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Formadora Cristina Lopes 1
INSTITUTO DO EMPREGO E DAFORMAÇÃO PROFISSIONAL, I.P.
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO DO SEIXAL
UFCD 6669
Ficha de Trabalho nº 1 - Os Acidentes de Trabalho em Números
Formando(a): ________________________________________ Nº ____ Data:
______/___/____
Lê com atenção os seguintes textos e responde depois às questões colocadas.
Na Europa comunitária, a segurança no trabalho abrange cerca de 150 milhões de trabalhadores e seus
familiares. Anualmente registam-se mais de 4,5 milhões de acidentes de trabalho na Comunidade, dos quais
8000 acabam por ser mortais, o que representa um custo de 20 mil milhões de euros.
Em Portugal, a distribuição percentual do número de Acidentes de Trabalho, em 1990, é dado pelo gráfico
seguinte:
Gráfico 1
Consultando o gráfico anterior, indica:
1. A região do país com maior percentagem de acidentes de trabalho
2. A percentagem aproximada de acidentes da região de Leiria
3. A percentagem de acidentes da região onde resides
Formadora Cristina Lopes 2
4. O número total de acidentes em todo o país
5. O número aproximado de acidentes na região onde resides
Considera o gráfico 2 e responde às seguintes questões:
Gráfico 2
1. Descreve a evolução do número de acidentes de trabalho entre 1988 e 1990
2. Supondo que o número de acidentes em 1991 foi de 312 000, marca esse valor no gráfico e une-o à linha
representada.
Considera o gráfico 3 e responde às seguintes questões:
Gráfico 3
1. Indica as actividades económicas com maior percentagem de acidentes de trabalho mortais em 1990
Formadora Cristina Lopes 3
2. Indica as actividades económicas com menor percentagem de acidentes de trabalho mortais em 1990
3. Quantos acidentes mortais ocorreram no sector da “Construção e Obras Públicas” em 1990?
4. Quantos acidentes mortais ocorreram no sector da “Electricidade, Gás e Água” em 1990?
Lê o seguinte texto que se segue:
Elevada sinistralidade laboral em Portugal
A Organização Internacional do Trabalho estima que todos os anos ocorrem no mundo cerca de 270
milhões de acidentes de trabalho e são registadas aproximadamente 160 milhões de doenças profissionais,
de que resulta a morte de mais de 2 milhões de trabalhadores. A agricultura e a construção continuam a
representar os índices mais elevados de sinistralidade, mas as substâncias perigosas matam cerca de 350.000
trabalhadores em cada ano, dos quais 100.000 são devidas à exposição ao amianto, enquanto metade dos
trabalhadores das minas sofrem de silicose, assim como os acidentes com a utilização da energia eléctrica.
São enormes os custos económicos originados por esta situação, mas são incalculáveis os custos
sociais e pessoais que representam a perda de milhões de vidas que provocam tanto sofrimento e dramas
familiares.
É intolerável e completamente absurdo que estando o mundo perante um desenvolvimento sem
precedentes das forças produtivas, devido aos avanços extraordinários da ciência e da técnica, permaneçam
ainda em muitas países as mais aviltantes formas de trabalho, como sejam o trabalho escravo e a exploração
do trabalho infantil que conduz, anualmente, à morte de mais de 20.000 crianças vítimas de acidentes de
trabalho.
É reconhecida a correlação entre os acidentes de trabalho e as doenças profissionais com os ritmos
de trabalho intensos, a longa duração dos tempos de trabalho, ou as situações de stress provocado por
factores psicossociais, tais como a precarização dos vínculos laborais, más condições de trabalho,
discriminações profissionais, salariais e outras, que conduzem a uma sobrecarga psíquica e mental dos
trabalhadores. Não é por acaso que o stress no local de trabalho já atinge hoje mais de 50 milhões de
trabalhadores nos países da Europa Comunitária.
Quanto a doenças profissionais a situação é também alarmante, verificando-se nos últimos anos um
crescimento muito significativo de doenças relacionadas com trabalhos que sujeitam os trabalhadores à
exposição e manuseamento de substâncias químicas; doenças da audição (surdez) e fadiga física e psíquica
devido à exposição ao ruído; lesões adquiridas na execução de tarefas e movimentos repetitivos (tendinites);
doenças relacionadas com as mais diversas formas de violência nos locais de trabalho (stress laboral).
