SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 72
Agrotóxicos
Definição – Histórico
• Agrotóxicos ou Praguicidas ou Pesticidas ou
Defensivos Agrícolas são substâncias químicas
utilizadas para prevenir, combater ou controlar
uma praga.
• Pela definição citada, incluem-se nas pragas:
insetos, carrapatos, aracnídeos, roedores, fungos,
bactérias, ervas daninhas ou qualquer outra forma
de vida animal ou vegetal danosa a saúde e ao
bem estar do homem, a lavoura, a pecuária e seus
produtos e a outras matérias primas alimentares.
Incluem-se ainda os agentes desfolhantes, os
dessecantes e as substâncias reguladoras do
crescimento vegetal.
• Os defensivos agrícolas ou agrotóxicos, são
produtos e agentes de processos físicos, químicos ou
biológicos, destinados ao uso nos setores de
produção, no armazenamento e beneficiamento de
produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de
florestas, nativas ou plantadas, e de outros
ecossistemas e de ambientes urbanos, hídricos e
industriais, cuja finalidade seja alterar a composição
da fauna ou da flora, a fim de preserva-las da ação
danosa de seres vivos considerados nocivos, bem
como as substâncias de produtos empregados como
desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores
do crescimento
B. USO DO AGROTÓXICO NO BRASIL
Insumos modernos da prática agrícola:
• Adubos
• Fertilizantes
• Agrotóxicos
• Transgênicos
• Brasil utilizou na safra 1970/71 cerca de 27 mil
toneladas de agrotóxicos
•Na safra de 1980 passa a usar cerca de 81 mil
toneladas, colocando o país entre os grandes
consumidores de agrotóxico no mundo
• Brasil representa um mercado de 2,3 bilhões de
dólares em uso de agrotóxicos.
Estímulos a elevação do consumo:
•Década de 70 programas nacionais de
desenvolvimento, entre eles o de defensivos
agrícolas:
• Implantação de fábricas para produção
nacional de agrotóxicos
• Impulso a monoculturas agrícolas – ex. pró-
álcool em 1975
• Brasil é um país de clima favorável a
desenvolvimento de pragas agrícolas com
temperatura elevada e umidade importantes
(poucas sp com centro de origem brasileira).
• Publicação (Panorama Brasil) setembro de 2003
indica que a safra de grãos do país atingiu 120
milhões de toneladas e a estimativa da indústria
de produtos para a defesa agrícola alcançou
vendas de cerca de 2,3 bilhões de dólares.
• Regiões de maior consumo de agrotóxicos:
Sudeste, Sul e Centro-Oeste, sendo o Estado de
São Paulo um dos grandes consumidores com
cerca de 36% de inseticida e 59% de fungicidas
comercializados no país.
• Em relação aos tipos de culturas agrícolas onde
são mais utilizados os agrotóxicos estão: 38% para
a soja, 11,5% para cana de açúcar e 9% para
algodão.
•
Grupo/Defensivo
Agrícola/Cultura Consumo Variação Variação/Percentual
Kg. I.a/ha Percentual Área Cultivada
HERBICIDA 1984 1990 Consumo
Soja 0,86 0,58 - 32,5 21,87
Cana 1,48 1,44 - 2,7 16,82
Milho 0,11 0,36 227,2 - 5,23
Arroz 0,56 0,83 48,2 - 26,20
Consumo Variação Variação / %
Kg. I.a/ha Percentual Área Cultivada
1984 1990 Consumo
FUNGICIDAS
Batata 10,70 16,55 54,7 16,82
Citrus 6,40 2,30 - 64,0 44,10
Tomate 22,60 28,20 24,8 17,30
Café 0,72 0,41 - 43,0 16,00
INSET/ACARICIDA
Soja 0,38 0,28 - 26,3 16,82
Citrus 5,88 9,39 59,7 44,10
Algodão 1,24 2,05 65,3 - 14,76
Café 0,21 0,60 185,7 16,00
•Atualmente o Brasil se encontra em 10o. lugar
mundial no consumo de agrotóxicos com média
de utilização de 3,2 quilos por hectare, sendo a
Holanda a primeira com 17,5 quilos por hectare
(fonte SINDAG)
•Entre janeiro a outubro de 2003 foram
importados cerca de 78 mil tons de produtos,
sendo 46 mil de Herbicidas, 12 mil de fungicidas,
16 mil de inseticidas e 2 mil de acaricidas e cerca
de 500 toneladas de outros produtos.
• Em relação aos tipos de produtos utilizados o
maior aumento ficou por conta dos herbicidas
com aumento de 88% nas importações.
• Assim empresas produtoras observando o
aumento de mercado lançam produtos novos
destinados principalmente as 2 grandes culturas
de exportação: soja e cana de açúcar.
• Gazeta Mercantil de 03 de setembro de 2003
informa que empresa produtora de defensivos
elege o Brasil como prioritário no mercado de
defensivos. Apresentam como meta lançamento
de 2 a 3 produtos novos ao ano.
• Projeções indicam que o Brasil deverá tornar-se o
maior exportador de soja do mundo, ultrapassando
os EUA.
• Com isso a indústria de defensivos tende a ganhar
mais fôlego, estimando-se participação de 2,3
bilhões de dólares em 2003, números que sinalizam
que o mercado de insumos acompanha a evolução
do agronegócio.
• Assim empresas do setor projetam avanços na
produção e diversificação de produtos, com
investimentos nas linhas de produção dos
pesticidas. Além da soja, cana e algodão, outros
importantes produtos que utilizam os agrotóxicos
estão o milho e os citrus.
PRINCIPAIS GRUPOS DE AGROTÓXICOS
UTILIZADOS
Segundo o SINGAG Sindicato Nacional da Indústria de
Produtos para Defesa Agrícola
:
Total 278 - 100%
Herbicidas : 81 - 29%
Fungicidas : 72 - 26%
Inseticidas : 79 - 28%
Acaricidas : 16 – 6%
Outros : 30 - 11%
1. Inseticidas:
a - Organoclorados
Ex. DDT, BHC, Aldrin, Heptacloro, etc...
b - Organofosforados
Ex. Dissulfoton, Malation, Paration, etc...
c - Carbamatos
Ex. Aldicarb, Carbaril, etc...
d - Piretróides
Ex. Permetrina, Deltametrina, etc...
e - Fumigantes
Ex. brometo de metila, fosfina
2. Fungicidas :
a - Compostos Inorgânicos de Cobre (oxicloreto de
cobre)
b - Mercuriais Orgânicos (aretan – tilex)
c - Dimetil-ditio Carbamatos (ferban – ziran)
d - Derivados da Tiouréia (tiofanato)
e - Compostos Fenólicos dinitrofenóis(dinozeb –
DNOC) Clorofenóis (pentaclorofenol)
f - Fumigantes (brometo de metila)
g - Compostos orgânicos de estanho(brestan –
duter)
h -Etileno-bis-ditio carbamatos (maneb – mancozeb)
i - Outros grupos químicos (captan – difolatan – óleo
mineral)
3. Herbicidas:
a - Arsenicais Inorgânicos (arsenito de sódio)
b - Carbamatos (clorprofan)
c-Compostos Fenólicos (dinitrofenóis e clorofenóis)
d - Derivados do Ácido Fenoxiaceticos(2,4-D e 2,4,5-T)
e - Triazinas (ametrina – simazina)
f - Triazólios (amino triazol)
g - Derivados da Anilina (trifluralina – nitralina)
h - Dipiridílios (diquat – paraquat)
i - Tiol carbamatos (bentio carbe, butilato)
j - Derivados da uréia ( carbutilato – diuron)
k - Agentes desfolhantes ( DEF – Merfós – folex)
4. Raticidas:
a - de uso restrito (fluoracéticos, fosfatos metálicos,
cianeto de cálcio e brometo de metila)
b - produtos de venda ao público: norbormida – cila
vermelha e anticoagulantes (cumarínicos e
indandiona).
D. CLASSIFICAÇÃO TOXICOLÓGICA
Toxidades
• Classe 1 A: Extremamente tóxico. Algumas gotas
podem matar uma pessoa. DL 50 oral (mg/Kg) < 5
• Classe 1 B: Altamente tóxico. Algumas gotas a
uma colher de chá podem matar uma pessoa. DL
50 oral (mg/Kg) 5 - 50
• Classe 2: Regularmente tóxico. Uma colher de chá
a duas colheres de sopa podem matar. DL 50 oral
(mg/Kg) 50-500
• Classe 3: Pouco tóxico. Há necessidade de duas
colheres de sopa a dois copos para serem letais a
uma pessoa. DL 50 oral (mg/Kg) 500-5000
• Classe 4: Muito pouco tóxicos. Há necessidade
de dois copos a um litro para serem letais. DL 50
oral (mg/Kg) > 5000
•
CLASSE TOXICOLÓGICA COR DA FAIXA
I ESTREMAMENTE TÓXICO VERMELHA
II ALTAMENTE TÓXICO AMARELA
III TOXIDADE MÉDIA AZUL
IV POUCO TÓXICO VERDE
Tipos de intoxicação causadas pelos agrotóxicos
• Aguda - onde os sintomas surgem rapidamente,
algumas horas após a exposição excessiva, por curto
período, a produtos altamente tóxicos. Podem ocorrer
de forma moderada ou grave, dependendo da
quantidade do veneno absorvido. Os sinais e
sintomas são nítidos e objetivos.
• Subaguda - ocasionada por exposição moderada ou
pequena a produtos altamente tóxicos ou
medianamente tóxicos. Tem aparecimento mais lento
e os principais sintomas são subjetivos e vagos, tais
como dor de cabeça, fraqueza, mal-estar, dor de
estômago e sonolência.
• Crônica - caracteriza-se por ser de surgimento
tardio, após meses ou anos de exposição pequena
ou moderada a produtos tóxicos ou a múltiplos
produtos, acarretando danos irreversíveis como
paralisias e neoplasias.
Tempo de desativação do agrotóxico
• DDT: 4 a 30 anos
• Aldrin: 1 a 6 anos
• Heptacloro: 3 a 5 anos
• Lindano: 3 a 10 anos
• Clordano: 3 a 5 anos
Classificação de alguns agrotóxicos em relação a
toxicidade aguda:
Organoclorado:
Pouco tóxico medianamente altamente
Dodocacloro BHC aldrin
DDT dieldrin
Organofosforados:
Pouco tóxico medianamente altamente
Bromofós diclorvós paration
fention dissulfoton
Carbamatos:
Pouco tóxico medianamente altamente
Carbaril ropoxur(baygon) carbofuran(furadan)
aldicarb(temik)
Piretróides:
Pouco tóxico medianamente altamente
Permetrina
aletrina
Acaricidas :
pouco tóxico medianamente altamente
dinocap dicofol
Fungicidas:
Pouco tóxico medianamente altamente
Sais de cobre tiran compostos
mercuriais
Herbicidas:
Pouco tóxico medianamente altamente
Ametrina bentiocarb arsenito de sódio
Simazina 2,4-D e 2,4,5-T paraquat
Raticidas:
Pouco tóxico medianamente altamente
Cila vermelha cumafeno cianogás
Norbormida pindona fluoracetato
Sulfato de tálio
Quadro clínico e algumas informações sobre o uso
dos principais grupos de agrotóxicos utilizados no
Brasil
ORGANOCLORADOS:
Usos do produto:
• Inseticida e acaricida
•Vias de absorção usual: oral, respiratória e dérmica
•ATUAM SOBRE A MEMBRANA NEURONAL, AXONAL,
LENTIFICANDO O FECHAMENTO DOS CANAIS DE
SÓDIO
•INTERFEREM NO METABOLISMO DE SEROTONINA,
NORADRENALINA E ACETILCOLINA DE MANEIRA
AINDA NÃO ESCLARECIDA
•Quadro clínico e algumas informações sobre o uso dos principais
grupos de agrotóxicos utilizados no Brasil
