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O NOVO NASCIMENTO
A última coisa considerada no capítulo anterior é a chamada interna. Esta chamada comunica -se aos homens em o
novo nascimento. De modo que somos trazidos, logicamente, a um estudo do novo nascimento ou regeneração.
I. A NEC ESSIDA DE DO NO V O NA SC IM ENT O
1. O FA T O DE SU A NEC ESSIDA DE
Jesus não deixou dúvidas quanto a indispensável necessidade do novo nascimento como um pré -requisito à entrada no
Reino de Deus quando Ele disse a Nicodemos: “A quele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino
de Deus.” (João 3:5).
2. RA ZÕ ES DE SU A NEC ESSIDA DE
O novo nascimento é necessário porque:
(1). A s bênçãos espirituais de Deus são somente para os filhos espirituais.
Rom. 8:16,17. O Homem, por natureza, não é um filho espiritual de Deus, a inda que o seja naturalmente. A dão é
chamado “o filho de Deus” (Lc. 3:28). Esta filiação baseou-se, não no nascimento, nem na mera criação, mas na
semelhança de Deus herdada pelo homem. Essa imagem era dupla: A dão tinha uma parecença moral e espiritual com
Deus na santidade. T inha uma parecença natural com Deus na personalidade. P ara discussão mais ampla dessas
semelhanças vide o capítulo sobre “O Estado O riginal e Q ueda do Homem”. Q uando o homem caiu, ele perdeu a
parecença moral e espiritual com Deus e as sim cessou de ser um filho espiritual de Deus. M as ele não perdeu sua
personalidade, não caiu ao nível de um bruto e assim reteve uma base natural de filiação. Isto explica A tos 17:28 -9.
Espiritualmente e moralmente o homem é um filho do diabo (João 8:44; e I João 3:10), porque traz a semelhança
espiritual e moral do diabo. A ssim ele deve nascer de novo para herdar as bênçãos espirituais de Deus, porque estas,
como Rom. 8:16,17 mostra claramente, não são para ninguém exceto Seus filhos espirituais.
(2). O homem está espiritualmente morto e o reino de Deus, tanto aqui como além, é por natureza espiritual.
Rom. 5:12; Efe. 2:1; C ol. 2:13; I João 3:14. A afirmação que o homem está espiritualmente morto quer dizer, por
causa do pecado, que o homem está espiritualmente privado de vida espiritual divina; contudo, ele tem vida espiritual
natural. O seu espírito perdeu toda afinidade real com Deus. Ele não tem afeto por Deus ou pelas coisas espirituais
(Rom. 8:7,8). Ele não tem habilidade para as coisas espirituais (J er. 13:23; João 6:65).
P ortanto, nada há em a natureza do homem que o qualifique para a cidadania num reino espiritual. O que estiver
espiritualmente morto não pode habitar um reino espiritual mais do que estiver fisicamente morto habitar um reino
físico. A ssim, deve o homem nascer de novo para poder entrar no reino de Deus.
(3). Estar no reino de Deus implica submissão à Lei de Deus e o homem por natureza está em inimizade com Deus.
Rom. 8:7,8. O reino de Deus é a Sua Lei nos corações de Seus santos; logo, entrar no Seu reino, é submeter-se à Sua
Lei. M as o homem, por natureza, não pode fazer isso porque ele está em inimizade contra Deus. É necessário o novo
nascimento para que esta inimizade seja dominada.
II. A NA T U REZA DO NO V O NA SC IM ENT O
1. C O NSIDERA DA N EGA T IV A M ENT E
(1). Não é uma erradicação da velha natureza
O novo nascimento pode-se chamar uma mudança de coração no sentido de uma mudança da disposição regente
(incluindo os afetos bem como a vontade), mas o novo coração não desarraiga o velho. O velho, ou a natureza carnal,
fica. V ide Rom. 7:14 -25; Gal. 5:17. O novo coração ou natureza é colocado lado a lado do velho e o santo tem duas
naturezas, como indicadas nas passagens pré-citadas. O novo nascimento deixa a velha natureza inalterada.
(2). Não é uma simples aquisição de religião
O homem é naturalmente religioso. Notai os atenienses pagãos em A tos 17. Recordai também as várias religiões e
formas de culto nas terras gentias de hoje. P ouco importa quão religioso um homem se torne, sem o novo nascimento
ele permanece essencialmente pecaminoso. Lemos num tratado metodista: “C remos que alguém “adquira religião”,
perca-a e fique eternamente perdido.” Escrevemos a margem: “P assar-vos-ei um melhor que esse: creio que um
homem adquira religião, guarde-a e vá para o inferno, levando-a consigo.”
(3). Não é reforma humana
A reforma humana é superficial, deixando a natureza inteira essencialmente a mesma. P or essa razão a reforma
humana provavelmente não dura. O novo nascimento será seguido de reformas, mas é reform a que provém de uma
mudança fundamental na disposição regente e não a que se funda numa simples resolução da mente. A reforma
humana nunca pode purgar da alma o pecado e implantar uma nova disposição. 2 P edro 2:20 -22.
(4). Não é adoção
A doção é um termo legal. É o resultado imediato de justificação. Não é o mesmo que regeneração. A doção faz -nos
filhos de Deus legalmente, ao passo que a regeneração nos faz filhos de Deus experimentalmente. A adoção traz mera
mudança de parentesco legal. A regeneração muda nossa natureza. A adoção tem de ver conosco como os filhos
espirituais e morais do diabo por natureza. A regeneração tem de ver conosco como aqueles que por natureza estão
privados de vida espiritual.
2. C O NSIDERA DA P O SIT IV A M ENT E
A regeneração é aquele ato instantâneo de Deus na região da alma abaixo do senso íntimo pelo qual se remove toda a
nódoa da alma, e pela qual, através da instrumentalidade da verdade, o exercício inicial da disposição santa assim
comunicada se efetua. Na regeneração há também formada uma união inseparável entre a alma regenerada e o
Espírito Santo.
