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COMEÇANDO PELA PARTE SIMPLES
INFLUÊNCIA NO MERCADO DE
COMUNICAÇÃO POLÍTICA
E ELEITORAL
Foto por: Bento Viana
Jaqueline Buckstegge
(IBPAD)
ANTES DE COMEÇAR A FALAR DE INFLUÊNCIA,
VAMOS FALAR DE COMUNICAÇÃO
POLÍTICA E ELEITORAL.
SE VOCÊ TRABALHA COM MERCADO DE CONSUMO APENAS,
ENTENDA NOSSA AULA COMO UM
BOM CASE DE GESTÃO DE CRISE.
COMUNICAÇÃO
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EMISSOR? PÚBLICO?
PLANEJAMENTO? PRÁTICAS?
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COMUNICAÇÃO
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EMISSOR?
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ATORES
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CIDADÃO
“COMUM”
“PARTIDÁRIO”
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Enquanto a disponibilidade de audiência é limitada, os atores tentando comunicar política institucional e eleitoral são vários.
POR QUE ISSO IMPORTA?
QUANDO FORMOS DISCUTIR INFLUÊNCIA, QUEM FAZ DE ALGUMA FORMA COMUNICAÇÃO POLÍTICA
PODE ATUAR COMO PEÇA NA RELAÇÃO DE PODER E CONTEÚDO
COMUNICAÇÃO
POLÍTICA
PÚBLICO?
PROCESSO CÍCLICO
A ideia de que apenas o “cidadão” é alvo de comunicação
política já não funciona mais no dinamismo da lógica digital.
Hoje todos os atores envolvidos se tornam público.
emissor receptor Base para construção dos
“novos” influenciadores
PLANEJAMENTO?COMUNICAÇÃO
POLÍTICA
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(PRESTAÇÃO DE CONTAS)
(PROPAGANDA POLÍTICA)
PARTICIPAÇÃO FISCALIZAÇÃO
WATCHDOG
SAMPAIO, MAIA & MARQUES (2010)
MARQUES (2008)BRAGA (2007)
O (OBAMA FRENEZI)
DA COMUNICAÇÃO
POLÍTICA
GOMES, et al
Politics 2.0
PROTO
WEB
WEB PÓS
WEB
E-mail Website Social
PRÁTICAS?COMUNICAÇÃO
POLÍTICA
INTEGRAÇÃO DE MENSAGEM PERSONALIZAÇÃO DE FORMATO POR PLATAFORMA
VACCARI;
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Popularity
Problematização de Métricas Academia x Mercado
PRÁTICAS?COMUNICAÇÃO
POLÍTICA
SEGMENTAÇÃO DE PÚBLICO > MÍDIA
InsightsSEO
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PRÁTICAS?COMUNICAÇÃO
POLÍTICA
MAS O QUE ESQUECEMOS É QUE, MESMO NA POLÍTICA,
A COMUNICAÇÃO DIGITAL É UMA JORNADA.
COMUNICAÇÃO MERCADOLÓGICA
= CONCORRÊNCIA.
TECNOLOGIA
COMUNICAÇÃO POLÍTICA & ELEITORAL
= CONCORRÊNCIA.
MONITORAMENTO SOCIAL
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OPINIÃO PÚBLICA
INFLUÊNCIA
NOELLE-
NEUMMANN
Based on this interaction concept of a
“spiral” of silence, public opinion is the
opinion which can be voiced in public
without fear of sanctions and upon
which action in public can be based.
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O QUE SIGNIFICA INFLUÊNCIA?
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FALANDO DE AWERENESS
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INFLUÊNCIA ONDE?
JULGAMENTO ESCOLHARACIOCÍNIO
PROCESSO DECISÓRIO LINEAR
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Decision Making Process
Raciocínio está preocupado em fazer inferências,
julgamento na formação de crenças a respeito da
probabilidade de acontecimentos incertos e tomada de
decisão é a escolha entre alternativas. Estes três aspectos
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raciocinar ao tentar formar um julgamento, e nossos
julgamentos podem informar nossa tomada de decisão
INFLUÊNCIA COMO?
