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A CONVERSÃO
V irando do lado divino da salvação para o humano, somos trazidos a uma consideração da conversão. Notamos:
I. A C O NV ERSÃ O DEFINIDA
1. A C O NV ERSÃ O P RO P RIA M ENT E
P or conversão propriamente queremos dizer o sentido técnico e teológico em que o termo é comumente usado. Neste
sentido tem sido definido como segue:
“C onversão é aquela mudança voluntária na mente do pecador em que ele se vira do pecado, por um lado, e para
C risto, doutro lado. O elemento primário e negativo da conversão, nomeadamente , virar-se do pecado, denominamos
arrependimento. O elemento da conversão, último e positivo, nomeadamente virar-se para Cristo, denominamos fé.” E
outra vez: “C onversão é o lado humano ou aspecto daquela mudança espiritual fundamental, que, vista do lado divino,
chamamos regeneração.” - A . H. Strong, em Systematic T heology, pág. 460.
P odemos ir mais longe do que Strong vai à última citação e dizer que a regeneração, ou o novo nascimento, no seu
sentido mais largo, inclui a conversão, que está assim apresentada em tais passagens como T i. 1:18 e 1 P edro 1:23,
onde a P alavra de Deus está distintamente representada como o instrumento do Espírito Santo na regeneração. Se o
novo nascimento significasse somente a comunhão de vida, então não haveria necessidade da instrumentalidade da
P alavra. De modo que podemos dizer que a regeneração tem tanto do lado divino como do humano. O lado divino
podemos chamar vivificação e o humano conversão. A quelas passagens que falam de vivificação tem referência, talvez,
só ao lado divino , enquanto que as passagens que falam de regeneração, gerar e nascimento, referem -se à obra
completa de trazer o homem do pecado à fé salvadora em C risto.
2. C O NV ERSÃ O NO SEU SENT IDO GERA L
“Do fato de a P alavra “conversão” significar, simplesmente, um “virar”, toda volta do cristão do pecado, subseqüente à
primeira, pode, num sentido subordinado, ser denominado uma conversão (Lc. 22:32). Desde que a regeneração não é
santificação completa e a mudança da disposição regente não é idêntica à purificação completa da natureza, tais voltas
subseqüentes do pecado são conseqüências necessárias e evidencias da primeira (C f. João 13:10). M as não implicam,
como a primeira, mudança na disposição regente, - antes são novas manifestações da disposição já mudada. P or esta
razão, a conversão própria, como a regeneração, de que é o lado obverso, pode ocorrer apenas uma vez.”- A . H.
Strong, em Systematic T heology, pág. 461.
Neste capítulo temos referência ao sentido técnico e teológico da conversão como dado no primeiro caso supra.
II. A O RDEM LÓ GIC A DE V IV IFIC A Ç Ã O E C O NV ERSÃ O
C omo afirmamos acima, vivificação e conversão parecem ser os lados divinos da regeneração ou o novo nascimento. É
nosso propósito agora, portanto, considerar a questão quanto ao que é logicamente p rimeiro, o lado divino ou o
humano, na regeneração. P ropôs esta questão é respondê-la a todos que são capazes de pensar logicamente. O lado
divino é certíssima e logicamente anterior ao lado humano. Em consideração desta atitude notemos:
1. P RO V A S A P RESET A DA S
(1). A conversão envolve virar-se do pecado, o que o homem por natureza não pode fazer.
P or natureza o homem pode reformar sua vida até um certo ponto: pode virar-se de algumas formas de pecado; mas,
por natureza não pode mudar a disposição regente de sua natureza. Está isso provado em Jer. 13:23, que reza: “P ode
o etíope mudar sua pele, ou o leopardo as suas manchas? Assim podeis vós também fazer o bem, acostumados a fazer
o mal?” O pecador está acostumado a fazer o mal; logo, é -lhe impossível virar-se do mal (pecado) até que sua
disposição regente se mude. Isto é só tão impossível como é para o mais preto dos negros fazer -se branco, ou o
leopardo despir-se do seu manto malhado.
(2). A conversão é agradável a Deus e o homem natural não pode agradar a De us.
Ninguém pode duvidar da primeira parte da afirmação supra. A última parte está provada em Rom. 8:8, que diz: “O s
que estão na carne não podem agradar a Deus.” Isto inclui a todos a quem Deus não deu uma nova natureza.