Da descrição supra de regeneração notemos que:
(1). É um ato de Deus
O homem não pode dar nascimento a si mesmo. João atribui claramente a regeneração a Deus quando, ao falar de
nascermos outra vez, diz: “Não do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus” (João
1:13). Esta passagem nos diz que a nova natureza não é hereditária; que ela não provém da vontade da velha
natureza (carne); e que não se realiza pela vontade de homem algum, mas é operada por Deus. Na regeneração não
temos um homem trabalhando por si mesmo ou por algum outro homem, mas um homem trabalhado por Deus. Daí
podemos amplificar a afirmação que encabeça este parágrafo e dizer que a regeneração é um ato soberano de Deus.
João 3:8. Na sua fase inicial (vivificação) a regeneração é incondicional. P or ato algum de si mesmo o homem dispõ e
Deus a regenerá-lo .
(2). É um ato instantâneo
Diz A . H. Strong: “A regeneração não é uma obra gradual. C onquanto possa haver uma obra gradual da providência de
Deus e do Espírito, preparando a mudança, e um reconhecimento gradual dela depois que ocorre, deve haver um
instante de tempo em que, sob a influência do Espírito de Deus, a disposição da alma, logo antes hostil a Deus, muda -
se para amar. Q ualquer outra idéia assume um estado intermediário de indecisões que não tem nenhum caráter moral
que seja e confunde a regeneração quer como a convicção quer com a santificação.” (System T heology, pág. 458).
A regeneração consiste de gerar e produzir , uma vivificação e um nascimento. E, por causa disso, alguns tem tentado
explicar uma tal analogia entre os nasc imentos físico e espiritual como interporia um lapso de tempo entre gerar e
nascer; mas a separação quanto ao tempo entre gerar e nascer no reino físico é ocasionada por condições que são
peculiares ao referido reino. Nenhumas condições tais prevalecem no reino espiritual.
T oda passagem da Escritura conduzindo ao novo nascimento implica que ele é instantâneo.
(3). Ele remove da alma toda a nódoa de pecado
P or natureza a alma do homem é pecaminosa, evidenciado pelo fato que a alma, quando separada do corpo, vai
imediatamente ao tormento do fogo (Lc. 16:23). Se a alma dos incrédulos não fosse pecaminosa tanto quanto o corpo,
não seria justo a alma sofrer no inferno. M as que a alma da pessoa regenerada não é pecaminosa está evidenciado pelo
fato que tal alma quando separada do corpo na morte, vai imediatamente à presença de Jesus, onde certamente
nenhum pecado será permitido entrar. É -nos dito em 1 P edro 1:22 que a fé purifica a alma.
E, a modo de mais extensa confirmação do precedente, notamos que, em descrever as duas naturezas dos crentes, a
Escritura representa a velha natureza como corpo e carne, enquanto que a nova natureza é chamada mente ou
espírito. O pecado no crente existe nas luxurias físicas e apetites, não na alma (espírito) ou parte imaterial do ho mem.
(4). P or meio desta purificação da alma os crentes se tornam “participantes da natureza divina” (2 P edro 1:4)
A ssim a imagem espiritual de Deus se restaura na alma dos crentes. A nova disposição santa assim instilada é a nova
natureza ou novo homem... criado em justiça e verdadeira santidade (Efe. 4:24).
(5). O novo nascimento não está completo até que o arrependimento e a fé tenham sido operados na alma.
É a estes que nos referimos quando falamos acima de “o exercício inicial da santa disposição”, cujo exercício é efetuado
pela regeneração. O arrependimento e a fé deveriam ser considerados como uma parte da regeneração mais do que
como frutos dela. A alma não se renova enquanto ela permanece na impenitência e na incredulidade. Estas atitudes do
coração expostas na regeneração. Isto se confirma pelo fato que a verdade é usada instrumentalmente na regeneração.
Se a regeneração não consistisse da operação do arrependimento e da fé no coração, não haveria necessidade da
instrumentalidade da palavra.
(6). O homem não é totalmente passivo na regeneração
Ele é passivo na vivificação, ou na comunicação inicial da vida. É passivo na mudança da disposição regente ou na
remoção de toda a nódoa da alma. M as no exercício inicial da santa disposição comunicada na rege neração o homem é
ativo.
(7). Na regeneração forma-se uma união inseparável entre a alma regenerada e o Espírito Santo.
Rom. 8:26; Efe. 1:13,14. Esta união é tão íntima e completa que os santos gemidos do santo são os gemidos do
Espírito Santo, por meio dos quais Ele faz intercessão pelo santo. É por meio desta união entre alma regenerada e o
Espírito Santo que temos união moral e espiritual com C risto (Rom. 7:2 -4).
É em respeito a esta união do Espírito Santo com o espírito regenerado do homem que temos a diferença entre a
regeneração no V elho Testamento e a regeneração no Novo. A do V elho era exatamente a mesma como a do Novo,
exceto por isto:
III. C O M O SE C U M P RE O NO V O NA SC IM ENT O
1. C O NSIDERA DO NEGA T IV A M ENT E
(1). Não por educação ou cultura
A educação e a cultura não podem tirar do homem aquilo que não esteja nele. Daí, desde que o homem é
essencialmente pecaminoso e totalmente depravado, a educação e a cultura não podem nunca produzir aquela santa
disposição regente que é operada na regeneração.
(2). Não por batismo
Q ue o batismo não é instrumental em o novo nascimento, está provado pelos seguintes fatos:
A . Não há nenhum meio concebível por que o batismo possa remover o pecado da alma ou comunicar uma santa
disposição regente.
O s meios físicos não podem nunca operar uma mudança espiritual. A idéia de regeneração batismal “é parte e parcela
de um esquema geral mais de salvação mecânica do que moral, mais coerente com uma filosofia materialística que
espiritual.” (Strong).