EMOÇÕES E POLÍTICA
INFLUÊNCIA COMO?
EMOÇÕES E POLÍTICA
INFLUÊNCIA COMO?
EMOÇÕES E POLÍTICA
INFLUÊNCIA COMO?
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INFLUÊNCIA ONDE?
JULGAMENTO ESCOLHARACIOCÍNIO
PROCESSO DECISÓRIO LINEAR
Indivíduos se envolvem de formas diferentes com o mundo, o que impacta diretamente sua forma de pensar.
NA POLÍTICA, isso implica que existem habilidades diferentes no “raciocinar” e angariar argumentos.
Se voltarmos às lógicas de espiral do silêncio, diferenciar julgamento e
escolha é mais importante ainda. Embasar julgamento > escolha só faz
sentido quando a escolha individual é exposta ao escrutínio público.
“
No ambiente digital, é possível ir além do acompanhamento de opiniões explicitas
em timelines ou em comentários em grupos e páginas para compreender
posicionamentos políticos.
Atualmente, algumas características das interfaces de mídias sociais permitem a
expressão do eu de formas sutis, mas que exigem consideração por parte do
indivíduo. Estudos já comprovaram que, muitas vezes, elementos da personalidade
e construtos morais são melhor explicitados por imagens e construção de perfis
(avatares e biografia) do que por opiniões textuais (Zhao; Grasmuck; Martin, 2008¹).
No caso do Facebook, dois elementos acessíveis e passíveis de classificação, neste sentido, são o avatar (foto de perfil) e a capa escolhida por cada usuário.
Mesmo considerando que assumimos papéis quando nos posicionamos
no ambiente digital, estes que podem não refletir nosso “eu” off-line, é
com as personas definidas pelos indivíduos que as estratégias de
comunicação digital conversam.
A PRESENÇA DO POLÍTICO
Ao contrário do mercado, no processo de
comunicação política já existem posicionamento
claros entre promotores e detratores de “marca”.
Mas o que acontece quando decidimos
utilizar a mesma lógica de influência por
atores digitais na política institucional?
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imagem para uma disseminação generalista de
mensagem.
ONDE OS INFLUENCIADORES ENTRAM?
TENTATIVA DE CONEXÃO
Por conteúdo e apropriação de outras audiências.
Não pela utilização de tecnologia de segmentação.
O USO INAPROPRIADO DE BROADCASTERS
Mas o que acontece quando decidimos
utilizar a mesma lógica de influência por
atores digitais na política institucional?
A polêmica do
NOVO ENSINO MÉDIO
R$65mil
NÃO NECESSARIAMENTE
ESCOLHA É UM PROCESSO LINEAR.
HASTIE
Decision Making Process
PROCESSO
DECISÓRIO ELEITORAL
LAU
Electoral Decision
Decisões não representam literalmente resultados
preferidos a partir da avaliação individual. Isso não
corre obrigatoriamente uma vez que
(i) nem sempre é possível ou necessário formular
julgamentos, muito menos em cenários
multidimensionais e complexos , e
(ii) mesmo quando tais julgamentos são formados,
podem não ditar a escolha final do indivíduo
NÃO NECESSARIAMENTE
ESCOLHA É UM PROCESSO LINEAR.
PROCESSO
DECISÓRIO ELEITORAL
PROCESSO
DECISÓRIO ELEITORAL
Imparcial Confirmatório
Rápido e
Econômico
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Tipologias de Processo
Das variáveis possível de explicação eleitoral,
onde influência condicionada por comunicação estratégica entra?
CONSTRUÇÃO DO VOTO
CONSTRUÇÃO DO VOTO
Referência
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Endosso Familiaridade Hábito Viabilidade
Heurísticas Eleitorais
A lógica de utilização de influenciadores na
realidade eleitoral já existe há muito tempo.
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A DECISÃO ELEITORAL NÃO PRECISA SER EXPLICITADA PERANTE O PÚBLICO.
QUAL O IMPACTO DISSO?
