1. O Assistente Salesiano
Ser assistente significa prestar assistência, isto é: trabalhar com
e para o outro, para as crianças, os adolescentes e a juventude.
Ou seja, ser assistente não é apenas trabalhar junto, mas é
comprometer-se com a atividade comum, assumir como seus os
objetivos da escola com a qual colabora.
Como a missão da família salesiana é a educação, em suas
escolas todos os líderes e voluntários são assistentes. Por isso,
eles possuem algumas exigências próprias para atuarem nessa
área:
• Coerência na relação com os colegas - harmonia entre o dizer,
o ser e o fazer, lembrando que o ser e o fazer são sempre mais
importantes que o dizer.
Afeto pedagógico - aceitação dos colegas como são, sem perder
de vista o potencial de cada um.
• Responsabilidade - exige que o líder/voluntário saiba respeitar
as exigências do bem comum e no respeito à condição peculiar
de pessoas em desenvolvimento.
• Bom senso na ação - capacidade de discernimento prático na
interpretação e na intervenção nos acontecimentos reais que
transcorrem na ação educativa.
• Equilíbrio no agir - capacidade de agir com discernimento,
tranqüilidade e sabedoria, frente a situações complexas e/ou de
extrema gravidade.
Os Valores do Assistente
Na caminhada das crianças, dos adolescentes e dos jovens, o
assistente, ao apoiá-los, deve viver determinados valores, que
são indispensáveis para que o seu trabalho aconteça, e
favoreça o crescimento deles.
• Esforço - todo Assistente, na sua ação diária, deve aplicar
suas forças para concretizar seus objetivos junto aos colegas.
Ele não pode deixar que as coisas aconteçam sem que exista
uma pronta interferência sua. O empenho do Assistente é de
vital importância no seu trabalho, pois ele traduz interesse,
cuidado, preocupação com a vida de cada uma dos colegas
2. presentes em seu dia-a-dia. Toda pessoa sente-se bem quando
percebe que alguém está empenhado em apoiá-lo em suas lutas
diárias.
• Persistência - o Assistente deve conservar-se firme e
constante em seu propósito de trabalhar pelo bem dos colegas.
Ele não abandona suas crenças, seus valores, diante de uma
dificuldade, de um menino ou menina que apresente
comportamentos difíceis. É seu dever persistir, manter-se firme
em seu propósito, acreditando que sua ação, um dia, haverá de
produzir frutos, isto é, contribuir para o amadurecimento dele.
• Preparo - no seu trabalho cotidiano, o Assistente não pode
abrir mão de um processo formativo permanente. Ele deve estar
sempre disposto para estudar e aprofundar questões que são
importantes para o sucesso de sua ação. A preparação do
Assistente não pode resumir-se às reuniões e/ou encontros
oferecidos pela escola. O Assistente deve ser alguém que busca
por si mesmo, através de leituras, um preparo que o capacite
para uma ação competente em benefício dos colegas.
• Solidariedade – o Assistente não trabalha só. Sua ação possui
uma dependência com as ações dos outros membros da
comunidade educativa. Ela deve refletir a união existente entre
todos. A união que promove ações de colaboração, de ajuda
mútua. Deve o Assistente preocupar-se também em solidarizar-
se com a causa dos jovens.