•Aspectos toxicológicos: ação sobre o sistema nervoso
central em casos agudos.
•Armazenamento em tecidos adiposos e venenos
altamente cumulativos.
ORGANOCLORADOS QUADRO CLÍNICO
• convulsões são as manifestações mais importantes
• insuficiência respiratória
•fraqueza muscular, agitação, confusão mental,
perturbações no equilíbrio, perda do apetite, mal-estar
geral, lesões hepáticas e renais......
Algumas informações sobre os produtos
organoclorados
• grande persistência no meio ambiente
• armazenam-se por toda a vida no organismo vivo
em tecido adiposo devido sua lipossolibilidade
• planeta foi inundado por DDT e BHC tanto na
agricultura como em campanhas de saúde pública no
mundo inteiro como estratégia de combate e
erradicação de grandes endemias como a malária e
particularmente no Brasil Doença de Chagas
• já em 1948 estudos constatavam presença de DDT
em tecido adiposo humano
• DDT e BHC encontram-se amplamente distribuídos
pelo meio ambiente e podem ser encontrados
freqüentemente como contaminantes de alimentos
• questões ambientais como a magnificação alimentar,
transferência do tóxico através de vários elos da cadeia
alimentar
• estudo clínico epidemiológico em trabalhadores de
campanhas de saúde pública expostos cronicamente aos
inseticidas organoclorados evidenciou no exame
citogenético freqüências aumentadas de certos tipos de
aberrações cromossômicas estruturais no grupo exposto em
relação ao controle.
ORGANOFOSFORADOS
CARBAMATOS:
• Usos: inseticidas e acaridas
• Vias de absorção: oral, respiratória e dérmica.
•Aspectos toxicológicos: inibidores da colinesterase.
• quadro clínico
•hipersecreção lacrimal, sudorese, piloereção, vômitos.
•abalos musculares,
• s.n.c. - grande estimulação
Alguns dados sobre Organofosforados e
Carbamatos:
• Grupos de inseticidas muito utilizados
• Causam graves intoxicações agudas, sendo os
inseticidas que maior número de óbitos causam
devido a intoxicação.
• Os resultados apontam para o alto grau de risco
de agravos à saúde a que estão sujeitos
trabalhadores rurais em contato com agrotóxicos.
• Efeitos crônicos – paralisias de nervos periféricos
devido processo de desmielinização
• Agrotóxicos ameaçam a vida de agricultores. A
cada ano ocorrem cerca de 500 casos de
intoxicação em SC. Deste total, 15 morrem devido
ao problema
•Adriano Ribeiro Especial para A Notícia
• Os agrotóxicos são agentes tóxicos que mais matam
no Estado, correspondendo ao maior número de óbitos
registrados no Centro de Informações Toxicológicas do
Hospital da Universidade Federal de Santa Catarina. A
cada mês são cerca de 30 a 40 casos de intoxicações. A
média de casos de intoxicações chega hoje a 500 casos
registrados anualmente. Destes quinze acabam em
morte. Muitos são os agentes causadores. Segundo
pesquisadores, o produto Tamaron, por exemplo,
provoca irritação, depressão, alterações no sistema
nervoso central, impotência e até má-formação de fetos.
Uma bomba química.
O uso indiscriminado de agrotóxico no
tomate assusta. Muitos agricultores não usam
proteção nenhuma para preparar os produtos, nem
sequer para aplicá-los na lavoura. De acordo com o
extensionista da Empresa Catarinense de Pesquisa
Agropecuária (Epagri) Nauro José Velho, para cada
hectare cultivado a cultura exige 39,5 quilos de
agrotóxicos. Se calculada a área cultivada, conforme
a Associação Caçadorense de Produtores de Tomate
(Acato), em 700 hectares, chega-se ao assustador
número de 27.650 quilos do produto numa só safra.
A Acato também calcula que cerca de 6 mil
pessoas trabalham diretamente com o tomate e os
resíduos dos tóxicos.
• O número de pessoas intoxicadas pela manipulação
incorreta, sem a devida proteção, não tem como ser
levantado em razão da maioria das secretarias
municipais deixarem de fazer notificação à 4ª Regional
de Saúde.
• Santa Catarina é o maior produtor de cebola do Brasil,
com a sua produtividade também se destacando às
custas da aplicação de agrotóxicos. Abrão disse que é
impossível levantar a quantidade utilizada a cada safra.
É que existem muitas casas comerciais que fazem a
comercialização sem o receituário expedido por um
engenheiro agrônomo e muito menos orientação do uso
do produto.
Inseticidas Piretróides:
• Piretrinas: inseticidas naturais extraídos de flores
do gênero chrysanthemun. Os naturais são instáveis
a exposição a luz e não possuíam efeito residual e
portanto sem utilidade prática como praguicida.
• Indústria desenvolveu a piretrina sintética, estável
a exposição a luz e com uso como praguicida.
Inseticidas Piretróides:
Vias de absorção: oral, respiratória e dérmica.
• São substâncias com potencial alergizante,
expostos podendo desenvolver quadros de asma e
bronquite – principalmente em crianças. São os
inseticidas domésticos mais usados.
•
Inseticidas Piretróides:
SINTOMAS E SINAIS CLÍNICOS
• tremores, hipersensibilidade, hiperexcitabilidade,
câimbras musculares e convulsões.
• salivação excessiva, lacrimejamento, hipersecreção
nasal, hipersensibilidade, distúrbios sensoriais
cutâneos (formigamento, entorpecimento e sensação
de queimação), irritação cutânea, cefaléia intensa,
perda do apetite, fadiga, tonturas, perda da
consciência, câimbras musculares e convulsões
FOSFETOS METÁLICOS (fosfinas)
USOS
• Inseticidas fumigantes (p/grãos armazenados)
VIAS DE ABSORÇÃO
• respiratória e dérmica (em menor intensidade)
ASPECTOS TOXICOLÓGICOS
•Destruição dos tecidos. alteração do metabolismo dos
carboidratos, lipídios e proteínas do fígado.
SINTOMAS E SINAIS CLÍNICOS
•Fadiga, sonolência, tremores, dores abdominais, vômitos,
diarréia, icterícia, hipotensão arterial, arritmia cardíaca, dispnéia,
convulsões, edema pulmonar (por vezes de ocorrência tardia),
estado de choque.
Brometo de metila:
Usos: inseticida fumigante para grãos armazenados
e nematicida.
Vias de absorção: respiratória e dérmica (em menor
extensão)
Aspectos toxicológicos:
• Edema pulmonar não cardiogênico.
• Pneumonite química.
• Insuficiência circulatória.
• Perturbações neurológicas (psicoses e sintomas
extrapiramidais).
Herbicidas:
Paraquat
Uso: herbicida
Vias de absorção: principalmente via oral
Aspectos toxicológicos: fibrose e parenquimatização pulmonar
•forma radicais superóxidos e radicais hidroxila que reagem
com lipídeos das membranas
• celulares, proteínas, enzimas e moléculas de DNA.
• Há desarranjo de todas as funções celulares e morte.
• herbicida de grande potência tóxica e muito solúvel em água
• EVOLUÇÃO: COM INSUFICIÊNCIA DE VÁRIOS
ÓRGÃOS, SIMULTÂNEAMENTE OU NÃO, COM
DURAÇÃO DE SEMANAS, HAVENDO
RECUPERAÇÃO, OU ÓBITO POR FIBROSE
PULMONAR.
•TODOS OS CASOS SÃO CONSIDERADOS
GRAVES.
EXISTEM REFERÊNCIAS DE SERVIÇOS COM
75% DE ÓBITOS
Outros Herbicidas:
Clorofenóxis : 2,4-D e 2,4,5-T
Uso: herbicida
Vias de absorção: oral ou respiratória
Aspectos toxicológicos: não tem ação hormonal em
animais, podem acarretar lesões hepáticas e renais,
irritações cutâneas e gastrointestinais.
Sinais e sintomas: vômitos – fraqueza muscular –
bradicardia – sudorese – dificuldade respiratória...
OUTROS HERBICIDAS
• DIQUAT, GLIFOSATO, AMETRINA, BROMACIL,
SIMAZINA, 2,4-D, E OUTROS DE POUCA
IMPORTÂNCIA NA TOXICOLOGIA HUMANA.
•
•Tais produtos não determinam intoxicações graves,
como regra geral.
Alguns aspectos relacionados ao uso de herbicidas :
• Uso ampliado desses produtos nos últimos com a
substituição da capina mecânica nas atividades de
agricultura, manutenção de ferrovias e vias públicas
em geral.
Grupos mais utilizados: paraquat – clorofenóxis e
dinitro fenóis
Paraquat: altamente tóxico – doses fatais em torno
de 50 ml do produto ingerido pode levar a óbito em
prazo de 3 a 10 dias.
Provoca lesões locais, renais e após quadro de
fibrose pulmonar irreversível. Utilizado na
agricultura e vias públicas, sendo herbicida de
contato.
Clorofenóxis: herbicidas mais utilizados são o
ácido 2,4 dicloro fenoxiacético e o ácido tricloro
fenoxiacético. Tem persistência no ambiente,
podem ter como contaminante a dioxina,
substância de grande toxicidade. Agentes
utilizados como desfolhantes na guerra do Vietnã
– agente laranja
CLOROFENÓXIS (2,4-D2,4,5-T, diclofop metílico,
metilclorofenóxipropionato-mcpp)
GLIFOSATO
USOS
• Herbicidas
VIAS DE ABSORÇÃO
• Oral e dérmica
ASPECTOS TOXICOLÓGICOS
• Irritante dérmico e ocular. Pode causar danos
hepáticos e renais, quando ingerido em doses
altas.
Aumento de 100 vezes
O glifosato é empregado para combater ervas
daninhas em culturas de ameixa, banana, maçã,
nectarina, pêra e pêssego, assim como nas
plantações de café, cacau, soja, trigo e cana-de-
açúcar. No caso da cana-de-açúcar, também é
utilizado como maturador. A substância, de acordo
com legislação do Ministério da Saúde, tem ação
tóxica sobre animais e plantas e está autorizada
para utilização em atividades agropecuárias.
A soja transgênica, de plantio liberado pela MP nº
131/03, é uma modalidade de cultivar resistente ao
glifosato, um herbicida de amplo espectro (um "mata-
tudo"), mas sensível aos efeitos de outros herbicidas.
Assim, a proibição do glifosato, que também é
produzido pela Monsanto, torna inviável a plantação
transgênica.
Herbicida trifluralina: Pesquisa do Instituto Brasileiro
de Defesa do Consumidor (Idec) apontou a
presença de resíduos de agrotóxicos em três
marcas de arroz comercializadas no País. A análise
de 12 marcas de arroz foi encaminhada à Agência
Nacional de Vigilância Sanitária. Em um dos lotes,
valido até junho de 2000, havia resíduos do
herbicida Trifluralina, em quantidade três vezes
maior que o limite permitido pela legislação. O
secretário da Agricultura e Abastecimento, José
Hermeto Hoffmann, teme que as denúncias acabem
