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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
            ESCOLA DE COMUNICAÇÕES E ARTES
DEPARTAMENTO DE RELAÇÕES PÚBLICAS, PROPAGANDA E TURISMO




       PROJETO EXPERIMENTAL DE RELAÇÕES PÚBLICAS
                          SIBiUSP




                 Bárbara de Brito e Caparroz
                    Fabiana Alves Costa
                  Fabio Henrique de Souza
                 Fernanda Vofchuk Markus
                Jaqueline Bragatti de Oliveira
                   Tamires Valuta Barussi




                         São Paulo
                            2012
AGÊNCIA SPIN
Projeto Experimental para o SIBiUSP;
Orientadoras Profª. Drª. MyrlaFonsie Profª. Drª. Valéria Siqueira Castro Lopes;
São Paulo, ECA USP, 2012.


Projeto Experimental de Conclusão de Curso (Graduação em Comunicação
Social com ênfase em Relações Públicas) –
Universidade de São Paulo; São Paulo, 2012.


   1.Relações Públicas    2. Projeto Experimental    3. SIBiUSP
   4. Bibliotecas   5. Planejamento de Comunicação
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
            ESCOLA DE COMUNICAÇÕES E ARTES
DEPARTAMENTO DE RELAÇÕES PÚBLICAS, PROPAGANDA E TURISMO




       PROJETO EXPERIMENTAL DE RELAÇÕES PÚBLICAS
                        SIBiUSP




                                               Bárbara de Brito e Caparroz
                                                        Fabiana Alves Costa
                                                 Fabio Henrique de Souza
                                                 Fernanda Vofchuk Markus
                                             Jaqueline Bragatti de Oliveira
                                                      Tamires Valuta Barussi




                      Trabalho     apresentado    à    disciplina   de   Projeto
                      Experimental de Relações Públicas como requisito
                      parcial à conclusão do curso de Relações Públicas
                      na   Escola      de   Comunicações        e   Artes,   da
                      Universidade de São Paulo.
                                                         Profª. Drª. MyrlaFonsi
                                  Profª. Drª. Valéria de Siqueira Castro Lopes




                       São Paulo
                           2012
Bárbara de Brito e Caparroz
                                   Fabiana Alves Costa
                              Fabio Henrique de Souza
                              Fernanda Vofchuk Markus
                            Jaqueline Bragatti de Oliveira
                               Tamires Valuta Barussi




                     PROJETO EXPERIMENTAL
                     DE RELAÇÕES PÚBLICAS
                                       SIBiUSP


                                                             Aprovado em: __/__/___.
                                                             Nota: ________________


BANCA EXAMINADORA




______________________________________________

Prof. Dr. Luiz Alberto de Farias


______________________________________________
Prof. Drª. Myrla Fonsi


______________________________________________
Prof. Drª. Nair Yumiko Kobashi


______________________________________________
Anderson Santana (SIBiUSP)
                                       São Paulo
                                          2012
Aos nossos familiares, amigos e professores, que
nos auxiliaram e incentivaram durante a elaboração
deste projeto acadêmico.
RESUMO


         Este trabalho de projeto experimental foi realizado com o intuito de treinar os
alunos que em breve serão recém-formados no mercado de trabalho em como
realizar um Planejamento de Relações Públicas na prática.
         O trabalho propõe ações de comunicação para a organização denominada
Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade de São Paulo (SIBiUSP),
pertencente ao setor de Educação, mais especificamente o Ensino Superior, no
segmento de Bibliotecas. Essa organização se dedica a integrar e organizar as
bibliotecas da Universidade de São Paulo (USP) e também a promover o
conhecimento.
         Através das informações levantadas, os dados secundários, análises e
pesquisa, foi possível criar um planejamento estratégico em comunicação para a
organização, baseado em aspectos positivos a serem reforçados e aspectos
negativos a serem melhorados, além de oportunidades e ameaças em seu cenário
atual.
         Desse modo, as ações propostas pela Agência Spin, agência experimental
criada por alunos do curso de Relações Públicas da USP, têm o objetivo de
aperfeiçoar a imagem percebida da organização, criar e manter um relacionamento
saudável com seus usuários potenciais além de fortalecer a marca.


Palavras-chave: Biblioteca; comunicação; imagem; marca; usuários; relações
públicas.
ABSTRACT


       This experimental work was done in order to train students who will soon
graduate in the labor market to perform a Public Relations Planein practice.
       The paper proposes communication actions for the organization called
Integrated Library System of the University of São Paulo (SIBiUSP),which belongs to
the sector of education, specifically higher education, in the segment of Libraries. It
dedicates to integrate and organize the libraries of the University of São Paulo (USP)
and also promote knowledge.
       Through the information gathered, secondary data, analysis and research, it
was possible to create a communicationstrategic plan for the organization, based on
the positive and negative aspects which need to be strengthened and improved, as
well as opportunities and threats in its current scenario.
       Being so, the actions proposed by the SpinAgency, experimental agency
created by students of Public Relations of USP, aim to improve the perceived image
of the organization, creating and maintaining a healthy relationship with its potential
users and strengthening the brand.


Keywords: Library;communication; image; brand; users; public relations.
SUMÁRIO


INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 10
1    AGÊNCIA SPIN COMUNICAÇÃO ......................................................................... 12
    1.1   Nosso Perfil ........................................................................................................... 12
    1.2   Setor de Atuação ................................................................................................... 12
    1.3   Nosso Conceito ..................................................................................................... 12
    1.4   Nossos Serviços.................................................................................................... 13
    1.5   Princípios Organizacionais................................................................................... 13
    1.6   A marca Spin ......................................................................................................... 14
    1.7   Nossa Papelaria..................................................................................................... 15
2    BRIEFING............................................................................................................. 17
    2.1   Contatos................................................................................................................. 18
    2.2   História ................................................................................................................... 19
      2.2.1. Linha do Tempo .................................................................................................. 20
    2.3   Estrutura Organizacional e Administrativa.......................................................... 23
    2.4   Perfil Organizacional ............................................................................................. 28
    2.5   Identidade Visual da Organização........................................................................ 32
    2.6   Considerações Gerais........................................................................................... 35
3    ANÁLISE ESTRATÉGICA..................................................................................... 37
    3.1   Análise setorial ...................................................................................................... 37
      3.1.1     Panorama Geral do Ensino Superior................................................................. 38
      3.1.2     Amplitude e crescimento da pesquisa e pós-graduação no Brasil ..................... 42
      3.1.3 Rankings internacionais em Educação Superior: classificações da USP e do
      Brasil 43
      3.1.4     O SIBi e o Ensino Superior – Posicionamento da organização no setor............ 45
      3.1.5     A concorrência no setor público – O SIBiUSP e os concorrentes parceiros ...... 47
      3.1.6     Benchmarking ................................................................................................... 49
      3.1.6.2 Análise sobre práticas de comunicação do SIBi e seus parceiros ..................... 55
      3.1.6.3 Columbia University .......................................................................................... 57
      3.1.6.4 University of Cambridge .................................................................................... 60
      3.1.7     Públicos ............................................................................................................ 63
      3.1.7.1 Classificação dos públicos ................................................................................ 65
    3.2   ANÁLISE MACROAMBIENTE ................................................................................ 67
      3.2.1     Aspectos legais que podem afetar a atuação do SIBiUSP ................................ 74
    3.3   Análise SWOT ........................................................................................................ 76
                                                                                                                                       8
3.3.1     Oportunidades .................................................................................................. 78
         3.3.2     Ameaças ........................................................................................................... 80
         3.3.3     Forças............................................................................................................... 82
         3.3.4     Fraquezas ......................................................................................................... 83
         3.3.5     Análise Cruzada................................................................................................ 84
4       PESQUISA ........................................................................................................... 88
    4.1      Problema ................................................................................................................ 88
    4.2      Objetivo Primário................................................................................................... 88
    4.3      Objetivos Secundários.......................................................................................... 88
    4.4      Metodologia ........................................................................................................... 89
    4.5      Amostra e Pressupostos de Pesquisa ................................................................. 90
    4.6      Resultados da Pesquisa ....................................................................................... 92
         4.6.1     Perfil Alunos de Graduação .............................................................................. 92
         4.6.2     Perfil Alunos de Pós-Graduação ....................................................................... 95
         4.6.3     Perfil Docentes.................................................................................................. 97
         4.6.4     Cruzamento das análises.................................................................................. 99
5 DIAGNÓSTICO .................................................................................................... 101
    5.1      Princípios Organizacionais e Estilo Administrativo.......................................... 101
    5.2      Públicos estratégicos e Posicionamento .......................................................... 104
    5.3      Produtos e serviços do SIBi ............................................................................... 106
    5.4      Comunicação ....................................................................................................... 109
6       PROGNÓSTICO – MAPA ESTRATÉGICO .......................................................... 112
7       JUSTIFICATIVA TEÓRICA DE RELAÇÕES PÚBLICAS ................................................... 120
8       CAMPANHAS DE COMUNICAÇÃO .................................................................... 124
    8.1      DE SIBI PARA SIBI .............................................................................................. 124
    8.2      APROSIBI-SE ....................................................................................................... 151
    8.3      POS-SIBI-LIDADES .............................................................................................. 186
    8.4      Orçamento Total das Campanhas ...................................................................... 214
    8.5      Cronograma Total das Campanhas.................................................................... 214
    9     Considerações finais.............................................................................................. 215
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 220
ANEXO A - ROTEIRO DE ENTREVISTA ......................................................................... 227
ANEXO 2 – ORGANOGRAMA DO SIB I USP ............................................................. 230
ANEXO 3 – LINHA DO TEMPO SIB I USP ....................................................................... 231



                                                                                                                                         9
INTRODUÇÃO


      A dinâmica econômica atual e a emergência das novas tecnologias de
informação colocam as organizações em um cenário de constante transformação e
exigem dos profissionais de todas as áreas um olhar mais crítico e multilateral. A
comunicação, acompanhando essas novas demandas, tem se posicionado de forma
cada vez mais estratégica, trazendo novas perspectivas não só no campo acadêmico,
mas também empírico.

      Dessa forma, é fundamental que os profissionais desenvolvam, durante o seu
período acadêmico, experiências que contribuam para a construção de uma visão
mais interpretativa e que traga para a prática aspectos e conceitos estudados na
teoria. Assim, o presente Projeto Experimental de Relações Públicas é um trabalho
aplicado com fundamentação teórica e prática e que consiste no desenvolvimento de
um projeto global de Relações Públicas para uma organização específica. Este
Projeto engloba todas as fases que antecedem à elaboração do programa de
Relações Públicas propriamente dito, compreendendo também todo o embasamento
teórico, análise de cenários, pesquisa, diagnóstico, prognóstico e mapa estratégico.

       Portanto, este estudo tem o intuito de aproximar os conhecimentos adquiridos
pelos alunos do curso de Relações Públicas, da Escola de Comunicações e Artes da
Universidade de São Paulo (ECA-USP), durante sua experiência acadêmica na
Universidade à experiência empírica. Além disso, o Projeto também teve como
objetivo desenvolver o senso crítico e analítico no sentido de estimular a compreensão
da estrutura do negócio de uma organização, incluindo o seu relacionamento com
públicos internos e externos. A conciliação dos conhecimentos acadêmicos com a
situação prática possibilitou o desenvolvimento da habilidade de planejar, organizar e
executar projetos práticos envolvendo as Relações Públicas e a Comunicação
Organizacional.

      Nos três semestres de desenvolvimento do Projeto, os alunos puderam
observar de forma prática diversos mecanismos e processos do campo da
Comunicação e das Relações Públicas que vai desde o desenvolvimento de uma
agência até a concepção de um plano de Relações Públicas para um cliente real.
O trabalho proporcionou, assim, a vivência de situações inéditas que vão ajudar a

                                                                                       10
direcionar   a     vida   acadêmica   e   profissional   dos   integrantes,   além   de,
fundamentalmente, contribuir com o conhecimento e crescimento dos mesmos.

      A Agência Spin Comunicação foi criada em agosto de 2011 e a definição do
seu escopo procurou conciliar as linhas de interesse de todos os integrantes do grupo,
ao mesmo tempo em que se aproximava de um tema considerado pertinente e que
tem recebido cada vez mais atenção no âmbito nacional e internacional: a educação e
a aquisição/transmissão de conhecimento.

      A oportunidade de trabalhar com um cliente que também pertence à
Universidade de São Paulo (USP), com o qual a Agência iniciou relacionamento no
final do ano de 2011, veio ao encontro das expectativas de trabalho do grupo e ao
desejo de contribuir, de alguma forma, com a melhoria e o desenvolvimento da
Universidade que proporcionou conhecimento não só acadêmico, mas também
empírico e pessoal. A chance de poder deixar um pouco do que foi adquirido no
período acadêmico para a própria Universidade contribui ainda mais para o
engajamento dos alunos com o Projeto.

      Durante dois semestres o presente estudo esteve focado em levantar os
principais aspectos da organização e do ambiente em que atua para propor soluções
com foco nas Relações Públicas, uma vez que a atividade deve, cada vez mais,
assumir um caráter eminentemente estratégico, próximo da liderança organizacional e
focado na sustentabilidade e na consolidação da missão, visão e dos valores
organizacionais.

      Nesse sentido, a área “(...) se respalda cada vez mais no tripé pesquisa-
comunicação-participação, ou seja, na produção de conhecimento teórico; na
reprodução desse conhecimento mediante o ensino; e na aplicação das práticas no
vínculo com o mercado profissional” (KUNSCH, 2009, p. 7). É partindo dessa
perspectiva que este Projeto Experimental vai se desenvolver, conciliando as
perspectivas teóricas e práticas das Relações Públicas e da Comunicação
Organizacional para propor soluções viáveis e que atendam às necessidades do
cliente em questão.




                                                                                      11
1     AGÊNCIA SPIN COMUNICAÇÃO


      Somos uma agência experimental formada por alunos de graduação em
Relações Públicas da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo
(ECA – USP), que oferece serviços de assessoria em comunicação e relações
públicas para organizações de cunho educacional.




1.1   NOSSO PERFIL


      A Spin Comunicação pretende se diferenciar no mercado no qual está inserida
por atender ao segmento específico da educação. Por meio de conhecimentos
acadêmicos e práticos adquiridos ao longo da graduação dos integrantes deste grupo,
na Universidade de São Paulo, buscou-se oferecer serviço qualificado e integrado,
atendendo às necessidades específicas do campo da educação. A estrutura
consolidada e o empenho em realizar um atendimento personalizado e confiável são
fatores que destacam a agência Spin de suas concorrentes no mercado.




1.2   SETOR DE ATUAÇÃO


      O foco da agência Spin Comunicação é o setor educacional, voltando-se para
instituições de ensino superior. Esse foco foi escolhido por apresentar oportunidades
de atuação que desafiam as capacidades e habilidades dos profissionais da agência,
que visam conciliar um ramo mais conservador com ideias criativas.




1.3   NOSSO CONCEITO


      “Viver é estar em relação”. Esse é o princípio do filósofo grego Spinoza que
inspirou o conceito da Spin Comunicação, transmitindo o valor do conhecimento e os
conceitos de fluxo e afeto que se estabelece em todos os relacionamentos da
agência.

                                                                                   12
As pessoas afetam o mundo e são afetadas por ele. A agência Spin traz esse
conceito para a comunicação, atrelando aos negócios e à imagem de seus clientes a
importância dos relacionamentos, das interações e das trocas.

      O ramo educacional é o foco e o conhecimento é o valor que a agência
destaca. Assim, a Spin Comunicação se diferencia ao resgatar e consolidar a
essência institucional por meio da intelectualidade e sensibilidade.




1.4   NOSSOS SERVIÇOS


      o Reforçar o papel social da educação para a formação humana;
      o Assegurar relacionamentos saudáveis e colaborativos;
      o Avaliar a situação/contexto do cliente e reposicioná-lo no mercado se
          houver necessidade;
      o Avaliar os processos e canais de comunicação vigentes e propor
          melhorias;
      o Elaborar um plano de ação a partir do diagnóstico obtido por meio de
          pesquisa.




1.5   PRINCÍPIOS ORGANIZACIONAIS




      MISSÃO
      “A Spin Comunicação busca desenvolver uma imagem positiva para seus
clientes por meio da construção de relacionamentos efetivos e afetivos com os seus
públicos de interesse.”


      VISÃO
      Ser reconhecida por suas soluções criativas em comunicação e em relações
públicas, que garantam o sucesso dos negócios e serviços dos clientes, agregando
valor à sua imagem.


                                                                                13
VALORES
          Excelência; Qualidade; Comprometimento; Confiança; Respeito; Criatividade; e
Dedicação.




1.6       A MARCA SPIN


          Para a construção da identidade visual da agência Spin, foram retomados
alguns pensamentos de Spinoza na voz do prof. Clóvis de Barros Filho que, em sua
interpretação, ensina:


                        A vida, para Spinoza, é entendida como uma sucessão de relações entre
                        partes do todo. Viver significa relacionar-se. A substância da vida são as
                        relações com o mundo. Relacionar-se é, por sua vez, transformar. Nós
                        transformamos o mundo e o mundo nos transforma. (VÍDEO AULA: O amor
                        II, 2011).


          Os relacionamentos e a transformação são os pontos-chave da teoria de
Spinoza para as funções da agência Spin. Entende-se que pequenas ações podem
resultar em grandes mudanças. Na natureza, vê-se a água se modificar com as
alterações de sua temperatura – ela se condensa, se liquefaz, se sublima, sem perder
sua essência. E sublimar, para quem comunica, é também enaltecer, tornar sublime,
elevar.

          Da substância da vida por Spinoza, da transformação e da sublimação foi
trazida a inspiração para o elemento visual estampado nos materiais da agência. Uma
substância que transita entre o natural e o divino, que é percebida ao observar os
estados físicos da água em transformação, que remete à sublimação, à elevação, a
um estado superior.

          Também não há como pensar na abreviação “Spin” sem nos remeter à palavra
inglesa para movimentos rápidos, girar, correr, jogar. Do movimento do spin
trouxemos para a marca a cor laranja, quente e ativa, que também significa
movimento e espontaneidade. Na comunicação visual, a cor laranja é responsável por
aumentar a atenção, é estimulante e motivadora, agindo da mesma forma que a cor
vermelha, mas com resultados um pouco mais moderados. (FARINA, M. 1990)


                                                                                                14
1.7    NOSSA PAPELARIA




Figura 1. Formas de uso da logomarca da Agência Spin Comunicação.




Figura 2. Cartão de visita Agência Spin Comunicação.




                                                                    15
Figura 3. Envelope da Agência Spin Comunicação.




                                                  16
2      BRIEFING


       O Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade de São Paulo (SIBiUSP)
foi criado em 1981 e é formado por 44 bibliotecas distribuídas pelas faculdades,
escolas e institutos em nove cidades do Estado de São Paulo. Além disso, um
departamento técnico e um Conselho Supervisor, composto por docentes,
funcionários e alunos da USP, se responsabilizam pelo gerenciamento de suas
atividades.

       Sediado na Universidade de São Paulo, instituição à qual pertence, o SIBiUSP
iniciou suas atividades em março de 1982, oferecendo prioritariamente suporte às
atividades de ensino, pesquisa e extensão de docentes, pesquisadores e alunos de
graduação e pós-graduação da USP.

       O Departamento Técnico do SIBiUSP1 – o SIBiDT - localiza-se na Rua da
Praça do Relógio, 109 - Bloco K - 4º andar, CEP 05508-050, Cidade Universitária, São
Paulo e responde sob a razão social da USP - Universidade de São Paulo, CNPJ
63.025.530.0001/04. Os volumes do acervo estão distribuídos em 71 pontos de
atendimento, espalhados pelos seis campi da Universidade.

       Atualmente, mais de 800 profissionais, entre níveis superior, técnico e médio,
são responsáveis pelos acervos bibliográficos, que atingem hoje aproximadamente
seis milhões de volumes.




1
  O Departamento Técnico do SIBiUSP coordena, junto às bibliotecas, as atividades sistêmicas de
informação na USP, como suporte ao ensino e à pesquisa, por meio de programas cooperativos e de
racionalização, que exigem definição de procedimentos padrões. O Departamento Técnico gerencia
as atividades de entrada, consulta, aquisição e outros serviços automatizados por meio do
Banco DEDALUS, supervisiona a formação, a manutenção, a preservação e a conservação dos
acervos, publica boletins com dados a respeito de catálogos, séries e informações estatísticas de
todo o sistema de bibliotecas, além da prestação de serviços ao usuário.
                                                                                                17
Figura 4. Fachada do prédio da Administração Central da USP, local da sede do SIBiUSP.
Foto: Marcos Santos/USP Imagens.




2.1     CONTATOS


        Os representantes do SIBiUSP que acompanham o presente grupo para
desenvolvimento do Projeto Experimental são: Sueli Mara Soares Pinto Ferreira -
Professora titular da USP Ribeirão Preto e diretora do SIBiUSP -                 e       Anderson
Santana - bibliotecário, Chefe técnico da Divisão de Gestão de Sistemas de
Comunicação e Disseminação de Produtos e Serviços – DGCD – do SIBiUSP.