B. P edro afirma que o batismo não é o despojo da imundícia da carne senão a resposta de uma boa consciência para
com Deus (I P edro 3:21).
U ma boa consciência é a que foi purificada pelo sangue de C risto (Heb. 9:14). A té que assim se purifica a consciência é
má (Heb. 10:22). E quando alguém for purificado, não há mais consciência de pecados (Heb. 10:2). Daí um que tem
uma boa consciência nunca fará nada para poder salvar-se, porque não tem consciência de pecados nenhum
sentimento de necessidade de salvação. T udo is to prova que alguém está salvo antes do batismo e não por meio do
batismo.
C . A s palavras de Jesus em M at. 3:15 implicam que o batismo é uma obra de justiça e P aulo diz que não somente
somos salvos pelas obras de justiça (T ito 3:15).
D. A fé deve preceder o batismo (A tos 2:41, 8:37, 19:1 -5), e quando a fé é exercitada, já se está salvo (João 3:18;
5:24; I João 5:1,12).
E. Q uando a fé foi exercida, a regeneração está completa; logo, o batismo que segue a fé não pode ser instrumental na
regeneração.
A fé é operada no coração, como já foi mostrada e mais claro ainda se fará no capítulo sobre conversão.
F. O Ladrão na cruz foi salvo sem batismo.
A suposição que este ladrão deve ter tido o batismo de João antes de sua crucificação não tem base. T al batismo não
teria sido melhor do que o batismo recebido pelos doze em Éfeso, porque teria sido, como o dos doze, sem fé em
C risto, portanto não válida. O esforço para estabelecer que as palavras de C risto ao ladrão formaram uma pergunta em
vez de uma declaração é absurdo e sem o mais leve pretexto no grego. Q ue o paraíso é o céu, a presença imediata de
Deus, está evidente de A poc. 2:7 e 22:1,2.
T omamos “água” em João 3:5 como um símbolo da P alavra de Deus na base dos seguintes fatos escrituristicos:
(a). A regeneração é uma lavagem (T ito 3:5) e é pela P alavra (T iago 1:18; I P edro 1:23).
(b). A purificação operada pela P alavra é como a “lavagem da água” Efe. 5:26.
Q ue é mais natural então do que “água” em João 3:5 representando o efeito purificador da P alavra na regeneraçã o?
A lguns interpretam água em João 3:5 para referir-se ao nascimento natural. U ma interpretação tal é forçada e
desnatural. Em nenhuma parte da Bíblia se fala do nascimento natural como um nascimento da água. E não havia
necessidade de se dizer a um homem que ele tinha de nascer naturalmente para poder entrar no reino de Deus. A
construção da frase também favorece a idéia que um só batismo é aqui referido. A preposição “de” ocorre antes de
água só no grego.
2. C O NSIDERA DA P O SIT IV A M ENT E
A regeneração é operada:
(1). P elo Espírito Santo
João 3:5 nos diz que o novo nascimento é pelo Espírito Santo. Há dois sérios erros em referência à obra do Espírito
Santo na regeneração. U m é que Ele opera (pelo menos em alguns casos) inteiramente independente e à parte da
P alavra escrita de Deus. Isto é sustentado pelos Cascaduras. C onseqüentemente, eles crêem que os homens podem
salvar-se sem o conhecimento da P alavra de Deus escrita. As passagens que atribuem à P alavra de Deus num lugar na
regeneração, que são notadas sob a próxima epígrafe, refutam esta noção. O outro erro a que aqui nos referimos é o
ensino que o Espírito na regeneração não age imediatamente sobre a alma, mas somente imediatamente por meio da
P alavra. Isto é o ensino dos campbelistas. “A s asserções es crituristicas da morada do Espírito Santo e do Seu imenso
poder na alma proíbem-nos considerar o divino espírito na regeneração como vindo em contato, não com a alma, mas
somente com a verdade. Desde que a verdade é só o que é, simplesmente, não pode haver mudança operada na
verdade. A s frases “energizar a verdade”, “intensificar a verdade”, “iluminar a verdade”, não tem sentido próprio, uma
vez que Deus não pode fazer a verdade mais verdadeira. Se se opera alguma mudança, ela deve ser operada não na
verdade senão na alma.” (Strong, Systematic T heology, pág. 453).
A depravação e inabilidade por natureza de receber a verdade e virar-se do pecado para C risto e para a justiça
(Jeremias 13:23; João 6:65; 1 C or. 2:14) também mostram a necessidade absoluta do impa cto imediato e da operação
do Espírito Santo sobre a alma na regeneração. “O mero aumento de luz não fará que o cego veja; a doença do olho
deve primeiro ser curada para que o cego veja objetos externos. A ssim a obra de Deus na regeneração deve ser
executada dentro da alma mesma. Sobre a cima de toda a influência da verdade deve estar a influência direta do
Espírito Santo sobre o coração.” (ibid).
(2). U sando a instrumentalidade da palavra
A instrumentalidade da P alavra na regeneração está ensinada em Efes. 5:26; T ia. 1:18; 1 P ed. 1:23. É evidente de 1
P ed. 1:25 que a palavra nestas passagens é a P alavra escrita ou pregada antes que o V erbo encarnado (que é C risto).
Em 1 P ed. 1:23 a palavra está caracterizada como aquilo que “vive e permanece para sempre”. E ntão, no verso 24,
está referido a natureza perecível de outras coisas. E, no verso 25, a duração da P alavra está de novo referida, e está
plenamente especificada que a referida P alavra é “a P alavra de boas novas que vos foi evangelizada” (tradução
correta).
V eremos mais adiante a evidência da instrumentalidade da P alavra na regeneração quando notamos em nossa
consideração de fé, o que é o objeto e a base de fé, a qual é operada em nossos corações como parte da regeneração.
