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PARTE 1: OS DIREITOS HUMANOS ..................................................................................08
     Capítulo 1: A cidadania ...............................................................................................................09
     Capítulo 2: Direitos Sociais e Econômicos ..................................................................................13
     Capítulo 3: Os Direitos Humanos ................................................................................................16
     Capítulo 4 : Direitos Humanos e Meio Ambiente ........................................................................19
     PARTE 2 : OS OPERÁRIOS SE ORGANIZAM: A FORMAÇÃO DOS SINDICATOS ..23
     Capitulo 1: O nascimento do sindicalismo urbano no Brasil ........................................................24
     Capitulo 2: O Sindicato dos metalúrgicos no regime militar.........................................................26
     Capitulo 3: O sindicalismo no fim do século..................................................................................27
     PARTE 3: FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO ................................................29
     Capítulo 1: Conceituando território e país .....................................................................................30
     Capítulo 2 : A ocupação do território brasileiro .............................................................................32
     PARTE 4: PARA ENTENDER O NEGRO NO BRASIL DE HOJE .....................................35
     Capitulo 1 – O Brasil, o que é afinal? ............................................................................................36
     Capitulo 2: África: berço de diversas civilizações .........................................................................38
     Capitulo 3: A Resistência negra no regime escravista....................................................................39
              Capitulo 4: A resistência negra: das revoltas ao movimento negro contemporâneo.......................41
              Capitulo 5: A produção cultural e artística do negro no Brasil.......................................................42
              Capitulo 6: Racismo, discriminação racial e ações afirmativas; a sociedade atual........................43
     Capitulo 7: Homens e mulheres negros: notas de vida e de sucesso..............................................44 Avaliação

   TABELA DE CONTEÚDOS E OBJETIVOS 1
Ano Tema       Capítulos/Conteúdo                                                                   Objetivos
               CAPÍTULO 1 – Cidadania                                                               Reconhecer permanências e
               Conceito de cidadania;                                                               transformações no conceito de
               Cidadania na antiguidade: Grécia e Roma;                                             cidadania.
               O cidadão Moderno.                                                                   Comparar acontecimentos no
               CAPÍTULO 2 – Direitos Sociais e Econômicos                                           tempo, tendo como referência
               O povo não é único: as diferenças de classe;                                         anterioridade, posteridade e
               Os direitos sociais e econômicos.                                                    simultaneidade.
               CAPÍTULO 3 – Os Direitos Humanos                                                     Reconhecer permanências e
6º    Direitos A Declaração Universal dos Direitos Humanos.                                         transformações sociais e
      Humanos  CAPÍTULO 4 - Direitos humanos e meio ambiente.                                       econômicas nas vivências cotidianas
               A proteção do meio ambiente e direito a vida.                                        da coletividade.
                                                                                                    Reconhecer as transformações na
                                                                                                    relação do homem com a natureza.

                     CAPÍTULO 1 – O nascimento do sindicalismo urbano no                            Analisar a história do sindicalismo
                     Brasil.                                                                        no Brasil republicano.
                     Origens do sindicalismo                                                        Analisar o papel dos sindicatos no
                     As condições de trabalho no início do século XX                                processo de resistência a ditadura
                     A mobilização dos trabalhadores                                                militar.
                     A era Vargas
                     Os sindicatos no período democrático (1945-1964)
         Os
                     CAPÍTULO 2 – O Sindicato dos Metalúrgicos no regime
7º       operários
                     militar.                                                                       Analisar o sindicalismo do final do
         se
                     O modelo sindical brasileiro durante o período militar                         século XX
         organizam:
                     (1964/1984)
         A
                     CAPÍTULO 3 – O sindicalismo no fim do século.
         formação
                     As modificações no mundo do trabalho diante da
         dos
                     globalização.
         sindicatos.
                          CAPITULO 1 - Conceituando território e país;                              a) Reconhecer as bases históricas
                          a) O que é um país?                                                       que contribuíram para a formação
8º                        b) Como é formado um território.                                          do atual território brasileiro.
         Formação         CAPITULO 2 – A ocupação do território brasileiro                          a) Analisar as relações políticas e
do            a) A ocupação do litoral nordestino;                     econômicas que contribuíram para a
      Território    b) A colonização do litoral nordestino;                  formação do atual território
      Brasileiro.   c) A Amazônia                                            brasileiro.


   TABELA DE CONTEÚDOS E OBJETIVOS 2
Ano Tema         Capítulos/Conteúdo                                          Objetivos
                 CAPITULO 1 – O Brasil o que é afinal?                       Apresentar as origens históricas da
9º    Para       a) Analise do processo de formação cultural do povo         diversidade cultural do povo
      entender o brasileiro;                                                 brasileiro considerando as diferentes
      negro no   b)Estudo do modelo de trabalho aplicado na construção       etnias presentes neste processo.
      Brasil de  da base econômica nacional;                                 Observar os fatores econômicos que
      hoje.      c)Definição do papel do negro no processo de                geraram o deslocamento destes
                 construção da economia, do território e cultura nacional;   grupos para o futuro território
                 CAP 2 - África: berço de diversas civilizações:             brasileiro.
                 a) Entendendo as civilizações africanas como                a) Desvincular o estudo da História
                 integrantes da História da humanidade;                      da visão eurocentrica considerando
                 b) Desconstruindo os mitos em torno da História             as particularidades das
                 africana;                                                   organizações políticas e sociais
                 c) Apontando o grau de evolução política e social           existentes na África.
                 africana.
                 CAP 3 - A resistência negra no regime escravista:           a) Apresentar uma análise da
                 a)Desconstrução do mito que associa a escravidão à          relação do negro com o trabalho
                 passividade do negro diante do opressor;                    escravo destacando os conflitos
                 b) Analise das formas de organização e atuação dos          resultantes deste tipo de exploração.
                 grupos negros que lutaram pela emancipação social;          a) Promover o estudo a respeito da
                 c) Apresentação do negro como elemento ativo no             resistência negra após a escravidão.
                 processo que resultou na extinção da escravidão no          a) Analise das diferenças culturais e
                 Brasil.                                                     religiosas.
                 CAPO 4 - A resistência negra: das revoltas ao               Analisar as origens históricas da
                 movimento negro contemporâneo:                              desigualdade racial no Brasil.
                 a) Analise da situação do negro brasileiro após a           a) Analisar a participação do negro
                 assinatura da Lei Áurea;                                    na construção da sociedade
                 b) Análise da resistência negra no Brasil contemporâneo     brasileira.
                 considerando os aspectos culturais e políticos.
                 CAP 5 – A produção cultural e artística do negro no
                 Brasil.
                 a) A produção artística negra no Brasil e a religiosidade
                 afro brasileira como forma de resistência.
                 CAPITULO 6 – Racismo, discriminação racial e ações
                 afirmativas na sociedade atual:
                 Entendimento dos termos: racismo e etnia;
                 O negro como sujeito histórico
                 CAPITULO 7 – Homens e mulheres negros: Notas de
                 vida e de sucesso:
                 a) O negro como elemento ativo na construção da
                 sociedade brasileira


   Capitulo 1: A cidadania
   Objetivo: Reconhecer permanências e transformações relativas ao conceito de cidadania
   Conteúdo:
   Conceito de cidadania
   Cidadania na antiguidade: Grécia e Roma
   O cidadão moderno
Desenvolvimento: Para o desenvolvimento deste capítulo o professor ou professora deverá recorrer a
utilização dos livros didáticos do ensino regular que tratam dos seguintes temas: Grécia Antiga, Império
Romano, Revolução Francesa. Assim, observando os objetivos deste capítulo, retire dos textos elementos
que possibilitem ao aluno entender as transformações e permanências relacionadas ao tema.
INICIANDO O TRABALHO
A utilização das eleições como elemento detonador deste capítulo seria uma opção interessante considerando
o seguinte questionamento:
Qualquer pessoa pode ocupar o cargo de prefeito ou existem restrições?
Quem pode votar para prefeito e vereador?
A Constituição do Brasil – em seu artigo 14 – oferece estas informações veja:
―Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor
igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.
§ 1º - O alistamento eleitoral e o voto são:
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
§ 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório,
os conscritos.
§ 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o pleno exercício dos direitos políticos;
III - o alistamento eleitoral;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
V - a filiação partidária;
VI - a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de
paz;
d) dezoito anos para Vereador.‖ (BRASIL, 1988).
Com relação ao texto acima observe: existem restrições a participação política – notadamente – da pessoa
analfabeta – que não pode ser candidato – e seu voto não é obrigatório. Assim um último questionamento
poderá introduzir ao tema cidadania: O analfabeto é um cidadão pleno? Para fundamentar a busca da
resposta oferecemos as informações abaixo.
1. O termo cidadania, em nossos dias, está associado ao exercício pleno dos direitos políticos, econômicos e
sociais da pessoa cuja aplicação está associada diretamente a forma de organização do estado. Assim a
existência de diferentes modelos de organização política implicaram, ao longo do tempo, no surgimento de
variados conceitos de cidadania como observaremos a seguir.
2. O conceito de cidadão grego – a partir do ano 594 a.C. - associa-se ao modelo de organização política
ateniense no qual os nascidos em seu território tinham a prerrogativa de participar diretamente das decisões
políticas da cidade. Esta fórmula, entretanto, não entendia como iguais todos os moradores daquela cidade-
estado restringindo a cidadania aos homens livres. Em Roma o termo cidadão não apresentava o mesmo
principio de igualdade observada na Grécia existindo uma separação de ordem social reservando aos
chamados patrícios o direito de ocupar cargos de governo.
3. O cidadão moderno – A partir do enfraquecimento do estado absolutista observaremos a idéia de
cidadania associada ao principio da igualdade entre as pessoas ao contrário do fundamento de privilégios
característica dos regimes monárquicos europeus até o final do século XVIII. A idéia de igualdade, presente,
sobretudo no chamado pensamento iluminista, nasce amparada nos princípios do liberalismo econômico
baseada, portanto, na ação do indivíduo em busca das melhores condições para a sua sobrevivência.
Desta forma não é difícil concluir que a principal prerrogativa do cidadão no final do século XVIII encontrava-
se na liberdade e para este fim o estado – representado na figura do poder absoluto do monarca até a
revolução francesa de 1789 – assume a função de garantir os direitos da pessoa e passa a ser representado
pelo ―povo‖ entendido como ―soberano‖.
                 A soberania do povo, entretanto, não pode ser confundida com o poder absoluto assim o
pensador francês, Barão de Montesquieu cria a estrutura ainda hoje presente na formação do estado
moderno. Montesquieu apresenta na divisão de poderes a fórmula de contrabalançar o domínio do conjunto
do povo contra o indivíduo daí a divisão de atribuições e competências nas ações do estado.
                  A leitura do texto da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão facilitará o entendimento
das afirmações acima. Assim observe:
Declaração dos Direitos do Homem
e do Cidadão
I - Os homens nascem e permanecem livres e iguais em direitos; as distinções sociais não podem ser
fundadas senão sobre a utilidade comum.
II - O objetivo de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis do homem;
esses direitos são a liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão.
III - O princípio de toda a soberania reside essencialmente na razão; nenhum corpo, nenhum indivíduo pode
exercer autoridade que dela não emane diretamente.
IV - A liberdade consiste em poder fazer tudo que não prejudique a outrem. Assim, o exercício dos direitos
naturais do homem não tem limites senão aqueles que asseguram aos outros membros da sociedade o gozo
desses mesmos direitos; seus limites não podem ser determinados senão pela lei.
V - A lei não tem o direito de impedir senão as ações nocivas à sociedade. Tudo o que não é negado pela lei
não pode ser impedido e ninguém pode ser constrangido a fazer o que ela não ordenar.
VI - A lei é a expressão da vontade geral; todos os cidadãos têm o direito de concorrer, pessoalmente ou por
seus representantes, à sua formação; ela deve ser a mesma para todos, seja protegendo, seja punindo.
Todos os cidadãos, sendo iguais a seus olhos, são igualmente admissíveis a todas as dignidades, lugares e
empregos públicos, segundo sua capacidade e sem outras distinções que as de suas virtudes e de seus
talentos.
VII - Nenhum homem pode ser acusado, detido ou preso, senão em caso determinado por lei, e segundo as
formas por ela prescritas. Aqueles que solicitam, expedem ou fazem executar ordens arbitrárias, devem ser
punidos; mas todo cidadão, chamado ou preso em virtude de lei, deve obedecer em seguida; torna-se culpado
se resistir.
VIII - A lei não deve estabelecer senão penas estritamente necessárias, e ninguém pode ser punido senão em
virtude de uma lei estabelecida e promulgada ao delito e legalmente aplicada.
IX - Todo homem é tido como inocente até o momento em que seja declarado culpado; se for julgado
indispensável para a segurança de sua pessoa, deve ser severamente reprimido pela lei. X - Ninguém pode
ser inquietado por suas opiniões, mesmo religiosas, contanto que suas manifestações não perturbem a ordem
pública estabelecida em lei.
XI - A livre comunicação dos pensamentos e opiniões é um dos direitos mais preciosos do homem; todo o
cidadão pode, pois, falar, escrever e imprimir livremente; salvo a responsabilidade do abuso dessa liberdade
nos casos determinados pela lei.
XII - A garantia dos direitos do homem e do cidadão necessita de uma força pública; essa força é então
instituída para vantagem de todos e não para a utilidade particular daqueles a quem ela for confiada.
XIII - Para a manutenção da força pública e para as despesas de administração, uma contribuição comum é
indispensável; ela deve ser igualmente repartida entre todos os cidadãos, em razão de suas faculdades.
XIV - Os cidadãos têm o direito de constatar, por si mesmos ou por seus representantes, a necessidade da
contribuição pública, de consenti-la livremente e de vigiar seu emprego, de determinar sua quota, lançamento,
recuperação e duração.
XV - A sociedade tem o direito de pedir contas de sua administração a todos os agentes do poder público.
XVI - Toda a sociedade na qual a garantia dos direitos não é assegurada, nem a separação dos poderes
determinada, não tem constituição.
XVII - A propriedade, sendo um direito inviolável, e sagrado, ninguém pode ser dela privado senão quando a
necessidade pública, legalmente constatada, o exija evidentemente, e sob a condição de uma justa e prévia
indenização.
                 A leitura do texto acima permite observar os princípios básicos da cidadania moderna e podem
ser apontados da seguinte forma: A liberdade individual como forma de alcançar a plena satisfação, a
proteção da propriedade privada assumindo esta uma característica absoluta, o estado como entidade
responsável pela segurança (manutenção da liberdade) individual. Estes princípios ainda encontram-se no
atual texto constitucional brasileiro, mas sofreram ampliações ao longo do tempo com a inclusão dos
chamados direitos sociais e econômicos como observaremos no segundo capítulo.
Capitulo 2: Direitos Sociais e Econômicos
Objetivo: Comparar acontecimentos no tempo, tendo como referência anterioridade, posteridade e
simultaneidade.
Conteúdo:
O povo não é único – As diferenças de classe
Os direitos sociais e econômicos
Desenvolvimento: Para desenvolver este tópico o professor poderá utilizar os livros didáticos do ensino
regular considerando os seguintes temas: O movimento operário do século XIX, as revoluções de
1917(Rússia), 1959 (Cuba) considerando o tratamento que os governos revolucionários dispensaram a idéia
de propriedade.
Iniciando o trabalho: As condições econômicas e sociais de um povo resultam do processo histórico e
podem ser analisadas a partir das formas de apropriação do resultado do trabalho. Esta afirmativa apresenta
uma fundamentação diferenciada daquelas observadas durante o final do século XVIII quando predominava o
pensamento liberal e, portanto, a crença no individuo em busca de sua satisfação como forma de motor da
economia. No inicio do século XIX Karl Marx apresenta uma nova forma de entendimento e aponta os
diferentes modos de propriedade dos meios de produção como origem das desigualdades econômicas
existentes em uma sociedade.
               Ao analisar historicamente a economia Marx proporcionou uma transformação nos movimentos
de reivindicação dos trabalhadores oferecendo alternativas fundamentadas cientificamente afastando estes de
explicações naturalistas, individualistas e deterministas. Nasce, deste modo, a idéia de cidadania
fundamentada no principio do trabalho como atividade coletiva necessitando, portanto, de uma justa
distribuição de seus resultados.Resultam deste pensamento inúmeras variáveis encontradas desde os
movimentos revolucionários socialistas até a criação de legislações trabalhistas que ofereceram uma maior
participação no resultado do trabalho como salário mínimo, regulamentação das horas trabalhadas, férias
remuneradas, aposentadoria etc.
             O texto abaixo poderá iniciar, em sala de aula, um debate sobre o tema e o professor ou
professora poderá observar a forma de apropriação do resultado do trabalho como fator preponderante no
aprofundamento das diferenças sociais e econômicas entre pessoas de um mesmo povo e, portanto,
detentores de direitos iguais.
BRASIL É OITAVO PAÍS EM DESIGUALDADE SOCIAL, DIZ PESQUISA

PATRÍCIA ZIMMERMANN CLARICE SPITZ da Folha Online, em Brasília e SP
07/09/2005
        O Brasil é o oitavo país em desigualdade social, na frente apenas da latino-americana Guatemala, e
dos africanos Suazilândia, República Centro-Africana, Serra Leoa, Botsuana, Lesoto e Namíbia, segundo o
coeficiente de Gini, parâmetro internacionalmente usado para medir a concentração de renda.
        O coeficiente de Gini varia de zero a 1,00. Zero significaria, hipoteticamente, que todos os indivíduos
teriam a mesma renda e 1,00, mostraria que apenas um indivíduo teria toda a renda de uma sociedade.
        O índice brasileiro foi de 0,593 em 2003, segundo o relatório do PNUD (Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento) sobre o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) em 177 países.
        De acordo com o documento, no Brasil 46,9% da renda nacional concentram-se nas mãos dos 10%
mais ricos. Já os 10% mais pobres ficam com apenas 0,7% da renda. Na Guatemala, por exemplo, os 10%
mais ricos ficam com 48,3% da renda nacional, enquanto na Namíbia, o país com o pior coeficiente de
desigualdade, os 10% mais ricos ficam com 64,5% da renda.
        O documento destaca ainda que a desigualdade social pode travar a expansão econômica e tornar
mais difícil que os pobres sejam beneficiados pelo crescimento. "Altos níveis de desigualdade de renda são
ruins para o crescimento e enfraquecem a taxa em que o crescimento se converte em redução de pobreza:
eles reduzem o tamanho do bolo econômico e o tamanho da fatia abocanhada pelos pobres", diz o relatório.
        Ao alertar para a gravidade das diferenças sociais no mundo, o representante do PNUD, Ricardo
Fuentes, afirmou que em uma hora cerca de 1,2 mil crianças morrem no mundo, o que equivale a três
tsunamis por mês. ―As desigualdades limitam o avanço das metas [objetivos do milênio, traçados para 2015],
disse‖.
        Segundo ele, os progressos não tem sido suficientes, e o relatório do PNUD servirá como um alerta
para a Assembléia Geral das Nações Unidas marcada para este mês. "Vai chamar a atenção dos chefes de
Estado para estes que são problemas do mundo", disse.
       Segundo ele, a "extrema desigualdade" limita até mesmo a legitimidade política de alguns governos,
e deve ser objeto de políticas públicas específicas.
       Uma simulação do PNUD revela que o Brasil cairia 52 posições no ranking do IDH caso o índice
fosse calculado com base na renda dos 20% mais pobres e não no PIB (Produto Interno Bruto) per capita. O
país passaria, então da 63ª colocação para o 115º lugar entre os 177 países avaliados. Esse resultado seria
obtido mudando somente a variável renda, sem alterar os indicadores de educação e longevidade.
       O estudo revela ainda que a transferência de 5% da renda dos 20% mais ricos do país para os mais
pobres seria capaz de retirar 26 milhões de pessoas da linha da pobreza e reduzir a taxa de pobreza de 22%
para 7%.
       Na avaliação do PNUD, segundo o relatório, para que as "Metas do Milênio" sejam atingidas é
preciso uma ampliação substancial da qualidade e quantidade de ajuda ao desenvolvimento, além de bases
mais justas para o comércio internacional e a redução de conflitos violentos entre os povos.
       Entre as chamadas "Metas do Milênio", estão a de reduzir pela metade, entre 1990 e 2015, tanto a
porcentagem de pessoas cujo rendimento é inferior a US$ 1 por dia quanto o percentual da população que
sofre de fome. Também fixa a meta de reduzir o índice de mortalidade de crianças com menos de cinco anos
em dois terços e o índice de mortalidade de mães, em três quartos até 2015.