Figura 5. Sueli Mara Soares Pinto Ferreira – Atual diretora do SIBiUSP.
Foto: Francisco Emolo/Jornal da USP.

                                                                                               18
A comunicação oficial com a organização se dá pelos endereços eletrônicos e
telefones na tabela a seguir:


Tabela 1. Contatos do SIBiUSP

Nome                             Email                            Telefone

Sueli Ferreira                   sueli.ferreira@dt.sibi.usp.br    (11) 3091-4195 / (11) 3091-1547

Anderson Santanta                algalord@usp.br                  (11) 3091-1567

Email institucional                                     dtsibi@usp.br

Endereço Eletrônico                                     http://www.usp.br/SIBi/
Fonte: http://www.usp.br/sibi/




2.2      HISTÓRIA


         O SIBiUSP é resultado da necessidade de se criar um sistema para integrar as
bibliotecas da Universidade de São Paulo. Criado em 1981, marcou uma revolução à
época, integrando as atividades que vinham sendo desenvolvidas por diversas
bibliotecas isoladamente.

         O crescimento da Universidade2 e o consequente surgimento de novas
faculdades e escolas suscitaram a criação de um sistema que integrasse todos os
acervos numa base única e que desse apoio a todas as unidades.

         Além disso, a discussão de propostas no Seminário de Bibliotecas
Universitárias, realizado entre os dias 20 e 24 de maio de 1974, em Brasília, detectou
a necessidade de integração das unidades. O conceito e a definição dos serviços das
bibliotecas definidos no seminário foram adotados pela Universidade de São Paulo,
sendo o ponto de partida para a criação do Sistema Integrado.

         Com essas decisões tomadas, as bibliotecas convertem-se em centros de
decisiva importância para a atualidade e o futuro nas universidades. Centros cujas
características operacionais devem ser: atender às demandas de seus usuários,
2
 Faculdades como as de Direito, Medicina, Farmácia e Odontologia e a Escola Politécnica já
possuíam suas próprias bibliotecas antes da formação da Universidade de São Paulo, em 1934.
Atualmente, a USP conta com diferentes campi, distribuídos pelas cidades de São Paulo, Ribeirão
Preto, Piracicaba, São Carlos, Pirassununga, Bauru e Lorena, além de unidades de ensino, museus e
centros de pesquisa situados fora desses espaços e em diferentes municípios.
                                                                                                    19
oferecer agilidade de acesso e facilidade para uso, com rapidez, atualidade, precisão
e confiabilidade das informações nos diferentes graus de especialização.

      Em seu caminho à consolidação, o processo de integração focou na
organização dos suportes físicos e no acesso presencial à informação já disponível
nas bibliotecas da Universidade, com a formação de acervos especializados em
diversas áreas do conhecimento, como Medicina, Direito e Engenharia. Desde então,
o SIBiUSP busca atualização constante de seus serviços, visando um atendimento
sempre adequado às mudanças no ensino, pesquisa e extensão.

     Os produtos, serviços e projetos do SIBiUSP desenvolvem-se em torno de
duas vertentes: aumentar a visibilidade e acessibilidade à produção intelectual da
Universidade de São Paulo e fomentar a formação e o desenvolvimento de
competências no uso, acesso e produção de informação da comunidade USP nas
suas distintas áreas de atuação.




2.2.1. LINHA DO TEMPO


      Uma figura simulando uma linha do tempo foi criada (conferir Anexo 3) para
uma apresentação mais visual do histórico da organização. A seguir, a linha do tempo
dividida em tópicos.


      o 1981
              •   Criação do SIBiUSP – Portaria

      o 1982
              •   Início das atividades

      o 1990/1991
              •   Início do Cadastramento on-line no DEDALUS, pelas bibliotecas.

      o 1993
              •   Rede de Bibliotecas com DEDALUS disponível pela internet
                  (Telnet);



                                                                                   20
o 1994
     •   Programa de Modernização do SIBiUSP;

     •   Serviço Disque Braille.

o 1996
     •   Criação do website do SIBiUSP (primeira home page);

o 1997
     •   Consolidação da SIBiNet, Rede de Serviços do SIBiUSP (website)
         com DEDALUS disponível pela web.

o 1998
     •   Instituição da Semana do Livro e da Biblioteca na USP;

     •   Promoção do Curso de Especialização para Bibliotecários do
         SIBiUSP, com a PUCCAMP.

o 1999
     •   Instituição da Biblioteca Virtual na SIBiNet com acesso on-line a
         revistas eletrônicas e bases de dados;

o 2000
     •   Lançamento do livro Bibliotheca Universitatis: catálogo de obras
         raras/especiais dos acervos da USP dos séculos XV e XVI.

o 2001
     •   Participação na implantação da Biblioteca Digital de Teses e
         Dissertações da USP/Portal do Conhecimento SABER;
     •   Implantação do Catálogo Coletivo de Livros em Braille e Falados,
         na web;
     •   Lançamento do segundo volume do livro Bibliotheca Universitatis:
         catálogo de obras raras/especiais dos acervos da USP dos séculos
         XVII;
     •   PROTAP–SIBiUSP: Programa de Administração da Inovação
         Científica e Tecnológica nos Serviços de Informação;
     •   Novo Modelo de Gestão para o SIBiUSP.




                                                                        21
o 2002
     •   Início do PAQ, Programa de Avaliação da Qualidade dos serviços e
         produtos do SIBiUSP;
     •   Participação do Portal CAPES de Periódicos: acesso on-line a
         revistas eletrônicas.

o 2003
     •   Lançamento da Biblioteca Digital de Obras Raras e Especiais da
         USP/Portal do Conhecimento SABER.

o 2004
     •   Convênio com o IBGE para fornecimento de publicações para o
         acervo SIBiUSP.

o 2005
     •   Acesso on-line ao Vocabulário Controlado USP a partir da SIBiNet.
     •   Início de ações de capacitação com recursos de Educação à
         Distância (EaD).

o 2007
     •   Acesso on-line a Livros Eletrônicos.

o 2008
     •   Lançamento da Busca Unificada aos Livros Eletrônicos (e-books);
     •   Lançamento do Portal de Revistas da USP;
     •   Inauguração da Oficina de Digitalização do SIBiUSP;

o 2010
     •   Lançamento do Portal SIBiNet.

o 2012
     •   Exposição “Conhecimento: Custódia e Acesso”, exibida de 13 de
         março a 13 de maio no Museu da Língua Portuguesa, em São
         Paulo.
     •   Participação em feiras educativas, como a Bienal do Livro.




                                                                           22
2.3       ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E ADMINISTRATIVA

                                3
Figura 6. Organograma da empresa .




Hierarquia de Funções e Cargos da Organização


          A hierarquia da organização pode ser considerada tanto relativamente a todas
as bibliotecas supervisionadas pelo SIBiUSP quanto pela hierarquia da central,
localizada no campus da Cidade Universitária, em São Paulo.

          O departamento central (administrativo) do SIBiUSP é exíguo. Grande parte de
suas divisões são dirigidas por analistas de sistemas e bibliotecários. Esses
profissionais são responsáveis por toda administração de cada divisão do SIBiUSP.

          No entanto, considerada em relação a todas as bibliotecas supervisionadas, o
SIBiUSP atende um conjunto de 44 bibliotecas, instaladas em diversos campi da USP,



3
    O organograma em alta resolução pode ser encontrado nos anexos deste documento.
                                                                                      23
com um total de 800 funcionários. A estrutura hierárquica e os organogramas são
vinculados a cada Unidade de Ensino onde está situada a biblioteca.




Conselho Supervisor


         Integrado por seis professores da USP, dois bibliotecários (diretores de
bibliotecas eleitos entre seus pares) e o bibliotecário diretor do Departamento Técnico
do SIBiUSP. Eles possuem a função de apreciar os assuntos referentes às atividades
que constituem a finalidade da organização.


Tabela 2. Conselho Supervisor SIBiUSP

Prof. Dr. Pedro Luis Puntoni - Presidente (FFLCH – Faculdade de Filosofia, Letras e
Ciências Humanas)
Prof. Dr. Fernando Henrique de Oliveira Iazzetta (ECA – Escola de Comunicações e
Artes)
Prof. Dr. Caetano Traina Junior (ICMC - Instituto de Ciências Matemáticas e de
Computação)
Profa. Dra. Regina Melo Silveira (LARC - Laboratory of Computer Networks and
Architecture)
Prof. Dr. Hussam El Dine Zaher (MZ - Museu de Zoologia)

Prof. Dr. Chao Lung Wen (FM – Faculdade de Medicina)

Profa. Dra. Sueli Mara Soares Pinto Ferreira (Diretora Técnica do SIBiUSP)

Bibliotecária Maria Imaculada Cardoso Sampaio

Bibliotecária Dina Elisabete Uliana
Fonte: http://www.usp.br/sibi/




Departamento Técnico


         Realiza a coordenação junto às bibliotecas, as atividades sistêmicas de
informação na USP, assim como oferece suporte ao ensino e à pesquisa, por meio de
programas cooperativos e de racionalização, que exigem definição de procedimentos.

         A Diretoria Técnica é composta pelos seguintes membros:


                                                                                      24
Tabela 3. Departamento Técnico SIBiUSP.
                 Nome                                                      Cargo

Profa. Dra. Sueli Mara Soares
                                               Diretora Técnica
Pinto Ferreira

Mariza Leal de Meirelles do
                                               Diretoria Adjunta
Coutto

Zacharias da Costa Gadelha
                                               Divisão de Gestão de Sistemas de Apoio Técnico
Neto

Eidi Raquel Franco Abdalla                     Divisão de Gestão de Projetos

Elisabeth Adriana Dudziak                      Divisão de Gestão de Desenvolvimento e Inovação

Maria Adelaide Alves Mestriner                 Divisão de Gestão de Formação e Manutenção do Acervo

Adriana Nascimento Flamino                     Divisão de Gestão de Tratamento da Informação

                                               Divisão de Gestão de Sistemas de Comunicação e Disseminação
Anderson de Santana
                                               de Produtos/Serviços

André Serradas                                 Seção de Apoio ao Credenciamento de Revistas USP

Luíza Inês Raspantini Salvador                 Seção de Apoio Administrativo

Fonte: Site oficial. http://www.usp.br/sibi/




Perfil dos funcionários


         Os dirigentes das divisões possuem formações superiores parecidas, o que
ocasiona muitas vezes certa dificuldade para lidar com assuntos estratégicos de forma
diferenciada. A organização busca contratar funcionários de diferentes áreas, como
comunicadores, educadores e pedagogos. Apesar disso, a abertura de novas vagas é
custosa devido aos processos burocráticos da Universidade de São Paulo.

         No nível técnico, é possível identificar um atendimento razoável das
necessidades da organização: há um equilíbrio entre funcionários de nível técnico e
nível superior.




                                                                                                        25
Porte da organização


      O SIBiUSP é considerado, de acordo com a classificação do IBGE, uma
organização de grande porte, uma vez que possui em torno de 800 funcionários.
Para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, uma empresa é considerada de
grande porte quando apresenta mais de 500 funcionários. Os colaboradores do
SIBiUSP estão localizados tanto na central administrativa e estratégica, quanto nas
bibliotecas de cada Unidade de Ensino.




Situação Econômica


      Como o SIBiUSP é um órgão da Universidade de São Paulo, sua receita está
vinculada à própria Universidade. O repasse de verbas da Universidade para o
SIBiUSP é extremamente alto, figurando entre os órgãos que mais recebem
investimento. Por questões de segurança de informação, o entrevistado Anderson
Santana preferiu não compartilhar com o grupo os valores que a USP destina ao
SIBiUSP.




Estilo Administrativo


      A organização adota uma gestão hierárquica, conforme organograma visto no
capítulo   Estrutura   Organizacional   e   Administrativa.   Fazendo   uma     análise
descendente, em primeiro lugar, está a administração da USP, ou seja, o reitor. Logo
abaixo, está o Conselho Supervisor. Quem responde ao Conselho é o Departamento
Técnico e sua Diretora que, por sua vez, tem relatos de cada uma das Divisões e
Seções de Apoio.

      Apesar da hierarquia bem definida, o relacionamento dentro da central SIBiUSP
é amigável e próximo. Nesse ambiente trabalham 60 pessoas, sendo que parte
desses funcionários pertence às seis Divisões de Gestão e ao Departamento Técnico.
Isso ocorre porque todos estão instalados dentro de um único grande gabinete.


                                                                                     26
Já a relação entre a central administrativa e as bibliotecas é mais restrita.
A gestão das bibliotecas é dividida entre o SIBiUSP e as diretorias das unidades de
ensino. Demandas como profissionais contratados e reformas, por exemplo, são
responsabilidade das unidades de ensino. Outras questões como a administração do
acervo e o apoio ao desenvolvimento estão sob gestão do SIBiUSP.

      Como a função da central do SIBiUSP é organizar e uniformizar as funções
administrativas, há uma forte centralização dos processos e verticalização da
comunicação. Há pouca abertura para participação das bibliotecas em qualquer
processo de decisão.

      Uma biblioteca, por exemplo, não pode adquirir nenhum livro sem a aprovação
da central. Sendo assim, no que se refere às funções administrativas e técnicas, as
bibliotecas não possuem participação nem poder de mudança. Porém, as funções
gerenciais das bibliotecas - como, por exemplo, nomeação de cargos e contratação de
funcionários - e de infraestrutura - são responsabilidades das mesmas e das Unidades
as quais são vinculadas, o que confere certa autonomia gerencial a cada uma.




Comunicação


      Integrar o acervo do conhecimento, contribuir para o desenvolvimento e a
inovação das bibliotecas e a gestão do fornecimento de recursos estão entre os
objetivos do SIBiUSP. A organização centraliza essas atividades, que são
desenvolvidas por diversas unidades isoladas, para que as mesmas possam ser
centralizadas em um único lugar de fácil acesso. Dessa forma, o relacionamento
próximo com as bibliotecas acaba não acontecendo, e o vínculo acaba constituído
apenas por contatos pontuais destinados a funções administrativas como: aquisição
de livros, controle dos acervos, problemas técnicos relacionados aos sistemas
SIBiUSP, informes e comunicados oficiais e divulgação de eventos.

      Não há nenhuma forma de manutenção do relacionamento com as bibliotecas
e também não existe nenhum tipo de feedback com relação aos processos internos.
A principal forma de monitoramento e de comunicação entre a central SIBiUSP e as
bibliotecas vinculadas ao sistema é o relatório anual.

                                                                                  27
Por outro lado, dados vindos das bibliotecas, como número de empréstimos,
número de acessos ao sistema, entre outros, são obtidos em tempo real pelo próprio
sistema SIBiUSP. Alguns outros dados, como número de visitantes, no entanto, são
passados à central pelas bibliotecas por meio do relatório anual.




Novos Projetos


       Existe uma tentativa de disponibilizar dados em tempo real, ramificando o
relatório anual em diversos relatórios feitos ao longo do ano, para gerar um controle
maior e mais dinâmico do que está acontecendo em cada biblioteca. Outro projeto em
vista é a construção de um espaço no portal que seja possível o compartilhamento de
agenda de atividades entre as bibliotecas.

       Além disso, uma das metas da organização é ser cada vez mais acessível não
só à comunidade acadêmica, mas também à toda sociedade, de forma que as
bibliotecas possam ser crescentemente reconhecidas como espaços construídos para
servir a todos.




2.4    PERFIL ORGANIZACIONAL




       Assim como qualquer outra organização, o SIBi também tem seu perfil
organizacional particular, uma identidade corporativa própria que o caracteriza e
distingue e destaca das demais instituições. Esses elementos de distinção foram
reunidos para levantar o perfil organizacional do cliente, conforme segue abaixo.




Princípios Organizacionais


       O SIBi tem uma identidade corporativa, isto é, uma missão, uma visão e um
conjunto de valores definidos. Segundo o próprio órgão, o posicionamento da
organização é estabelecido a partir das informações a seguir:

                                                                                    28
Identidade Organizacional


      MISSÃO
      “Promover o acesso e incentivar o uso e a geração da informação, contribuindo
para a excelência do ensino, pesquisa e extensão, em todas as áreas do
conhecimento, com a utilização eficaz dos recursos públicos.”


      VISÃO
      Consolidar sistema de gestão até 2012.


      VALORES
      Manter o compromisso com a democratização do acesso à informação de
forma equitativa, respeitando a ética, os valores humanos e a sustentabilidade.




Produtos e Serviços


      O principal produto do SIBiUSP atualmente é o portal DEDALUS, vinculado ao
SIBinet, que é um banco de dados bibliográficos da USP. Segundo a organização,
esse produto é o carro-chefe. Além desse, podemos citar ainda:

      o Revistas Eletrônicas;
      o Livros eletrônicos (e-books) fornecidos pelo Consórcio CRUESP de
          Bibliotecas e que conta com o apoio da FAPESP (Fundação de Amparo à
          Pesquisa do Estado de São Paulo) e que coloca à disposição das três
          Universidades Estaduais Paulistas (USP, UNESP e UNICAMP) livros
          eletrônicos relacionados às mais diversas áreas do conhecimento;
      o Portal de Revistas da USP que hoje disponibiliza 60 revistas eletrônicas,
          que ao final de 2012 vai passar a contar com aproximadamente 200
          publicações;
      o Biblioteca Digital de Obras Raras e Especiais e a Biblioteca Digital de
          Teses e Dissertações.



                                                                                  29
Todos esses recursos estão disponíveis para a comunidade USP e usuários
das bibliotecas de acordo com contratos de licença firmados junto aos fornecedores.
Os produtos e serviços são oferecidos nos sete campi universitários da USP: São
Paulo, Bauru, Ribeirão Preto, São Carlos, Piracicaba, Pirassununga e Lorena. Assim,
o SIBiUSP pode ser considerado o único órgão da USP que está presente em todos
os campi.

      Atualmente, também há uma forte tendência de migração para acervos on-line:
a digitalização de obras raras e a disponibilização de e-Books fazem parte dessa
tentativa. Além disso, desde o fim de 2011, o SIBiUSP mantém uma parceria com a
Brasiliana USP para digitalizar livros raros das bibliotecas. Duas máquinas Skyview
adquiridas pelo SIBiUSP, que permitem a digitalização de grandes formatos, foram
emprestadas para a Brasiliana. O SIBi conseguiu a aquisição dessas duas máquinas
por meio de sua parceria com a FAPESP.




Comunicação


      As    formas   de      comunicação   identificadas   no   SIBiUSP   contemplam,
fundamentalmente, a comunicação administrativa, aquela que viabiliza o processo
operacional e organizacional.

      Não existem canais de comunicação formalizados e nem diálogo aberto e
qualificado com seus públicos. Cada biblioteca gerenciada pelo SIBiUSP é
responsável pela comunicação com a unidade onde está localizada e com seus
públicos de interesse de maneira independente.

      Entretanto, o SIBiUSP demonstrou conhecimento acerca da importância da
comunicação estruturada e, com o recente posicionamento de caráter mais
estratégico, considera importante o estreitamento com os públicos de seu interesse
direto e de interesse das bibliotecas que administra. A organização também entende
que o diálogo qualificado com os stakeholders é um ponto-chave para atingir seus
objetivos organizacionais.

      No que se refere aos canais e veículos impressos, não é possível identificar
publicações formais. Eventualmente, a organização produz internamente cartazes de

                                                                                   30
divulgação do SIBiUSP ou de eventos específicos e distribuem via malote para todas
as unidades de bibliotecas dos campi.

       No campus principal, em São Paulo, há esforço para impressão da agenda
semanal dos diretores de modo que fique exposta em local comum e visível para
todos. Recentemente, essa unidade do SIBiUSP adquiriu uma televisão para que as
agendas fossem disponibilizadas, mas o equipamento ainda não é utilizado.

       O SIBiUSP possui contas no Facebook e no Twitter, bem como um site
institucional, todos administrados por funcionários do SIBiUSP. No entanto, o diálogo
com seus públicos por meio desses canais ainda está em fase de aperfeiçoamento,
devido a falta de recursos humanos e expertise.

       O SIBiUSP envia comunicados sobre processos e eventos para seus públicos,
em situações pontuais, por meio de ferramentas não institucionais, oferecidas pelo
Google - como o Google Groups, por exemplo - uma vez que o e-mail USP não
permite o envio para mais de 300 endereços simultaneamente. Além disso, organizam
o mailing de contatos da USP - alunos, comunidade científica e públicos externos à
Universidade – no Google Docs.

       A comunicação face a face é um recurso utilizado pelos funcionários que
naturalmente veem essa forma de interação como meio de agilizar processos e
aproximar pessoas. Esse canal de comunicação pode ser identificado, por exemplo,
no campus principal de São Paulo, onde todos trabalham no mesmo espaço físico.
Essa interação, no entanto, não acontece entre as unidades de bibliotecas que estão
distribuídas   em   diferentes   regiões   do   Estado.   Essas   unidades   possuem
relacionamento estritamente administrativo e de reporte de informações ao SIBiUSP,
o que configura um quadro de pouca ou nenhuma interação entre elas.

