SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 197
Baixar para ler offline
MANUAL ABERC
de Práticas de Elaboração
e Serviço de Refeições
para Coletividades
20"
-1--- : 3-' j
-
: i.: ;.
'j •. /
g/21l1l- sP
NII2BI
A
PORTARIA MUNICIPAL
M BASE N
EolCAIl REVISADA eu
COMISSÃO TÉCNICO-OPERACIONAL:
Diretora da Comissão: Dr' Marys Léia R. Marques
Coordenador Técnico: D1'.Eneo Alves da Silva J1'.
ABERC - Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas
Rua Estela, 515 Bloco B Cj. 62 - Paraíso - SP - CEP 04011-904 São Paulo
Fones: (11) 5572-9070 - 5573-9835 - Fax: 5571-5542
e-mail: aberc@aberc.com.br - Web Site: www.aberc.com.br
~ Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas
É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL
DESTE MANUAL; SEM A AUTORIZAÇÃO EXPRESSA
DAABERC.
DIRETORIA EXE,CUTIVA ABERC
20.1212013
Presidente Marco Aurélio Crescente
1° Vice Presidente
20
Vice Presidente
30 Vice Presidente
40
Vice Presidente
Rogério da Costa Vieira
Daniel Eugênio Rivas Mendez
Vincent Bouvet
Sérgio De Nadai
Diretor Superintendente
Diretor de Adm. e Finanças
Vice Diretor de Adm. e Finanças
Diretor de Eventos e Comunicação
Vice Diretor de Eventos e Comunicação
Diretor Jurídico Fiscal
Vice Diretor Jurídico Fiscal
Diretor de Planej amento e Mercado
Diretor de Recursos Humanos e Gestão
Vice Diretora de Rec. Humanos e Gestão
Diretor de Suprimentos
Vice Diretora de Suprimentos
Diretora Técnica Operacional
Vice Diretora Técnica Operacional
Antonio Guimarães
Walter Francisco de Mello
Nelson Chiteco Jr.
Luiz Carlos Flores
José Adão Batisteti
Edson G. Blanco
Rodrigo R. Gasparetto
Adilson Den Julio Gonçalves
Eliezer P. Souza
Renata Silva
José Maria Martins
Rosilene Dias Me1ero
Marys Léia R. Marques
Simone Bernini
1
ABERC
Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas
E.>te- "-1~ 0 [ruro do- tvahct1Jto- JvliYWy pv~
mcLtY queremov ~ LM11.CV ~ eçpectal: Cv
VRA. C9NÍRIA ARRUVA FIGUEIREV(9~ cv pv~ qU0
~ o- [ormaxo- do- pv~~ lv1~ desde. }tA.aI Ial
Edição:
ti«; com; todo- o-J-eU;etnp0Jltho; .~ cv p~ pCLVCV ~~
~ ~~~ oy~ ~ cv~
~icv~ÍAIlt"~
I~~ 0»11 I3!12!20I2~ ela. deucou. ~cv vúUv.
S~lA'JItO;Y 0 ~L-Y~ ~ ~ e- de- .rew t-vahct1Jto-
pvofícuo-;
A Diretoria.
3
ABERC
Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas
Agradecemos a todos que, direta ou indiretamente, colaboraram na
elaboração e nas diversas revisões deste MANUAL, desde sua r Edição até
hoje, em especial à:
Dr. ENEO ALVES DA SILVA JR. pela coordenação técnica e
atualização.
Dra. ONÍRIA ARRUDA FIGUEIREDO pelo trabalho de análise,
compilação e editoração da 1a
até a 9a
edição.
Dra. ROSANA P. DOS ANJOS TEIXEIRA pela valiosa colaboração na
atualização de todo material,
inclusive desta nova edição.
Srta. VIVIANE SCHIMITTEL pelo trabalho de digitação da
1a edição e das alterações das
demais.
Sra. ANA MARIA UCCELLA pela colaboração na digitação
e editoração da revisão final
desta nova edição.
Dr. Eneo Alves da Silva Jr.
Dr" Rosana Pereira dos Anjos Teixeira
CRBM: 072
CRN3: 5824
REVISARAM E ATUALIZARAM ESTA NOVA EDIÇÃO:
5
I
ABERC
Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas
PREFÁCI()
l<tOO1çIQ;
Senso de Equipe,
Sentido de Comunidade,
Apoio Técnico Opcracional com Segurança Alimentar,
Busca da Excelência Empresarial com Ética,
Embasamento no polinômio:
ALIMENTAÇÃO - SAÍJDE - QUALIDADE DE VIDA
SUSTENTABILIDADE - RESPONSABILIDADE SOCIAL.
Sempre buscando a qualidade continuada e assumindo que a ABERC, a cada gestão, se firma
como entidade cidadã, acrescentamos, ao nosso trinômio, neste ínterim, mais duas bandeiras
norteando nossas ações, transformando-se no POLINÔMIO acima.
Como das vezes anteriores, agradecemos aos excelentes profissionais, tanto os efetivos das
nossas Comissões Técnicas como aos convidados, que com sua eficaz colaboração cada vez mais
engrandecem os trabalhos da ABERC. Em especial destacamos os esforços dos Doutores Rosana
Pereira dos Anjos Teixeira e Eneo Alves da Silva Junior, responsáveis pela atualização desta
Edição.