Os trabalhadores que sofrem incapacidades e as famílias dos que morrem, apenas são reparados pela
perca de capacidade de trabalho que exerciam quando deviam ser reparados todos os danos, incluindo os
danos morais e os danos profissionais futuros.
Em Portugal, os trabalhadores são mais penalizados pelos danos resultantes dos acidentes de trabalho
e doenças profissionais do que os acidentados por viação.
Artigo retirado do Jornal de Notícias em 2002
Depois de teres lido este pequeno artigo, responde às seguintes questões:
1. Com que ideia ficaste sobre a “Elevada sinistralidade em Portugal?
Formadora Cristina Lopes 4
2. Indica quais as causas de existirem tantos acidentes de trabalho?
3. Quais são os motivos de surgirem as doenças profissionais?
4. Indica algumas das doenças profissionais mencionadas no texto que leste.
ACIDENTES DE TRABALHO
Tabela 1-
NÚMERO DE ACIDENTES DE TRABALHO MORTAIS E NÃO MORTAIS,
POR ACTIVIDADES, SEGUNDO A PARTE DO CORPO ATINGIDA
PARTES DO CORPO
ACTIVIDADES (CAE - Rev. 2)
A B C D E F G H I J K L M N
TOTAL 79 33
2
61 24
8
32 13 23
5
30
6
40
8
22
8
32
2
- 12
6
58
C INDÚSTRIAS EXTRACTIVAS 1 4 1 6 - - 3 6 9 4 9 - 3 3
D INDÚSTRIAS TRANSFORMADORAS 18 88 9 57 4 3 42 74 10
6
41 50 - 16 7
DD Indústrias da madeira e da cortiça 1 11 3 11 - - 5 15 25 8 10 - 2 2
DE Pasta de papel e cartão 1 - - 1 1 - - 1 1 1 - - -
DG Fabricação de produtos químicos - 1 - - - - - - - - - - - -
DH Artigos de borracha e matérias plásticas - 1 - - - - - 2 1 - 1 - - -
DI Outros produtos minerais não metálicos 3 6 1 6 - - 4 5 6 6 4 - 1 -
DJ Metalúrgicas de base e produtos metálicos 1 38 3 9 - - 7 12 16 6 6 - 7 3
DK Fabricação de outros equipamentos - - - 1 - - - - 1 - - - - -
DL Fabricação de equipamento eléctrico - - - - - - - - 1 - - - - -
DM Fabricação de material de transporte - 2 - - - - - - 4 3 1 - 1 -
DN Outras indústrias transformadoras - 2 - - - - - 1 4 1 - - - -
E ELECTRICIDADE, GÁS E ÁGUA 1 5 - 13 - - 2 4 4 5 5 - 5 3
F CONSTRUÇÃO 28 15
4
24 94 12 6 10
3
11
5
13
5
10
1
13
7
- 56 25
LEGENDA: A – Cabeça;B – Olhos;C – Face e dentes;D – Pescoço,costas e costelas;E – Tórax; F – Órgãos abdominais e
região pélvica; G – Braço e ombro;H – Mão e pulso;I – Dedos da mão;J – Anca e perna; K – Tornozelo e pé; L – Corpo
inteiro;M – Múltiplas partes;N – Não especificadas
Formadora Cristina Lopes 5
ACIDENTE DE TRABALHO
É acidente de trabalho o acidente que se verifica no local e no tempo de trabalho e produz directa ou
indirectamente lesão corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte a morte ou redução da
capacidade de trabalho ou de ganho.
Considera-se também acidente de trabalho o ocorrido:
- Fora do local ou do tempo de trabalho, quando verificado na execução de serviços determinados pela
entidade patronal;
- Na ida para o local de trabalho ou no regresso deste, quando for utilizado meio de transporte fornecido pela
entidade patronal, ou quando o acidente seja consequência de particular perigo de percurso normal ou de
outras circunstâncias que tenham agravado o risco do mesmo percurso;
- Na execução de serviços espontaneamente prestados e de que possa resultar proveito económico para a
entidade patronal.
A designação de acidente de trabalho mortal reporta-se ao momento do acidente.
LOCAL DE TRABALHO
Entende-se por local de trabalho toda a zona de laboração ou exploração da empresa.