       Além disso, o SIBiUSP não tem contrato, nem parceria com agências de
comunicação ou assessorias de imprensa. Os conteúdos são produzidos localmente e
encaminhados para os contatos da Imprensa USP, do Jornal da USP, da USP Online
e de outros canais internos da Universidade.

       O SIBiUSP realiza ações pontuais de comunicação em eventos de museus,
como a exposição itinerante ao longo do Estado de São Paulo, “Conhecimento:
custódia e acesso” em comemoração aos 30 anos de atividade do SIBiUSP. Também
participa esporadicamente de feiras voltadas ao setor de biblioteconomia e programas
                                                                                   31
de TV. Atualmente, por exemplo, possue um quadro em parceria com a TV USP, que
entrevista e promove debates com personalidades da Universidade.




Figura 7. Painel da exposição “Conhecimento: custódia e acesso”, promovida pelo SIBiUSP.
Fonte: Site oficial da USP, Sala de Imprensa. Disponível em: <http://www.usp.br/imprensa/?p=18927>.




        Quanto à comunicação entre seus funcionários, não há uma intranet. Para
oficializar a comunicação são utilizados e-mails institucionais e ferramentas do
Google, como Google Groups, Google Agenda e Google Docs, que são
compartilhados entre os funcionários.




2.5     IDENTIDADE VISUAL DA ORGANIZAÇÃO




        Durante a sua história, o SIBiUSP adotou várias logomarcas. Ao longo de muito
tempo, veiculou logomarcas diferentes em diversos canais. Por conta disso, não está
associado a uma marca ou identidade visual única. Na figura 8 podemos observar a
evolução da identidade visual do SIBiUSP:



                                                                                                      32
Figura 8. Logomarcas que o SIBiUSP já utilizou.

            Fonte: Site SIBi, disponível em: < http://www.usp.br/sibi//>.




          A organização tentou corrigir esse conflito de várias imagens com a
modificação da logomarca para o aniversário de 30 anos. O SIBiUSP pretende utilizar
a nova logomarca, desenhado pelo Prof. Heliodoro Teixeira Bastos Filho, da Escola
de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). O professor,
conhecido como Dorinho, redesenhou a logomarca especialmente para a exposição
do Museu da Língua Portuguesa - “Conhecimento: Custódia e Acesso” -, mas a nova
logomarca foi utilizada em outros canais e divulgações, na tentativa de unificar e
consolidar a marca.




Figura 9. Logomarca do SIBiUSP para o aniversário de 30 anos de atividade do órgão.
Fonte: Hotsite comemorativo do SIBi, disponível em: < http://www.sibi.usp.br/30anos/>




                                                                                        33
Públicos de relacionamento


      Os públicos abaixo estão citados em ordem de interesse, de acordo com a
organização:

      1) Dirigentes das Unidades;
      2) Docentes;
      3) Pós-Graduandos;
      4) Graduandos;
      5) Funcionários.




Certificações


      Nem o SIBiUSP e nem sua área de atuação possuem certificados
reconhecidos. No entanto, existem duas bibliotecas da Universidade que ganharam
um prêmio de Qualidade por terem seguido com excelência sistemas e processos
como o 5S em suas bibliotecas. As instituições premiadas foram a biblioteca da
ESALQ - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" e a biblioteca do IFSC -
Instituto de Física de São Carlos.




Temas de Relevância Social


      O SIBiUSP doa livros - que não se enquadram às bibliotecas de nenhuma das
unidades - à comunidades e aos cidadãos interessados em material de qualidade,
desde que a retirada desse material seja combinada com antecedência junto ao
Departamento Técnico. Além disso, como a organização está trocando os
equipamentos das bibliotecas, pretendem doar os antigos para o Departamento de
Ciência e Tecnologia da Universidade de Angola.




                                                                               34
2.6   CONSIDERAÇÕES GERAIS




      A percepção dos públicos e da comunidade em geral sobre o SIBiUSP é uma
questão relativamente vaga para essa organização e para o setor em que a mesma
está inserida. Esse quadro é reforçado pelo fato de não existirem pesquisas referentes
ao tema, no contexto nacional. Contudo, na literatura internacional, é possível
encontrar pesquisas realizadas no sentido de identificar a percepção das pessoas
sobre as bibliotecas públicas.

      De forma geral, a organização acredita que a maior parte do público atingido
direta ou indiretamente pelos seus produtos e serviços não tem conhecimento sobre a
sua atuação dentro ou fora da Universidade. Segundo o SIBiUSP, se existe algum tipo
de percepção inicial com relação ao trabalho por eles desenvolvido, a mesma está
relacionada às bibliotecas, ou seja, as opiniões tendem a se dividir entre quem
confunde o SIBiUSP com as bibliotecas que são administradas por ele e entre quem
entende que as bibliotecas respondem apenas à sua unidade de ensino.

      Além disso, também não há nenhum tipo de monitoramento sobre a inserção
do SIBi na mídia geral ou especializada, o que dificulta uma análise mais profunda
sobre a imagem que essa organização constrói perante seus públicos. Além disso,
devido a ausência desse monitoramento, não é possível fazer inferências sobre como
tem sido o posicionamento do SIBi ao longo dos últimos anos e como esse tem sido
retratado pelos veículos de comunicação.

      Nesse contexto, é importante verificar se o que a imprensa tem veiculado com
relação ao SIBiUSP está alinhado a sua estratégia e ao papel que a organização quer
assumir perante à comunidade USP e ao público externo. O SIBiUSP, conforme já
citado, conta com a Agência de Notícias da USP e com a distribuição de conteúdo
institucional para um mailing adquirido ao longo de sua atuação.

      Fora isso, o único esforço realizado neste sentido foi o levantamento realizado
após a inserção do SIBiUSP na exposição do Museu da Língua Portuguesa, que
gerou mídia espontânea, mas ao qual não foi obtido acesso para este estudo.

      Como mencionado anteriormente, no Brasil, existem poucos estudos recentes
e pertinentes sobre a percepção a respeito das bibliotecas, e se as mesmas estão
                                                                                    35
vinculadas a instituições públicas ou privadas. A maior parte das pesquisas e
trabalhos publicados sobre o tema estão relacionados à avaliação dos produtos e
serviços oferecidos por bibliotecas espalhadas pelo país. Segundo o SIBiUSP é
possível perceber que a utilização das bibliotecas tem diminuído em todo o mundo,
devido ao acesso fácil e rápido à novas tecnologias fornecedoras dos mais diversos
conteúdos como, por exemplo, a internet e as novas plataformas digitais vinculadas a
ela.

       A partir disto, e considerando o que foi dito com relação à visão do SIBiUSP
para os próximos anos, a organização quer vincular a sua percepção à gestão
estratégica da informação, também almeja ser reconhecido como um espaço de
inovação, ligado aos três pilares da Universidade (Ensino, Pesquisa e Extensão), que
cumpre seu papel de fornecedor e promotor do conhecimento. Vale destacar ainda
que a organização entende que o que é divulgado sobre o seu trabalho é muito
importante para a consolidação e alinhamento da marca com a estratégia de
posicionamento.




                                                                                  36
3     ANÁLISE ESTRATÉGICA




      Após realizado o briefing do cliente, com seus detalhamentos que serão
fundamentais no decorrer do projeto, segue a criação de uma criteriosa e completa
análise estratégica, afim de mapear riscos e pontos de atenção. Segundo
DORNELAS:

                     No plano de Negócios deve ser dada ênfase à análise dos ambientes
                     externo e interno, onde se medem os riscos inerentes ao negócio, as
                     oportunidades de mercado identificadas, os pontos fortes da empresa (seus
                     diferenciais) e, ainda, os seus pontos fracos (onde a empresa precisa
                     melhorar). Só depois de uma análise ambiental criteriosa é que a empresa
                     poderá estabelecer seus objetivos e metas, bem como as estratégias que
                     implementará para atingi-los. (DORNELAS, 2005, p.154).




3.1   ANÁLISE SETORIAL




      O SIBiUSP, como unidade vinculada à Universidade de São Paulo, também
pode ser considerada uma organização pública. As suas atividades estão inseridas
dentro do contexto da Universidade, ligadas ao conhecimento e à pesquisa. Nesse
sentido, mesmo dentro de uma dinâmica diferente, o SIBi está diretamente ligado ao
Ensino Superior e ao seu desenvolvimento no País. Por isso, será baseado no Ensino
Superior o desenvolvimento da análise setorial.

      Antes serem analisados os atores da Educação Superior no Brasil, como
concorrência e mercado consumidor, é necessário o entendimento sobre o contexto
do setor em questão, principalmente no âmbito da pesquisa e pós-graduação. Para
tal, serão apresentandos dados que apontam a amplitude e o crescimento do
segmento. O intuito é situar a área e posicionar o SIBiUSP dentro do crescimento do
País no âmbito educacional e científico, utilizando diversos rankings internacionais e
pesquisas realizadas nos últimos anos.

      Para começar, é importante dizer que o ensino superior é considerado o nível
mais elevado dos sistemas educativos. Desde 1950, a Convenção Europeia dos
Direitos Humanos obriga todos os signatários, incluindo o Brasil, a garantir o direito à
educação. O Pacto Mundial dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, das Nações
                                                                                            37
Unidas, de 1966, estabelece que “a educação superior deverá tornar-se de acesso
igualitário a todos, com base na capacidade, por todos os meios apropriados e, em
particular, pela introdução progressiva da educação gratuita”.



3.1.1 PANORAMA GERAL DO ENSINO SUPERIOR




Tendências Mundiais


       Segundo Porto e Régnier (2003), a transformação mais marcante no ensino
superior em escala mundial está ligada à expansão do acesso ao longo da última
década. Analisando o comportamento desse setor nos últimos anos, os autores citam
uma afirmação de um documento da UNESCO (Organização das Nações Unidas para
a Educação, a Ciência e a Cultura), de 1999:

                        a experiência comum de numerosos países é que o ensino superior não é
                        mais uma pequena parcela especializada ou esotérica da vida de um país.
                        Ele se encontra no próprio coração das atividades da sociedade, é um
                        elemento essencial do bem-estar econômico de um país ou região, um
                        parceiro estratégico do setor do comércio e da indústria, dos poderes
                        públicos, assim como das organizações internacionais. (UNESCO, 1999,
                        p.246).


       Abaixo alguns dados sobre a distribuição de estudantes segundo regiões:

Tabela 4. Número de estudantes, por 100.000 habitantes, por região, 1980-1995.




Fonte: UNESCO – CRUB 1999 – p. 247
                                                                                             38
Ainda segundo Porto e Régnier (2003), o setor vem se transformando devido à
globalização e as novas dinâmicas econômicas. A intensificação da competição, o
surgimento da “indústria” do conhecimento, a desverticalização das universidades e a
formação de parcerias, estimulam as principais mudanças no setor. Além disso, as
mudanças na estrutura setorial estão levando ao surgimento de novos protagonistas
concorrentes e parceiros das Universidades em todo o mundo.

      Nesse sentido, a própria relação das Universidades com a sociedade se
modifica: “ao extrapolar seus papéis clássicos, as Universidades se tornaram mais
visíveis, vulneráveis e menos protegidas perante a sociedade” (PORTO;
RÉGNIER, 2003, p. 20). A natureza da prestação de serviços tende, cada vez
mais, para uma aprendizagem continuada e também para a diversificação dos
serviços e ausência de fronteiras rígidas entre esses dois aspectos. Com isso, “o
modo de execução das atividades acadêmicas tende a sofrer profundas mudanças,
influenciadas pelas novas tecnologias e pelo modelo de produção em massa”
(PORT; RÉGNIER, 2003, p. 21).

      Além disso, existem transformações relativas tanto ao macro contexto
internacional quanto ao contexto específico de desenvolvimento do ensino
superior, cujos contornos definem as principais tendências para os próximos anos.
Para os autores, no que se refere às tendências já consolidadas pode-se citar: o
declínio das taxas de crescimento demográfico e progressivo envelhecimento da
população; aceleração da produção científica e tecnológica; mudança nos padrões
de competitividade das nações; crescente disponibilidade de novas tecnologias
para a educação e crescimento da educação à distância; redefinição da estrutura
do mercado de trabalho, do conteúdo do trabalho e das condições de
empregabilidade; crescimento da educação continuada; consolidação da educação
como objeto de aspiração dos jovens e de suas famílias.

      Como mudanças em andamento e tendências para o futuro podemos citar:
globalização do mercado de trabalho; incremento no fluxo internacional de
estudantes; empresas produtoras de tecnologia atuando como certificadoras de
conhecimento; desterritorialização e internacionalização da oferta de ensino
superior e serviços associados; maior presença das universidades corporativas;
novos arranjos institucionais – criação de universidades virtuais e a formação de
consórcios; formação de parcerias entre instituições de ensino superior;
                                                                                  39
acirramento da concorrência e transformação no padrão de atuação das
instituições de ensino superior; e presença de novos atores no campo da
educação.




O cenário brasileiro


      Para Porter e Régnier (2003), o sistema de ensino superior brasileiro está
passando    por   profundas     transformações.   A   diversificação   dos   tipos   e
modalidades de cursos oferecidos; a profissionalização da gestão das instituições
de ensino; a difusão da cultura da avaliação; e a atração de novos investimentos
estão entre as principais mudanças do contexto. As instituições privadas
configuram-se como um ator cada vez mais relevante nesse cenário e podem
ajudar o setor a se expandir.

      No Brasil, segundo o Governo Federal, o ensino superior é oferecido por
universidades, centros universitários, faculdades, institutos superiores e centros de
educação tecnológica. Assim, os cidadãos podem optar por três tipos de graduação:
bacharelado, licenciatura e formação tecnológica. Os cursos de pós-graduação são
divididos entre lato sensu (especializações e MBAs) e strictu sensu (mestrados e
doutorados).

      Ainda segundo o Governo Federal, além da forma presencial, em que o aluno
deve ter frequência em pelo menos 75% das aulas e avaliações, ainda é possível
formar-se por ensino a distância (EAD). Nessa modalidade, o aluno recebe livros,
apostilas e conta com o suporte da internet. A presença do aluno não é necessária
dentro da sala de aula. Existem também cursos semipresenciais, com aulas em sala
e também à distância.

      A unidade responsável por garantir que a legislação educacional seja
cumprida para garantir a qualidade dos cursos superiores no País é a Secretaria
de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres), órgão do Ministério da
Educação. O Índice Geral de Cursos (IGC), divulgado uma vez por ano e
coordenado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira (Inep) e pelo Ministério da Educação (MEC), é utilizado em todo o País
para medir a qualidade dos cursos de graduação. O IGC usa como base uma
                                                                                     40
média dos conceitos de curso de graduação da instituição, ponderada a partir do
número de matrículas, somados às notas de pós-graduação de cada instituição de
ensino superior.

      Segundo dados atuais do Inep, a velocidade do crescimento do ensino
superior no Brasil diminuiu fortemente a partir do ano de 2005. A tendência é
preocupante, uma vez que a economia do país está em crescimento e demanda
profissionais qualificados.

      Em 2010, por exemplo, as instituições de ensino superior públicas formaram
178.407 profissionais, 24 mil a menos do que os 202.262 de 2004. Nesses seis
anos, a queda no número de concluintes foi de 1,8% ao ano. Essa desaceleração é
generalizada, mas atinge de forma menos intensa as instituições privadas do setor.
A queda na taxa de crescimento é mais intensa justamente nas instituições de
ensino superior classificadas como universidades, onde se espera aliar ensino e
pesquisa para formar os estudantes de forma mais completa. De 1995 a 2005, a
taxa média de crescimento foi de 11% por ano. A partir de 2005, o crescimento
tem sido pequeno, girando em torno de 0,2% ao ano. Com isso, em 2010, menos
estudantes se graduaram em universidades do que em 2007.

      Os efeitos atingem também os cursos de pós-graduação: de 1995 a 2004, o
número de doutores formados cresceu ao ritmo de 15% ao ano. De 2005 a 2010, o
ritmo de crescimento caiu para um terço, 5% por ano. Em 2010, titularam-se
menos doutores do que em 2009.

      Com o fim do crescimento no sistema público, a privatização do Ensino
Superior após 2003 avançou de maneira nunca vista. Em 1995, 37% dos
concluintes completaram seus estudos em instituições públicas. Em 2003, foram
32% e em 2010, o percentual caiu para apenas 22%.

      As razões para essa “parada” no crescimento pode estar ligada a política
recente do MEC que privilegia a expansão do número de instituições do ensino
superior federal sem levar em conta a distribuição no território nacional do número
de estudantes que concluem o ensino médio. Outro fator importante é o fraco
desempenho das instituições de ensino médio no país. A universalização do
acesso ao ensino fundamental, nos anos 1990, trouxe a expectativa de um


                                                                                 41
aumento forte no ensino médio, mas em 2010 houve menos concluintes do que em
2003, com um decréscimo anual de 0,5% ao ano.

      Apesar desse quadro de diminuição do crescimento do ensino superior no País,
a pesquisa “Olhares sobre a educação Ibero-Americana”, divulgada em setembro de
2012 pela Organização dos Estados Ibero-Americanos para Educação, a Ciência e a
Cultura (OEI) traz outro olhar. Nos países da América Central e América Latina, a
população acredita que a educação vai melhorar na última década. Os brasileiros
estão entre os mais otimistas em relação ao futuro da educação no País nos próximos
dez anos. Para 62% dos entrevistados, a educação vai melhorar, 26% acreditam que
ficará no mesmo patamar e 9% avaliam que irá piorar.

      Para o secretário-geral da OEI, esse otimismo do cidadão é um fator de
enorme pressão aos sistemas educativos, uma vez que as expectativas positivas
contribuem fortemente para que a educação funcione. Apenas o Paraguai tem um
resultado melhor: 64% esperam avanços na área. Já os hondurenhos são os que
menos acreditam no futuro do sistema educacional: só 26% acham que a situação irá
melhorar, enquanto 37% acreditam que ficará no mesmo nível e 23% preveem piora.
Em todos os países, o percentual de pessoas que avaliam de forma positiva o futuro
da educação é superior ao daquelas que têm uma percepção negativa.

      Por outro lado, os brasileiros estão entre os que têm a pior avaliação sobre a
qualidade do ensino público. A nota atribuída pelos entrevistados, em uma escala de 0
a 10, foi 5,2 pontos, a quarta mais baixa entre os países pesquisados, ao lado de
Honduras. O país que, na avaliação dos entrevistados, tem o pior sistema de ensino é
o Chile, cuja nota foi 4,6. Os mais satisfeitos são os costa-riquenhos e os
nicaraguenses, que atribuíram nota 7 à educação.




3.1.2 AMPLITUDE E CRESCIMENTO DA PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO NO
BRASIL




      Segundo informações contidas no site do Governo Federal, o Brasil é o 13º
país em maior volume em produção científica no mundo. Nossa taxa de crescimento
na elaboração de trabalhos científicos tem sido de 8% ao ano, enquanto a média
                                                                                   42
mundial circula em torno de 2%. Esses números são auxiliados principalmente pelos
órgãos governamentais de apoio à pesquisa brasileira, como a Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e o Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Também fazem parte do incentivo
à pesquisa iniciativas de empresas privadas.

      Ainda segundo dados do Governo, nos últimos anos, o país aumentou cerca de
50% o número de artigos publicados em periódicos internacionais especializados do
segmento. Aproximadamente 2% de toda produção científica do mundo hoje é
brasileira. Além disso, o País possui um número de estudantes de mestrado e
doutorado cerca de 10 vezes maior do que há 20 anos.

      Já no âmbito da pós-graduação, segundo avaliação realizada em 2011 pela
Capes, o número de cursos no Brasil cresceu 20,8% nos últimos três anos. A região
Sudeste é a que concentra o maior índice de cursos - por volta de 50% de todo o país
- e também possui a maior taxa de cursos de excelência – cursos com notas 6 ou 7 na
avaliação - , com 78%.

      A região Norte do País é a que tem apresentado o maior crescimento nos
últimos anos, que fica em torno de 35%. Esse crescimento está ligado, em grande
parte, ao baixo nível de desenvolvimento do Ensino Superior em anos anteriores na
região. Contudo, no que se refere à qualidade, a região Norte possui apenas dois
cursos considerados de excelência, ou seja, 1% do total da região, que é de 157
cursos. A maioria tem a nota mínima exigida pela avaliação.