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TECNOLOGIA
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COMPREENSÃO DE NARRATIVAS
URGÊNCIA X PROFUNDIDADE
A IMPORTÂNCIA DA ACADEMIA – CONHECIMENTO ACUMULADO
BIBLIOGRAFIA
BRAGA, S. S. Podem as novas tecnologias de informação e comunicação auxiliar na consolidação das democracia? Um estudo sobre a informatização dos órgãos
legislativos na América do Sul. Opinião Pública, v. 13, n. 1, p. 1–50, 2007.
BUCKSTEGGE, J. K. A construção do voto: análise do processo decisório nas eleições presidenciais de 2014, 2016. Universidade Federal do Paraná.
GOMES, W.; FERNANDES, B.; REIS, L.; SILVA, T. “Politics 2.0”: A campanha online de Barack Obama em 2008. Revista Sociologia e Politica, v. 17, n. 34, p. 29–43, 2009.
HARDMAN, D.; MACCHI, L. (ORGS.). Thinking: Psychological Perspectives on Reasoning, Judgment and Decision Making. John Wiley & Sons Ltd., 2003.
HASTIE, R. Problems for judgment and decision making. Annual Review of Psychology, v. 52, n. 1, p. 653–683, 2001.
LAU, R. Models of decision-making. In: D. O. Sears; L. Huddy; R. Jervis (Orgs.); Oxford Handbook of Political Psychology. p.19–59, 2003. Londres: Oxford University
Press.
LAU, R. R.; REDLAWSK, D. P. How Voters Decide: Information Processing during Election Campaigns. Cambridge: Cambridge University Press, 2006.
LIPPMANN, W. Public Opinion. 1998.
MARQUES, F. P. J. A. Participação Política e Internet: meios e oportunidades de participação civil na democracia contemporânea, com um estudo do caso do Estado
brasileiro, 2008. Universidade Federal da Bahia.
NOELLE-NEUMANN, E. The Spiral of Silence. Journal of Communication, v. 24, n. 2, p. 43–51, 1974.
SAMPAIO, R. C.; MAIA, R. C. M.; MARQUES, F. P. J. A. Participação e deliberação na internet: um estudo de caso do Orçamento Participativo Digital de Belo Horizonte.
Opinião Pública, v. 16, n. 2, p. 446–477, 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-62762010000200007&lng=pt&tlng=pt>. .
VACCARI, C.; NIELSEN, R. K. What Drives Politicians’ Online Popularity? An Analysis of the 2010 U.S. Midterm Elections. Journal of Information Technology & Politics, v.
10, n. 2, p. 208–222, 2013.
ZHAO, S.; GRASMUCK, S.; MARTIN, J. Identity construction on Facebook: Digital empowerment in anchored relationships. Computers in Human Behavior, v. 24, n. 5, p.
1816–1836, 2008.
COMEÇANDO PELA PARTE SIMPLES
INFLUÊNCIA NO MERCADO DE
COMUNICAÇÃO POLÍTICA
E ELEITORAL
Foto por: Bento Viana
Jaqueline Buckstegge
(IBPAD)
Obrigada!

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Influência no Mercado de Comunicação Política e Eleições

  • 1. COMEÇANDO PELA PARTE SIMPLES INFLUÊNCIA NO MERCADO DE COMUNICAÇÃO POLÍTICA E ELEITORAL Foto por: Bento Viana Jaqueline Buckstegge (IBPAD)
  • 2. ANTES DE COMEÇAR A FALAR DE INFLUÊNCIA, VAMOS FALAR DE COMUNICAÇÃO POLÍTICA E ELEITORAL.
  • 3. SE VOCÊ TRABALHA COM MERCADO DE CONSUMO APENAS, ENTENDA NOSSA AULA COMO UM BOM CASE DE GESTÃO DE CRISE.