TEMPO DE TRABALHO
Entende-se por tempo de trabalho, além do período normal de laboração, o que precedeu o seu início
em actos de preparação ou com ele relacionados, e o que se lhe seguiu em actos também com ele
relacionados, e ainda as interrupções normais ou forçosas de trabalho.
Depois de se ter analisado ao quadro sobre “Número de acidentes de trabalho mortais e não
mortais por actividades, segundo a parte do corpo atingida”, responde às seguintes questões:
1. Em que tipo de actividade foram registados mais acidentes de trabalho mortais?
2. Estes acidentes terão sido verificados no dentro ou fora do local de trabalho? Justifica a tua resposta
3. Qual a parte do corpo que foi mais atingida, nos acidentes de trabalho que o quadro apresenta?
Formadora Cristina Lopes 6
CONSEQUÊNCIAS DE UM ACIDENTE DE TRABALHO
Após analisares a tabela e leres atentamente o texto, responde às questões colocadas.
Tabela 2- Consequências de um acidente
VITIMAS DANOS HUMANOS DANOS MATERIAIS
SINISTRADO
 Sofrimento físico
 Sofrimento moral
 Diminuição do potencial humano
 Diminuição de salário
 Baixa no potencial profissional
FAMÍLIA
 Sofrimento moral
 Preocupações
 Dificuldades económicas
COLEGAS
 Mau ambiente de trabalho
 Inquietação
 Pânico colectivo (por vezes)
 Perdas de tempo
 Perdas de prémios
 Acumulação de tarefas
EMPRESA
 Prestígio da empresa
 Consternação
 Perdas de produção
 Não cumprimentos de prazos
 Formação de substitutos
 Aumento nos preços de custo
 Prémios das Companhias
 Seguradoras
PAÍS
 Quebra do potencial humano
 Perda de prestígio
 Diminuição da produção
 Aumento dos encargos sociais
 Diminuição do poder de compra
Os acidentes não são resultado do acaso, mas sim de causas naturais e previsíveis. Não acontecerão
tantos acidentes se formos capazes de identificar e eliminar essas causas.
A Prevenção é a ação de evitar ou diminuir os riscos profissionais, através de um conjunto de
disposições ou medidas que devem ser tomadas no licenciamento e em todas as fases de actividade da
empresa, do estabelecimento ou do serviço.
 Os princípios da ação preventiva são os seguintes:
1 – Evitar os riscos;
2 – Avaliar os riscos que não se possam evitar;
3 – Combater os riscos na sua origem;
4 – Adaptar o trabalho ao indivíduo;
5 – Ter em conta a evolução da técnica;
6 – Substituir tudo o que seja perigoso por tudo o que traga pouco perigo ou nenhum;
7 – Planear a Prevenção de forma integrada;
8 – Sobrepor a proteção coletiva à individual;
9 – Dar as devidas instruções aos trabalhadores.
Questões:
1. Indica os dois tipos de danos que um acidente de trabalho provoca.
2. Refere os danos humanos para o sinistrado.
Formadora Cristina Lopes 7
3. Refere as consequências materiais para a família dos sinistrados.
4. Indica os danos causados aos colegas que para ti são os mais importantes.
5. Refere três danos materiais para a empresa em consequência de um acidente.
6. O país sofre algum tipo de consequências com o acidente de um indivíduo? Menciona quais.
7. A prevenção dos acidentes é importante. Refere porquê.
8. Menciona quatro princípios de ação preventiva de acidentes.
Lê atentamente o texto e responde depois às questões colocadas.
A IMPORTÂNCIADA FORMAÇÃO
Noção de Risco Profissional
A questão da formação no combate aos acidentes de trabalho junto dos jovens, tem uma importância
fundamental, já que os maus hábitos se adquirem depressa e são sempre difíceis de corrigir.
É, logo de início, que é preciso aprender a trabalhar corretamente, que é preciso aprender que um trabalho
bem feito é um trabalho feito de maneira segura, que é preciso inculcar nos jovens trabalhadores o respeito
pelo perigo.
O trabalhador jovem não adquire imediatamente as técnicas eficazes, rápidas e seguras, os gestos e
automatismos profissionais. Não tem experiência que lhe permita avaliar uma situação perigosa, prever a sua
evolução e tomar a decisão rápida e segura.
Formadora Cristina Lopes 8
Assim, o trabalhador deve ser cuidadosamente informado, desde a sua admissão, da natureza dos riscos
profissionais que vai encontrar no seu local de trabalho e deve receber informações precisas, claras e
completas das normas de higiene e segurança a adotar.