(3). A conversão é uma boa coisa e nenhuma boa coisa pode proceder do coração natural
Disse P aulo que não havia nenhuma coisa boa na sua natureza carnal (Rom. 7:18). Esta é a única natureza que o
homem possui até que Deus lhe de uma nova; portanto, a doação da nova natureza, ou vivificação , deve vir antes da
conversão. A firmar diferente é negar a depravação total, a qual significa que o pecado permeou cada parte do ser
humano e envenenou cada faculdade, não deixando no homem natural nenhuma coisa boa.
(4). A conversão envolve submeter-se alguém à vontade ou à Lei de Deus e isto é impossível ao homem natural
Q ue tal é impossível ao homem natural está estabelecido em Rom. 8:7, onde lemos: “A inclinação da carne é inimizade
contra Deus, pois não é sujeita à Lei de Deus e nem em verdade o pode s er.”
(5). A conversão envolve receber a C risto como Salvador de uma pessoa, o que é uma coisa espiritual, e o homem
natural não pode receber coisas espirituais.
Esta última verdade está declarada em 1 C or. 2:14; como segue: “O homem natural não pode recebe r as coisas de
Espírito de Deus: porque são para ele loucura; não pode conhece -las, porque se discernem espiritualmente.” Se a
verdade do poder salvador de C risto pela fé não é uma coisa do Espírito de Deus, a saber, uma coisa que o homem
pode entender somente pela revelação do Espírito, então que verdade é uma coisa do Espírito de Deus?
(6). A conversão envolve fé e a fé opera-se no homem pelo mesmo poder que levantou Jesus dentre os mortos.
T al é a declaração de Efe. 1:19,20, na qual lemos da “sobre-excelente grandeza do Seu poder em nós, os que cremos,
segundo a operação da força do Seu poder, a qual operou em C risto ressucitando -O dos mortos.”
(7). A conversão é uma ressurreição espiritual e numa ressurreição a comunicação da V ida Deve sempre preceder a
manifestação da V ida nascente
A conversão está representada em Efe. 2:4 -6 como uma ressurreição espiritual, que diz: “Deus, que é rico em
misericórdia, pelo Seu grande amor com que nos amou, ainda quando estávamos mortos em pecados, nos vivificou
juntamente com C risto (pela graça somos salvos); e juntamente nos ressuscitou e nos fez assentar nos lugares
celestiais em C risto Jesus.” O ressuscitar aqui representa a conversão. A ssim, a questão que estamos considerando é
quanto ao que é primeiro, o vivificar ou o ressuscitar. Não pode haver dúvida razoável que o vivificar é o primeiro num
sentido lógico.
(8). A conversão envolve a vinda de C risto e o ato do P ai em dar homens a C risto precede a vinda deles a C risto
Em João 6:37 lemos como segue: “T odos quantos o P ai me dá virão a mim.” C ertamente que esta passagem coloca o
ato do P ai em dar homens a C risto logicamente anterior à vinda deles a Ele, o Filho. Este ato do P ai é um ato
discriminativo e efetivo, porque todos que são dados vem e todos os homens não vem. De modo que este ato de dar
não podia aludir ao mero dar da oportunidade de vir a C risto nem podia aludir à “graciosa habilidade” assim chamada
ou “graça proveniente” que se supõe pelos seus advogados ser dispensada a to dos os homens. O ato não pode referir-
se a nada menos que à doação atual de homens à possessão imediata de C risto por vivificá -los à vida. O s homens vêm
a C risto na conversão. A ssim o vivificar deve preceder a conversão.
(9). A conversão envolve a vinda a C risto e nenhum homem pode vir a C risto a menos que Deus lhe de habilidade para
fazer assim
Em João 6:35 lemos: “Nenhum homem pode vir a mim se por meu P ai lhe não for concedido.” Esta passagem, como a
notada há pouco, não se refere à mera doação de oportunidade de vir a C risto, nem à comunicação de “habilidade
graciosa” assim chamada ou “graça proveniente” pelas mesmas razões apresentadas supra em comentar João 6:37.