MARCO AURÉLIO CRESCENTE
Presidente
GESTÃO 12/13
7
--- ABERC
"..... Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas
PREFÁCIO
~OOiçlQ
Senso de Equipe,
Sentido de Comunidade,
Apoio Técnico Operacíonal com Segurança Alimentar,
Busca da Excelência Empresarial com Ética,
Embasamento no trinômio:
ALIMENTAÇÃO - SAÚDE - QUALIDADE DE VIDA
Sempre buscando a qualidade continuada e assumindo que a ABERC, a cada gestão, se firma
como entidade cidadã, ratificamos o prefácio da S" edição. Não só nos preocupamos com o
desempenho das nossas associadas, em termos éticos e profissionais, mas também nos
esforçamos em sermos multiplicadores de tecnologias e conhecimentos que detemos sobre a
sadia e adequada alimentação à comunidade. Nesse sentido, colocamos esta ferramenta ao
público especializado objetivando difundir o saber acumulado pela Associação em duas décadas
e meia.
Acreditamos que nesse quarto de século crescemos como entidade e nos firmamos como
Associação séria, ética e atuante, não só para o segmento de refeições coletivas, mas também
para todos os profissionais e consumidores de alimentação fora do lar.
,,-.
Como das vezes anteriores, agradecemos aos excelentes profissionais, tanto os efetivos das
nossas Comissões Técnicas como aos convidados, que com sua eficaz colaboração cada vez mais
engrandecem os trabalhos da ABERC.
LUCÍLIO TADEU CASTELO DE LUCA
Presidente
Gestão 08/09
9
r".
ABERC
r--, Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas
PR,'E·F'Á"'C··IO
:". " ...-:' ;
o ••••••••••••• : •• ", ••••• , •• ',7
Senso de Equipe,
..Sentido de Comunidade,
Busca da Excelência Empresarial com destaque para
o SAQ - SELO ABERC DE QUALIDADE EMPRESARIAL,
e para a meta ALIMENTAÇÃO - SAÚDE
em especial: PROJETO "VIDA COM QUALIDADEÉ COMPROMISSO NACIONAL"
Sempre buscando a qualidade continuada e assumindo que a ABERC, a cada gestão, se firma
como entidade cidadã, não só preocupada com o desempenho das suas associadas em termos
éticos e profissionais, mas também como multiplicadora de tecnologias e conhecimentos que
detém sobre a sadia e adequada alimentação à comunidade, resolveu para esta gestão 2002/2003
incursionar sobre uma ação que atingisse a população brasileira utilizando o saber acumulado
pela associação em quase duas décadas.
Trata-se de amplo Projeto que a ABERC entregou aos 4 principais presidenciáveis, em agosto de
2002, antes do Projeto Fome Zero ser divulgado e iniciado. Seu título é ALIMENTO É VIDA,
VIDA COM QUALIDADE É COMPROMISSO NACIONAL e seu conteúdo, digno de análise,
pode ser visto na íntegra pelo site www.aberc.com.br.
~ Mais uma vez, agradecemos aos excelentes profissionais, tanto os efetivos das nossas Comissões
Técnicas como aos convidados, que com sua eficaz colaboração cada vez mais engrandecem os
trabalhos da ABERC.
ROGÉRIO DA COSTA VIEIRA
Presidente
Gestão 02/03
II
ABERC
Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas
.'"'-.
MANUAL ABERC de
Práticas de Elaboração
e Serviço de Refeições
para Coletividades
8a
Edição
COMISSÃO TÉCNICO-OPERACIONAL:
Diretora da Comissão (1996/ 2()03):
Coordenador Técnico (1996/ 2003):
Coordenadora da Sub-Comissão Legislação:
Dra. Oníria Arruda Figueiredo
Dr. Eneo Alves da Silva Jr.
Dra. Rosana Pereira dos Anjos Teixeira
Revisaram e atualizaram esta nova edição
Dr. Eneo Alves da Silva Jr. (CDI.) CRBM: 072
Dra. Oníria Arruda Figueiredo (O.T.M./ F.J.S.)
Dra. Rosana Pereira dos Anjos Teixeira (O.T.M)
13
ABERC
Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas
Diretor Presidente Rogério da Costa Vieira
Diretores vice Presidentes Ralph Rowe
Lucílio Tadeu Castelo de Luca
Marcos A. Laranjeira
PHni-odeOliveira
Diretor Superintendente
Diretor de Planejamento e Mercado
Diretor de Administração e Finanças
Diretor Jurídico Fiscal
Diretor de Suprimentos
Diretora Técnica Operacional
Diretor deRec.Humanos e Gestão
Diretor de Eventos e Comunicação
Antonio Guimarães
Márcio Roberto Graf
Walter Francisco de Mello
A. Décio Rodrigues Guerreiro
Antonio Carlos M. de Almeida
Oníria Arruda Figueiredo
Maurício Barros-de Vasconcelos
DilcIéia Fornaciari
Secretárias Viviane Schimittel
Ana Maria Uccella
15
ABERC
Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas
Senso de Equipe,
Sentido de Comunidade,
Busca da Excelência Empresarial com destaque para
o SAQ - SELOABERC DEQUALIDADEEMPRESARIAL,
ea meta ALIMENTAÇÃO-SAÚDE !
Nos prefácios anteriores fizemos um breve histórico dos objetivos das gestões que
nos antecederam, destacando o sentido de Comunidade da ABERC e antevendo,
na nossa gestão, a criação do Selo ABERC.
Felizmente, e graças ao trabalho de excelentes profissionais, tanto contratados
como das nossas Comissões Técnicas, na sa edição foi possível anunciar mais uma
ferramenta para engrandecer o Mercado - o Selo de Qualidade.