Os jovens poderão aceitar dificilmente entraves e proibições sistemáticas, mas adaptar-se-ão facilmente a
uma disciplina de trabalho, baseada numa justa apreciação dos riscos, se se lhes demonstrar as razões e a
necessidade dessas medidas.
O gosto do adolescente pelo risco deve ser guiado, orientado. É preciso ensiná-lo a calcular cuidadosamente
os riscos e a saber escolher os passos seguros para atingir o resultado correto.
Sobretudo no mundo do trabalho é possível, mediante uma formação adequada, levá-los a cumprir as
medidas de higiene e segurança no trabalho.
1. Classifica em Verdadeiras ou Falsas (e nesse caso corrige-as) as seguintes afirmações:
a) A formação dos jovens no combate aos acidentes de trabalho é pouco importante 
b) Os maus hábitos em relação à segurança adquirem-se facilmente 
c) Só se deve aprender a trabalhar corretamente depois de 6 meses na empresa 
d) Um trabalho bem feito é um trabalho feito de forma insegura 
e) Todos os jovens trabalhadores devem ter respeito pelo perigo 
f) Muitos jovens adquirem logo as técnicas eficazes, rápidas e seguras, os gestos e automatismos
profissionais 
g) O trabalhador jovem deve, logo que começa a trabalhar, ser informado dos riscos que vai encontrar no seu
posto de trabalho 
h) O trabalhador jovem deve, depois de ter sido informado dos riscos que vai encontrar no seu posto de
trabalho, adotar as medidas de segurança que acha adequadas 
i) Os jovens, por vezes, têm uma certa dificuldade em aceitar entraves e proibições sistemáticas

j) Será mais difícil os jovens aceitarem as regras de segurança se lhes forem demonstrados os riscos que
correm caso não as cumpram. 
2. Achas que a formação em Higiene e Segurança para os jovens é importante?
Porquê?
3. Essa formação deve ser feita logo que o trabalhador entra para a empresa ou só depois de passar algum
tempo? Porquê?
Formadora Cristina Lopes 9
4. Na formação inicial o que deve ser desde logo informado ao trabalhador jovem?
5. Achas que os jovens aceitam bem as regras de segurança?
Em que condições as aceitarão melhor?

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Acidentes de trabalho em números

  • 1. Formadora Cristina Lopes 1 INSTITUTO DO EMPREGO E DAFORMAÇÃO PROFISSIONAL, I.P. CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO DO SEIXAL UFCD 6669 Ficha de Trabalho nº 1 - Os Acidentes de Trabalho em Números Formando(a): ________________________________________ Nº ____ Data: ______/___/____ Lê com atenção os seguintes textos e responde depois às questões colocadas. Na Europa comunitária, a segurança no trabalho abrange cerca de 150 milhões de trabalhadores e seus familiares. Anualmente registam-se mais de 4,5 milhões de acidentes de trabalho na Comunidade, dos quais 8000 acabam por ser mortais, o que representa um custo de 20 mil milhões de euros. Em Portugal, a distribuição percentual do número de Acidentes de Trabalho, em 1990, é dado pelo gráfico seguinte: Gráfico 1 Consultando o gráfico anterior, indica: 1. A região do país com maior percentagem de acidentes de trabalho 2. A percentagem aproximada de acidentes da região de Leiria 3. A percentagem de acidentes da região onde resides
  • 2. Formadora Cristina Lopes 2 4. O número total de acidentes em todo o país 5. O número aproximado de acidentes na região onde resides Considera o gráfico 2 e responde às seguintes questões: Gráfico 2 1. Descreve a evolução do número de acidentes de trabalho entre 1988 e 1990 2. Supondo que o número de acidentes em 1991 foi de 312 000, marca esse valor no gráfico e une-o à linha representada. Considera o gráfico 3 e responde às seguintes questões: Gráfico 3 1. Indica as actividades económicas com maior percentagem de acidentes de trabalho mortais em 1990