3.1.3 RANKINGS           INTERNACIONAIS        EM      EDUCAÇÃO        SUPERIOR:
CLASSIFICAÇÕES DA USP E DO BRASIL




      Comparada às outras Universidades do Estado de São Paulo, a Universidade
de São Paulo é a que possui maior reconhecimento internacional, tendo em vista suas
posições em rankings como o “World Reputation Ranking 2012”, que elege as 100
universidades com melhor reputação mundial. Nele, a USP está classificada na
categoria 61-70. Entre as Universidades com menos de 50 anos, a UNESP e
UNICAMP foram listadas em 2012 entre as 100 melhores do mundo, segundo a
                                                                                  43
tradicional instituição londrina Times Higher Education que, pela primeira vez, realizou
uma pesquisa segmentada no ramo.

      No QS World University Ranking, divulgado no início de setembro de 2012, da
organização inglesa Quacquarelli Symonds, a Universidade de São Paulo ocupa a
posição do 139º lugar no ranking das 700 maiores. Isso representa uma subida de 30
posições em relação a 2011. Apenas outras duas universidades brasileiras
contemplam posições entre os primeiros 400 nomes: a Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp), em 228º, e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ),
em 333º. Já no ranking que contempla somente as universidades da América Latina, a
USP recebeu a primeira posição, ficando o segundo lugar para a Pontificia
Universidad Católica de Chile e o terceiro para a Unicamp.

      Já no Times Higher Education 2011, o ranking das 200 melhores universidades
do mundo, a USP está na 178ª posição e também é a única representante da América
Latina. O diferencial desse ranking é seu embasamento em 13 indicadores, com
destaque para investimento à pesquisa, publicações científicas, número de
doutorados e de estudantes estrangeiros.

      O ARWU (Academic Ranking of World Universities), sigla em inglês, é realizado
pela Universidade Jiao Tong, de Xangai e também analisa as melhores universidades
do mundo. A edição de 2011 detectou que a USP é a Universidade com maior número
de doutorados defendidos. Neste mesmo ranking, encontramos as três maiores
universidades brasileiras: a USP na categoria 101-150, a UNICAMP em 201-300 e a
UNESP na categoria 301-400. O universo dessa pesquisa abrange um total de 682
instituições globais. Vale lembrar que, neste cenário, o nome SIBiUSP, aliado à
Universidade, pode ser uma força para a atuação deste órgão no Brasil.

      Outro ranking importante para as universidades brasileiras é o Webometric,
publicado pelo site Web of the World Universities. Na edição de 2012, a USP aparece
em primeiro lugar entre as melhores universidades da América Latina. A Universidade
Estadual Paulista (UNESP) é a quarta melhor instituição de ensino, atrás da
Universidade de São Paulo, da Universidad Nacional Autónoma de México e da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

      No Índice Geral de Cursos (IGC), ranking brasileiro divulgado pelo MEC em
2011, a UNICAMP foi considerada a melhor universidade do país. O índice mede a
                                                                                      44
qualidade de cursos de graduação considerando o Conceito Preliminar de Curso
(CPC), em combinação com o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes
(Enade). A Universidade de São Paulo não é avaliada por esse índice, uma vez que
não participa do Enade. Vale ressaltar que 2011 foi o primeiro ano em que a
UNICAMP se classificou no IGC, pois nos outros anos, ela também não participava do
Exame Nacional.

      No caso do Brasil, identificamos ainda que essa situação possibilitou também a
projeção do país como referência em pesquisa e produção científica. Os indicadores
FAPESP de Ciência, Tecnologia e Inovação afirmam que os pesquisadores no Brasil
são responsáveis por 56% dos artigos científicos publicados pela América Latina.
Segundo a FAPESP, pesquisadores no Estado de São Paulo publicaram, de 2008 a
2010, 43.535 artigos científicos em revistas cadastradas no Web of Science,
quantidade que supera a quantidade de todos os outros países latino-americanos
somados.

      Ao observar as classificações tanto da Universidade de São Paulo quanto do
Brasil nos rankings, é possivel afirmar que o contexto atual é propício ao
desenvolvimento de pesquisas científicas e exposição do Brasil no setor acadêmico
mundial. Dessa forma, o apoio à pesquisa tende a ganhar força dentro da atuação do
SIBiUSP. Além disso, os serviços da organização encontram nessas classificações
uma oportunidade para ganhar destaque tanto no país quanto no mundo, tendo em
vista que o mesmo é uma das principais fontes de busca utilizada nessas produções.



3.1.4 O    SIBI   E   O   ENSINO      SUPERIOR      –   POSICIONAMENTO          DA
ORGANIZAÇÃO NO SETOR




      Analisando o exposto acima, é possível identificar algumas tendências do setor
na realidade do SIBiUSP. A aceleração da produção científica e tecnológica e a
crescente disponibilidade de novas tecnologias para a educação são dois pontos que
se aproximam muito da atuação do SIBi. Segundo o Relatório da Gestão da Diretoria
Técnica do SIBiUSP (Set. 2007-Abr. 2010), a ação da organização transcende as


                                                                                     45
estruturas administrativas e perpassa, horizontalmente, por todos os segmentos da
Universidade.

      Além disso, é importante destacar que, segundo Porto e Régnier (2003), as
organizações produtoras de tecnologia tendem a atuar como certificadoras de
conhecimento e a parceria entre instituições de ensino tendem a crescer. Esses são
outros dois pontos muito representativos para a atuação do SIBiUSP, conforme será
desenvolvido posteriormente.

      Em recente pesquisa feita pelo jornal Folha de S. Paulo e divulgada no mês de
setembro de 2012, a Universidade de São Paulo lidera o grupo de instituições com
maiores notas entre avaliadores do mercado e da academia. A pesquisa foi feita em
dois grupos: profissionais de Recursos Humanos foram entrevistados e apontaram as
universidades, faculdades e centros universitários cujos formados têm preferência nos
seus processos seletivos. Já os pesquisadores citaram quais escolas superiores do
país, na sua avaliação, oferecem o melhor ensino. Nas figuras abaixo podemos
observar a liderança da USP nas duas avaliações:




                 Figura 10. RH X Cientistas – As melhores instituições de
                 ensino, segundo empresas e pesquisadores.
                 Fonte: Editoria de Arte – Folhapress.



      Nessa pesquisa, a Folha analisou nove indicadores das Universidades
relacionados à pesquisa científica, como proporção de professores com doutorado,
número de artigos científicos por docente e número de publicações. Numa escala de 0
a 55, a USP foi a campeã com 54,38 pontos. Essas informações somadas aos dados

                                                                                   46
que os rankings levantados acima fornecem, demonstram qual é a importância e a
posição que o SIBiUSP assume no setor.

      Apesar das adaptações que a organização precisa desenvolver para atender
às novas demandas do ensino superior e competir com o “mercado” internacional, a
USP está sempre classificada entre as melhores posições de quase todos os rankings
avaliados e se destaca nos cenário nacional e internacional.

      A pesquisa acadêmica tende a se fortalecer nos próximos anos e já tem sido
avaliada de forma positiva na USP. O SIBiUSP, portanto, precisa acompanhar e gerir
de forma estratégica todas essas tendências. A Universidade de São Paulo já
conquistou um grande terreno no ensino superior brasileiro e usufrui de uma boa
reputação. O SIBiUSP, então, tem potencial para se tornar uma organização não só
de referência, mas também de excelência no seu campo de atuação, de forma a se
posicionar entre as maiores do setor.




3.1.5 A CONCORRÊNCIA NO SETOR PÚBLICO – O SIBIUSP E OS
CONCORRENTES PARCEIROS




      Segundo Porter (1986), “a essência da formulação de uma estratégia
competitiva é relacionar uma companhia ao seu meio ambiente. Embora o meio
ambiente relevante seja muito amplo, abrangendo tanto forças sociais como
econômicas, o aspecto principal do meio ambiente da empresa é a indústria ou as
indústrias em que ela compete” (PORTER, 1986, p. 22). O conceito de
competitividade discutido atualmente segue, em grande parte, a abordagem sugerida
por Michael Porter, conhecido por ser um ícone importante dos princípios
fundamentais da concorrência. Para o autor, a competitividade é a habilidade ou
talento resultantes de conhecimentos adquiridos capazes de criar e sustentar um
desempenho superior ao desenvolvido pelos seus concorrentes.

      Contudo, se considerarmos o SIBiUSP como uma instituição vinculada à uma
Universidade pública, ou seja, que recebe recursos e investimentos do Governo (no
caso da USP, do Governo Estadual) para desenvolver suas atividades, o conceito de

                                                                                47
concorrência proposto por Porter ganha outras dimensões. Visto que, a Universidade
e, por consequência, o próprio SIBiUSP, não procuram obter lucro com os serviços
que são oferecidos por eles, não faz sentido falarmos, por exemplo, em concorrentes
diretos. A realidade que envolve organizações ligadas ao primeiro setor é diferente,
uma vez que o principal componente “disputado”, o lucro, não está presente neste
contexto.

       É claro que, ainda assim, é importante que exista um conhecimento prévio dos
prováveis movimentos de cada organização inserida no mesmo setor de atuação do
SIBiUSP, já que elas podem interagir entre si e esse contato é fundamental para se
entender as condições futuras do ramo. Entretanto, essas organizações, assumem
aqui, um sentido muito mais de “parceiras” do que de “concorrentes” propriamente
ditos. Sendo assim, elas podem construir relações que beneficiem ambos os lados.
Porter (1986) também aborda a concorrência sob a perspectiva da cooperação, na
qual, como dito anteriormente, não há disputa por lucro.

       É interessante destacar ainda a questão da expansão dessas organizações
que, mesmo não prevendo lucro em suas atividades, demonstram certo empenho em
atrair e atingir cada vez mais usuários. Mesmo assim, os movimentos desses
“parceiros”, por assim dizer, não têm como objetivo prejudicar o desempenho das
atividades do outro, mas podem, em alguns casos, convergir e trazer benefícios para
todo setor. Outro ponto interessante é que, pela ausência de concorrência direta, os
“parceiros” podem compartilhar melhores práticas em determinadas questões e
processos, contribuindo para o aprimoramento de pontos falhos. O intuito, neste caso,
é a melhoria do setor, pois, se o mesmo cresce e se desenvolve, todos podem se
beneficiar.

       Sendo assim, toda a análise feita em relação à concorrência, à partir daqui, vai
considerar a ideia de “parceiros” pelos motivos acima expostos. A importância de
destacar esse ponto está no fato de que muitos conceitos e abordagens presentes na
análise da concorrência, não se aplicam ao SIBiUSP ou precisam ser adaptados à sua
realidade, considerando-se que é uma organização diretamente ligada à uma
instituição pública de ensino e que, portanto, pode ser enquadrada no chamado
primeiro setor.



                                                                                     48
3.1.6 BENCHMARKING




        Para realizar o benchmarking da organização, foram escolhidas duas dentre as
maiores universidades do mundo de acordo com o ranking da QS Top Universities e
também as duas universidades parceiras do SIBiUSP.

        As duas universidades escolhidas para o benchmark mundial foram a
Universidade de Columbia e a Universidade de Cambridge. A escolha se deteve em
uma universidade dos Estados Unidos e uma universidade da Inglaterra para tentar
abranger dois lugares muito diferentes do ponto de vista cultural e também porque a
partir do ranking esses são os dois países cujas universidades aparecem nos
primeiros lugares da lista.

        As universidades brasileiras escolhidas foram as duas consideradas
concorrentes parceiras pela própria organização, que são a Unesp e a Unicamp.

        O benchmarking foi realizado com base na observação de websites e produtos
digitais das universidades citadas acima.




O SIBiUSP e os principais parceiros no setor


        O SIBiUSP é uma organização que dispõe de um banco de dados muito
extenso e, por isso, é necessário fazer algumas inferências considerando aspectos
como acervo, rankings e gráficos. Nessa etapa, serão analisados numericamente os
dados disponíveis, conforme listados na tabela a seguir do ano de 2009, fornecida
pela organização. Estas informações serão utilizadas em comparação com cada
parceiro:


Tabela 5: Acervo das bibliotecas da USP.

                                  Livros e     Empréstimos/                  Número de     Número de
            Instituição                                          Usuários
                                   outros       Consultas                    Bibliotecas    Alunos

         USP (SIBiUSP)            2.514.080       4.968.845      138.293          44        88.962

Fonte: SIBiNET USP. Disponível em SIBiUSP em números: <http://www.usp.br/sibi/>



                                                                                                       49
Entre os principais serviços oferecidos pelo SIBiUSP e identificados em outros
parceiros do setor, pode-se citar:


       o Sistema de Bibliotecas da Universidade Estadual de Campinas (SBU -
          UNICAMP);
       o Portal do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais de São
          Paulo (CRUESP), consórcio que reúne o acervo digital das bibliotecas da
          USP, UNICAMP e UNESP;
       o ATHENA, que permite pesquisar os livros, dissertações e e-books da
          UNESP (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita);
       o SBI, Sistemas de Bibliotecas e Informação da Pontifícia Universidade
          Católica de Campinas (PUC-CAMP).


       O CRUESP foi fundado depois do SIBiUSP, no ano de 1994. Porém, apesar
do menor tempo de existência, seu acervo é de enorme representatividade para o
campo da pesquisa acadêmica brasileira. Atualmente, o consórcio é composto por 93
bibliotecas e conta com mais de oito milhões de itens bibliográficos.

       Assim, ao avaliar os resultados tais como quantidade de bibliotecas, frequência
de uso ou acervo de obras, o CRUESP é, em números, um órgão superior ao
SIBiUSP. Vale lembrar que ele se utiliza dos dados do DEDALUS/USP para a
construção de uma plataforma única que engloba os acervos das grandes
Universidades públicas do Estado de São Paulo. Portanto, dentro desse cenário, o
SIBiUSP é uma das peças para a formação de um sistema maior, remetendo à
questão dos “parceiros”.

       O ATHENA, por sua vez, é constituído pelo acervo de 32 bibliotecas das
Unidades Universitárias Experimentais da UNESP, distribuídas em 23 cidades do
Estado de São Paulo. Entre livros, periódicos, partituras, teses e dissertações, seu
acervo é composto pelo total de aproximadamente 1,02 milhões de itens.
Considerando esses dados, avalia-se que o sistema da UNESP, em abrangência - no
que se refere à presença de bibliotecas e à quantidade de arquivos - aproxima-se do
SIBiUSP. É o terceiro sistema mais representativo do Estado de São Paulo, atrás
apenas do CRUESP e do próprio SIBiUSP.


                                                                                    50
Já SBU da UNICAMP é composto por uma Biblioteca Central e outras 26
bibliotecas em faculdades e institutos. Movimenta aproximadamente 1,2 milhão de
consultas anuais a livros, revistas, teses e jornais, incluindo os empréstimos
domiciliares, realizadas por cerca de 30 mil usuários regulares das bibliotecas.
O acervo bibliográfico é constituído por cerca de 505 mil volumes. A Universidade
investe no sistema, a cada ano, recursos da ordem de R$ 10 milhões.

       As coleções das bibliotecas estão à disposição de toda a comunidade para
consulta local, mas o empréstimo é exclusivo para a comunidade UNICAMP.
A localização dos livros, teses e periódicos pode ser realizada através da Internet, por
meio do "Acervus", o sistema de acesso ao banco de dados bibliográficos do SBU,
similar ao DEDALUS.

       Em números, o sistema da UNICAMP ainda é inferior ao SIBiUSP e ao
ATHENA, porém a sua importância é de grande valia para a pesquisa brasileira, visto
que apresenta números altos no que se refere à consultas, empréstimos e recursos.
Como parceiro do SIBiUSP, o SBU contribui de forma significativa para a formação de
um sistema de banco de dados disponível para pesquisadores.

       A seguir, numa visão ampliada sobre o setor, foram traçados gráficos
comparativos entre os sistemas das universidades parceiras citadas, em termos de
acervo, empréstimos, consultas e número de alunos matriculados.

                                                                         4
Gráfico 1: Comparativo de acervo entre os sistemas SBU, CBG e SIBiUSP.




4
 Fontes: SBU> Anuário Estatístico 2012. Disponível em:
<http://www.aeplan.unicamp.br/anuario_estatistico_2012/index_arquivos/marcador2012_port.pdf>;
CGB: UNESP em números. Disponível em: <http://www.unesp.br/guia/numeros.php/>; USP: SIBiUSP
em números. Disponível em: <http://www.usp.br/sibi/. Acessos em 10 set. 2012.
                                                                                            51
Gráfico 2: Número de alunos na USP, Unesp e Unicamp.




Gráfico 3: Quantidade de Bibliotecas da USP, Unesp e Unicamp.




       O público que utiliza todos estes serviços, tanto do SIBiUSP quanto de seus
concorrentes parceiros é composto, majoritariamente, por alunos, tanto de graduação
como de pós-graduação. Os docentes, por sua vez, compõem a segunda parte desse
público, em menor quantidade que os alunos. Analisando os números, não é possível
identificar se os serviços são mais utilizados por alunos ou docentes.

       Os funcionários das universidades podem ser considerados outra parte do
público que utiliza os serviços. No entanto, é possível que esse segmento use os
serviços de forma mais reduzida, pois não estão diretamente envolvidos com
trabalhos acadêmicos. O público externo também pode acessar os produtos, mas de
forma limitada.

                                                                                 52
Gráfico 4: Comparativo entre os números de empréstimos e consultas entre SBU, CBG e SIBiUSP.




       A partir do gráfico acima, conclui-se que há um número muito maior de
consultas e empréstimos na Universidade de São Paulo. Esse fato pode estar ligado
ao número superior de usuários.

       Os gráficos e tabelas abaixo comparam usuários e potenciais usuários da
UNESP, USP e UNICAMP, a partir dos números de alunos, professores e
funcionários:


Tabela 6: Usuários e potenciais usuários da Unesp, Unicamp e USP.

       Usuário                 Unesp    Unicamp       USP
Alunos de Graduação            34.425   17.083      57.300
    Alunos de Pós              12.031   19.718      28.568
     Professores               3.354     2.052       5.865
       Outros*                 8.196    11.901      21.911
         Total                 58.006   50.754      113.644
                           5
Fonte: UNESP em números.




5
 Fontes: UNESP em números. Disponível em: <http://www.unesp.br/guia/números.php/; Unicamp em
números. Disponível em: <http://www.aeplan.unicamp.br/anuário_estatistico_2012/índex_
arquivos/marcador2012_port.pdf>; USP em números. Disponível em: <http://www5.usp.br/USP-em-
numeros/>.
                                                                                               53
Gráfico 5: Comunidade Unesp.




Gráfico 6: Comunidade Unicamp




Gráfico 7: Comunidade USP.




       Conforme os dados anteriores, o número de usuários potenciais da UNESP e
UNICAMP é inferior ao SIBiUSP. O potencial da USP é grande e os seus usuários
representam um grande público para o SIBiUSP, o que demonstra que é preciso
considerar adequadamente seus respectivos perfis e demandas na elaboração de
suas estratégias para a ampliação de seus usuários.



                                                                             54
3.1.6.2 ANÁLISE SOBRE PRÁTICAS DE comunicação DO SIBI E SEUS
PARCEIROS




       O SIBiUSP participou de algumas divulgações, para valorizar e esclarecer o
que é, o que faz e quais são os seus produtos. Recentemente, a exposição
Conhecimento: custódia e acesso foi inaugurada no Museu da Língua Portuguesa,
pela Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, e tem entre seus objetivos
reconhecer os 30 anos de atividade do SIBiUSP. A exposição ficou aberta de 13 de
Março a 13 de Maio de 20126.

       Outro intuito da exposição – não menos importante – é o de explorar o resgate,
a preservação e o acesso ao conhecimento. Segundo a professora Sueli Ferreira, do
SIBi, a biblioteca não trabalha só com a busca, mas também com a concepção do
conhecimento.

       A visita é aberta ao público em geral e atinge camadas importantes da
sociedade, além de ser gratuita. No entanto, a exposição é destinada, principalmente,
aos alunos do Ensino Médio, universitários e pós-graduandos, pesquisadores,
professores e profissionais interessados em produção do conhecimento, recursos de
acesso e recuperação de informação, acervos e bibliotecas memoriais. Além da
cidade de São Paulo, a exposição visitará diversas cidades do Estado de São Paulo, e
pretende alcançar maior número de pessoas. O catálogo da exposição está disponível
na internet.7

       A construção de um hotsite comemorativo aos 30 anos da organização,
lançado recentemente, alterou significantemente a forma como as informações são
transmitidas, a quantidade de material e o acesso a diferentes formatos.

       Esses esforços para divulgar os serviços e produtos oferecidos pelo SIBi,
contribuem significativamente para a projeção da imagem da organização, no sentido
de aproximar o público do sistema e da produção de pesquisa e mostram que a
organização está disposta a tornar-se mais conhecida e realizar seu propósito maior,
que é a transmissão do conhecimento.

6
  Mais informações sobre a exposição estão disponíveis em
<http://www.museulinguaportuguesa.org.br/noticias_interna.php?id_noticia=259 >.
7
  Disponível em < http://200.144.189.88/30anos/?p=1634 >. Acesso em 07 set. 2012.
                                                                                    55
Essas ações, no entanto, ainda precisam ser aprimoradas, pois, de acordo com
os resultados obtidos nos relatórios de avaliação sobre o SIBi, um dos grandes pontos
negativos do sistema para o público acadêmico é o desconhecimento sobre o papel, o
funcionamento e a gestão do sistema que é desempenhada junto às bibliotecas.