Esta última passagem, assim como a primeira, refere-se a um ato discriminativo, efetivo. O contexto o faz claro no
caso de João 6:65. A s palavras desta passagem foram faladas em vista de e como uma explicação do fato que alguns
não crêem.
Nenhuma destas últimas passagens pode referir-se a qualquer espécie de mera ajuda que Deus pudesse supostamente
dispensar ao homem natural, porque arrependimento e fé não podem proceder do coração natural, segundo já o
mostramos. A mbas as passagens não podem referir-se a nada menos que o poder vivificador de Deus, no qual os
homens se habilitam a vir a C risto.
2. A S ESC RIT U RA S EXP LIC A DA S
Sendo verdade que a conversão é o resultado de vivificar e, portanto, não uma condição disso, pode ser perguntado
como entendermos aquelas passagens que fazem da fé uma condição de filiação. V ide João 1:12; Gal. 3:26.
Respondemos que essas passagens se referem à filiação através da adoção e não a filiação através da regeneração.
C omo já notamos, a adoção é um termo legal: ela vem como um resultado imediato da justificação. Não é o mesmo
como um resultado imediato da justificação. Não é o mesmo como a regeneração. Ela confere o direito de filiação. A
regeneração confere a natureza de filhos.
III. A RELA Ç Ã O C RO NO LÓ GIC A DA V IV IFIC A Ç Ã O E DA C O NV ERSÃ O
P orque a vivificação precede logicamente a conversão não é prova que assim o faz cron ologicamente, ou quanto ao
tempo. M antemos que a vivificação não precede a conversão em matéria de tempo senão que ambas são sincrônicas ou
simultâneas. Notemos:
1. A RGU M ENT O S EM P RO V A DIST O
(1). U ma diferença cronológica entre vivificação e conservação envolveria a monstruosidade de um individuo com vida
do alto e contudo na incredulidade.
Na comunicação da vida divina participamos da natureza de Deus (2 P ed. 1:4). E é impossível que uma semelhante
natureza fosse em incredulidade. T odos os incrédulos na Bíblia dizem-se como estando mortos. Daí, não pode ser que
haja ainda um tempo quando haja vida sem fé.
(2). A Escritura declara que somente o que tem o Filho tem vida.
Isto está declarado em 1 João 5:12. T er o Filho envolve crer no Filho. Daí, ninguém tem a vida exceto crentes; ou, para
pô-lo de outra maneira, todos os que têm vida são crentes; logo, não pode haver período algum de tempo entre
vivificar e converter.
2. EXP LIC A Ç Ã O
C omo pode haver uma sucessão lógica sem uma sucessão cronológica? U m número de ilustrações podia ser dado para
mostrar que é possível, mesmo no reino físico. U ma ilustração apta é como segue. Imagine-se um tubo que vá da costa
do A tlântico dos Estados U nidos ao P acífico. A gora imaginai também que este tubo está cheio de um fluido
inc ompreensível. Q ue se faça pressão deste fluido na costa atlântica, instantemente será registrada no P acífico.
T odavia, logicamente, a exerção da pressão deve preceder o assentamento dela no outro extremo.
Damos então a seguinte bela ilustração da simultaneidade de vivificação e conversão. É de A lvah Hovey, como dada por
A . H. Strong: “A o mesmo tempo em que Deus faz sensível a chapa fotográfica, Ele derrama a luz da verdade por meio
da qual se forma na alma a imagem de C risto. Sem a sensibilização da chapa e la nunca fixaria os raios de luz de modo
a reter a imagem. No processo de sensibilizar, a chapa é passiva; sob a influência da luz é ativa. T anto em sensibilizar
como em tirar o retrato o agente real não é nem a chapa nem a luz, mas o fotógrafo. Fotógrafo não pode executar
ambas as operações no mesmo momento. Deus pode. Ele dá o novo afeto e no mesmo instante Ele consegue o seu
exercício em vista da verdade.”
3. O BJEÇ Ã O RESP O NDIDA .
A posição pré-citada pode ser objetado que “a tristeza divina obra arrependi mento” e que um morto em pecado não
pode ter tristeza divina. Isto é verdade, mas a tristeza divina obra arrependimento instantaneamente e é sincrônico
com o arrependimento. É impossível conceber apropriadamente um homem como tendo tristeza divina sem poss uir
também uma mente mudada ou atitude mudada para com o pecado. A tristeza divina, a mesma como vivificar, precede
logicamente o arrependimento, mas nenhuma delas o precede cronologicamente.