  • 5. SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA COMUNICAÇÃO POLÍTICA EMISSOR? INSTITUIÇÕES POLÍTICAS EXECUTIVO E LEGISLATIVO (NACIONAL E INFRA) PARTIDOS ATORES POLÍTICOS CIDADÃO “COMUM” “PARTIDÁRIO” “ADEPTO À IDEOLOGIA” IMPRENSA Enquanto a disponibilidade de audiência é limitada, os atores tentando comunicar política institucional e eleitoral são vários. POR QUE ISSO IMPORTA? QUANDO FORMOS DISCUTIR INFLUÊNCIA, QUEM FAZ DE ALGUMA FORMA COMUNICAÇÃO POLÍTICA PODE ATUAR COMO PEÇA NA RELAÇÃO DE PODER E CONTEÚDO
  • 6. COMUNICAÇÃO POLÍTICA PÚBLICO? PROCESSO CÍCLICO A ideia de que apenas o “cidadão” é alvo de comunicação política já não funciona mais no dinamismo da lógica digital. Hoje todos os atores envolvidos se tornam público. emissor receptor Base para construção dos “novos” influenciadores
  • 7. PLANEJAMENTO?COMUNICAÇÃO POLÍTICA ACCOUNTABILITY (PRESTAÇÃO DE CONTAS) (PROPAGANDA POLÍTICA) PARTICIPAÇÃO FISCALIZAÇÃO WATCHDOG SAMPAIO, MAIA & MARQUES (2010) MARQUES (2008)BRAGA (2007)
  • 8. O (OBAMA FRENEZI) DA COMUNICAÇÃO POLÍTICA GOMES, et al Politics 2.0 PROTO WEB WEB PÓS WEB E-mail Website Social
  • 9. PRÁTICAS?COMUNICAÇÃO POLÍTICA INTEGRAÇÃO DE MENSAGEM PERSONALIZAÇÃO DE FORMATO POR PLATAFORMA VACCARI; NIELSEN Popularity Problematização de Métricas Academia x Mercado
  • 10. PRÁTICAS?COMUNICAÇÃO POLÍTICA SEGMENTAÇÃO DE PÚBLICO > MÍDIA InsightsSEO Search BM Analytics Ads Analytics Ads Website Display Insights BM Gestor Business
  • 11. PRÁTICAS?COMUNICAÇÃO POLÍTICA MAS O QUE ESQUECEMOS É QUE, MESMO NA POLÍTICA, A COMUNICAÇÃO DIGITAL É UMA JORNADA.
  • 14. OPINIÃO PÚBLICA INFLUÊNCIA NOELLE- NEUMMANN Based on this interaction concept of a “spiral” of silence, public opinion is the opinion which can be voiced in public without fear of sanctions and upon which action in public can be based. MASS MEDIA x DIGITAL MEDIA
  • 15. ENQUADRAMENTO Como a grande imprensa condiciona o debate político digital? IMPRENSA INDEPENDENTE?
  • 16. A PARTIR DESSE QUADRO GERAL, O QUE SIGNIFICA INFLUÊNCIA? DENTRO DA LÓGICA POLÍTICA AMBIENTE DIGITAL ESPAÇO DE DISPUTA TRANSFORMA-SE EM MAIS UM
  • 17. A PARTIR DESSE QUADRO GERAL, O QUE SIGNIFICA INFLUÊNCIA? ESPAÇO DE DISPUTA POR AWERENESS NO ESPAÇO PÚBLICO QUALQUER OUTRA MENSAGEM QUE POSSA ATRAIR A ATENÇÃO DO RECEPTOR. ATORES POLÍTICOS REPRESENTAM A DEFESA DE DETERMINADOS GRUPOS JUNTO ÀS DISPUTAS POR BENS PÚBLICOS.