,,-.. Em 1999 foram intensificadas pesquisas junto a empresas tomadoras de nossos
'"""' serviços, questionários-teste em empresas associadas e, nos últimos meses
reuniões semanais, isso tudo para que o nosso Selo fosse singular, eminentemente
técnico e de análise global.
17
Demonstrando mais uma vez o sentido de Comunidade e a forte posição de
transparência, decidimos criar, como a última instância para dirimir qualquer
dúvida e deliberar sobre modificações do SAQ, o CODESAQ - Conselho
Dcliberativo do Selo ABERC de Qualidade Empresarial - composto de
profissionais de reconhecida vivência e ilibado conceito nas atividades
empresariais e acadêmicas no campo da Administração, Qualidade e Alimentação
para Coletividades, com 09 membros, 06 dos quais da Comunidade e 03
representantes da nossa Associação.
Neste ano de 2.000 muitas associadas poderão ter a certificação de qualidade
empresarial e utilizar o Selo ABERC.
o caminho do sucesso, para todos os profissionais que atuam no nosso segmento,
é o domínio de técnicas que assegurem a qualidade dos produtos e serviços,
sempre focados sobre os clientes, o consumidor. Neste sentido, a ABERC cumpre
seu papel, editando este Manual.
o projeto do SAQ - Selo ABERC de Qualidade Empresarial teve um grande
facilitador, uma base forte de apoio, que foi o presente Manual ABERC de
Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições para Coletividades, formatado
sobre um conjunto moderno, claro e orientativo sobre as Boas Práticas de controle
de processo de garantia de qualidade de produção de alimentos e da excelência dos
serviços.
Como novidade para este ano de 2000, e que deverá ser incorporada na próxima
edição, estamos desenvolvendo um Sub Projeto do nosso Planejamento
Estratégico 2000/2001 a incorporação da "FUNÇÃO DE AGENTE DE SAÚDE,
MOTIVAÇÃO E PRODUTIVIDADE".
Nossos agradecimentos à Diretora Técnica Operacional, Dra. Oníria Arruda
Figueircdo, ao Coordenador Técnico da Comissão Técnico Opcracional, Dr. Eneo
Alves da Silva Jr. e à Sub Comissão de Revisão e Atualização, pelo trabalho de
alto nível, e de grande esforço, sem os quais este excelente serviço não estaria à
disposição da Comunidade,
ROGÉRIO DA COSTA VIEIRA
Presidente
ABERC - Gestão 00/01
ABERC
Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas
PRBFÂCIO
S:'OOiç'iQ;
Senso de Equipe,
Sentido de Comunidade
e a Busca da Excelência Empresarial,
E, DE CONCRETO O SAQ - SELO ABERC DE QUALIDADE EMPRESARIAL!
No prefácio anterior fizemos um breve histórico dos objetivos das gestões
anteriores à nossa, destacando o sentido de Comunidade da ABERC e antevendo,
na nossa gestão, a criação do Selo ABERC.
Felizmente, e graças ao trabalho de excelentes profissionais, tanto contratados
como das nossas Comissões Técnicas, foi possível trazer mais uma ferramenta
para engrandecer o Mercado - o Selo de Qualidade, a partir de 1999.
Neste último ano as ações tiveram que ser intensificadas com pesquisas junto a
empresas tomadoras de nossos serviços, questionários-teste em empresas
associadas e, nos últimos meses reuniões semanais, isso tudo para que o nosso
Selo fosse singular, eminentemente técnico e de análise global.
Conforme previmos, no ano 2.000 muitas associadas poderão ter a certificação de
qualidade empresarial e utilizar o Selo ABERC.
19
Demonstrando mais uma vez o sentido de Comunidade e a forte posição de
transparência, decidimos criar, como a última instância para dirimir qualquer
dúvida e deliberar sobre modificações do SAQ, o CODESAQ - Conselho
Deliberativo do Selo ABERC de Qualidade Empresarial - composto de
profissionais de. reconhecida vivência e ilibado conceito nas atividades
empresariais e acadêmicas no campo da Administração, Qualidade e Alimentação
para Coletividades, com 09 membros, 06 dos quais da Comunidade e 03
representantes da nossa Associação.
o caminho do sucesso, para todos os profissionais que atuam no nosso segmento,
é o domínio de técnicas que assegurem a qualidade dos produtos, sempre focados
sobre os clientes. Neste sentido, a ABERC cumpre seu papel, editando este
Manual.
o projeto do SAQ - Selo ABERC de Qualidade Empresarial só foi possível
porque tem uma base forte de apoio, que é o Manual ABERC de Práticas de
Elaboração e Serviço de Refeições para Coletividades, formatado sobre um
conjunto moderno, claro e orientativo sobre as boas práticas de controle de
processo e garantia de qualidade de produção de alimentos.
o presente Manual ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições para
Coletividades, conforme já dito no prefácio anterior, procura ser cada vez melhor,
incorporando técnicas, conceitos e legislações atuais sobre a alimentação.
Nossos agradecimentos à Diretora Técnica Operacional, Dra. Oníria Arruda
Figueiredo, ao Coordenador Técnico da Comissão Técnico Opcracional, Dr. Eneo
Alves da Silva JI. e à Sub Comissão de Revisão e Atualização, pelo trabalho de
alto nível, e de grande esforço, sem os quais este excelente serviço não estaria à
disposição da Comunidade.