Capitulo 3: Os Direitos Humanos
Objetivos: Reconhecer permanências e transformações sociais, econômicas nas vivências cotidianas da
coletividade.
Conteúdo:
A Declaração Universal dos Direitos Humanos
O Direito Econômico
Desenvolvimento: Para o desenvolvimento deste tópico o professor ou professora poderá recorrer aos livros
didáticos que tratam dos seguintes temas: Totalitarismo (nazismo, fascismo), Segunda Guerra Mundial, a
Guerra Fria.
Iniciando o Trabalho: Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) os Estados Unidos e União Soviética
lutaram contra o nazismo tendo o Exército Vermelho desempenhado importante papel ao aniquilar o centro do
poder nazista tomando a capital da Alemanha enquanto os estadunidenses libertavam a França do
totalitarismo abrindo caminho para o fim do regime de Adolf Hitler.
                    O termino deste conflito de alcance mundial proporciona uma reorganização das forças
econômicas e políticas internacionais e, neste contexto, os Estados Unidos e União Soviética (os grandes
vitoriosos da Segunda Guerra) surgem como forças que postulam a hegemonia gerando uma disputa por
espaços estratégicos denominada de Guerra-Fria.
                   Os conflitos gerados a partir da ascensão do nazismo também serviram de reflexão para as
diferentes nações criando à necessidade de critérios mais claros de proteção a pessoa contra abusos dos
poderes políticos e econômicos. Neste ponto relembramos que o totalitarismo de Hitler ganha força a partir da
proposta de uma Alemanha forte amparada na submissão dos povos considerados ―inferiores‖ aspecto, aliás,
    O Brasil participou ativamente   prontamente apoiado pelo poder econômico daquele país cujo apoio
    das negociações que resultaram   financeiro contribuiu para o fortalecimento do nazismo.
     na criação da ONU tendo seu                      Seguindo este principio os povos dominados eram
      representante naquele órgão,   imediatamente submetidos ao trabalho escravo produzindo riquezas para os
    Osvaldo Aranha, presidido sua    industriais alemães enquanto a força de trabalho ociosa era empregada em
       primeira Assembléia Geral.    tarefas militares de ocupação e defesa.
         Outro aspecto relevante                      Esta fragilidade da pessoa diante do poder político e
   encontra-se na autoria do projeto econômico também foi observada nos Estados Unidos no período seguinte a
       da sede das Nações Unidas     crise de 1929 quando milhares de estadunidenses perderam o seu emprego
     (foto), em Nova York (EUA),
                                     ficando o estado – amparado nos princípios do liberalismo clássico -
    trabalho do arquiteto brasileiro
            Oscar Niemeyer.          impedido de intervir diretamente na economia. Este quadro de profunda crise
                                     social foi alterado durante o governo de Franklin Delano Roosevelt (1933-
                                     1945) através da adoção de uma política econômica denominada de Estado
                                     de Bem Estar Social. Neste modelo o estado assumia a função de regulação
                                     econômica destacando-se nos aspectos associados à moradia e previdência
                                     social. Considerando essas experiências o conceito de cidadania – após a
                                     Segunda Guerra Mundial - sofre uma ampliação incorporando aos
tradicionais direitos civis os aspectos de ordem econômica e social. Este ato foi concretizado através da
Declaração Universal dos Direitos Humanos aprovada pela Assembléia Geral da Organização das Nações
Unidas (ONU) em 1948.
O professor ou professora deve observar neste ponto as transformações no conceito de cidadania que
conservam os princípios defendidos desde o século XVIII, mas acrescentam ao estado o poder de intervenção
na economia para garantir direitos como: isonomia salarial, regulamentação da jornada de trabalho,
escolaridade mínima, acesso aos bens culturais dentre outros. Estes direitos – como é fácil perceber – têm
sua fundamentação na economia tornando-os, portanto, direitos econômicos.
                Em sala de aula o professor ou professora poderá trabalhar este tópico a partir de uma análise
do processo de ascensão de Hitler na Alemanha e os métodos autoritários implantados por este que
desconsideravam as liberdades individuais do cidadão proclamadas desde o final do século XVIII. Também
poderá analisar os ataques do nazismo aos direitos culturais da pessoa considerando o ideal nazista de uma
raça superior e perseguições étnicas (judeus, poloneses etc) e aos grupos formados por comunistas,
homossexuais, pensadores etc.
                 Abaixo destacamos estas transformações transcrevendo os artigos da Declaração que
apontam esta modificação no conceito de cidadania:
    DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS
    Artigo XXII.
    Todo ser humano, como membro da sociedade, tem direito à segurança social, à realização pelo
                 esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a organização e recursos
                 de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua
                 dignidade e ao livre desenvolvimento da sua personalidade.
    Artigo XXIII.
    1. Todo ser humano tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis
    de trabalho e à proteção contra o desemprego.
    2. Todo ser humano, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho.
    3. Todo ser humano que trabalha tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que lhe assegure,
    assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana e a que se
    acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social.
    4. Todo ser humano tem direito a organizar sindicatos e a neles ingressar para proteção de seus
    interesses.
    Artigo XXIV.
    Todo ser humano tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das horas de trabalho e a
    férias remuneradas periódicas.
    Artigo XXV.
    1. Todo ser humano tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar-lhe, e a sua família, saúde e
    bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais
    indispensáveis, e direito à segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou
    outros casos de perda dos meios de subsistência em circunstâncias fora de seu controle.
    2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais. Todas as crianças,
    nascidas dentro ou fora do matrimônio gozarão da mesma proteção social.
    Artigo XXVI.
    1. Todo ser humano tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus
    elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico-profissional
    será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito.
    2. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do
    fortalecimento do respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais. A instrução
    promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou
    religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz.
    3. Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que será ministrada a seus
    filhos.
    Artigo XXVII.
    1. Todo ser humano tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir das
    artes e de participar do progresso científico e de seus benefícios.
    2. Todo ser humano tem direito à proteção dos interesses morais e materiais decorrentes de qualquer
    produção científica literária ou artística da qual seja autor.
Artigo XXVIII.
     Todo ser humano tem direito a uma ordem social e internacional em que os direitos e liberdades
     estabelecidos na presente Declaração possam ser plenamente realizados.
     Artigo XXIX.
     1. Todo ser humano tem deveres para com a comunidade, na qual o livre e pleno desenvolvimento de
     sua personalidade é possível.
     2. No exercício de seus direitos e liberdades, todo ser humano estará sujeito apenas às limitações
     determinadas pela lei, exclusivamente com o fim de assegurar o devido reconhecimento e respeito dos
     direitos e liberdades de outrem e de satisfazer as justas exigências da moral, da ordem pública e do
     bem-estar de uma sociedade democrática.
     3. Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma, ser exercidos contrariamente aos
     objetivos e princípios das Nações Unidas.
     Artigo XXX.
     Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada como o reconhecimento a qualquer
     Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer qualquer atividade ou praticar qualquer ato destinado à
     destruição de quaisquer dos direitos e liberdades aqui estabelecidos. (Texto completo está disponível
     em: www.onu-brasil.org.br
Capitulo 4: Direitos Humanos e meio ambiente
Objetivos: Reconhecer transformações nas relações do homem com a natureza
Conteúdo:
A proteção do meio ambiente e o direito a vida
Desenvolvimento: Para o desenvolvimento deste tópico o professor ou professora poderá utilizar livros
didáticos de geografia do ensino regular (meio ambiente) associados aos capítulos relativos a: introdução da
cana-de-açúcar, a exploração do ouro em Minas Gerais, os movimentos sociais no Brasil considerando as
Ligas Camponesas e o Movimento dos Sem Terra (MST).
Iniciando o trabalho: O uso predatório dos recursos naturais ao longo do processo de consolidação do
capitalismo resultou em problemas de ordem ambiental e social responsáveis por restrições a plena
cidadania. Desta forma observaremos a transformação de extensas regiões da Terra em áreas fornecedoras
de matéria prima cuja utilização – em países economicamente mais avançados – gerou, além da ameaça de
esgotamento de bens naturais, o desequilíbrio ambiental acompanhado de suas trágicas conseqüências
relacionadas a fome, enchentes, doenças.
No Brasil desde o final do século XV o desmatamento de florestas para introdução em seguida da grande
propriedade agro-exportadora ou a extração e exportação do minério de ferro caracterizam com clareza este
quadro predatório. Esta realidade contribuiu para a formação de uma cultura na qual o trabalho extrativista
passa a ser efetivado seguindo um modelo análogo ao de escravo tornando, aos nossos olhos, natural as
péssimas condições de sobrevivência dos homens e mulheres utilizados como mão-de-obra nestes setores
da economia. Ainda neste quadro observamos a existência de um grande número de famílias sem terra
desalojadas-via de regra – em nome do interesse econômico quase sempre voltado para a monocultura de
exportação.
Este tipo de atividade empresarial – a monocultura de exportação – é responsável no Brasil pelo esgotamento
de solos e também pela diminuição da utilização de áreas férteis para o plantio de alimentos ocasionando
uma elevação no preço destes.
A legislação brasileira apresenta – em diferentes momentos – preocupação com a proteção dos recursos
naturais e sua utilização racional como é possível observar através do primeiro Código de Minas em 1934 que
foi seguido pelo Código de Águas, a instituição do monopólio estatal do petróleo em 1954 dentre outros.
Quanto à garantia de abastecimento alimentar observaremos diferentes legislações voltadas para o controle
dos preços além de tentativas de promoção da reforma agrária.
Este quadro de defesa do meio ambiente – entretanto – somente ganhou destaque em nossa legislação a
partir da Constituição de 1988 quando em seu artigo 5º ficou determinado: ―LXXIII - qualquer cidadão é parte
legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o
Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o
autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência‖ (BRASIL, 1988)
Neste ponto torna-se possível observar a transformação do conceito de cidadania desde a Grécia até nossos
dias ampliando do direito de participar das decisões políticas ao dever de colaborar na preservação do meio
ambiente para garantir uma sobrevivência com qualidade.
Acredito que este texto proporcionou condições para elaboração de um trabalho final (mural, jornal mural,
linha do tempo, teatro) representando as transformações e continuidades a respeito do tema. Para encerrar
transcrevemos um texto para auxiliar nos exercícios em sala de aula:
Com estímulo oficial, floresta vira capim
FOLHA DE SÃO PAULO 13 DE JANEIRO DE 2008
Motor do desmatamento, pecuária explode na Amazônia e torna Brasil maior exportador mundial de
carne, diz novo estudo
Região Norte responde hoje por 36% do rebanho do país e um terço das exportações, turbinada por
subsídios e pela falta de fiscalização
MARTA SALOMON
ENVIADA ESPECIAL A SÃO FÉLIX DO XINGU (PA)
O município amazônico que mais derruba floresta vende filé mignon mais barato do que carne de segunda no
resto do país. Dono do maior rebanho bovino brasileiro, São Félix do Xingu, no Pará, dá um retrato extremo
da expansão acelerada da pecuária na Amazônia Legal. Estimulada por terra barata e crédito oficial a juros
subsidiados, a atividade está diretamente associada ao desmatamento.
Nesta década, grande parte dos 14,5 mil quilômetros quadrados de mata derrubados no município - quase
dez vezes a área da cidade de São Paulo- deu espaço a pastos. Eles abrigam 1,7 milhão de cabeças de
gado. São 30 bois por habitante, relação quase dez vezes maior que a média da Amazônia, que já é o triplo
da média nacional.
Os recordes de São Félix do Xingu ecoam na região. No ano passado, quando a área desmatada alcançou
19% da floresta, a Amazônia Legal passou pela primeira vez a marca dos 10 milhões de abates, segundo
projeções da ONG Amigos da Terra -Amazônia Brasileira.
No relatório "O Reino do Gado", lançado hoje, a entidade estima aumento de 46% nos abates entre 2004 e
2007. A concentração cada vez maior do crescimento do rebanho brasileiro na Amazônia (que entre 2003 e
2006 concentrou 96% do crescimento do rebanho nacional) fez com que a região bancasse um terço das
exportações brasileiras de carne, assegurando a liderança mundial do país nesse mercado.
"A pecuária está sendo empurrada para cá", constata Carlos Xavier, presidente da comissão para assuntos
da Amazônia Legal da CNA (Confederação Nacional da Agricultura) e da federação local, numa referência à
substituição de pastos no Sudeste e Centro-Oeste por culturas de cana-de-açúcar e grãos. "A pressão [sobre
a fronteira agrícola] é muito forte."
Não há quem discorde desse diagnóstico, endossado pelo fluxo de fazendeiros vindos sobretudo de Goiás -
daí a piada de que capital do Pará é Goiânia, e não Belém.
O aumento do preço das commodities é a hipótese mais forte para explicar por que o ritmo do desmatamento
voltou a crescer a partir do segundo semestre de 2007. O crescimento foi detectado por imagens de satélite.
Um novo alerta deverá ser divulgado pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) nesta semana,
com base nas medições entre outubro e dezembro. O último deles fez o governo mobilizar a Força Nacional
de Segurança contra a ação dos tratores.
Ao mesmo tempo em que se mostra preocupado com os sinais de novo avanço do desmatamento na
Amazônia, o governo Luiz Inácio Lula da Silva aposta no crescimento da pecuária. Relatório do Ministério da
Agricultura prevê aumento de 31,5% da produção de carne bovina nos próximos dez anos.
Segundo o ministério, as exportações brasileiras passariam nesse período do equivalente a 29% a pouco
mais de 39% do mercado mundial. Não se cogita reverter o papel da Amazônia nessas cifras.
Pasto subsidiado
A expansão da pecuária de corte na região conta com duas linhas de financiamento operadas pelo Banco da
Amazônia, com juros subsidiados, entre 0,5% e 10,5% ao ano -os mais baratos do país.
De micro a grandes, os pecuaristas do Pará receberam R$ 80 milhões em empréstimos em 2007 do Pronaf
(Programa Nacional de Agricultura Familiar) e do FNO (Fundo Constitucional do Nordeste), estima João
Miranda, superintendente do Basa.
Um estudo ainda inédito, a ser divulgado no mês que vem pelo Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente
da Amazônia), estima que entre 2003 e 2007 os pecuaristas da região Norte tenham recebido R$ 1,89 bilhão
só do FNO. Apesar de ser proibido usar o fundo para desmatar, ele acaba estimulando a derrubada, diz o
Imazon. "Um fazendeiro pode desmatar novas áreas sem empréstimo, pois sabe que obterá bons
rendimentos usando o empréstimo subsidiado para comprar o rebanho."
Embora o discurso oficial iniba o desmatamento, uma norma interna do Basa manda dispensar comprovação
de reserva legal de florestas na contratação dos empréstimos. Questionado se o banco fiscaliza o
desmatamento em propriedades financiadas, o gerente do Basa em São Félix, João Batista Gonçalves,
disse: "Não temos como fiscalizar, não somos fiscais do Ibama. Se [o cliente] desmatou mais do que podia, o
governo que puna".
Subsídios públicos estão na origem da pecuária na Amazônia. A atividade foi patrocinada pelos governos
militares, preocupados em colonizar a região, a partir do final dos anos 1960, sob o lema "Integrar para não
entregar". A floresta pouco povoada era entendida como ameaça à soberania nacional.
Na época, o desmatamento foi estimulado e a ele esteve vinculada a posse da terra. A legislação permitia
então a derrubada de árvores em metade da extensão das propriedades. Só em 1996 a regra mudou e
passou a exigir 80% de reserva legal de florestas nas propriedades da região. O percentual ficou no papel:
"Ninguém respeita [o limite]", atesta o prefeito de São Félix, Denimar Rodrigues (PR). Sai muito mais barato
desmatar do que investir na recuperação de pastos, justifica. Eis a lógica da principal -e praticamente única-
atividade econômica do município.


