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1
International Biocentric Foundation
Associação Escola de Biodanza Rolando
Toro do Rio de Janeiro
O RITMO E SEU PODER DE TRANSFORMAÇÃO
Bruno Silveira Martins
21 de Junho de 2013
Monografia apresentada à Associação
Escola de Biodanza Rolando Toro do
Rio de Janeiro, como requisito parcial
para obtenção do título de Facilitador
de Biodanza.
Orientador:
Sanclair Lemos
Facilitador Didata de Biodanza pela
International Biocentric Foundation
Reg.
2
Monografia apresentada à Escola de Associação Escola de Biodanza Rolando Toro
do Rio de Janeiro e aprovada pela comissão julgadora formada pelos didatas:
____________________________ ___________________________
Danielle Tavares Andrea Zattar
Diretoras Associação Escola de Biodanza Rolando Toro do Rio de Janeiro
International Biocentric Foundation
Reg. RJ-0134 e Reg. RJ-0132
________________________________________
Solange May Cuyabano de Barros
Facilitadora Didata
International Biocentric Foundation
Reg. RJ nº 0140
Visto e Permitido a impressão.
Rio de Janeiro, 21 de Junho de 2013
____________________________ ___________________________
Danielle Tavares Andrea Zattar
Diretoras Associação Escola de Biodanza Rolando Toro do Rio de Janeiro
International Biocentric Foundation
Reg. RJ-0134 e Reg. RJ-0132
3
AGRADECIMENTOS
Dedico este trabalho e agradeço....
Alberto Tavares (in memoriam) – meu terapeuta, facilitador e amigo que ao longo
de tantos anos me ajudou a descobrir as ferramentas para abrir os caminhos da
minha vida.
Sanclair Lemos – Meu querido amigo, facilitador, orientador e inspirador nos
caminhos e ritos do coração, de transformação, sonhos, desejos e realizações.
Dr Rogério Panizzutti – Pela ajuda no fornecimento de material e conhecimentos
sobre neurociência e plasticidade cerebral.
Dr. Marcio Barbosa Godinho e Dra. Patrícia Gomes Almeida – Pelo fornecimento
de material e conhecimentos sobre homeopatia.
Andréa Zattar e Danielle Tavares – Minhas facilitadoras competentes que me
estimularam e convidaram e entrar por esta porta e me tornar um facilitador.
Luciana Pinto – Minha supervisora sempre atenciosa e carinhosa no seu trabalho
de supervisão.
Maria Cristina Maiolino – minha companheira e cúmplice que me ajudou e
estimulou no desenvolvimento deste trabalho.
Ao meus “amigos-alunos” do grupo regular que acreditaram e confiaram em mim
e fazem parte dessa rede afetiva na minha vida.
4
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo apresentar os recentes avanços
referente às descobertas sobre a plasticidade cerebral, como resgatá-la ou ampliá-la
e como a Biodanza pode fortalecer esse processo. Tendo a música e o ritmo como
ferramentas fundamentais
ABSTRACT
This Study aims to present the recent advances concerning discoveries
about brain plasticity, how to rescue it or expand it and how Biodanza may
strengthen this process. Being music and rhythm its fundamental tools.
5
SUMÁRIO
Página
Introdução ......................................................................................... 06
CAPÍTULO 1: ASPECTOS CIENTÍFICOS
1.1. A ressonância...................................................................................... 08
1.2. A Homeopatia – um tratamento vibracional......................................... 09
1.3. O Sorriso de Duchenne ...................................................................... 10
1.4. A Neurociência e a Plasticidade Cerebral ........................................... 14
1.5. Fisiologia do hipotálamo.......................... ........................................... 27
CAPÍTULO 2: A VISÃO DA BIODANZA
2.1. O que é o ritmo em Biodanza........................................................... 30
2.2. A música na Biodanza...................................................................... 32
2.3. O Universo do ritmo na Biodanza..................................................... 33
CAPÍTULO 3: A BIODANZA EM SINTONIA COM A CIÊNCIA
3.1. O ritmo e a progressividade na estruturação das aulas …..………… 37
3.2. Conclusões ………………………………………………………………… 40
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 41
6
INTRODUÇÃO
Ritmo: A rítmica é uma ciência do ritmo que objetiva desenvolver e
harmonizar as funções motoras e ordenar os movimentos corporais no tempo e no
espaço.
Vibração: É o movimento de um ponto oscilando em torno de um ponto de
referência. A amplitude do movimento é indicada em milímetros, polegadas ou
graus. O número de vezes que ocorre o movimento completo em determinado tempo
é chamado de Frequência em geral indicada em Hertz (Hz).
Tudo está em movimento na natureza e por consequência vibra. Em
pesquisas de Física Quântica, aplicadas á sistemas microscópicos, cientistas
concluíram que a matéria não é contínua e possui também vazio e vibração. Que os
sentidos são refinadíssimos sistemas de decodificação de diferentes propriedades
vibratórias.
Baseado nestes conceitos, fica clara a importância que o ritmo tem em nossa
vida, tanto através de influências externas quanto internas. O seu desenvolvimento e
aperfeiçoamento torna-se muito importante, pois o ser humano é dependente do
ritmo para todas as atividades que for realizar, como na vida diária, profissional,
desportiva, social e de lazer.
Nosso sistema humano possui muitos e diversos ritmos: do coração, dos rins
e de todos os órgãos bem como a respiração, a digestão e outros. O sistema
nervoso possui diversos ritmos que asseguram a autonomia orgânica.(*)
O ritmo aparece de forma espontânea nos movimentos de uma criança que
através de seus deslocamentos, expressa sua alegria, move os braços ao compasso
de seus saltos que com frequência vêm acompanhados de sons inventados.
Os ritmos corporais, espontâneos, são vivenciados de maneira instintiva, mas
vão se transformando a partir do momento em que começamos – nós adultos – a
querer integrá-los nos ritmos inorgânicos de nossas vidas.
Do ponto de vista da complexidade da resposta corporal, o ritmo é
considerado o critério musical mais primitivo. Em ordem de complexidade crescente
se situam a melodia e a harmonia.
A capacidade de dançar no ritmo de uma musica revela o grau de integração
ou adaptação entre os estímulos que chegam do exterior e as próprias respostas
motoras. O ritmo depende, em primeiro lugar, da capacidade de “escuta”.
7
Desde muito cedo aprendemos a reprimir nossas necessidades básicas e
permanecemos indiferentes aos nossos tempos orgânicos. Desligados dos ritmos do
Universo, nos afastamos de nossos ritmos pessoais ou pelo contrário nos
refugiamos neles. Ficamos não pertencentes a natureza e ao Universo. Como se
não fizéssemos parte dele. A vida se converte num espetáculo do qual não
participamos.
“...o ritmo se faz sinônimo de movimento”
(Defontaine – 1982. P. 213)
O movimento permite o acesso ao ritmo, e este é vivenciado com o corpo
inteiro. Quando falamos em corpo incluímos nele a mente e esta indissolubilidade
corpo-pensamento põe em evidência o lugar essencial do ritmo em nosso trabalho.
Queremos chamar a atenção que o ritmo representa uma ordem e portanto ajuda a
organizar as pessoas. Deve ser vivenciado corporalmente não se tratando então de
ensinamento mas, de resgate de aptidão natural.
No primeiro capítulo, apresento aspectos científicos sobre vibração, ritmo e
ressonância bem como os avanços a neurociência e da plasticidade cerebral.
No segundo capítulo, apresento como o Sistema Biodanza utiliza o ritmo com
seus efeitos fisiológicos, psicológicos e comportamentais.
No terceiro capítulo, apresento como o Sistema Biodanza se integra
perfeitamente aos aspectos relacionados nos capítulos 1 e 2.
8
CAPÍTULO 1: ASPECTOS CIENTÍFICOS
1.1. A Ressonância
Ressonância é a capacidade de um corpo de vibrar a partir de vibrações
produzidas por um outro corpo. Este fenômeno ocorre com todos os tipos de
vibrações: mecânicas (acústicas), eletromagnéticas e funções de ondas em fase.
Por exemplo, quando as cordas de um violão estão perfeitamente afinadas, ao se
dedilhar o quinto traste da sexta corda, percebe-se que a quinta corda começa a
vibrar simultaneamente com a sexta corda. A energia de uma corda se transmitiu à
outra: diz-se, então, que a sexta corda entrou em ressonância com a quinta. Esse
fenômeno ocorre em toda a natureza.
Tudo na natureza vibra. Em toda matéria há uma estrutura atômica com um
núcleo com elétrons e prótons circulando em um padrão específico “harmônico-
ressonante”. No nível do átomo, sabemos que os elétrons giram em torno do núcleo
em orbitais energeticamente definidos. Para um elétron saltar para uma orbita mais
elevada, é preciso que ele receba um quantum de energia com frequência
específica. Da mesma forma quando ele desce para uma orbita de menos energia é
necessário que ele emita um quantum de energia com frequência também
específica. Essa frequência específica é chamada “frequência atômica ou
ressonante”.
Poderíamos citar vários exemplos como o do forno de micro-ondas que faz
com que os alimentos entrem em ressonância com uma frequência de micro-ondas
gerada pelo forno e aquecê-los transmitindo essa energia às suas moléculas ou o
exemplo do cristal que exposto à uma determinada frequência e intensidade entra
em ressonância e se quebra.
A ressonância potencializa a energia.
“A ressonância harmônica de sons é uma forma de restaurar o equilíbrio a harmonia
e a vitalidade, ao oferecer música e sons que irão ressoar conosco, de forma a
apresentar um ‘modelo musical de nós mesmos’ em estado vibrante e ressonante”.
Dr Hans Jenny – Cymatics Vol II – 1972
9
1.2. A Homeopatia – um tratamento vibracional
A homeopatia é uma das formas mais básicas de medicina vibracional
atualmente em uso.
Modo de ação medicamentoso: o remédio é escolhido na sua capacidade de
estimular e reequilibrar o indivíduo proporcionando-lhe uma dose de energia sutil da
frequência necessária. Se a frequência do remédio combinar com o estado de
doença do paciente, uma ressonante frequência de energia permitirá que o sistema
bioenergético do paciente realmente assimile a energia necessária, livre-se das
toxinas e ganhe um novo ponto de equilíbrio de saúde.
O processo é casar empiricamente a frequência do extrato da planta com a
frequência da doença. Descobriu-se que quanto maior a diluição, mais eficaz era o
medicamento e chamou-se essa técnica de “potencialização”. No processo de
potencialização homeopática a diluição progressiva remove os elementos
moleculares da planta. A parte ativa do remédio não tem existência física, contendo
apenas a frequência energética ou “assinatura vibracional” da planta a partir do qual
foram preparados. A diluição progressiva, no processo de potencialização, faz com
que após a 11ª diluição (11C) não exista nenhuma identificação molecular do
extrato inicial.
A homeopatia não trata da inibição de sintomas ou efeitos, ela trata a
potencialização da energia vital capaz de recuperar o equilíbrio orgânico e
consequentemente eliminar os sintomas.
Richard Gerber, M.D.– Medicina Vibracional – Uma medicina para o futuro.
10
1.3. O Sorriso de Duchenne
Em 1967, um jovem de São Francisco partiu em busca de algum povo
aborígene que vivesse tão isolado que perecesse pertencer a outro planeta.
Existiriam ainda pessoas que jamais tivessem recebido um visitante estrangeiro, que
não conhecessem nenhuma escrita, muito menos imagems de TV? Paul Ekman
tinha certeza de que não lhe restava muito tempo, talvez somente uns poucos anos
antes que sinais de telégrafo, estradas ou aviões alcançassem também essas
remotas aldeias nas selvas virgens.
Naquele tempo, Papua-Nova Guiné era considerada um fim de mundo – uma
ilha que tinha a fama de ser habitada por caçadores de cabeças e canibais. Ekman,
então com 33 anos partiu sozinho rumo à idade da Pedra. Sua intenção não era a de
enriquecer as bibliotecas antropológicas com novas descobertas. Ele queria
pesquisar algo comum a todos os seres humanos: o mistério do sorriso. (1)
Não havia muito mais a descobrir sobre a mímica facial, alertaram alguns
colegas. A mãe sorri para o seu bebê, o bebê a imita e devolve o sorriso – era
simples a gênese das emoções, pensava-se então. Há mais de trinta anos, quando
Ekman partiu, ninguém ousava desmentir a tese de que o homem vem ao mundo
como uma espécie de folha em branco, uma tabula rasa. Considerava-se que a
criança era como um recipiente vazio no qual os pais e o ambiente vertiam
conhecimentos e os comportamentos. Imaginava-se que da mesma forma, as
expressões da fisionomia humana eram apreendidas da infância. Para Ekman os
sentimentos podiam ser inatos. Será que não existe em nossos cérebros uma
espécie de comando para o sorriso? Neste caso, todas as pessoas do mundo teriam
que mostrar a mesma expressão facial quando postas em situações similares. Algo
assim já havia sido sugerido por Charles Darwin(2).
Ekman, então, com uma mochila nas costas carregava filmadoras, gravadores
de som e quadros com fotos de varias pessoas. Um nativo lhe servia de guia.
Depois de algumas semanas, chegaram a regiões então jamais pisadas por um
homem branco. Era onde vivia um povo chamado fores. As mulheres usavam
aventais de capim; os homens, tangas de casca de árvore. Receberam
amavelmente o pesquisador e seu acompanhante.