  • 18. FALANDO DE AWERENESS Awereness (Evidência) (Consideração) AO CONTRÁRIO DA SELEÇÃO DE OBJETIVOS DENTRO DO MARKETING DIGITAL, NA COMUNICAÇÃO POLÍTICA ELES SE TRANSFORMAM EM SEQUENCIAIS E CONDICIONAIS Leads (Mailing) (Base de Fãs) Engajamento Conversão
  • 19. FALANDO DE ESPAÇO PÚBLICO O fetiche de entrar na conversa da rede
  • 20. INFLUÊNCIA ONDE? JULGAMENTO ESCOLHARACIOCÍNIO PROCESSO DECISÓRIO LINEAR HARDMAN; MACCHI Decision Making Process Raciocínio está preocupado em fazer inferências, julgamento na formação de crenças a respeito da probabilidade de acontecimentos incertos e tomada de decisão é a escolha entre alternativas. Estes três aspectos da cognição são sobrepostos e interligados: nós podemos raciocinar ao tentar formar um julgamento, e nossos julgamentos podem informar nossa tomada de decisão
  • 25. INFLUÊNCIA ONDE? JULGAMENTO ESCOLHARACIOCÍNIO PROCESSO DECISÓRIO LINEAR Indivíduos se envolvem de formas diferentes com o mundo, o que impacta diretamente sua forma de pensar. NA POLÍTICA, isso implica que existem habilidades diferentes no “raciocinar” e angariar argumentos. Se voltarmos às lógicas de espiral do silêncio, diferenciar julgamento e escolha é mais importante ainda. Embasar julgamento > escolha só faz sentido quando a escolha individual é exposta ao escrutínio público.
  • 26. “ No ambiente digital, é possível ir além do acompanhamento de opiniões explicitas em timelines ou em comentários em grupos e páginas para compreender posicionamentos políticos. Atualmente, algumas características das interfaces de mídias sociais permitem a expressão do eu de formas sutis, mas que exigem consideração por parte do indivíduo. Estudos já comprovaram que, muitas vezes, elementos da personalidade e construtos morais são melhor explicitados por imagens e construção de perfis (avatares e biografia) do que por opiniões textuais (Zhao; Grasmuck; Martin, 2008¹). No caso do Facebook, dois elementos acessíveis e passíveis de classificação, neste sentido, são o avatar (foto de perfil) e a capa escolhida por cada usuário. Mesmo considerando que assumimos papéis quando nos posicionamos no ambiente digital, estes que podem não refletir nosso “eu” off-line, é com as personas definidas pelos indivíduos que as estratégias de comunicação digital conversam. A PRESENÇA DO POLÍTICO
  • 27. Ao contrário do mercado, no processo de comunicação política já existem posicionamento claros entre promotores e detratores de “marca”. Mas o que acontece quando decidimos utilizar a mesma lógica de influência por atores digitais na política institucional? Problemas na comunicação e manutenção de imagem para uma disseminação generalista de mensagem.
  • 29. TENTATIVA DE CONEXÃO Por conteúdo e apropriação de outras audiências. Não pela utilização de tecnologia de segmentação. O USO INAPROPRIADO DE BROADCASTERS
  • 30. Mas o que acontece quando decidimos utilizar a mesma lógica de influência por atores digitais na política institucional?
  • 31. A polêmica do NOVO ENSINO MÉDIO R$65mil
  • 32. NÃO NECESSARIAMENTE ESCOLHA É UM PROCESSO LINEAR. HASTIE Decision Making Process PROCESSO DECISÓRIO ELEITORAL LAU Electoral Decision Decisões não representam literalmente resultados preferidos a partir da avaliação individual. Isso não corre obrigatoriamente uma vez que (i) nem sempre é possível ou necessário formular julgamentos, muito menos em cenários multidimensionais e complexos , e (ii) mesmo quando tais julgamentos são formados, podem não ditar a escolha final do indivíduo
  • 33. NÃO NECESSARIAMENTE ESCOLHA É UM PROCESSO LINEAR. PROCESSO DECISÓRIO ELEITORAL
  • 34. PROCESSO DECISÓRIO ELEITORAL Imparcial Confirmatório Rápido e Econômico Intuitivo Tipologias de Processo
  • 35.
