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Franco (2011), FLUZZ: Vida humana e convivência social nos novos mundos
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                               50
            (Corresponde ao décimo-quarto tópico do Capítulo 7,
              intitulado Alterando a estrutura das sociosferas)




                                Estado

Um delírio de raiz belicista

As preferências que levam alguém a querer morar ou trabalhar em
Barcelona, São Francisco, Curitiba, Milão ou Genebra, não são, em geral,
relacionadas às características das nações que abrigam essas cidades e sim
à dinâmica singular que cada uma delas apresenta. Quem optou por
Barcelona, certamente não optaria genericamente pela Espanha. Quem
gosta de viver em São Francisco, freqüentemente tem motivos muito claros
para não querer morar em outros lugares dos Estados Unidos.
Não é assim? Tanto faz morar em Curitiba ou Pernambuco, só porque
ambas estão no Brasil? Tanto faz morar em Milão ou Consenza, só porque
ambas estão na Itália? Tanto faz morar em Genebra ou Berna, só porque
ambas estão na Suíça? É claro que não! Há uma diferença de capital social
(ou seja, uma diferença de topologia e de conectividade, na estrutura e na
dinâmica, de suas redes sociais) entre essas cidades, que faz toda a
diferença em termos de condições e estilo de vida e convivência social.

O fato é que vivemos em cidades, moramos, estudamos, trabalhamos e nos
divertimos em localidades. Ninguém convive no país. A nação não é uma
comunidade concreta. É uma comunidade imaginária, de certo modo
inventada e patrocinada pelo Estado e seus aparatos, inclusive pela
publicidade massiva das empresas estatais (que se enrolam nas bandeiras
nacionais para tentar estabelecer uma vantagem competitiva bypassando o
mercado ou para fazer propaganda dos governantes que nomearam seus
dirigentes). E a pátria (e o patriotismo), ou é a remanescência de um delírio
de raiz belicista (aquele mesmo que acompanhou a instalação desse fruto
da guerra chamado Estado-nação moderno) ou – para lembrar a já batida
sentença de Samuel Johnson (1709-1784) – é um refúgio de canalhas (37)
que se escondem por trás do nacionalismo para proteger seus interesses ou
levar vantagem sobre os concorrentes, em geral no campo econômico, por
certo, mas também no político.

Mas as profundas mudanças sociais que estão ocorrendo nas últimas
décadas estão criando condições favoráveis à independência das cidades do
ponto de vista do desenvolvimento local. Fala-se aqui – entenda-se bem –
das cidades como redes de múltiplas comunidades, e não propriamente das
instâncias locais do Estado (central ou regional), das prefeituras e das
outras instituições privatizadoras da política que querem “representá-las” ou
comandá-las.

O mundo humano-social, ao contrário do que pensam os governantes, não
é um conjunto de Estados, nações ou países. É uma configuração móvel e
complexa de infinidades de fluxos entre pessoas e grupos de pessoas,
agregadas, por sua vez, em múltiplos arranjos locais e setoriais: famílias,
vizinhanças, comunidades, cidades, regiões, organizações (dentre as quais,
algumas poucas – que não chegam a duas centenas – são Estados).

Depois que se generalizou a forma Estado-nação, as cidades passaram a ser
localidades de um país (devendo-se entender por isso que elas passaram a
ser instâncias subnacionais). Para todos os efeitos, são encaradas, pelos
aparatos estatais que comandam os países, como instâncias subordinadas
(ordenadas a partir de cima). E conquanto tenham alguma autonomia



                                     2
formal, figurando como sujeitos de pactos federativos em muitas
Constituições modernas, as cidades são realmente subordinadas do ponto
de vista político, jurídico, fiscal, energético, econômico etc. Seu
funcionamento depende, em grande parte, de decisões tomadas sem a sua
participação. Normas, repasses de recursos e investimentos, são
determinados por outras instâncias, de cima e de fora. E na medida em que
tudo isso gera dependência, não interdependência, são construções contra-
fluzz.