11
Sentou no meio da pequena aldeia e desembrulhou o gravador. Nunca antes
aquelas pessoas tinham visto uma caixa tão brilhante. Dentro dela haviam duas
esferas que giravam sem que nada as empurrasse. E, de repente, os fores ouviram
suas próprias vozes! As bocas se entreabriram, as sobrancelhas se elevaram
ligeiramente, os olhos brilharam: eles estavam sorrindo. Aparentando demonstrar
entusiasmo com a surpresa. Por trás da roda de pessoas, o guia de Ekman filmava
tudo: a primeira prova de que indivíduos do outro lado do mundo sorriem da mesma
forma que nós.
A partir daí, os fores não saíram mais do lado de Ekman; o rodeavam antes
mesmo dele acordar, esperando, curiosos, a surpresa do dia. Algumas ele partia
com uma faca de borracha para cima das crianças, de modo que seu ajudante
pudesse filmar as expressões de susto. Certa vez, mostrou retratos de americanos
alegres e tristes e pediu que o guia perguntasse qual das pessoas ali retratadas
estava na expectativa da morte do filho. Os fores foram unânimes em apontar o
rosto triste, indicando que compreendiam sem dificuldade o significado daquela
expressão, ainda que jamais tivessem visto aquela face.
Quando voltou para os Estados Unidos, depois de quatro meses na selva,
começou a selecionar as imagens. Não tinha dúvidas: os rostos dos fores
mostravam expressões semelhantes às de qualquer indivíduo ocidental. Os povos
podem falar idiomas diferentes, mas a expressão facial de seus sentimentos se dá
da mesma maneira – sejam nativos do planalto da Nova Guiné, sejam habitantes de
São Francisco.
Com essa descoberta Ekman desfez dois equívocos com uma só tacada. Em
primeiro lugar, seria difícil continuar afirmando que as crianças aprendem todas as
suas emoções com as pessoas que estão à sua volta. Se fosse assim, tal como
“alegria” é joy em inglês e gaosing em chinês, encontraríamos tipos diferentes de
sorriso entre os povos. Uma vez que a mímica facial é a mesma em todos os
lugares, as emoções elementares e o modo como nós as manifestamos devem ser
inatos. É verdade que existem povos mais expressivos e outros mais reservados
quanto a manifestação das emoções, mas todos exteriorizam alegria, aflição, medo
e raiva de formas muito parecidas.
Os cegos de nascimento sorriem espontaneamente, embora jamais tenha
podido observar e copiar as expressões faciais de outras pessoas. Afinal, Charles
12
Darwin, em um tratado sobre a fisionomia humana, já propusera que se fizessem
experimentos em um instituto para cegos. Mas essa obra do grande biólogo, logo
caiu no esquecimento. Decididamente, o mundo da ciência não está a salvo de
preconceitos. (3)
A segunda linha de investigação de Ekman com suas filmagens dos rictos
faciais dos fores consistiu em demonstrar que os sentimentos podem ser objeto de
pesquisa científica.Tentar entender sentimentos era então coisa de filósofos e
poetas. Ekman demonstrou que o estudo experimental das vivências íntimas era
possível.
Encorajado pelo sucesso, montou um sistema para codificar as manifestações
emocionais em números e tabelas. Para isso, decompôs a linguagem mímica em
seus elementos mais simples. Associou cada ricto a um número. Assim, 9 poderia
significar “torcer o nariz” e 15 “apertar os lábios”. Tinha agora condições de
reproduzir até mesmo as caretas mais debochadas.
Assim ele descobriu que há 19 maneiras diferentes de sorrir. Dezoito delas
não são genuínas, mas mesmo assim nos são muito úteis: servem como máscara
quando não queremos que os outros saibam toda a verdade sobre nossos
sentimentos. Existe um sorriso com o qual nos mostramos educadamente
constrangidos ao ouvir uma piada de mau gosto; outro sorriso de algo que não
queremos. Nestes casos, quem geralmente entra em ação é o músculo zigomático
(musculus zygomaticus major).
Só existe um tipo de sorriso genuíno. É aquele em que os cantos da boca se
erguem, as pálpebras se apertam, aparecem rugas em torno do canto do olho e as
partes superiores das maçãs do rosto se elevam ligeiramente. A expressão da
verdadeira felicidade inclui ainda uma contração dos músculos orbiculares das
pálpebras. Ekman denominou esse ricto facial de “Sorriso de Duchenne” em
homenagem ao fisiologista francês Guillaume-Benjamin Duchenne, que em 1862
realizou um estudo pioneiro do musculus orbicularis oculi, que circunda o olho.
Com o sistema de números para rictos faciais, Ekman demonstrou que o
sorriso de Duchenne é o único a exprimir a felicidade verdadeira. Por isso, o
movimento do músculo orbicular é um sinal da alegria verdadeira(4).
“Doces movimentos das emoções da alma” – era assim que Duchenne
chamava essas contrações. Ele descobriu que se tratava de movimentos em boa
13
parte involuntários – essa a razão pela qual muitas vezes acabamos fazendo
expressões tão lamentáveis quando ouvimos um “sorria por favor”. Apenas 10% das
pessoas dominam seus músculos faciais o suficiente para produzir um sorriso de
Duchenne de forma intencional e sem treinamento especial. É muito difícil controlar
adequadamente as reações faciais e dominar os sentimentos.
(1) Ekman em “Facial expressions”, 1999 e “Facial expression and emotion,
1993.
(2) Charles Darwin, “A expressão das emoções no homem e nos animais”.
(3) Ito e Cacioppo, 2000
(4) Ekman e outros, 1990
14
1.4. A Neurociência e a Plasticidade Cerebral
Nas Últimas quatro décadas a neurociência e a genética tem experimentado
enorme progresso.
Até então presumia-se que a estrutura do cérebro era fixa e que nossos
sentidos estavam rigidamente conectados. Esta concepção, que ainda tem muitos
adeptos, é chamada de “localizacionismo”. Tem relação estreita com a ideia de o
cérebro é uma máquina complexa, composta de peças, cada uma delas realizando
uma função mental específica e com uma localização geneticamente
predeterminada ou embutida. Um cérebro que é fisicamente estruturado e onde
cada função mental tem uma localização estrita deixa pouco espaço para a
plasticidade.
A ideia de cérebro-máquina inspirou e norteou a neurociência desde que foi
proposta no século XVII, substituindo concepções mais místicas de alma e o corpo.
As descobertas de Galileu (1564-1642) mostrando que os planetas podiam
ser compreendidos como corpos inanimados movidos por forças mecânicas,
impressionaram os cientistas que passaram acreditar que toda a natureza
funcionava como um relógio cósmico, sujeito às leis da física, e começaram a
explicar cada ser vivo do ponto de vista mecanicista, inclusive nossos órgãos
corporais, já que também eram máquinas. Este conceito substituiu o grego de 2 mil
anos, segundo o qual toda a natureza era um vasto organismo vivo e nossos órgãos
corporais , nada mais do que mecanismos inanimados(1). Willian Harvey (1578-
1657), que se inspirou em René Decartes (1596-1650) reforçaram a teoria
mecanicista.
O localizacionismo foi aplicado também aos sentidos: teorizou-se que cada
um de nossos sentidos – visão, audição, paladar, tato, olfato, equilíbrio – dispõe de
um tipo de célula receptora especializada em detectar uma das varias formas de
energia que nos cercam(2).
Quase isolado de seus colegas, Paul Bach-y-Rita especializou-se em -
medicina, psicofarmacologia, neuro fisiologia ocular e visual e engenharia biomédica
– e rejeitava as alegações do localizacionismo. Descobriu que nossos sentidos tem
uma natureza inesperadamente plástica, e que se um deles sofre algum dano, outro
pode assumir o seu lugar num processo que chamou de “substituição sensorial”.
15
Desenvolveu meios de estimular a substituição sensorial e dispositivos que nos dão
“supersentidos”. Ao descobrir que o sistema nervoso pode se adaptar a enxergar
com a câmera em vez da retina, estabeleceu as bases da maior esperança para os
cegos: os implantes de retina, que podem ser inseridos cirurgicamente nos olhos.
“Vemos com o cérebro e não com os olhos” diz ele.
O localizacionismo sério foi proposto pela primeira vez em 1861, quando Paul
Broca, um cirurgião, teve um paciente que, depois de um derrame, perdeu a
capacidade de falar. Após sua morte Broca dissecou seu cérebro e descobriu lesões
no tecido do lobo frontal esquerdo. Essa área passou depois a ser chamada de
“Area de Broca”. Seguindo o mesmo caminho Carl Wernicke, relacionou o dano em
outra área do cérebro à incapacidade de entender a linguagem. Wernicke propôs
que essa área danificada era responsável pelas representações mentais das
palavras e pela compreensão e veio a ser chamada de “Área de Wernicke”. Nos cem
anos seguintes, à medida que novas pesquisas refinavam o mapa cerebral, o
localizacionismo tornou-se mais específico, começando então uma idade das trevas
para a plasticidade.
Novamente Bach-y-Rita, no ínicio da década de 1960, participando, na
Alemanha, de uma equipe que estudava como a visão funcionava, medindo com
eletrodos as descargas elétricas da área de processamento visual do cérebro de um
gato. Quando alguém da equipe, por acidente, roçou a pata do gato, a área visual
também se ativou indicando que também processava o tato(3). A equipe descobriu
que a área visual também era ativada quando o gato ouvia sons.
Quarenta anos atrás, justo quando o império do localizacionismo tinha
atingido seu ápice, Bach-y-Rita começou seu protesto. Ele reconhecia os méritos do
localizacionismo, mas argumentava que “um grande conjunto de evidências revela a
plasticidade motora e sensorial do cérebro”(4), Um de seus artigos foi seis vezes
rejeitado para a publicação pelos periódicos porque ousou usar a palavra
“plasticidade” no título. Bach desenvolveu um dispositivo que através de uma tira de
plástico, coberta de eletrodos, do diâmetro de uma moeda de um dolar que
conectava uma câmera ao cérebro. A língua é o que ele chamava de “Interface
máquina-cérebro” ideal por ser um ponto de acesso ao cérebro e não possuir uma
camada sensível de pele morta. Trinta anos depois do artigo de Bach ser publicado
na Nature, os cientistas que usam uma versão moderna do seu dispositivo para a
16
visão tátil submeteram pacientes a tomografia e confirmaram que as imagens táteis
que entram pela língua são, na verdade, processadas no córtex visual do cérebro(5).
Os implantes cocleares vieram na esteira desse conhecimento.
Michael Merzenich é uma força motriz por trás de uma série de descobertas
sobre a neuroplastia. Sua especialidade é a de melhorar a capacidade das pessoas
de pensar e perceber, modelando o cérebro por meio do exercício de áreas de
processamento específico, chamadas de mapas cerebrais, de modo que elas
realizem um trabalho mental mais intenso. Ele também mostrou, com ricos detalhes
científicos, como essas áreas de processamento se transformam.
Dentre os neurocientistas com sólidas credenciais em ciência básica, foi
Merzenich quem fez as alegações mais ambiciosas: os exercícios mentais podem
ser tão úteis quanto as drogas no tratamento de doenças graves como a
esquizofrenia; a plasticidade existe do berço ao túmulo; e é possível obter melhoras
radicais no funcionamento cognitivo – como aprendemos, pensamos, percebemos e
nos lembramos – mesmo nos idosos.
Para tentar compreender esse processo Merzenich invocou as ideias do
canadense Donald O. Hebb, psicólogo comportamental que tinha trabalhado com
Penfield. Em 1949, Hebb propôs que a aprendizagem criava novas ligações entre
neurônios(6). Propôs que quando dois neurônios se ativam ao mesmo tempo e
repetidamente (ou quando um se ativa, ele leva o outro a se ativar), ocorrem
mudanças químicas em ambos, de modo que os dois tendem a se conectar
fortemente. O conceito de Hebb (proposto por Freud 60 anos antes) foi bem
resumido pela neurocientista Carla Shatz: Neurônios que disparam juntos se ligam
entre si(7). Hebb foi o primeiro a propor o conceito de ambiente enriquecido definido
como: uma combinação de estimulação visual inanimada, estimulação social e
estímulos motores que contribuam para o aumento da atividade física espontânea
dos indivíduos.
O Sistema nervoso, tem como elemento básico o neurônio, é constituído da
seguinte forma: Sistema nervoso central (cérebro, cerebelo, medula espinhal e
órgãos dos sentidos) e Sistema nervoso periférico ou autônomo (nervos e gânglios).
O sistema nervoso central esta organizado em regiões topográficas formando
verdadeiros mapas codificadores, isto é, há um “mapa” celular dentro do sistema
nervoso central que quando ativado, codifica o tipo de sensação que esta sendo
17
recebida – dessa forma há um mapa somatotópico, tonotópico, retinotópico, e assim
por diante. Estes mapas foram identificados e classificados por Penfield –
“Humúnculo Sensorial e Humúnculo Motor de Penfield”.
Mapa Somatotópico
Como podemos observar na imagem acima, para cada dedo existe uma área
somatosensória no córtex
18
Mapa Somatotópico
M
Homúsculo sensorial
A imagem acima mostra a correspondência dos órgãos no mapa. Podemos observar que as mãos
e a boca são responsáveis pelas maiores áreas, relativamente.
19
A experiência pode mudar o mapa?
Após a amputação
Na primeira imagem o mapa correspondente de cada dedo está representado de
forma proporcional.
Após a amputação as áreas referentes à D2 e D4 se expandiram ocupando o
espaço do dedo amputado.
20
Treinamento com Recompensa
O treinamento consiste na liberação da banana somente quando um dos dedos D2
ou D3 toca a parte preta do disco em rotação.
