O poema descreve o sofrimento de um homem apaixonado que está sendo rejeitado pela mulher que ama. Ele fala sobre a dor da solidão, do arrependimento e da perda do amor dela. No final, o homem reflete sobre como seu coração está congelado pela dor da rejeição.
1. Neguinha manhosa, deixa eu cuidar de você...
Neguinha, você diz que não me quer e que existe outro em sua vida!
É esse o cara que lhe faz mulher?
Ou um novo passa tempo assim qualquer?
Que lhe convém, te chama de amor e bem,
de minha querida!
Dá presentes,
flores e tal,
minha linda!
Você tão fácil,
tão meiga, tão cruel!
Quem é que ama sem pegar no pé!
O sonho de um homem é passageiro
e a mulher se ocupa
desses sonhos, o tempo inteiro.
Pesadelo é viver sem você,
te perder, ter e não ter!
Morrer de vez, regra três!
Solidão é só o começo de algo sem fim.
Ai de mim!
As vezes você nem me ver por perto,
outras vezes, sim.
Ou finge não ouvir meu coração.
São batidas comuns num peito aberto
que ama e não sabe esconder sem transparência,
o afeto.
Ensaia, diz que não tem nada haver,
a vida é uma ciranda de acasos.
Esnoba e finge que ta nem ai,
eu já fui, esquecido no passado tão certo...
Um dia explode e começa a chover lágrimas de solidão
que machucam e marcam pra sempre,
é quando o arrependimento chega
em silêncio e fica...
Naquele frio que vem antes da morte,
como um anjo negro aterrador,
uma sombra infeliz de um maldito erro de ninguém.
Eu morro muitas vezes nessa hora
com a frase; o que fiz pra merecer isso,
ou aquilo, se apenas me apaixonei.
Máquina você não fala comigo,
como se eu fosse coisa qualquer!
Não sou o "cara" do Roberto Carlos,
nem poeta, nem ator,
não sei representar felicidade,
nem enganar a mim mesmo,
se não sou eu o teu amor,
quem sou eu, qual o meu valor?
Você conquistou meu mundo
sem pressa,
tão simplesmente me fez seu.
Agora com um sopro me apaga
da sua vida sem o "parabéns pra você"...
Eu não mereço a solidão
2. mesmo que seu endereço já não seja meu coração.
Eu não queria me envolver. Tudo bem, eu não sabia...
Que o amor, dóe.
Vem máquina me fazer feliz, bate de novo...
Toque-toque estou vivo.
Toque-toque estou morto.
xau.
Nesse coração o frio congela,
como uma máquina de fazer picolé,
o motor superaquece
enquanto continua fabricando gelo á sua volta.