ROGÉRIO DA COSTA VIEIRA
Presidente
ABERC - Gestão 98/99
ABERC
Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas
MANUAL ABERC de
Práticas de Elaboração
e Serviço de Refeições
para Coletividades
sa/ 63
e 7a Edições
COMISSÃO TÉCNICO-OPERACIONAL:
Diretora da Comissão (1996/ 20(1):
Coordenador Técnico (1996/ 2001):
Dra. Oníria Arruda Figuciredo
Dr. Eneo Alves da Silva Jr.
Subcomissão que revisou e atualizou com base na CVS-6/99:
.-'""""'
Dra. Maria Cecília A. Savazzi (PANELÃO)
CRBM: 072
CRN3: 1149
CRN3: 5055
CRN3: 5131
CRN3: 1454
CRN3: 2202
CRN3: 1088
CRN3: 5824
Dr. Eneo Alves da Silva Jr. (CDL)
Dra. Lenir Picco1otto Nori (Le)
Dra. Márcia Elaine de Carvalho Bastos (EMBRASA)
.~
Dra. Maria Filomena S. Almeida (E.R.J.)
Dra. Myrian Cristina Scholz (G.R.)
.~.
Dra. Oníria Arruda Figueiredo (F.J.S.)
Dra. Rosana Pereira dos Anjos Teixeira
21
ABERC
Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas
PREFÁCIO
(4a
edição)
Senso de Equipe, Sentido de Comunidade e a Busca da Excelência Empresarial!
Desde sua fundação a ABERC dedicou-se a alavancar a evolução do Setor de Refeições
I~ Coletivas. Nos seus 14 anos de existência vários focos foram dados pelas suas Diretorias. No
início, procuramos o senso de equipe e a cooperação para a evolução conjunta embasada nas
Técnicas e na Qualidade. Em seguida, foi dado ênfase ao profissionalismo gerencial e à sintonia
com a Comunidade.
Atingidos esses dois objetivos, mais recentemente, partimos para um planejamento estratégico na
______ busca do futuro do segmento de refeições coletivas. Para essa terceira etapa foram cobertas
algumas lacunas visando obter-se um sólido alicerce para suportar metas condizentes com a
entrada do próximo século. Neste sentido, nos organizamos em Equipes de Produtos Estratégicos
. (EPE) para uma eficaz evolução.
Pretendemos chegar ao ano 2000 com a grande maioria dos nossos associados portando o Selo de
Qualidade Empresarial e com um mercado mais elástico e atrativo para todos os associados. O
caminho do sucesso, para todos os profissionais que atuam no nosso segmento, é o domínio de
técnicas que assegurem a qualidade dos produtos, sempre focados sobre os clientes. Neste
sentido, a ABERC cumpre o seu papel, editando este Manual.
O presente Manual ABERC de Práticas de Elaboração c Serviço de Refeições para
Coletividades procura ser cada vez melhor, incorporando técnicas e conceitos atuais sobre a
alimentação coletiva. Nossos agradecimentos à Diretora Técnica Operacional, Dra. Oníria
Arruda Figueiredo, ao Coordenador Técnico da Comissão Técnico Operacional, Dr. Eneo Alves
da Silva Jr. e à Sub Comissão de revisão e Atualização pelo trabalho de alto nível, e de grande
esforço, sem os quais este excelente serviço não estaria à disposição da Comunidade.
ROGÉRIO DA COSTA VIEIRA
Presidente
ABERC - Gestão 98/99
23
ABERC
Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas
MANUAL ABERC de
-Práticas de Elaboração
e Serviço de Refeições
para Coletividades
.-..
1998
4a
edição
COMISSÃO TÉCNICO-OPERACIONAL:
Coordenadora da Comissão (96/99): Dra. Oníria Arruda Figueiredo
Coordenador Técnico (96/99): Dr. Eneo Alves da Silva Jr.
Comissão que revisou, atualizou e ampliou ()Manual em 1998:
Dra. Alda Bernardinelli (NUTRITN A)
Dra. Doris Deborah Massulo (NUTRILABOR)
Dra. Elke S. Clemente (FRESH & FREEZE)*
r». Eneo Alves da Silva Jr. (CDL)
Dra. Hermínia Maria Carvalho (BOM GOURMET)':'
Sra. June Ruegger (UCATA)
Dra. Lenir Piccolotto Nori (LC)*
Dra. Liane Gonçalves (SANTA HELENA)
Dra. Luciana Wiederin Maschietto (CDL / APAN)*
Dra, Maria Cecília A. Savazzi (PANELÃO)*
Dra. Maria Filomena S. Almeida (E.RJ.)*
Dra. Myrian Cristina Scholz (G.R.)
Dra. Oníria Arruda Figueiredo (F.J.S.)*
Dra. Rosana Pereira dos Anjos Tcixeira (NUTRITN A)
Dra. Silvana Montenegro Rondelli (BIMI)*
CRN3: 6007
CRN3: 3154
CRN3: 4651
CRBM: 072
CRN3: 1317
CRN3: 100223
CRN3: 1149
CRN3: 3517
CRN3: 5542
CRN3: 5131
CRN3: 1454
CRN3: 2202
CRN3: 1088
CRN3: 5824
CRN3: 5351
""' OBS.: * = SUBCOMISSÃO responsável pela revisão técnica final.
25
ABERC
Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas
PREFÁCIO
(3a
edição)
Sentido de COMUNIDADE, crescimento global sinérgico
Conforme previsto na Ia edição, o Manual ABERC de Práticas de Elaboração e
Serviço de Refeições para Coletividades foi muito bem recebido pela comunidade
relacionada com refeições fora do domicílio.
Faculdades, Institutos, Associações, empresas e profissionais estão utilizando o
trabalho tão bem desenvolvido pela nossa COMISSÃO TÉCNICO-OPERACIONAL.