      O Portal do Sistema de Bibliotecas da Unicamp também foi reformulado
recentemente e agora apresenta novo layout e mais informações sobre seus produtos
e serviços. É possível encontrar no site informações sobre as bibliotecas da
Universidade, regulamentações de funcionamento do SBU e outras notícias
relevantes tanto às bibliotecas, quanto ao Ensino e à Pesquisa. Há, inclusive, a opção
de visualizar dados de acesso ao site, como quantidade de visitantes, número de
arquivos baixados, quantidade de páginas vistas etc., contribuindo para o aumento de
transparência da comunicação do sistema. Esse tipo de informação, por exemplo, não
é encontrado de forma clara nos portais dos demais parceiros o que representa
resultados concretos dos esforços do sistema da UNICAMP no sentido de se
aproximar do público e tornar seus produtos e serviços mais conhecidos.

      Além disso, workshops têm sido promovidos pelo Sistema de Bibliotecas para
estimular boas ações desempenhadas pelo SBU, como por exemplo, o incentivo à
preservação correta de acervos. A ação contribui para o desenvolvimento de uma
consciência em relação à importância do acúmulo e acesso ao conhecimento
acadêmico e aumenta a visibilidade dos produtos e serviços da organização.

      A Coordenadoria Geral de Bibliotecas da UNESP, por sua vez, possui em seu
ambiente digital de artigos científicos e informações sobre seu acervo, mas não
recebe atualização de layout e funcionalidade sobre seus serviços há algum tempo.
Essa desatualização dificulta o acesso a algumas informações e torna a navegação
no portal uma experiência de maior grau de dificuldade. No entanto, é possível baixar
e-books, periódicos, teses e dissertações. Outro ponto positivo do portal é a parte de
comunicação de atividades desempenhadas pela Universidade no que se refere ao
acervo de conhecimento científico. A seção é atualizada regularmente e informa
notícias relevantes à comunidade, como rankings das universidades, principais
softwares ligados à otimização de pesquisas acadêmicas e informações sobre o
vestibular. Contudo, a organização ainda precisa avançar no que se refere à melhoria
da organização das informações e atualização do conteúdo em geral, para que a sua
comunicação institucional ganhe maior relevância.
                                                                                    56
Projeto Experimental de Relações Públicas - SIBiUSP
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  • 1. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE COMUNICAÇÕES E ARTES DEPARTAMENTO DE RELAÇÕES PÚBLICAS, PROPAGANDA E TURISMO PROJETO EXPERIMENTAL DE RELAÇÕES PÚBLICAS SIBiUSP Bárbara de Brito e Caparroz Fabiana Alves Costa Fabio Henrique de Souza Fernanda Vofchuk Markus Jaqueline Bragatti de Oliveira Tamires Valuta Barussi São Paulo 2012
  • 2. AGÊNCIA SPIN Projeto Experimental para o SIBiUSP; Orientadoras Profª. Drª. MyrlaFonsie Profª. Drª. Valéria Siqueira Castro Lopes; São Paulo, ECA USP, 2012. Projeto Experimental de Conclusão de Curso (Graduação em Comunicação Social com ênfase em Relações Públicas) – Universidade de São Paulo; São Paulo, 2012. 1.Relações Públicas 2. Projeto Experimental 3. SIBiUSP 4. Bibliotecas 5. Planejamento de Comunicação
  • 3. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE COMUNICAÇÕES E ARTES DEPARTAMENTO DE RELAÇÕES PÚBLICAS, PROPAGANDA E TURISMO PROJETO EXPERIMENTAL DE RELAÇÕES PÚBLICAS SIBiUSP Bárbara de Brito e Caparroz Fabiana Alves Costa Fabio Henrique de Souza Fernanda Vofchuk Markus Jaqueline Bragatti de Oliveira Tamires Valuta Barussi Trabalho apresentado à disciplina de Projeto Experimental de Relações Públicas como requisito parcial à conclusão do curso de Relações Públicas na Escola de Comunicações e Artes, da Universidade de São Paulo. Profª. Drª. MyrlaFonsi Profª. Drª. Valéria de Siqueira Castro Lopes São Paulo 2012
  • 4. Bárbara de Brito e Caparroz Fabiana Alves Costa Fabio Henrique de Souza Fernanda Vofchuk Markus Jaqueline Bragatti de Oliveira Tamires Valuta Barussi PROJETO EXPERIMENTAL DE RELAÇÕES PÚBLICAS SIBiUSP Aprovado em: __/__/___. Nota: ________________ BANCA EXAMINADORA ______________________________________________ Prof. Dr. Luiz Alberto de Farias ______________________________________________ Prof. Drª. Myrla Fonsi ______________________________________________ Prof. Drª. Nair Yumiko Kobashi ______________________________________________ Anderson Santana (SIBiUSP) São Paulo 2012
  • 5. Aos nossos familiares, amigos e professores, que nos auxiliaram e incentivaram durante a elaboração deste projeto acadêmico.
  • 6. RESUMO Este trabalho de projeto experimental foi realizado com o intuito de treinar os alunos que em breve serão recém-formados no mercado de trabalho em como realizar um Planejamento de Relações Públicas na prática. O trabalho propõe ações de comunicação para a organização denominada Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade de São Paulo (SIBiUSP), pertencente ao setor de Educação, mais especificamente o Ensino Superior, no segmento de Bibliotecas. Essa organização se dedica a integrar e organizar as bibliotecas da Universidade de São Paulo (USP) e também a promover o conhecimento. Através das informações levantadas, os dados secundários, análises e pesquisa, foi possível criar um planejamento estratégico em comunicação para a organização, baseado em aspectos positivos a serem reforçados e aspectos negativos a serem melhorados, além de oportunidades e ameaças em seu cenário atual. Desse modo, as ações propostas pela Agência Spin, agência experimental criada por alunos do curso de Relações Públicas da USP, têm o objetivo de aperfeiçoar a imagem percebida da organização, criar e manter um relacionamento saudável com seus usuários potenciais além de fortalecer a marca. Palavras-chave: Biblioteca; comunicação; imagem; marca; usuários; relações públicas.
  • 7. ABSTRACT This experimental work was done in order to train students who will soon graduate in the labor market to perform a Public Relations Planein practice. The paper proposes communication actions for the organization called Integrated Library System of the University of São Paulo (SIBiUSP),which belongs to the sector of education, specifically higher education, in the segment of Libraries. It dedicates to integrate and organize the libraries of the University of São Paulo (USP) and also promote knowledge. Through the information gathered, secondary data, analysis and research, it was possible to create a communicationstrategic plan for the organization, based on the positive and negative aspects which need to be strengthened and improved, as well as opportunities and threats in its current scenario. Being so, the actions proposed by the SpinAgency, experimental agency created by students of Public Relations of USP, aim to improve the perceived image of the organization, creating and maintaining a healthy relationship with its potential users and strengthening the brand. Keywords: Library;communication; image; brand; users; public relations.
  • 8. SUMÁRIO INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 10 1 AGÊNCIA SPIN COMUNICAÇÃO ......................................................................... 12 1.1 Nosso Perfil ........................................................................................................... 12 1.2 Setor de Atuação ................................................................................................... 12 1.3 Nosso Conceito ..................................................................................................... 12 1.4 Nossos Serviços.................................................................................................... 13 1.5 Princípios Organizacionais................................................................................... 13 1.6 A marca Spin ......................................................................................................... 14 1.7 Nossa Papelaria..................................................................................................... 15 2 BRIEFING............................................................................................................. 17 2.1 Contatos................................................................................................................. 18 2.2 História ................................................................................................................... 19 2.2.1. Linha do Tempo .................................................................................................. 20 2.3 Estrutura Organizacional e Administrativa.......................................................... 23 2.4 Perfil Organizacional ............................................................................................. 28 2.5 Identidade Visual da Organização........................................................................ 32 2.6 Considerações Gerais........................................................................................... 35 3 ANÁLISE ESTRATÉGICA..................................................................................... 37 3.1 Análise setorial ...................................................................................................... 37 3.1.1 Panorama Geral do Ensino Superior................................................................. 38 3.1.2 Amplitude e crescimento da pesquisa e pós-graduação no Brasil ..................... 42 3.1.3 Rankings internacionais em Educação Superior: classificações da USP e do Brasil 43 3.1.4 O SIBi e o Ensino Superior – Posicionamento da organização no setor............ 45 3.1.5 A concorrência no setor público – O SIBiUSP e os concorrentes parceiros ...... 47 3.1.6 Benchmarking ................................................................................................... 49 3.1.6.2 Análise sobre práticas de comunicação do SIBi e seus parceiros ..................... 55 3.1.6.3 Columbia University .......................................................................................... 57 3.1.6.4 University of Cambridge .................................................................................... 60 3.1.7 Públicos ............................................................................................................ 63 3.1.7.1 Classificação dos públicos ................................................................................ 65 3.2 ANÁLISE MACROAMBIENTE ................................................................................ 67 3.2.1 Aspectos legais que podem afetar a atuação do SIBiUSP ................................ 74 3.3 Análise SWOT ........................................................................................................ 76 8
  • 9. 3.3.1 Oportunidades .................................................................................................. 78 3.3.2 Ameaças ........................................................................................................... 80 3.3.3 Forças............................................................................................................... 82 3.3.4 Fraquezas ......................................................................................................... 83 3.3.5 Análise Cruzada................................................................................................ 84 4 PESQUISA ........................................................................................................... 88 4.1 Problema ................................................................................................................ 88 4.2 Objetivo Primário................................................................................................... 88 4.3 Objetivos Secundários.......................................................................................... 88 4.4 Metodologia ........................................................................................................... 89 4.5 Amostra e Pressupostos de Pesquisa ................................................................. 90 4.6 Resultados da Pesquisa ....................................................................................... 92 4.6.1 Perfil Alunos de Graduação .............................................................................. 92 4.6.2 Perfil Alunos de Pós-Graduação ....................................................................... 95 4.6.3 Perfil Docentes.................................................................................................. 97 4.6.4 Cruzamento das análises.................................................................................. 99 5 DIAGNÓSTICO .................................................................................................... 101 5.1 Princípios Organizacionais e Estilo Administrativo.......................................... 101 5.2 Públicos estratégicos e Posicionamento .......................................................... 104 5.3 Produtos e serviços do SIBi ............................................................................... 106 5.4 Comunicação ....................................................................................................... 109 6 PROGNÓSTICO – MAPA ESTRATÉGICO .......................................................... 112 7 JUSTIFICATIVA TEÓRICA DE RELAÇÕES PÚBLICAS ................................................... 120 8 CAMPANHAS DE COMUNICAÇÃO .................................................................... 124 8.1 DE SIBI PARA SIBI .............................................................................................. 124 8.2 APROSIBI-SE ....................................................................................................... 151 8.3 POS-SIBI-LIDADES .............................................................................................. 186 8.4 Orçamento Total das Campanhas ...................................................................... 214 8.5 Cronograma Total das Campanhas.................................................................... 214 9 Considerações finais.............................................................................................. 215 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 220 ANEXO A - ROTEIRO DE ENTREVISTA ......................................................................... 227 ANEXO 2 – ORGANOGRAMA DO SIB I USP ............................................................. 230 ANEXO 3 – LINHA DO TEMPO SIB I USP ....................................................................... 231 9
  • 10. INTRODUÇÃO A dinâmica econômica atual e a emergência das novas tecnologias de informação colocam as organizações em um cenário de constante transformação e exigem dos profissionais de todas as áreas um olhar mais crítico e multilateral. A comunicação, acompanhando essas novas demandas, tem se posicionado de forma cada vez mais estratégica, trazendo novas perspectivas não só no campo acadêmico, mas também empírico. Dessa forma, é fundamental que os profissionais desenvolvam, durante o seu período acadêmico, experiências que contribuam para a construção de uma visão mais interpretativa e que traga para a prática aspectos e conceitos estudados na teoria. Assim, o presente Projeto Experimental de Relações Públicas é um trabalho aplicado com fundamentação teórica e prática e que consiste no desenvolvimento de um projeto global de Relações Públicas para uma organização específica. Este Projeto engloba todas as fases que antecedem à elaboração do programa de Relações Públicas propriamente dito, compreendendo também todo o embasamento teórico, análise de cenários, pesquisa, diagnóstico, prognóstico e mapa estratégico. Portanto, este estudo tem o intuito de aproximar os conhecimentos adquiridos pelos alunos do curso de Relações Públicas, da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), durante sua experiência acadêmica na Universidade à experiência empírica. Além disso, o Projeto também teve como objetivo desenvolver o senso crítico e analítico no sentido de estimular a compreensão da estrutura do negócio de uma organização, incluindo o seu relacionamento com públicos internos e externos. A conciliação dos conhecimentos acadêmicos com a situação prática possibilitou o desenvolvimento da habilidade de planejar, organizar e executar projetos práticos envolvendo as Relações Públicas e a Comunicação Organizacional. Nos três semestres de desenvolvimento do Projeto, os alunos puderam observar de forma prática diversos mecanismos e processos do campo da Comunicação e das Relações Públicas que vai desde o desenvolvimento de uma agência até a concepção de um plano de Relações Públicas para um cliente real. O trabalho proporcionou, assim, a vivência de situações inéditas que vão ajudar a 10
  • 11. direcionar a vida acadêmica e profissional dos integrantes, além de, fundamentalmente, contribuir com o conhecimento e crescimento dos mesmos. A Agência Spin Comunicação foi criada em agosto de 2011 e a definição do seu escopo procurou conciliar as linhas de interesse de todos os integrantes do grupo, ao mesmo tempo em que se aproximava de um tema considerado pertinente e que tem recebido cada vez mais atenção no âmbito nacional e internacional: a educação e a aquisição/transmissão de conhecimento. A oportunidade de trabalhar com um cliente que também pertence à Universidade de São Paulo (USP), com o qual a Agência iniciou relacionamento no final do ano de 2011, veio ao encontro das expectativas de trabalho do grupo e ao desejo de contribuir, de alguma forma, com a melhoria e o desenvolvimento da Universidade que proporcionou conhecimento não só acadêmico, mas também empírico e pessoal. A chance de poder deixar um pouco do que foi adquirido no período acadêmico para a própria Universidade contribui ainda mais para o engajamento dos alunos com o Projeto. Durante dois semestres o presente estudo esteve focado em levantar os principais aspectos da organização e do ambiente em que atua para propor soluções com foco nas Relações Públicas, uma vez que a atividade deve, cada vez mais, assumir um caráter eminentemente estratégico, próximo da liderança organizacional e focado na sustentabilidade e na consolidação da missão, visão e dos valores organizacionais. Nesse sentido, a área “(...) se respalda cada vez mais no tripé pesquisa- comunicação-participação, ou seja, na produção de conhecimento teórico; na reprodução desse conhecimento mediante o ensino; e na aplicação das práticas no vínculo com o mercado profissional” (KUNSCH, 2009, p. 7). É partindo dessa perspectiva que este Projeto Experimental vai se desenvolver, conciliando as perspectivas teóricas e práticas das Relações Públicas e da Comunicação Organizacional para propor soluções viáveis e que atendam às necessidades do cliente em questão. 11
  • 12. 1 AGÊNCIA SPIN COMUNICAÇÃO Somos uma agência experimental formada por alunos de graduação em Relações Públicas da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA – USP), que oferece serviços de assessoria em comunicação e relações públicas para organizações de cunho educacional. 1.1 NOSSO PERFIL A Spin Comunicação pretende se diferenciar no mercado no qual está inserida por atender ao segmento específico da educação. Por meio de conhecimentos acadêmicos e práticos adquiridos ao longo da graduação dos integrantes deste grupo, na Universidade de São Paulo, buscou-se oferecer serviço qualificado e integrado, atendendo às necessidades específicas do campo da educação. A estrutura consolidada e o empenho em realizar um atendimento personalizado e confiável são fatores que destacam a agência Spin de suas concorrentes no mercado. 1.2 SETOR DE ATUAÇÃO O foco da agência Spin Comunicação é o setor educacional, voltando-se para instituições de ensino superior. Esse foco foi escolhido por apresentar oportunidades de atuação que desafiam as capacidades e habilidades dos profissionais da agência, que visam conciliar um ramo mais conservador com ideias criativas. 1.3 NOSSO CONCEITO “Viver é estar em relação”. Esse é o princípio do filósofo grego Spinoza que inspirou o conceito da Spin Comunicação, transmitindo o valor do conhecimento e os conceitos de fluxo e afeto que se estabelece em todos os relacionamentos da agência. 12
  • 13. As pessoas afetam o mundo e são afetadas por ele. A agência Spin traz esse conceito para a comunicação, atrelando aos negócios e à imagem de seus clientes a importância dos relacionamentos, das interações e das trocas. O ramo educacional é o foco e o conhecimento é o valor que a agência destaca. Assim, a Spin Comunicação se diferencia ao resgatar e consolidar a essência institucional por meio da intelectualidade e sensibilidade. 1.4 NOSSOS SERVIÇOS o Reforçar o papel social da educação para a formação humana; o Assegurar relacionamentos saudáveis e colaborativos; o Avaliar a situação/contexto do cliente e reposicioná-lo no mercado se houver necessidade; o Avaliar os processos e canais de comunicação vigentes e propor melhorias; o Elaborar um plano de ação a partir do diagnóstico obtido por meio de pesquisa. 1.5 PRINCÍPIOS ORGANIZACIONAIS MISSÃO “A Spin Comunicação busca desenvolver uma imagem positiva para seus clientes por meio da construção de relacionamentos efetivos e afetivos com os seus públicos de interesse.” VISÃO Ser reconhecida por suas soluções criativas em comunicação e em relações públicas, que garantam o sucesso dos negócios e serviços dos clientes, agregando valor à sua imagem. 13