  • 3. Formadora Cristina Lopes 3 2. Indica as actividades económicas com menor percentagem de acidentes de trabalho mortais em 1990 3. Quantos acidentes mortais ocorreram no sector da “Construção e Obras Públicas” em 1990? 4. Quantos acidentes mortais ocorreram no sector da “Electricidade, Gás e Água” em 1990? Lê o seguinte texto que se segue: Elevada sinistralidade laboral em Portugal A Organização Internacional do Trabalho estima que todos os anos ocorrem no mundo cerca de 270 milhões de acidentes de trabalho e são registadas aproximadamente 160 milhões de doenças profissionais, de que resulta a morte de mais de 2 milhões de trabalhadores. A agricultura e a construção continuam a representar os índices mais elevados de sinistralidade, mas as substâncias perigosas matam cerca de 350.000 trabalhadores em cada ano, dos quais 100.000 são devidas à exposição ao amianto, enquanto metade dos trabalhadores das minas sofrem de silicose, assim como os acidentes com a utilização da energia eléctrica. São enormes os custos económicos originados por esta situação, mas são incalculáveis os custos sociais e pessoais que representam a perda de milhões de vidas que provocam tanto sofrimento e dramas familiares. É intolerável e completamente absurdo que estando o mundo perante um desenvolvimento sem precedentes das forças produtivas, devido aos avanços extraordinários da ciência e da técnica, permaneçam ainda em muitas países as mais aviltantes formas de trabalho, como sejam o trabalho escravo e a exploração do trabalho infantil que conduz, anualmente, à morte de mais de 20.000 crianças vítimas de acidentes de trabalho. É reconhecida a correlação entre os acidentes de trabalho e as doenças profissionais com os ritmos de trabalho intensos, a longa duração dos tempos de trabalho, ou as situações de stress provocado por factores psicossociais, tais como a precarização dos vínculos laborais, más condições de trabalho, discriminações profissionais, salariais e outras, que conduzem a uma sobrecarga psíquica e mental dos trabalhadores. Não é por acaso que o stress no local de trabalho já atinge hoje mais de 50 milhões de trabalhadores nos países da Europa Comunitária. Quanto a doenças profissionais a situação é também alarmante, verificando-se nos últimos anos um crescimento muito significativo de doenças relacionadas com trabalhos que sujeitam os trabalhadores à exposição e manuseamento de substâncias químicas; doenças da audição (surdez) e fadiga física e psíquica devido à exposição ao ruído; lesões adquiridas na execução de tarefas e movimentos repetitivos (tendinites); doenças relacionadas com as mais diversas formas de violência nos locais de trabalho (stress laboral). Os trabalhadores que sofrem incapacidades e as famílias dos que morrem, apenas são reparados pela perca de capacidade de trabalho que exerciam quando deviam ser reparados todos os danos, incluindo os danos morais e os danos profissionais futuros. Em Portugal, os trabalhadores são mais penalizados pelos danos resultantes dos acidentes de trabalho e doenças profissionais do que os acidentados por viação. Artigo retirado do Jornal de Notícias em 2002 Depois de teres lido este pequeno artigo, responde às seguintes questões: 1. Com que ideia ficaste sobre a “Elevada sinistralidade em Portugal?
  • 4. Formadora Cristina Lopes 4 2. Indica quais as causas de existirem tantos acidentes de trabalho? 3. Quais são os motivos de surgirem as doenças profissionais? 4. Indica algumas das doenças profissionais mencionadas no texto que leste. ACIDENTES DE TRABALHO Tabela 1- NÚMERO DE ACIDENTES DE TRABALHO MORTAIS E NÃO MORTAIS, POR ACTIVIDADES, SEGUNDO A PARTE DO CORPO ATINGIDA PARTES DO CORPO ACTIVIDADES (CAE - Rev. 2) A B C D E F G H I J K L M N TOTAL 79 33 2 61 24 8 32 13 23 5 30 6 40 8 22 8 32 2 - 12 6 58 C INDÚSTRIAS EXTRACTIVAS 1 4 1 6 - - 3 6 9 4 9 - 3 3 D INDÚSTRIAS TRANSFORMADORAS 18 88 9 57 4 3 42 74 10 6 41 50 - 16 7 DD Indústrias da madeira e da cortiça 1 11 3 11 - - 5 15 25 8 10 - 2 2 DE Pasta de papel e cartão 1 - - 1 1 - - 1 1 1 - - - DG Fabricação de produtos químicos - 1 - - - - - - - - - - - - DH Artigos de borracha e matérias plásticas - 1 - - - - - 2 1 - 1 - - - DI Outros produtos minerais não metálicos 3 6 1 6 - - 4 5 6 6 4 - 1 - DJ Metalúrgicas de base e produtos metálicos 1 38 3 9 - - 7 12 16 6 6 - 7 3 DK Fabricação de outros equipamentos - - - 1 - - - - 1 - - - - - DL Fabricação de equipamento eléctrico - - - - - - - - 1 - - - - - DM Fabricação de material de transporte - 2 - - - - - - 4 3 1 - 1 - DN Outras indústrias transformadoras - 2 - - - - - 1 4 1 - - - - E ELECTRICIDADE, GÁS E ÁGUA 1 5 - 13 - - 2 4 4 5 5 - 5 3 F CONSTRUÇÃO 28 15 4 24 94 12 6 10 3 11 5 13 5 10 1 13 7 - 56 25 LEGENDA: A – Cabeça;B – Olhos;C – Face e dentes;D – Pescoço,costas e costelas;E – Tórax; F – Órgãos abdominais e região pélvica; G – Braço e ombro;H – Mão e pulso;I – Dedos da mão;J – Anca e perna; K – Tornozelo e pé; L – Corpo inteiro;M – Múltiplas partes;N – Não especificadas