T odavia, carece de ficar entendido que na primeira fase da regeneração (vivificação) o Espírito opera sobre a alma
independente da P alavra. À alma espiritualmente morta deve -se dar vida antes que ela possa ver e agir sobre a
verdade. É na vivificação que se pode vir a C risto (João 6:65). É assim que Deus dá homens à possessão de C risto
(João 6:37). “Na mudança primaria de disposição, a qual é o traço essencialíssimo da regeneração, o Espírito de Deus
age diretamente sobre o espírito do homem. Na consecução do exercício inicial da nova posi ção – a qual constitui o
traço secundário da obra de Deus na regeneração – a verdade é usada como um meio. Daí, talvez, em T iago 1:18,
lemos: “Do seu próprio querer ele nos gerou pela P alavra da verdade”, em vês de “Ele nos ganhou pela P alavra da
V erdade” – a referência sendo ao secundário, não ao primário, traço da regeneração” (Strong, Systematic theology,
pág. 454)
IV . EV IDENC IA S DO NO V O NA SC IM ENT O
1. C O NFIA NÇ A GENU ÍNA EM C RIST O SÓ P A RA A SA LV A Ç Ã O .
Notamos que a fé é operada no coração como uma parte (a secundária) ou regeneração. Isto é necessariamente assim
porque a nova natureza não pode estar na incredulidade. A fé que se opera no homem pela regeneração não se detém
por menos que implícita confiança e certeza em C risto como salvador pessoal. Não é meramente crença a respeito dEle,
mas fé e confiança nEle e sobre Ele. Isto é tão abundantemente evidente das passagens que tratam da fé que
argumento mais extenso não é preciso para substanciá-lo.
Ninguém se regenerou até que esteja pronto a confiar o seu eterno bem-estar inteiramente a C risto. Deve ter se
arrependido das obras mortas (Heb. 6:1) . T odas as obras engajadas para a salvação são obras mortas. Nenhuma fé se
conta por justiça e portanto não é fé salvadora. Exceto a fé do que “não obra” para salva ção (Rom. 4:5). Enquanto
alguém está olhando para qualquer coisa que não C risto, não esta o tal regenerado.
2. O T EST EM U NHO E A P RESENÇ A M O RA DO RA DO ESP ÍRIT O
Rom. 8:16,9; 1 João 3:24; 4:13. O testemunho e a habitação do Espírito não se evidência por algum sentimento vago,
místico, abstrato, mas pelo constante poder regente do Espírito (Rom. 8:14) produzindo devoção a Deus e uma vida
obediente. É pela habitação constante do Espírito e Sua operação em nós que Deus executa até ao fim a obra que Ele
começa em nós na regeneração (Fil. 1:6, 2:13). O testemunho e a moradia do Espírito estão evidenciados em todos os
modos subseqüentes.
3. P RO NT IDÃ O EM A C EIT A R A P A LA V RA DE DEU S
João 8:47. U ma pessoa regenerada mostrará sempre um desejo de conhecer a vontade do Seu P a i em tudo a seguir
essa vontade quando se torna conhecida. Não se achará andando continuamente em obstinada rebelião contra a
verdade.
4. EST A DO C Ô NSC IO DE P EC A DO
Rom. 7:14 -25; 1 João 1:8. Nenhuma pessoa salva crer-se-á sem pecado. O s que crêem, estão enganados e sem a
verdade, pela qual somos regenerados (T ia. 1:18) e feitos livres (João 8:32). Isto o torna claro que não estão salvos. A
nova natureza reconhecerá sempre a presença do pecado no corpo, como no caso de P aulo (Rom. 7:14 -25). Essa nova
natureza tem em si mesma a unção iluminante do Espírito (1 João 2:27) e participa da natureza de Deus mesmo (2
P ed. 1:4), sendo criada em justiça e verdadeira santidade (Efe. 4:24). Não pode estar cega ao pecado.
5. A M O R DE DEU S E JU ST IÇ A
João 8:42; Rom. 7:22; 2 C or. 5:17; 1 João 4:16-19. Juntamente com o estado cônscio de moradia do pecado estará
um amor de Deus e justiça, tal como no caso de P aulo. P aulo achou o pecado no corpo, mas contudo alegrou -se na Lei
de Deus segundo o homem interior.
6. U M A V IDA Q U E É O BED IENT E SEGU NDO O SEU T EO R P RINC IP A L
João 14:21-24; Rom. 6:14; 8:6,13; Gal. 5:24; 1 João 1:6; 2:4,15; 3:8,9; 2 João 6. A vida da pessoa salva não será
perfeita, mas será justa e obediente quanto ao seu teor principal. P ara mais extensa discussão desta matéri a vide
estudo de 1 João 2:4.
7. P U RIFIC A Ç Ã O P RO GRESSIV A
1 João 3:3. Enquanto o crente nunca alcançará perfeição sem pecado nesta vida, contudo ele sempre batalha contra os
seus próprios pecados.
8. A M O R DE O U T RO S C RENT ES
1 João 3:14, 5:2. Há uma tal afinidade entre as pessoas regeneradas que elas se amam mutuamente. U ma evidência
deste amor é que elas se alegram na presença e amizade de uns pelos outros. Deus, porém, ajuntou um outro teste de
nosso amor pelos irmãos: se amarmos a Deus e guardamos os Seus ma ndamentos sabemos que amamos os filhos de
Deus. V ede a segunda passagem à cima. A ssim, de novo somos trazidos de volta à matéria de obediência a Deus.
9. P ERSEV ERA NÇ A A T É A O FIM .
M at. 10:22; Rom. 11:22; Fil. 1:6; C ol. 1:23; 1 João 3:9; 5:4. A perseverança tanto é uma doutrina da Escritura como a
conservação. P ela conservação de Deus somos levados a perseverar. Estas duas doutrinas são perfeitamente coerentes
e precisam de ser sustentadas e pregadas como verdades gêmeas. Ninguém alcançará o céu senão aqueles que
resistem firmes até ao fim e vencem o mundo. V ide as promessas aos vencedores no A poc. 3 e 4. Nenhumas
promessas a outros. M as todos dentre os regenerados vencerão (1 João 5:4).