  • 14. VALORES Excelência; Qualidade; Comprometimento; Confiança; Respeito; Criatividade; e Dedicação. 1.6 A MARCA SPIN Para a construção da identidade visual da agência Spin, foram retomados alguns pensamentos de Spinoza na voz do prof. Clóvis de Barros Filho que, em sua interpretação, ensina: A vida, para Spinoza, é entendida como uma sucessão de relações entre partes do todo. Viver significa relacionar-se. A substância da vida são as relações com o mundo. Relacionar-se é, por sua vez, transformar. Nós transformamos o mundo e o mundo nos transforma. (VÍDEO AULA: O amor II, 2011). Os relacionamentos e a transformação são os pontos-chave da teoria de Spinoza para as funções da agência Spin. Entende-se que pequenas ações podem resultar em grandes mudanças. Na natureza, vê-se a água se modificar com as alterações de sua temperatura – ela se condensa, se liquefaz, se sublima, sem perder sua essência. E sublimar, para quem comunica, é também enaltecer, tornar sublime, elevar. Da substância da vida por Spinoza, da transformação e da sublimação foi trazida a inspiração para o elemento visual estampado nos materiais da agência. Uma substância que transita entre o natural e o divino, que é percebida ao observar os estados físicos da água em transformação, que remete à sublimação, à elevação, a um estado superior. Também não há como pensar na abreviação “Spin” sem nos remeter à palavra inglesa para movimentos rápidos, girar, correr, jogar. Do movimento do spin trouxemos para a marca a cor laranja, quente e ativa, que também significa movimento e espontaneidade. Na comunicação visual, a cor laranja é responsável por aumentar a atenção, é estimulante e motivadora, agindo da mesma forma que a cor vermelha, mas com resultados um pouco mais moderados. (FARINA, M. 1990) 14
  • 15. 1.7 NOSSA PAPELARIA Figura 1. Formas de uso da logomarca da Agência Spin Comunicação. Figura 2. Cartão de visita Agência Spin Comunicação. 15
  • 16. Figura 3. Envelope da Agência Spin Comunicação. 16
  • 17. 2 BRIEFING O Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade de São Paulo (SIBiUSP) foi criado em 1981 e é formado por 44 bibliotecas distribuídas pelas faculdades, escolas e institutos em nove cidades do Estado de São Paulo. Além disso, um departamento técnico e um Conselho Supervisor, composto por docentes, funcionários e alunos da USP, se responsabilizam pelo gerenciamento de suas atividades. Sediado na Universidade de São Paulo, instituição à qual pertence, o SIBiUSP iniciou suas atividades em março de 1982, oferecendo prioritariamente suporte às atividades de ensino, pesquisa e extensão de docentes, pesquisadores e alunos de graduação e pós-graduação da USP. O Departamento Técnico do SIBiUSP1 – o SIBiDT - localiza-se na Rua da Praça do Relógio, 109 - Bloco K - 4º andar, CEP 05508-050, Cidade Universitária, São Paulo e responde sob a razão social da USP - Universidade de São Paulo, CNPJ 63.025.530.0001/04. Os volumes do acervo estão distribuídos em 71 pontos de atendimento, espalhados pelos seis campi da Universidade. Atualmente, mais de 800 profissionais, entre níveis superior, técnico e médio, são responsáveis pelos acervos bibliográficos, que atingem hoje aproximadamente seis milhões de volumes. 1 O Departamento Técnico do SIBiUSP coordena, junto às bibliotecas, as atividades sistêmicas de informação na USP, como suporte ao ensino e à pesquisa, por meio de programas cooperativos e de racionalização, que exigem definição de procedimentos padrões. O Departamento Técnico gerencia as atividades de entrada, consulta, aquisição e outros serviços automatizados por meio do Banco DEDALUS, supervisiona a formação, a manutenção, a preservação e a conservação dos acervos, publica boletins com dados a respeito de catálogos, séries e informações estatísticas de todo o sistema de bibliotecas, além da prestação de serviços ao usuário. 17
  • 18. Figura 4. Fachada do prédio da Administração Central da USP, local da sede do SIBiUSP. Foto: Marcos Santos/USP Imagens. 2.1 CONTATOS Os representantes do SIBiUSP que acompanham o presente grupo para desenvolvimento do Projeto Experimental são: Sueli Mara Soares Pinto Ferreira - Professora titular da USP Ribeirão Preto e diretora do SIBiUSP - e Anderson Santana - bibliotecário, Chefe técnico da Divisão de Gestão de Sistemas de Comunicação e Disseminação de Produtos e Serviços – DGCD – do SIBiUSP. Figura 5. Sueli Mara Soares Pinto Ferreira – Atual diretora do SIBiUSP. Foto: Francisco Emolo/Jornal da USP. 18
  • 19. A comunicação oficial com a organização se dá pelos endereços eletrônicos e telefones na tabela a seguir: Tabela 1. Contatos do SIBiUSP Nome Email Telefone Sueli Ferreira sueli.ferreira@dt.sibi.usp.br (11) 3091-4195 / (11) 3091-1547 Anderson Santanta algalord@usp.br (11) 3091-1567 Email institucional dtsibi@usp.br Endereço Eletrônico http://www.usp.br/SIBi/ Fonte: http://www.usp.br/sibi/ 2.2 HISTÓRIA O SIBiUSP é resultado da necessidade de se criar um sistema para integrar as bibliotecas da Universidade de São Paulo. Criado em 1981, marcou uma revolução à época, integrando as atividades que vinham sendo desenvolvidas por diversas bibliotecas isoladamente. O crescimento da Universidade2 e o consequente surgimento de novas faculdades e escolas suscitaram a criação de um sistema que integrasse todos os acervos numa base única e que desse apoio a todas as unidades. Além disso, a discussão de propostas no Seminário de Bibliotecas Universitárias, realizado entre os dias 20 e 24 de maio de 1974, em Brasília, detectou a necessidade de integração das unidades. O conceito e a definição dos serviços das bibliotecas definidos no seminário foram adotados pela Universidade de São Paulo, sendo o ponto de partida para a criação do Sistema Integrado. Com essas decisões tomadas, as bibliotecas convertem-se em centros de decisiva importância para a atualidade e o futuro nas universidades. Centros cujas características operacionais devem ser: atender às demandas de seus usuários, 2 Faculdades como as de Direito, Medicina, Farmácia e Odontologia e a Escola Politécnica já possuíam suas próprias bibliotecas antes da formação da Universidade de São Paulo, em 1934. Atualmente, a USP conta com diferentes campi, distribuídos pelas cidades de São Paulo, Ribeirão Preto, Piracicaba, São Carlos, Pirassununga, Bauru e Lorena, além de unidades de ensino, museus e centros de pesquisa situados fora desses espaços e em diferentes municípios. 19
  • 20. oferecer agilidade de acesso e facilidade para uso, com rapidez, atualidade, precisão e confiabilidade das informações nos diferentes graus de especialização. Em seu caminho à consolidação, o processo de integração focou na organização dos suportes físicos e no acesso presencial à informação já disponível nas bibliotecas da Universidade, com a formação de acervos especializados em diversas áreas do conhecimento, como Medicina, Direito e Engenharia. Desde então, o SIBiUSP busca atualização constante de seus serviços, visando um atendimento sempre adequado às mudanças no ensino, pesquisa e extensão. Os produtos, serviços e projetos do SIBiUSP desenvolvem-se em torno de duas vertentes: aumentar a visibilidade e acessibilidade à produção intelectual da Universidade de São Paulo e fomentar a formação e o desenvolvimento de competências no uso, acesso e produção de informação da comunidade USP nas suas distintas áreas de atuação. 2.2.1. LINHA DO TEMPO Uma figura simulando uma linha do tempo foi criada (conferir Anexo 3) para uma apresentação mais visual do histórico da organização. A seguir, a linha do tempo dividida em tópicos. o 1981 • Criação do SIBiUSP – Portaria o 1982 • Início das atividades o 1990/1991 • Início do Cadastramento on-line no DEDALUS, pelas bibliotecas. o 1993 • Rede de Bibliotecas com DEDALUS disponível pela internet (Telnet); 20
  • 21. o 1994 • Programa de Modernização do SIBiUSP; • Serviço Disque Braille. o 1996 • Criação do website do SIBiUSP (primeira home page); o 1997 • Consolidação da SIBiNet, Rede de Serviços do SIBiUSP (website) com DEDALUS disponível pela web. o 1998 • Instituição da Semana do Livro e da Biblioteca na USP; • Promoção do Curso de Especialização para Bibliotecários do SIBiUSP, com a PUCCAMP. o 1999 • Instituição da Biblioteca Virtual na SIBiNet com acesso on-line a revistas eletrônicas e bases de dados; o 2000 • Lançamento do livro Bibliotheca Universitatis: catálogo de obras raras/especiais dos acervos da USP dos séculos XV e XVI. o 2001 • Participação na implantação da Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP/Portal do Conhecimento SABER; • Implantação do Catálogo Coletivo de Livros em Braille e Falados, na web; • Lançamento do segundo volume do livro Bibliotheca Universitatis: catálogo de obras raras/especiais dos acervos da USP dos séculos XVII; • PROTAP–SIBiUSP: Programa de Administração da Inovação Científica e Tecnológica nos Serviços de Informação; • Novo Modelo de Gestão para o SIBiUSP. 21
  • 22. o 2002 • Início do PAQ, Programa de Avaliação da Qualidade dos serviços e produtos do SIBiUSP; • Participação do Portal CAPES de Periódicos: acesso on-line a revistas eletrônicas. o 2003 • Lançamento da Biblioteca Digital de Obras Raras e Especiais da USP/Portal do Conhecimento SABER. o 2004 • Convênio com o IBGE para fornecimento de publicações para o acervo SIBiUSP. o 2005 • Acesso on-line ao Vocabulário Controlado USP a partir da SIBiNet. • Início de ações de capacitação com recursos de Educação à Distância (EaD). o 2007 • Acesso on-line a Livros Eletrônicos. o 2008 • Lançamento da Busca Unificada aos Livros Eletrônicos (e-books); • Lançamento do Portal de Revistas da USP; • Inauguração da Oficina de Digitalização do SIBiUSP; o 2010 • Lançamento do Portal SIBiNet. o 2012 • Exposição “Conhecimento: Custódia e Acesso”, exibida de 13 de março a 13 de maio no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo. • Participação em feiras educativas, como a Bienal do Livro. 22
  • 23. 2.3 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E ADMINISTRATIVA 3 Figura 6. Organograma da empresa . Hierarquia de Funções e Cargos da Organização A hierarquia da organização pode ser considerada tanto relativamente a todas as bibliotecas supervisionadas pelo SIBiUSP quanto pela hierarquia da central, localizada no campus da Cidade Universitária, em São Paulo. O departamento central (administrativo) do SIBiUSP é exíguo. Grande parte de suas divisões são dirigidas por analistas de sistemas e bibliotecários. Esses profissionais são responsáveis por toda administração de cada divisão do SIBiUSP. No entanto, considerada em relação a todas as bibliotecas supervisionadas, o SIBiUSP atende um conjunto de 44 bibliotecas, instaladas em diversos campi da USP, 3 O organograma em alta resolução pode ser encontrado nos anexos deste documento. 23
  • 24. com um total de 800 funcionários. A estrutura hierárquica e os organogramas são vinculados a cada Unidade de Ensino onde está situada a biblioteca. Conselho Supervisor Integrado por seis professores da USP, dois bibliotecários (diretores de bibliotecas eleitos entre seus pares) e o bibliotecário diretor do Departamento Técnico do SIBiUSP. Eles possuem a função de apreciar os assuntos referentes às atividades que constituem a finalidade da organização. Tabela 2. Conselho Supervisor SIBiUSP Prof. Dr. Pedro Luis Puntoni - Presidente (FFLCH – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) Prof. Dr. Fernando Henrique de Oliveira Iazzetta (ECA – Escola de Comunicações e Artes) Prof. Dr. Caetano Traina Junior (ICMC - Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação) Profa. Dra. Regina Melo Silveira (LARC - Laboratory of Computer Networks and Architecture) Prof. Dr. Hussam El Dine Zaher (MZ - Museu de Zoologia) Prof. Dr. Chao Lung Wen (FM – Faculdade de Medicina) Profa. Dra. Sueli Mara Soares Pinto Ferreira (Diretora Técnica do SIBiUSP) Bibliotecária Maria Imaculada Cardoso Sampaio Bibliotecária Dina Elisabete Uliana Fonte: http://www.usp.br/sibi/ Departamento Técnico Realiza a coordenação junto às bibliotecas, as atividades sistêmicas de informação na USP, assim como oferece suporte ao ensino e à pesquisa, por meio de programas cooperativos e de racionalização, que exigem definição de procedimentos. A Diretoria Técnica é composta pelos seguintes membros: 24
  • 25. Tabela 3. Departamento Técnico SIBiUSP. Nome Cargo Profa. Dra. Sueli Mara Soares Diretora Técnica Pinto Ferreira Mariza Leal de Meirelles do Diretoria Adjunta Coutto Zacharias da Costa Gadelha Divisão de Gestão de Sistemas de Apoio Técnico Neto Eidi Raquel Franco Abdalla Divisão de Gestão de Projetos Elisabeth Adriana Dudziak Divisão de Gestão de Desenvolvimento e Inovação Maria Adelaide Alves Mestriner Divisão de Gestão de Formação e Manutenção do Acervo Adriana Nascimento Flamino Divisão de Gestão de Tratamento da Informação Divisão de Gestão de Sistemas de Comunicação e Disseminação Anderson de Santana de Produtos/Serviços André Serradas Seção de Apoio ao Credenciamento de Revistas USP Luíza Inês Raspantini Salvador Seção de Apoio Administrativo Fonte: Site oficial. http://www.usp.br/sibi/ Perfil dos funcionários Os dirigentes das divisões possuem formações superiores parecidas, o que ocasiona muitas vezes certa dificuldade para lidar com assuntos estratégicos de forma diferenciada. A organização busca contratar funcionários de diferentes áreas, como comunicadores, educadores e pedagogos. Apesar disso, a abertura de novas vagas é custosa devido aos processos burocráticos da Universidade de São Paulo. No nível técnico, é possível identificar um atendimento razoável das necessidades da organização: há um equilíbrio entre funcionários de nível técnico e nível superior. 25
  • 26. Porte da organização O SIBiUSP é considerado, de acordo com a classificação do IBGE, uma organização de grande porte, uma vez que possui em torno de 800 funcionários. Para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, uma empresa é considerada de grande porte quando apresenta mais de 500 funcionários. Os colaboradores do SIBiUSP estão localizados tanto na central administrativa e estratégica, quanto nas bibliotecas de cada Unidade de Ensino. Situação Econômica Como o SIBiUSP é um órgão da Universidade de São Paulo, sua receita está vinculada à própria Universidade. O repasse de verbas da Universidade para o SIBiUSP é extremamente alto, figurando entre os órgãos que mais recebem investimento. Por questões de segurança de informação, o entrevistado Anderson Santana preferiu não compartilhar com o grupo os valores que a USP destina ao SIBiUSP. Estilo Administrativo A organização adota uma gestão hierárquica, conforme organograma visto no capítulo Estrutura Organizacional e Administrativa. Fazendo uma análise descendente, em primeiro lugar, está a administração da USP, ou seja, o reitor. Logo abaixo, está o Conselho Supervisor. Quem responde ao Conselho é o Departamento Técnico e sua Diretora que, por sua vez, tem relatos de cada uma das Divisões e Seções de Apoio. Apesar da hierarquia bem definida, o relacionamento dentro da central SIBiUSP é amigável e próximo. Nesse ambiente trabalham 60 pessoas, sendo que parte desses funcionários pertence às seis Divisões de Gestão e ao Departamento Técnico. Isso ocorre porque todos estão instalados dentro de um único grande gabinete. 26
  • 27. Já a relação entre a central administrativa e as bibliotecas é mais restrita. A gestão das bibliotecas é dividida entre o SIBiUSP e as diretorias das unidades de ensino. Demandas como profissionais contratados e reformas, por exemplo, são responsabilidade das unidades de ensino. Outras questões como a administração do acervo e o apoio ao desenvolvimento estão sob gestão do SIBiUSP. Como a função da central do SIBiUSP é organizar e uniformizar as funções administrativas, há uma forte centralização dos processos e verticalização da comunicação. Há pouca abertura para participação das bibliotecas em qualquer processo de decisão. Uma biblioteca, por exemplo, não pode adquirir nenhum livro sem a aprovação da central. Sendo assim, no que se refere às funções administrativas e técnicas, as bibliotecas não possuem participação nem poder de mudança. Porém, as funções gerenciais das bibliotecas - como, por exemplo, nomeação de cargos e contratação de funcionários - e de infraestrutura - são responsabilidades das mesmas e das Unidades as quais são vinculadas, o que confere certa autonomia gerencial a cada uma. Comunicação Integrar o acervo do conhecimento, contribuir para o desenvolvimento e a inovação das bibliotecas e a gestão do fornecimento de recursos estão entre os objetivos do SIBiUSP. A organização centraliza essas atividades, que são desenvolvidas por diversas unidades isoladas, para que as mesmas possam ser centralizadas em um único lugar de fácil acesso. Dessa forma, o relacionamento próximo com as bibliotecas acaba não acontecendo, e o vínculo acaba constituído apenas por contatos pontuais destinados a funções administrativas como: aquisição de livros, controle dos acervos, problemas técnicos relacionados aos sistemas SIBiUSP, informes e comunicados oficiais e divulgação de eventos. Não há nenhuma forma de manutenção do relacionamento com as bibliotecas e também não existe nenhum tipo de feedback com relação aos processos internos. A principal forma de monitoramento e de comunicação entre a central SIBiUSP e as bibliotecas vinculadas ao sistema é o relatório anual. 27
  • 28. Por outro lado, dados vindos das bibliotecas, como número de empréstimos, número de acessos ao sistema, entre outros, são obtidos em tempo real pelo próprio sistema SIBiUSP. Alguns outros dados, como número de visitantes, no entanto, são passados à central pelas bibliotecas por meio do relatório anual. Novos Projetos Existe uma tentativa de disponibilizar dados em tempo real, ramificando o relatório anual em diversos relatórios feitos ao longo do ano, para gerar um controle maior e mais dinâmico do que está acontecendo em cada biblioteca. Outro projeto em vista é a construção de um espaço no portal que seja possível o compartilhamento de agenda de atividades entre as bibliotecas. Além disso, uma das metas da organização é ser cada vez mais acessível não só à comunidade acadêmica, mas também à toda sociedade, de forma que as bibliotecas possam ser crescentemente reconhecidas como espaços construídos para servir a todos. 2.4 PERFIL ORGANIZACIONAL Assim como qualquer outra organização, o SIBi também tem seu perfil organizacional particular, uma identidade corporativa própria que o caracteriza e distingue e destaca das demais instituições. Esses elementos de distinção foram reunidos para levantar o perfil organizacional do cliente, conforme segue abaixo. Princípios Organizacionais O SIBi tem uma identidade corporativa, isto é, uma missão, uma visão e um conjunto de valores definidos. Segundo o próprio órgão, o posicionamento da organização é estabelecido a partir das informações a seguir: 28
  • 29. Identidade Organizacional MISSÃO “Promover o acesso e incentivar o uso e a geração da informação, contribuindo para a excelência do ensino, pesquisa e extensão, em todas as áreas do conhecimento, com a utilização eficaz dos recursos públicos.” VISÃO Consolidar sistema de gestão até 2012. VALORES Manter o compromisso com a democratização do acesso à informação de forma equitativa, respeitando a ética, os valores humanos e a sustentabilidade. Produtos e Serviços O principal produto do SIBiUSP atualmente é o portal DEDALUS, vinculado ao SIBinet, que é um banco de dados bibliográficos da USP. Segundo a organização, esse produto é o carro-chefe. Além desse, podemos citar ainda: o Revistas Eletrônicas; o Livros eletrônicos (e-books) fornecidos pelo Consórcio CRUESP de Bibliotecas e que conta com o apoio da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e que coloca à disposição das três Universidades Estaduais Paulistas (USP, UNESP e UNICAMP) livros eletrônicos relacionados às mais diversas áreas do conhecimento; o Portal de Revistas da USP que hoje disponibiliza 60 revistas eletrônicas, que ao final de 2012 vai passar a contar com aproximadamente 200 publicações; o Biblioteca Digital de Obras Raras e Especiais e a Biblioteca Digital de Teses e Dissertações. 29
  • 30. Todos esses recursos estão disponíveis para a comunidade USP e usuários das bibliotecas de acordo com contratos de licença firmados junto aos fornecedores. Os produtos e serviços são oferecidos nos sete campi universitários da USP: São Paulo, Bauru, Ribeirão Preto, São Carlos, Piracicaba, Pirassununga e Lorena. Assim, o SIBiUSP pode ser considerado o único órgão da USP que está presente em todos os campi. Atualmente, também há uma forte tendência de migração para acervos on-line: a digitalização de obras raras e a disponibilização de e-Books fazem parte dessa tentativa. Além disso, desde o fim de 2011, o SIBiUSP mantém uma parceria com a Brasiliana USP para digitalizar livros raros das bibliotecas. Duas máquinas Skyview adquiridas pelo SIBiUSP, que permitem a digitalização de grandes formatos, foram emprestadas para a Brasiliana. O SIBi conseguiu a aquisição dessas duas máquinas por meio de sua parceria com a FAPESP. Comunicação As formas de comunicação identificadas no SIBiUSP contemplam, fundamentalmente, a comunicação administrativa, aquela que viabiliza o processo operacional e organizacional. Não existem canais de comunicação formalizados e nem diálogo aberto e qualificado com seus públicos. Cada biblioteca gerenciada pelo SIBiUSP é responsável pela comunicação com a unidade onde está localizada e com seus públicos de interesse de maneira independente. Entretanto, o SIBiUSP demonstrou conhecimento acerca da importância da comunicação estruturada e, com o recente posicionamento de caráter mais estratégico, considera importante o estreitamento com os públicos de seu interesse direto e de interesse das bibliotecas que administra. A organização também entende que o diálogo qualificado com os stakeholders é um ponto-chave para atingir seus objetivos organizacionais. No que se refere aos canais e veículos impressos, não é possível identificar publicações formais. Eventualmente, a organização produz internamente cartazes de 30