  • 5. Formadora Cristina Lopes 5 ACIDENTE DE TRABALHO É acidente de trabalho o acidente que se verifica no local e no tempo de trabalho e produz directa ou indirectamente lesão corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte a morte ou redução da capacidade de trabalho ou de ganho. Considera-se também acidente de trabalho o ocorrido: - Fora do local ou do tempo de trabalho, quando verificado na execução de serviços determinados pela entidade patronal; - Na ida para o local de trabalho ou no regresso deste, quando for utilizado meio de transporte fornecido pela entidade patronal, ou quando o acidente seja consequência de particular perigo de percurso normal ou de outras circunstâncias que tenham agravado o risco do mesmo percurso; - Na execução de serviços espontaneamente prestados e de que possa resultar proveito económico para a entidade patronal. A designação de acidente de trabalho mortal reporta-se ao momento do acidente. LOCAL DE TRABALHO Entende-se por local de trabalho toda a zona de laboração ou exploração da empresa. TEMPO DE TRABALHO Entende-se por tempo de trabalho, além do período normal de laboração, o que precedeu o seu início em actos de preparação ou com ele relacionados, e o que se lhe seguiu em actos também com ele relacionados, e ainda as interrupções normais ou forçosas de trabalho. Depois de se ter analisado ao quadro sobre “Número de acidentes de trabalho mortais e não mortais por actividades, segundo a parte do corpo atingida”, responde às seguintes questões: 1. Em que tipo de actividade foram registados mais acidentes de trabalho mortais? 2. Estes acidentes terão sido verificados no dentro ou fora do local de trabalho? Justifica a tua resposta 3. Qual a parte do corpo que foi mais atingida, nos acidentes de trabalho que o quadro apresenta?
  • 6. Formadora Cristina Lopes 6 CONSEQUÊNCIAS DE UM ACIDENTE DE TRABALHO Após analisares a tabela e leres atentamente o texto, responde às questões colocadas. Tabela 2- Consequências de um acidente VITIMAS DANOS HUMANOS DANOS MATERIAIS SINISTRADO  Sofrimento físico  Sofrimento moral  Diminuição do potencial humano  Diminuição de salário  Baixa no potencial profissional FAMÍLIA  Sofrimento moral  Preocupações  Dificuldades económicas COLEGAS  Mau ambiente de trabalho  Inquietação  Pânico colectivo (por vezes)  Perdas de tempo  Perdas de prémios  Acumulação de tarefas EMPRESA  Prestígio da empresa  Consternação  Perdas de produção  Não cumprimentos de prazos  Formação de substitutos  Aumento nos preços de custo  Prémios das Companhias  Seguradoras PAÍS  Quebra do potencial humano  Perda de prestígio  Diminuição da produção  Aumento dos encargos sociais  Diminuição do poder de compra Os acidentes não são resultado do acaso, mas sim de causas naturais e previsíveis. Não acontecerão tantos acidentes se formos capazes de identificar e eliminar essas causas. A Prevenção é a ação de evitar ou diminuir os riscos profissionais, através de um conjunto de disposições ou medidas que devem ser tomadas no licenciamento e em todas as fases de actividade da empresa, do estabelecimento ou do serviço.  Os princípios da ação preventiva são os seguintes: 1 – Evitar os riscos; 2 – Avaliar os riscos que não se possam evitar; 3 – Combater os riscos na sua origem; 4 – Adaptar o trabalho ao indivíduo; 5 – Ter em conta a evolução da técnica; 6 – Substituir tudo o que seja perigoso por tudo o que traga pouco perigo ou nenhum; 7 – Planear a Prevenção de forma integrada; 8 – Sobrepor a proteção coletiva à individual; 9 – Dar as devidas instruções aos trabalhadores. Questões: 1. Indica os dois tipos de danos que um acidente de trabalho provoca. 2. Refere os danos humanos para o sinistrado.