prejudicando a lavoura gaúcha.
Fungicidas:
DITIOCARBAMATOS (maneb, mancozeb, zineb e tiram)
USOS: Fungicidas.
VIAS DE ABSORÇÃO: Oral, dérmica e respiratória .
ASPECTOS TOXICOLÓGICOS
• Dermatite de contato.
• Sensibilidade ocasional.
SINTOMAS E SINAIS CLÍNICOS
• Por ingestão de grandes doses: Náuseas, vômitos,
dores abdominais.
SAIS DE COBRE (oxicloreto de cobre e outros)
USOS
• Fungicidas.
VIAS DE ABSORÇÃO
• Oral e respiratória .
ASPECTOS TOXICOLÓGICOS
• Lesão capilar, lesão renal, gastrenterite
hemorrágia, excitação do S.N.C..
•Atrofia testicular: fungicida tridemorfo – calixim
Lamentavelmente, no meio rural brasileiro, em
especial, temos importantes índices de
analfabetismo, falta de instrução e alto índice de
miséria, que contribuem para a manutenção das
precárias condições de trabalho desses irmãos
brasileiros que produzem o feijão e o arroz da
mesa de milhões de brasileiros.
As principais causas de acidentes no campo são a
falta de treinamento para lidar com maquinário, com
agrotóxicos e, ainda, inexistência, em muitos casos,
de equipamentos adequados de proteção individual
e coletiva. Segundo Eduardo Garcia, engenheiro
agrônomo e pesquisador da FUNDACENTRO, os
maiores problemas com intoxicação ocorrem nas
culturas de melancia, soja, batata, algodão e tomate
(entrevista no jornal "O Globo", de 17.02.98).
Agrotóxicos vêm causando infertilidade e câncer
01 Dez 2003
Fonte: Câmara dos Deputados
A infertilidade humana e animal tem relação com o
uso de agrotóxicos. A declaração, do pesquisador
titular da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Sérgio
Koiffmann, é baseada em estudos preliminares da
entidade. Ele participou hoje de seminário na
Comissão de Agricultura e Política Rural sobre o
uso de agrotóxicos e seus efeitos sobre a saúde da
população e o meio ambiente.
Segundo o pesquisador, foram coletados dados que
demonstram que os pesticidas estão atuando no
organismo e podem estar mexendo na cadeia
hormonal. Ao serem analisados espermogramas, o
levantamento sugere uma tendência de queda na
quantidade e qualidade dos espermas dos homens
e dos animais mamíferos. CÂNCER Outro alerta do
pesquisador é com relação ao crescimento do
índice de pessoas com câncer, que pode estar
relacionado ao uso de agrotóxicos, basicamente
através da alimentação. "Não são só as pessoas
que manipulam que estão sujeitas a adquirir
doenças causadas pelo uso do agrotóxico; a
população geral
Koiffmann citou diversos tipos de câncer que
têm aumentado na população, como o de próstata,
testículos, mama, ovário e tireóide. O pesquisador
da Fiocruz afirmou que, além de ter crescido o
número de pessoas que fazem tratamento para
fertilização, também foi diagnosticado um número
excessivo de crianças com má-formação, doenças
congênitas e abortos.
Ele revelou, ainda, que ao mesmo tempo em
que estão nascendo mais homens do que mulheres,
eles também estão morrendo em maior número, o
que pode ser constatado por meio de consultas
junto aos cartórios de registro civil.
Uma das atividades agrícolas mais desumanas
é a pulverização de lavouras com o uso de aviões
agrícolas.
Há a necessidade de uma ou pessoas
sinalizarem as linhas por onde o avião deverá passar
e, estas, pessoas geralmente levam um arrepiante
banho de agrotóxicos.
O nº de crianças com déficit de aprendizado
cresceu 191% de 1977 – 1994 nos EUA. Tal prejuízo
tem sido atribuído à exposição aos agrotóxicos e outros
produtos químicos neurotóxicos.
A OMS estima em 25 mil o nº de casos/ano de
seqüelas neurocomportamentais persistentes.
Pesquisas com filhos de mulheres que ingeriram
peixes contaminados com DDT e dioxinas mostram
retardo no desenvolvimento neurológico destas
crianças.
Em Venâncio Aires uma pesquisa aponta os
agrotóxicos utilizados na produção de fumo como
suspeitos de serem responsáveis pelos elevados
índices de suicídio na região.
Na região de Camaquã, Candelária, Rio Pardo e
Venâncio Aires foram entrevistados 1298 alunos
entre 6 e – 18 anos:
- 9,24 % pulverizavam agrotóxicos;
- 34,3 % pulverizavam agrotóxicos em Camaquã;
- 12,2 % relataram algum caso na família de
internação hospitalar por intoxicação por
agrotóxicos.
Em Passo Fundo, uma pesquisadora
detectou uma incidência de anencefalia 5 x maior
(1 caso por 20.000) do que aquela estimada como
aceitável pela OMS (1 caso por 100.000)
O Instituto Nacional Americano do Câncer reportou
um risco 2,6 vezes maior de desenvolvimento de
linfoma não Hodgkin em moradores do Kansas
expostos ao 2,4 D.
Uma avaliação de estudos sobre agricultores
mostrou a existência de riscos significativamente
maiores para o desenvolvimento de linfomas,
leucemias, melanoma, câncer de estômago e câncer
de próstata (Blair, 1992).
Vários estudos mostram evidências de que os
organoclorados estão associados ao câncer de
mama, de pâncreas e de fígado, além de leucemias e
aplasia de medula.
Desreguladores Endócrinos
• Vários agrotóxicos fazem parte da Lista dos
prováveis “Desreguladores Endócrinos”,
produtos capazes de desequilibrarem o sistema
endócrino, causando alterações
comportamentais, anomalias na função
reprodutiva e certos tipos de câncer que sofrem
influência de hormônios.
• O DDE, forma degradada do DDT, é um poderoso
bloqueador androgênico. Sua exposição foi
claramente associada ao aparecimento de
caracteres hermafroditas em várias espécies de
animais.
ALTERAÇÕES IMUNOLÓGICAS
• Vários estudos tem demonstrado associação
entre a exposição a agrotóxicos e alterações
do sistema imunológico, incluindo supressão
dos linfócitos T e risco maior para infecções
respiratórias, digestivas, urinárias e de pele.
1. Total de microrganismos epifíticos isolados de flores, folhas e frutos em
macieira nos sistemas de produção durante os dois ciclos de coletas
Figura 1. Número de UFCs de fungos filamentos (A) e leveduras (B) isolados de flores
a
b c
a
b
c
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
Orgânico Integrado Convencional
Sistemas de produção
UFC
X
10
3
/g
flor
Out/00 Out/01
(A) (B)
b
b
a
b
b
a
0
2
4
6
8
Orgânico Integrado Convencional
Sistemas de Produção
UFC
X
10
3
/
g
fruto
1°ciclo coletas 2000/01 2° ciclo coletas 2001/02
Figura 3. Número de UFCs de fungos filamentos (A) e leveduras (B) isolados de frutos
(A) (B)
b
b
a
b
b
a
0
200
400
600
800
1000
1200
Orgânico Integrado Convencional
Sistemas de Produção
UFC
X
10
3
/g
folha
1º ciclo coletas 2000/01 2º ciclo coletas 2001/02
Figura 2. Número de UFCs de fungos filamentos (A) e leveduras (B) isolados de folhas
(A) (B)
Os agrotóxicos entram no organismo pela pele, pelo nariz ou
pela boca. Quem estiver manipulando agrotóxico, tem tem
que se previnir adequadamente com o uso de EPIs
(Equipamentos deProteção Individuas) adequados, que sã
no mínimo:
- Máscara com filtro
- Óculos para produtos químicos
- Luvas de plástico, comprida
- Avental de plástico
- Botas de borracha
• Para o uso destes equipamentos, o trabalhador deve
receber treinamento específico de seu empregador,
visando usá-los adequadamente higienizá-los e
conservá-los. Além disto, treinamento de primeiros
socorros com substâncias químicas, deve ser
estabelecido periodicamente. Várias substâncias do
grupo dos agrotóxicos são cancerígenas e
mutagênicas, portanto, mulheres grávidas devem ser
afastadas do trabalho.
•Também não fumar, não beber ou comer durante a
aplicação;
-menores de 18 anos, gestantes e idosos não podem
manusear ou aplicar agrotóxicos - é proibido por lei;
e
- respeitar os períodos de carência para colher o
produto, abater animais, liberar o leite para consumo,
para a entrada de pessoas ou animais na área etc.
- correto armazenamento, transporte e condições
de uso apropriado dos produtos agrotóxicos
- orientação sobre correto programa de manutenção
de equipamentos - seja para aplicadores de bomba
costal e também para os equipamentos de aplicação
mecanizados
- buscar a maneira de aplicação que traga o menor
contato do aplicador com o agrotóxico – mecanizar
– automatizar as operações para o menor contato
com o produto
- buscar junto ao responsável pela prescrição do
uso do produto agrotóxico o uso daqueles produtos
de menor grau de toxicidade possível
- orientações de manuseio e aplicação dos produtos
agrotóxicos em condições de campo
• Os agrotóxicos eliminam juntamente com as
pragas, organismos úteis, animais e vegetais,
reduzindo a biodiversidade e implicando em
resistência das pragas.
• A espiral praguicidas - pragas resistentes - mais
praguicidas pode ser favorável às indústrias, mas
é extremamente prejudicial para o ambiente e para
a saúde.
• Existe cada vez mais a necessidade de se buscar
um novo modelo de produção, que seja
ecologicamente sustentável e socialmente justo.
Resíduos de pesticidas em alimentos (2004)
PERDAS NUTRICIONAIS NA HORTICULTURA AMERICANA
Agrião: - 88,00 % de Fe
Couve: - 84,21 % de Mg e 61,95 % de vit. C
Brócolis e Beterraba: - 50,00 % de Ca
Espinafre: - 45,09 % de vit. C
Milho: - 41,66 % de vit. C
Couve-flor: - 40,00 % de vit. C
Batata doce: - 39,00 % de vit. C
fonte:http://www.advance-health.com/minerals.html/. Acesso 28 jun 2002
Estudos disponíveis: frutas, verduras e cereais orgânicos e
biodinâmicos pesquisados contêm mais minerais, aminoácidos,
vitamina C, açúcares totais e fitoquímicos, ômega 3, além de
maior teor de matéria seca quando comparados aos
convencionais ou àqueles produzidos com a utilização de adubos
de síntese química (ASAMI et al, 2003; SCHARP E AUBERT apud BONILLA, 1992;
DEFFUNE, 1993).
MIINERAL % superior no alimento orgânico
maçãs, batatas, pêras, trigo e milho
Cálcio 65
Ferro 73
Magnésio 118
Molibdênio 178
Fósforo 91
Potássio 125
Zinco 60
Mercúrio MENOS 29 %