21
A experiência pode mudar o cérebro adulto. Nas imagens abaixo vemos o mapa
somatotópico antes da estimulação.
Após treinamento com recompensa
Como podemos observar, as áreas referentes aos dedos D2 e D3 aumentaram no
mapa somatotópico sensorial em função do treinamento com recompensa.
22
Como podemos verificar no trabalho acima, A exposição passiva à sons não altera
o cérebro adulto. Para que a possibilidade de alteração cerebral se faça é
necessário “escuta”.
De Villers-Sidani et al., J Newrosc 2007
23
Como podemos observar o aumento da área azul clara no treinamento com atenção
e foco.
Kilgard and Merzenich, Science 1998
24
Como podemos observar, o aumento da área azul clara foi significativo quando o
treinamento com recompensa foi introduzido.
Bao et al, Nature 2001
25
Conclusão:
A plasticidade dos mapas corticais depende de:
- Atenção e Foco;
- Recompensa;
- Repetições
A imagem abaixo mostra o aumento de interneurônios, identificados como de papel
importante na regulação da plasticidade sináptica córtico-estriatal.
(Centonze et al., 2003)
Rato
Jovem
Rato Idoso
após
Treinamento
Rato
Idoso
26
(1) R. G. Collingwood, 1945. The Idea of Nature, Oxford: Oxford University
Press,. S. Westfall, 1977. The Construction on Modern Science: Mechanisms
and Mechanics. Cambridge: Cambridge University Press, 1990.
(2) J Muller, 1838. Handbuch der Physiologic des Menschen, V.5, Coblens,
reimpresso em R. J. Herrnstein e E. G. Boring, orgs, 1965. A Source Book in
the History of Psychology. Cambridge, MA: Harverd University Press, 26-33.
(3) K. Murata, H. Cramer e P. Bach-y-Rita, 1965. “Neuronal Convergence of
noxious, acoustic and visual stimuli in the visual cortex of the cat”. Journal of
Neuro-Physiology, 28 (6): 1223-39; P. Bach-y-Rita , 1972. Brain Mechanisms
in Sensory Substituition. Nova York: Academic press, 43-45,54.
(4) P. Bach-y-Rita, 1967. “Sensory plasticity: Applications to a vision substituition
system”. Acta Neurologica Scandinavica, 43:417-26
(5) Maurice Ptito, do Canadá, em colaboração com Ron Kupers, da Universidade
de Arhus, Dinamarca.
(6) D. O. Hebb, 1949. The Organization of Behaviour: A Neuropsychological
Theory. Nova York: John Wiley & Sons, 62.
(7) Freud, 1888: “Lei da associação por simultaneidade”. P. Amacher, 1965.
Freud’s Neurological Education and its Influence on Psychoanalythic.
27
1.5. Fisiologia do hipotálamo
O hipotálamo é uma estrutura diencefálica que se comporta como uma
verdadeira encruzilhada neuro-hormonal, porque representam o centro integrador e
o centro de convergência do sistema nervoso e do sistema endócrino.
O hipotálamo mantém diretamente conexões nervosas com a neuro-hipófise,
através do trato hipotálamo-hipofisiário.
A função hipotalâmica, no complexo mecanismo funcional do organismo, é
uma das mais significativas, pois interfere, direta ou indiretamente, na regulação dos
atos da vida psíquica e somática.
A importância fisiológica do hipotálamo, é muito diversificada, por isto, ele
pode ser considerado e estudado como diversos centros.
1. Centro parassimpático
2. Centro simpático
3. Centro cardiovascular
4. Centro metabólico
a. Centro da fome
b. Centro da saciedade
c. Centro da sede
d. Centro antidiurético
5. Centro termoregulador
6. Centro de vigília
7. Centro endócrino
8. Centro emocional
9. Centro sexual
O hipotálamo pode ser considerado o órgão mais importante do corpo, porque
trabalha para manter a homeostase, isto é, manter o equilírio de seu meio interno.
Uma descrição global, será necessária para destacar a sua importância.
1. Centro parassimpático – é responsável por movimentos tais como:
a. Secreção salivar
b. Secreção gastro-intestinal
c. Aumento do peristaltismo gastro-intestinal
28
d. Contração da bexiga
e. Bradicardia
f. Hipotenção arterial
g. Miose
2. Centro simpático – resultam fenômenos tais como:
a. Midriase
b. Sudorese
c. Piloereção
d. Taquicardia
e. Vasoconstricção
f. Hipertensão arterial
g. Inibição do peristaltismo gastro-intestinal
h. Inibição do colo, do reto, da bexiga, do útero
i. Secreção de adrenalina
j. Hiperglicemia
3. Centro Cardiovascular – regulador das atividades do coração e dos vasos
sanguíneos
4. Centro Metabólico – relacionado com a fome, a saciedade, sede, excreção
de água por via renal, e participa dos reflexos por exemplo: lamber dos
lábios, de deglutir, etc
5. Centro Termoregulador – regula a temperatura corporal
6. Centro da Vigília – regulador do ritmo vigília-sono
7. Centro Endócrino – além de segregar hormônios tais como: ADH e
Ocitocina, elabora uma série de fatores liberadores, que são substâncias
neurosecretoras que regulam a produção dos homônios adeno-
hipofisiários. Os fatores liberadores são:
a. SRF (fator liberador somatotrófico)
b. TRF (fator liberador tireotrófico)
c. CRF (fator liberador corticotrófico)
d. GRF (fator liberador gonadotrófico)
8. Centro emocional – o hipotálamo representa o centro de elaboração e
exteriorização das emoções
29
9. Centro Sexual – o hipotálamo fabrica vários fatores liberadores que
regulam a elaboração dos hormônios gonadotróficos
Somos centros receptivos
Como os seres viventes somos uma espécie de “antena”, sensíveis às vibrações, às
ondas dos sons; sendo o som todo movimento dentro Universo e vivendo dentro
deste mundo de interferências eletromagnéticas, de ruídos incessantes de
máquinas, de músicas com ritmos harmônicos ou dissonantes em nível orgânico.
Estamos recebendo e emitindo ondas harmônicas e dissociadas em nosso
organismo e em tudo o que nos circunda.
As células de nosso corpo ressoam automaticamente às vibrações recebidas e cada
célula do corpo tem frequência característica, na qual tanto absorvem como emitem
vibrações ou ondas; podemos perceber a desestruturação que pode causar por
exemplo, a vibração forte de uma geleira, ou as vibrações da música dentro de uma
discoteca.
Os deficientes auditivos, desenvolvem a percepção das virações que se dão tanto
em nível interno como externo; se bem que não escutam os sons externos,
conhecem bem o próprio som e ritmo interior. Para conectar-se com o mundo
exterior, necessitam desenvolver a percepção vibratória, a sensibilidade para
perceber as ondas de cada um dos movimentos do universo. Por esta razão, um
surdo não conseguirá permanecer, mais que uns poucos minutos dentro de uma
discoteca; eles perceberão facilmente um ruído perturbador na rua. Isto sucede
igualmente com os cegos, já que incapacitados visualmente se veem na obrigação
de recorrer a mecanismos perceptivos que normalmente não desenvolvemos.
30
CAPÍTULO 2: A VISÃO DA BIODANZA
2.1. O que é o ritmo em Biodanza
É a sucessão regular, periódica, cadenciada do movimento. Ritmo é ordem. O
movimento rítmico se caracteriza por ser cadenciado e preciso e por induzir auto-
afirmação.
O sistema vivente humano possui muitos e diversos ritmos: do coração, da
respiração, da digestão, dos rins. O sistema nervoso possui diversos ritmos. Os
ritmos asseguram a autonomia do organismo.
O ritmo é a manifestação musical mais primitiva, anterior à melodia e à
harmonia.
A musica rítmica pode facilitar a mudança dos ritmos biológicos. Assim, um
depressivo pode se animar e um hipercinético se tranquilizar.
Do ponto de vista da complexidade da resposta corporal solicitada, o ritmo é
considerado o critério musical mais primitivo. Em ordem de complexidade crescente
se situam a melodia e a harmonia. O ritmo ativa o centro instintivo.
O Sistema Biodanza está fundamentado na Vivência: que é a ressonância
interna à partir de um estímulo musical externo.
Segundo Sanclair Lemos: “dois fatores impedem a Vivência: o medo e o ego”.
O Ego só existe porque existe o outro.
“O homem se torna Eu na relação com o Tu”. (Martin Buber)
“Assim que percebe a distancia entre o Eu e o Tu, surge o chamado impulso
de criação, pelo qual o ser humano, ao se encontrar vivendo com os outros, passa a
ter a necessidade de criar- coisas e a si próprio”. (Martin Buber)
É por isso que Rolando Toro recomenda que todo facilitador com grupo
regular faça parte, como aluno, de um grupo regular. Essa alternância rítmica entre
facilitador e aluno permite a atualização do processo vivencial e inibe o
desenvolvimento de um ego exacerbado, facilitando a “escuta”.
31
Em Biodanza, o primeiro estágio de integração corporal é a integração
sensório (auditivo)-motora: adaptação motora a diversos tipos de ritmo. Estágios
sucessivos são a integração melódica, a expressão da emoção e a identificação com
a música (transe musical).
A capacidade de dançar o ritmo de uma música revela o grau de integração
ou adaptação entre os estímulos que chegam do exterior e as próprias respostas
motoras. Além disso, os ritmos têm um efeito extraordinário sobre o humor
endógeno.
Alguns resultados evidentes são a elevação do humor nas pessoas com
tendências depressivas e a desaceleração nas pessoas geralmente aceleradas. Em
síntese, se obtém uma progressiva harmonização dos estados de ânimo.
É importante propor inicialmente ritmos simples, e só depois passar a ritmos
mais complexos. A dificuldade de dançar no ritmo pode ser enfrentada com o
aprendizado e a prática.
Em Biodanza propomos dois tipos de movimentos rítmicos:
- Centrais: tem efeito colinérgico, induzem ao transe.
- Periféricos: têm um efeito adrenérgico, induzem o aumento da consciência
em si mesmo e do mundo.
32
2.2. A Música na Biodanza
Carlos Garcia aponta como a música é entendida pela Biodanza. Na pesquisa
da Física Quântica para se descobrir a menor partícula da matéria, os cientistas
chegaram à conclusão de que todas as coisas são constituídas de vazio e vibração.
Que o Universo é constituído de vibração. Vibração é a luz, o som, é a matéria. Que
os sentidos são refinadíssimos sistemas de decodificação das diferentes qualidades
vibratórias. As emoções são o eco interno ou a forma de responder, também
vibrando, à tais vibrações. Se a vibração interna está em ressonância com a externa,
diz-se que se está em harmonia. Porem se o pulso externo é de uma frequência
diferente, que a pulsação interna diz-se que está em desarmonia. A pulsação
emocional se expressa aparentemente de duas formas: através do movimento
orgânico interno ou da grande dança bioquímica. Tem-se, então, o aumento ou
redução da pressão arterial, a liberação dos hormônios, o aumento ou diminuição da
umidade da pele, a ativação das glândulas, a aceleração ou lentificação da
frequência cardíaca, a variação da temperatura corporal, etc. Se expressa
externamente contraindo ou relaxando os músculos, preenchendo o espaço com o
deslocamento permanente e incontido dos corpos. Ambas são formas da mesma
pulsação silenciosa da vida. Carlos Garcia diz que se os estímulos externos são
dissociantes, o resultado e a resposta motora serão também dissociantes. Ao
contrário, se o que chega é harmonizador, imediatamente se organizam as funções
orgânicas e a resposta motora é suave e fluida:
“É esta a função primordial da música no Sistema Biodanza ou seja, servir de
estímulo harmonizador ao sistema vivo, semear nas pessoas a semente pulsante
que lhes devolve o ritmo e a melodia perdidos. E, tem-se a certeza de que a
semente germinou se surgir nelas o que chamamos de emoção. Cada emoção tem
ligação direta com cada ação que se tem na vida. O que quer dizer, em últimas
instância, que existem diferentes músicas para diferentes estados vivenciais . E é
por isso que é necessário se estruturar toda a semântica musical para abarcar o
imenso espectro das emoções humanas” (*)
(*) Carlos Garcia – Biodanza – A Arte de dançar a vida, 1988
33
2.3. O Universo do ritmo na Biodanza
O movimento de todos nós, desde o grande conjunto unitário chamado
Universo, se mantém vivo pela pulsação “harmônica” que existe entre cada um de
seus integrantes.
“Ritmo é pulsação vital” (FREGTMAN 1986. P.17 – WISNIK 1989. P.26 e esta
pulsação: dia-noite, frio-calor, atenção-dispersão, contração-dilatação; mesmo que
sendo opostas, se complementam e são mutuamente necessárias, para que a
pulsação, o intercâmbio e o equilíbrio existam. Isto significa que não pode existir a
pulsação se dois polos são iguais.
A proposta de autoregulação na linha da Vitalidade (atividade-repouso), é um
exemplo claro de equilíbrio rítmico, pois se trata de conseguir através das
“oposições”, a pulsação harmônica original tanto em nível individual como em
relação aos demais.
O processo de reaprendizagem de nossa função ou capacidade
autoreguladora, nos permite a aceitação e expressão de nossas emoções, obtendo
pulsações cada vez mais harmônicas.
Ao observarmos os exercícios preparatórios para a fluidez: Yin e Yang, é
outro exemplo de pulsação de elementos opostos que se complementam. Yang é o
masculino, a concentração, a fusão, a rapidez, a atividade, o pesado, a prontidão. O
Yin é o feminino, a expansão, a receptividade, a doçura, a leveza, a lentidão.