Parte 2: Os operários se organizam: A formação dos sindicatos
Capitulo 1: O nascimento do sindicalismo urbano no Brasil
Objetivo: Analisar a história do sindicalismo no Brasil republicano
Conteúdo:
As origens do sindicalismo
As condições de trabalho no início do século XX
A mobilização dos trabalhadores
A era Vargas
Os sindicatos no período democrático (1945-1964)
Capitulo 2: O Sindicato dos metalúrgicos no regime militar
Capitulo 3: O sindicalismo no fim do século
Desenvolvimento: Neste ponto dos estudos o tema TRABALHO é apresentado considerando – inclusive – o
seu aspecto legal tendo a autora utilizado o capitulo dos Direitos Sociais da Constituição brasileira de 1988
como forma de revelar o caráter de regulamentação presente no tema. A utilização deste texto jurídico
apresenta um momento diferenciado na leitura e seria interessante uma apresentação para a classe de um
exemplar em sua totalidade.
                A seguir um trabalho de conceituação do termo CONSTITUIÇÃO seria de grande importância
bem como um breve histórico dos diferentes modelos implantados no Brasil desde 1824. Como referência
apresento, abaixo, algumas informações.
Existiram no Brasil sete constituições a saber: 1824,1891, 1934,1937, 1946, 1967, 1988.
A regulamentação das relações de trabalho somente passou a ser abordada no texto constitucional a partir de
1934.
A mudança mais significativa observa-se a partir da Constituição de 1988 quando no capítulo reservado a
Ordem Econômica o texto legal determina:
CAPÍTULO I
Dos Princípios Gerais da Atividade Econômica
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre
iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social,
observados os seguintes princípios:
I - soberania nacional;
II - propriedade privada;
III - função social da propriedade;
IV - livre concorrência;
V - defesa do consumidor;
VI - defesa do meio ambiente;
VII - redução das desigualdades regionais e sociais;
VIII - busca do pleno emprego;
IX - tratamento favorecido para as empresas brasileiras de capital nacional de pequeno porte.
Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica,
independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei. (Brasil, 1988)
4. O Caput, do texto constitucional selecionado, determina a valorização do trabalho humano que está acima
dos interesses do capital e avança na idéia de ―liberdade de escolha‖ no inciso 8 quando apresenta como um
dos objetivos da economia nacional a busca do PLENO EMPREGO, ou seja, o cidadão tem o direito de
trabalhar na função escolhida e para a qual preparou-se ao longo de sua vida recebendo a devida valorização.
                Considerando os aspectos culturais e econômicos em nosso país o estudo das relações de
trabalho devem também refletir a nossa tradição agro-exportadora fundamentada na grande propriedade e no
trabalho escravo além da exploração dos recursos minerais (no caso de Minas Gerais o minério de ferro) para
exportação isto somado a nossa tardia industrialização. Diante de tais condições discussões sobre o tema
―direito do trabalhador‖ surgem como ameaça ao modelo econômico que – com tais características –
necessita de mão de obra não especializada e com baixo custo.
                O Estado brasileiro manteve-se distante da regulamentação das relações de trabalho como
forma de legitimação do modelo de base colonial e somente a partir dos anos de 1930 estabeleceu direitos e
deveres aos patrões e empregados considerando a implantação de uma nova política econômica cujo objetivo
seria o crescimento a partir da industrialização.
                Assim as leis trabalhistas implantadas no período Vargas (1930-1945) obedeciam um modelo
nacionalista que rompia com a tradição liberal e introduziam um novo modelo de Estado, com maiores
poderes de intervenção na economia, reconhecendo o trabalhador como sujeito de direito. Durante a ditadura
do Estado Novo (1937-1945) a aliança entre trabalhadores urbanos e Estado resultou em limitações na
autonomia dos sindicatos que funcionavam como órgãos do Ministério do Trabalho, entretanto, com o fim do
período ditatorial, havia no Brasil uma organização de massa com sentimento de unidade de classe e com
disposição para a mobilização em busca da ampliação de direitos.
         Esta estrutura sindical vai representar um papel importante no chamado período democrático (1946-
1964) do qual destacamos dois momentos: A campanha nacionalista do Petróleo é Nosso (1947/1954) e a
defesa das reformas de base (1963/64) durante o governo João Goulart. No primeiro caso a estrutura sindical
(de patrões e empregados) mobilizou-se em torno de um projeto de intervenção do Estado na economia cujo
resultado foi a implantação do monopólio estatal do petróleo. No segundo momento a rede de sindicatos e
organizações de trabalhadores rurais volta-se para a defesa da reestruturação da organização econômica
nacional apoiando à reforma agrária, a lei das remessas de lucros, a ampliação dos direitos políticos e
educacionais.
         Este período de mobilização foi interrompido a partir de 1964 em função do golpe militar apoiado pelos
setores conservadores da sociedade brasileira contando com a infra-estrutura do governo dos Estados Unidos
que financiou o processo de desestabilização do governo Goulart através de ataques na grande imprensa
utilizando-se do mito do ―perigo comunista‖.
         O texto, desta primeira parte, permite a ampliação do estudo com história oral a partir de depoimentos
de moradores da região sobre o mundo do trabalho.
         Os resultados destes depoimentos poderiam ser reunidos em um pequeno livro, ilustrado com fotos,
promovendo um trabalho que incluiria a disciplina de língua portuguesa.
Capitulo 2: O Sindicato dos Metalúrgicos no regime militar
Conteúdo: O modelo sindical brasileiro durante o período militar (1964-1984)
Objetivo: Analisar o papel dos sindicatos no processo de resistência a ditadura militar
Desenvolvimento: O modelo sindical implantado após 1964 retirou destas organizações de trabalhadores
sua autonomia promovendo intervenções nas direções daquelas entidades mais combativas. Em Minas
Gerais destacamos o Sindicato e a Federação dos Tecelões, presidido por Sinval de Oliveira Bambirra, o
Sindicato dos Gráficos sob a liderança de Dimas Perrin, o Sindicato dos Bancários, o Sindicato dos
Marceneiros presidido pelo líder negro João Firmino Luzia. Estes dirigentes trabalhistas, dentre muitos, foram
presos e torturados acusados de ―conspiração‖.
Ao silenciar estas lideranças o regime militar reduziu os sindicatos a função de órgãos de suplementação das
funções do Estado oferecendo serviços de saúde e lazer além de servir como organismo disciplinador dos
trabalhadores.
A mobilização dos metalúrgicos do ABC paulista é entendida como referência do rompimento – ainda no
regime militar – deste quadro de subserviência dos sindicatos ao governo e reflete movimentos
reivindicatórios – que no final da década de 70 – eclodiram em vários pontos do Brasil como os metalúrgicos
de Contagem e João Monlevade, trabalhadores da construção civil de Belo Horizonte e professores de Minas
Gerais.
Uma atividade interessante para este capítulo seria uma discussão em torno do papel dos sindicatos no
processo de transformação econômica do Brasil considerando a seguinte questão:
Qual a razão da perseguição aos líderes sindicais durante o período militar?
Capitulo 3: O sindicalismo no fim do século
Conteúdo: As modificações no mundo do trabalho diante da globalização
Objetivo: Analisar o sindicalismo no final do século XX
Desenvolvimento: A economia brasileira apresentou transformações consideráveis a partir dos anos de 1950
com a introdução de uma política que substituiu a importação de produtos como eletrodomésticos e
automóveis por tecnologia para fabricação destes itens aumentando a oferta de empregos no setor industrial
nacional. A manutenção deste modelo de crescimento exigia a proteção das empresas instaladas no Brasil e,
para este fim, foram criadas restrições a importação de produtos similares aos aqui fabricados. A partir do final
dos anos de 1980 o chamado neoliberalismo torna-se hegemônico e aplicam-se políticas de livre importação.
Os países de industrialização tardia, como o Brasil, sofrem uma acentuada queda nas vagas de emprego em
função do fechamento de estabelecimentos industriais que transformam-se – em muitos casos – em
montadoras de produtos cujas fábricas encontravam-se nos mais variados pontos do planeta.
A tradição sindical nacional de atuar através de grandes mobilizações de massa sofre um considerável recuo
provocado – inclusive – pelo temor dos trabalhadores em perder o emprego ou mesmo pelo enfraquecimento
quantitativo de categorias que tradicionalmente encabeçavam tais reivindicações.
Neste ponto o aluno vai observar que determinadas profissões foram extintas ou sofreram uma redução no
número de ofertas de vagas
TERCEIRA PARTE
FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO
PARTE 3 – Formação do território brasileiro
Capitulo 1 – Conceituando território e país ?
Conteúdo:
O que é um país ?
Como é formado um território
Objetivo:
a) reconhecer as bases históricas para formação do território brasileiro
Desenvolvimento: Para o desenvolvimento deste tópico o professor ou professora poderá utilizar livros
didáticos de História relacionando: A Inconfidência Mineira, A independência da América Espanhola, A
Revolução Americana. Os livros de Geografia também oferecem importante colaboração nos capítulos
relativos a ―territorialidade‖.
Iniciando o trabalho:

 MAPA 1                                          Mapa1



                                                 A definição clássica de país define o termo como um território
                                                 geograficamente delimitado possuindo – via de regra – um
                                                 governo soberano. Entretanto a criação destes limites
                                                 territoriais não ocorre por obra e graça da natureza, pois
                                                 correspondem a necessidades políticas. No processo de
                                                 construção e consolidação de um território também
encontraremos presentes elementos culturais de aproximação entre as pessoas variando estes de fatores
como o idioma, religião, história etc. Um exemplo clássico desta aproximação cultural foi a tentativa de Simón
Bolívar de unificar a antiga América espanhola baseado na antiga unidade do Império Inca acrescida dos
fatores lingüísticos, econômicos e sociais além da experiência comum de controle espanhol. No caso
brasileiro diferentes movimentos de emancipação política tentaram – a partir deste principio – delimitar e criar
o país Brasil partindo de bases semelhantes aquelas defendidas por Bolívar. Em Minas Gerais a chamada
Inconfidência Mineira entendeu o caráter processual da formação territorial e optou por apresentar um projeto
de reunião das capitanias mais próximas – e prósperas - do ponto de vista geográfico algo semelhante ao
verificado na América do Norte quando tornaram-se independentes as 13 colônias que posteriormente
formariam os Estados Unidos. Para introdução deste tema o trabalho com mapas pode apresentar um
resultado bastante positivo considerando uma análise das transformações territoriais. Abaixo apresentamos
alguns exemplos: O mapa 1 representa a situação política da América do Sul até meados do século XV
quando o continente passou a ser ocupado por espanhóis e portugueses. Nesta representação histórica
vamos verificar a existência de um grande império – o Inca – responsável pelo controle de aproximadamente
4.000 km ocupando parte dos territórios do atual Chile, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia. Observe que não
existe um país Inca, mas um vasto território – formado por inúmeras cidades-estado – constituindo um império
cujo controle envolvia diferentes etnias.   O mapa 2 representa um outro momento na América do Sul
representado pelo meridiano de Tordesilhas – fruto de um acordo assinado em 1494 - responsável pela
divisão do continente entre as duas maiores potências européias no final do século XV, a saber, Portugal e
Espanha. Observe o desaparecimento da estrutura territorial do Império Inca ficando os dois reinos europeus
como controladores de toda América1. O mapa também revela a não existência de países no continente que
surgiriam somente no século XIX após a independência como é possível observar no

                                                     Mapa 2
                                     MAPA 2

    Espanha


                                                                                                             mapa 3. Como
                                                                                                             fica evidente o
                                                                                                             maior país – em
                                                                                                             extensão territorial
                                                                                                             - da América do
                               PORTUGAL                                                                      Sul é o Brasil
                                                                                                             ocupando um
trecho significativo da área reservada a                                  Brasil                             Espanha pelo
Tratado de Tordesilhas. Esta última                                                                          afirmativa pode
ser apresentada ao aluno da seguinte                                                                         forma: Dois
grandes reinos europeus dominaram                                                                            nosso continente
do final do século XIV até meados do                                                                         século XIX. O
Brasil foi colônia de Portugal, detentor da                                                                  menor parte da
América do Sul, entretanto o território                                                                      brasileiro supera
em tamanho a parte portuguesa. Como                                                                          isso é possível?
Na aula seguinte a correção será utilizada                                                                   como introdução
ao segundo capitulo.                                                         MAPA 3
Capítulo 2: A ocupação do território                                                           brasileiro
Conteúdo:
A União Ibérica
A ocupação do litoral nordestino
A colonização do litoral paulista
A Amazônia
Objetivo: Reconhecer as relações econômicas e políticas que possibilitaram a formação do atual território
brasileiro.
Desenvolvimento: Para o desenvolvimento deste tópico o professor ou professora pode utilizar os livros
didáticos do ensino regular de História e Geografia considerando os seguintes temas: Capitanias Hereditárias,
Os Bandeirantes, União Ibérica.
Iniciando o trabalho: Entre 1581 e 1640 Portugal e Espanha promovem a unificação de seus governos
através de um acordo político conhecido por ―União Ibérica‖. Este acordo teria facilitado a entrada dos
portugueses nas regiões que ultrapassavam os limites estabelecidos pelo Tratado de Tordesilhas. Esta pode
ser uma explicação razoável, entretanto, é preciso considerar fatores que antecedem a unificação ibérica e
observar as diferentes frentes de interiorização do branco europeu no futuro território brasileiro.
Estas frentes iniciam-se com a divisão, da área controlada por Portugal, em grandes extensões de terras
denominadas de Capitanias Hereditárias. Estas, por sua vez, eram entregues a administração de nobres
portugueses que deveriam iniciar a exploração comercial e garantir a defesa do território.
Este modelo não conseguiu cumprir os objetivos estabelecidos e diante da ameaça de invasões optou-se por
retomar as capitanias e instituir um governo para o território de domínio português. O governo geral –
instituído a partir de 1549 – teria a responsabilidade de organizar a colonização e – naturalmente – garantir a
posse portuguesa das terras brasileiras.


1
 Na realidade Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Tordesilhas na esperança de controlar todas as áreas ainda não controladas
pelos europeus.
Estabelecido o governo geral no litoral inicia-se a implantação da cultura da cana-de-açúcar em grandes
propriedades rurais voltadas para a exportação. Este sistema vai marcar profundamente a história da
distribuição de terras e do trabalho no Brasil considerando os seguintes aspectos básicos: a larga utilização
da mão-de-obra escrava, o predomínio da monocultura e do latifúndio.
O sistema de monocultura agro-exportador expandindo pelo litoral nordestino reserva aos criadores de gado a
opção de ocupar o interior daquela região quebrando desta forma os limites do Tratado de Tordesilhas. Esta
entrada dos criadores de gado para o interior – sobretudo do atual estado da Bahia – contribuirá para a
ocupação do norte de Minas Gerais durante o século XVIII.
A ocupação do litoral do atual estado de São Pulo ocorre de modo semelhante ao nordestino priorizando o
plantio da cana-de-açúcar, mas sem o sucesso observado no primeiro caso. Este fracasso acaba por
transformar a região em fornecedora de mão-de-obra escrava indígena levando para o interior as chamadas
―bandeiras‖ que também eram impulsionadas pela aventura em busca do ouro aspecto que proporciona a
ocupação da área central do atual estado de Minas Gerais e deste ponto a região de Goiás.
 A região amazônica oferece como principal atrativo as chamadas drogas da floresta que eram utilizadas
como medicamentos na Europa apresentando – desta forma – um valor comercial elevado. Considera-se
também, para a ocupação da região, o valor estratégico da amazônia para a defesa do território em função da
sua ligação com o Caribe e regiões controladas pela Espanha, França e Inglaterra.
Temos assim a posse de uma grande extensão territorial, por elementos portugueses, da América do Sul
aspecto que, na prática, anulava o Tratado de Tordesilhas. Assim em 1750 um novo acordo – o Tratado de
Madri - vai reordenar – inclusive – o controle político e econômico do continente legitimando o controle de
Portugal sobre o atual território brasileiro.
Para a finalização deste capítulo sugerimos a elaboração de atividades que possam retratar a história da
consolidação do território brasileiro e uma exposição de cartazes com mapas históricos poderia ser realizada
em conjunto com a disciplina de Geografia.
4ª Parte
Para entender o negro no Brasil de Hoje
Capitulo1 – O Brasil o que é afinal?
Objetivos:
Apresentar as origens históricas da diversidade cultural do povo brasileiro considerando as diferentes etnias2
presentes neste processo.
Observar os fatores econômicos que geraram o deslocamento destes grupos para o futuro território brasileiro.
Conteúdo:
Analise do processo de formação cultural do povo brasileiro;
Estudo do modelo de trabalho aplicado na construção da base econômica nacional;
Definição do papel do negro no processo de construção da economia, do território e cultura nacional;
Conhecimento das áreas de origem (considerando as particularidades culturais e territoriais) dos negros
trazidos para o Brasil.
Desenvolvimento: O texto do primeiro capítulo – em sua parte inicial - apresenta a relação de dominação e
exploração estabelecida no atual território brasileiro, a partir do final do século XV, com a chegada do
elemento português. Neste ponto o professor (a) poderá destacar que o processo de dominação portuguesa
implicou – além da introdução do modelo de trabalho escravo – a tentativa de anulação da cultura dos grupos
indígenas e africanos que passam a ser analisados de forma estereotipada perdendo – na historiografia
tradicional – sua identidade étnica.
Para introduzir o capítulo 1 o professor (a) poderá associar o título (O Brasil o que é afinal? pg.13) com a
ilustração presente na página 12 cujo objetivo é apontar os diferentes grupos humanos que contribuíram para
a formação do povo brasileiro. Neste ponto o aluno terá a possibilidade de perceber a diversidade de povos3
que contribuíram para a formação de nossa população cuja origem encontra-se em diferentes pontos do
planeta.
Para localização desta origem geográfica a atividade com mapas seria interessante e pode ser desenvolvida a
partir da utilização de materiais simples como Atlas e livros de Geografia do ensino regular que contenham um
Mapa Mundi. Neste trabalho introdutório os alunos podem traçar o ponto de partida destes povos para o Brasil

2
  O termo ETNIA, ao contrário do tradicional conceito de RAÇA, possibilita um estudo dos grupos humanos considerando suas
particularidades culturais em oposição ao determinismo presente nas análises racistas cujo foco encontra-se na associação entre
aspectos físicos e modo de vida.
3
  Observe que neste ponto o texto ainda não aprofunda as questões relativas à ETNIA considerando apenas o fenótipo dos grupos
humanos analisados.
priorizando – como é objetivo do estudo – as relações com a África e Europa. No caso dos agrupamentos
indígenas este trabalho pode ser ampliado através do uso de mapas que mostram a distribuição destes ao
longo do atual território brasileiro revelando a sua diversidade. Continuando o trabalho o professor (a)
poderá apresentar diferentes mapas do Brasil mostrando a expansão do território4 brasileiro5 e levantar a
importância dos vários grupos humanos neste processo de povoamento e criação de uma identidade cultural.
Neste sentido o gráfico da página 21 revela o predomínio dos negros na população – ao longo do século XIX -
resultante da escravização destes. Esta transferência forçada da África para o Brasil não implicou apenas na
entrada de ―corpos‖, mas a introdução de características que podem ser notadas em diferentes segmentos
como a música, religiosidade, culinária –dentre outras – como você poderá observar das pgs. 21 a 23.
Finalizando o capítulo 1 encontraremos o subtítulo ―Tráfico e escravidão na África‖ neste ponto seria
interessante trabalhar com os alunos – antes da leitura do texto – uma atividade do tipo ―tempestade de
idéias‖ buscando o conceito de ―escravidão‖ predominante em sua classe. A leitura orientada deste texto
também seria uma atividade importante e você pode solicitar ao aluno, inicialmente, que relacione as
características da escravidão africana e portuguesa. Em seguida a apresentação das diferenças – entre os
modelos escravistas – poderia encerrar o capítulo.
Capitulo 2: África: berço de diversas civilizações
Objetivos:
A proposta do capitulo é desvincular o estudo da História da visão eurocentrica 6 considerando as
particularidades das organizações políticas e sociais existentes na África.
Conteúdo:
Entendendo as civilizações africanas como integrantes da História da humanidade;
Desconstruindo os mitos em torno da História africana;
Apontando o grau de evolução política e social africana.
Desenvolvimento: O texto apresenta as diferentes civilizações africanas destacando a organização política e
econômica.
O capitulo oferece a possibilidade ao professor (a) de ampliar a utilização de portadores de textos em sala de
aula. Para este fim sugerimos o uso dos cadernos internacionais de jornais e revistas (não importa a data)
através dos quais os alunos poderiam observar a presença, ou ausência, de noticias relativas ao continente
africano e confrontar esta realidade com o texto introdutório do capítulo 2. O trabalho com cadernos de
turismo também seria interessante oferecendo uma análise do imaginário dos viajantes quanto à África
podendo gerar a elaboração de um quadro comparativo com as expectativas do turista em relação aos países
europeus. Ao final do trabalho o professor (a) poderá estabelecer uma relação entre o imaginário sobre o
continente e os aspectos históricos apontados no texto.
        Neste capítulo os autores utilizam termos que podem ser desconhecidos para os alunos assim seria
importante uma aula expositiva na qual o professor (a) apresentasse estes conceitos. Para este fim
selecionamos os seguintes exemplos:
País = Território geograficamente delimitado.
Estado = No caso brasileiro podem ser as unidades que formam a Federação (ex. estado de Minas Gerais,
Estado do Rio de Janeiro etc.), entretanto, no capítulo 2, o termo pode ser entendido a partir conjunto das
instituições que governam um país. Ao longo da história observaremos diferentes formas de Estado:
Estado Teocrático = Quando os governantes apresentam-se como ―deuses‖ ou ―enviados‖ destes;
Estado Absolutista = Quando os governantes apresentam-se acima das leis e encarnam a representação do
poder;
Estado Democrático de Direito = Quando as relações entre os indivíduos é caracterizada pela aplicação dos
direitos considerados fundamentais.
Cidade-Estado = Tratam-se de agrupamentos humanos que ocupam uma pequena extensão territorial
possuindo uma estrutura autônoma de governo.
  Capitulo 3: A Resistência negra no regime escravista
Objetivos:

4
  Os limites territoriais de um país constituem trabalho humano e podem – do ponto de vista histórico – apresentar avanços e recuos.
No caso brasileiro nosso território apresentou uma expansão ao contrário do México – por exemplo – que sofreu uma redução
perdendo 40% de sua área para os Estados Unidos.
5
  Mapas históricos: do tratado de Tordesilhas, do Brasil após a União Ibérica, com e sem a presença da província Cisplatina (Uruguai),
sem o atual estado do Acre etc. Neste ponto o professor (a) também pode destacar a mobilidade das fronteiras e sua existência
relacionada as atividades humanas e não naturais.
6
  Estudo da História considerando como modelo de civilização as sociedades européias.
Este capitulo apresenta uma análise da relação do negro com o trabalho escravo
        destacando os conflitos resultantes deste tipo de exploração.
Conteúdo:
Desconstrução do mito que associa a escravidão à passividade do negro diante do opressor;
Analise das formas de organização e atuação dos grupos negros que lutaram pela emancipação social;
Apresentação do negro como elemento ativo no processo que resultou na extinção da escravidão no Brasil.
Desenvolvimento:
Encontraremos no texto uma análise sobre o imaginário em torno do regime escravista no Brasil priorizando a
desconstrução da idéia de passividade do negro diante de seu opressor.
O capitulo 3 torna possível um trabalho em torno do imaginário sobre a escravidão no Brasil e, neste caso, o
professor(a) poderá iniciar os debates a partir da análise de gravuras que retratavam o cotidiano no Brasil das
primeiras décadas do século XIX. Exemplo:
O Mito da Democracia Racial:
                                                           i
O Brasil – em função da mestiçagem – foi apontado por diferentes historiadores como uma nação livre dos
                                                             g
                                                             .
problemas relacionados ao racismo. Considerando este principio as figuras de Debret, acima e ao lado,
                                                             2
poderiam ser entendidas como um fiel retrato da aproximação entre negros e brancos que compartilhavam
espaços comuns de trabalho (fig.1), conviviam pacificamente no interior das famílias (fig.2) e participavam das
atividades sociais ao lado de seus senhores (fig.3). Entretando, uma análise mais atenta das citadas figuras,
pode revelar que ao negro foi reservada, em nossa sociedade, a função de servir e obdecer. Para a
construção desta imagem encontraremos diferentes tipos de reforços ideológicos como piadas racistas,
argumentos pseudos-científicos, exclusão dos estudos históricos dos movimentos de emancipação liderados
por negros escravizados.
                Neste último ponto – exclusão dos estudos históricos dos movimentos reivindicatórios liderados
por negros – observaremos a utilização da disciplina História como instrumento de manutenção e legitimação
de um modelo social e econômico caracterizado pela exploração do homem e dos recursos naturais
constituindo, qualquer atitude contrária, ameaça à ordem. Assim podemos entender que ignorar o exemplo
dos quilombos, das revoltas de escravos também siginifica ocultar opções de distribuição da terra e dos
resultados do trabalho tornando ―natural‖ a forma implantada no Brasil durante o período colonial.
  Capitulo 4: A resistência negra: das revoltas ao movimento negro contemporâneo
Objetivos: Este capitulo promove um estudo a respeito da resistência negra após a escravidão.
Conteúdo:
Analisar a situação do negro brasileiro após a assinatura da Lei Áurea;
Estudar a resistência negra no Brasil contemporâneo considerando os aspectos culturais e políticos.
Desenvolvimento:
1. O texto analisa a situação do negro brasileiro no período posterior a abolição da escravidão considerando a
inexistência de uma política de integração dos ex-escravos ao sistema produtivo nacional.
     O pensamento liberal clássico apresentou os princípios da condenação ao escravismo associando
este ao atraso tecnológico e a conseqüente baixa na produtividade amparando ambas afirmativas no
comodismo proveniente deste modelo. Seguindo este raciocínio o proprietário, acostumado ao baixo custo do
escravo, não investiria em tecnologias e este, por não possuir direito a renda, seria indiferente ao aumento da
produção. A correção desta situação seria efetivada a partir da extinção da escravidão oferecendo ao antigo
cativo a possibilidade de buscar – por sua conta – o melhor lugar para desempenhar suas atividades e
garantir uma sobrevivência adequada. Considerando o quadro econômico brasileiro no final do século XIX não
será difícil concluir que poucas atividades ficariam reservadas ao ex-escravo e continuar o trabalho nos
latifúndios de exportação seria sua principal escolha de ―homem livre‖.Também podemos acrescentar, aos
fatores que contribuíram para a segregação social do ex-escravo, além da ideologia econômica hegemônica
no final do século XIX, o pensamento racista que atribuía a condição de exclusão do negro brasileiro a fatores
de ordem ―genética‖ desconsiderando os aspectos de ordem social, política e econômica que excluíam o
negro dos instrumentos que garantiam a ascensão social.
Neste capítulo seria interessante a elaboração de um paralelo entre a principal reivindicação dos negros até
1888 (o fim da escravidão) com aquelas observadas a partir do início do século XX de caráter mais amplo
exigindo a integração plena no mundo social.

  Capitulo 5: A produção cultural e artística do negro no Brasil
Objetivos:
Este capítulo promove uma análise da produção artística do negro no Brasil e apresenta as principais
características da religiosidade afro-brasileira.
 Conteúdo:
1. A produção artística negra no Brasil e a religiosidade afro-brasileira como forma de resistência.
Desenvolvimento:
Tradicionalmente as formas de dominação incluem o afastamento, dos povos submetidos, de suas
características culturais (idioma, arte, religião etc.) através da imposição da cultura do dominador. No Brasil
este afastamento efetivou-se nas artes a partir da hegemonia de uma estética européia, preocupada com a
perfeição da forma a partir do modelo grego, tendo como principal característica negar como arte qualquer
manifestação fora dos padrões academicistas. Na religião a imposição do cristianismo católico condenou ao
grau de ―seita‖ as diferentes religiões originárias da África.
        Considerando estas informações, neste capitulo seria interessante trabalhar com os alunos as
manifestações culturais presentes na comunidade, de origem africana, questionando o processo de aceitação
dos grupos religiosos, artísticos etc. pela sociedade.
       Capitulo 6: Racismo, discriminação racial e ações afirmativas;
                                a sociedade atual

Objetivos: Origens históricas da desigualdade racial e social no Brasil
Conteúdo:
Entendimento dos termos: racismo e etnia
 O negro como sujeito histórico
Desenvolvimento:
                Os meios de comunicação divulgam com certa freqüência os resultados de pesquisas que
revelam diferenças de renda e escolaridade entre homens e mulheres negros e brancos no Brasil. Entretanto
a origem histórica desta realidade raramente é analisada ficando uma sensação de naturalização deste
quadro que pode ser resumida na celebre frase: ‖sempre foi assim‖. Vamos observar que, a este respeito, nos
capítulos anteriores, foi possível oferecer ao aluno uma idéia da construção desta realidade. Neste ponto de
nossos estudos inicia-se um debate em torno das possibilidades de ―transformação‖ deste quadro de exclusão
através de ações concretas.
                       Os trabalhos deste capítulo podem ser introduzidos a partir da leitura de jornais e
revistas para a diversificação dos portadores de texto apresentamos como sugestão a leitura dos projetos de
lei relativos ao tema que podem ser encontrados no sitio da Câmara dos Deputados (www.camara.gov.br).
Acessando a página, no box destinado a pesquisa, digite Estatuto da Igualdade Racial e tenha acesso ao
projeto de lei e aos debates em torno do assunto.
Capitulo 7: Homens e mulheres negros: notas de vida e de sucesso
Objetivo: Apresentar biografias de homens e mulheres negros que contribuíram e contribuem para a
construção do Brasil.
Conteúdo: Homens e mulheres negros como sujeitos históricos destacando o trabalho destes na construção
da sociedade brasileira.
Desenvolvimento: Neste capítulo o aluno estabelecerá contato com a biografia de pessoas cuja vida
encontra-se associada à ampliação dos direitos sociais no Brasil. Ao desenvolver este trabalho o aluno poderá
ampliar estes nomes incluindo antigos e novos moradores da região formando a base para ampliação da
galeria apresentada pelos autores. A construção de um painel – mesclando os nomes presentes no livro –
com aqueles levantados pelos alunos tornar-se-ia uma atividade interessante para a finalização dos trabalhos.

AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA 1
1) Observe as fotografias abaixo: ambas foram tiradas no ano de 2007 e representam a cidade de São Paulo
(fig.1) e uma cidade no interior do Brasil (fig.2). Observando as duas figuras podemos afirmar que (Marque
com um X somente a opção correta)
A figura 2 mostra uma cidade do passado enquanto a figura 1 representa uma cidade do presente.
As figuras 1 e 2 mostram cidades do presente com formas de ocupação diferentes
As figuras 1 e 2 mostram cidades do passado com formas de ocupação semelhantes.
2) A invenção do automóvel representa um avanço na história do transporte, pois, ao contrário das carroças e
carruagens, possibilitou ao homem percorrer maiores distâncias em menor tempo. Considerando esta
afirmativa marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) Com a invenção do automóvel os veículos de tração animal foram extintos
( ) A utilização de veículos de tração animal, embora represente uma tecnologia mais antiga, convivem em
várias cidades com os automóveis.
( ) As carroças e carruagens apenas são utilizadas, como parte dos cenários, em filmes e novelas de época.
3) Leia o texto com atenção:
A figura ao lado representa a idéia tradicional de família, ou seja, um núcleo formado por pai, mãe e filhos.
Entretanto, quando observamos com atenção, encontramos núcleos familiares diferentes do modelo
apresentado ao lado que podem ser formados por mãe e filhos, pai e filhos, avós e filhos, duas mães e filhos,
dois pais e filhos etc.

Considerando estas informações marque V para as opções verdadeiras e F para as falsas.
( ) A família – em nossa sociedade – é formada exclusivamente por pai, mãe e filhos.
( ) A família – em nossa sociedade – apresenta formas variadas
( ) A família – em nossa sociedade – somente é aceita quando formada de acordo com a forma tradicional
( ) A família tradicional – em nossa sociedade – convive com outros modelos familiares.
4) Carnaval: O Carnaval teve origem nas festas em que os gregos e os romanos comemoravam suas
colheitas (saturnais a 17 de dezembro e lupercais a 15 de fevereiro). Muitos séculos depois, a celebração
acabou tornando-se uma brincadeira típica das cidades. No Brasil, o carnaval foi introduzido pelos
portugueses. Seu nome era entrudo —palavra que vem do latim introitus e que designa as solenidades
litúrgicas da Quaresma. Hoje, em função da tradição, o carnaval é considerado por muitos uma festa
tipicamente brasileira e apresenta em nosso país características particulares como: o desfile de escolas de
samba no Rio de Janeiro, os trios elétricos em Salvador, os blocos e bandas no interior de Minas Gerais
aspectos bem diferentes daquelas dos romanos e gregos. (Almanaque Folha)
Considerando as informações acima relacione a segunda coluna com a primeira
Carnaval em romano e grego
Carnaval português
Carnaval brasileiro
( ) Era chamado de entrudo
     ( ) Eram festas que comemoravam as colheitas
     ( ) Trata-se de uma festa introduzida pelos portugueses
5) Ainda segundo o texto acima seria correto afirmar que: Marque com um X somente a opção correta.
a) O carnaval é uma festa inventada no Brasil
b) O carnaval é uma festa que reúne elementos de vários países
c) O carnaval é uma festa inventada em Portugal
d) O carnaval é uma festa religiosa.
6) Ainda segundo o texto carnaval seria correto afirmar Marque V para as opções verdadeiras e F para as
falsas.
( ) O carnaval brasileiro apresenta características únicas
( ) O carnaval brasileiro apresenta como característica somente o desfile de escolas de samba no Rio de
Janeiro
( ) O carnaval brasileiro, dependendo da região, apresenta características diferentes.
( ) O carnaval brasileiro foi introduzido pelos portugueses, mas, ao longo do tempo, ganhou
características próprias.
7) Observe as figuras abaixo: A figura 1 apresenta uma fábrica na década de 1930 enquanto a figura 2
retrata uma fábrica no ano 2007. Considerando estas informações responda: (Marque com um X a opção
correta).




A figura número 1 apresenta uma fábrica no século XIX enquanto a figura 2 apresenta uma fábrica no
século XX
As figuras 1 e 2 retratam a forma de trabalho durante o século XX, porém em anos diferentes.
As figuras 1 e 2 retratam a forma de trabalho durante o século XX, porém em décadas diferentes.
A figura 1 retrata uma fábrica do século XX enquanto a figura 2 mostra uma fábrica do século XXI.
8) Ainda com relação as figuras acima é possível afirmar (Marque V para as opções verdadeiras e F para
as falsas)
  ( ) Ao comparar as figuras 1 e 2 observaremos a presença de um maior número de empregados
       na figura 1
  ( ) Ao comparar as figuras 1 e 2 observaremos a presença menor de empregados na figura 2
  ( ) Ao comparar as figuras 1 e 2 encontraremos o maior número de máquinas na figura 1
  ( ) Ao comparar as figuras 1 e 2 encontraremos o menor número de máquinas na figura 2
  ( ) Ao comparar as figuras 1 e 2 encontraremos o maior número de máquinas na figura 2
 9) Ainda com relação as figuras acima seria possível concluir que: Marque com um X a opção correta
a) As fábricas em 1930 eram idênticas as fábricas atuais
b) Ao comparar as fábricas de 1930 com as atuais encontraremos como única diferença o número de
empregados
c) As fábricas em 2007 apresentam-se idênticas as fábricas de 1930
d) Ao utilizar um maior número de máquinas as fábricas em 2007 empregam um menor número de
pessoas.
10) Ao comparar as figuras 1 e 2 podemos concluir que as empresas em 2007 exigem do trabalhador:
Marque com um X a opção correta.
a) Uma escolaridade menor, pois o trabalho em computadores e robôs dispensa a leitura de manuais,
gráficos etc.
b) Uma escolaridade idêntica àquela solicitada na década de 1930, pois as tarefas permanecem as
mesmas.
c) Uma escolaridade maior, pois o trabalho com computadores e robôs implica na leitura de manuais,
gráficos etc.
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA 2
A figura abaixo foi pintada no ano de 1909 por Oscar Pereira da Silva e representa a chegada de Pedro
Álvares em Porto Seguro em abril de 1500. Considerando estas informações marque V (para as opções
verdadeiras) e F para as falsas




( ) Oscar Pereira da Silva pintou o quadro acima no exato momento da chegada de Pedro Álvares
Cabral em Porto Seguro.
( ) Oscar Pereira da Silva pintou o quadro acima no século XX e Pedro Álvares Cabral desembarcou em
Porto Seguro no século XV.
( ) Oscar Pereira da Silva pintou o quadro acima 409 anos após a chegada de Pedro Álvares Cabral.
( ) Oscar Pereira da Silva pode ser considerado uma testemunha do desembarque de Pedro Álvares
Cabral em Porto Seguro.
Leia o texto com atenção:
Quando minha avó – Maria Veranella – veio da Itália trouxe uma receita de massa para macarrão ainda
hoje usada em nossa casa. A única diferença – entre o prato original e aquele preparado atualmente - esta
no acompanhamento da massa que hoje é servida com feijão e arroz um alimento conhecido e utilizado
por minha avó aqui no Brasil.
Considerando as informações acima seria correto afirmar: (Marque com um X a opção correta)
( ) Ao mudar de região para outra as pessoas transportam apenas o seu corpo deixando para trás seus
costumes como religião, língua, alimentação.
( ) Ao mudar de uma região para outra as pessoas também transportam os seus costumes, mas ficam
indiferentes aos hábitos deste novo lugar.
( ) Ao mudar de uma região para outra as pessoas também transportam os seus costumes que podem
sofrer transformações incorporando hábitos deste novo lugar.
( ) Ao mudar de uma região para outra as pessoas perdem os seus costumes e não contribuem para a
formação de novos hábitos.
Leia o texto com atenção:




No texto acima, além do convite, observamos uma referência a dois estadistas brasileiros. O primeiro,
Getúlio Vargas, governou o país em dois momentos: de 1930 a 1945 assumindo o poder através de uma
revolução e depois, de 1951 a 1954, quando seguindo o costume republicano, foi eleito democraticamente
pela população. O segundo governante, D.Pedro II, reinou de 1831 – herdando do pai o direito de assumir
o título de imperador -até 1889 quando foi instituída a República encerrando o período imperial em nosso
país. Considerando estas informações marque com um X as opções corretas:
Na república os governantes ocupam o poder por direito de herança enquanto no império ocorriam
eleições.
No império a escolha do governante ocorria por direito de herança e na republica somente por eleição.
        No império a escolha do governante ocorria por direito de herança e na republica, exclusivamente,
através de uma revolução.
Em uma república a forma democrática de ocupar o poder é através do voto.
4) Ainda com relação ao texto ― Festa Junina‖ numere a primeira coluna de acordo com a primeira.
    (1)Foi imperador do Brasil entre 1831 e 1889          ( ) O poder é ocupado em função do direito de
 (2)Republica                                             herança
 (3)Império
 (4)Foi presidente do Brasil entre 1930 a 1945
( ) Getúlio Vargas
( ) O governante é eleito pelo povo
( ) D. Pedro II
Observe as figuras abaixo, elas representam salas de aula em dois momentos históricos diferentes: As
figuras 1 e 2 mostram salas de aula no início do século XX enquanto a figura 3 mostra uma sala de aula
em 2007.