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Agrotóxicos.ppt

Segurança no trabalho rural
Segurança no trabalho ruralSegurança no trabalho rural
Segurança no trabalho ruralZacarias Junior
 
Manual de boas práticas agrícolas
Manual de boas práticas agrícolasManual de boas práticas agrícolas
Manual de boas práticas agrícolasRobson Peixoto
 
Trabalho escrito problemática-do-uso-de-biocidas-e-de-métodos-alternativos-n...
Trabalho escrito  problemática-do-uso-de-biocidas-e-de-métodos-alternativos-n...Trabalho escrito  problemática-do-uso-de-biocidas-e-de-métodos-alternativos-n...
Trabalho escrito problemática-do-uso-de-biocidas-e-de-métodos-alternativos-n...Maria Paredes
 
Programa fitossanitário - armigera
Programa fitossanitário - armigeraPrograma fitossanitário - armigera
Programa fitossanitário - armigeraTumate Virtual
 
Apresentação wanderlei pignati cba agroecologia 2013
Apresentação wanderlei pignati   cba agroecologia 2013Apresentação wanderlei pignati   cba agroecologia 2013
Apresentação wanderlei pignati cba agroecologia 2013Agroecologia
 
Conversa sobre Agrotóxicos
Conversa sobre AgrotóxicosConversa sobre Agrotóxicos
Conversa sobre AgrotóxicosPET. EAA
 
azoto e fertilizantes.pptx
azoto e fertilizantes.pptxazoto e fertilizantes.pptx
azoto e fertilizantes.pptxPaulinha Sousa
 
Cartilha defensivos alternativos_web
Cartilha defensivos alternativos_webCartilha defensivos alternativos_web
Cartilha defensivos alternativos_webMaria Da Penha Silva
 

Semelhante a Agrotóxicos.ppt (20)

Agrotóxicos
AgrotóxicosAgrotóxicos
Agrotóxicos
 
Segurança no trabalho rural
Segurança no trabalho ruralSegurança no trabalho rural
Segurança no trabalho rural
 
Agrotóxicos
AgrotóxicosAgrotóxicos
Agrotóxicos
 
Agrotoxicos
AgrotoxicosAgrotoxicos
Agrotoxicos
 
Manual de boas práticas agrícolas
Manual de boas práticas agrícolasManual de boas práticas agrícolas
Manual de boas práticas agrícolas
 
Agrotóxicos cópia
Agrotóxicos   cópiaAgrotóxicos   cópia
Agrotóxicos cópia
 
rebron.pdf
rebron.pdfrebron.pdf
rebron.pdf
 
Trabalho escrito problemática-do-uso-de-biocidas-e-de-métodos-alternativos-n...
Trabalho escrito  problemática-do-uso-de-biocidas-e-de-métodos-alternativos-n...Trabalho escrito  problemática-do-uso-de-biocidas-e-de-métodos-alternativos-n...
Trabalho escrito problemática-do-uso-de-biocidas-e-de-métodos-alternativos-n...
 
Programa fitossanitário - armigera
Programa fitossanitário - armigeraPrograma fitossanitário - armigera
Programa fitossanitário - armigera
 
Agrotóxicos e as suas consequências
Agrotóxicos e as suas consequênciasAgrotóxicos e as suas consequências
Agrotóxicos e as suas consequências
 
Apresentação wanderlei pignati cba agroecologia 2013
Apresentação wanderlei pignati   cba agroecologia 2013Apresentação wanderlei pignati   cba agroecologia 2013
Apresentação wanderlei pignati cba agroecologia 2013
 
Apresentação samuel roggia embrapa
Apresentação samuel roggia   embrapaApresentação samuel roggia   embrapa
Apresentação samuel roggia embrapa
 
Alimentos transgênicos
Alimentos transgênicosAlimentos transgênicos
Alimentos transgênicos
 
Conversa sobre Agrotóxicos
Conversa sobre AgrotóxicosConversa sobre Agrotóxicos
Conversa sobre Agrotóxicos
 
azoto e fertilizantes.pptx
azoto e fertilizantes.pptxazoto e fertilizantes.pptx
azoto e fertilizantes.pptx
 
Pesticidas
PesticidasPesticidas
Pesticidas
 
100 DICAS ENEM PARTE 04
100 DICAS ENEM PARTE 04100 DICAS ENEM PARTE 04
100 DICAS ENEM PARTE 04
 
Cartilha defensivos alternativos_web
Cartilha defensivos alternativos_webCartilha defensivos alternativos_web
Cartilha defensivos alternativos_web
 
Agricultura Biológica
Agricultura BiológicaAgricultura Biológica
Agricultura Biológica
 
Agricultura Biológica
Agricultura BiológicaAgricultura Biológica
Agricultura Biológica
 

Mais de carlossilva333486

05 Teoria do Seguro, Patrimônio e Auditoria (1).pptx
05 Teoria do Seguro, Patrimônio e Auditoria (1).pptx05 Teoria do Seguro, Patrimônio e Auditoria (1).pptx
05 Teoria do Seguro, Patrimônio e Auditoria (1).pptxcarlossilva333486
 
Altura Treinamento NR_35.ppt para colaboradores
Altura Treinamento NR_35.ppt para colaboradoresAltura Treinamento NR_35.ppt para colaboradores
Altura Treinamento NR_35.ppt para colaboradorescarlossilva333486
 
5s-um-programa-de-qualidade-e-produtividade.ppt
5s-um-programa-de-qualidade-e-produtividade.ppt5s-um-programa-de-qualidade-e-produtividade.ppt
5s-um-programa-de-qualidade-e-produtividade.pptcarlossilva333486
 
CIPA - Formação de cipeiros.ppt
CIPA - Formação de cipeiros.pptCIPA - Formação de cipeiros.ppt
CIPA - Formação de cipeiros.pptcarlossilva333486
 
Potencia em CA modulo 1.pptx
Potencia em CA modulo 1.pptxPotencia em CA modulo 1.pptx
Potencia em CA modulo 1.pptxcarlossilva333486
 
Responsabilidade Civil e Criminal pelo Acidente.ppt
Responsabilidade Civil e Criminal pelo Acidente.pptResponsabilidade Civil e Criminal pelo Acidente.ppt
Responsabilidade Civil e Criminal pelo Acidente.pptcarlossilva333486
 
Coleta Seletiva e o Meio Ambiente.ppt
Coleta Seletiva e o Meio Ambiente.pptColeta Seletiva e o Meio Ambiente.ppt
Coleta Seletiva e o Meio Ambiente.pptcarlossilva333486
 