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A conversão

  • 1. A CONVERSÃO V irando do lado divino da salvação para o humano, somos trazidos a uma consideração da conversão. Notamos: I. A C O NV ERSÃ O DEFINIDA 1. A C O NV ERSÃ O P RO P RIA M ENT E P or conversão propriamente queremos dizer o sentido técnico e teológico em que o termo é comumente usado. Neste sentido tem sido definido como segue: “C onversão é aquela mudança voluntária na mente do pecador em que ele se vira do pecado, por um lado, e para C risto, doutro lado. O elemento primário e negativo da conversão, nomeadamente , virar-se do pecado, denominamos arrependimento. O elemento da conversão, último e positivo, nomeadamente virar-se para Cristo, denominamos fé.” E outra vez: “C onversão é o lado humano ou aspecto daquela mudança espiritual fundamental, que, vista do lado divino, chamamos regeneração.” - A . H. Strong, em Systematic T heology, pág. 460. P odemos ir mais longe do que Strong vai à última citação e dizer que a regeneração, ou o novo nascimento, no seu sentido mais largo, inclui a conversão, que está assim apresentada em tais passagens como T i. 1:18 e 1 P edro 1:23, onde a P alavra de Deus está distintamente representada como o instrumento do Espírito Santo na regeneração. Se o novo nascimento significasse somente a comunhão de vida, então não haveria necessidade da instrumentalidade da P alavra. De modo que podemos dizer que a regeneração tem tanto do lado divino como do humano. O lado divino podemos chamar vivificação e o humano conversão. A quelas passagens que falam de vivificação tem referência, talvez, só ao lado divino , enquanto que as passagens que falam de regeneração, gerar e nascimento, referem -se à obra completa de trazer o homem do pecado à fé salvadora em C risto. 2. C O NV ERSÃ O NO SEU SENT IDO GERA L “Do fato de a P alavra “conversão” significar, simplesmente, um “virar”, toda volta do cristão do pecado, subseqüente à primeira, pode, num sentido subordinado, ser denominado uma conversão (Lc. 22:32). Desde que a regeneração não é santificação completa e a mudança da disposição regente não é idêntica à purificação completa da natureza, tais voltas subseqüentes do pecado são conseqüências necessárias e evidencias da primeira (C f. João 13:10). M as não implicam, como a primeira, mudança na disposição regente, - antes são novas manifestações da disposição já mudada. P or esta razão, a conversão própria, como a regeneração, de que é o lado obverso, pode ocorrer apenas uma vez.”- A . H. Strong, em Systematic T heology, pág. 461. Neste capítulo temos referência ao sentido técnico e teológico da conversão como dado no primeiro caso supra. II. A O RDEM LÓ GIC A DE V IV IFIC A Ç Ã O E C O NV ERSÃ O C omo afirmamos acima, vivificação e conversão parecem ser os lados divinos da regeneração ou o novo nascimento. É nosso propósito agora, portanto, considerar a questão quanto ao que é logicamente p rimeiro, o lado divino ou o humano, na regeneração. P ropôs esta questão é respondê-la a todos que são capazes de pensar logicamente. O lado divino é certíssima e logicamente anterior ao lado humano. Em consideração desta atitude notemos: 1. P RO V A S A P RESET A DA S (1). A conversão envolve virar-se do pecado, o que o homem por natureza não pode fazer. P or natureza o homem pode reformar sua vida até um certo ponto: pode virar-se de algumas formas de pecado; mas, por natureza não pode mudar a disposição regente de sua natureza. Está isso provado em Jer. 13:23, que reza: “P ode o etíope mudar sua pele, ou o leopardo as suas manchas? Assim podeis vós também fazer o bem, acostumados a fazer o mal?” O pecador está acostumado a fazer o mal; logo, é -lhe impossível virar-se do mal (pecado) até que sua disposição regente se mude. Isto é só tão impossível como é para o mais preto dos negros fazer -se branco, ou o leopardo despir-se do seu manto malhado. (2). A conversão é agradável a Deus e o homem natural não pode agradar a De us. Ninguém pode duvidar da primeira parte da afirmação supra. A última parte está