Face às solicitações, estamos apresentando mais esta edição.
Nosso objetivo é a evolução do segmento como um todo para, embasados num
esforço sinérgico, praticarmos uma cidadania efetiva e responsável.
PAULO DE OLIVEIRA PIRES
Presidente
ABERC - Gestão 96/97
27
ABERC
Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas
PREFÁC.IO
(1a e 2a
edições)
Senso de EQUIPE, Sentido de COMUNIDADE!
o presente trabalho só se tornou realidade pelo esforço de uma pequena equipe
que deu o melhor de si, dedicando-se horas e dias em reuniões, pesquisas e
discussões, marcadas pelo espírito associativo e de solidariedade.
A princípio, o Manual era destinado aos associados da ABERC mas, a medida de
seu desenvolvimento, considerou-se que ele seria de grande valia para todos que
trabalham com Alimentação, principalmente para coletividades.
Consolidando o sentido de comunidade da ABERC, profissionais e entidades
poderão ter o nosso Manual. Consoante à mesma diretriz foram neles inseridas as
traduções das REGRAS DE OURO, da WHO - World Health Organization
(Organização Mundial da Saúde), e das NORMAS TÉCNICAS DO "CODEX
ALIMENTARIUS" , da FAO - Food and Agriculture Organization of the United
Nations (Organização de Alimentos e Agricultura das Nações Unidas).
EURICO VARELA
Presidente
ABERC - Gestão 94/95
29
ABERC
Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas
MANUAL ABERC de
Práticas de Elaboração
e Serviço de Refeições
para Coletividades
1a e 2a
Edições
Realização da COMISSÃO TÉCNICO-OPERACIONAL EM 1994:
Coordenador da Comissão (94/95): Dr. Paulo Bertacco
Coordenador Técnico: Dr. Eneo Alves da Silva Jr.
Coordenadora de Editoração (94/95): Dra. Oníria Arruda Figueiredo
Comissão que elaborou o Manual em 1994:
Dra. Al1aMaria P. A. Taricano (SILLUS)
Dra. Catarina T. Tongu (BIMI)
Dra. Cátia Vergaças Daher (ABELA)
Dra. Celina Kamon Imaeda (BOM GOURMET)
Dra. Cristina Giordani Paschoal (BOM GOURMET)
Dra. Doris Deborah Massulo (TICKET SERVo - GR)
Dra. Elaine Cristina Lach (SEIVA)
Dra. Lenir Piccolotto Nori (LC)
Dra. Maria Tereza Casulli (ALLISERV)
Dra. Maristela de Amorim Marchezetti (EXAL)
Dra. Oníria Arruda Figueiredo (ALLISERV)
Dra. Regina de Moura Danzi (SERVEBEM)
Dra. Regina Helena S. P. Agneli (NUTRIN)
Dra. Rosa Perrucci (EXCEL)
Dra. Rosana Pereira dos Anjos (NUTRITIVA)
Dra. Sílvia Dollo (INDUSERVICE)
Dra. Solemar Ap. Ciampone (LC)
Sra. Ivone Ap. de Cristofaro (ELBON)
CREA: 177990
CRN-3: 2721
CRN-3: 2768
CRN-3: 3008
CRN-3: 1274
CRN-3: 3154
CRN-3: 3654
CRN-3: 1149
CRN-3: 1967
CRN-3: 1797
CRN-3: 1088
CRN-3: 2881
CRN-3: 2458
CRN-3: 3161
CRN-3: 4487/P
CRN-3: 0068
CRN-3: 2832
CRN-3: 100588
como também os coordenadores:
Dr. Eneo Alves da Silva Jf. (CDL)
Dr. Paulo Afonso Simão Bertacco (NUTRITIVA)
31
SUMÁRIO
I - UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO (UAN)
CONDIÇÕES ESTRUTURAIS: EDIFÍCIOS E INSTALAÇÕES
A) - CONDIÇÕES ESTRUTURAIS/ EDIFICAÇÃO
A I) Planejamento
A2) Áreas Externas
A3) Localização
A4) Configuração geométrica
A5) Iluminação
A6) Ventilação, temperatura e umidade
A7) Cor
A8) Sonorização
A9) Pisos e Ralos
A 1O) Paredes e divisórias
A I I) Portas e janelas
A12) Forros e tetos
A 13) Instalações Hidráulicas, Caixa d'água, Abastecimento de água
A 14) Outras condições estruturais
B) - ÁREAS DA UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO (UAN)
B I) Área para recebi mento de mercadorias
B2) Área de inspeção, pesagem e higienização de mercadorias
B3) Área para armazenamento à temperatura ambiente
B4) Área para armazenamento à temperatura controlada
B5) Área para pré-preparo e preparo
B.5.1) - Área para preparação de carnes vermelhas, aves e pescados
B.5.2) - Área para preparação de hortifruti
B.5.3) - Área para preparação de massas e sobremesas
B.S.4) - Área para outros preparos
B6) Área para cocção
B7) Área para higienização de mãos
B8) Área para expedição das preparações
B9) Área para higienização dos utensílios usados no processamento
B 10) Área para distribuição das refeições
B 11) Área de consumação / refeitório / salão de refeições
B 12) Área para higienização de bandejas e utensílios de mesa
B 13) Área para sala da administração
B 14) Área para descarte de embalagens
B 15) Área para depósito de lixo
B 16) Área para guarda de botijões de gás (GLP)
B 17) Área para depósito e higienização do material de limpeza
B 18) Área para instalações sanitárias e vestiários
C) - EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS
C I) Equipamentos
C2) Móveis
C3) Utensílios
43
45
45
45
45
45
46
47
47
47
48
48
48
49
49
50
51
51
51
51
52
52
53
53
53
53
53
53
54
54
54
54
55
55
55
55
55
56
56
57
57
58
58
33
II- AVALIAÇÃO TÉCNICA DE FORNECEDORES 59
A) - AVALIAÇÃO DE FORNECEDORES 61
B) - REQUISITOS MÍNIMOS PARA QUALIFICAR FORNECEDOR 61
C) - AVALIAÇÃO TÉCNICA DE PROCEDIMENTOS E PROCESSOS
PRODUTIVOS 62
C 1) Manipuladores
C2) Matéria prima
C3) Fluxo de produção
C4) Armazenamento de produtos processados
C5) Empacotamento do produto final
C6) Controle de Qualidade do produto final
C7) Visitantes
62
62
62
63
63
63
63
D) - TRANSPORTE DA MATÉRIA PRIMA, PRODUTOS SEMI ELABORADOS
E PRODUTOS PRONTOS 64
DI) PORTARIA CVS 15 DE 7/11/91 - CENTRO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 64
Características mínimas necessárias dos meios de transporte de acordo
com o produto (Anexo da Portaria) 68
111- HIGIENE DOS MANIPULADORES 69
~
---- A) - HIGIENE PESSOAL 71
r-..