Eletricidade com Seguranca.ppt
Eletricidade com Seguranca.pptEletricidade com Seguranca.ppt
Eletricidade com Seguranca.pptcarlossilva333486
 
Corrente Alternada modulo 1.pptx
Corrente Alternada modulo 1.pptxCorrente Alternada modulo 1.pptx
Corrente Alternada modulo 1.pptxcarlossilva333486
 
YY2017MM10DD14HH19MM7SS19-ALESP_CMS_GED_102017.ppt
YY2017MM10DD14HH19MM7SS19-ALESP_CMS_GED_102017.pptYY2017MM10DD14HH19MM7SS19-ALESP_CMS_GED_102017.ppt
YY2017MM10DD14HH19MM7SS19-ALESP_CMS_GED_102017.pptcarlossilva333486
 
trivelato-2020-webinar-5-como-elaborar-j-executar-e-acompanhar-um-plano-de-ac...
trivelato-2020-webinar-5-como-elaborar-j-executar-e-acompanhar-um-plano-de-ac...trivelato-2020-webinar-5-como-elaborar-j-executar-e-acompanhar-um-plano-de-ac...
trivelato-2020-webinar-5-como-elaborar-j-executar-e-acompanhar-um-plano-de-ac...carlossilva333486
 
04 - Ergonomia aplicada - Segurança do Trabalho - Módulo III.pptx
04 - Ergonomia aplicada - Segurança do Trabalho - Módulo III.pptx04 - Ergonomia aplicada - Segurança do Trabalho - Módulo III.pptx
04 - Ergonomia aplicada - Segurança do Trabalho - Módulo III.pptxcarlossilva333486
 
agente-fc3adsico-vibrac3a7c3b5es (2).ppt
agente-fc3adsico-vibrac3a7c3b5es (2).pptagente-fc3adsico-vibrac3a7c3b5es (2).ppt
agente-fc3adsico-vibrac3a7c3b5es (2).pptcarlossilva333486
 
1higiene-e-seguranc3a7a-do-trabalho.ppt
1higiene-e-seguranc3a7a-do-trabalho.ppt1higiene-e-seguranc3a7a-do-trabalho.ppt
1higiene-e-seguranc3a7a-do-trabalho.pptcarlossilva333486
 

Mais de carlossilva333486 (20)

05 Teoria do Seguro, Patrimônio e Auditoria (1).pptx
05 Teoria do Seguro, Patrimônio e Auditoria (1).pptx05 Teoria do Seguro, Patrimônio e Auditoria (1).pptx
05 Teoria do Seguro, Patrimônio e Auditoria (1).pptx
 
Altura Treinamento NR_35.ppt para colaboradores
Altura Treinamento NR_35.ppt para colaboradoresAltura Treinamento NR_35.ppt para colaboradores
Altura Treinamento NR_35.ppt para colaboradores
 
5s-um-programa-de-qualidade-e-produtividade.ppt
5s-um-programa-de-qualidade-e-produtividade.ppt5s-um-programa-de-qualidade-e-produtividade.ppt
5s-um-programa-de-qualidade-e-produtividade.ppt
 
CIPA - Formação de cipeiros.ppt
CIPA - Formação de cipeiros.pptCIPA - Formação de cipeiros.ppt
CIPA - Formação de cipeiros.ppt
 
Potencia em CA modulo 1.pptx
Potencia em CA modulo 1.pptxPotencia em CA modulo 1.pptx
Potencia em CA modulo 1.pptx
 
AET.pptx
AET.pptxAET.pptx
AET.pptx
 
Responsabilidade Civil e Criminal pelo Acidente.ppt
Responsabilidade Civil e Criminal pelo Acidente.pptResponsabilidade Civil e Criminal pelo Acidente.ppt
Responsabilidade Civil e Criminal pelo Acidente.ppt
 
Coleta Seletiva e o Meio Ambiente.ppt
Coleta Seletiva e o Meio Ambiente.pptColeta Seletiva e o Meio Ambiente.ppt
Coleta Seletiva e o Meio Ambiente.ppt
 
Fisica OHM Choque.ppt
Fisica OHM Choque.pptFisica OHM Choque.ppt
Fisica OHM Choque.ppt
 
Eletricidade com Seguranca.ppt
Eletricidade com Seguranca.pptEletricidade com Seguranca.ppt
Eletricidade com Seguranca.ppt
 
Corrente Alternada modulo 1.pptx
Corrente Alternada modulo 1.pptxCorrente Alternada modulo 1.pptx
Corrente Alternada modulo 1.pptx
 
Ao treinamento de hj.pptx
Ao  treinamento de hj.pptxAo  treinamento de hj.pptx
Ao treinamento de hj.pptx
 
YY2017MM10DD14HH19MM7SS19-ALESP_CMS_GED_102017.ppt
YY2017MM10DD14HH19MM7SS19-ALESP_CMS_GED_102017.pptYY2017MM10DD14HH19MM7SS19-ALESP_CMS_GED_102017.ppt
YY2017MM10DD14HH19MM7SS19-ALESP_CMS_GED_102017.ppt
 
trivelato-2020-webinar-5-como-elaborar-j-executar-e-acompanhar-um-plano-de-ac...
trivelato-2020-webinar-5-como-elaborar-j-executar-e-acompanhar-um-plano-de-ac...trivelato-2020-webinar-5-como-elaborar-j-executar-e-acompanhar-um-plano-de-ac...
trivelato-2020-webinar-5-como-elaborar-j-executar-e-acompanhar-um-plano-de-ac...
 
A_NR_10 (1).ppt
A_NR_10 (1).pptA_NR_10 (1).ppt
A_NR_10 (1).ppt
 
04 - Ergonomia aplicada - Segurança do Trabalho - Módulo III.pptx
04 - Ergonomia aplicada - Segurança do Trabalho - Módulo III.pptx04 - Ergonomia aplicada - Segurança do Trabalho - Módulo III.pptx
04 - Ergonomia aplicada - Segurança do Trabalho - Módulo III.pptx
 
agente-fc3adsico-vibrac3a7c3b5es (2).ppt
agente-fc3adsico-vibrac3a7c3b5es (2).pptagente-fc3adsico-vibrac3a7c3b5es (2).ppt
agente-fc3adsico-vibrac3a7c3b5es (2).ppt
 
1higiene-e-seguranc3a7a-do-trabalho.ppt
1higiene-e-seguranc3a7a-do-trabalho.ppt1higiene-e-seguranc3a7a-do-trabalho.ppt
1higiene-e-seguranc3a7a-do-trabalho.ppt
 
Ponte Rolante Talha .ppt
Ponte Rolante Talha .pptPonte Rolante Talha .ppt
Ponte Rolante Talha .ppt
 
Fogo em Tanque.ppt
Fogo em Tanque.pptFogo em Tanque.ppt
Fogo em Tanque.ppt
 

Último

10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptxVagner Soares da Costa
 
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptxVagner Soares da Costa
 
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMApresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMdiminutcasamentos
 
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxTRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxFlvioDadinhoNNhamizi
 
Lista de presença treinamento de EPI NR-06
Lista de presença treinamento de EPI NR-06Lista de presença treinamento de EPI NR-06
Lista de presença treinamento de EPI NR-06AndressaTenreiro
 
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3filiperigueira1
 

Último (6)

10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
 
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
 
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMApresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
 
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxTRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
 
Lista de presença treinamento de EPI NR-06
Lista de presença treinamento de EPI NR-06Lista de presença treinamento de EPI NR-06
Lista de presença treinamento de EPI NR-06
 