5) Considerando as informações contidas nas fotos marque com um X a opção correta.                (a)----A sala
de aula representada na figura 1 apresenta as mesmas características daquela retratada na figura 3, pois
as fotos foram tiradas no mesmo século.
(b)----A sala de aula representada na figura 2 é idêntica àquela retratada na figura 1, pois as fotos mostram
alunos sentados em carteiras.
(c)----A sala de aula representada na figura 3 é idêntica àquela retratada na figura 1, pois as duas fotos
mostram somente meninas estudando.
6) Ainda considerando as informações contidas nas fotos Marque V para as opções verdadeiras e F para
as opções falsas.
( ) A figura 1 mostra uma sala de aula formada somente por meninas indicando que no início do século
XX haviam escolas, ou classes, separadas por sexo
( ) A figura 3 mostra uma sala de aula formada por meninos e meninas revelando que no século XXI as
classes ainda seguem o mesmo modelo do início do século XX.
( ) A única diferença entre as figuras 1 e 2 é a presença de meninos e meninas em uma mesma sala de
aula, pois o comportamento dos alunos parece ser o mesmo.
7) Ainda considerando as fotografias podemos concluir que as escolas em 2007 preservam as seguintes
semelhanças com aquelas do início do século XX: (Marque somente a opção correta)
a) O modelo de uniforme
b) A existência de carteiras em fila
c) O comportamento dos alunos
d) A separação por sexo
8) Ainda com relação as fotografias seria correto afirmar: Marque com um X a opção correta
a) As fotos 1 e 2 foram tiradas em séculos diferentes
b) As fotos 1 e 2 são mais antigas enquanto a 3 é a mais nova.
c) As fotos 1 e 3 foram tiradas no mesmo século.
 Leia o texto com atenção:

                  DIÓGENES MUNIZ— Folha Online
                  A HISTÓRIA DOS DINOSSAUROS
                  Surgidos há 230 milhões de anos, na Era Mesozóica, os dinossauros estão entre os
                  maiores e mais diversificados répteis de todos os tempos. Dominaram a Terra por
cerca de 160 milhões de anos (seres humanos estão nela há apenas dois milhões), quando os continentes
ainda estavam agregados (juntos).

9) Considerando as informações acima qual figura representaria a Terra na era Mesozóica:




                                10) Considerando as informações do texto acima seria correto afirmar
                                que: Marque com um X somente a opção correta
                                a) Os seres humanos sempre dominaram o planeta Terra
                                b) Dinossauros e seres humanos surgiram na Terra ao mesmo tempo
                                c) Os dinossauros surgiram na terra antes dos seres humanos
d) O planeta Terra apresenta a mesma forma desde a época dos dinossauros.

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DIREITOS HUMANOS E A FORMAÇÃO DO BRASIL