Propõe-se que com este exercício, encontrar em cada um de nós estas duas
polaridades para conseguir a fluidez.
A proposta da Biodanza, sobre o reaprendizado das funções originárias de
vida, sobre a busca, aceitação e respeito de nossas necessidades primordiais,
reaprender a fluir com as situações de nossas vidas e com o ritmo que nos rodeia,
pois o buscamos em nível natural e não sistemático. Esta reaprendizagem nos vai
permitindo viver “conectados” com nós mesmos, com os demais e com a natureza,
nas incessantes mudanças da rotina diária.
Dependemos do ritmo para pensar, sentir, movermos de maneira eficaz e
fluída, assim como para perceber adequadamente os estímulos exteriores e reagir
adequadamente à eles.
34
O ritmo, estrutura básica da música, é o equilíbrio que permite expressar o
inexpressável, é a base de todo o movimento humano no espaço, incluindo a
música.
“O espírito nobre do bambu vai sempre em frente. Como o tempo que jamais
volta, seu crescimento nunca se detém, nem retrocede. Em seu tronco, seus ramos,
suas folhas ou em suas enervações, nunca encontraremos direções opostas ou
convergentes: toda a sua energia se manifesta numa mesma direção, em uma
perseverante integridade. Seu ritmo inconsciente o leva a fixar sua meta alta, em
direção ao fundo único do Universo” – Maw Chyuan Wang
Nosso corpo é o ponto de partida de nossa percepção, da expressão de
nossos movimentos e da manifestação do ritmo.
Para Piaget: “Não existe intuição primitiva na percepção do tempo, pois o
tempo não se vê nem se percebe jamais, posto que contrariamente ao espaço ou à
velocidade, não se percebe com os sentidos... Somente se percebem os
acontecimentos, ou seja os movimentos e as ações, sua velocidade e seu
resultado”. Citado por DEFONTAINE – 1982 p.222
Então, se integrados corporalmente, conseguiremos aplicar em nossos
movimentos, a força adequada para conseguir as intensidades apropriadas ao
tempo e espaço em que nos encontramos.
Quando falamos, dançamos ao compasso de nossa voz, do movimento de
nossas mãos, do balanço da cabeça, do movimento dos olhos, do ritmo em que
respiramos; estaremos então, criando nossa própria polifonia cheia de sentidos.
Nossa receptividade se moverá de acordo com nosso relato. Este compartir de
ritmos, se dá em todas nossas expressões e quanto maior seja a intensidade e
fusão com o outro, maior será o compasso de nosso pulso vital.
Não existe um ritmo único vital, necessitamos de tempo e intensidades
diferentes, a hora do dia, os alimentos ingeridos, o estado emocional, são muitos
outros os fatores que intervêm.
“... A receptividade de um ritmo sonoro é melhor quando concorda com o
ritmo cardíaco” – Johann Sebastian Bach
“Bach observou que, para procurar a melhor sensação estética do auditório,
era necessário começar uma execução musical com um tempo mais lento na tarde
que pela manhã e que esta variação do tempo considerava as variações diurnas do
35
ritmo do pulso. Era necessário então, mudar segundo as circunstâncias da hora o
tempo de uma obra para dar-lhe mais rendimento”. Hannebert – 1968 .p51
“Um teórico do século XVIII sugeria que a unidade prática do ritmo musical, o
padrão regular de todos os andamentos, seria o pulso de uma pessoa de bom
humor, fogosa e leve, na tarde”. Citado por Danielou – 1978 .34
Podemos diferenciar dois tipos de pessoas: aquelas extremamente vitais em
todos os momentos do dia e que não conseguem viver com prazer instantes de
tranquilidade e repouso e aquelas extremamente tranquilas, parecendo que nada
nem ninguém as tiram de seu mundo cheio de paz e êxtase. Nestes dois extremos,
que encontramos justamente a incapacidade para conectar-se e aceitar as
mudanças de tempo e de intensidade em cada um dos atos, tanto em si mesmos
como no mundo que os cerca.
Não havendo pulsação vital as próprias necessidades e emoções não são
respeitadas , visto que não poderíamos estar em um eterno êxtase, nem na
produção constante para um futuro de prazer que chegará.
O ritmo é feed-back: é a retro-alimentação na comunicação entre duas ou
mais pessoas, a comunicação se fará pulsante entre um intercambio de
mensagens, as quais devem ser fundamentalmente diretas e claras; carregadas da
expressão autêntica e sincera da emoção, das necessidades de cada um ´emissor e
receptor. Se aceitamos e respeitamos nossas necessidades, se entramos em
contato com nossas emoções e conseguimos expressá-las, se vivemos em função
do presente – aqui e agora –, sem duvida estaremos sendo coerentes com nós
mesmos e com os que nos rodeiam, pois seremos emissores e receptores de
pulsações de vida. O desejo de transformação, de mudança implica em “escuta” e
flexibilidade. Deixaremos a busca do que não tem importância real e entraremos
onde nos abrem portas. Pulsaremos na força da autenticidade própria,
compartilhando as intensidades dos ritmos, percebendo os tempos e pulsando nos
nossos intercâmbios.
O ritmo está na base de todas as percepções. Sendo a percepção uma
atividade gnóstica, é então, uma atividade estruturadora, e não de uma forma
isolada, e sim da integração do campo perceptivo estruturado. O corpo é o ponto de
36
partida da percepção; o pensamento, onde são associadas e estruturadas todas as
percepções e a motivação capaz de modificar a estruturação da percepção;
pontuadas sempre por uma ação, uma forma de entrada e saída, um fluxo de
extensão-distensão, de carga e descarga.
Para o feto não existe silencio nem ausência de ritmo. Desde que cresce no
útero está em contato com o som do coração materno, dos movimentos peristálticos,
da voz da mãe com suas melodias e seus toques, das sensações rítmicas de tensão
e repouso sendo assim um traço de instauração das percepções. Quando ainda não
aprendeu a falar, mas já percebe a linguagem significativa ela é pura música: uma
linguagem onde se percebe o horizonte de um sentido que ainda não se discrimine
em símbolos isolados, mas que só se intui como uma globalidade em perpetuo
recolhimento, não verbal, intraduzível mas, a sua maneira, transparente.
“O homem faz música pelo mesmo motivo pelo qual dança ou pinta: para expressar
seus sentimentos, para pulsar sua emoção. Talvez a palavra adequada seja ” parir “
a emoção, já que o que se produz é um virtual nascimento de sons” -
Fregtman.1984 p.72
Para Fregtman, Halpern e Wisnik, internar-se nos sons é sentir e compreender a
expressão emocional de nós mesmos.
37
CAPÍTULO 3: A BIODANZA EM SINTONIA COM A CIENCIA
3.1 O ritmo e a progressividade na estruturação das aulas
Como podemos comprovar o ritmo e as vibrações estão presentes em muitos
trabalhos e pesquisas científicas como uma ferramenta poderosa de transformação.
O Sistema Biodanza se integra perfeitamente à esse contexto fazendo um link
multidiciplinar e costurando os diversos aspectos biológicos, fisiológicos e
psicológicos. Ao lermos diversos autores percebemos a perfeita sintonia.
“Tudo vibra na natureza. Pensando em doença, eu argumentei que doença é ‘des-
harmonia’, ‘des-tempero’, ‘dis-torção’, ‘dis-sonância’, ‘des-ilusão’, ‘des-conexão’
(fragmentação da psique). Eles são sinônimos da mesma coisa – não ser um todo,
conectado e integrado”. Jim Oliver
“Os sons específicos remetem-se às áreas específicas, mas a combinação dos sons
em ‘música’ é o que envolve as emoções. Sem cura no nível das emoções e da
alma não pode haver cura completa no corpo físico” Jim Oliver
“Usando o som, é possível fazer mudanças profundas nos padrões de ondas
cerebrais e estados de consciência, observáveis em equipamentos de mapeamento
de ondas cerebrais (EEG), bem como mudanças positivas no corpo, mensuráveis
através de testes de sangue, equipamento de biofeedback e outros procedimentos
sofisticados”, Dr Jeffrey Thompson
“A base da minha abordagem de curar através da música é empregar a sabedoria
de corpo/mente e a habilidade geneticamente programada de curar-se, ao
apresentá-las com as vibrações apropriadas. Minha intenção sempre foi usar a
música e o som para ajudar o corpo a entrar em seu estado natural de equilíbrio e
harmonia. Sabemos como equilibrar e curar a nós mesmos, se nos for dada a
oportunidade e o encorajamento para tal”. Steven Halpern, Ph.D.
“Eu só poderia crer num deus que soubesse dançar”. Nietzche
38
O conceito de “inconsciente Vital” foi proposto por Rolando Toro para referir-se à
cognição celular. Segundo Rolando, existe uma forma de psiquismo dos órgãos,
tecidos e células que obedece à um “sentido” global de autoconservação. Sendo a
origem dos fenômenos de solidariedade celular, criação de tecidos, defesa
imunológica e, em suma, ao acontecer exitoso do sistema vivente. Coordenando as
funções de regulação orgânica e homeostase e possuindo uma grande autonomia
em relação à consciência e ao comportamento humano. O ato da cura sendo
compreendido como um movimento para recuperar a sintonia vital com o Universo.
A sintonia entre a homeopatia e a Biodanza como processos vibracionais
convidando para um reequilíbrio homeostático através da ressonância de ecofatores
nutritivos e positivos.
Os exercícios lúdicos convidando para uma ressonância interna capaz de
resgatar a “criança livre” existente em cada um de nós na expressão do sorriso
autêntico de alegria (o sorriso de Duchenne).
A progressividade como ferramenta fundamental para uma mudança efetiva.
A recompensa pelo prazer do movimento e dos encontros como parte do
reaprendizado das funções originárias e da expansão da consciência. A sua
importância no caminho da radicalização das vivências e não estimulando a criação
de uma memória cenestésica. Essa memória que pode nos levar a pensar em um
movimento harmônico e fluido porque conseguimos fazer os movimentos básicos.
A importância das repetições, aliada à progressividade e à recompensa, como
base fundamental no caminho do aprofundamento e da radicalização.
O princípio Biocêntrico que sustenta a ideia do “Universo vivente”, mantém
uma perfeita coerência com a existência dos sistemas vivos e dentro da unidade
cósmica.
Não podemos deixar de falar nos neurônios espelho que foram descobertos
por acaso em 1994 na Universidade de Parma, Itália, pelos neurocientistas Giacomo
Rizzolatti, Leonardo Fogassi e Vittorio Gallese. Eles constataram que a simples
observação de ações alheias ativava as mesmas regiões do cérebro dos
observadores normalmente estimuladas durante a ação do próprio indivíduo. Ao que
tudo indica, nossa percepção visual inicia uma espécie de simulação ou duplicação
interna dos atos de outros (ver “Reflexo revelador”, Mente&Cérebro 161, 2006).
Vemos mais uma vez o poder da a ressonância através dos neurônios espelho.
39
A evolução do Universo é, na realidade, a evolução da vida.
O princípio Biocêntrico propõe a potencialização da vida e da expressão de
seus poderes evolutivos. Biodanza é, deste ponto de vista, uma poética do vivente,
fundada nas leis universais que conservam e permitem a evolução da vida. Todas as
ações de Biodanza se orientam em ressonância com o fenômeno profundo da vida.
“A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original”
Albert Einstein
40
3.2. Conclusões
Um simples caminhar altera o nosso estado psicológico que por conseguinte
altera o sistema neurológico que altera o endocrinológico que altera o imunológico e
por final a homeostase.
A harmonização rítmica nos exercícios básicos de vitalidade é fundamental. O
caminhar fisiológico, o caminhar a dois, o salto sinérgico, os jogos rítmicos e as
danças criativas rítmicas são fundamentais para a harmonização e a integração
rítmica de cada um dos participantes e o grupo, já que o primeiro passo para isso se
dá fundamentalmente em nível rítmico.
Nós seres humanos temos a capacidade de transformação. Transformamos a
natureza em objetos úteis, em substâncias benignas, somos capazes de mudar o
curso das águas. O importante é então, buscar a preservação de nossa vida,
tratando de viver mais em união com nossas necessidades primordiais, buscando
sermos indivíduos cada vez mais autênticos, desta forma emitiremos
vibrações/ondas cada vez mais harmônicas, para assim mudar pouco a pouco o
ambiente que nos rodeia.
Que essa integração rítmica nos permita exercitar a integração afetiva e a
“escuta” transformando em diálogos os monólogos comuns na comunicação entre
os seres humanos.
Sermos nós mesmos significa estarmos conectados com os ritmos e com os
fluxos orgânicos Universais.
41
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FELDENKRAIS, Moshe – Consciência pelo Movimento. Summus Editorial. 1977
FERREIRA, José Hamilton – De Corpo e Alma. Relações entre a Psicologia
Analítica de Jung e o Sistema de Biodança. Editora Olavobrás, 1997.