provada em Rom. 8:8, que diz: “O s que estão na carne não podem agradar a Deus.” Isto inclui a todos a quem Deus não deu uma nova natureza. (3). A conversão é uma boa coisa e nenhuma boa coisa pode proceder do coração natural Disse P aulo que não havia nenhuma coisa boa na sua natureza carnal (Rom. 7:18). Esta é a única natureza que o homem possui até que Deus lhe de uma nova; portanto, a doação da nova natureza, ou vivificação , deve vir antes da conversão. A firmar diferente é negar a depravação total, a qual significa que o pecado permeou cada parte do ser humano e envenenou cada faculdade, não deixando no homem natural nenhuma coisa boa. (4). A conversão envolve submeter-se alguém à vontade ou à Lei de Deus e isto é impossível ao homem natural
  • 2. Q ue tal é impossível ao homem natural está estabelecido em Rom. 8:7, onde lemos: “A inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à Lei de Deus e nem em verdade o pode s er.” (5). A conversão envolve receber a C risto como Salvador de uma pessoa, o que é uma coisa espiritual, e o homem natural não pode receber coisas espirituais. Esta última verdade está declarada em 1 C or. 2:14; como segue: “O homem natural não pode recebe r as coisas de Espírito de Deus: porque são para ele loucura; não pode conhece -las, porque se discernem espiritualmente.” Se a verdade do poder salvador de C risto pela fé não é uma coisa do Espírito de Deus, a saber, uma coisa que o homem pode entender somente pela revelação do Espírito, então que verdade é uma coisa do Espírito de Deus? (6). A conversão envolve fé e a fé opera-se no homem pelo mesmo poder que levantou Jesus dentre os mortos. T al é a declaração de Efe. 1:19,20, na qual lemos da “sobre-excelente grandeza do Seu poder em nós, os que cremos, segundo a operação da força do Seu poder, a qual operou em C risto ressucitando -O dos mortos.” (7). A conversão é uma ressurreição espiritual e numa ressurreição a comunicação da V ida Deve sempre preceder a manifestação da V ida nascente A conversão está representada em Efe. 2:4 -6 como uma ressurreição espiritual, que diz: “Deus, que é rico em misericórdia, pelo Seu grande amor com que nos amou, ainda quando estávamos mortos em pecados, nos vivificou juntamente com C risto (pela graça somos salvos); e juntamente nos ressuscitou e nos fez assentar nos lugares celestiais em C risto Jesus.” O ressuscitar aqui representa a conversão. A ssim, a questão que estamos considerando é quanto ao que é primeiro, o vivificar ou o ressuscitar. Não pode haver dúvida razoável que o vivificar é o primeiro num sentido lógico. (8). A conversão envolve a vinda de C risto e o ato do P ai em dar homens a C risto precede a vinda deles a C risto Em João 6:37 lemos como segue: “T odos quantos o P ai me dá virão a mim.” C ertamente que esta passagem coloca o ato do P ai em dar homens a C risto logicamente anterior à vinda deles a Ele, o Filho. Este ato do P ai é um ato discriminativo e efetivo, porque todos que são dados vem e todos os homens não vem. De modo que este ato de dar não podia aludir ao mero dar da oportunidade de vir a C risto nem podia aludir à “graciosa habilidade” assim chamada ou “graça proveniente” que se supõe pelos seus advogados ser dispensada a to dos os homens. O ato não pode referir- se a nada menos que à doação atual de homens à possessão imediata de C risto por vivificá -los à vida. O s homens vêm a C risto na conversão. A ssim o vivificar deve preceder a conversão. (9). A conversão envolve a vinda a C risto e nenhum homem pode vir a C risto a menos que Deus lhe de habilidade para fazer assim Em João 6:35 lemos: “Nenhum homem pode vir a mim se por meu P ai lhe não for concedido.” Esta passagem, como a notada há pouco, não se refere à mera doação de oportunidade de vir a C risto, nem à comunicação de “habilidade graciosa” assim chamada ou “graça proveniente” pelas mesmas razões apresentadas supra em comentar João 6:37. Esta última passagem, assim como a primeira, refere-se a um ato discriminativo, efetivo. O contexto o faz claro no caso de João 6:65. A s palavras desta passagem foram faladas em vista de e como uma explicação do fato que alguns não crêem. Nenhuma destas últimas passagens pode referir-se a qualquer espécie de mera ajuda que Deus pudesse supostamente dispensar ao homem natural, porque arrependimento e fé não podem proceder do coração natural, segundo já o mostramos. A mbas as passagens não podem referir-se a nada menos que o poder vivificador de Deus, no qual os homens se habilitam a vir a C risto. 