  • 7. Formadora Cristina Lopes 7 3. Refere as consequências materiais para a família dos sinistrados. 4. Indica os danos causados aos colegas que para ti são os mais importantes. 5. Refere três danos materiais para a empresa em consequência de um acidente. 6. O país sofre algum tipo de consequências com o acidente de um indivíduo? Menciona quais. 7. A prevenção dos acidentes é importante. Refere porquê. 8. Menciona quatro princípios de ação preventiva de acidentes. Lê atentamente o texto e responde depois às questões colocadas. A IMPORTÂNCIADA FORMAÇÃO Noção de Risco Profissional A questão da formação no combate aos acidentes de trabalho junto dos jovens, tem uma importância fundamental, já que os maus hábitos se adquirem depressa e são sempre difíceis de corrigir. É, logo de início, que é preciso aprender a trabalhar corretamente, que é preciso aprender que um trabalho bem feito é um trabalho feito de maneira segura, que é preciso inculcar nos jovens trabalhadores o respeito pelo perigo. O trabalhador jovem não adquire imediatamente as técnicas eficazes, rápidas e seguras, os gestos e automatismos profissionais. Não tem experiência que lhe permita avaliar uma situação perigosa, prever a sua evolução e tomar a decisão rápida e segura.
  • 8. Formadora Cristina Lopes 8 Assim, o trabalhador deve ser cuidadosamente informado, desde a sua admissão, da natureza dos riscos profissionais que vai encontrar no seu local de trabalho e deve receber informações precisas, claras e completas das normas de higiene e segurança a adotar. Os jovens poderão aceitar dificilmente entraves e proibições sistemáticas, mas adaptar-se-ão facilmente a uma disciplina de trabalho, baseada numa justa apreciação dos riscos, se se lhes demonstrar as razões e a necessidade dessas medidas. O gosto do adolescente pelo risco deve ser guiado, orientado. É preciso ensiná-lo a calcular cuidadosamente os riscos e a saber escolher os passos seguros para atingir o resultado correto. Sobretudo no mundo do trabalho é possível, mediante uma formação adequada, levá-los a cumprir as medidas de higiene e segurança no trabalho. 1. Classifica em Verdadeiras ou Falsas (e nesse caso corrige-as) as seguintes afirmações: a) A formação dos jovens no combate aos acidentes de trabalho é pouco importante  b) Os maus hábitos em relação à segurança adquirem-se facilmente  c) Só se deve aprender a trabalhar corretamente depois de 6 meses na empresa  d) Um trabalho bem feito é um trabalho feito de forma insegura  e) Todos os jovens trabalhadores devem ter respeito pelo perigo  f) Muitos jovens adquirem logo as técnicas eficazes, rápidas e seguras, os gestos e automatismos profissionais  g) O trabalhador jovem deve, logo que começa a trabalhar, ser informado dos riscos que vai encontrar no seu posto de trabalho  h) O trabalhador jovem deve, depois de ter sido informado dos riscos que vai encontrar no seu posto de trabalho, adotar as medidas de segurança que acha adequadas  i) Os jovens, por vezes, têm uma certa dificuldade em aceitar entraves e proibições sistemáticas  j) Será mais difícil os jovens aceitarem as regras de segurança se lhes forem demonstrados os riscos que correm caso não as cumpram.  2. Achas que a formação em Higiene e Segurança para os jovens é importante? Porquê? 3. Essa formação deve ser feita logo que o trabalhador entra para a empresa ou só depois de passar algum tempo? Porquê?
  • 9. Formadora Cristina Lopes 9 4. Na formação inicial o que deve ser desde logo informado ao trabalhador jovem? 5. Achas que os jovens aceitam bem as regras de segurança? Em que condições as aceitarão melhor?