TORO, Rolando A. A Vivência. Apostila do Curso de Formação para Professores de
Biodanza, Escola Modelo de Biodanza Sistema Rolando Toro
_______________. Aspectos Fisiológicos de Biodanza. Apostila do Curso de
Formação para Professores de Biodanza, Escola Modelo de Biodanza Sistema
Rolando Toro
_______________. Aspectos Biológicos de Biodanza. Apostila do Curso de
Formação para Professores de Biodanza, Escola Modelo de Biodanza Sistema
Rolando Toro
_______________. Definição e Modelo Teórico de Biodanza. Apostila do Curso
de Formação para Professores de Biodanza, Escola Modelo de Biodanza Sistema
Rolando Toro
_______________. Movimento Humano. Apostila do Curso de Formação para
Professores de Biodanza, Escola Modelo de Biodanza Sistema Rolando Toro
_______________. O Inconsciente Vital e Princípio Biocêntrico. Apostila do
Curso de Formação para Professores de Biodanza, Escola Modelo de Biodanza
Sistema Rolando Toro

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O Ritmo e seu poder de Transformação | Bruno Martins

  • 1. 1 International Biocentric Foundation Associação Escola de Biodanza Rolando Toro do Rio de Janeiro O RITMO E SEU PODER DE TRANSFORMAÇÃO Bruno Silveira Martins 21 de Junho de 2013 Monografia apresentada à Associação Escola de Biodanza Rolando Toro do Rio de Janeiro, como requisito parcial para obtenção do título de Facilitador de Biodanza. Orientador: Sanclair Lemos Facilitador Didata de Biodanza pela International Biocentric Foundation Reg.
  • 2. 2 Monografia apresentada à Escola de Associação Escola de Biodanza Rolando Toro do Rio de Janeiro e aprovada pela comissão julgadora formada pelos didatas: ____________________________ ___________________________ Danielle Tavares Andrea Zattar Diretoras Associação Escola de Biodanza Rolando Toro do Rio de Janeiro International Biocentric Foundation Reg. RJ-0134 e Reg. RJ-0132 ________________________________________ Solange May Cuyabano de Barros Facilitadora Didata International Biocentric Foundation Reg. RJ nº 0140 Visto e Permitido a impressão. Rio de Janeiro, 21 de Junho de 2013 ____________________________ ___________________________ Danielle Tavares Andrea Zattar Diretoras Associação Escola de Biodanza Rolando Toro do Rio de Janeiro International Biocentric Foundation Reg. RJ-0134 e Reg. RJ-0132
  • 3. 3 AGRADECIMENTOS Dedico este trabalho e agradeço.... Alberto Tavares (in memoriam) – meu terapeuta, facilitador e amigo que ao longo de tantos anos me ajudou a descobrir as ferramentas para abrir os caminhos da minha vida. Sanclair Lemos – Meu querido amigo, facilitador, orientador e inspirador nos caminhos e ritos do coração, de transformação, sonhos, desejos e realizações. Dr Rogério Panizzutti – Pela ajuda no fornecimento de material e conhecimentos sobre neurociência e plasticidade cerebral. Dr. Marcio Barbosa Godinho e Dra. Patrícia Gomes Almeida – Pelo fornecimento de material e conhecimentos sobre homeopatia. Andréa Zattar e Danielle Tavares – Minhas facilitadoras competentes que me estimularam e convidaram e entrar por esta porta e me tornar um facilitador. Luciana Pinto – Minha supervisora sempre atenciosa e carinhosa no seu trabalho de supervisão. Maria Cristina Maiolino – minha companheira e cúmplice que me ajudou e estimulou no desenvolvimento deste trabalho. Ao meus “amigos-alunos” do grupo regular que acreditaram e confiaram em mim e fazem parte dessa rede afetiva na minha vida.
  • 4. 4 RESUMO Este trabalho tem como objetivo apresentar os recentes avanços referente às descobertas sobre a plasticidade cerebral, como resgatá-la ou ampliá-la e como a Biodanza pode fortalecer esse processo. Tendo a música e o ritmo como ferramentas fundamentais ABSTRACT This Study aims to present the recent advances concerning discoveries about brain plasticity, how to rescue it or expand it and how Biodanza may strengthen this process. Being music and rhythm its fundamental tools.
  • 5. 5 SUMÁRIO Página Introdução ......................................................................................... 06 CAPÍTULO 1: ASPECTOS CIENTÍFICOS 1.1. A ressonância...................................................................................... 08 1.2. A Homeopatia – um tratamento vibracional......................................... 09 1.3. O Sorriso de Duchenne ...................................................................... 10 1.4. A Neurociência e a Plasticidade Cerebral ........................................... 14 1.5. Fisiologia do hipotálamo.......................... ........................................... 27 CAPÍTULO 2: A VISÃO DA BIODANZA 2.1. O que é o ritmo em Biodanza........................................................... 30 2.2. A música na Biodanza...................................................................... 32 2.3. O Universo do ritmo na Biodanza..................................................... 33 CAPÍTULO 3: A BIODANZA EM SINTONIA COM A CIÊNCIA 3.1. O ritmo e a progressividade na estruturação das aulas …..………… 37 3.2. Conclusões ………………………………………………………………… 40 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 41
  • 6. 6 INTRODUÇÃO Ritmo: A rítmica é uma ciência do ritmo que objetiva desenvolver e harmonizar as funções motoras e ordenar os movimentos corporais no tempo e no espaço. Vibração: É o movimento de um ponto oscilando em torno de um ponto de referência. A amplitude do movimento é indicada em milímetros, polegadas ou graus. O número de vezes que ocorre o movimento completo em determinado tempo é chamado de Frequência em geral indicada em Hertz (Hz). Tudo está em movimento na natureza e por consequência vibra. Em pesquisas de Física Quântica, aplicadas á sistemas microscópicos, cientistas concluíram que a matéria não é contínua e possui também vazio e vibração. Que os sentidos são refinadíssimos sistemas de decodificação de diferentes propriedades vibratórias. Baseado nestes conceitos, fica clara a importância que o ritmo tem em nossa vida, tanto através de influências externas quanto internas. O seu desenvolvimento e aperfeiçoamento torna-se muito importante, pois o ser humano é dependente do ritmo para todas as atividades que for realizar, como na vida diária, profissional, desportiva, social e de lazer. Nosso sistema humano possui muitos e diversos ritmos: do coração, dos rins e de todos os órgãos bem como a respiração, a digestão e outros. O sistema nervoso possui diversos ritmos que asseguram a autonomia orgânica.(*) O ritmo aparece de forma espontânea nos movimentos de uma criança que através de seus deslocamentos, expressa sua alegria, move os braços ao compasso de seus saltos que com frequência vêm acompanhados de sons inventados. Os ritmos corporais, espontâneos, são vivenciados de maneira instintiva, mas vão se transformando a partir do momento em que começamos – nós adultos – a querer integrá-los nos ritmos inorgânicos de nossas vidas. Do ponto de vista da complexidade da resposta corporal, o ritmo é considerado o critério musical mais primitivo. Em ordem de complexidade crescente se situam a melodia e a harmonia. A capacidade de dançar no ritmo de uma musica revela o grau de integração ou adaptação entre os estímulos que chegam do exterior e as próprias respostas motoras. O ritmo depende, em primeiro lugar, da capacidade de “escuta”.
  • 7. 7 Desde muito cedo aprendemos a reprimir nossas necessidades básicas e permanecemos indiferentes aos nossos tempos orgânicos. Desligados dos ritmos do Universo, nos afastamos de nossos ritmos pessoais ou pelo contrário nos refugiamos neles. Ficamos não pertencentes a natureza e ao Universo. Como se não fizéssemos parte dele. A vida se converte num espetáculo do qual não participamos. “...o ritmo se faz sinônimo de movimento” (Defontaine – 1982. P. 213) O movimento permite o acesso ao ritmo, e este é vivenciado com o corpo inteiro. Quando falamos em corpo incluímos nele a mente e esta indissolubilidade corpo-pensamento põe em evidência o lugar essencial do ritmo em nosso trabalho. Queremos chamar a atenção que o ritmo representa uma ordem e portanto ajuda a organizar as pessoas. Deve ser vivenciado corporalmente não se tratando então de ensinamento mas, de resgate de aptidão natural. No primeiro capítulo, apresento aspectos científicos sobre vibração, ritmo e ressonância bem como os avanços a neurociência e da plasticidade cerebral. No segundo capítulo, apresento como o Sistema Biodanza utiliza o ritmo com seus efeitos fisiológicos, psicológicos e comportamentais. No terceiro capítulo, apresento como o Sistema Biodanza se integra perfeitamente aos aspectos relacionados nos capítulos 1 e 2.
  • 8. 8 CAPÍTULO 1: ASPECTOS CIENTÍFICOS 1.1. A Ressonância Ressonância é a capacidade de um corpo de vibrar a partir de vibrações produzidas por um outro corpo. Este fenômeno ocorre com todos os tipos de vibrações: mecânicas (acústicas), eletromagnéticas e funções de ondas em fase. Por exemplo, quando as cordas de um violão estão perfeitamente afinadas, ao se dedilhar o quinto traste da sexta corda, percebe-se que a quinta corda começa a vibrar simultaneamente com a sexta corda. A energia de uma corda se transmitiu à outra: diz-se, então, que a sexta corda entrou em ressonância com a quinta. Esse fenômeno ocorre em toda a natureza. Tudo na natureza vibra. Em toda matéria há uma estrutura atômica com um núcleo com elétrons e prótons circulando em um padrão específico “harmônico- ressonante”. No nível do átomo, sabemos que os elétrons giram em torno do núcleo em orbitais energeticamente definidos. Para um elétron saltar para uma orbita mais elevada, é preciso que ele receba um quantum de energia com frequência específica. Da mesma forma quando ele desce para uma orbita de menos energia é necessário que ele emita um quantum de energia com frequência também específica. Essa frequência específica é chamada “frequência atômica ou ressonante”. Poderíamos citar vários exemplos como o do forno de micro-ondas que faz com que os alimentos entrem em ressonância com uma frequência de micro-ondas gerada pelo forno e aquecê-los transmitindo essa energia às suas moléculas ou o exemplo do cristal que exposto à uma determinada frequência e intensidade entra em ressonância e se quebra. A ressonância potencializa a energia. “A ressonância harmônica de sons é uma forma de restaurar o equilíbrio a harmonia e a vitalidade, ao oferecer música e sons que irão ressoar conosco, de forma a apresentar um ‘modelo musical de nós mesmos’ em estado vibrante e ressonante”. Dr Hans Jenny – Cymatics Vol II – 1972
  • 9. 9 1.2. A Homeopatia – um tratamento vibracional A homeopatia é uma das formas mais básicas de medicina vibracional atualmente em uso. Modo de ação medicamentoso: o remédio é escolhido na sua capacidade de estimular e reequilibrar o indivíduo proporcionando-lhe uma dose de energia sutil da frequência necessária. Se a frequência do remédio combinar com o estado de doença do paciente, uma ressonante frequência de energia permitirá que o sistema bioenergético do paciente realmente assimile a energia necessária, livre-se das toxinas e ganhe um novo ponto de equilíbrio de saúde. O processo é casar empiricamente a frequência do extrato da planta com a frequência da doença. Descobriu-se que quanto maior a diluição, mais eficaz era o medicamento e chamou-se essa técnica de “potencialização”. No processo de potencialização homeopática a diluição progressiva remove os elementos moleculares da planta. A parte ativa do remédio não tem existência física, contendo apenas a frequência energética ou “assinatura vibracional” da planta a partir do qual foram preparados. A diluição progressiva, no processo de potencialização, faz com que após a 11ª diluição (11C) não exista nenhuma identificação molecular do extrato inicial. A homeopatia não trata da inibição de sintomas ou efeitos, ela trata a potencialização da energia vital capaz de recuperar o equilíbrio orgânico e consequentemente eliminar os sintomas. Richard Gerber, M.D.– Medicina Vibracional – Uma medicina para o futuro.
  • 10. 10 1.3. O Sorriso de Duchenne Em 1967, um jovem de São Francisco partiu em busca de algum povo aborígene que vivesse tão isolado que perecesse pertencer a outro planeta. Existiriam ainda pessoas que jamais tivessem recebido um visitante estrangeiro, que não conhecessem nenhuma escrita, muito menos imagems de TV? Paul Ekman tinha certeza de que não lhe restava muito tempo, talvez somente uns poucos anos antes que sinais de telégrafo, estradas ou aviões alcançassem também essas remotas aldeias nas selvas virgens. Naquele tempo, Papua-Nova Guiné era considerada um fim de mundo – uma ilha que tinha a fama de ser habitada por caçadores de cabeças e canibais. Ekman, então com 33 anos partiu sozinho rumo à idade da Pedra. Sua intenção não era a de enriquecer as bibliotecas antropológicas com novas descobertas. Ele queria pesquisar algo comum a todos os seres humanos: o mistério do sorriso. (1) Não havia muito mais a descobrir sobre a mímica facial, alertaram alguns colegas. A mãe sorri para o seu bebê, o bebê a imita e devolve o sorriso – era simples a gênese das emoções, pensava-se então. Há mais de trinta anos, quando Ekman partiu, ninguém ousava desmentir a tese de que o homem vem ao mundo como uma espécie de folha em branco, uma tabula rasa. Considerava-se que a criança era como um recipiente vazio no qual os pais e o ambiente vertiam conhecimentos e os comportamentos. Imaginava-se que da mesma forma, as expressões da fisionomia humana eram apreendidas da infância. Para Ekman os sentimentos podiam ser inatos. Será que não existe em nossos cérebros uma espécie de comando para o sorriso? Neste caso, todas as pessoas do mundo teriam que mostrar a mesma expressão facial quando postas em situações similares. Algo assim já havia sido sugerido por Charles Darwin(2). Ekman, então, com uma mochila nas costas carregava filmadoras, gravadores de som e quadros com fotos de varias pessoas. Um nativo lhe servia de guia. Depois de algumas semanas, chegaram a regiões então jamais pisadas por um homem branco. Era onde vivia um povo chamado fores. As mulheres usavam aventais de capim; os homens, tangas de casca de árvore. Receberam amavelmente o pesquisador e seu acompanhante.