  • 36. Das variáveis possível de explicação eleitoral, onde influência condicionada por comunicação estratégica entra? CONSTRUÇÃO DO VOTO
  • 37. CONSTRUÇÃO DO VOTO Referência Afetiva Endosso Familiaridade Hábito Viabilidade Heurísticas Eleitorais
  • 38. A lógica de utilização de influenciadores na realidade eleitoral já existe há muito tempo. HEURÍSTICA DE ENDOSSO OU FAMILIARIDADE
  • 39. A DECISÃO ELEITORAL NÃO PRECISA SER EXPLICITADA PERANTE O PÚBLICO. QUAL O IMPACTO DISSO? Etnografia Personasx Análise de Imagem Política Institucional Comunicação Segmentada Eleições
  • 40. PERSONAS Auto representação do eu Relação de interesse estipulado Ação humana desenvolvida no ambiente digital Relação de identidade estipulada
  • 41. INTELIGÊNCIA PARA PERSONALIZAR A MENSAGEM É NECESSÁRIA A COMBINAÇÃO DE DUAS LÓGICAS SEGMENTAÇÃO RETARGUETING (EX.: CAMPANHAS COM MOTE COMPLEXO PRECISAM SER REVISTAS – VACINAÇÃO) PARAMETRIZAÇÃO X PIXEL TECNOLOGIA PESQUISA DE PÚBLICO COMPREENSÃO DE NARRATIVAS URGÊNCIA X PROFUNDIDADE A IMPORTÂNCIA DA ACADEMIA – CONHECIMENTO ACUMULADO
  • 42. BIBLIOGRAFIA BRAGA, S. S. Podem as novas tecnologias de informação e comunicação auxiliar na consolidação das democracia? Um estudo sobre a informatização dos órgãos legislativos na América do Sul. Opinião Pública, v. 13, n. 1, p. 1–50, 2007. BUCKSTEGGE, J. K. A construção do voto: análise do processo decisório nas eleições presidenciais de 2014, 2016. Universidade Federal do Paraná. GOMES, W.; FERNANDES, B.; REIS, L.; SILVA, T. “Politics 2.0”: A campanha online de Barack Obama em 2008. Revista Sociologia e Politica, v. 17, n. 34, p. 29–43, 2009. HARDMAN, D.; MACCHI, L. (ORGS.). Thinking: Psychological Perspectives on Reasoning, Judgment and Decision Making. John Wiley & Sons Ltd., 2003. HASTIE, R. Problems for judgment and decision making. Annual Review of Psychology, v. 52, n. 1, p. 653–683, 2001. LAU, R. Models of decision-making. In: D. O. Sears; L. Huddy; R. Jervis (Orgs.); Oxford Handbook of Political Psychology. p.19–59, 2003. Londres: Oxford University Press. LAU, R. R.; REDLAWSK, D. P. How Voters Decide: Information Processing during Election Campaigns. Cambridge: Cambridge University Press, 2006. LIPPMANN, W. Public Opinion. 1998. MARQUES, F. P. J. A. Participação Política e Internet: meios e oportunidades de participação civil na democracia contemporânea, com um estudo do caso do Estado brasileiro, 2008. Universidade Federal da Bahia. NOELLE-NEUMANN, E. The Spiral of Silence. Journal of Communication, v. 24, n. 2, p. 43–51, 1974. SAMPAIO, R. C.; MAIA, R. C. M.; MARQUES, F. P. J. A. Participação e deliberação na internet: um estudo de caso do Orçamento Participativo Digital de Belo Horizonte. Opinião Pública, v. 16, n. 2, p. 446–477, 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-62762010000200007&lng=pt&tlng=pt>. . VACCARI, C.; NIELSEN, R. K. What Drives Politicians’ Online Popularity? An Analysis of the 2010 U.S. Midterm Elections. Journal of Information Technology & Politics, v. 10, n. 2, p. 208–222, 2013. ZHAO, S.; GRASMUCK, S.; MARTIN, J. Identity construction on Facebook: Digital empowerment in anchored relationships. Computers in Human Behavior, v. 24, n. 5, p. 1816–1836, 2008.
  • 43. COMEÇANDO PELA PARTE SIMPLES INFLUÊNCIA NO MERCADO DE COMUNICAÇÃO POLÍTICA E ELEITORAL Foto por: Bento Viana Jaqueline Buckstegge (IBPAD) Obrigada!