  • 1. PARTE 1: OS DIREITOS HUMANOS ..................................................................................08 Capítulo 1: A cidadania ...............................................................................................................09 Capítulo 2: Direitos Sociais e Econômicos ..................................................................................13 Capítulo 3: Os Direitos Humanos ................................................................................................16 Capítulo 4 : Direitos Humanos e Meio Ambiente ........................................................................19 PARTE 2 : OS OPERÁRIOS SE ORGANIZAM: A FORMAÇÃO DOS SINDICATOS ..23 Capitulo 1: O nascimento do sindicalismo urbano no Brasil ........................................................24 Capitulo 2: O Sindicato dos metalúrgicos no regime militar.........................................................26 Capitulo 3: O sindicalismo no fim do século..................................................................................27 PARTE 3: FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO ................................................29 Capítulo 1: Conceituando território e país .....................................................................................30 Capítulo 2 : A ocupação do território brasileiro .............................................................................32 PARTE 4: PARA ENTENDER O NEGRO NO BRASIL DE HOJE .....................................35 Capitulo 1 – O Brasil, o que é afinal? ............................................................................................36 Capitulo 2: África: berço de diversas civilizações .........................................................................38 Capitulo 3: A Resistência negra no regime escravista....................................................................39 Capitulo 4: A resistência negra: das revoltas ao movimento negro contemporâneo.......................41 Capitulo 5: A produção cultural e artística do negro no Brasil.......................................................42 Capitulo 6: Racismo, discriminação racial e ações afirmativas; a sociedade atual........................43 Capitulo 7: Homens e mulheres negros: notas de vida e de sucesso..............................................44 Avaliação TABELA DE CONTEÚDOS E OBJETIVOS 1 Ano Tema Capítulos/Conteúdo Objetivos CAPÍTULO 1 – Cidadania Reconhecer permanências e Conceito de cidadania; transformações no conceito de Cidadania na antiguidade: Grécia e Roma; cidadania. O cidadão Moderno. Comparar acontecimentos no CAPÍTULO 2 – Direitos Sociais e Econômicos tempo, tendo como referência O povo não é único: as diferenças de classe; anterioridade, posteridade e Os direitos sociais e econômicos. simultaneidade. CAPÍTULO 3 – Os Direitos Humanos Reconhecer permanências e 6º Direitos A Declaração Universal dos Direitos Humanos. transformações sociais e Humanos CAPÍTULO 4 - Direitos humanos e meio ambiente. econômicas nas vivências cotidianas A proteção do meio ambiente e direito a vida. da coletividade. Reconhecer as transformações na relação do homem com a natureza. CAPÍTULO 1 – O nascimento do sindicalismo urbano no Analisar a história do sindicalismo Brasil. no Brasil republicano. Origens do sindicalismo Analisar o papel dos sindicatos no As condições de trabalho no início do século XX processo de resistência a ditadura A mobilização dos trabalhadores militar. A era Vargas Os sindicatos no período democrático (1945-1964) Os CAPÍTULO 2 – O Sindicato dos Metalúrgicos no regime 7º operários militar. Analisar o sindicalismo do final do se O modelo sindical brasileiro durante o período militar século XX organizam: (1964/1984) A CAPÍTULO 3 – O sindicalismo no fim do século. formação As modificações no mundo do trabalho diante da dos globalização. sindicatos. CAPITULO 1 - Conceituando território e país; a) Reconhecer as bases históricas a) O que é um país? que contribuíram para a formação 8º b) Como é formado um território. do atual território brasileiro. Formação CAPITULO 2 – A ocupação do território brasileiro a) Analisar as relações políticas e
  • 2. do a) A ocupação do litoral nordestino; econômicas que contribuíram para a Território b) A colonização do litoral nordestino; formação do atual território Brasileiro. c) A Amazônia brasileiro. TABELA DE CONTEÚDOS E OBJETIVOS 2 Ano Tema Capítulos/Conteúdo Objetivos CAPITULO 1 – O Brasil o que é afinal? Apresentar as origens históricas da 9º Para a) Analise do processo de formação cultural do povo diversidade cultural do povo entender o brasileiro; brasileiro considerando as diferentes negro no b)Estudo do modelo de trabalho aplicado na construção etnias presentes neste processo. Brasil de da base econômica nacional; Observar os fatores econômicos que hoje. c)Definição do papel do negro no processo de geraram o deslocamento destes construção da economia, do território e cultura nacional; grupos para o futuro território CAP 2 - África: berço de diversas civilizações: brasileiro. a) Entendendo as civilizações africanas como a) Desvincular o estudo da História integrantes da História da humanidade; da visão eurocentrica considerando b) Desconstruindo os mitos em torno da História as particularidades das africana; organizações políticas e sociais c) Apontando o grau de evolução política e social existentes na África. africana. CAP 3 - A resistência negra no regime escravista: a) Apresentar uma análise da a)Desconstrução do mito que associa a escravidão à relação do negro com o trabalho passividade do negro diante do opressor; escravo destacando os conflitos b) Analise das formas de organização e atuação dos resultantes deste tipo de exploração. grupos negros que lutaram pela emancipação social; a) Promover o estudo a respeito da c) Apresentação do negro como elemento ativo no resistência negra após a escravidão. processo que resultou na extinção da escravidão no a) Analise das diferenças culturais e Brasil. religiosas. CAPO 4 - A resistência negra: das revoltas ao Analisar as origens históricas da movimento negro contemporâneo: desigualdade racial no Brasil. a) Analise da situação do negro brasileiro após a a) Analisar a participação do negro assinatura da Lei Áurea; na construção da sociedade b) Análise da resistência negra no Brasil contemporâneo brasileira. considerando os aspectos culturais e políticos. CAP 5 – A produção cultural e artística do negro no Brasil. a) A produção artística negra no Brasil e a religiosidade afro brasileira como forma de resistência. CAPITULO 6 – Racismo, discriminação racial e ações afirmativas na sociedade atual: Entendimento dos termos: racismo e etnia; O negro como sujeito histórico CAPITULO 7 – Homens e mulheres negros: Notas de vida e de sucesso: a) O negro como elemento ativo na construção da sociedade brasileira Capitulo 1: A cidadania Objetivo: Reconhecer permanências e transformações relativas ao conceito de cidadania Conteúdo: Conceito de cidadania Cidadania na antiguidade: Grécia e Roma O cidadão moderno
  • 3. Desenvolvimento: Para o desenvolvimento deste capítulo o professor ou professora deverá recorrer a utilização dos livros didáticos do ensino regular que tratam dos seguintes temas: Grécia Antiga, Império Romano, Revolução Francesa. Assim, observando os objetivos deste capítulo, retire dos textos elementos que possibilitem ao aluno entender as transformações e permanências relacionadas ao tema. INICIANDO O TRABALHO A utilização das eleições como elemento detonador deste capítulo seria uma opção interessante considerando o seguinte questionamento: Qualquer pessoa pode ocupar o cargo de prefeito ou existem restrições? Quem pode votar para prefeito e vereador? A Constituição do Brasil – em seu artigo 14 – oferece estas informações veja: ―Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I - plebiscito; II - referendo; III - iniciativa popular. § 1º - O alistamento eleitoral e o voto são: I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; II - facultativos para: a) os analfabetos; b) os maiores de setenta anos; c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. § 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos. § 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei: I - a nacionalidade brasileira; II - o pleno exercício dos direitos políticos; III - o alistamento eleitoral; IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; V - a filiação partidária; VI - a idade mínima de: a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador; b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; d) dezoito anos para Vereador.‖ (BRASIL, 1988). Com relação ao texto acima observe: existem restrições a participação política – notadamente – da pessoa analfabeta – que não pode ser candidato – e seu voto não é obrigatório. Assim um último questionamento poderá introduzir ao tema cidadania: O analfabeto é um cidadão pleno? Para fundamentar a busca da resposta oferecemos as informações abaixo. 1. O termo cidadania, em nossos dias, está associado ao exercício pleno dos direitos políticos, econômicos e sociais da pessoa cuja aplicação está associada diretamente a forma de organização do estado. Assim a existência de diferentes modelos de organização política implicaram, ao longo do tempo, no surgimento de variados conceitos de cidadania como observaremos a seguir. 2. O conceito de cidadão grego – a partir do ano 594 a.C. - associa-se ao modelo de organização política ateniense no qual os nascidos em seu território tinham a prerrogativa de participar diretamente das decisões políticas da cidade. Esta fórmula, entretanto, não entendia como iguais todos os moradores daquela cidade- estado restringindo a cidadania aos homens livres. Em Roma o termo cidadão não apresentava o mesmo principio de igualdade observada na Grécia existindo uma separação de ordem social reservando aos chamados patrícios o direito de ocupar cargos de governo. 3. O cidadão moderno – A partir do enfraquecimento do estado absolutista observaremos a idéia de cidadania associada ao principio da igualdade entre as pessoas ao contrário do fundamento de privilégios característica dos regimes monárquicos europeus até o final do século XVIII. A idéia de igualdade, presente, sobretudo no chamado pensamento iluminista, nasce amparada nos princípios do liberalismo econômico baseada, portanto, na ação do indivíduo em busca das melhores condições para a sua sobrevivência. Desta forma não é difícil concluir que a principal prerrogativa do cidadão no final do século XVIII encontrava- se na liberdade e para este fim o estado – representado na figura do poder absoluto do monarca até a
  • 4. revolução francesa de 1789 – assume a função de garantir os direitos da pessoa e passa a ser representado pelo ―povo‖ entendido como ―soberano‖. A soberania do povo, entretanto, não pode ser confundida com o poder absoluto assim o pensador francês, Barão de Montesquieu cria a estrutura ainda hoje presente na formação do estado moderno. Montesquieu apresenta na divisão de poderes a fórmula de contrabalançar o domínio do conjunto do povo contra o indivíduo daí a divisão de atribuições e competências nas ações do estado. A leitura do texto da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão facilitará o entendimento das afirmações acima. Assim observe: Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão I - Os homens nascem e permanecem livres e iguais em direitos; as distinções sociais não podem ser fundadas senão sobre a utilidade comum. II - O objetivo de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis do homem; esses direitos são a liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão. III - O princípio de toda a soberania reside essencialmente na razão; nenhum corpo, nenhum indivíduo pode exercer autoridade que dela não emane diretamente. IV - A liberdade consiste em poder fazer tudo que não prejudique a outrem. Assim, o exercício dos direitos naturais do homem não tem limites senão aqueles que asseguram aos outros membros da sociedade o gozo desses mesmos direitos; seus limites não podem ser determinados senão pela lei. V - A lei não tem o direito de impedir senão as ações nocivas à sociedade. Tudo o que não é negado pela lei não pode ser impedido e ninguém pode ser constrangido a fazer o que ela não ordenar. VI - A lei é a expressão da vontade geral; todos os cidadãos têm o direito de concorrer, pessoalmente ou por seus representantes, à sua formação; ela deve ser a mesma para todos, seja protegendo, seja punindo. Todos os cidadãos, sendo iguais a seus olhos, são igualmente admissíveis a todas as dignidades, lugares e empregos públicos, segundo sua capacidade e sem outras distinções que as de suas virtudes e de seus talentos. VII - Nenhum homem pode ser acusado, detido ou preso, senão em caso determinado por lei, e segundo as formas por ela prescritas. Aqueles que solicitam, expedem ou fazem executar ordens arbitrárias, devem ser punidos; mas todo cidadão, chamado ou preso em virtude de lei, deve obedecer em seguida; torna-se culpado se resistir. VIII - A lei não deve estabelecer senão penas estritamente necessárias, e ninguém pode ser punido senão em virtude de uma lei estabelecida e promulgada ao delito e legalmente aplicada. IX - Todo homem é tido como inocente até o momento em que seja declarado culpado; se for julgado indispensável para a segurança de sua pessoa, deve ser severamente reprimido pela lei. X - Ninguém pode ser inquietado por suas opiniões, mesmo religiosas, contanto que suas manifestações não perturbem a ordem pública estabelecida em lei. XI - A livre comunicação dos pensamentos e opiniões é um dos direitos mais preciosos do homem; todo o cidadão pode, pois, falar, escrever e imprimir livremente; salvo a responsabilidade do abuso dessa liberdade nos casos determinados pela lei. XII - A garantia dos direitos do homem e do cidadão necessita de uma força pública; essa força é então instituída para vantagem de todos e não para a utilidade particular daqueles a quem ela for confiada. XIII - Para a manutenção da força pública e para as despesas de administração, uma contribuição comum é indispensável; ela deve ser igualmente repartida entre todos os cidadãos, em razão de suas faculdades. XIV - Os cidadãos têm o direito de constatar, por si mesmos ou por seus representantes, a necessidade da contribuição pública, de consenti-la livremente e de vigiar seu emprego, de determinar sua quota, lançamento, recuperação e duração. XV - A sociedade tem o direito de pedir contas de sua administração a todos os agentes do poder público. XVI - Toda a sociedade na qual a garantia dos direitos não é assegurada, nem a separação dos poderes determinada, não tem constituição. XVII - A propriedade, sendo um direito inviolável, e sagrado, ninguém pode ser dela privado senão quando a necessidade pública, legalmente constatada, o exija evidentemente, e sob a condição de uma justa e prévia indenização. A leitura do texto acima permite observar os princípios básicos da cidadania moderna e podem ser apontados da seguinte forma: A liberdade individual como forma de alcançar a plena satisfação, a proteção da propriedade privada assumindo esta uma característica absoluta, o estado como entidade responsável pela segurança (manutenção da liberdade) individual. Estes princípios ainda encontram-se no
  • 5. atual texto constitucional brasileiro, mas sofreram ampliações ao longo do tempo com a inclusão dos chamados direitos sociais e econômicos como observaremos no segundo capítulo. Capitulo 2: Direitos Sociais e Econômicos Objetivo: Comparar acontecimentos no tempo, tendo como referência anterioridade, posteridade e simultaneidade. Conteúdo: O povo não é único – As diferenças de classe Os direitos sociais e econômicos Desenvolvimento: Para desenvolver este tópico o professor poderá utilizar os livros didáticos do ensino regular considerando os seguintes temas: O movimento operário do século XIX, as revoluções de 1917(Rússia), 1959 (Cuba) considerando o tratamento que os governos revolucionários dispensaram a idéia de propriedade. Iniciando o trabalho: As condições econômicas e sociais de um povo resultam do processo histórico e podem ser analisadas a partir das formas de apropriação do resultado do trabalho. Esta afirmativa apresenta uma fundamentação diferenciada daquelas observadas durante o final do século XVIII quando predominava o pensamento liberal e, portanto, a crença no individuo em busca de sua satisfação como forma de motor da economia. No inicio do século XIX Karl Marx apresenta uma nova forma de entendimento e aponta os diferentes modos de propriedade dos meios de produção como origem das desigualdades econômicas existentes em uma sociedade. Ao analisar historicamente a economia Marx proporcionou uma transformação nos movimentos de reivindicação dos trabalhadores oferecendo alternativas fundamentadas cientificamente afastando estes de explicações naturalistas, individualistas e deterministas. Nasce, deste modo, a idéia de cidadania fundamentada no principio do trabalho como atividade coletiva necessitando, portanto, de uma justa distribuição de seus resultados.Resultam deste pensamento inúmeras variáveis encontradas desde os movimentos revolucionários socialistas até a criação de legislações trabalhistas que ofereceram uma maior participação no resultado do trabalho como salário mínimo, regulamentação das horas trabalhadas, férias remuneradas, aposentadoria etc. O texto abaixo poderá iniciar, em sala de aula, um debate sobre o tema e o professor ou professora poderá observar a forma de apropriação do resultado do trabalho como fator preponderante no aprofundamento das diferenças sociais e econômicas entre pessoas de um mesmo povo e, portanto, detentores de direitos iguais. BRASIL É OITAVO PAÍS EM DESIGUALDADE SOCIAL, DIZ PESQUISA PATRÍCIA ZIMMERMANN CLARICE SPITZ da Folha Online, em Brasília e SP 07/09/2005 O Brasil é o oitavo país em desigualdade social, na frente apenas da latino-americana Guatemala, e dos africanos Suazilândia, República Centro-Africana, Serra Leoa, Botsuana, Lesoto e Namíbia, segundo o coeficiente de Gini, parâmetro internacionalmente usado para medir a concentração de renda. O coeficiente de Gini varia de zero a 1,00. Zero significaria, hipoteticamente, que todos os indivíduos teriam a mesma renda e 1,00, mostraria que apenas um indivíduo teria toda a renda de uma sociedade. O índice brasileiro foi de 0,593 em 2003, segundo o relatório do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) sobre o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) em 177 países. De acordo com o documento, no Brasil 46,9% da renda nacional concentram-se nas mãos dos 10% mais ricos. Já os 10% mais pobres ficam com apenas 0,7% da renda. Na Guatemala, por exemplo, os 10% mais ricos ficam com 48,3% da renda nacional, enquanto na Namíbia, o país com o pior coeficiente de desigualdade, os 10% mais ricos ficam com 64,5% da renda. O documento destaca ainda que a desigualdade social pode travar a expansão econômica e tornar mais difícil que os pobres sejam beneficiados pelo crescimento. "Altos níveis de desigualdade de renda são ruins para o crescimento e enfraquecem a taxa em que o crescimento se converte em redução de pobreza: eles reduzem o tamanho do bolo econômico e o tamanho da fatia abocanhada pelos pobres", diz o relatório. Ao alertar para a gravidade das diferenças sociais no mundo, o representante do PNUD, Ricardo Fuentes, afirmou que em uma hora cerca de 1,2 mil crianças morrem no mundo, o que equivale a três tsunamis por mês. ―As desigualdades limitam o avanço das metas [objetivos do milênio, traçados para 2015], disse‖. Segundo ele, os progressos não tem sido suficientes, e o relatório do PNUD servirá como um alerta para a Assembléia Geral das Nações Unidas marcada para este mês. "Vai chamar a atenção dos chefes de
  • 6. Estado para estes que são problemas do mundo", disse. Segundo ele, a "extrema desigualdade" limita até mesmo a legitimidade política de alguns governos, e deve ser objeto de políticas públicas específicas. Uma simulação do PNUD revela que o Brasil cairia 52 posições no ranking do IDH caso o índice fosse calculado com base na renda dos 20% mais pobres e não no PIB (Produto Interno Bruto) per capita. O país passaria, então da 63ª colocação para o 115º lugar entre os 177 países avaliados. Esse resultado seria obtido mudando somente a variável renda, sem alterar os indicadores de educação e longevidade. O estudo revela ainda que a transferência de 5% da renda dos 20% mais ricos do país para os mais pobres seria capaz de retirar 26 milhões de pessoas da linha da pobreza e reduzir a taxa de pobreza de 22% para 7%. Na avaliação do PNUD, segundo o relatório, para que as "Metas do Milênio" sejam atingidas é preciso uma ampliação substancial da qualidade e quantidade de ajuda ao desenvolvimento, além de bases mais justas para o comércio internacional e a redução de conflitos violentos entre os povos. Entre as chamadas "Metas do Milênio", estão a de reduzir pela metade, entre 1990 e 2015, tanto a porcentagem de pessoas cujo rendimento é inferior a US$ 1 por dia quanto o percentual da população que sofre de fome. Também fixa a meta de reduzir o índice de mortalidade de crianças com menos de cinco anos em dois terços e o índice de mortalidade de mães, em três quartos até 2015. Capitulo 3: Os Direitos Humanos Objetivos: Reconhecer permanências e transformações sociais, econômicas nas vivências cotidianas da coletividade. Conteúdo: A Declaração Universal dos Direitos Humanos O Direito Econômico Desenvolvimento: Para o desenvolvimento deste tópico o professor ou professora poderá recorrer aos livros didáticos que tratam dos seguintes temas: Totalitarismo (nazismo, fascismo), Segunda Guerra Mundial, a Guerra Fria. Iniciando o Trabalho: Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) os Estados Unidos e União Soviética lutaram contra o nazismo tendo o Exército Vermelho desempenhado importante papel ao aniquilar o centro do poder nazista tomando a capital da Alemanha enquanto os estadunidenses libertavam a França do totalitarismo abrindo caminho para o fim do regime de Adolf Hitler. O termino deste conflito de alcance mundial proporciona uma reorganização das forças econômicas e políticas internacionais e, neste contexto, os Estados Unidos e União Soviética (os grandes vitoriosos da Segunda Guerra) surgem como forças que postulam a hegemonia gerando uma disputa por espaços estratégicos denominada de Guerra-Fria. Os conflitos gerados a partir da ascensão do nazismo também serviram de reflexão para as diferentes nações criando à necessidade de critérios mais claros de proteção a pessoa contra abusos dos poderes políticos e econômicos. Neste ponto relembramos que o totalitarismo de Hitler ganha força a partir da proposta de uma Alemanha forte amparada na submissão dos povos considerados ―inferiores‖ aspecto, aliás, O Brasil participou ativamente prontamente apoiado pelo poder econômico daquele país cujo apoio das negociações que resultaram financeiro contribuiu para o fortalecimento do nazismo. na criação da ONU tendo seu Seguindo este principio os povos dominados eram representante naquele órgão, imediatamente submetidos ao trabalho escravo produzindo riquezas para os Osvaldo Aranha, presidido sua industriais alemães enquanto a força de trabalho ociosa era empregada em primeira Assembléia Geral. tarefas militares de ocupação e defesa. Outro aspecto relevante Esta fragilidade da pessoa diante do poder político e encontra-se na autoria do projeto econômico também foi observada nos Estados Unidos no período seguinte a da sede das Nações Unidas crise de 1929 quando milhares de estadunidenses perderam o seu emprego (foto), em Nova York (EUA), ficando o estado – amparado nos princípios do liberalismo clássico - trabalho do arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer. impedido de intervir diretamente na economia. Este quadro de profunda crise social foi alterado durante o governo de Franklin Delano Roosevelt (1933- 1945) através da adoção de uma política econômica denominada de Estado de Bem Estar Social. Neste modelo o estado assumia a função de regulação econômica destacando-se nos aspectos associados à moradia e previdência social. Considerando essas experiências o conceito de cidadania – após a Segunda Guerra Mundial - sofre uma ampliação incorporando aos
  • 7. tradicionais direitos civis os aspectos de ordem econômica e social. Este ato foi concretizado através da Declaração Universal dos Direitos Humanos aprovada pela Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em 1948. O professor ou professora deve observar neste ponto as transformações no conceito de cidadania que conservam os princípios defendidos desde o século XVIII, mas acrescentam ao estado o poder de intervenção na economia para garantir direitos como: isonomia salarial, regulamentação da jornada de trabalho, escolaridade mínima, acesso aos bens culturais dentre outros. Estes direitos – como é fácil perceber – têm sua fundamentação na economia tornando-os, portanto, direitos econômicos. Em sala de aula o professor ou professora poderá trabalhar este tópico a partir de uma análise do processo de ascensão de Hitler na Alemanha e os métodos autoritários implantados por este que desconsideravam as liberdades individuais do cidadão proclamadas desde o final do século XVIII. Também poderá analisar os ataques do nazismo aos direitos culturais da pessoa considerando o ideal nazista de uma raça superior e perseguições étnicas (judeus, poloneses etc) e aos grupos formados por comunistas, homossexuais, pensadores etc. Abaixo destacamos estas transformações transcrevendo os artigos da Declaração que apontam esta modificação no conceito de cidadania: DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS Artigo XXII. Todo ser humano, como membro da sociedade, tem direito à segurança social, à realização pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a organização e recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento da sua personalidade. Artigo XXIII. 1. Todo ser humano tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego. 2. Todo ser humano, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho. 3. Todo ser humano que trabalha tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que lhe assegure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana e a que se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social. 4. Todo ser humano tem direito a organizar sindicatos e a neles ingressar para proteção de seus interesses. Artigo XXIV. Todo ser humano tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das horas de trabalho e a férias remuneradas periódicas. Artigo XXV. 1. Todo ser humano tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar-lhe, e a sua família, saúde e bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência em circunstâncias fora de seu controle. 2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais. Todas as crianças, nascidas dentro ou fora do matrimônio gozarão da mesma proteção social. Artigo XXVI. 1. Todo ser humano tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico-profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito. 2. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz. 3. Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que será ministrada a seus filhos. Artigo XXVII. 1. Todo ser humano tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir das artes e de participar do progresso científico e de seus benefícios. 2. Todo ser humano tem direito à proteção dos interesses morais e materiais decorrentes de qualquer produção científica literária ou artística da qual seja autor.