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
 

Agrotóxicos.ppt

  • 1. Agrotóxicos Definição – Histórico • Agrotóxicos ou Praguicidas ou Pesticidas ou Defensivos Agrícolas são substâncias químicas utilizadas para prevenir, combater ou controlar uma praga. • Pela definição citada, incluem-se nas pragas: insetos, carrapatos, aracnídeos, roedores, fungos, bactérias, ervas daninhas ou qualquer outra forma de vida animal ou vegetal danosa a saúde e ao bem estar do homem, a lavoura, a pecuária e seus produtos e a outras matérias primas alimentares. Incluem-se ainda os agentes desfolhantes, os dessecantes e as substâncias reguladoras do crescimento vegetal.
  • 2. • Os defensivos agrícolas ou agrotóxicos, são produtos e agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas, nativas ou plantadas, e de outros ecossistemas e de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da fauna ou da flora, a fim de preserva-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos, bem como as substâncias de produtos empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores do crescimento
  • 3. B. USO DO AGROTÓXICO NO BRASIL Insumos modernos da prática agrícola: • Adubos • Fertilizantes • Agrotóxicos • Transgênicos
  • 4. • Brasil utilizou na safra 1970/71 cerca de 27 mil toneladas de agrotóxicos •Na safra de 1980 passa a usar cerca de 81 mil toneladas, colocando o país entre os grandes consumidores de agrotóxico no mundo • Brasil representa um mercado de 2,3 bilhões de dólares em uso de agrotóxicos. Estímulos a elevação do consumo: •Década de 70 programas nacionais de desenvolvimento, entre eles o de defensivos agrícolas:
  • 5. • Implantação de fábricas para produção nacional de agrotóxicos • Impulso a monoculturas agrícolas – ex. pró- álcool em 1975 • Brasil é um país de clima favorável a desenvolvimento de pragas agrícolas com temperatura elevada e umidade importantes (poucas sp com centro de origem brasileira).
  • 6. • Publicação (Panorama Brasil) setembro de 2003 indica que a safra de grãos do país atingiu 120 milhões de toneladas e a estimativa da indústria de produtos para a defesa agrícola alcançou vendas de cerca de 2,3 bilhões de dólares. • Regiões de maior consumo de agrotóxicos: Sudeste, Sul e Centro-Oeste, sendo o Estado de São Paulo um dos grandes consumidores com cerca de 36% de inseticida e 59% de fungicidas comercializados no país.
  • 7. • Em relação aos tipos de culturas agrícolas onde são mais utilizados os agrotóxicos estão: 38% para a soja, 11,5% para cana de açúcar e 9% para algodão. • Grupo/Defensivo Agrícola/Cultura Consumo Variação Variação/Percentual Kg. I.a/ha Percentual Área Cultivada HERBICIDA 1984 1990 Consumo Soja 0,86 0,58 - 32,5 21,87 Cana 1,48 1,44 - 2,7 16,82 Milho 0,11 0,36 227,2 - 5,23 Arroz 0,56 0,83 48,2 - 26,20
  • 8. Consumo Variação Variação / % Kg. I.a/ha Percentual Área Cultivada 1984 1990 Consumo FUNGICIDAS Batata 10,70 16,55 54,7 16,82 Citrus 6,40 2,30 - 64,0 44,10 Tomate 22,60 28,20 24,8 17,30 Café 0,72 0,41 - 43,0 16,00 INSET/ACARICIDA Soja 0,38 0,28 - 26,3 16,82 Citrus 5,88 9,39 59,7 44,10 Algodão 1,24 2,05 65,3 - 14,76 Café 0,21 0,60 185,7 16,00
  • 9. •Atualmente o Brasil se encontra em 10o. lugar mundial no consumo de agrotóxicos com média de utilização de 3,2 quilos por hectare, sendo a Holanda a primeira com 17,5 quilos por hectare (fonte SINDAG) •Entre janeiro a outubro de 2003 foram importados cerca de 78 mil tons de produtos, sendo 46 mil de Herbicidas, 12 mil de fungicidas, 16 mil de inseticidas e 2 mil de acaricidas e cerca de 500 toneladas de outros produtos. • Em relação aos tipos de produtos utilizados o maior aumento ficou por conta dos herbicidas com aumento de 88% nas importações.
  • 10. • Assim empresas produtoras observando o aumento de mercado lançam produtos novos destinados principalmente as 2 grandes culturas de exportação: soja e cana de açúcar. • Gazeta Mercantil de 03 de setembro de 2003 informa que empresa produtora de defensivos elege o Brasil como prioritário no mercado de defensivos. Apresentam como meta lançamento de 2 a 3 produtos novos ao ano.
  • 11. • Projeções indicam que o Brasil deverá tornar-se o maior exportador de soja do mundo, ultrapassando os EUA. • Com isso a indústria de defensivos tende a ganhar mais fôlego, estimando-se participação de 2,3 bilhões de dólares em 2003, números que sinalizam que o mercado de insumos acompanha a evolução do agronegócio. • Assim empresas do setor projetam avanços na produção e diversificação de produtos, com investimentos nas linhas de produção dos pesticidas. Além da soja, cana e algodão, outros importantes produtos que utilizam os agrotóxicos estão o milho e os citrus.
  • 12. PRINCIPAIS GRUPOS DE AGROTÓXICOS UTILIZADOS Segundo o SINGAG Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola : Total 278 - 100% Herbicidas : 81 - 29% Fungicidas : 72 - 26% Inseticidas : 79 - 28% Acaricidas : 16 – 6% Outros : 30 - 11%
  • 13. 1. Inseticidas: a - Organoclorados Ex. DDT, BHC, Aldrin, Heptacloro, etc... b - Organofosforados Ex. Dissulfoton, Malation, Paration, etc... c - Carbamatos Ex. Aldicarb, Carbaril, etc... d - Piretróides Ex. Permetrina, Deltametrina, etc... e - Fumigantes Ex. brometo de metila, fosfina
  • 14. 2. Fungicidas : a - Compostos Inorgânicos de Cobre (oxicloreto de cobre) b - Mercuriais Orgânicos (aretan – tilex) c - Dimetil-ditio Carbamatos (ferban – ziran) d - Derivados da Tiouréia (tiofanato) e - Compostos Fenólicos dinitrofenóis(dinozeb – DNOC) Clorofenóis (pentaclorofenol) f - Fumigantes (brometo de metila) g - Compostos orgânicos de estanho(brestan – duter) h -Etileno-bis-ditio carbamatos (maneb – mancozeb) i - Outros grupos químicos (captan – difolatan – óleo mineral)
  • 15. 3. Herbicidas: a - Arsenicais Inorgânicos (arsenito de sódio) b - Carbamatos (clorprofan) c-Compostos Fenólicos (dinitrofenóis e clorofenóis) d - Derivados do Ácido Fenoxiaceticos(2,4-D e 2,4,5-T) e - Triazinas (ametrina – simazina) f - Triazólios (amino triazol) g - Derivados da Anilina (trifluralina – nitralina) h - Dipiridílios (diquat – paraquat) i - Tiol carbamatos (bentio carbe, butilato) j - Derivados da uréia ( carbutilato – diuron) k - Agentes desfolhantes ( DEF – Merfós – folex)
  • 16. 4. Raticidas: a - de uso restrito (fluoracéticos, fosfatos metálicos, cianeto de cálcio e brometo de metila) b - produtos de venda ao público: norbormida – cila vermelha e anticoagulantes (cumarínicos e indandiona).
  • 17. D. CLASSIFICAÇÃO TOXICOLÓGICA Toxidades • Classe 1 A: Extremamente tóxico. Algumas gotas podem matar uma pessoa. DL 50 oral (mg/Kg) < 5 • Classe 1 B: Altamente tóxico. Algumas gotas a uma colher de chá podem matar uma pessoa. DL 50 oral (mg/Kg) 5 - 50 • Classe 2: Regularmente tóxico. Uma colher de chá a duas colheres de sopa podem matar. DL 50 oral (mg/Kg) 50-500
  • 18. • Classe 3: Pouco tóxico. Há necessidade de duas colheres de sopa a dois copos para serem letais a uma pessoa. DL 50 oral (mg/Kg) 500-5000 • Classe 4: Muito pouco tóxicos. Há necessidade de dois copos a um litro para serem letais. DL 50 oral (mg/Kg) > 5000
  • 19. • CLASSE TOXICOLÓGICA COR DA FAIXA I ESTREMAMENTE TÓXICO VERMELHA II ALTAMENTE TÓXICO AMARELA III TOXIDADE MÉDIA AZUL IV POUCO TÓXICO VERDE
  • 20. Tipos de intoxicação causadas pelos agrotóxicos • Aguda - onde os sintomas surgem rapidamente, algumas horas após a exposição excessiva, por curto período, a produtos altamente tóxicos. Podem ocorrer de forma moderada ou grave, dependendo da quantidade do veneno absorvido. Os sinais e sintomas são nítidos e objetivos. • Subaguda - ocasionada por exposição moderada ou pequena a produtos altamente tóxicos ou medianamente tóxicos. Tem aparecimento mais lento e os principais sintomas são subjetivos e vagos, tais como dor de cabeça, fraqueza, mal-estar, dor de estômago e sonolência.
  • 21. • Crônica - caracteriza-se por ser de surgimento tardio, após meses ou anos de exposição pequena ou moderada a produtos tóxicos ou a múltiplos produtos, acarretando danos irreversíveis como paralisias e neoplasias. Tempo de desativação do agrotóxico • DDT: 4 a 30 anos • Aldrin: 1 a 6 anos • Heptacloro: 3 a 5 anos • Lindano: 3 a 10 anos • Clordano: 3 a 5 anos
  • 22. Classificação de alguns agrotóxicos em relação a toxicidade aguda: Organoclorado: Pouco tóxico medianamente altamente Dodocacloro BHC aldrin DDT dieldrin Organofosforados: Pouco tóxico medianamente altamente Bromofós diclorvós paration fention dissulfoton
  • 23. Carbamatos: Pouco tóxico medianamente altamente Carbaril ropoxur(baygon) carbofuran(furadan) aldicarb(temik) Piretróides: Pouco tóxico medianamente altamente Permetrina aletrina Acaricidas : pouco tóxico medianamente altamente dinocap dicofol
  • 24. Fungicidas: Pouco tóxico medianamente altamente Sais de cobre tiran compostos mercuriais Herbicidas: Pouco tóxico medianamente altamente Ametrina bentiocarb arsenito de sódio Simazina 2,4-D e 2,4,5-T paraquat Raticidas: Pouco tóxico medianamente altamente Cila vermelha cumafeno cianogás Norbormida pindona fluoracetato Sulfato de tálio
  • 25. Quadro clínico e algumas informações sobre o uso dos principais grupos de agrotóxicos utilizados no Brasil ORGANOCLORADOS: Usos do produto: • Inseticida e acaricida •Vias de absorção usual: oral, respiratória e dérmica •ATUAM SOBRE A MEMBRANA NEURONAL, AXONAL, LENTIFICANDO O FECHAMENTO DOS CANAIS DE SÓDIO •INTERFEREM NO METABOLISMO DE SEROTONINA, NORADRENALINA E ACETILCOLINA DE MANEIRA AINDA NÃO ESCLARECIDA