  • 11. 11 Sentou no meio da pequena aldeia e desembrulhou o gravador. Nunca antes aquelas pessoas tinham visto uma caixa tão brilhante. Dentro dela haviam duas esferas que giravam sem que nada as empurrasse. E, de repente, os fores ouviram suas próprias vozes! As bocas se entreabriram, as sobrancelhas se elevaram ligeiramente, os olhos brilharam: eles estavam sorrindo. Aparentando demonstrar entusiasmo com a surpresa. Por trás da roda de pessoas, o guia de Ekman filmava tudo: a primeira prova de que indivíduos do outro lado do mundo sorriem da mesma forma que nós. A partir daí, os fores não saíram mais do lado de Ekman; o rodeavam antes mesmo dele acordar, esperando, curiosos, a surpresa do dia. Algumas ele partia com uma faca de borracha para cima das crianças, de modo que seu ajudante pudesse filmar as expressões de susto. Certa vez, mostrou retratos de americanos alegres e tristes e pediu que o guia perguntasse qual das pessoas ali retratadas estava na expectativa da morte do filho. Os fores foram unânimes em apontar o rosto triste, indicando que compreendiam sem dificuldade o significado daquela expressão, ainda que jamais tivessem visto aquela face. Quando voltou para os Estados Unidos, depois de quatro meses na selva, começou a selecionar as imagens. Não tinha dúvidas: os rostos dos fores mostravam expressões semelhantes às de qualquer indivíduo ocidental. Os povos podem falar idiomas diferentes, mas a expressão facial de seus sentimentos se dá da mesma maneira – sejam nativos do planalto da Nova Guiné, sejam habitantes de São Francisco. Com essa descoberta Ekman desfez dois equívocos com uma só tacada. Em primeiro lugar, seria difícil continuar afirmando que as crianças aprendem todas as suas emoções com as pessoas que estão à sua volta. Se fosse assim, tal como “alegria” é joy em inglês e gaosing em chinês, encontraríamos tipos diferentes de sorriso entre os povos. Uma vez que a mímica facial é a mesma em todos os lugares, as emoções elementares e o modo como nós as manifestamos devem ser inatos. É verdade que existem povos mais expressivos e outros mais reservados quanto a manifestação das emoções, mas todos exteriorizam alegria, aflição, medo e raiva de formas muito parecidas. Os cegos de nascimento sorriem espontaneamente, embora jamais tenha podido observar e copiar as expressões faciais de outras pessoas. Afinal, Charles
  • 12. 12 Darwin, em um tratado sobre a fisionomia humana, já propusera que se fizessem experimentos em um instituto para cegos. Mas essa obra do grande biólogo, logo caiu no esquecimento. Decididamente, o mundo da ciência não está a salvo de preconceitos. (3) A segunda linha de investigação de Ekman com suas filmagens dos rictos faciais dos fores consistiu em demonstrar que os sentimentos podem ser objeto de pesquisa científica.Tentar entender sentimentos era então coisa de filósofos e poetas. Ekman demonstrou que o estudo experimental das vivências íntimas era possível. Encorajado pelo sucesso, montou um sistema para codificar as manifestações emocionais em números e tabelas. Para isso, decompôs a linguagem mímica em seus elementos mais simples. Associou cada ricto a um número. Assim, 9 poderia significar “torcer o nariz” e 15 “apertar os lábios”. Tinha agora condições de reproduzir até mesmo as caretas mais debochadas. Assim ele descobriu que há 19 maneiras diferentes de sorrir. Dezoito delas não são genuínas, mas mesmo assim nos são muito úteis: servem como máscara quando não queremos que os outros saibam toda a verdade sobre nossos sentimentos. Existe um sorriso com o qual nos mostramos educadamente constrangidos ao ouvir uma piada de mau gosto; outro sorriso de algo que não queremos. Nestes casos, quem geralmente entra em ação é o músculo zigomático (musculus zygomaticus major). Só existe um tipo de sorriso genuíno. É aquele em que os cantos da boca se erguem, as pálpebras se apertam, aparecem rugas em torno do canto do olho e as partes superiores das maçãs do rosto se elevam ligeiramente. A expressão da verdadeira felicidade inclui ainda uma contração dos músculos orbiculares das pálpebras. Ekman denominou esse ricto facial de “Sorriso de Duchenne” em homenagem ao fisiologista francês Guillaume-Benjamin Duchenne, que em 1862 realizou um estudo pioneiro do musculus orbicularis oculi, que circunda o olho. Com o sistema de números para rictos faciais, Ekman demonstrou que o sorriso de Duchenne é o único a exprimir a felicidade verdadeira. Por isso, o movimento do músculo orbicular é um sinal da alegria verdadeira(4). “Doces movimentos das emoções da alma” – era assim que Duchenne chamava essas contrações. Ele descobriu que se tratava de movimentos em boa
  • 13. 13 parte involuntários – essa a razão pela qual muitas vezes acabamos fazendo expressões tão lamentáveis quando ouvimos um “sorria por favor”. Apenas 10% das pessoas dominam seus músculos faciais o suficiente para produzir um sorriso de Duchenne de forma intencional e sem treinamento especial. É muito difícil controlar adequadamente as reações faciais e dominar os sentimentos. (1) Ekman em “Facial expressions”, 1999 e “Facial expression and emotion, 1993. (2) Charles Darwin, “A expressão das emoções no homem e nos animais”. (3) Ito e Cacioppo, 2000 (4) Ekman e outros, 1990
  • 14. 14 1.4. A Neurociência e a Plasticidade Cerebral Nas Últimas quatro décadas a neurociência e a genética tem experimentado enorme progresso. Até então presumia-se que a estrutura do cérebro era fixa e que nossos sentidos estavam rigidamente conectados. Esta concepção, que ainda tem muitos adeptos, é chamada de “localizacionismo”. Tem relação estreita com a ideia de o cérebro é uma máquina complexa, composta de peças, cada uma delas realizando uma função mental específica e com uma localização geneticamente predeterminada ou embutida. Um cérebro que é fisicamente estruturado e onde cada função mental tem uma localização estrita deixa pouco espaço para a plasticidade. A ideia de cérebro-máquina inspirou e norteou a neurociência desde que foi proposta no século XVII, substituindo concepções mais místicas de alma e o corpo. As descobertas de Galileu (1564-1642) mostrando que os planetas podiam ser compreendidos como corpos inanimados movidos por forças mecânicas, impressionaram os cientistas que passaram acreditar que toda a natureza funcionava como um relógio cósmico, sujeito às leis da física, e começaram a explicar cada ser vivo do ponto de vista mecanicista, inclusive nossos órgãos corporais, já que também eram máquinas. Este conceito substituiu o grego de 2 mil anos, segundo o qual toda a natureza era um vasto organismo vivo e nossos órgãos corporais , nada mais do que mecanismos inanimados(1). Willian Harvey (1578- 1657), que se inspirou em René Decartes (1596-1650) reforçaram a teoria mecanicista. O localizacionismo foi aplicado também aos sentidos: teorizou-se que cada um de nossos sentidos – visão, audição, paladar, tato, olfato, equilíbrio – dispõe de um tipo de célula receptora especializada em detectar uma das varias formas de energia que nos cercam(2). Quase isolado de seus colegas, Paul Bach-y-Rita especializou-se em - medicina, psicofarmacologia, neuro fisiologia ocular e visual e engenharia biomédica – e rejeitava as alegações do localizacionismo. Descobriu que nossos sentidos tem uma natureza inesperadamente plástica, e que se um deles sofre algum dano, outro pode assumir o seu lugar num processo que chamou de “substituição sensorial”.
  • 15. 15 Desenvolveu meios de estimular a substituição sensorial e dispositivos que nos dão “supersentidos”. Ao descobrir que o sistema nervoso pode se adaptar a enxergar com a câmera em vez da retina, estabeleceu as bases da maior esperança para os cegos: os implantes de retina, que podem ser inseridos cirurgicamente nos olhos. “Vemos com o cérebro e não com os olhos” diz ele. O localizacionismo sério foi proposto pela primeira vez em 1861, quando Paul Broca, um cirurgião, teve um paciente que, depois de um derrame, perdeu a capacidade de falar. Após sua morte Broca dissecou seu cérebro e descobriu lesões no tecido do lobo frontal esquerdo. Essa área passou depois a ser chamada de “Area de Broca”. Seguindo o mesmo caminho Carl Wernicke, relacionou o dano em outra área do cérebro à incapacidade de entender a linguagem. Wernicke propôs que essa área danificada era responsável pelas representações mentais das palavras e pela compreensão e veio a ser chamada de “Área de Wernicke”. Nos cem anos seguintes, à medida que novas pesquisas refinavam o mapa cerebral, o localizacionismo tornou-se mais específico, começando então uma idade das trevas para a plasticidade. Novamente Bach-y-Rita, no ínicio da década de 1960, participando, na Alemanha, de uma equipe que estudava como a visão funcionava, medindo com eletrodos as descargas elétricas da área de processamento visual do cérebro de um gato. Quando alguém da equipe, por acidente, roçou a pata do gato, a área visual também se ativou indicando que também processava o tato(3). A equipe descobriu que a área visual também era ativada quando o gato ouvia sons. Quarenta anos atrás, justo quando o império do localizacionismo tinha atingido seu ápice, Bach-y-Rita começou seu protesto. Ele reconhecia os méritos do localizacionismo, mas argumentava que “um grande conjunto de evidências revela a plasticidade motora e sensorial do cérebro”(4), Um de seus artigos foi seis vezes rejeitado para a publicação pelos periódicos porque ousou usar a palavra “plasticidade” no título. Bach desenvolveu um dispositivo que através de uma tira de plástico, coberta de eletrodos, do diâmetro de uma moeda de um dolar que conectava uma câmera ao cérebro. A língua é o que ele chamava de “Interface máquina-cérebro” ideal por ser um ponto de acesso ao cérebro e não possuir uma camada sensível de pele morta. Trinta anos depois do artigo de Bach ser publicado na Nature, os cientistas que usam uma versão moderna do seu dispositivo para a
  • 16. 16 visão tátil submeteram pacientes a tomografia e confirmaram que as imagens táteis que entram pela língua são, na verdade, processadas no córtex visual do cérebro(5). Os implantes cocleares vieram na esteira desse conhecimento. Michael Merzenich é uma força motriz por trás de uma série de descobertas sobre a neuroplastia. Sua especialidade é a de melhorar a capacidade das pessoas de pensar e perceber, modelando o cérebro por meio do exercício de áreas de processamento específico, chamadas de mapas cerebrais, de modo que elas realizem um trabalho mental mais intenso. Ele também mostrou, com ricos detalhes científicos, como essas áreas de processamento se transformam. Dentre os neurocientistas com sólidas credenciais em ciência básica, foi Merzenich quem fez as alegações mais ambiciosas: os exercícios mentais podem ser tão úteis quanto as drogas no tratamento de doenças graves como a esquizofrenia; a plasticidade existe do berço ao túmulo; e é possível obter melhoras radicais no funcionamento cognitivo – como aprendemos, pensamos, percebemos e nos lembramos – mesmo nos idosos. Para tentar compreender esse processo Merzenich invocou as ideias do canadense Donald O. Hebb, psicólogo comportamental que tinha trabalhado com Penfield. Em 1949, Hebb propôs que a aprendizagem criava novas ligações entre neurônios(6). Propôs que quando dois neurônios se ativam ao mesmo tempo e repetidamente (ou quando um se ativa, ele leva o outro a se ativar), ocorrem mudanças químicas em ambos, de modo que os dois tendem a se conectar fortemente. O conceito de Hebb (proposto por Freud 60 anos antes) foi bem resumido pela neurocientista Carla Shatz: Neurônios que disparam juntos se ligam entre si(7). Hebb foi o primeiro a propor o conceito de ambiente enriquecido definido como: uma combinação de estimulação visual inanimada, estimulação social e estímulos motores que contribuam para o aumento da atividade física espontânea dos indivíduos. O Sistema nervoso, tem como elemento básico o neurônio, é constituído da seguinte forma: Sistema nervoso central (cérebro, cerebelo, medula espinhal e órgãos dos sentidos) e Sistema nervoso periférico ou autônomo (nervos e gânglios). O sistema nervoso central esta organizado em regiões topográficas formando verdadeiros mapas codificadores, isto é, há um “mapa” celular dentro do sistema nervoso central que quando ativado, codifica o tipo de sensação que esta sendo
  • 17. 17 recebida – dessa forma há um mapa somatotópico, tonotópico, retinotópico, e assim por diante. Estes mapas foram identificados e classificados por Penfield – “Humúnculo Sensorial e Humúnculo Motor de Penfield”. Mapa Somatotópico Como podemos observar na imagem acima, para cada dedo existe uma área somatosensória no córtex
  • 18. 18 Mapa Somatotópico M Homúsculo sensorial A imagem acima mostra a correspondência dos órgãos no mapa. Podemos observar que as mãos e a boca são responsáveis pelas maiores áreas, relativamente.
  • 19. 19 A experiência pode mudar o mapa? Após a amputação Na primeira imagem o mapa correspondente de cada dedo está representado de forma proporcional. Após a amputação as áreas referentes à D2 e D4 se expandiram ocupando o espaço do dedo amputado.