  • 8. Artigo XXVIII. Todo ser humano tem direito a uma ordem social e internacional em que os direitos e liberdades estabelecidos na presente Declaração possam ser plenamente realizados. Artigo XXIX. 1. Todo ser humano tem deveres para com a comunidade, na qual o livre e pleno desenvolvimento de sua personalidade é possível. 2. No exercício de seus direitos e liberdades, todo ser humano estará sujeito apenas às limitações determinadas pela lei, exclusivamente com o fim de assegurar o devido reconhecimento e respeito dos direitos e liberdades de outrem e de satisfazer as justas exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar de uma sociedade democrática. 3. Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma, ser exercidos contrariamente aos objetivos e princípios das Nações Unidas. Artigo XXX. Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada como o reconhecimento a qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer qualquer atividade ou praticar qualquer ato destinado à destruição de quaisquer dos direitos e liberdades aqui estabelecidos. (Texto completo está disponível em: www.onu-brasil.org.br Capitulo 4: Direitos Humanos e meio ambiente Objetivos: Reconhecer transformações nas relações do homem com a natureza Conteúdo: A proteção do meio ambiente e o direito a vida Desenvolvimento: Para o desenvolvimento deste tópico o professor ou professora poderá utilizar livros didáticos de geografia do ensino regular (meio ambiente) associados aos capítulos relativos a: introdução da cana-de-açúcar, a exploração do ouro em Minas Gerais, os movimentos sociais no Brasil considerando as Ligas Camponesas e o Movimento dos Sem Terra (MST). Iniciando o trabalho: O uso predatório dos recursos naturais ao longo do processo de consolidação do capitalismo resultou em problemas de ordem ambiental e social responsáveis por restrições a plena cidadania. Desta forma observaremos a transformação de extensas regiões da Terra em áreas fornecedoras de matéria prima cuja utilização – em países economicamente mais avançados – gerou, além da ameaça de esgotamento de bens naturais, o desequilíbrio ambiental acompanhado de suas trágicas conseqüências relacionadas a fome, enchentes, doenças. No Brasil desde o final do século XV o desmatamento de florestas para introdução em seguida da grande propriedade agro-exportadora ou a extração e exportação do minério de ferro caracterizam com clareza este quadro predatório. Esta realidade contribuiu para a formação de uma cultura na qual o trabalho extrativista passa a ser efetivado seguindo um modelo análogo ao de escravo tornando, aos nossos olhos, natural as péssimas condições de sobrevivência dos homens e mulheres utilizados como mão-de-obra nestes setores da economia. Ainda neste quadro observamos a existência de um grande número de famílias sem terra desalojadas-via de regra – em nome do interesse econômico quase sempre voltado para a monocultura de exportação. Este tipo de atividade empresarial – a monocultura de exportação – é responsável no Brasil pelo esgotamento de solos e também pela diminuição da utilização de áreas férteis para o plantio de alimentos ocasionando uma elevação no preço destes. A legislação brasileira apresenta – em diferentes momentos – preocupação com a proteção dos recursos naturais e sua utilização racional como é possível observar através do primeiro Código de Minas em 1934 que foi seguido pelo Código de Águas, a instituição do monopólio estatal do petróleo em 1954 dentre outros. Quanto à garantia de abastecimento alimentar observaremos diferentes legislações voltadas para o controle dos preços além de tentativas de promoção da reforma agrária. Este quadro de defesa do meio ambiente – entretanto – somente ganhou destaque em nossa legislação a partir da Constituição de 1988 quando em seu artigo 5º ficou determinado: ―LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência‖ (BRASIL, 1988) Neste ponto torna-se possível observar a transformação do conceito de cidadania desde a Grécia até nossos dias ampliando do direito de participar das decisões políticas ao dever de colaborar na preservação do meio ambiente para garantir uma sobrevivência com qualidade.
  • 9. Acredito que este texto proporcionou condições para elaboração de um trabalho final (mural, jornal mural, linha do tempo, teatro) representando as transformações e continuidades a respeito do tema. Para encerrar transcrevemos um texto para auxiliar nos exercícios em sala de aula: Com estímulo oficial, floresta vira capim FOLHA DE SÃO PAULO 13 DE JANEIRO DE 2008 Motor do desmatamento, pecuária explode na Amazônia e torna Brasil maior exportador mundial de carne, diz novo estudo Região Norte responde hoje por 36% do rebanho do país e um terço das exportações, turbinada por subsídios e pela falta de fiscalização MARTA SALOMON ENVIADA ESPECIAL A SÃO FÉLIX DO XINGU (PA) O município amazônico que mais derruba floresta vende filé mignon mais barato do que carne de segunda no resto do país. Dono do maior rebanho bovino brasileiro, São Félix do Xingu, no Pará, dá um retrato extremo da expansão acelerada da pecuária na Amazônia Legal. Estimulada por terra barata e crédito oficial a juros subsidiados, a atividade está diretamente associada ao desmatamento. Nesta década, grande parte dos 14,5 mil quilômetros quadrados de mata derrubados no município - quase dez vezes a área da cidade de São Paulo- deu espaço a pastos. Eles abrigam 1,7 milhão de cabeças de gado. São 30 bois por habitante, relação quase dez vezes maior que a média da Amazônia, que já é o triplo da média nacional. Os recordes de São Félix do Xingu ecoam na região. No ano passado, quando a área desmatada alcançou 19% da floresta, a Amazônia Legal passou pela primeira vez a marca dos 10 milhões de abates, segundo projeções da ONG Amigos da Terra -Amazônia Brasileira. No relatório "O Reino do Gado", lançado hoje, a entidade estima aumento de 46% nos abates entre 2004 e 2007. A concentração cada vez maior do crescimento do rebanho brasileiro na Amazônia (que entre 2003 e 2006 concentrou 96% do crescimento do rebanho nacional) fez com que a região bancasse um terço das exportações brasileiras de carne, assegurando a liderança mundial do país nesse mercado. "A pecuária está sendo empurrada para cá", constata Carlos Xavier, presidente da comissão para assuntos da Amazônia Legal da CNA (Confederação Nacional da Agricultura) e da federação local, numa referência à substituição de pastos no Sudeste e Centro-Oeste por culturas de cana-de-açúcar e grãos. "A pressão [sobre a fronteira agrícola] é muito forte." Não há quem discorde desse diagnóstico, endossado pelo fluxo de fazendeiros vindos sobretudo de Goiás - daí a piada de que capital do Pará é Goiânia, e não Belém. O aumento do preço das commodities é a hipótese mais forte para explicar por que o ritmo do desmatamento voltou a crescer a partir do segundo semestre de 2007. O crescimento foi detectado por imagens de satélite. Um novo alerta deverá ser divulgado pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) nesta semana, com base nas medições entre outubro e dezembro. O último deles fez o governo mobilizar a Força Nacional de Segurança contra a ação dos tratores. Ao mesmo tempo em que se mostra preocupado com os sinais de novo avanço do desmatamento na Amazônia, o governo Luiz Inácio Lula da Silva aposta no crescimento da pecuária. Relatório do Ministério da Agricultura prevê aumento de 31,5% da produção de carne bovina nos próximos dez anos. Segundo o ministério, as exportações brasileiras passariam nesse período do equivalente a 29% a pouco mais de 39% do mercado mundial. Não se cogita reverter o papel da Amazônia nessas cifras. Pasto subsidiado A expansão da pecuária de corte na região conta com duas linhas de financiamento operadas pelo Banco da Amazônia, com juros subsidiados, entre 0,5% e 10,5% ao ano -os mais baratos do país. De micro a grandes, os pecuaristas do Pará receberam R$ 80 milhões em empréstimos em 2007 do Pronaf (Programa Nacional de Agricultura Familiar) e do FNO (Fundo Constitucional do Nordeste), estima João Miranda, superintendente do Basa. Um estudo ainda inédito, a ser divulgado no mês que vem pelo Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), estima que entre 2003 e 2007 os pecuaristas da região Norte tenham recebido R$ 1,89 bilhão só do FNO. Apesar de ser proibido usar o fundo para desmatar, ele acaba estimulando a derrubada, diz o Imazon. "Um fazendeiro pode desmatar novas áreas sem empréstimo, pois sabe que obterá bons rendimentos usando o empréstimo subsidiado para comprar o rebanho." Embora o discurso oficial iniba o desmatamento, uma norma interna do Basa manda dispensar comprovação de reserva legal de florestas na contratação dos empréstimos. Questionado se o banco fiscaliza o desmatamento em propriedades financiadas, o gerente do Basa em São Félix, João Batista Gonçalves,
  • 10. disse: "Não temos como fiscalizar, não somos fiscais do Ibama. Se [o cliente] desmatou mais do que podia, o governo que puna". Subsídios públicos estão na origem da pecuária na Amazônia. A atividade foi patrocinada pelos governos militares, preocupados em colonizar a região, a partir do final dos anos 1960, sob o lema "Integrar para não entregar". A floresta pouco povoada era entendida como ameaça à soberania nacional. Na época, o desmatamento foi estimulado e a ele esteve vinculada a posse da terra. A legislação permitia então a derrubada de árvores em metade da extensão das propriedades. Só em 1996 a regra mudou e passou a exigir 80% de reserva legal de florestas nas propriedades da região. O percentual ficou no papel: "Ninguém respeita [o limite]", atesta o prefeito de São Félix, Denimar Rodrigues (PR). Sai muito mais barato desmatar do que investir na recuperação de pastos, justifica. Eis a lógica da principal -e praticamente única- atividade econômica do município. Parte 2: Os operários se organizam: A formação dos sindicatos Capitulo 1: O nascimento do sindicalismo urbano no Brasil Objetivo: Analisar a história do sindicalismo no Brasil republicano Conteúdo: As origens do sindicalismo As condições de trabalho no início do século XX A mobilização dos trabalhadores A era Vargas Os sindicatos no período democrático (1945-1964) Capitulo 2: O Sindicato dos metalúrgicos no regime militar Capitulo 3: O sindicalismo no fim do século Desenvolvimento: Neste ponto dos estudos o tema TRABALHO é apresentado considerando – inclusive – o seu aspecto legal tendo a autora utilizado o capitulo dos Direitos Sociais da Constituição brasileira de 1988 como forma de revelar o caráter de regulamentação presente no tema. A utilização deste texto jurídico apresenta um momento diferenciado na leitura e seria interessante uma apresentação para a classe de um exemplar em sua totalidade. A seguir um trabalho de conceituação do termo CONSTITUIÇÃO seria de grande importância bem como um breve histórico dos diferentes modelos implantados no Brasil desde 1824. Como referência apresento, abaixo, algumas informações. Existiram no Brasil sete constituições a saber: 1824,1891, 1934,1937, 1946, 1967, 1988. A regulamentação das relações de trabalho somente passou a ser abordada no texto constitucional a partir de 1934. A mudança mais significativa observa-se a partir da Constituição de 1988 quando no capítulo reservado a Ordem Econômica o texto legal determina: CAPÍTULO I Dos Princípios Gerais da Atividade Econômica Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: I - soberania nacional; II - propriedade privada; III - função social da propriedade; IV - livre concorrência; V - defesa do consumidor; VI - defesa do meio ambiente; VII - redução das desigualdades regionais e sociais; VIII - busca do pleno emprego; IX - tratamento favorecido para as empresas brasileiras de capital nacional de pequeno porte. Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei. (Brasil, 1988) 4. O Caput, do texto constitucional selecionado, determina a valorização do trabalho humano que está acima dos interesses do capital e avança na idéia de ―liberdade de escolha‖ no inciso 8 quando apresenta como um
  • 11. dos objetivos da economia nacional a busca do PLENO EMPREGO, ou seja, o cidadão tem o direito de trabalhar na função escolhida e para a qual preparou-se ao longo de sua vida recebendo a devida valorização. Considerando os aspectos culturais e econômicos em nosso país o estudo das relações de trabalho devem também refletir a nossa tradição agro-exportadora fundamentada na grande propriedade e no trabalho escravo além da exploração dos recursos minerais (no caso de Minas Gerais o minério de ferro) para exportação isto somado a nossa tardia industrialização. Diante de tais condições discussões sobre o tema ―direito do trabalhador‖ surgem como ameaça ao modelo econômico que – com tais características – necessita de mão de obra não especializada e com baixo custo. O Estado brasileiro manteve-se distante da regulamentação das relações de trabalho como forma de legitimação do modelo de base colonial e somente a partir dos anos de 1930 estabeleceu direitos e deveres aos patrões e empregados considerando a implantação de uma nova política econômica cujo objetivo seria o crescimento a partir da industrialização. Assim as leis trabalhistas implantadas no período Vargas (1930-1945) obedeciam um modelo nacionalista que rompia com a tradição liberal e introduziam um novo modelo de Estado, com maiores poderes de intervenção na economia, reconhecendo o trabalhador como sujeito de direito. Durante a ditadura do Estado Novo (1937-1945) a aliança entre trabalhadores urbanos e Estado resultou em limitações na autonomia dos sindicatos que funcionavam como órgãos do Ministério do Trabalho, entretanto, com o fim do período ditatorial, havia no Brasil uma organização de massa com sentimento de unidade de classe e com disposição para a mobilização em busca da ampliação de direitos. Esta estrutura sindical vai representar um papel importante no chamado período democrático (1946- 1964) do qual destacamos dois momentos: A campanha nacionalista do Petróleo é Nosso (1947/1954) e a defesa das reformas de base (1963/64) durante o governo João Goulart. No primeiro caso a estrutura sindical (de patrões e empregados) mobilizou-se em torno de um projeto de intervenção do Estado na economia cujo resultado foi a implantação do monopólio estatal do petróleo. No segundo momento a rede de sindicatos e organizações de trabalhadores rurais volta-se para a defesa da reestruturação da organização econômica nacional apoiando à reforma agrária, a lei das remessas de lucros, a ampliação dos direitos políticos e educacionais. Este período de mobilização foi interrompido a partir de 1964 em função do golpe militar apoiado pelos setores conservadores da sociedade brasileira contando com a infra-estrutura do governo dos Estados Unidos que financiou o processo de desestabilização do governo Goulart através de ataques na grande imprensa utilizando-se do mito do ―perigo comunista‖. O texto, desta primeira parte, permite a ampliação do estudo com história oral a partir de depoimentos de moradores da região sobre o mundo do trabalho. Os resultados destes depoimentos poderiam ser reunidos em um pequeno livro, ilustrado com fotos, promovendo um trabalho que incluiria a disciplina de língua portuguesa. Capitulo 2: O Sindicato dos Metalúrgicos no regime militar Conteúdo: O modelo sindical brasileiro durante o período militar (1964-1984) Objetivo: Analisar o papel dos sindicatos no processo de resistência a ditadura militar Desenvolvimento: O modelo sindical implantado após 1964 retirou destas organizações de trabalhadores sua autonomia promovendo intervenções nas direções daquelas entidades mais combativas. Em Minas Gerais destacamos o Sindicato e a Federação dos Tecelões, presidido por Sinval de Oliveira Bambirra, o Sindicato dos Gráficos sob a liderança de Dimas Perrin, o Sindicato dos Bancários, o Sindicato dos Marceneiros presidido pelo líder negro João Firmino Luzia. Estes dirigentes trabalhistas, dentre muitos, foram presos e torturados acusados de ―conspiração‖. Ao silenciar estas lideranças o regime militar reduziu os sindicatos a função de órgãos de suplementação das funções do Estado oferecendo serviços de saúde e lazer além de servir como organismo disciplinador dos trabalhadores. A mobilização dos metalúrgicos do ABC paulista é entendida como referência do rompimento – ainda no regime militar – deste quadro de subserviência dos sindicatos ao governo e reflete movimentos reivindicatórios – que no final da década de 70 – eclodiram em vários pontos do Brasil como os metalúrgicos de Contagem e João Monlevade, trabalhadores da construção civil de Belo Horizonte e professores de Minas Gerais. Uma atividade interessante para este capítulo seria uma discussão em torno do papel dos sindicatos no processo de transformação econômica do Brasil considerando a seguinte questão: Qual a razão da perseguição aos líderes sindicais durante o período militar? Capitulo 3: O sindicalismo no fim do século
  • 12. Conteúdo: As modificações no mundo do trabalho diante da globalização Objetivo: Analisar o sindicalismo no final do século XX Desenvolvimento: A economia brasileira apresentou transformações consideráveis a partir dos anos de 1950 com a introdução de uma política que substituiu a importação de produtos como eletrodomésticos e automóveis por tecnologia para fabricação destes itens aumentando a oferta de empregos no setor industrial nacional. A manutenção deste modelo de crescimento exigia a proteção das empresas instaladas no Brasil e, para este fim, foram criadas restrições a importação de produtos similares aos aqui fabricados. A partir do final dos anos de 1980 o chamado neoliberalismo torna-se hegemônico e aplicam-se políticas de livre importação. Os países de industrialização tardia, como o Brasil, sofrem uma acentuada queda nas vagas de emprego em função do fechamento de estabelecimentos industriais que transformam-se – em muitos casos – em montadoras de produtos cujas fábricas encontravam-se nos mais variados pontos do planeta. A tradição sindical nacional de atuar através de grandes mobilizações de massa sofre um considerável recuo provocado – inclusive – pelo temor dos trabalhadores em perder o emprego ou mesmo pelo enfraquecimento quantitativo de categorias que tradicionalmente encabeçavam tais reivindicações. Neste ponto o aluno vai observar que determinadas profissões foram extintas ou sofreram uma redução no número de ofertas de vagas TERCEIRA PARTE FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO PARTE 3 – Formação do território brasileiro Capitulo 1 – Conceituando território e país ? Conteúdo: O que é um país ? Como é formado um território Objetivo: a) reconhecer as bases históricas para formação do território brasileiro Desenvolvimento: Para o desenvolvimento deste tópico o professor ou professora poderá utilizar livros didáticos de História relacionando: A Inconfidência Mineira, A independência da América Espanhola, A Revolução Americana. Os livros de Geografia também oferecem importante colaboração nos capítulos relativos a ―territorialidade‖. Iniciando o trabalho: MAPA 1 Mapa1 A definição clássica de país define o termo como um território geograficamente delimitado possuindo – via de regra – um governo soberano. Entretanto a criação destes limites territoriais não ocorre por obra e graça da natureza, pois correspondem a necessidades políticas. No processo de construção e consolidação de um território também encontraremos presentes elementos culturais de aproximação entre as pessoas variando estes de fatores como o idioma, religião, história etc. Um exemplo clássico desta aproximação cultural foi a tentativa de Simón Bolívar de unificar a antiga América espanhola baseado na antiga unidade do Império Inca acrescida dos fatores lingüísticos, econômicos e sociais além da experiência comum de controle espanhol. No caso brasileiro diferentes movimentos de emancipação política tentaram – a partir deste principio – delimitar e criar o país Brasil partindo de bases semelhantes aquelas defendidas por Bolívar. Em Minas Gerais a chamada Inconfidência Mineira entendeu o caráter processual da formação territorial e optou por apresentar um projeto de reunião das capitanias mais próximas – e prósperas - do ponto de vista geográfico algo semelhante ao verificado na América do Norte quando tornaram-se independentes as 13 colônias que posteriormente formariam os Estados Unidos. Para introdução deste tema o trabalho com mapas pode apresentar um resultado bastante positivo considerando uma análise das transformações territoriais. Abaixo apresentamos alguns exemplos: O mapa 1 representa a situação política da América do Sul até meados do século XV quando o continente passou a ser ocupado por espanhóis e portugueses. Nesta representação histórica vamos verificar a existência de um grande império – o Inca – responsável pelo controle de aproximadamente 4.000 km ocupando parte dos territórios do atual Chile, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia. Observe que não
  • 13. existe um país Inca, mas um vasto território – formado por inúmeras cidades-estado – constituindo um império cujo controle envolvia diferentes etnias. O mapa 2 representa um outro momento na América do Sul representado pelo meridiano de Tordesilhas – fruto de um acordo assinado em 1494 - responsável pela divisão do continente entre as duas maiores potências européias no final do século XV, a saber, Portugal e Espanha. Observe o desaparecimento da estrutura territorial do Império Inca ficando os dois reinos europeus como controladores de toda América1. O mapa também revela a não existência de países no continente que surgiriam somente no século XIX após a independência como é possível observar no Mapa 2 MAPA 2 Espanha mapa 3. Como fica evidente o maior país – em extensão territorial - da América do PORTUGAL Sul é o Brasil ocupando um trecho significativo da área reservada a Brasil Espanha pelo Tratado de Tordesilhas. Esta última afirmativa pode ser apresentada ao aluno da seguinte forma: Dois grandes reinos europeus dominaram nosso continente do final do século XIV até meados do século XIX. O Brasil foi colônia de Portugal, detentor da menor parte da América do Sul, entretanto o território brasileiro supera em tamanho a parte portuguesa. Como isso é possível? Na aula seguinte a correção será utilizada como introdução ao segundo capitulo. MAPA 3 Capítulo 2: A ocupação do território brasileiro Conteúdo: A União Ibérica A ocupação do litoral nordestino A colonização do litoral paulista A Amazônia Objetivo: Reconhecer as relações econômicas e políticas que possibilitaram a formação do atual território brasileiro. Desenvolvimento: Para o desenvolvimento deste tópico o professor ou professora pode utilizar os livros didáticos do ensino regular de História e Geografia considerando os seguintes temas: Capitanias Hereditárias, Os Bandeirantes, União Ibérica. Iniciando o trabalho: Entre 1581 e 1640 Portugal e Espanha promovem a unificação de seus governos através de um acordo político conhecido por ―União Ibérica‖. Este acordo teria facilitado a entrada dos portugueses nas regiões que ultrapassavam os limites estabelecidos pelo Tratado de Tordesilhas. Esta pode ser uma explicação razoável, entretanto, é preciso considerar fatores que antecedem a unificação ibérica e observar as diferentes frentes de interiorização do branco europeu no futuro território brasileiro. Estas frentes iniciam-se com a divisão, da área controlada por Portugal, em grandes extensões de terras denominadas de Capitanias Hereditárias. Estas, por sua vez, eram entregues a administração de nobres portugueses que deveriam iniciar a exploração comercial e garantir a defesa do território. Este modelo não conseguiu cumprir os objetivos estabelecidos e diante da ameaça de invasões optou-se por retomar as capitanias e instituir um governo para o território de domínio português. O governo geral – instituído a partir de 1549 – teria a responsabilidade de organizar a colonização e – naturalmente – garantir a posse portuguesa das terras brasileiras. 1 Na realidade Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Tordesilhas na esperança de controlar todas as áreas ainda não controladas pelos europeus.