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O novo nascimento espiritual

  • 1. O NOVO NASCIMENTO A última coisa considerada no capítulo anterior é a chamada interna. Esta chamada comunica -se aos homens em o novo nascimento. De modo que somos trazidos, logicamente, a um estudo do novo nascimento ou regeneração. I. A NEC ESSIDA DE DO NO V O NA SC IM ENT O 1. O FA T O DE SU A NEC ESSIDA DE Jesus não deixou dúvidas quanto a indispensável necessidade do novo nascimento como um pré -requisito à entrada no Reino de Deus quando Ele disse a Nicodemos: “A quele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus.” (João 3:5). 2. RA ZÕ ES DE SU A NEC ESSIDA DE O novo nascimento é necessário porque: (1). A s bênçãos espirituais de Deus são somente para os filhos espirituais. Rom. 8:16,17. O Homem, por natureza, não é um filho espiritual de Deus, a inda que o seja naturalmente. A dão é chamado “o filho de Deus” (Lc. 3:28). Esta filiação baseou-se, não no nascimento, nem na mera criação, mas na semelhança de Deus herdada pelo homem. Essa imagem era dupla: A dão tinha uma parecença moral e espiritual com Deus na santidade. T inha uma parecença natural com Deus na personalidade. P ara discussão mais ampla dessas semelhanças vide o capítulo sobre “O Estado O riginal e Q ueda do Homem”. Q uando o homem caiu, ele perdeu a parecença moral e espiritual com Deus e as sim cessou de ser um filho espiritual de Deus. M as ele não perdeu sua personalidade, não caiu ao nível de um bruto e assim reteve uma base natural de filiação. Isto explica A tos 17:28 -9. Espiritualmente e moralmente o homem é um filho do diabo (João 8:44; e I João 3:10), porque traz a semelhança espiritual e moral do diabo. A ssim ele deve nascer de novo para herdar as bênçãos espirituais de Deus, porque estas, como Rom. 8:16,17 mostra claramente, não são para ninguém exceto Seus filhos espirituais. (2). O homem está espiritualmente morto e o reino de Deus, tanto aqui como além, é por natureza espiritual. Rom. 5:12; Efe. 2:1; C ol. 2:13; I João 3:14. A afirmação que o homem está espiritualmente morto quer dizer, por causa do pecado, que o homem está espiritualmente privado de vida espiritual divina; contudo, ele tem vida espiritual natural. O seu espírito perdeu toda afinidade real com Deus. Ele não tem afeto por Deus ou pelas coisas espirituais (Rom. 8:7,8). Ele não tem habilidade para as coisas espirituais (J er. 13:23; João 6:65). P ortanto, nada há em a natureza do homem que o qualifique para a cidadania num reino espiritual. O que estiver espiritualmente morto não pode habitar um reino espiritual mais do que estiver fisicamente morto habitar um reino físico. A ssim, deve o homem nascer de novo para poder entrar no reino de Deus. (3). Estar no reino de Deus implica submissão à Lei de Deus e o homem por natureza está em inimizade com Deus. Rom. 8:7,8. O reino de Deus é a Sua Lei nos corações de Seus santos; logo, entrar no Seu reino, é submeter-se à Sua Lei. M as o homem, por natureza, não pode fazer isso porque ele está em inimizade contra Deus. É necessário o novo nascimento para que esta inimizade seja dominada. II. A NA T U REZA DO NO V O NA SC IM ENT O 1. C O NSIDERA DA N EGA T IV A M ENT E (1). Não é uma erradicação da velha natureza O novo nascimento pode-se chamar uma mudança de coração no sentido de uma mudança da disposição regente (incluindo os afetos bem como a vontade), mas o novo coração não desarraiga o velho. O velho, ou a natureza carnal, fica. V ide Rom. 7:14 -25; Gal. 5:17. O novo coração ou natureza é colocado lado a lado do velho e o santo tem duas naturezas, como indicadas nas passagens pré-citadas. O novo nascimento deixa a velha natureza inalterada. (2). Não é uma simples aquisição de religião O homem é naturalmente religioso. Notai os atenienses pagãos em A tos 17. Recordai também as várias religiões e formas de culto nas terras gentias de hoje. P ouco importa quão religioso um homem se torne, sem o novo nascimento ele permanece essencialmente pecaminoso. Lemos num tratado metodista: “C remos que alguém “adquira religião”, perca-a e fique eternamente perdido.” Escrevemos a margem: “P assar-vos-ei um melhor que esse: creio que um homem adquira religião, guarde-a e vá para o inferno, levando-a consigo.” (3). Não é reforma humana
  • 2. A reforma humana é superficial, deixando a natureza inteira essencialmente a mesma. P or essa razão a reforma humana provavelmente não dura. O novo nascimento será seguido de reformas, mas é reform a que provém de uma mudança fundamental na disposição regente e não a que se funda numa simples resolução da mente. A reforma humana nunca pode purgar da alma o pecado e implantar uma nova disposição. 2 P edro 2:20 -22. (4). Não é adoção A doção é um termo legal. É o resultado imediato de justificação. Não é o mesmo que regeneração. A doção faz -nos filhos de Deus legalmente, ao passo que a regeneração nos faz filhos de Deus experimentalmente. A adoção traz mera mudança de parentesco legal. A regeneração muda nossa natureza. A adoção tem de ver conosco como os filhos espirituais e morais do diabo por natureza. A regeneração tem de ver conosco como aqueles que por natureza estão privados de vida espiritual. 