  • 26. •Quadro clínico e algumas informações sobre o uso dos principais grupos de agrotóxicos utilizados no Brasil •Aspectos toxicológicos: ação sobre o sistema nervoso central em casos agudos. •Armazenamento em tecidos adiposos e venenos altamente cumulativos. ORGANOCLORADOS QUADRO CLÍNICO • convulsões são as manifestações mais importantes • insuficiência respiratória •fraqueza muscular, agitação, confusão mental, perturbações no equilíbrio, perda do apetite, mal-estar geral, lesões hepáticas e renais......
  • 27. Algumas informações sobre os produtos organoclorados • grande persistência no meio ambiente • armazenam-se por toda a vida no organismo vivo em tecido adiposo devido sua lipossolibilidade • planeta foi inundado por DDT e BHC tanto na agricultura como em campanhas de saúde pública no mundo inteiro como estratégia de combate e erradicação de grandes endemias como a malária e particularmente no Brasil Doença de Chagas • já em 1948 estudos constatavam presença de DDT em tecido adiposo humano
  • 28. • DDT e BHC encontram-se amplamente distribuídos pelo meio ambiente e podem ser encontrados freqüentemente como contaminantes de alimentos • questões ambientais como a magnificação alimentar, transferência do tóxico através de vários elos da cadeia alimentar • estudo clínico epidemiológico em trabalhadores de campanhas de saúde pública expostos cronicamente aos inseticidas organoclorados evidenciou no exame citogenético freqüências aumentadas de certos tipos de aberrações cromossômicas estruturais no grupo exposto em relação ao controle.
  • 29. ORGANOFOSFORADOS CARBAMATOS: • Usos: inseticidas e acaridas • Vias de absorção: oral, respiratória e dérmica. •Aspectos toxicológicos: inibidores da colinesterase. • quadro clínico •hipersecreção lacrimal, sudorese, piloereção, vômitos. •abalos musculares, • s.n.c. - grande estimulação
  • 30. Alguns dados sobre Organofosforados e Carbamatos: • Grupos de inseticidas muito utilizados • Causam graves intoxicações agudas, sendo os inseticidas que maior número de óbitos causam devido a intoxicação.
  • 31. • Os resultados apontam para o alto grau de risco de agravos à saúde a que estão sujeitos trabalhadores rurais em contato com agrotóxicos. • Efeitos crônicos – paralisias de nervos periféricos devido processo de desmielinização • Agrotóxicos ameaçam a vida de agricultores. A cada ano ocorrem cerca de 500 casos de intoxicação em SC. Deste total, 15 morrem devido ao problema •Adriano Ribeiro Especial para A Notícia
  • 32. • Os agrotóxicos são agentes tóxicos que mais matam no Estado, correspondendo ao maior número de óbitos registrados no Centro de Informações Toxicológicas do Hospital da Universidade Federal de Santa Catarina. A cada mês são cerca de 30 a 40 casos de intoxicações. A média de casos de intoxicações chega hoje a 500 casos registrados anualmente. Destes quinze acabam em morte. Muitos são os agentes causadores. Segundo pesquisadores, o produto Tamaron, por exemplo, provoca irritação, depressão, alterações no sistema nervoso central, impotência e até má-formação de fetos. Uma bomba química.
  • 33. O uso indiscriminado de agrotóxico no tomate assusta. Muitos agricultores não usam proteção nenhuma para preparar os produtos, nem sequer para aplicá-los na lavoura. De acordo com o extensionista da Empresa Catarinense de Pesquisa Agropecuária (Epagri) Nauro José Velho, para cada hectare cultivado a cultura exige 39,5 quilos de agrotóxicos. Se calculada a área cultivada, conforme a Associação Caçadorense de Produtores de Tomate (Acato), em 700 hectares, chega-se ao assustador número de 27.650 quilos do produto numa só safra. A Acato também calcula que cerca de 6 mil pessoas trabalham diretamente com o tomate e os resíduos dos tóxicos.
  • 34. • O número de pessoas intoxicadas pela manipulação incorreta, sem a devida proteção, não tem como ser levantado em razão da maioria das secretarias municipais deixarem de fazer notificação à 4ª Regional de Saúde. • Santa Catarina é o maior produtor de cebola do Brasil, com a sua produtividade também se destacando às custas da aplicação de agrotóxicos. Abrão disse que é impossível levantar a quantidade utilizada a cada safra. É que existem muitas casas comerciais que fazem a comercialização sem o receituário expedido por um engenheiro agrônomo e muito menos orientação do uso do produto.
  • 35. Inseticidas Piretróides: • Piretrinas: inseticidas naturais extraídos de flores do gênero chrysanthemun. Os naturais são instáveis a exposição a luz e não possuíam efeito residual e portanto sem utilidade prática como praguicida. • Indústria desenvolveu a piretrina sintética, estável a exposição a luz e com uso como praguicida.
  • 36. Inseticidas Piretróides: Vias de absorção: oral, respiratória e dérmica. • São substâncias com potencial alergizante, expostos podendo desenvolver quadros de asma e bronquite – principalmente em crianças. São os inseticidas domésticos mais usados. •
  • 37. Inseticidas Piretróides: SINTOMAS E SINAIS CLÍNICOS • tremores, hipersensibilidade, hiperexcitabilidade, câimbras musculares e convulsões. • salivação excessiva, lacrimejamento, hipersecreção nasal, hipersensibilidade, distúrbios sensoriais cutâneos (formigamento, entorpecimento e sensação de queimação), irritação cutânea, cefaléia intensa, perda do apetite, fadiga, tonturas, perda da consciência, câimbras musculares e convulsões
  • 38. FOSFETOS METÁLICOS (fosfinas) USOS • Inseticidas fumigantes (p/grãos armazenados) VIAS DE ABSORÇÃO • respiratória e dérmica (em menor intensidade) ASPECTOS TOXICOLÓGICOS •Destruição dos tecidos. alteração do metabolismo dos carboidratos, lipídios e proteínas do fígado. SINTOMAS E SINAIS CLÍNICOS •Fadiga, sonolência, tremores, dores abdominais, vômitos, diarréia, icterícia, hipotensão arterial, arritmia cardíaca, dispnéia, convulsões, edema pulmonar (por vezes de ocorrência tardia), estado de choque.
  • 39. Brometo de metila: Usos: inseticida fumigante para grãos armazenados e nematicida. Vias de absorção: respiratória e dérmica (em menor extensão) Aspectos toxicológicos: • Edema pulmonar não cardiogênico. • Pneumonite química. • Insuficiência circulatória. • Perturbações neurológicas (psicoses e sintomas extrapiramidais).
  • 40. Herbicidas: Paraquat Uso: herbicida Vias de absorção: principalmente via oral Aspectos toxicológicos: fibrose e parenquimatização pulmonar •forma radicais superóxidos e radicais hidroxila que reagem com lipídeos das membranas • celulares, proteínas, enzimas e moléculas de DNA. • Há desarranjo de todas as funções celulares e morte. • herbicida de grande potência tóxica e muito solúvel em água
  • 41. • EVOLUÇÃO: COM INSUFICIÊNCIA DE VÁRIOS ÓRGÃOS, SIMULTÂNEAMENTE OU NÃO, COM DURAÇÃO DE SEMANAS, HAVENDO RECUPERAÇÃO, OU ÓBITO POR FIBROSE PULMONAR. •TODOS OS CASOS SÃO CONSIDERADOS GRAVES. EXISTEM REFERÊNCIAS DE SERVIÇOS COM 75% DE ÓBITOS
  • 42. Outros Herbicidas: Clorofenóxis : 2,4-D e 2,4,5-T Uso: herbicida Vias de absorção: oral ou respiratória Aspectos toxicológicos: não tem ação hormonal em animais, podem acarretar lesões hepáticas e renais, irritações cutâneas e gastrointestinais. Sinais e sintomas: vômitos – fraqueza muscular – bradicardia – sudorese – dificuldade respiratória...
  • 43. OUTROS HERBICIDAS • DIQUAT, GLIFOSATO, AMETRINA, BROMACIL, SIMAZINA, 2,4-D, E OUTROS DE POUCA IMPORTÂNCIA NA TOXICOLOGIA HUMANA. • •Tais produtos não determinam intoxicações graves, como regra geral. Alguns aspectos relacionados ao uso de herbicidas : • Uso ampliado desses produtos nos últimos com a substituição da capina mecânica nas atividades de agricultura, manutenção de ferrovias e vias públicas em geral.
  • 44. Grupos mais utilizados: paraquat – clorofenóxis e dinitro fenóis Paraquat: altamente tóxico – doses fatais em torno de 50 ml do produto ingerido pode levar a óbito em prazo de 3 a 10 dias. Provoca lesões locais, renais e após quadro de fibrose pulmonar irreversível. Utilizado na agricultura e vias públicas, sendo herbicida de contato.
  • 45. Clorofenóxis: herbicidas mais utilizados são o ácido 2,4 dicloro fenoxiacético e o ácido tricloro fenoxiacético. Tem persistência no ambiente, podem ter como contaminante a dioxina, substância de grande toxicidade. Agentes utilizados como desfolhantes na guerra do Vietnã – agente laranja CLOROFENÓXIS (2,4-D2,4,5-T, diclofop metílico, metilclorofenóxipropionato-mcpp)
  • 46. GLIFOSATO USOS • Herbicidas VIAS DE ABSORÇÃO • Oral e dérmica ASPECTOS TOXICOLÓGICOS • Irritante dérmico e ocular. Pode causar danos hepáticos e renais, quando ingerido em doses altas.
  • 47. Aumento de 100 vezes O glifosato é empregado para combater ervas daninhas em culturas de ameixa, banana, maçã, nectarina, pêra e pêssego, assim como nas plantações de café, cacau, soja, trigo e cana-de- açúcar. No caso da cana-de-açúcar, também é utilizado como maturador. A substância, de acordo com legislação do Ministério da Saúde, tem ação tóxica sobre animais e plantas e está autorizada para utilização em atividades agropecuárias.
  • 48. A soja transgênica, de plantio liberado pela MP nº 131/03, é uma modalidade de cultivar resistente ao glifosato, um herbicida de amplo espectro (um "mata- tudo"), mas sensível aos efeitos de outros herbicidas. Assim, a proibição do glifosato, que também é produzido pela Monsanto, torna inviável a plantação transgênica.
  • 49. Herbicida trifluralina: Pesquisa do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) apontou a presença de resíduos de agrotóxicos em três marcas de arroz comercializadas no País. A análise de 12 marcas de arroz foi encaminhada à Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Em um dos lotes, valido até junho de 2000, havia resíduos do herbicida Trifluralina, em quantidade três vezes maior que o limite permitido pela legislação. O secretário da Agricultura e Abastecimento, José Hermeto Hoffmann, teme que as denúncias acabem prejudicando a lavoura gaúcha.