  • 31. divulgação do SIBiUSP ou de eventos específicos e distribuem via malote para todas as unidades de bibliotecas dos campi. No campus principal, em São Paulo, há esforço para impressão da agenda semanal dos diretores de modo que fique exposta em local comum e visível para todos. Recentemente, essa unidade do SIBiUSP adquiriu uma televisão para que as agendas fossem disponibilizadas, mas o equipamento ainda não é utilizado. O SIBiUSP possui contas no Facebook e no Twitter, bem como um site institucional, todos administrados por funcionários do SIBiUSP. No entanto, o diálogo com seus públicos por meio desses canais ainda está em fase de aperfeiçoamento, devido a falta de recursos humanos e expertise. O SIBiUSP envia comunicados sobre processos e eventos para seus públicos, em situações pontuais, por meio de ferramentas não institucionais, oferecidas pelo Google - como o Google Groups, por exemplo - uma vez que o e-mail USP não permite o envio para mais de 300 endereços simultaneamente. Além disso, organizam o mailing de contatos da USP - alunos, comunidade científica e públicos externos à Universidade – no Google Docs. A comunicação face a face é um recurso utilizado pelos funcionários que naturalmente veem essa forma de interação como meio de agilizar processos e aproximar pessoas. Esse canal de comunicação pode ser identificado, por exemplo, no campus principal de São Paulo, onde todos trabalham no mesmo espaço físico. Essa interação, no entanto, não acontece entre as unidades de bibliotecas que estão distribuídas em diferentes regiões do Estado. Essas unidades possuem relacionamento estritamente administrativo e de reporte de informações ao SIBiUSP, o que configura um quadro de pouca ou nenhuma interação entre elas. Além disso, o SIBiUSP não tem contrato, nem parceria com agências de comunicação ou assessorias de imprensa. Os conteúdos são produzidos localmente e encaminhados para os contatos da Imprensa USP, do Jornal da USP, da USP Online e de outros canais internos da Universidade. O SIBiUSP realiza ações pontuais de comunicação em eventos de museus, como a exposição itinerante ao longo do Estado de São Paulo, “Conhecimento: custódia e acesso” em comemoração aos 30 anos de atividade do SIBiUSP. Também participa esporadicamente de feiras voltadas ao setor de biblioteconomia e programas 31
  • 32. de TV. Atualmente, por exemplo, possue um quadro em parceria com a TV USP, que entrevista e promove debates com personalidades da Universidade. Figura 7. Painel da exposição “Conhecimento: custódia e acesso”, promovida pelo SIBiUSP. Fonte: Site oficial da USP, Sala de Imprensa. Disponível em: <http://www.usp.br/imprensa/?p=18927>. Quanto à comunicação entre seus funcionários, não há uma intranet. Para oficializar a comunicação são utilizados e-mails institucionais e ferramentas do Google, como Google Groups, Google Agenda e Google Docs, que são compartilhados entre os funcionários. 2.5 IDENTIDADE VISUAL DA ORGANIZAÇÃO Durante a sua história, o SIBiUSP adotou várias logomarcas. Ao longo de muito tempo, veiculou logomarcas diferentes em diversos canais. Por conta disso, não está associado a uma marca ou identidade visual única. Na figura 8 podemos observar a evolução da identidade visual do SIBiUSP: 32
  • 33. Figura 8. Logomarcas que o SIBiUSP já utilizou. Fonte: Site SIBi, disponível em: < http://www.usp.br/sibi//>. A organização tentou corrigir esse conflito de várias imagens com a modificação da logomarca para o aniversário de 30 anos. O SIBiUSP pretende utilizar a nova logomarca, desenhado pelo Prof. Heliodoro Teixeira Bastos Filho, da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). O professor, conhecido como Dorinho, redesenhou a logomarca especialmente para a exposição do Museu da Língua Portuguesa - “Conhecimento: Custódia e Acesso” -, mas a nova logomarca foi utilizada em outros canais e divulgações, na tentativa de unificar e consolidar a marca. Figura 9. Logomarca do SIBiUSP para o aniversário de 30 anos de atividade do órgão. Fonte: Hotsite comemorativo do SIBi, disponível em: < http://www.sibi.usp.br/30anos/> 33
  • 34. Públicos de relacionamento Os públicos abaixo estão citados em ordem de interesse, de acordo com a organização: 1) Dirigentes das Unidades; 2) Docentes; 3) Pós-Graduandos; 4) Graduandos; 5) Funcionários. Certificações Nem o SIBiUSP e nem sua área de atuação possuem certificados reconhecidos. No entanto, existem duas bibliotecas da Universidade que ganharam um prêmio de Qualidade por terem seguido com excelência sistemas e processos como o 5S em suas bibliotecas. As instituições premiadas foram a biblioteca da ESALQ - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" e a biblioteca do IFSC - Instituto de Física de São Carlos. Temas de Relevância Social O SIBiUSP doa livros - que não se enquadram às bibliotecas de nenhuma das unidades - à comunidades e aos cidadãos interessados em material de qualidade, desde que a retirada desse material seja combinada com antecedência junto ao Departamento Técnico. Além disso, como a organização está trocando os equipamentos das bibliotecas, pretendem doar os antigos para o Departamento de Ciência e Tecnologia da Universidade de Angola. 34
  • 35. 2.6 CONSIDERAÇÕES GERAIS A percepção dos públicos e da comunidade em geral sobre o SIBiUSP é uma questão relativamente vaga para essa organização e para o setor em que a mesma está inserida. Esse quadro é reforçado pelo fato de não existirem pesquisas referentes ao tema, no contexto nacional. Contudo, na literatura internacional, é possível encontrar pesquisas realizadas no sentido de identificar a percepção das pessoas sobre as bibliotecas públicas. De forma geral, a organização acredita que a maior parte do público atingido direta ou indiretamente pelos seus produtos e serviços não tem conhecimento sobre a sua atuação dentro ou fora da Universidade. Segundo o SIBiUSP, se existe algum tipo de percepção inicial com relação ao trabalho por eles desenvolvido, a mesma está relacionada às bibliotecas, ou seja, as opiniões tendem a se dividir entre quem confunde o SIBiUSP com as bibliotecas que são administradas por ele e entre quem entende que as bibliotecas respondem apenas à sua unidade de ensino. Além disso, também não há nenhum tipo de monitoramento sobre a inserção do SIBi na mídia geral ou especializada, o que dificulta uma análise mais profunda sobre a imagem que essa organização constrói perante seus públicos. Além disso, devido a ausência desse monitoramento, não é possível fazer inferências sobre como tem sido o posicionamento do SIBi ao longo dos últimos anos e como esse tem sido retratado pelos veículos de comunicação. Nesse contexto, é importante verificar se o que a imprensa tem veiculado com relação ao SIBiUSP está alinhado a sua estratégia e ao papel que a organização quer assumir perante à comunidade USP e ao público externo. O SIBiUSP, conforme já citado, conta com a Agência de Notícias da USP e com a distribuição de conteúdo institucional para um mailing adquirido ao longo de sua atuação. Fora isso, o único esforço realizado neste sentido foi o levantamento realizado após a inserção do SIBiUSP na exposição do Museu da Língua Portuguesa, que gerou mídia espontânea, mas ao qual não foi obtido acesso para este estudo. Como mencionado anteriormente, no Brasil, existem poucos estudos recentes e pertinentes sobre a percepção a respeito das bibliotecas, e se as mesmas estão 35
  • 36. vinculadas a instituições públicas ou privadas. A maior parte das pesquisas e trabalhos publicados sobre o tema estão relacionados à avaliação dos produtos e serviços oferecidos por bibliotecas espalhadas pelo país. Segundo o SIBiUSP é possível perceber que a utilização das bibliotecas tem diminuído em todo o mundo, devido ao acesso fácil e rápido à novas tecnologias fornecedoras dos mais diversos conteúdos como, por exemplo, a internet e as novas plataformas digitais vinculadas a ela. A partir disto, e considerando o que foi dito com relação à visão do SIBiUSP para os próximos anos, a organização quer vincular a sua percepção à gestão estratégica da informação, também almeja ser reconhecido como um espaço de inovação, ligado aos três pilares da Universidade (Ensino, Pesquisa e Extensão), que cumpre seu papel de fornecedor e promotor do conhecimento. Vale destacar ainda que a organização entende que o que é divulgado sobre o seu trabalho é muito importante para a consolidação e alinhamento da marca com a estratégia de posicionamento. 36
  • 37. 3 ANÁLISE ESTRATÉGICA Após realizado o briefing do cliente, com seus detalhamentos que serão fundamentais no decorrer do projeto, segue a criação de uma criteriosa e completa análise estratégica, afim de mapear riscos e pontos de atenção. Segundo DORNELAS: No plano de Negócios deve ser dada ênfase à análise dos ambientes externo e interno, onde se medem os riscos inerentes ao negócio, as oportunidades de mercado identificadas, os pontos fortes da empresa (seus diferenciais) e, ainda, os seus pontos fracos (onde a empresa precisa melhorar). Só depois de uma análise ambiental criteriosa é que a empresa poderá estabelecer seus objetivos e metas, bem como as estratégias que implementará para atingi-los. (DORNELAS, 2005, p.154). 3.1 ANÁLISE SETORIAL O SIBiUSP, como unidade vinculada à Universidade de São Paulo, também pode ser considerada uma organização pública. As suas atividades estão inseridas dentro do contexto da Universidade, ligadas ao conhecimento e à pesquisa. Nesse sentido, mesmo dentro de uma dinâmica diferente, o SIBi está diretamente ligado ao Ensino Superior e ao seu desenvolvimento no País. Por isso, será baseado no Ensino Superior o desenvolvimento da análise setorial. Antes serem analisados os atores da Educação Superior no Brasil, como concorrência e mercado consumidor, é necessário o entendimento sobre o contexto do setor em questão, principalmente no âmbito da pesquisa e pós-graduação. Para tal, serão apresentandos dados que apontam a amplitude e o crescimento do segmento. O intuito é situar a área e posicionar o SIBiUSP dentro do crescimento do País no âmbito educacional e científico, utilizando diversos rankings internacionais e pesquisas realizadas nos últimos anos. Para começar, é importante dizer que o ensino superior é considerado o nível mais elevado dos sistemas educativos. Desde 1950, a Convenção Europeia dos Direitos Humanos obriga todos os signatários, incluindo o Brasil, a garantir o direito à educação. O Pacto Mundial dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, das Nações 37
  • 38. Unidas, de 1966, estabelece que “a educação superior deverá tornar-se de acesso igualitário a todos, com base na capacidade, por todos os meios apropriados e, em particular, pela introdução progressiva da educação gratuita”. 3.1.1 PANORAMA GERAL DO ENSINO SUPERIOR Tendências Mundiais Segundo Porto e Régnier (2003), a transformação mais marcante no ensino superior em escala mundial está ligada à expansão do acesso ao longo da última década. Analisando o comportamento desse setor nos últimos anos, os autores citam uma afirmação de um documento da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), de 1999: a experiência comum de numerosos países é que o ensino superior não é mais uma pequena parcela especializada ou esotérica da vida de um país. Ele se encontra no próprio coração das atividades da sociedade, é um elemento essencial do bem-estar econômico de um país ou região, um parceiro estratégico do setor do comércio e da indústria, dos poderes públicos, assim como das organizações internacionais. (UNESCO, 1999, p.246). Abaixo alguns dados sobre a distribuição de estudantes segundo regiões: Tabela 4. Número de estudantes, por 100.000 habitantes, por região, 1980-1995. Fonte: UNESCO – CRUB 1999 – p. 247 38
  • 39. Ainda segundo Porto e Régnier (2003), o setor vem se transformando devido à globalização e as novas dinâmicas econômicas. A intensificação da competição, o surgimento da “indústria” do conhecimento, a desverticalização das universidades e a formação de parcerias, estimulam as principais mudanças no setor. Além disso, as mudanças na estrutura setorial estão levando ao surgimento de novos protagonistas concorrentes e parceiros das Universidades em todo o mundo. Nesse sentido, a própria relação das Universidades com a sociedade se modifica: “ao extrapolar seus papéis clássicos, as Universidades se tornaram mais visíveis, vulneráveis e menos protegidas perante a sociedade” (PORTO; RÉGNIER, 2003, p. 20). A natureza da prestação de serviços tende, cada vez mais, para uma aprendizagem continuada e também para a diversificação dos serviços e ausência de fronteiras rígidas entre esses dois aspectos. Com isso, “o modo de execução das atividades acadêmicas tende a sofrer profundas mudanças, influenciadas pelas novas tecnologias e pelo modelo de produção em massa” (PORT; RÉGNIER, 2003, p. 21). Além disso, existem transformações relativas tanto ao macro contexto internacional quanto ao contexto específico de desenvolvimento do ensino superior, cujos contornos definem as principais tendências para os próximos anos. Para os autores, no que se refere às tendências já consolidadas pode-se citar: o declínio das taxas de crescimento demográfico e progressivo envelhecimento da população; aceleração da produção científica e tecnológica; mudança nos padrões de competitividade das nações; crescente disponibilidade de novas tecnologias para a educação e crescimento da educação à distância; redefinição da estrutura do mercado de trabalho, do conteúdo do trabalho e das condições de empregabilidade; crescimento da educação continuada; consolidação da educação como objeto de aspiração dos jovens e de suas famílias. Como mudanças em andamento e tendências para o futuro podemos citar: globalização do mercado de trabalho; incremento no fluxo internacional de estudantes; empresas produtoras de tecnologia atuando como certificadoras de conhecimento; desterritorialização e internacionalização da oferta de ensino superior e serviços associados; maior presença das universidades corporativas; novos arranjos institucionais – criação de universidades virtuais e a formação de consórcios; formação de parcerias entre instituições de ensino superior; 39
  • 40. acirramento da concorrência e transformação no padrão de atuação das instituições de ensino superior; e presença de novos atores no campo da educação. O cenário brasileiro Para Porter e Régnier (2003), o sistema de ensino superior brasileiro está passando por profundas transformações. A diversificação dos tipos e modalidades de cursos oferecidos; a profissionalização da gestão das instituições de ensino; a difusão da cultura da avaliação; e a atração de novos investimentos estão entre as principais mudanças do contexto. As instituições privadas configuram-se como um ator cada vez mais relevante nesse cenário e podem ajudar o setor a se expandir. No Brasil, segundo o Governo Federal, o ensino superior é oferecido por universidades, centros universitários, faculdades, institutos superiores e centros de educação tecnológica. Assim, os cidadãos podem optar por três tipos de graduação: bacharelado, licenciatura e formação tecnológica. Os cursos de pós-graduação são divididos entre lato sensu (especializações e MBAs) e strictu sensu (mestrados e doutorados). Ainda segundo o Governo Federal, além da forma presencial, em que o aluno deve ter frequência em pelo menos 75% das aulas e avaliações, ainda é possível formar-se por ensino a distância (EAD). Nessa modalidade, o aluno recebe livros, apostilas e conta com o suporte da internet. A presença do aluno não é necessária dentro da sala de aula. Existem também cursos semipresenciais, com aulas em sala e também à distância. A unidade responsável por garantir que a legislação educacional seja cumprida para garantir a qualidade dos cursos superiores no País é a Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres), órgão do Ministério da Educação. O Índice Geral de Cursos (IGC), divulgado uma vez por ano e coordenado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e pelo Ministério da Educação (MEC), é utilizado em todo o País para medir a qualidade dos cursos de graduação. O IGC usa como base uma 40
  • 41. média dos conceitos de curso de graduação da instituição, ponderada a partir do número de matrículas, somados às notas de pós-graduação de cada instituição de ensino superior. Segundo dados atuais do Inep, a velocidade do crescimento do ensino superior no Brasil diminuiu fortemente a partir do ano de 2005. A tendência é preocupante, uma vez que a economia do país está em crescimento e demanda profissionais qualificados. Em 2010, por exemplo, as instituições de ensino superior públicas formaram 178.407 profissionais, 24 mil a menos do que os 202.262 de 2004. Nesses seis anos, a queda no número de concluintes foi de 1,8% ao ano. Essa desaceleração é generalizada, mas atinge de forma menos intensa as instituições privadas do setor. A queda na taxa de crescimento é mais intensa justamente nas instituições de ensino superior classificadas como universidades, onde se espera aliar ensino e pesquisa para formar os estudantes de forma mais completa. De 1995 a 2005, a taxa média de crescimento foi de 11% por ano. A partir de 2005, o crescimento tem sido pequeno, girando em torno de 0,2% ao ano. Com isso, em 2010, menos estudantes se graduaram em universidades do que em 2007. Os efeitos atingem também os cursos de pós-graduação: de 1995 a 2004, o número de doutores formados cresceu ao ritmo de 15% ao ano. De 2005 a 2010, o ritmo de crescimento caiu para um terço, 5% por ano. Em 2010, titularam-se menos doutores do que em 2009. Com o fim do crescimento no sistema público, a privatização do Ensino Superior após 2003 avançou de maneira nunca vista. Em 1995, 37% dos concluintes completaram seus estudos em instituições públicas. Em 2003, foram 32% e em 2010, o percentual caiu para apenas 22%. As razões para essa “parada” no crescimento pode estar ligada a política recente do MEC que privilegia a expansão do número de instituições do ensino superior federal sem levar em conta a distribuição no território nacional do número de estudantes que concluem o ensino médio. Outro fator importante é o fraco desempenho das instituições de ensino médio no país. A universalização do acesso ao ensino fundamental, nos anos 1990, trouxe a expectativa de um 41
  • 42. aumento forte no ensino médio, mas em 2010 houve menos concluintes do que em 2003, com um decréscimo anual de 0,5% ao ano. Apesar desse quadro de diminuição do crescimento do ensino superior no País, a pesquisa “Olhares sobre a educação Ibero-Americana”, divulgada em setembro de 2012 pela Organização dos Estados Ibero-Americanos para Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) traz outro olhar. Nos países da América Central e América Latina, a população acredita que a educação vai melhorar na última década. Os brasileiros estão entre os mais otimistas em relação ao futuro da educação no País nos próximos dez anos. Para 62% dos entrevistados, a educação vai melhorar, 26% acreditam que ficará no mesmo patamar e 9% avaliam que irá piorar. Para o secretário-geral da OEI, esse otimismo do cidadão é um fator de enorme pressão aos sistemas educativos, uma vez que as expectativas positivas contribuem fortemente para que a educação funcione. Apenas o Paraguai tem um resultado melhor: 64% esperam avanços na área. Já os hondurenhos são os que menos acreditam no futuro do sistema educacional: só 26% acham que a situação irá melhorar, enquanto 37% acreditam que ficará no mesmo nível e 23% preveem piora. Em todos os países, o percentual de pessoas que avaliam de forma positiva o futuro da educação é superior ao daquelas que têm uma percepção negativa. Por outro lado, os brasileiros estão entre os que têm a pior avaliação sobre a qualidade do ensino público. A nota atribuída pelos entrevistados, em uma escala de 0 a 10, foi 5,2 pontos, a quarta mais baixa entre os países pesquisados, ao lado de Honduras. O país que, na avaliação dos entrevistados, tem o pior sistema de ensino é o Chile, cuja nota foi 4,6. Os mais satisfeitos são os costa-riquenhos e os nicaraguenses, que atribuíram nota 7 à educação. 3.1.2 AMPLITUDE E CRESCIMENTO DA PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO NO BRASIL Segundo informações contidas no site do Governo Federal, o Brasil é o 13º país em maior volume em produção científica no mundo. Nossa taxa de crescimento na elaboração de trabalhos científicos tem sido de 8% ao ano, enquanto a média 42
  • 43. mundial circula em torno de 2%. Esses números são auxiliados principalmente pelos órgãos governamentais de apoio à pesquisa brasileira, como a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Também fazem parte do incentivo à pesquisa iniciativas de empresas privadas. Ainda segundo dados do Governo, nos últimos anos, o país aumentou cerca de 50% o número de artigos publicados em periódicos internacionais especializados do segmento. Aproximadamente 2% de toda produção científica do mundo hoje é brasileira. Além disso, o País possui um número de estudantes de mestrado e doutorado cerca de 10 vezes maior do que há 20 anos. Já no âmbito da pós-graduação, segundo avaliação realizada em 2011 pela Capes, o número de cursos no Brasil cresceu 20,8% nos últimos três anos. A região Sudeste é a que concentra o maior índice de cursos - por volta de 50% de todo o país - e também possui a maior taxa de cursos de excelência – cursos com notas 6 ou 7 na avaliação - , com 78%. A região Norte do País é a que tem apresentado o maior crescimento nos últimos anos, que fica em torno de 35%. Esse crescimento está ligado, em grande parte, ao baixo nível de desenvolvimento do Ensino Superior em anos anteriores na região. Contudo, no que se refere à qualidade, a região Norte possui apenas dois cursos considerados de excelência, ou seja, 1% do total da região, que é de 157 cursos. A maioria tem a nota mínima exigida pela avaliação. 3.1.3 RANKINGS INTERNACIONAIS EM EDUCAÇÃO SUPERIOR: CLASSIFICAÇÕES DA USP E DO BRASIL Comparada às outras Universidades do Estado de São Paulo, a Universidade de São Paulo é a que possui maior reconhecimento internacional, tendo em vista suas posições em rankings como o “World Reputation Ranking 2012”, que elege as 100 universidades com melhor reputação mundial. Nele, a USP está classificada na categoria 61-70. Entre as Universidades com menos de 50 anos, a UNESP e UNICAMP foram listadas em 2012 entre as 100 melhores do mundo, segundo a 43