2. C O NSIDERA DA P O SIT IV A M ENT E A regeneração é aquele ato instantâneo de Deus na região da alma abaixo do senso íntimo pelo qual se remove toda a nódoa da alma, e pela qual, através da instrumentalidade da verdade, o exercício inicial da disposição santa assim comunicada se efetua. Na regeneração há também formada uma união inseparável entre a alma regenerada e o Espírito Santo. Da descrição supra de regeneração notemos que: (1). É um ato de Deus O homem não pode dar nascimento a si mesmo. João atribui claramente a regeneração a Deus quando, ao falar de nascermos outra vez, diz: “Não do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus” (João 1:13). Esta passagem nos diz que a nova natureza não é hereditária; que ela não provém da vontade da velha natureza (carne); e que não se realiza pela vontade de homem algum, mas é operada por Deus. Na regeneração não temos um homem trabalhando por si mesmo ou por algum outro homem, mas um homem trabalhado por Deus. Daí podemos amplificar a afirmação que encabeça este parágrafo e dizer que a regeneração é um ato soberano de Deus. João 3:8. Na sua fase inicial (vivificação) a regeneração é incondicional. P or ato algum de si mesmo o homem dispõ e Deus a regenerá-lo . (2). É um ato instantâneo Diz A . H. Strong: “A regeneração não é uma obra gradual. C onquanto possa haver uma obra gradual da providência de Deus e do Espírito, preparando a mudança, e um reconhecimento gradual dela depois que ocorre, deve haver um instante de tempo em que, sob a influência do Espírito de Deus, a disposição da alma, logo antes hostil a Deus, muda - se para amar. Q ualquer outra idéia assume um estado intermediário de indecisões que não tem nenhum caráter moral que seja e confunde a regeneração quer como a convicção quer com a santificação.” (System T heology, pág. 458). A regeneração consiste de gerar e produzir , uma vivificação e um nascimento. E, por causa disso, alguns tem tentado explicar uma tal analogia entre os nasc imentos físico e espiritual como interporia um lapso de tempo entre gerar e nascer; mas a separação quanto ao tempo entre gerar e nascer no reino físico é ocasionada por condições que são peculiares ao referido reino. Nenhumas condições tais prevalecem no reino espiritual. T oda passagem da Escritura conduzindo ao novo nascimento implica que ele é instantâneo. (3). Ele remove da alma toda a nódoa de pecado P or natureza a alma do homem é pecaminosa, evidenciado pelo fato que a alma, quando separada do corpo, vai imediatamente ao tormento do fogo (Lc. 16:23). Se a alma dos incrédulos não fosse pecaminosa tanto quanto o corpo, não seria justo a alma sofrer no inferno. M as que a alma da pessoa regenerada não é pecaminosa está evidenciado pelo fato que tal alma quando separada do corpo na morte, vai imediatamente à presença de Jesus, onde certamente nenhum pecado será permitido entrar. É -nos dito em 1 P edro 1:22 que a fé purifica a alma. E, a modo de mais extensa confirmação do precedente, notamos que, em descrever as duas naturezas dos crentes, a Escritura representa a velha natureza como corpo e carne, enquanto que a nova natureza é chamada mente ou espírito. O pecado no crente existe nas luxurias físicas e apetites, não na alma (espírito) ou parte imaterial do ho mem. (4). P or meio desta purificação da alma os crentes se tornam “participantes da natureza divina” (2 P edro 1:4) A ssim a imagem espiritual de Deus se restaura na alma dos crentes. A nova disposição santa assim instilada é a nova natureza ou novo homem... criado em justiça e verdadeira santidade (Efe. 4:24). (5). O novo nascimento não está completo até que o arrependimento e a fé tenham sido operados na alma. É a estes que nos referimos quando falamos acima de “o exercício inicial da santa disposição”, cujo exercício é efetuado pela regeneração. O arrependimento e a fé deveriam ser considerados como uma parte da regeneração mais do que como frutos dela. A alma não se renova enquanto ela permanece na impenitência e na incredulidade. Estas atitudes do
  • 3. coração expostas na regeneração. Isto se confirma pelo fato que a verdade é usada instrumentalmente na regeneração. Se a regeneração não consistisse da operação do arrependimento e da fé no coração, não haveria necessidade da instrumentalidade da palavra. (6). O homem não é totalmente passivo na regeneração Ele é passivo na vivificação, ou na comunicação inicial da vida. É passivo na mudança da disposição regente ou na remoção de toda a nódoa da alma. M as no exercício inicial da santa disposição comunicada na rege neração o homem é ativo. (7). Na regeneração forma-se uma união inseparável entre a alma regenerada e o Espírito Santo. Rom. 8:26; Efe. 1:13,14. Esta união é tão íntima e completa que os santos gemidos do santo são os gemidos do Espírito Santo, por meio dos quais Ele faz intercessão pelo santo. É por meio desta união entre alma regenerada e o Espírito Santo que temos união moral e espiritual com C risto (Rom. 7:2 -4). É em respeito a esta união do Espírito Santo com o espírito regenerado do homem que temos a diferença entre a regeneração no V elho Testamento e a regeneração no Novo. A do V elho era exatamente a mesma como a do Novo, exceto por isto: III. C O M O SE C U M P RE O NO V O NA SC IM ENT O 1. C O NSIDERA DO NEGA T IV A M ENT E (1). Não por educação ou cultura A educação e a cultura não podem tirar do homem aquilo que não esteja nele. Daí, desde que o homem é essencialmente pecaminoso e totalmente depravado, a educação e a cultura não podem nunca produzir aquela santa disposição regente que é operada na regeneração. (2). Não por batismo Q ue o batismo não é instrumental em o novo nascimento, está provado pelos seguintes fatos: A . Não há nenhum meio concebível por que o batismo possa remover o pecado da alma ou comunicar uma santa disposição regente. O s meios físicos não podem nunca operar uma mudança espiritual. A idéia de regeneração batismal “é parte e parcela de um esquema geral mais de salvação mecânica do que moral, mais coerente com uma filosofia materialística que espiritual.” (Strong). B. P edro afirma que o batismo não é o despojo da imundícia da carne senão a resposta de uma boa consciência para com Deus (I P edro 3:21). U ma boa consciência é a que foi purificada pelo sangue de C risto (Heb. 9:14). A té que assim se purifica a consciência é má (Heb. 10:22). E quando alguém for purificado, não há mais consciência de pecados (Heb. 10:2). Daí um que tem uma boa consciência nunca fará nada para poder salvar-se, porque não tem consciência de pecados nenhum sentimento de necessidade de salvação. T udo is to prova que alguém está salvo antes do batismo e não por meio do batismo. C . A s palavras de Jesus em M at. 3:15 implicam que o batismo é uma obra de justiça e P aulo diz que não somente somos salvos pelas obras de justiça (T ito 3:15). D. A fé deve preceder o batismo (A tos 2:41, 8:37, 19:1 -5), e quando a fé é exercitada, já se está salvo (João 3:18; 5:24; I João 5:1,12). E. Q uando a fé foi exercida, a regeneração está completa; logo, o batismo que segue a fé não pode ser instrumental na regeneração. A fé é operada no coração, como já foi mostrada e mais claro ainda se fará no capítulo sobre conversão. F. O Ladrão na cruz foi salvo sem batismo. A suposição que este ladrão deve ter tido o batismo de João antes de sua crucificação não tem base. T al batismo não teria sido melhor do que o batismo recebido pelos doze em Éfeso, porque teria sido, como o dos doze, sem fé em C risto, portanto não válida. O esforço para estabelecer que as palavras de C risto ao ladrão formaram uma pergunta em vez de uma declaração é absurdo e sem o mais leve pretexto no grego. Q ue o paraíso é o céu, a presença imediata de Deus, está evidente de A poc. 2:7 e 22:1,2.