AI) Higiene corporal 71
r"'
A2) Higiene das mãos 72
»-r-;
A.2.1) - Frequência obrigatória para lavar as mãos 72
---- A.2.2) - Procedimentos para higienização e antissepsia das mãos 72
,-.., A.2.3) - Uso de escova para unhas 73
A3) Utilização de luvas 73
A.3.1) - Uso de luvas descartáveis 73
..-..
A.3.2) - Uso de luvas de malha de aço 74
'"
A.3.3) - Uso de luvas térmicas 74
~ A.3.4) - Uso de luvas de borracha/Cano longo 74
~
---o
B) - UNIFORMES 75
,,-,.
B 1) Considerações gerais 75
,-... B2) Uso de máscaras 75
-
""'
C) - HÁBITOS PESSOAIS DOS MANIPULADORES 76
~
,-..
D) - CONTROLE DE SAÚDE DOS MANIPULADORES 77
"""'
'"'
"'"'
E) - VISITANTES 78
F) - LEGISLAÇÃO REFERENTE À ANTISSEPSIA DAS MÃOS 78
35
C) - PERIODICIDADE DA LIMPEZA - "Quadro-resumo"
~
"
»<
79
81
81
82
82
~
82
83
83
83 .----'
83
84
84
84
~
85
85
86
86
86
87
87
87
87 -r--,
88
88
89
89 r---.
92
93
.-"
94
94
94
95
96
97 "
97
97
IV - HIGIENE AMBIENTAL
A) - HIGIENE DAS INSTALAÇÕES
AI) Ambiente em geral
A2) Ambiente em geral "Uso Racional da Água"
A3) Paredes
A4) Pisos e rodapés
A5) Janelas e portas
A6) Telas
A7) Luminárias, interruptores, tomadas e outros
A8) Bancadas e mesas de apoio
A9) Ralos
A IO) Teto ou forro
AlI) Condutas em relação ao lixo e resíduos
B) - HIGIENE DE UTENSÍLIOS, EQUIPAMENTOS E MATERIAIS AFINS
B I) Higienização manual de utensílios
B2) Higienização mecânica de utensílios
B3) Higienização de equipamentos em geral
B4) Higienização da máquina de suco
B5) Higienização de refrigeradores, câmaras e freezeres
B6) Higienização do sistema de exaustão
B7) Higienização do balcão térmico
B8) Higienização de panos
B9) Higienização de caldeiras
B IO) Higienização de caixa de gordura
B I I) Higienização da caixa d' água
Recomendações da SABESP
D) - LEGISLAÇÃO REFERENTE À HIGIENIZAÇÃO DE UTENSÍLIOS
(Decreto n° 7206 de 3/12/75 - D.O. de 4/l2/75)
E) - RECOMENDAÇÕES COMPLEMENTARES PI HIGIENE AMBIENTAL
E I) Recomendações Gerais
E2) Controle Integrado de Pragas
E3) Notas importantes relativas à Higiene Ambienta]
E4) Produtos permitidos para desinfecção ambiental
E5) Diluições de produtos para desinfecção ambienta1.