  • 44. tradicional instituição londrina Times Higher Education que, pela primeira vez, realizou uma pesquisa segmentada no ramo. No QS World University Ranking, divulgado no início de setembro de 2012, da organização inglesa Quacquarelli Symonds, a Universidade de São Paulo ocupa a posição do 139º lugar no ranking das 700 maiores. Isso representa uma subida de 30 posições em relação a 2011. Apenas outras duas universidades brasileiras contemplam posições entre os primeiros 400 nomes: a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em 228º, e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 333º. Já no ranking que contempla somente as universidades da América Latina, a USP recebeu a primeira posição, ficando o segundo lugar para a Pontificia Universidad Católica de Chile e o terceiro para a Unicamp. Já no Times Higher Education 2011, o ranking das 200 melhores universidades do mundo, a USP está na 178ª posição e também é a única representante da América Latina. O diferencial desse ranking é seu embasamento em 13 indicadores, com destaque para investimento à pesquisa, publicações científicas, número de doutorados e de estudantes estrangeiros. O ARWU (Academic Ranking of World Universities), sigla em inglês, é realizado pela Universidade Jiao Tong, de Xangai e também analisa as melhores universidades do mundo. A edição de 2011 detectou que a USP é a Universidade com maior número de doutorados defendidos. Neste mesmo ranking, encontramos as três maiores universidades brasileiras: a USP na categoria 101-150, a UNICAMP em 201-300 e a UNESP na categoria 301-400. O universo dessa pesquisa abrange um total de 682 instituições globais. Vale lembrar que, neste cenário, o nome SIBiUSP, aliado à Universidade, pode ser uma força para a atuação deste órgão no Brasil. Outro ranking importante para as universidades brasileiras é o Webometric, publicado pelo site Web of the World Universities. Na edição de 2012, a USP aparece em primeiro lugar entre as melhores universidades da América Latina. A Universidade Estadual Paulista (UNESP) é a quarta melhor instituição de ensino, atrás da Universidade de São Paulo, da Universidad Nacional Autónoma de México e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). No Índice Geral de Cursos (IGC), ranking brasileiro divulgado pelo MEC em 2011, a UNICAMP foi considerada a melhor universidade do país. O índice mede a 44
  • 45. qualidade de cursos de graduação considerando o Conceito Preliminar de Curso (CPC), em combinação com o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). A Universidade de São Paulo não é avaliada por esse índice, uma vez que não participa do Enade. Vale ressaltar que 2011 foi o primeiro ano em que a UNICAMP se classificou no IGC, pois nos outros anos, ela também não participava do Exame Nacional. No caso do Brasil, identificamos ainda que essa situação possibilitou também a projeção do país como referência em pesquisa e produção científica. Os indicadores FAPESP de Ciência, Tecnologia e Inovação afirmam que os pesquisadores no Brasil são responsáveis por 56% dos artigos científicos publicados pela América Latina. Segundo a FAPESP, pesquisadores no Estado de São Paulo publicaram, de 2008 a 2010, 43.535 artigos científicos em revistas cadastradas no Web of Science, quantidade que supera a quantidade de todos os outros países latino-americanos somados. Ao observar as classificações tanto da Universidade de São Paulo quanto do Brasil nos rankings, é possivel afirmar que o contexto atual é propício ao desenvolvimento de pesquisas científicas e exposição do Brasil no setor acadêmico mundial. Dessa forma, o apoio à pesquisa tende a ganhar força dentro da atuação do SIBiUSP. Além disso, os serviços da organização encontram nessas classificações uma oportunidade para ganhar destaque tanto no país quanto no mundo, tendo em vista que o mesmo é uma das principais fontes de busca utilizada nessas produções. 3.1.4 O SIBI E O ENSINO SUPERIOR – POSICIONAMENTO DA ORGANIZAÇÃO NO SETOR Analisando o exposto acima, é possível identificar algumas tendências do setor na realidade do SIBiUSP. A aceleração da produção científica e tecnológica e a crescente disponibilidade de novas tecnologias para a educação são dois pontos que se aproximam muito da atuação do SIBi. Segundo o Relatório da Gestão da Diretoria Técnica do SIBiUSP (Set. 2007-Abr. 2010), a ação da organização transcende as 45
  • 46. estruturas administrativas e perpassa, horizontalmente, por todos os segmentos da Universidade. Além disso, é importante destacar que, segundo Porto e Régnier (2003), as organizações produtoras de tecnologia tendem a atuar como certificadoras de conhecimento e a parceria entre instituições de ensino tendem a crescer. Esses são outros dois pontos muito representativos para a atuação do SIBiUSP, conforme será desenvolvido posteriormente. Em recente pesquisa feita pelo jornal Folha de S. Paulo e divulgada no mês de setembro de 2012, a Universidade de São Paulo lidera o grupo de instituições com maiores notas entre avaliadores do mercado e da academia. A pesquisa foi feita em dois grupos: profissionais de Recursos Humanos foram entrevistados e apontaram as universidades, faculdades e centros universitários cujos formados têm preferência nos seus processos seletivos. Já os pesquisadores citaram quais escolas superiores do país, na sua avaliação, oferecem o melhor ensino. Nas figuras abaixo podemos observar a liderança da USP nas duas avaliações: Figura 10. RH X Cientistas – As melhores instituições de ensino, segundo empresas e pesquisadores. Fonte: Editoria de Arte – Folhapress. Nessa pesquisa, a Folha analisou nove indicadores das Universidades relacionados à pesquisa científica, como proporção de professores com doutorado, número de artigos científicos por docente e número de publicações. Numa escala de 0 a 55, a USP foi a campeã com 54,38 pontos. Essas informações somadas aos dados 46
  • 47. que os rankings levantados acima fornecem, demonstram qual é a importância e a posição que o SIBiUSP assume no setor. Apesar das adaptações que a organização precisa desenvolver para atender às novas demandas do ensino superior e competir com o “mercado” internacional, a USP está sempre classificada entre as melhores posições de quase todos os rankings avaliados e se destaca nos cenário nacional e internacional. A pesquisa acadêmica tende a se fortalecer nos próximos anos e já tem sido avaliada de forma positiva na USP. O SIBiUSP, portanto, precisa acompanhar e gerir de forma estratégica todas essas tendências. A Universidade de São Paulo já conquistou um grande terreno no ensino superior brasileiro e usufrui de uma boa reputação. O SIBiUSP, então, tem potencial para se tornar uma organização não só de referência, mas também de excelência no seu campo de atuação, de forma a se posicionar entre as maiores do setor. 3.1.5 A CONCORRÊNCIA NO SETOR PÚBLICO – O SIBIUSP E OS CONCORRENTES PARCEIROS Segundo Porter (1986), “a essência da formulação de uma estratégia competitiva é relacionar uma companhia ao seu meio ambiente. Embora o meio ambiente relevante seja muito amplo, abrangendo tanto forças sociais como econômicas, o aspecto principal do meio ambiente da empresa é a indústria ou as indústrias em que ela compete” (PORTER, 1986, p. 22). O conceito de competitividade discutido atualmente segue, em grande parte, a abordagem sugerida por Michael Porter, conhecido por ser um ícone importante dos princípios fundamentais da concorrência. Para o autor, a competitividade é a habilidade ou talento resultantes de conhecimentos adquiridos capazes de criar e sustentar um desempenho superior ao desenvolvido pelos seus concorrentes. Contudo, se considerarmos o SIBiUSP como uma instituição vinculada à uma Universidade pública, ou seja, que recebe recursos e investimentos do Governo (no caso da USP, do Governo Estadual) para desenvolver suas atividades, o conceito de 47
  • 48. concorrência proposto por Porter ganha outras dimensões. Visto que, a Universidade e, por consequência, o próprio SIBiUSP, não procuram obter lucro com os serviços que são oferecidos por eles, não faz sentido falarmos, por exemplo, em concorrentes diretos. A realidade que envolve organizações ligadas ao primeiro setor é diferente, uma vez que o principal componente “disputado”, o lucro, não está presente neste contexto. É claro que, ainda assim, é importante que exista um conhecimento prévio dos prováveis movimentos de cada organização inserida no mesmo setor de atuação do SIBiUSP, já que elas podem interagir entre si e esse contato é fundamental para se entender as condições futuras do ramo. Entretanto, essas organizações, assumem aqui, um sentido muito mais de “parceiras” do que de “concorrentes” propriamente ditos. Sendo assim, elas podem construir relações que beneficiem ambos os lados. Porter (1986) também aborda a concorrência sob a perspectiva da cooperação, na qual, como dito anteriormente, não há disputa por lucro. É interessante destacar ainda a questão da expansão dessas organizações que, mesmo não prevendo lucro em suas atividades, demonstram certo empenho em atrair e atingir cada vez mais usuários. Mesmo assim, os movimentos desses “parceiros”, por assim dizer, não têm como objetivo prejudicar o desempenho das atividades do outro, mas podem, em alguns casos, convergir e trazer benefícios para todo setor. Outro ponto interessante é que, pela ausência de concorrência direta, os “parceiros” podem compartilhar melhores práticas em determinadas questões e processos, contribuindo para o aprimoramento de pontos falhos. O intuito, neste caso, é a melhoria do setor, pois, se o mesmo cresce e se desenvolve, todos podem se beneficiar. Sendo assim, toda a análise feita em relação à concorrência, à partir daqui, vai considerar a ideia de “parceiros” pelos motivos acima expostos. A importância de destacar esse ponto está no fato de que muitos conceitos e abordagens presentes na análise da concorrência, não se aplicam ao SIBiUSP ou precisam ser adaptados à sua realidade, considerando-se que é uma organização diretamente ligada à uma instituição pública de ensino e que, portanto, pode ser enquadrada no chamado primeiro setor. 48
  • 49. 3.1.6 BENCHMARKING Para realizar o benchmarking da organização, foram escolhidas duas dentre as maiores universidades do mundo de acordo com o ranking da QS Top Universities e também as duas universidades parceiras do SIBiUSP. As duas universidades escolhidas para o benchmark mundial foram a Universidade de Columbia e a Universidade de Cambridge. A escolha se deteve em uma universidade dos Estados Unidos e uma universidade da Inglaterra para tentar abranger dois lugares muito diferentes do ponto de vista cultural e também porque a partir do ranking esses são os dois países cujas universidades aparecem nos primeiros lugares da lista. As universidades brasileiras escolhidas foram as duas consideradas concorrentes parceiras pela própria organização, que são a Unesp e a Unicamp. O benchmarking foi realizado com base na observação de websites e produtos digitais das universidades citadas acima. O SIBiUSP e os principais parceiros no setor O SIBiUSP é uma organização que dispõe de um banco de dados muito extenso e, por isso, é necessário fazer algumas inferências considerando aspectos como acervo, rankings e gráficos. Nessa etapa, serão analisados numericamente os dados disponíveis, conforme listados na tabela a seguir do ano de 2009, fornecida pela organização. Estas informações serão utilizadas em comparação com cada parceiro: Tabela 5: Acervo das bibliotecas da USP. Livros e Empréstimos/ Número de Número de Instituição Usuários outros Consultas Bibliotecas Alunos USP (SIBiUSP) 2.514.080 4.968.845 138.293 44 88.962 Fonte: SIBiNET USP. Disponível em SIBiUSP em números: <http://www.usp.br/sibi/> 49
  • 50. Entre os principais serviços oferecidos pelo SIBiUSP e identificados em outros parceiros do setor, pode-se citar: o Sistema de Bibliotecas da Universidade Estadual de Campinas (SBU - UNICAMP); o Portal do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais de São Paulo (CRUESP), consórcio que reúne o acervo digital das bibliotecas da USP, UNICAMP e UNESP; o ATHENA, que permite pesquisar os livros, dissertações e e-books da UNESP (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita); o SBI, Sistemas de Bibliotecas e Informação da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMP). O CRUESP foi fundado depois do SIBiUSP, no ano de 1994. Porém, apesar do menor tempo de existência, seu acervo é de enorme representatividade para o campo da pesquisa acadêmica brasileira. Atualmente, o consórcio é composto por 93 bibliotecas e conta com mais de oito milhões de itens bibliográficos. Assim, ao avaliar os resultados tais como quantidade de bibliotecas, frequência de uso ou acervo de obras, o CRUESP é, em números, um órgão superior ao SIBiUSP. Vale lembrar que ele se utiliza dos dados do DEDALUS/USP para a construção de uma plataforma única que engloba os acervos das grandes Universidades públicas do Estado de São Paulo. Portanto, dentro desse cenário, o SIBiUSP é uma das peças para a formação de um sistema maior, remetendo à questão dos “parceiros”. O ATHENA, por sua vez, é constituído pelo acervo de 32 bibliotecas das Unidades Universitárias Experimentais da UNESP, distribuídas em 23 cidades do Estado de São Paulo. Entre livros, periódicos, partituras, teses e dissertações, seu acervo é composto pelo total de aproximadamente 1,02 milhões de itens. Considerando esses dados, avalia-se que o sistema da UNESP, em abrangência - no que se refere à presença de bibliotecas e à quantidade de arquivos - aproxima-se do SIBiUSP. É o terceiro sistema mais representativo do Estado de São Paulo, atrás apenas do CRUESP e do próprio SIBiUSP. 50
  • 51. Já SBU da UNICAMP é composto por uma Biblioteca Central e outras 26 bibliotecas em faculdades e institutos. Movimenta aproximadamente 1,2 milhão de consultas anuais a livros, revistas, teses e jornais, incluindo os empréstimos domiciliares, realizadas por cerca de 30 mil usuários regulares das bibliotecas. O acervo bibliográfico é constituído por cerca de 505 mil volumes. A Universidade investe no sistema, a cada ano, recursos da ordem de R$ 10 milhões. As coleções das bibliotecas estão à disposição de toda a comunidade para consulta local, mas o empréstimo é exclusivo para a comunidade UNICAMP. A localização dos livros, teses e periódicos pode ser realizada através da Internet, por meio do "Acervus", o sistema de acesso ao banco de dados bibliográficos do SBU, similar ao DEDALUS. Em números, o sistema da UNICAMP ainda é inferior ao SIBiUSP e ao ATHENA, porém a sua importância é de grande valia para a pesquisa brasileira, visto que apresenta números altos no que se refere à consultas, empréstimos e recursos. Como parceiro do SIBiUSP, o SBU contribui de forma significativa para a formação de um sistema de banco de dados disponível para pesquisadores. A seguir, numa visão ampliada sobre o setor, foram traçados gráficos comparativos entre os sistemas das universidades parceiras citadas, em termos de acervo, empréstimos, consultas e número de alunos matriculados. 4 Gráfico 1: Comparativo de acervo entre os sistemas SBU, CBG e SIBiUSP. 4 Fontes: SBU> Anuário Estatístico 2012. Disponível em: <http://www.aeplan.unicamp.br/anuario_estatistico_2012/index_arquivos/marcador2012_port.pdf>; CGB: UNESP em números. Disponível em: <http://www.unesp.br/guia/numeros.php/>; USP: SIBiUSP em números. Disponível em: <http://www.usp.br/sibi/. Acessos em 10 set. 2012. 51
  • 52. Gráfico 2: Número de alunos na USP, Unesp e Unicamp. Gráfico 3: Quantidade de Bibliotecas da USP, Unesp e Unicamp. O público que utiliza todos estes serviços, tanto do SIBiUSP quanto de seus concorrentes parceiros é composto, majoritariamente, por alunos, tanto de graduação como de pós-graduação. Os docentes, por sua vez, compõem a segunda parte desse público, em menor quantidade que os alunos. Analisando os números, não é possível identificar se os serviços são mais utilizados por alunos ou docentes. Os funcionários das universidades podem ser considerados outra parte do público que utiliza os serviços. No entanto, é possível que esse segmento use os serviços de forma mais reduzida, pois não estão diretamente envolvidos com trabalhos acadêmicos. O público externo também pode acessar os produtos, mas de forma limitada. 52
  • 53. Gráfico 4: Comparativo entre os números de empréstimos e consultas entre SBU, CBG e SIBiUSP. A partir do gráfico acima, conclui-se que há um número muito maior de consultas e empréstimos na Universidade de São Paulo. Esse fato pode estar ligado ao número superior de usuários. Os gráficos e tabelas abaixo comparam usuários e potenciais usuários da UNESP, USP e UNICAMP, a partir dos números de alunos, professores e funcionários: Tabela 6: Usuários e potenciais usuários da Unesp, Unicamp e USP. Usuário Unesp Unicamp USP Alunos de Graduação 34.425 17.083 57.300 Alunos de Pós 12.031 19.718 28.568 Professores 3.354 2.052 5.865 Outros* 8.196 11.901 21.911 Total 58.006 50.754 113.644 5 Fonte: UNESP em números. 5 Fontes: UNESP em números. Disponível em: <http://www.unesp.br/guia/números.php/; Unicamp em números. Disponível em: <http://www.aeplan.unicamp.br/anuário_estatistico_2012/índex_ arquivos/marcador2012_port.pdf>; USP em números. Disponível em: <http://www5.usp.br/USP-em- numeros/>. 53
  • 54. Gráfico 5: Comunidade Unesp. Gráfico 6: Comunidade Unicamp Gráfico 7: Comunidade USP. Conforme os dados anteriores, o número de usuários potenciais da UNESP e UNICAMP é inferior ao SIBiUSP. O potencial da USP é grande e os seus usuários representam um grande público para o SIBiUSP, o que demonstra que é preciso considerar adequadamente seus respectivos perfis e demandas na elaboração de suas estratégias para a ampliação de seus usuários. 54
  • 55. 3.1.6.2 ANÁLISE SOBRE PRÁTICAS DE comunicação DO SIBI E SEUS PARCEIROS O SIBiUSP participou de algumas divulgações, para valorizar e esclarecer o que é, o que faz e quais são os seus produtos. Recentemente, a exposição Conhecimento: custódia e acesso foi inaugurada no Museu da Língua Portuguesa, pela Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, e tem entre seus objetivos reconhecer os 30 anos de atividade do SIBiUSP. A exposição ficou aberta de 13 de Março a 13 de Maio de 20126. Outro intuito da exposição – não menos importante – é o de explorar o resgate, a preservação e o acesso ao conhecimento. Segundo a professora Sueli Ferreira, do SIBi, a biblioteca não trabalha só com a busca, mas também com a concepção do conhecimento. A visita é aberta ao público em geral e atinge camadas importantes da sociedade, além de ser gratuita. No entanto, a exposição é destinada, principalmente, aos alunos do Ensino Médio, universitários e pós-graduandos, pesquisadores, professores e profissionais interessados em produção do conhecimento, recursos de acesso e recuperação de informação, acervos e bibliotecas memoriais. Além da cidade de São Paulo, a exposição visitará diversas cidades do Estado de São Paulo, e pretende alcançar maior número de pessoas. O catálogo da exposição está disponível na internet.7 A construção de um hotsite comemorativo aos 30 anos da organização, lançado recentemente, alterou significantemente a forma como as informações são transmitidas, a quantidade de material e o acesso a diferentes formatos. Esses esforços para divulgar os serviços e produtos oferecidos pelo SIBi, contribuem significativamente para a projeção da imagem da organização, no sentido de aproximar o público do sistema e da produção de pesquisa e mostram que a organização está disposta a tornar-se mais conhecida e realizar seu propósito maior, que é a transmissão do conhecimento. 6 Mais informações sobre a exposição estão disponíveis em <http://www.museulinguaportuguesa.org.br/noticias_interna.php?id_noticia=259 >. 7 Disponível em < http://200.144.189.88/30anos/?p=1634 >. Acesso em 07 set. 2012. 55
  • 56. Essas ações, no entanto, ainda precisam ser aprimoradas, pois, de acordo com os resultados obtidos nos relatórios de avaliação sobre o SIBi, um dos grandes pontos negativos do sistema para o público acadêmico é o desconhecimento sobre o papel, o funcionamento e a gestão do sistema que é desempenhada junto às bibliotecas. O Portal do Sistema de Bibliotecas da Unicamp também foi reformulado recentemente e agora apresenta novo layout e mais informações sobre seus produtos e serviços. É possível encontrar no site informações sobre as bibliotecas da Universidade, regulamentações de funcionamento do SBU e outras notícias relevantes tanto às bibliotecas, quanto ao Ensino e à Pesquisa. Há, inclusive, a opção de visualizar dados de acesso ao site, como quantidade de visitantes, número de arquivos baixados, quantidade de páginas vistas etc., contribuindo para o aumento de transparência da comunicação do sistema. Esse tipo de informação, por exemplo, não é encontrado de forma clara nos portais dos demais parceiros o que representa resultados concretos dos esforços do sistema da UNICAMP no sentido de se aproximar do público e tornar seus produtos e serviços mais conhecidos. Além disso, workshops têm sido promovidos pelo Sistema de Bibliotecas para estimular boas ações desempenhadas pelo SBU, como por exemplo, o incentivo à preservação correta de acervos. A ação contribui para o desenvolvimento de uma consciência em relação à importância do acúmulo e acesso ao conhecimento acadêmico e aumenta a visibilidade dos produtos e serviços da organização. A Coordenadoria Geral de Bibliotecas da UNESP, por sua vez, possui em seu ambiente digital de artigos científicos e informações sobre seu acervo, mas não recebe atualização de layout e funcionalidade sobre seus serviços há algum tempo. Essa desatualização dificulta o acesso a algumas informações e torna a navegação no portal uma experiência de maior grau de dificuldade. No entanto, é possível baixar e-books, periódicos, teses e dissertações. Outro ponto positivo do portal é a parte de comunicação de atividades desempenhadas pela Universidade no que se refere ao acervo de conhecimento científico. A seção é atualizada regularmente e informa notícias relevantes à comunidade, como rankings das universidades, principais softwares ligados à otimização de pesquisas acadêmicas e informações sobre o vestibular. Contudo, a organização ainda precisa avançar no que se refere à melhoria da organização das informações e atualização do conteúdo em geral, para que a sua comunicação institucional ganhe maior relevância. 56