  • 4. T omamos “água” em João 3:5 como um símbolo da P alavra de Deus na base dos seguintes fatos escrituristicos: (a). A regeneração é uma lavagem (T ito 3:5) e é pela P alavra (T iago 1:18; I P edro 1:23). (b). A purificação operada pela P alavra é como a “lavagem da água” Efe. 5:26. Q ue é mais natural então do que “água” em João 3:5 representando o efeito purificador da P alavra na regeneraçã o? A lguns interpretam água em João 3:5 para referir-se ao nascimento natural. U ma interpretação tal é forçada e desnatural. Em nenhuma parte da Bíblia se fala do nascimento natural como um nascimento da água. E não havia necessidade de se dizer a um homem que ele tinha de nascer naturalmente para poder entrar no reino de Deus. A construção da frase também favorece a idéia que um só batismo é aqui referido. A preposição “de” ocorre antes de água só no grego. 2. C O NSIDERA DA P O SIT IV A M ENT E A regeneração é operada: (1). P elo Espírito Santo João 3:5 nos diz que o novo nascimento é pelo Espírito Santo. Há dois sérios erros em referência à obra do Espírito Santo na regeneração. U m é que Ele opera (pelo menos em alguns casos) inteiramente independente e à parte da P alavra escrita de Deus. Isto é sustentado pelos Cascaduras. C onseqüentemente, eles crêem que os homens podem salvar-se sem o conhecimento da P alavra de Deus escrita. As passagens que atribuem à P alavra de Deus num lugar na regeneração, que são notadas sob a próxima epígrafe, refutam esta noção. O outro erro a que aqui nos referimos é o ensino que o Espírito na regeneração não age imediatamente sobre a alma, mas somente imediatamente por meio da P alavra. Isto é o ensino dos campbelistas. “A s asserções es crituristicas da morada do Espírito Santo e do Seu imenso poder na alma proíbem-nos considerar o divino espírito na regeneração como vindo em contato, não com a alma, mas somente com a verdade. Desde que a verdade é só o que é, simplesmente, não pode haver mudança operada na verdade. A s frases “energizar a verdade”, “intensificar a verdade”, “iluminar a verdade”, não tem sentido próprio, uma vez que Deus não pode fazer a verdade mais verdadeira. Se se opera alguma mudança, ela deve ser operada não na verdade senão na alma.” (Strong, Systematic T heology, pág. 453). A depravação e inabilidade por natureza de receber a verdade e virar-se do pecado para C risto e para a justiça (Jeremias 13:23; João 6:65; 1 C or. 2:14) também mostram a necessidade absoluta do impa cto imediato e da operação do Espírito Santo sobre a alma na regeneração. “O mero aumento de luz não fará que o cego veja; a doença do olho deve primeiro ser curada para que o cego veja objetos externos. A ssim a obra de Deus na regeneração deve ser executada dentro da alma mesma. Sobre a cima de toda a influência da verdade deve estar a influência direta do Espírito Santo sobre o coração.” (ibid). (2). U sando a instrumentalidade da palavra A instrumentalidade da P alavra na regeneração está ensinada em Efes. 5:26; T ia. 1:18; 1 P ed. 1:23. É evidente de 1 P ed. 1:25 que a palavra nestas passagens é a P alavra escrita ou pregada antes que o V erbo encarnado (que é C risto). Em 1 P ed. 1:23 a palavra está caracterizada como aquilo que “vive e permanece para sempre”. E ntão, no verso 24, está referido a natureza perecível de outras coisas. E, no verso 25, a duração da P alavra está de novo referida, e está plenamente especificada que a referida P alavra é “a P alavra de boas novas que vos foi evangelizada” (tradução correta). V eremos mais adiante a evidência da instrumentalidade da P alavra na regeneração quando notamos em nossa consideração de fé, o que é o objeto e a base de fé, a qual é operada em nossos corações como parte da regeneração. T odavia, carece de ficar entendido que na primeira fase da regeneração (vivificação) o Espírito opera sobre a alma independente da P alavra. À alma espiritualmente morta deve -se dar vida antes que ela possa ver e agir sobre a verdade. É na vivificação que se pode vir a C risto (João 6:65). É assim que Deus dá homens à possessão de C risto (João 6:37). “Na mudança primaria de disposição, a qual é o traço essencialíssimo da regeneração, o Espírito de Deus age diretamente sobre o espírito do homem. Na consecução do exercício inicial da nova posi ção – a qual constitui o traço secundário da obra de Deus na regeneração – a verdade é usada como um meio. Daí, talvez, em T iago 1:18, lemos: “Do seu próprio querer ele nos gerou pela P alavra da verdade”, em vês de “Ele nos ganhou pela P alavra da V erdade” – a referência sendo ao secundário, não ao primário, traço da regeneração” (Strong, Systematic theology, pág. 454) IV . EV IDENC IA S DO NO V O NA SC IM ENT O 1. C O NFIA NÇ A GENU ÍNA EM C RIST O SÓ P A RA A SA LV A Ç Ã O . Notamos que a fé é operada no coração como uma parte (a secundária) ou regeneração. Isto é necessariamente assim porque a nova natureza não pode estar na incredulidade. A fé que se opera no homem pela regeneração não se detém por menos que implícita confiança e certeza em C risto como salvador pessoal. Não é meramente crença a respeito dEle, mas fé e confiança nEle e sobre Ele. Isto é tão abundantemente evidente das passagens que tratam da fé que argumento mais extenso não é preciso para substanciá-lo.