E.5.l) - Solução clorada a 200 ppm - 250 ppm
E.5.2) - Solução clorada a 20 - 25 ppm (para desinfecção de caixa d'água)
v - POI>s- PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRONIZADOS 99
A) - POPs - PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRONIZADOS
RDC N°216 DE 15 DE SETEMBRO DE 2004 - ANVISA 101
AI) A ABERC E OS POPs
A.l.I) - Objetivo
A.l.2) - Campo de aplicação
A. 1.3) - Definição
A.IA) - Documentação
A.I .5) - Responsabilidade
A.I.6) - Descritivo Técnico
A.I.7) - Monitoramento
A.1.8) - Registro
A.I.9) - Ação Corretiva
A.I.I0) - Verificação
102
102
102
102
102
102
102
102
102
102
102
VI - HIGIENE DOS ALIMENTOS 103
A) - DEFINIÇÕES DAS ETAPAS BÁSICAS DOS FLUXOS OPERACIONAIS
AI) Recebimento
A2) Armazenamento
A.2.I) - Armazenamento sob Congelamento
A.2.2) - Armazenamento sob Refrigeração
A.2.3) - Armazenamento em Estoque Seco
A3) Resfriamento
A4) Refrigeração
AS) Congelamento
A6) Descongelamento
A7) Pré-preparo / Preparação
A8) Reconstituição
A9) Dessalgue
AIO) Cocção
AlI) Espera pós-cocção
A 12) Porcionamento
A 13) Reaquecimento
A 14) Espera para fornecimento / distribuição
A 15) Distribuição
B3) Recebimento de carnes
B.3.1) - Recomendações
B.3.2) - Temperaturas recomendadas para o recebimento
105
105
105
105
105
105
105
105
105
105
106
106
106
106
106
106
106
106
106
107
107
108
108
108
108
108
108
B) - PROCEDIMENTOS PARA O RECEBIMENTO
B 1) Recomendações gerais
B2) Recebimento de produtos quentes
B.2.1) - Recomendações
B.2.2) - Temperaturas recomendadas para o recebimento
B4) Recebimento de hortifrutis
B.4.1) - Recomendações
BA.2) - Temperaturas recomendadas para o recebimento
109
109
109
37
B5) Recebimento de leite e derivados
B.5.1) - Recomendações
B.5.2) - Temperatura recomendada para o recebimento
B6) Recebimento de estocáveis
B.6.1) - Recomendações
B.6.2) - Temperatura recomendada para o recebimento
B7) Recebimento de massas frescas e doces confeitados
B.7 .1) - Recomendações
B.7.2) - Temperatura recomendada para o recebimento
B8) Recebimento de sucos
B.8.1) - Recomendações
B.8.2) - Temperaturas recomendadas para o recebimento
B9) Critérios de temperatura no recebimento da matéria-prima / Quadro Resumo
B 10) Recebimento de descartáveis, produtos e materiais de limpeza
C) - PROCEDIMENTOS PARA O ARMAZENAMENTO
C 1) Recomendações básicas
C2) Critérios gerais para o armazenamento da matéria-prima
C3) Recomendações para o armazenamento pós-manipulação
C4) Sistema de etiquetas de identificação
C.4.1) - Modelos de etiqueta
C.4.2) - Prazo de validade dos produtos.
C5) Critérios de Uso
C6) Armazenamento de descartáveis, produtos e materiais de limpeza
D) - PROCEDIMENTOS PARA A REFRIGERAÇÃO E O CONGELAMENTO
DI) Recomendações básicas
D2) Critérios de temperatura e tempo para o resfriamento seguro
D3) Critérios de temperatura e tempo para a refrigeração
D4) Critérios de temperatura e tempo para o congelamento
E) - PROCEDIMENTOS PARA O DESCONGELAMENTO
E 1) Recomendações básicas
F) - PROCEDIMENTOS PARA O PRÉ-PREPARO E A PREPARAÇÃO
FI) Recomendações para os alimentos em geral
F2) Recomendações para os alimentos enlatados e em outras embalagens
F3) Recomendações para os cereais e leguminosas
F4) Recomendações para carnes
F5) Recomendações para o dessalgue
F6) Recomendações para alimentos perecíveis em geral
F7) Recomendações para os hortifrutis
F.7.1) - Procedimentos gerais para hortifrutis
F.7.2) - Procedimentos especiais para hortifrutis
F.7.3) - Recomendações para ovos
F8) Produtos recomendados para desinfecção dos alimentos
F9) Diluição de Produtos para desinfecção dos alimentos
109
109
109
109
109
109
110
110
110
110
110
110
110
11 1
III
111
112
114
I15
115
115
116
117
117
117
118
118
119
119
119
120
120
120
'"
121
121
121
122 "
122
122
122
123
124
124
.~
F.9.1) - Solução clorada a 200 ppm - 250 ppm 124
G) - PROCEDIMENTOS PARA A COCçÃO E O REAQUECIMENTO 125
G 1) Recomendações gerais 125
G2) Recomendações para óleo de fritura em tachos ou panelas 126
G3) Recomendações pl óleo de fritura (equipamentos cl filtros e controle de temperatura) 126
H) - PROCEDIMENTOS PARA O PORCIONAMENTO 127
1) - PROCEDIMENTOS PARA A ESPERA
11) Espera pós-cocção
12) Espera para o fornecimento ou a distribuição
127
127
127
J) - PROCEDIMENTOS PARA A DISTRillUIÇÃO
11) Recomendações gerais
J2) Condutas e critérios para distribuição de alimentos quentes
B) Condutas e critérios para distribuição de alimentos frios
J4) Controle de alimentos prontos (colheita de amostras de refeições)