  • 20. 20 Treinamento com Recompensa O treinamento consiste na liberação da banana somente quando um dos dedos D2 ou D3 toca a parte preta do disco em rotação.
  • 21. 21 A experiência pode mudar o cérebro adulto. Nas imagens abaixo vemos o mapa somatotópico antes da estimulação. Após treinamento com recompensa Como podemos observar, as áreas referentes aos dedos D2 e D3 aumentaram no mapa somatotópico sensorial em função do treinamento com recompensa.
  • 22. 22 Como podemos verificar no trabalho acima, A exposição passiva à sons não altera o cérebro adulto. Para que a possibilidade de alteração cerebral se faça é necessário “escuta”. De Villers-Sidani et al., J Newrosc 2007
  • 23. 23 Como podemos observar o aumento da área azul clara no treinamento com atenção e foco. Kilgard and Merzenich, Science 1998
  • 24. 24 Como podemos observar, o aumento da área azul clara foi significativo quando o treinamento com recompensa foi introduzido. Bao et al, Nature 2001
  • 25. 25 Conclusão: A plasticidade dos mapas corticais depende de: - Atenção e Foco; - Recompensa; - Repetições A imagem abaixo mostra o aumento de interneurônios, identificados como de papel importante na regulação da plasticidade sináptica córtico-estriatal. (Centonze et al., 2003) Rato Jovem Rato Idoso após Treinamento Rato Idoso
  • 26. 26 (1) R. G. Collingwood, 1945. The Idea of Nature, Oxford: Oxford University Press,. S. Westfall, 1977. The Construction on Modern Science: Mechanisms and Mechanics. Cambridge: Cambridge University Press, 1990. (2) J Muller, 1838. Handbuch der Physiologic des Menschen, V.5, Coblens, reimpresso em R. J. Herrnstein e E. G. Boring, orgs, 1965. A Source Book in the History of Psychology. Cambridge, MA: Harverd University Press, 26-33. (3) K. Murata, H. Cramer e P. Bach-y-Rita, 1965. “Neuronal Convergence of noxious, acoustic and visual stimuli in the visual cortex of the cat”. Journal of Neuro-Physiology, 28 (6): 1223-39; P. Bach-y-Rita , 1972. Brain Mechanisms in Sensory Substituition. Nova York: Academic press, 43-45,54. (4) P. Bach-y-Rita, 1967. “Sensory plasticity: Applications to a vision substituition system”. Acta Neurologica Scandinavica, 43:417-26 (5) Maurice Ptito, do Canadá, em colaboração com Ron Kupers, da Universidade de Arhus, Dinamarca. (6) D. O. Hebb, 1949. The Organization of Behaviour: A Neuropsychological Theory. Nova York: John Wiley & Sons, 62. (7) Freud, 1888: “Lei da associação por simultaneidade”. P. Amacher, 1965. Freud’s Neurological Education and its Influence on Psychoanalythic.
  • 27. 27 1.5. Fisiologia do hipotálamo O hipotálamo é uma estrutura diencefálica que se comporta como uma verdadeira encruzilhada neuro-hormonal, porque representam o centro integrador e o centro de convergência do sistema nervoso e do sistema endócrino. O hipotálamo mantém diretamente conexões nervosas com a neuro-hipófise, através do trato hipotálamo-hipofisiário. A função hipotalâmica, no complexo mecanismo funcional do organismo, é uma das mais significativas, pois interfere, direta ou indiretamente, na regulação dos atos da vida psíquica e somática. A importância fisiológica do hipotálamo, é muito diversificada, por isto, ele pode ser considerado e estudado como diversos centros. 1. Centro parassimpático 2. Centro simpático 3. Centro cardiovascular 4. Centro metabólico a. Centro da fome b. Centro da saciedade c. Centro da sede d. Centro antidiurético 5. Centro termoregulador 6. Centro de vigília 7. Centro endócrino 8. Centro emocional 9. Centro sexual O hipotálamo pode ser considerado o órgão mais importante do corpo, porque trabalha para manter a homeostase, isto é, manter o equilírio de seu meio interno. Uma descrição global, será necessária para destacar a sua importância. 1. Centro parassimpático – é responsável por movimentos tais como: a. Secreção salivar b. Secreção gastro-intestinal c. Aumento do peristaltismo gastro-intestinal
  • 28. 28 d. Contração da bexiga e. Bradicardia f. Hipotenção arterial g. Miose 2. Centro simpático – resultam fenômenos tais como: a. Midriase b. Sudorese c. Piloereção d. Taquicardia e. Vasoconstricção f. Hipertensão arterial g. Inibição do peristaltismo gastro-intestinal h. Inibição do colo, do reto, da bexiga, do útero i. Secreção de adrenalina j. Hiperglicemia 3. Centro Cardiovascular – regulador das atividades do coração e dos vasos sanguíneos 4. Centro Metabólico – relacionado com a fome, a saciedade, sede, excreção de água por via renal, e participa dos reflexos por exemplo: lamber dos lábios, de deglutir, etc 5. Centro Termoregulador – regula a temperatura corporal 6. Centro da Vigília – regulador do ritmo vigília-sono 7. Centro Endócrino – além de segregar hormônios tais como: ADH e Ocitocina, elabora uma série de fatores liberadores, que são substâncias neurosecretoras que regulam a produção dos homônios adeno- hipofisiários. Os fatores liberadores são: a. SRF (fator liberador somatotrófico) b. TRF (fator liberador tireotrófico) c. CRF (fator liberador corticotrófico) d. GRF (fator liberador gonadotrófico) 8. Centro emocional – o hipotálamo representa o centro de elaboração e exteriorização das emoções
  • 29. 29 9. Centro Sexual – o hipotálamo fabrica vários fatores liberadores que regulam a elaboração dos hormônios gonadotróficos Somos centros receptivos Como os seres viventes somos uma espécie de “antena”, sensíveis às vibrações, às ondas dos sons; sendo o som todo movimento dentro Universo e vivendo dentro deste mundo de interferências eletromagnéticas, de ruídos incessantes de máquinas, de músicas com ritmos harmônicos ou dissonantes em nível orgânico. Estamos recebendo e emitindo ondas harmônicas e dissociadas em nosso organismo e em tudo o que nos circunda. As células de nosso corpo ressoam automaticamente às vibrações recebidas e cada célula do corpo tem frequência característica, na qual tanto absorvem como emitem vibrações ou ondas; podemos perceber a desestruturação que pode causar por exemplo, a vibração forte de uma geleira, ou as vibrações da música dentro de uma discoteca. Os deficientes auditivos, desenvolvem a percepção das virações que se dão tanto em nível interno como externo; se bem que não escutam os sons externos, conhecem bem o próprio som e ritmo interior. Para conectar-se com o mundo exterior, necessitam desenvolver a percepção vibratória, a sensibilidade para perceber as ondas de cada um dos movimentos do universo. Por esta razão, um surdo não conseguirá permanecer, mais que uns poucos minutos dentro de uma discoteca; eles perceberão facilmente um ruído perturbador na rua. Isto sucede igualmente com os cegos, já que incapacitados visualmente se veem na obrigação de recorrer a mecanismos perceptivos que normalmente não desenvolvemos.
  • 30. 30 CAPÍTULO 2: A VISÃO DA BIODANZA 2.1. O que é o ritmo em Biodanza É a sucessão regular, periódica, cadenciada do movimento. Ritmo é ordem. O movimento rítmico se caracteriza por ser cadenciado e preciso e por induzir auto- afirmação. O sistema vivente humano possui muitos e diversos ritmos: do coração, da respiração, da digestão, dos rins. O sistema nervoso possui diversos ritmos. Os ritmos asseguram a autonomia do organismo. O ritmo é a manifestação musical mais primitiva, anterior à melodia e à harmonia. A musica rítmica pode facilitar a mudança dos ritmos biológicos. Assim, um depressivo pode se animar e um hipercinético se tranquilizar. Do ponto de vista da complexidade da resposta corporal solicitada, o ritmo é considerado o critério musical mais primitivo. Em ordem de complexidade crescente se situam a melodia e a harmonia. O ritmo ativa o centro instintivo. O Sistema Biodanza está fundamentado na Vivência: que é a ressonância interna à partir de um estímulo musical externo. Segundo Sanclair Lemos: “dois fatores impedem a Vivência: o medo e o ego”. O Ego só existe porque existe o outro. “O homem se torna Eu na relação com o Tu”. (Martin Buber) “Assim que percebe a distancia entre o Eu e o Tu, surge o chamado impulso de criação, pelo qual o ser humano, ao se encontrar vivendo com os outros, passa a ter a necessidade de criar- coisas e a si próprio”. (Martin Buber) É por isso que Rolando Toro recomenda que todo facilitador com grupo regular faça parte, como aluno, de um grupo regular. Essa alternância rítmica entre facilitador e aluno permite a atualização do processo vivencial e inibe o desenvolvimento de um ego exacerbado, facilitando a “escuta”.
  • 31. 31 Em Biodanza, o primeiro estágio de integração corporal é a integração sensório (auditivo)-motora: adaptação motora a diversos tipos de ritmo. Estágios sucessivos são a integração melódica, a expressão da emoção e a identificação com a música (transe musical). A capacidade de dançar o ritmo de uma música revela o grau de integração ou adaptação entre os estímulos que chegam do exterior e as próprias respostas motoras. Além disso, os ritmos têm um efeito extraordinário sobre o humor endógeno. Alguns resultados evidentes são a elevação do humor nas pessoas com tendências depressivas e a desaceleração nas pessoas geralmente aceleradas. Em síntese, se obtém uma progressiva harmonização dos estados de ânimo. É importante propor inicialmente ritmos simples, e só depois passar a ritmos mais complexos. A dificuldade de dançar no ritmo pode ser enfrentada com o aprendizado e a prática. Em Biodanza propomos dois tipos de movimentos rítmicos: - Centrais: tem efeito colinérgico, induzem ao transe. - Periféricos: têm um efeito adrenérgico, induzem o aumento da consciência em si mesmo e do mundo.
  • 32. 32 2.2. A Música na Biodanza Carlos Garcia aponta como a música é entendida pela Biodanza. Na pesquisa da Física Quântica para se descobrir a menor partícula da matéria, os cientistas chegaram à conclusão de que todas as coisas são constituídas de vazio e vibração. Que o Universo é constituído de vibração. Vibração é a luz, o som, é a matéria. Que os sentidos são refinadíssimos sistemas de decodificação das diferentes qualidades vibratórias. As emoções são o eco interno ou a forma de responder, também vibrando, à tais vibrações. Se a vibração interna está em ressonância com a externa, diz-se que se está em harmonia. Porem se o pulso externo é de uma frequência diferente, que a pulsação interna diz-se que está em desarmonia. A pulsação emocional se expressa aparentemente de duas formas: através do movimento orgânico interno ou da grande dança bioquímica. Tem-se, então, o aumento ou redução da pressão arterial, a liberação dos hormônios, o aumento ou diminuição da umidade da pele, a ativação das glândulas, a aceleração ou lentificação da frequência cardíaca, a variação da temperatura corporal, etc. Se expressa externamente contraindo ou relaxando os músculos, preenchendo o espaço com o deslocamento permanente e incontido dos corpos. Ambas são formas da mesma pulsação silenciosa da vida. Carlos Garcia diz que se os estímulos externos são dissociantes, o resultado e a resposta motora serão também dissociantes. Ao contrário, se o que chega é harmonizador, imediatamente se organizam as funções orgânicas e a resposta motora é suave e fluida: “É esta a função primordial da música no Sistema Biodanza ou seja, servir de estímulo harmonizador ao sistema vivo, semear nas pessoas a semente pulsante que lhes devolve o ritmo e a melodia perdidos. E, tem-se a certeza de que a semente germinou se surgir nelas o que chamamos de emoção. Cada emoção tem ligação direta com cada ação que se tem na vida. O que quer dizer, em últimas instância, que existem diferentes músicas para diferentes estados vivenciais . E é por isso que é necessário se estruturar toda a semântica musical para abarcar o imenso espectro das emoções humanas” (*) (*) Carlos Garcia – Biodanza – A Arte de dançar a vida, 1988
  • 33. 33 2.3. O Universo do ritmo na Biodanza O movimento de todos nós, desde o grande conjunto unitário chamado Universo, se mantém vivo pela pulsação “harmônica” que existe entre cada um de seus integrantes. “Ritmo é pulsação vital” (FREGTMAN 1986. P.17 – WISNIK 1989. P.26 e esta pulsação: dia-noite, frio-calor, atenção-dispersão, contração-dilatação; mesmo que sendo opostas, se complementam e são mutuamente necessárias, para que a pulsação, o intercâmbio e o equilíbrio existam. Isto significa que não pode existir a pulsação se dois polos são iguais. A proposta de autoregulação na linha da Vitalidade (atividade-repouso), é um exemplo claro de equilíbrio rítmico, pois se trata de conseguir através das “oposições”, a pulsação harmônica original tanto em nível individual como em relação aos demais. O processo de reaprendizagem de nossa função ou capacidade autoreguladora, nos permite a aceitação e expressão de nossas emoções, obtendo pulsações cada vez mais harmônicas. Ao observarmos os exercícios preparatórios para a fluidez: Yin e Yang, é outro exemplo de pulsação de elementos opostos que se complementam. Yang é o masculino, a concentração, a fusão, a rapidez, a atividade, o pesado, a prontidão. O Yin é o feminino, a expansão, a receptividade, a doçura, a leveza, a lentidão. Propõe-se que com este exercício, encontrar em cada um de nós estas duas polaridades para conseguir a fluidez. A proposta da Biodanza, sobre o reaprendizado das funções originárias de vida, sobre a busca, aceitação e respeito de nossas necessidades primordiais, reaprender a fluir com as situações de nossas vidas e com o ritmo que nos rodeia, pois o buscamos em nível natural e não sistemático. Esta reaprendizagem nos vai permitindo viver “conectados” com nós mesmos, com os demais e com a natureza, nas incessantes mudanças da rotina diária. Dependemos do ritmo para pensar, sentir, movermos de maneira eficaz e fluída, assim como para perceber adequadamente os estímulos exteriores e reagir adequadamente à eles.