  • 5. Ninguém se regenerou até que esteja pronto a confiar o seu eterno bem-estar inteiramente a C risto. Deve ter se arrependido das obras mortas (Heb. 6:1) . T odas as obras engajadas para a salvação são obras mortas. Nenhuma fé se conta por justiça e portanto não é fé salvadora. Exceto a fé do que “não obra” para salva ção (Rom. 4:5). Enquanto alguém está olhando para qualquer coisa que não C risto, não esta o tal regenerado. 2. O T EST EM U NHO E A P RESENÇ A M O RA DO RA DO ESP ÍRIT O Rom. 8:16,9; 1 João 3:24; 4:13. O testemunho e a habitação do Espírito não se evidência por algum sentimento vago, místico, abstrato, mas pelo constante poder regente do Espírito (Rom. 8:14) produzindo devoção a Deus e uma vida obediente. É pela habitação constante do Espírito e Sua operação em nós que Deus executa até ao fim a obra que Ele começa em nós na regeneração (Fil. 1:6, 2:13). O testemunho e a moradia do Espírito estão evidenciados em todos os modos subseqüentes. 3. P RO NT IDÃ O EM A C EIT A R A P A LA V RA DE DEU S João 8:47. U ma pessoa regenerada mostrará sempre um desejo de conhecer a vontade do Seu P a i em tudo a seguir essa vontade quando se torna conhecida. Não se achará andando continuamente em obstinada rebelião contra a verdade. 4. EST A DO C Ô NSC IO DE P EC A DO Rom. 7:14 -25; 1 João 1:8. Nenhuma pessoa salva crer-se-á sem pecado. O s que crêem, estão enganados e sem a verdade, pela qual somos regenerados (T ia. 1:18) e feitos livres (João 8:32). Isto o torna claro que não estão salvos. A nova natureza reconhecerá sempre a presença do pecado no corpo, como no caso de P aulo (Rom. 7:14 -25). Essa nova natureza tem em si mesma a unção iluminante do Espírito (1 João 2:27) e participa da natureza de Deus mesmo (2 P ed. 1:4), sendo criada em justiça e verdadeira santidade (Efe. 4:24). Não pode estar cega ao pecado. 5. A M O R DE DEU S E JU ST IÇ A João 8:42; Rom. 7:22; 2 C or. 5:17; 1 João 4:16-19. Juntamente com o estado cônscio de moradia do pecado estará um amor de Deus e justiça, tal como no caso de P aulo. P aulo achou o pecado no corpo, mas contudo alegrou -se na Lei de Deus segundo o homem interior. 6. U M A V IDA Q U E É O BED IENT E SEGU NDO O SEU T EO R P RINC IP A L João 14:21-24; Rom. 6:14; 8:6,13; Gal. 5:24; 1 João 1:6; 2:4,15; 3:8,9; 2 João 6. A vida da pessoa salva não será perfeita, mas será justa e obediente quanto ao seu teor principal. P ara mais extensa discussão desta matéri a vide estudo de 1 João 2:4. 7. P U RIFIC A Ç Ã O P RO GRESSIV A 1 João 3:3. Enquanto o crente nunca alcançará perfeição sem pecado nesta vida, contudo ele sempre batalha contra os seus próprios pecados. 8. A M O R DE O U T RO S C RENT ES 1 João 3:14, 5:2. Há uma tal afinidade entre as pessoas regeneradas que elas se amam mutuamente. U ma evidência deste amor é que elas se alegram na presença e amizade de uns pelos outros. Deus, porém, ajuntou um outro teste de nosso amor pelos irmãos: se amarmos a Deus e guardamos os Seus ma ndamentos sabemos que amamos os filhos de Deus. V ede a segunda passagem à cima. A ssim, de novo somos trazidos de volta à matéria de obediência a Deus. 9. P ERSEV ERA NÇ A A T É A O FIM . M at. 10:22; Rom. 11:22; Fil. 1:6; C ol. 1:23; 1 João 3:9; 5:4. A perseverança tanto é uma doutrina da Escritura como a conservação. P ela conservação de Deus somos levados a perseverar. Estas duas doutrinas são perfeitamente coerentes e precisam de ser sustentadas e pregadas como verdades gêmeas. Ninguém alcançará o céu senão aqueles que resistem firmes até ao fim e vencem o mundo. V ide as promessas aos vencedores no A poc. 3 e 4. Nenhumas promessas a outros. M as todos dentre os regenerados vencerão (1 João 5:4).