                                   3
Nota

(37) "Patriotism is the last refuge of a scoundrel" ("O patriotismo é o último refúgio
dos canalhas”). Cf. BOSWELL, James & CROKER, John (1791). The life of Samuel
Johnson, LL. D. New York: George Dearborn Publisher, 1833. Disponível em Google
Books:

<http://books.google.com/books?id=TmShu9cK3IUC&pg=PP1#v=onepage&q&f=fal
se>




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Fluzz pilulas 50

  • 1. Em pílulas Edição em 92 tópicos da versão preliminar integral do livro de Augusto de Franco (2011), FLUZZ: Vida humana e convivência social nos novos mundos altamente conectados do terceiro milênio 50 (Corresponde ao décimo-quarto tópico do Capítulo 7, intitulado Alterando a estrutura das sociosferas) Estado Um delírio de raiz belicista As preferências que levam alguém a querer morar ou trabalhar em Barcelona, São Francisco, Curitiba, Milão ou Genebra, não são, em geral, relacionadas às características das nações que abrigam essas cidades e sim à dinâmica singular que cada uma delas apresenta. Quem optou por Barcelona, certamente não optaria genericamente pela Espanha. Quem gosta de viver em São Francisco, freqüentemente tem motivos muito claros para não querer morar em outros lugares dos Estados Unidos.
  • 2. Não é assim? Tanto faz morar em Curitiba ou Pernambuco, só porque ambas estão no Brasil? Tanto faz morar em Milão ou Consenza, só porque ambas estão na Itália? Tanto faz morar em Genebra ou Berna, só porque ambas estão na Suíça? É claro que não! Há uma diferença de capital social (ou seja, uma diferença de topologia e de conectividade, na estrutura e na dinâmica, de suas redes sociais) entre essas cidades, que faz toda a diferença em termos de condições e estilo de vida e convivência social. O fato é que vivemos em cidades, moramos, estudamos, trabalhamos e nos divertimos em localidades. Ninguém convive no país. A nação não é uma comunidade concreta. É uma comunidade imaginária, de certo modo inventada e patrocinada pelo Estado e seus aparatos, inclusive pela publicidade massiva das empresas estatais (que se enrolam nas bandeiras nacionais para tentar estabelecer uma vantagem competitiva bypassando o mercado ou para fazer propaganda dos governantes que nomearam seus dirigentes). E a pátria (e o patriotismo), ou é a remanescência de um delírio de raiz belicista (aquele mesmo que acompanhou a instalação desse fruto da guerra chamado Estado-nação moderno) ou – para lembrar a já batida sentença de Samuel Johnson (1709-1784) – é um refúgio de canalhas (37) que se escondem por trás do nacionalismo para proteger seus interesses ou levar vantagem sobre os concorrentes, em geral no campo econômico, por certo, mas também no político. Mas as profundas mudanças sociais que estão ocorrendo nas últimas décadas estão criando condições favoráveis à independência das cidades do ponto de vista do desenvolvimento local. Fala-se aqui – entenda-se bem – das cidades como redes de múltiplas comunidades, e não propriamente das instâncias locais do Estado (central ou regional), das prefeituras e das outras instituições privatizadoras da política que querem “representá-las” ou comandá-las. O mundo humano-social, ao contrário do que pensam os governantes, não é um conjunto de Estados, nações ou países. É uma configuração móvel e complexa de infinidades de fluxos entre pessoas e grupos de pessoas, agregadas, por sua vez, em múltiplos arranjos locais e setoriais: famílias, vizinhanças, comunidades, cidades, regiões, organizações (dentre as quais, algumas poucas – que não chegam a duas centenas – são Estados). Depois que se generalizou a forma Estado-nação, as cidades passaram a ser localidades de um país (devendo-se entender por isso que elas passaram a ser instâncias subnacionais). Para todos os efeitos, são encaradas, pelos aparatos estatais que comandam os países, como instâncias subordinadas (ordenadas a partir de cima). E conquanto tenham alguma autonomia 2
  • 3. formal, figurando como sujeitos de pactos federativos em muitas Constituições modernas, as cidades são realmente subordinadas do ponto de vista político, jurídico, fiscal, energético, econômico etc. Seu funcionamento depende, em grande parte, de decisões tomadas sem a sua participação. Normas, repasses de recursos e investimentos, são determinados por outras instâncias, de cima e de fora. E na medida em que tudo isso gera dependência, não interdependência, são construções contra- fluzz. 3
  • 4. Nota (37) "Patriotism is the last refuge of a scoundrel" ("O patriotismo é o último refúgio dos canalhas”). Cf. BOSWELL, James & CROKER, John (1791). The life of Samuel Johnson, LL. D. New York: George Dearborn Publisher, 1833. Disponível em Google Books: <http://books.google.com/books?id=TmShu9cK3IUC&pg=PP1#v=onepage&q&f=fal se> 4