2. A S ESC RIT U RA S EXP LIC A DA S Sendo verdade que a conversão é o resultado de vivificar e, portanto, não uma condição disso, pode ser perguntado como entendermos aquelas passagens que fazem da fé uma condição de filiação. V ide João 1:12; Gal. 3:26. Respondemos que essas passagens se referem à filiação através da adoção e não a filiação através da regeneração. C omo já notamos, a adoção é um termo legal: ela vem como um resultado imediato da justificação. Não é o mesmo como um resultado imediato da justificação. Não é o mesmo como a regeneração. Ela confere o direito de filiação. A regeneração confere a natureza de filhos. III. A RELA Ç Ã O C RO NO LÓ GIC A DA V IV IFIC A Ç Ã O E DA C O NV ERSÃ O P orque a vivificação precede logicamente a conversão não é prova que assim o faz cron ologicamente, ou quanto ao tempo. M antemos que a vivificação não precede a conversão em matéria de tempo senão que ambas são sincrônicas ou simultâneas. Notemos: 1. A RGU M ENT O S EM P RO V A DIST O (1). U ma diferença cronológica entre vivificação e conservação envolveria a monstruosidade de um individuo com vida do alto e contudo na incredulidade.
  • 3. Na comunicação da vida divina participamos da natureza de Deus (2 P ed. 1:4). E é impossível que uma semelhante natureza fosse em incredulidade. T odos os incrédulos na Bíblia dizem-se como estando mortos. Daí, não pode ser que haja ainda um tempo quando haja vida sem fé. (2). A Escritura declara que somente o que tem o Filho tem vida. Isto está declarado em 1 João 5:12. T er o Filho envolve crer no Filho. Daí, ninguém tem a vida exceto crentes; ou, para pô-lo de outra maneira, todos os que têm vida são crentes; logo, não pode haver período algum de tempo entre vivificar e converter. 2. EXP LIC A Ç Ã O C omo pode haver uma sucessão lógica sem uma sucessão cronológica? U m número de ilustrações podia ser dado para mostrar que é possível, mesmo no reino físico. U ma ilustração apta é como segue. Imagine-se um tubo que vá da costa do A tlântico dos Estados U nidos ao P acífico. A gora imaginai também que este tubo está cheio de um fluido inc ompreensível. Q ue se faça pressão deste fluido na costa atlântica, instantemente será registrada no P acífico. T odavia, logicamente, a exerção da pressão deve preceder o assentamento dela no outro extremo. Damos então a seguinte bela ilustração da simultaneidade de vivificação e conversão. É de A lvah Hovey, como dada por A . H. Strong: “A o mesmo tempo em que Deus faz sensível a chapa fotográfica, Ele derrama a luz da verdade por meio da qual se forma na alma a imagem de C risto. Sem a sensibilização da chapa e la nunca fixaria os raios de luz de modo a reter a imagem. No processo de sensibilizar, a chapa é passiva; sob a influência da luz é ativa. T anto em sensibilizar como em tirar o retrato o agente real não é nem a chapa nem a luz, mas o fotógrafo. Fotógrafo não pode executar ambas as operações no mesmo momento. Deus pode. Ele dá o novo afeto e no mesmo instante Ele consegue o seu exercício em vista da verdade.” 3. O BJEÇ Ã O RESP O NDIDA . A posição pré-citada pode ser objetado que “a tristeza divina obra arrependi mento” e que um morto em pecado não pode ter tristeza divina. Isto é verdade, mas a tristeza divina obra arrependimento instantaneamente e é sincrônico com o arrependimento. É impossível conceber apropriadamente um homem como tendo tristeza divina sem poss uir também uma mente mudada ou atitude mudada para com o pecado. A tristeza divina, a mesma como vivificar, precede logicamente o arrependimento, mas nenhuma delas o precede cronologicamente.