  • 14. Estabelecido o governo geral no litoral inicia-se a implantação da cultura da cana-de-açúcar em grandes propriedades rurais voltadas para a exportação. Este sistema vai marcar profundamente a história da distribuição de terras e do trabalho no Brasil considerando os seguintes aspectos básicos: a larga utilização da mão-de-obra escrava, o predomínio da monocultura e do latifúndio. O sistema de monocultura agro-exportador expandindo pelo litoral nordestino reserva aos criadores de gado a opção de ocupar o interior daquela região quebrando desta forma os limites do Tratado de Tordesilhas. Esta entrada dos criadores de gado para o interior – sobretudo do atual estado da Bahia – contribuirá para a ocupação do norte de Minas Gerais durante o século XVIII. A ocupação do litoral do atual estado de São Pulo ocorre de modo semelhante ao nordestino priorizando o plantio da cana-de-açúcar, mas sem o sucesso observado no primeiro caso. Este fracasso acaba por transformar a região em fornecedora de mão-de-obra escrava indígena levando para o interior as chamadas ―bandeiras‖ que também eram impulsionadas pela aventura em busca do ouro aspecto que proporciona a ocupação da área central do atual estado de Minas Gerais e deste ponto a região de Goiás. A região amazônica oferece como principal atrativo as chamadas drogas da floresta que eram utilizadas como medicamentos na Europa apresentando – desta forma – um valor comercial elevado. Considera-se também, para a ocupação da região, o valor estratégico da amazônia para a defesa do território em função da sua ligação com o Caribe e regiões controladas pela Espanha, França e Inglaterra. Temos assim a posse de uma grande extensão territorial, por elementos portugueses, da América do Sul aspecto que, na prática, anulava o Tratado de Tordesilhas. Assim em 1750 um novo acordo – o Tratado de Madri - vai reordenar – inclusive – o controle político e econômico do continente legitimando o controle de Portugal sobre o atual território brasileiro. Para a finalização deste capítulo sugerimos a elaboração de atividades que possam retratar a história da consolidação do território brasileiro e uma exposição de cartazes com mapas históricos poderia ser realizada em conjunto com a disciplina de Geografia. 4ª Parte Para entender o negro no Brasil de Hoje Capitulo1 – O Brasil o que é afinal? Objetivos: Apresentar as origens históricas da diversidade cultural do povo brasileiro considerando as diferentes etnias2 presentes neste processo. Observar os fatores econômicos que geraram o deslocamento destes grupos para o futuro território brasileiro. Conteúdo: Analise do processo de formação cultural do povo brasileiro; Estudo do modelo de trabalho aplicado na construção da base econômica nacional; Definição do papel do negro no processo de construção da economia, do território e cultura nacional; Conhecimento das áreas de origem (considerando as particularidades culturais e territoriais) dos negros trazidos para o Brasil. Desenvolvimento: O texto do primeiro capítulo – em sua parte inicial - apresenta a relação de dominação e exploração estabelecida no atual território brasileiro, a partir do final do século XV, com a chegada do elemento português. Neste ponto o professor (a) poderá destacar que o processo de dominação portuguesa implicou – além da introdução do modelo de trabalho escravo – a tentativa de anulação da cultura dos grupos indígenas e africanos que passam a ser analisados de forma estereotipada perdendo – na historiografia tradicional – sua identidade étnica. Para introduzir o capítulo 1 o professor (a) poderá associar o título (O Brasil o que é afinal? pg.13) com a ilustração presente na página 12 cujo objetivo é apontar os diferentes grupos humanos que contribuíram para a formação do povo brasileiro. Neste ponto o aluno terá a possibilidade de perceber a diversidade de povos3 que contribuíram para a formação de nossa população cuja origem encontra-se em diferentes pontos do planeta. Para localização desta origem geográfica a atividade com mapas seria interessante e pode ser desenvolvida a partir da utilização de materiais simples como Atlas e livros de Geografia do ensino regular que contenham um Mapa Mundi. Neste trabalho introdutório os alunos podem traçar o ponto de partida destes povos para o Brasil 2 O termo ETNIA, ao contrário do tradicional conceito de RAÇA, possibilita um estudo dos grupos humanos considerando suas particularidades culturais em oposição ao determinismo presente nas análises racistas cujo foco encontra-se na associação entre aspectos físicos e modo de vida. 3 Observe que neste ponto o texto ainda não aprofunda as questões relativas à ETNIA considerando apenas o fenótipo dos grupos humanos analisados.
  • 15. priorizando – como é objetivo do estudo – as relações com a África e Europa. No caso dos agrupamentos indígenas este trabalho pode ser ampliado através do uso de mapas que mostram a distribuição destes ao longo do atual território brasileiro revelando a sua diversidade. Continuando o trabalho o professor (a) poderá apresentar diferentes mapas do Brasil mostrando a expansão do território4 brasileiro5 e levantar a importância dos vários grupos humanos neste processo de povoamento e criação de uma identidade cultural. Neste sentido o gráfico da página 21 revela o predomínio dos negros na população – ao longo do século XIX - resultante da escravização destes. Esta transferência forçada da África para o Brasil não implicou apenas na entrada de ―corpos‖, mas a introdução de características que podem ser notadas em diferentes segmentos como a música, religiosidade, culinária –dentre outras – como você poderá observar das pgs. 21 a 23. Finalizando o capítulo 1 encontraremos o subtítulo ―Tráfico e escravidão na África‖ neste ponto seria interessante trabalhar com os alunos – antes da leitura do texto – uma atividade do tipo ―tempestade de idéias‖ buscando o conceito de ―escravidão‖ predominante em sua classe. A leitura orientada deste texto também seria uma atividade importante e você pode solicitar ao aluno, inicialmente, que relacione as características da escravidão africana e portuguesa. Em seguida a apresentação das diferenças – entre os modelos escravistas – poderia encerrar o capítulo. Capitulo 2: África: berço de diversas civilizações Objetivos: A proposta do capitulo é desvincular o estudo da História da visão eurocentrica 6 considerando as particularidades das organizações políticas e sociais existentes na África. Conteúdo: Entendendo as civilizações africanas como integrantes da História da humanidade; Desconstruindo os mitos em torno da História africana; Apontando o grau de evolução política e social africana. Desenvolvimento: O texto apresenta as diferentes civilizações africanas destacando a organização política e econômica. O capitulo oferece a possibilidade ao professor (a) de ampliar a utilização de portadores de textos em sala de aula. Para este fim sugerimos o uso dos cadernos internacionais de jornais e revistas (não importa a data) através dos quais os alunos poderiam observar a presença, ou ausência, de noticias relativas ao continente africano e confrontar esta realidade com o texto introdutório do capítulo 2. O trabalho com cadernos de turismo também seria interessante oferecendo uma análise do imaginário dos viajantes quanto à África podendo gerar a elaboração de um quadro comparativo com as expectativas do turista em relação aos países europeus. Ao final do trabalho o professor (a) poderá estabelecer uma relação entre o imaginário sobre o continente e os aspectos históricos apontados no texto. Neste capítulo os autores utilizam termos que podem ser desconhecidos para os alunos assim seria importante uma aula expositiva na qual o professor (a) apresentasse estes conceitos. Para este fim selecionamos os seguintes exemplos: País = Território geograficamente delimitado. Estado = No caso brasileiro podem ser as unidades que formam a Federação (ex. estado de Minas Gerais, Estado do Rio de Janeiro etc.), entretanto, no capítulo 2, o termo pode ser entendido a partir conjunto das instituições que governam um país. Ao longo da história observaremos diferentes formas de Estado: Estado Teocrático = Quando os governantes apresentam-se como ―deuses‖ ou ―enviados‖ destes; Estado Absolutista = Quando os governantes apresentam-se acima das leis e encarnam a representação do poder; Estado Democrático de Direito = Quando as relações entre os indivíduos é caracterizada pela aplicação dos direitos considerados fundamentais. Cidade-Estado = Tratam-se de agrupamentos humanos que ocupam uma pequena extensão territorial possuindo uma estrutura autônoma de governo. Capitulo 3: A Resistência negra no regime escravista Objetivos: 4 Os limites territoriais de um país constituem trabalho humano e podem – do ponto de vista histórico – apresentar avanços e recuos. No caso brasileiro nosso território apresentou uma expansão ao contrário do México – por exemplo – que sofreu uma redução perdendo 40% de sua área para os Estados Unidos. 5 Mapas históricos: do tratado de Tordesilhas, do Brasil após a União Ibérica, com e sem a presença da província Cisplatina (Uruguai), sem o atual estado do Acre etc. Neste ponto o professor (a) também pode destacar a mobilidade das fronteiras e sua existência relacionada as atividades humanas e não naturais. 6 Estudo da História considerando como modelo de civilização as sociedades européias.
  • 16. Este capitulo apresenta uma análise da relação do negro com o trabalho escravo destacando os conflitos resultantes deste tipo de exploração. Conteúdo: Desconstrução do mito que associa a escravidão à passividade do negro diante do opressor; Analise das formas de organização e atuação dos grupos negros que lutaram pela emancipação social; Apresentação do negro como elemento ativo no processo que resultou na extinção da escravidão no Brasil. Desenvolvimento: Encontraremos no texto uma análise sobre o imaginário em torno do regime escravista no Brasil priorizando a desconstrução da idéia de passividade do negro diante de seu opressor. O capitulo 3 torna possível um trabalho em torno do imaginário sobre a escravidão no Brasil e, neste caso, o professor(a) poderá iniciar os debates a partir da análise de gravuras que retratavam o cotidiano no Brasil das primeiras décadas do século XIX. Exemplo: O Mito da Democracia Racial: i O Brasil – em função da mestiçagem – foi apontado por diferentes historiadores como uma nação livre dos g . problemas relacionados ao racismo. Considerando este principio as figuras de Debret, acima e ao lado, 2 poderiam ser entendidas como um fiel retrato da aproximação entre negros e brancos que compartilhavam espaços comuns de trabalho (fig.1), conviviam pacificamente no interior das famílias (fig.2) e participavam das atividades sociais ao lado de seus senhores (fig.3). Entretando, uma análise mais atenta das citadas figuras, pode revelar que ao negro foi reservada, em nossa sociedade, a função de servir e obdecer. Para a construção desta imagem encontraremos diferentes tipos de reforços ideológicos como piadas racistas, argumentos pseudos-científicos, exclusão dos estudos históricos dos movimentos de emancipação liderados por negros escravizados. Neste último ponto – exclusão dos estudos históricos dos movimentos reivindicatórios liderados por negros – observaremos a utilização da disciplina História como instrumento de manutenção e legitimação de um modelo social e econômico caracterizado pela exploração do homem e dos recursos naturais constituindo, qualquer atitude contrária, ameaça à ordem. Assim podemos entender que ignorar o exemplo dos quilombos, das revoltas de escravos também siginifica ocultar opções de distribuição da terra e dos resultados do trabalho tornando ―natural‖ a forma implantada no Brasil durante o período colonial. Capitulo 4: A resistência negra: das revoltas ao movimento negro contemporâneo Objetivos: Este capitulo promove um estudo a respeito da resistência negra após a escravidão. Conteúdo: Analisar a situação do negro brasileiro após a assinatura da Lei Áurea; Estudar a resistência negra no Brasil contemporâneo considerando os aspectos culturais e políticos. Desenvolvimento: 1. O texto analisa a situação do negro brasileiro no período posterior a abolição da escravidão considerando a inexistência de uma política de integração dos ex-escravos ao sistema produtivo nacional. O pensamento liberal clássico apresentou os princípios da condenação ao escravismo associando este ao atraso tecnológico e a conseqüente baixa na produtividade amparando ambas afirmativas no comodismo proveniente deste modelo. Seguindo este raciocínio o proprietário, acostumado ao baixo custo do escravo, não investiria em tecnologias e este, por não possuir direito a renda, seria indiferente ao aumento da produção. A correção desta situação seria efetivada a partir da extinção da escravidão oferecendo ao antigo cativo a possibilidade de buscar – por sua conta – o melhor lugar para desempenhar suas atividades e garantir uma sobrevivência adequada. Considerando o quadro econômico brasileiro no final do século XIX não será difícil concluir que poucas atividades ficariam reservadas ao ex-escravo e continuar o trabalho nos latifúndios de exportação seria sua principal escolha de ―homem livre‖.Também podemos acrescentar, aos fatores que contribuíram para a segregação social do ex-escravo, além da ideologia econômica hegemônica no final do século XIX, o pensamento racista que atribuía a condição de exclusão do negro brasileiro a fatores de ordem ―genética‖ desconsiderando os aspectos de ordem social, política e econômica que excluíam o negro dos instrumentos que garantiam a ascensão social. Neste capítulo seria interessante a elaboração de um paralelo entre a principal reivindicação dos negros até 1888 (o fim da escravidão) com aquelas observadas a partir do início do século XX de caráter mais amplo exigindo a integração plena no mundo social. Capitulo 5: A produção cultural e artística do negro no Brasil Objetivos:
  • 17. Este capítulo promove uma análise da produção artística do negro no Brasil e apresenta as principais características da religiosidade afro-brasileira. Conteúdo: 1. A produção artística negra no Brasil e a religiosidade afro-brasileira como forma de resistência. Desenvolvimento: Tradicionalmente as formas de dominação incluem o afastamento, dos povos submetidos, de suas características culturais (idioma, arte, religião etc.) através da imposição da cultura do dominador. No Brasil este afastamento efetivou-se nas artes a partir da hegemonia de uma estética européia, preocupada com a perfeição da forma a partir do modelo grego, tendo como principal característica negar como arte qualquer manifestação fora dos padrões academicistas. Na religião a imposição do cristianismo católico condenou ao grau de ―seita‖ as diferentes religiões originárias da África. Considerando estas informações, neste capitulo seria interessante trabalhar com os alunos as manifestações culturais presentes na comunidade, de origem africana, questionando o processo de aceitação dos grupos religiosos, artísticos etc. pela sociedade. Capitulo 6: Racismo, discriminação racial e ações afirmativas; a sociedade atual Objetivos: Origens históricas da desigualdade racial e social no Brasil Conteúdo: Entendimento dos termos: racismo e etnia O negro como sujeito histórico Desenvolvimento: Os meios de comunicação divulgam com certa freqüência os resultados de pesquisas que revelam diferenças de renda e escolaridade entre homens e mulheres negros e brancos no Brasil. Entretanto a origem histórica desta realidade raramente é analisada ficando uma sensação de naturalização deste quadro que pode ser resumida na celebre frase: ‖sempre foi assim‖. Vamos observar que, a este respeito, nos capítulos anteriores, foi possível oferecer ao aluno uma idéia da construção desta realidade. Neste ponto de nossos estudos inicia-se um debate em torno das possibilidades de ―transformação‖ deste quadro de exclusão através de ações concretas. Os trabalhos deste capítulo podem ser introduzidos a partir da leitura de jornais e revistas para a diversificação dos portadores de texto apresentamos como sugestão a leitura dos projetos de lei relativos ao tema que podem ser encontrados no sitio da Câmara dos Deputados (www.camara.gov.br). Acessando a página, no box destinado a pesquisa, digite Estatuto da Igualdade Racial e tenha acesso ao projeto de lei e aos debates em torno do assunto. Capitulo 7: Homens e mulheres negros: notas de vida e de sucesso Objetivo: Apresentar biografias de homens e mulheres negros que contribuíram e contribuem para a construção do Brasil. Conteúdo: Homens e mulheres negros como sujeitos históricos destacando o trabalho destes na construção da sociedade brasileira. Desenvolvimento: Neste capítulo o aluno estabelecerá contato com a biografia de pessoas cuja vida encontra-se associada à ampliação dos direitos sociais no Brasil. Ao desenvolver este trabalho o aluno poderá ampliar estes nomes incluindo antigos e novos moradores da região formando a base para ampliação da galeria apresentada pelos autores. A construção de um painel – mesclando os nomes presentes no livro – com aqueles levantados pelos alunos tornar-se-ia uma atividade interessante para a finalização dos trabalhos. AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA 1 1) Observe as fotografias abaixo: ambas foram tiradas no ano de 2007 e representam a cidade de São Paulo (fig.1) e uma cidade no interior do Brasil (fig.2). Observando as duas figuras podemos afirmar que (Marque com um X somente a opção correta) A figura 2 mostra uma cidade do passado enquanto a figura 1 representa uma cidade do presente. As figuras 1 e 2 mostram cidades do presente com formas de ocupação diferentes As figuras 1 e 2 mostram cidades do passado com formas de ocupação semelhantes.
  • 18. 2) A invenção do automóvel representa um avanço na história do transporte, pois, ao contrário das carroças e carruagens, possibilitou ao homem percorrer maiores distâncias em menor tempo. Considerando esta afirmativa marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. ( ) Com a invenção do automóvel os veículos de tração animal foram extintos ( ) A utilização de veículos de tração animal, embora represente uma tecnologia mais antiga, convivem em várias cidades com os automóveis. ( ) As carroças e carruagens apenas são utilizadas, como parte dos cenários, em filmes e novelas de época. 3) Leia o texto com atenção: A figura ao lado representa a idéia tradicional de família, ou seja, um núcleo formado por pai, mãe e filhos. Entretanto, quando observamos com atenção, encontramos núcleos familiares diferentes do modelo apresentado ao lado que podem ser formados por mãe e filhos, pai e filhos, avós e filhos, duas mães e filhos, dois pais e filhos etc. Considerando estas informações marque V para as opções verdadeiras e F para as falsas. ( ) A família – em nossa sociedade – é formada exclusivamente por pai, mãe e filhos. ( ) A família – em nossa sociedade – apresenta formas variadas ( ) A família – em nossa sociedade – somente é aceita quando formada de acordo com a forma tradicional ( ) A família tradicional – em nossa sociedade – convive com outros modelos familiares. 4) Carnaval: O Carnaval teve origem nas festas em que os gregos e os romanos comemoravam suas colheitas (saturnais a 17 de dezembro e lupercais a 15 de fevereiro). Muitos séculos depois, a celebração acabou tornando-se uma brincadeira típica das cidades. No Brasil, o carnaval foi introduzido pelos portugueses. Seu nome era entrudo —palavra que vem do latim introitus e que designa as solenidades litúrgicas da Quaresma. Hoje, em função da tradição, o carnaval é considerado por muitos uma festa tipicamente brasileira e apresenta em nosso país características particulares como: o desfile de escolas de samba no Rio de Janeiro, os trios elétricos em Salvador, os blocos e bandas no interior de Minas Gerais aspectos bem diferentes daquelas dos romanos e gregos. (Almanaque Folha) Considerando as informações acima relacione a segunda coluna com a primeira Carnaval em romano e grego Carnaval português Carnaval brasileiro
  • 19. ( ) Era chamado de entrudo ( ) Eram festas que comemoravam as colheitas ( ) Trata-se de uma festa introduzida pelos portugueses 5) Ainda segundo o texto acima seria correto afirmar que: Marque com um X somente a opção correta. a) O carnaval é uma festa inventada no Brasil b) O carnaval é uma festa que reúne elementos de vários países c) O carnaval é uma festa inventada em Portugal d) O carnaval é uma festa religiosa. 6) Ainda segundo o texto carnaval seria correto afirmar Marque V para as opções verdadeiras e F para as falsas. ( ) O carnaval brasileiro apresenta características únicas ( ) O carnaval brasileiro apresenta como característica somente o desfile de escolas de samba no Rio de Janeiro ( ) O carnaval brasileiro, dependendo da região, apresenta características diferentes. ( ) O carnaval brasileiro foi introduzido pelos portugueses, mas, ao longo do tempo, ganhou características próprias. 7) Observe as figuras abaixo: A figura 1 apresenta uma fábrica na década de 1930 enquanto a figura 2 retrata uma fábrica no ano 2007. Considerando estas informações responda: (Marque com um X a opção correta). A figura número 1 apresenta uma fábrica no século XIX enquanto a figura 2 apresenta uma fábrica no século XX As figuras 1 e 2 retratam a forma de trabalho durante o século XX, porém em anos diferentes. As figuras 1 e 2 retratam a forma de trabalho durante o século XX, porém em décadas diferentes. A figura 1 retrata uma fábrica do século XX enquanto a figura 2 mostra uma fábrica do século XXI. 8) Ainda com relação as figuras acima é possível afirmar (Marque V para as opções verdadeiras e F para as falsas) ( ) Ao comparar as figuras 1 e 2 observaremos a presença de um maior número de empregados na figura 1 ( ) Ao comparar as figuras 1 e 2 observaremos a presença menor de empregados na figura 2 ( ) Ao comparar as figuras 1 e 2 encontraremos o maior número de máquinas na figura 1 ( ) Ao comparar as figuras 1 e 2 encontraremos o menor número de máquinas na figura 2 ( ) Ao comparar as figuras 1 e 2 encontraremos o maior número de máquinas na figura 2 9) Ainda com relação as figuras acima seria possível concluir que: Marque com um X a opção correta a) As fábricas em 1930 eram idênticas as fábricas atuais b) Ao comparar as fábricas de 1930 com as atuais encontraremos como única diferença o número de empregados c) As fábricas em 2007 apresentam-se idênticas as fábricas de 1930 d) Ao utilizar um maior número de máquinas as fábricas em 2007 empregam um menor número de pessoas. 10) Ao comparar as figuras 1 e 2 podemos concluir que as empresas em 2007 exigem do trabalhador: Marque com um X a opção correta. a) Uma escolaridade menor, pois o trabalho em computadores e robôs dispensa a leitura de manuais, gráficos etc. b) Uma escolaridade idêntica àquela solicitada na década de 1930, pois as tarefas permanecem as mesmas. c) Uma escolaridade maior, pois o trabalho com computadores e robôs implica na leitura de manuais, gráficos etc. AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA 2
  • 20. A figura abaixo foi pintada no ano de 1909 por Oscar Pereira da Silva e representa a chegada de Pedro Álvares em Porto Seguro em abril de 1500. Considerando estas informações marque V (para as opções verdadeiras) e F para as falsas ( ) Oscar Pereira da Silva pintou o quadro acima no exato momento da chegada de Pedro Álvares Cabral em Porto Seguro. ( ) Oscar Pereira da Silva pintou o quadro acima no século XX e Pedro Álvares Cabral desembarcou em Porto Seguro no século XV. ( ) Oscar Pereira da Silva pintou o quadro acima 409 anos após a chegada de Pedro Álvares Cabral. ( ) Oscar Pereira da Silva pode ser considerado uma testemunha do desembarque de Pedro Álvares Cabral em Porto Seguro. Leia o texto com atenção: Quando minha avó – Maria Veranella – veio da Itália trouxe uma receita de massa para macarrão ainda hoje usada em nossa casa. A única diferença – entre o prato original e aquele preparado atualmente - esta no acompanhamento da massa que hoje é servida com feijão e arroz um alimento conhecido e utilizado por minha avó aqui no Brasil. Considerando as informações acima seria correto afirmar: (Marque com um X a opção correta) ( ) Ao mudar de região para outra as pessoas transportam apenas o seu corpo deixando para trás seus costumes como religião, língua, alimentação. ( ) Ao mudar de uma região para outra as pessoas também transportam os seus costumes, mas ficam indiferentes aos hábitos deste novo lugar. ( ) Ao mudar de uma região para outra as pessoas também transportam os seus costumes que podem sofrer transformações incorporando hábitos deste novo lugar. ( ) Ao mudar de uma região para outra as pessoas perdem os seus costumes e não contribuem para a formação de novos hábitos. Leia o texto com atenção: No texto acima, além do convite, observamos uma referência a dois estadistas brasileiros. O primeiro, Getúlio Vargas, governou o país em dois momentos: de 1930 a 1945 assumindo o poder através de uma revolução e depois, de 1951 a 1954, quando seguindo o costume republicano, foi eleito democraticamente pela população. O segundo governante, D.Pedro II, reinou de 1831 – herdando do pai o direito de assumir o título de imperador -até 1889 quando foi instituída a República encerrando o período imperial em nosso país. Considerando estas informações marque com um X as opções corretas: Na república os governantes ocupam o poder por direito de herança enquanto no império ocorriam eleições. No império a escolha do governante ocorria por direito de herança e na republica somente por eleição. No império a escolha do governante ocorria por direito de herança e na republica, exclusivamente, através de uma revolução. Em uma república a forma democrática de ocupar o poder é através do voto. 4) Ainda com relação ao texto ― Festa Junina‖ numere a primeira coluna de acordo com a primeira. (1)Foi imperador do Brasil entre 1831 e 1889 ( ) O poder é ocupado em função do direito de (2)Republica herança (3)Império (4)Foi presidente do Brasil entre 1930 a 1945 ( ) Getúlio Vargas ( ) O governante é eleito pelo povo ( ) D. Pedro II
  • 21. Observe as figuras abaixo, elas representam salas de aula em dois momentos históricos diferentes: As figuras 1 e 2 mostram salas de aula no início do século XX enquanto a figura 3 mostra uma sala de aula em 2007. 5) Considerando as informações contidas nas fotos marque com um X a opção correta. (a)----A sala de aula representada na figura 1 apresenta as mesmas características daquela retratada na figura 3, pois as fotos foram tiradas no mesmo século. (b)----A sala de aula representada na figura 2 é idêntica àquela retratada na figura 1, pois as fotos mostram alunos sentados em carteiras. (c)----A sala de aula representada na figura 3 é idêntica àquela retratada na figura 1, pois as duas fotos mostram somente meninas estudando. 6) Ainda considerando as informações contidas nas fotos Marque V para as opções verdadeiras e F para as opções falsas. ( ) A figura 1 mostra uma sala de aula formada somente por meninas indicando que no início do século XX haviam escolas, ou classes, separadas por sexo ( ) A figura 3 mostra uma sala de aula formada por meninos e meninas revelando que no século XXI as classes ainda seguem o mesmo modelo do início do século XX. ( ) A única diferença entre as figuras 1 e 2 é a presença de meninos e meninas em uma mesma sala de aula, pois o comportamento dos alunos parece ser o mesmo. 7) Ainda considerando as fotografias podemos concluir que as escolas em 2007 preservam as seguintes semelhanças com aquelas do início do século XX: (Marque somente a opção correta) a) O modelo de uniforme b) A existência de carteiras em fila c) O comportamento dos alunos d) A separação por sexo 8) Ainda com relação as fotografias seria correto afirmar: Marque com um X a opção correta a) As fotos 1 e 2 foram tiradas em séculos diferentes b) As fotos 1 e 2 são mais antigas enquanto a 3 é a mais nova. c) As fotos 1 e 3 foram tiradas no mesmo século. Leia o texto com atenção: DIÓGENES MUNIZ— Folha Online A HISTÓRIA DOS DINOSSAUROS Surgidos há 230 milhões de anos, na Era Mesozóica, os dinossauros estão entre os maiores e mais diversificados répteis de todos os tempos. Dominaram a Terra por cerca de 160 milhões de anos (seres humanos estão nela há apenas dois milhões), quando os continentes ainda estavam agregados (juntos). 9) Considerando as informações acima qual figura representaria a Terra na era Mesozóica: 10) Considerando as informações do texto acima seria correto afirmar que: Marque com um X somente a opção correta a) Os seres humanos sempre dominaram o planeta Terra b) Dinossauros e seres humanos surgiram na Terra ao mesmo tempo c) Os dinossauros surgiram na terra antes dos seres humanos d) O planeta Terra apresenta a mesma forma desde a época dos dinossauros.