A movimentação manual de cargas representa riscos significativos para a saúde dos trabalhadores, como dores nas costas. Ambientes como a construção civil e armazéns apresentam alto risco. Devem-se adotar boas práticas como reduzir o peso das cargas, usar equipamentos mecânicos quando possível e treinar trabalhadores em técnicas ergonômicas.
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Guia de Atividade 4 - Ergonomia.pdf
1. Guia de Atividade 4 - Debate no fórum sobre os principais fatores de riscos ergonómicos
relacionados com a movimentação e transporte manual de cargas e as consequências para
os trabalhadores em ambiente profissional de risco elevado ou considerável
• Descreva um ambiente/contexto de fatores de risco ergonómicos consideráveis ou
elevados para o trabalhador, relacionados com movimentação ou transporte manual
de cargas, como por exemplo:
o Construção civil
o Grandes armazéns
o Mudanças
o Reposição de prateleiras com produtos pesados ou tarefas repetitivas
o Outro cenário, que seja descrito
• Indique quais as potencias consequências para os trabalhadores da realização dessas
atividades profissionais
• Mencione quais deveriam ser as boas práticas ergonómicas a adotar por
trabalhadores e empregadores de forma a preservar e melhorar a saúde ocupacional
dos trabalhadores e provavelmente a sua motivação e produtividade relacionadas
com atividades, mesmo que só parcialmente relacionadas com movimentação e
transporte manual de cargas
A movimentação manual de cargas é “qualquer operação de transporte ou sustentação de
uma carga, por um ou mais trabalhadores, incluindo levantar, colocar, empurrar, puxar,
transportar e deslocar, que, devido às suas características ou a condições ergonómicas
desfavoráveis, comporte riscos, nomeadamente dorso-lombares, para os trabalhadores”.
A Movimentação manual de cargas envolve qualquer parte do corpo, tornando-se num
trabalho difícil de executar, tendo em conta as especificidades do corpo humano,
desenvolvendo desgaste rápido, podendo provocar inclusive acidentes de trabalho ou doenças
profissionais.
De acordo com o DL n.º 330/93, os fatores de risco referentes às características das cargas são:
• Carga demasiado pesada – superior a 30Kg em operações ocasionais e superior a 20Kg
em operações frequentes;
• Carga muito volumosa ou difícil de agarrar;
• Carga em equilíbrio instável ou com conteúdo sujeito a deslocações;
• Carga colocada de tal modo que tem de ser mantida ou manipulada à distância do
tronco, ou com flexão ou torção do tronco;
• Carga suscetível, devido ao seu aspeto exterior e à sua consistência, de provocar
lesões no trabalhador, nomeadamente em caso de choque.
Desde modo, os fatores de risco a ter em conta na movimentação manual de cargas são:
2. • Peso/Frequência;
• Distância do braço ao tronco;
• Distância vertical;
• Rotação do tronco;
• Tipo de pega;
• Superfície do chão;
• Outros fatores ambientais;
Devemos então, sempre que possível, eliminar o transporte manual de cargas, transportando
apenas um objeto de cada vez e utilizando a movimentação mecânica sempre que possível.
Devem ser adotadas, sempre que possíveis, as seguintes orientações:
• Evitar/reduzir a movimentação manual de cargas;
• Utilizar equipamentos que permitam reduzir o esforço provocado ao trabalhador,
nomeadamente carros de mão, ventosas, corrediças, entre outros;
• Formação, informação e treino respeitante aos métodos de elevação e respetivas
posturas corretas, bem como a correta utilização dos EPI’s necessários para essas
atividades.
Devendo o empregador, em primeira instância e de modo a ser possível atuar na prevenção de
acidentes, avaliar os riscos profissionais a que os trabalhadores estão expostos,
nomeadamente na movimentação manual de cargas, bem como pôr em prática as medidas
organizacionais adequadas, tendo em conta a redução/eliminação da movimentação manual
de cargas, passando para movimentação mecânica sempre que possível. No entanto, tendo em
conta que nem sempre é possível a transição da movimentação manual de cargas para
movimentação mecânica de cargas, a entidade empregadora deverá tentar otimizar os postos
de trabalho, tornando-os ergonómicos para os trabalhadores, possibilitando a redução de
esforços pelos trabalhadores, diminuindo assim a fadiga e possíveis acidentes de trabalho e/ou
doenças profissionais.