  • 50. Fungicidas: DITIOCARBAMATOS (maneb, mancozeb, zineb e tiram) USOS: Fungicidas. VIAS DE ABSORÇÃO: Oral, dérmica e respiratória . ASPECTOS TOXICOLÓGICOS • Dermatite de contato. • Sensibilidade ocasional. SINTOMAS E SINAIS CLÍNICOS • Por ingestão de grandes doses: Náuseas, vômitos, dores abdominais.
  • 51.
  • 52. SAIS DE COBRE (oxicloreto de cobre e outros) USOS • Fungicidas. VIAS DE ABSORÇÃO • Oral e respiratória . ASPECTOS TOXICOLÓGICOS • Lesão capilar, lesão renal, gastrenterite hemorrágia, excitação do S.N.C.. •Atrofia testicular: fungicida tridemorfo – calixim
  • 53. Lamentavelmente, no meio rural brasileiro, em especial, temos importantes índices de analfabetismo, falta de instrução e alto índice de miséria, que contribuem para a manutenção das precárias condições de trabalho desses irmãos brasileiros que produzem o feijão e o arroz da mesa de milhões de brasileiros.
  • 54. As principais causas de acidentes no campo são a falta de treinamento para lidar com maquinário, com agrotóxicos e, ainda, inexistência, em muitos casos, de equipamentos adequados de proteção individual e coletiva. Segundo Eduardo Garcia, engenheiro agrônomo e pesquisador da FUNDACENTRO, os maiores problemas com intoxicação ocorrem nas culturas de melancia, soja, batata, algodão e tomate (entrevista no jornal "O Globo", de 17.02.98).
  • 55. Agrotóxicos vêm causando infertilidade e câncer 01 Dez 2003 Fonte: Câmara dos Deputados A infertilidade humana e animal tem relação com o uso de agrotóxicos. A declaração, do pesquisador titular da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Sérgio Koiffmann, é baseada em estudos preliminares da entidade. Ele participou hoje de seminário na Comissão de Agricultura e Política Rural sobre o uso de agrotóxicos e seus efeitos sobre a saúde da população e o meio ambiente.
  • 56. Segundo o pesquisador, foram coletados dados que demonstram que os pesticidas estão atuando no organismo e podem estar mexendo na cadeia hormonal. Ao serem analisados espermogramas, o levantamento sugere uma tendência de queda na quantidade e qualidade dos espermas dos homens e dos animais mamíferos. CÂNCER Outro alerta do pesquisador é com relação ao crescimento do índice de pessoas com câncer, que pode estar relacionado ao uso de agrotóxicos, basicamente através da alimentação. "Não são só as pessoas que manipulam que estão sujeitas a adquirir doenças causadas pelo uso do agrotóxico; a população geral
  • 57. Koiffmann citou diversos tipos de câncer que têm aumentado na população, como o de próstata, testículos, mama, ovário e tireóide. O pesquisador da Fiocruz afirmou que, além de ter crescido o número de pessoas que fazem tratamento para fertilização, também foi diagnosticado um número excessivo de crianças com má-formação, doenças congênitas e abortos. Ele revelou, ainda, que ao mesmo tempo em que estão nascendo mais homens do que mulheres, eles também estão morrendo em maior número, o que pode ser constatado por meio de consultas junto aos cartórios de registro civil.
  • 58. Uma das atividades agrícolas mais desumanas é a pulverização de lavouras com o uso de aviões agrícolas. Há a necessidade de uma ou pessoas sinalizarem as linhas por onde o avião deverá passar e, estas, pessoas geralmente levam um arrepiante banho de agrotóxicos.
  • 59. O nº de crianças com déficit de aprendizado cresceu 191% de 1977 – 1994 nos EUA. Tal prejuízo tem sido atribuído à exposição aos agrotóxicos e outros produtos químicos neurotóxicos. A OMS estima em 25 mil o nº de casos/ano de seqüelas neurocomportamentais persistentes. Pesquisas com filhos de mulheres que ingeriram peixes contaminados com DDT e dioxinas mostram retardo no desenvolvimento neurológico destas crianças. Em Venâncio Aires uma pesquisa aponta os agrotóxicos utilizados na produção de fumo como suspeitos de serem responsáveis pelos elevados índices de suicídio na região.
  • 60. Na região de Camaquã, Candelária, Rio Pardo e Venâncio Aires foram entrevistados 1298 alunos entre 6 e – 18 anos: - 9,24 % pulverizavam agrotóxicos; - 34,3 % pulverizavam agrotóxicos em Camaquã; - 12,2 % relataram algum caso na família de internação hospitalar por intoxicação por agrotóxicos. Em Passo Fundo, uma pesquisadora detectou uma incidência de anencefalia 5 x maior (1 caso por 20.000) do que aquela estimada como aceitável pela OMS (1 caso por 100.000)
  • 61. O Instituto Nacional Americano do Câncer reportou um risco 2,6 vezes maior de desenvolvimento de linfoma não Hodgkin em moradores do Kansas expostos ao 2,4 D. Uma avaliação de estudos sobre agricultores mostrou a existência de riscos significativamente maiores para o desenvolvimento de linfomas, leucemias, melanoma, câncer de estômago e câncer de próstata (Blair, 1992). Vários estudos mostram evidências de que os organoclorados estão associados ao câncer de mama, de pâncreas e de fígado, além de leucemias e aplasia de medula.
  • 62. Desreguladores Endócrinos • Vários agrotóxicos fazem parte da Lista dos prováveis “Desreguladores Endócrinos”, produtos capazes de desequilibrarem o sistema endócrino, causando alterações comportamentais, anomalias na função reprodutiva e certos tipos de câncer que sofrem influência de hormônios. • O DDE, forma degradada do DDT, é um poderoso bloqueador androgênico. Sua exposição foi claramente associada ao aparecimento de caracteres hermafroditas em várias espécies de animais.
  • 63. ALTERAÇÕES IMUNOLÓGICAS • Vários estudos tem demonstrado associação entre a exposição a agrotóxicos e alterações do sistema imunológico, incluindo supressão dos linfócitos T e risco maior para infecções respiratórias, digestivas, urinárias e de pele.
  • 64. 1. Total de microrganismos epifíticos isolados de flores, folhas e frutos em macieira nos sistemas de produção durante os dois ciclos de coletas Figura 1. Número de UFCs de fungos filamentos (A) e leveduras (B) isolados de flores a b c a b c 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 Orgânico Integrado Convencional Sistemas de produção UFC X 10 3 /g flor Out/00 Out/01 (A) (B) b b a b b a 0 2 4 6 8 Orgânico Integrado Convencional Sistemas de Produção UFC X 10 3 / g fruto 1°ciclo coletas 2000/01 2° ciclo coletas 2001/02 Figura 3. Número de UFCs de fungos filamentos (A) e leveduras (B) isolados de frutos (A) (B) b b a b b a 0 200 400 600 800 1000 1200 Orgânico Integrado Convencional Sistemas de Produção UFC X 10 3 /g folha 1º ciclo coletas 2000/01 2º ciclo coletas 2001/02 Figura 2. Número de UFCs de fungos filamentos (A) e leveduras (B) isolados de folhas (A) (B)
  • 65. Os agrotóxicos entram no organismo pela pele, pelo nariz ou pela boca. Quem estiver manipulando agrotóxico, tem tem que se previnir adequadamente com o uso de EPIs (Equipamentos deProteção Individuas) adequados, que sã no mínimo: - Máscara com filtro - Óculos para produtos químicos - Luvas de plástico, comprida - Avental de plástico - Botas de borracha
  • 66. • Para o uso destes equipamentos, o trabalhador deve receber treinamento específico de seu empregador, visando usá-los adequadamente higienizá-los e conservá-los. Além disto, treinamento de primeiros socorros com substâncias químicas, deve ser estabelecido periodicamente. Várias substâncias do grupo dos agrotóxicos são cancerígenas e mutagênicas, portanto, mulheres grávidas devem ser afastadas do trabalho. •Também não fumar, não beber ou comer durante a aplicação;
  • 67. -menores de 18 anos, gestantes e idosos não podem manusear ou aplicar agrotóxicos - é proibido por lei; e - respeitar os períodos de carência para colher o produto, abater animais, liberar o leite para consumo, para a entrada de pessoas ou animais na área etc. - correto armazenamento, transporte e condições de uso apropriado dos produtos agrotóxicos - orientação sobre correto programa de manutenção de equipamentos - seja para aplicadores de bomba costal e também para os equipamentos de aplicação mecanizados
  • 68. - buscar a maneira de aplicação que traga o menor contato do aplicador com o agrotóxico – mecanizar – automatizar as operações para o menor contato com o produto - buscar junto ao responsável pela prescrição do uso do produto agrotóxico o uso daqueles produtos de menor grau de toxicidade possível - orientações de manuseio e aplicação dos produtos agrotóxicos em condições de campo
  • 69. • Os agrotóxicos eliminam juntamente com as pragas, organismos úteis, animais e vegetais, reduzindo a biodiversidade e implicando em resistência das pragas. • A espiral praguicidas - pragas resistentes - mais praguicidas pode ser favorável às indústrias, mas é extremamente prejudicial para o ambiente e para a saúde. • Existe cada vez mais a necessidade de se buscar um novo modelo de produção, que seja ecologicamente sustentável e socialmente justo.
  • 70. Resíduos de pesticidas em alimentos (2004)
  • 71. PERDAS NUTRICIONAIS NA HORTICULTURA AMERICANA Agrião: - 88,00 % de Fe Couve: - 84,21 % de Mg e 61,95 % de vit. C Brócolis e Beterraba: - 50,00 % de Ca Espinafre: - 45,09 % de vit. C Milho: - 41,66 % de vit. C Couve-flor: - 40,00 % de vit. C Batata doce: - 39,00 % de vit. C fonte:http://www.advance-health.com/minerals.html/. Acesso 28 jun 2002 Estudos disponíveis: frutas, verduras e cereais orgânicos e biodinâmicos pesquisados contêm mais minerais, aminoácidos, vitamina C, açúcares totais e fitoquímicos, ômega 3, além de maior teor de matéria seca quando comparados aos convencionais ou àqueles produzidos com a utilização de adubos de síntese química (ASAMI et al, 2003; SCHARP E AUBERT apud BONILLA, 1992; DEFFUNE, 1993).
  • 72. MIINERAL % superior no alimento orgânico maçãs, batatas, pêras, trigo e milho Cálcio 65 Ferro 73 Magnésio 118 Molibdênio 178 Fósforo 91 Potássio 125 Zinco 60 Mercúrio MENOS 29 %