregue ao
Padre Antônio Melo para ser criado
sob os costumes católicos. Com 15
anos, fugiu para suas origens e
retornou ao Quilombo dos
Palmares, onde combateu por 14
anos as investidas portuguesas
contra a captura de negros para
levá-los à escravidão. Destacou-se
entre outros por sua inteligência –
escrevia português e latim já aos 10
anos. Em 1965, reuniu mais de dois
mil palmarinos (nativos do quilombo
dos Palmares) e invadiu povoados
em busca de alimentos e armas.
Morreu depois que um dos líderes
da tropa de Palmares foi capturado
e entregou seu esconderijo.
Em 1954 assume as funções
como pastor em Montgomery,
Alabama, foco dos maiores
conflitos raciais do país. Nos
estados do sul, a segregação
racial era amparada pela lei.
Nos ônibus de Montgomery,
por exemplo, o motorista tinha
de ser branco e só os últimos
bancos ficavam disponíveis
aos negros.
Em 1955, por causa da prisão
de uma negra que se recusara
a ceder o lugar para um
branco, King lidera um boicote
contra a segregação nos
ônibus. O movimento dura 381
dias e termina com a decisão
da Suprema Corte americana
de proibir a discriminação.
11. ZUMBI MARTIN LUTHER KING
PRINCIPAIS LIDERES NEGROS
Descendente de guerreiros
angolanos, Zumbi foi capturado
ainda quando criança e entregue ao
Padre Antônio Melo para ser criado
sob os costumes católicos. Com 15
anos, fugiu para suas origens e
retornou ao Quilombo dos
Palmares, onde combateu por 14
anos as investidas portuguesas
contra a captura de negros para
levá-los à escravidão. Destacou-se
entre outros por sua inteligência –
escrevia português e latim já aos 10
anos. Em 1965, reuniu mais de dois
mil palmarinos (nativos do quilombo
dos Palmares) e invadiu povoados
em busca de alimentos e armas.
Morreu depois que um dos líderes
da tropa de Palmares foi capturado
e entregou seu esconderijo.
King passa então a organizar
campanhas pelos direitos civis
dos negros, baseadas na
filosofia de não-violência do
líder indiano Gandhi. Em 1960
consegue liberar o acesso de
negros a bibliotecas, parques
públicos e lanchonetes. Lidera a
Marcha sobre Washington, que
reúne 250 mil pessoas em
1963.
Ao fim dela, profere um famoso
discurso que começa com a
frase "I have a dream" (Eu
tenho um sonho) e descreve
uma sociedade em que brancos
e negros vivem em harmonia.
Da marcha resulta a Lei dos
Direitos Civis (1964), que
garante igualdade de direitos
entre brancos e negros. Recebe
o Prêmio Nobel da Paz de
1964. Em 68 é assassinado por
um branco.
12. NELSON MANDELA BARACK OBAMA
PRINCIPAIS LIDERES NEGROS
Nelson Mandela
(1918-2013) foi
presidente da África
do Sul. Foi o líder do
movimento contra o
Apartheid - legislação
que segregava os
negros no país.
Condenado em 1964
à prisão perpetua, foi
libertado em 1990,
depois de grande
pressão internacional.
Recebeu o “Prêmio
Nobel da Paz”, em
dezembro de 1993,
pela sua luta contra o
regime de
segregação racial.
Em Harvard, Obama foi
presidente da Harvard Law
Review (uma espécie de
jornal mensal para os
acadêmicos). Entrou para a
história, pois foi o primeiro
negro a tornar-se presidente
da Harvard Law Review. Sua
carreira política teve inicio em
1997, quando, pelo partido
Democrata, tornou-se
Senador do estado de Illinois,
cargo que ocupou até 2004.
Foi eleito para o Congresso
dos EUA nesse mesmo ano,
principalmente por ser contra
a invasão do Iraque.
13. NELSON MANDELA BARACK OBAMA
PRINCIPAIS LIDERES NEGROS
Nelson Mandela
(1918-2013) foi
presidente da África
do Sul. Foi o líder do
movimento contra o
Apartheid - legislação
que segregava os
negros no país.
Condenado em 1964
à prisão perpetua, foi
libertado em 1990,
depois de grande
pressão internacional.
Recebeu o “Prêmio
Nobel da Paz”, em
dezembro de 1993,
pela sua luta contra o
regime de
segregação racial.
Obama aposta na
insatisfação da população
com a política do atual
presidente George W. Bush.
Em seus discursos, fica clara
sua preocupação com o
sistema de saúde, se
posiciona a favor do fim da
guerra do Iraque e do uso de
diplomacia para com o Irã, e
é a favor do desarmamento
nuclear.
Em 2008 é eleito o primeiro
presidente negro a liderar os
Estados Unidos da América.
14. INTEGRANTES DO GRUPO:
André Silveira Andreo Hoertel Eduardo Borges
Gabriel Moraes João Pedro João Victor
Luiz Silveira