  • 34. 34 O ritmo, estrutura básica da música, é o equilíbrio que permite expressar o inexpressável, é a base de todo o movimento humano no espaço, incluindo a música. “O espírito nobre do bambu vai sempre em frente. Como o tempo que jamais volta, seu crescimento nunca se detém, nem retrocede. Em seu tronco, seus ramos, suas folhas ou em suas enervações, nunca encontraremos direções opostas ou convergentes: toda a sua energia se manifesta numa mesma direção, em uma perseverante integridade. Seu ritmo inconsciente o leva a fixar sua meta alta, em direção ao fundo único do Universo” – Maw Chyuan Wang Nosso corpo é o ponto de partida de nossa percepção, da expressão de nossos movimentos e da manifestação do ritmo. Para Piaget: “Não existe intuição primitiva na percepção do tempo, pois o tempo não se vê nem se percebe jamais, posto que contrariamente ao espaço ou à velocidade, não se percebe com os sentidos... Somente se percebem os acontecimentos, ou seja os movimentos e as ações, sua velocidade e seu resultado”. Citado por DEFONTAINE – 1982 p.222 Então, se integrados corporalmente, conseguiremos aplicar em nossos movimentos, a força adequada para conseguir as intensidades apropriadas ao tempo e espaço em que nos encontramos. Quando falamos, dançamos ao compasso de nossa voz, do movimento de nossas mãos, do balanço da cabeça, do movimento dos olhos, do ritmo em que respiramos; estaremos então, criando nossa própria polifonia cheia de sentidos. Nossa receptividade se moverá de acordo com nosso relato. Este compartir de ritmos, se dá em todas nossas expressões e quanto maior seja a intensidade e fusão com o outro, maior será o compasso de nosso pulso vital. Não existe um ritmo único vital, necessitamos de tempo e intensidades diferentes, a hora do dia, os alimentos ingeridos, o estado emocional, são muitos outros os fatores que intervêm. “... A receptividade de um ritmo sonoro é melhor quando concorda com o ritmo cardíaco” – Johann Sebastian Bach “Bach observou que, para procurar a melhor sensação estética do auditório, era necessário começar uma execução musical com um tempo mais lento na tarde que pela manhã e que esta variação do tempo considerava as variações diurnas do
  • 35. 35 ritmo do pulso. Era necessário então, mudar segundo as circunstâncias da hora o tempo de uma obra para dar-lhe mais rendimento”. Hannebert – 1968 .p51 “Um teórico do século XVIII sugeria que a unidade prática do ritmo musical, o padrão regular de todos os andamentos, seria o pulso de uma pessoa de bom humor, fogosa e leve, na tarde”. Citado por Danielou – 1978 .34 Podemos diferenciar dois tipos de pessoas: aquelas extremamente vitais em todos os momentos do dia e que não conseguem viver com prazer instantes de tranquilidade e repouso e aquelas extremamente tranquilas, parecendo que nada nem ninguém as tiram de seu mundo cheio de paz e êxtase. Nestes dois extremos, que encontramos justamente a incapacidade para conectar-se e aceitar as mudanças de tempo e de intensidade em cada um dos atos, tanto em si mesmos como no mundo que os cerca. Não havendo pulsação vital as próprias necessidades e emoções não são respeitadas , visto que não poderíamos estar em um eterno êxtase, nem na produção constante para um futuro de prazer que chegará. O ritmo é feed-back: é a retro-alimentação na comunicação entre duas ou mais pessoas, a comunicação se fará pulsante entre um intercambio de mensagens, as quais devem ser fundamentalmente diretas e claras; carregadas da expressão autêntica e sincera da emoção, das necessidades de cada um ´emissor e receptor. Se aceitamos e respeitamos nossas necessidades, se entramos em contato com nossas emoções e conseguimos expressá-las, se vivemos em função do presente – aqui e agora –, sem duvida estaremos sendo coerentes com nós mesmos e com os que nos rodeiam, pois seremos emissores e receptores de pulsações de vida. O desejo de transformação, de mudança implica em “escuta” e flexibilidade. Deixaremos a busca do que não tem importância real e entraremos onde nos abrem portas. Pulsaremos na força da autenticidade própria, compartilhando as intensidades dos ritmos, percebendo os tempos e pulsando nos nossos intercâmbios. O ritmo está na base de todas as percepções. Sendo a percepção uma atividade gnóstica, é então, uma atividade estruturadora, e não de uma forma isolada, e sim da integração do campo perceptivo estruturado. O corpo é o ponto de
  • 36. 36 partida da percepção; o pensamento, onde são associadas e estruturadas todas as percepções e a motivação capaz de modificar a estruturação da percepção; pontuadas sempre por uma ação, uma forma de entrada e saída, um fluxo de extensão-distensão, de carga e descarga. Para o feto não existe silencio nem ausência de ritmo. Desde que cresce no útero está em contato com o som do coração materno, dos movimentos peristálticos, da voz da mãe com suas melodias e seus toques, das sensações rítmicas de tensão e repouso sendo assim um traço de instauração das percepções. Quando ainda não aprendeu a falar, mas já percebe a linguagem significativa ela é pura música: uma linguagem onde se percebe o horizonte de um sentido que ainda não se discrimine em símbolos isolados, mas que só se intui como uma globalidade em perpetuo recolhimento, não verbal, intraduzível mas, a sua maneira, transparente. “O homem faz música pelo mesmo motivo pelo qual dança ou pinta: para expressar seus sentimentos, para pulsar sua emoção. Talvez a palavra adequada seja ” parir “ a emoção, já que o que se produz é um virtual nascimento de sons” - Fregtman.1984 p.72 Para Fregtman, Halpern e Wisnik, internar-se nos sons é sentir e compreender a expressão emocional de nós mesmos.
  • 37. 37 CAPÍTULO 3: A BIODANZA EM SINTONIA COM A CIENCIA 3.1 O ritmo e a progressividade na estruturação das aulas Como podemos comprovar o ritmo e as vibrações estão presentes em muitos trabalhos e pesquisas científicas como uma ferramenta poderosa de transformação. O Sistema Biodanza se integra perfeitamente à esse contexto fazendo um link multidiciplinar e costurando os diversos aspectos biológicos, fisiológicos e psicológicos. Ao lermos diversos autores percebemos a perfeita sintonia. “Tudo vibra na natureza. Pensando em doença, eu argumentei que doença é ‘des- harmonia’, ‘des-tempero’, ‘dis-torção’, ‘dis-sonância’, ‘des-ilusão’, ‘des-conexão’ (fragmentação da psique). Eles são sinônimos da mesma coisa – não ser um todo, conectado e integrado”. Jim Oliver “Os sons específicos remetem-se às áreas específicas, mas a combinação dos sons em ‘música’ é o que envolve as emoções. Sem cura no nível das emoções e da alma não pode haver cura completa no corpo físico” Jim Oliver “Usando o som, é possível fazer mudanças profundas nos padrões de ondas cerebrais e estados de consciência, observáveis em equipamentos de mapeamento de ondas cerebrais (EEG), bem como mudanças positivas no corpo, mensuráveis através de testes de sangue, equipamento de biofeedback e outros procedimentos sofisticados”, Dr Jeffrey Thompson “A base da minha abordagem de curar através da música é empregar a sabedoria de corpo/mente e a habilidade geneticamente programada de curar-se, ao apresentá-las com as vibrações apropriadas. Minha intenção sempre foi usar a música e o som para ajudar o corpo a entrar em seu estado natural de equilíbrio e harmonia. Sabemos como equilibrar e curar a nós mesmos, se nos for dada a oportunidade e o encorajamento para tal”. Steven Halpern, Ph.D. “Eu só poderia crer num deus que soubesse dançar”. Nietzche
  • 38. 38 O conceito de “inconsciente Vital” foi proposto por Rolando Toro para referir-se à cognição celular. Segundo Rolando, existe uma forma de psiquismo dos órgãos, tecidos e células que obedece à um “sentido” global de autoconservação. Sendo a origem dos fenômenos de solidariedade celular, criação de tecidos, defesa imunológica e, em suma, ao acontecer exitoso do sistema vivente. Coordenando as funções de regulação orgânica e homeostase e possuindo uma grande autonomia em relação à consciência e ao comportamento humano. O ato da cura sendo compreendido como um movimento para recuperar a sintonia vital com o Universo. A sintonia entre a homeopatia e a Biodanza como processos vibracionais convidando para um reequilíbrio homeostático através da ressonância de ecofatores nutritivos e positivos. Os exercícios lúdicos convidando para uma ressonância interna capaz de resgatar a “criança livre” existente em cada um de nós na expressão do sorriso autêntico de alegria (o sorriso de Duchenne). A progressividade como ferramenta fundamental para uma mudança efetiva. A recompensa pelo prazer do movimento e dos encontros como parte do reaprendizado das funções originárias e da expansão da consciência. A sua importância no caminho da radicalização das vivências e não estimulando a criação de uma memória cenestésica. Essa memória que pode nos levar a pensar em um movimento harmônico e fluido porque conseguimos fazer os movimentos básicos. A importância das repetições, aliada à progressividade e à recompensa, como base fundamental no caminho do aprofundamento e da radicalização. O princípio Biocêntrico que sustenta a ideia do “Universo vivente”, mantém uma perfeita coerência com a existência dos sistemas vivos e dentro da unidade cósmica. Não podemos deixar de falar nos neurônios espelho que foram descobertos por acaso em 1994 na Universidade de Parma, Itália, pelos neurocientistas Giacomo Rizzolatti, Leonardo Fogassi e Vittorio Gallese. Eles constataram que a simples observação de ações alheias ativava as mesmas regiões do cérebro dos observadores normalmente estimuladas durante a ação do próprio indivíduo. Ao que tudo indica, nossa percepção visual inicia uma espécie de simulação ou duplicação interna dos atos de outros (ver “Reflexo revelador”, Mente&Cérebro 161, 2006). Vemos mais uma vez o poder da a ressonância através dos neurônios espelho.
  • 39. 39 A evolução do Universo é, na realidade, a evolução da vida. O princípio Biocêntrico propõe a potencialização da vida e da expressão de seus poderes evolutivos. Biodanza é, deste ponto de vista, uma poética do vivente, fundada nas leis universais que conservam e permitem a evolução da vida. Todas as ações de Biodanza se orientam em ressonância com o fenômeno profundo da vida. “A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original” Albert Einstein
  • 40. 40 3.2. Conclusões Um simples caminhar altera o nosso estado psicológico que por conseguinte altera o sistema neurológico que altera o endocrinológico que altera o imunológico e por final a homeostase. A harmonização rítmica nos exercícios básicos de vitalidade é fundamental. O caminhar fisiológico, o caminhar a dois, o salto sinérgico, os jogos rítmicos e as danças criativas rítmicas são fundamentais para a harmonização e a integração rítmica de cada um dos participantes e o grupo, já que o primeiro passo para isso se dá fundamentalmente em nível rítmico. Nós seres humanos temos a capacidade de transformação. Transformamos a natureza em objetos úteis, em substâncias benignas, somos capazes de mudar o curso das águas. O importante é então, buscar a preservação de nossa vida, tratando de viver mais em união com nossas necessidades primordiais, buscando sermos indivíduos cada vez mais autênticos, desta forma emitiremos vibrações/ondas cada vez mais harmônicas, para assim mudar pouco a pouco o ambiente que nos rodeia. Que essa integração rítmica nos permita exercitar a integração afetiva e a “escuta” transformando em diálogos os monólogos comuns na comunicação entre os seres humanos. Sermos nós mesmos significa estarmos conectados com os ritmos e com os fluxos orgânicos Universais.
  • 41. 41 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FELDENKRAIS, Moshe – Consciência pelo Movimento. Summus Editorial. 1977 FERREIRA, José Hamilton – De Corpo e Alma. Relações entre a Psicologia Analítica de Jung e o Sistema de Biodança. Editora Olavobrás, 1997. TORO, Rolando A. A Vivência. Apostila do Curso de Formação para Professores de Biodanza, Escola Modelo de Biodanza Sistema Rolando Toro _______________. Aspectos Fisiológicos de Biodanza. Apostila do Curso de Formação para Professores de Biodanza, Escola Modelo de Biodanza Sistema Rolando Toro _______________. Aspectos Biológicos de Biodanza. Apostila do Curso de Formação para Professores de Biodanza, Escola Modelo de Biodanza Sistema Rolando Toro _______________. Definição e Modelo Teórico de Biodanza. Apostila do Curso de Formação para Professores de Biodanza, Escola Modelo de Biodanza Sistema Rolando Toro _______________. Movimento Humano. Apostila do Curso de Formação para Professores de Biodanza, Escola Modelo de Biodanza Sistema Rolando Toro _______________. O Inconsciente Vital e Princípio Biocêntrico. Apostila do Curso de Formação para Professores de Biodanza, Escola Modelo de Biodanza Sistema Rolando Toro