128
128
128
128
129
L) - PROCEDIMENTOS PARA A UTILIZAÇÃO DE SOBRAS
129
LI) Tipos de sobras
L2) Utilização de sobras
L3) Condutas para utilização de sobras de alimentos quentes
L4) Condutas para utilização de sobras de alimentos frios
LS) Considerações finais sobre utilização e doação de sobras
129
129
129
130
130
M) - PROCEDIMENTOS PARA O TRANSPORTE DE REFEIÇÕES
Ml) Recomendações gerais
131
131
N) - PROCEDIMENTOS FRENTE AOS RISCOS DE CONTAMINAÇÃO 132
O) - PROCEDIMENTOS PARA A UTUJZAÇÃO DE TERMÔMETROS
O I) Recomendações para a correta medição das temperaturas
02) Recomendações para a medição durante a distribuição de refeições
03) Monitoramento e controle das temperaturas
133
133
133
133
P) - PROCEDIMENTOS PARA O CONTROLE DA 'ÁGUA PARA CONSUMO"
P 1) Recomendações gerais
P2) Padrões para análise microbiológica da água
134
134
'134
39
VII - USO RACIONAL DA ÁGUA
A) - INTRODUÇÃO
135
137
B) - INFORMAÇÕES BÁSICAS SOBRE O PROGRAMA 138
C) - CONSUMO DE ÁGUA EM UNIDADES DE ALIMENTAÇÃO
Cl) Apresentação do Programa desenvolvido pela SABESP
C2) Observações levantadas na fase do Projeto-Piloto
C3) Procedimentos sugeridos pelo PROGRAMA da SAJ3ESP
C4) Implantação do Programa "USO RACIONAL DA AGUA"
139
139
139
140
141
VIII - MICROIHOLOGIA DE ALIMENTOS (NOÇÕES BÁSICAS)
por Dr. Eneo Alves da Silva Lunior
143
A) - CONTAMINAÇÃO MICROBIOLÓGICA
DOENÇAS RELACIONADAS AO CONSUMO DE AUMENTOS
DOENÇAS AUMENTARES - CLASSIFICAÇÃO
DOENÇAS TRANSMITIDAS POR AUMENTOS
145
145
145
147
B) - AGENTES ETIOLÓGICOS 149
B 1) CAUSADORES DE GASTRENTERITES COM TOXINA PRODUZIDA NO AUMENTO 149
B2) CAUSADORES DE GASTRENTERITES COM TOXINA PRODUZIDA NO INTESTINO 150
C) - ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO PARA AVALIAÇÃO DE SURTOS DE
D.T.AS.- DOENÇAS TRANSMITIDAS POR AUMENTOS 151
D) - AMOSTRAS DE ALIMENTOS PARA ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS 152
E) - PROCEDIMENTOS P/ COLETA E TRANSPORTE DE AMOSTRAS 155
F) - LAUDOS DE ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS DE ALIMENTOS E SUA
RELAÇÃO COMO INDICADORES DE D.T.As
ANVISA - AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA
RESOL UCÃO RDC N° 12 de 2 de J anei ro de 2001 DOU 10/0 1/2001
156
IX - SISTEMA APPCC / (NOÇÕES BÁSICAS)
por Dr. Eneo Alves da Silva Lunior
159
A) - INTRODUÇÃO
B) - SÍNTESE DO SISTEMA APPCC
161
163
C) - IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA APPCC
D) - DEFINIÇÕES DO SISTEMA APPCC
164
165
E) - DETALHAMENTO DO MÉTODO APPCC
El) Perigo (Hazard)
E2) Severidade (Severity)
E3) Pontos Críticos (Critical Points)
E4) Ponto Crítico de Controle (Critical Control Point)
E5) Critérios (Criteria)
E.5.1) - Critérios técnicos
E.5.2) - Critérios de temperatura e tempo
E.5.3) - Critérios de higiene
E.5.4) - Critérios de saúde
E6) Monitoramento (Monitoring)
E7) Risco (Risk)
E8) Verificação (Verification)
E9) Fluxograma (Draw food-flow diagram)
167
167
167
167
168
169
169
170
171
172
172
172
173
173
F) - PRINCIPAIS ETAPAS E AVALIAÇÃO DOS PCs e dos PCCs. 174
x -RESIJONSABILIDADE TÉCNICA 175
A) - PORTARIA N° 1428 - 26/11/93 - MINISTÉRIO DA SAÚDE 177
AI) Resumo da Legislação 177
A2) Obrigatoriedade do serviço médico-laboratorial p/ funcionários de empresas
na área de Alimentos
A3) Referências bibliográficas oficiais da Portaria 1428
178
179
B) LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR SOBRE RESPONSABILIDADE TÉCNICA 180
XI - LEGISLAÇÃO 181
LEGISLAÇÃO ENVOLVIDA COM PRODUTOS/ PROCESSOS E MANWULADORES,
NO CONTROLE HIGIÊNICO-SANITÁRIOS DE AUMENTOS 183
A - Geral
B - Boas Práticas de Manipulação
C - Licença e Autorização de Funcionamento/Cadastro Estadual e Municipal
D - Rotulagem de Produtos
E - Registro e Dispensa de Registro de Produtos
183
185
193
194
196
* BIBLIOGRAFIA * 197
A) PUBLICAÇÕES OFICIAIS QUE EMBASAM ESTE MANUAL
AI) Federal
A2) Estadual! São Paulo
199
199
199
41
A3) Municipal/ São Paulo
A4) Definições Específicas
200
200
B) BIBLIOGRAFIA DE APOIO
C) CRITÉRIOS REVISADOS BASEADOS NAS SEGUINTES REFERÊNCIAS
201
204
* APÊNDICE * 205
A) REGRASDE OURODA OMSSOBREA PREPARAÇÃOINÓCUADOSALIMENTOS 207
B) CINCO CHAVES PARA A INOCUIDADE DOS ALIMENTOS 210
(OPAS - ORGANIZAÇÃO PANAMERICANA DA SAÚDE)
C) ANÁLISE SENSORIAL DE ALIMENTOS E BEBIDAS - ABNT - NBR 12806 213
D) GLOSSÁRIO 214
DI) Algumas definições importantes 214
D2) Definições RDC 216/04 221
D3) Definições Portaria 2619/11 223
r-.,
.--., I
~,
~
"
"
r-r-;
rr>;
'"" '""
- UNIDADE DE ALIMENTAÇAO E NUTRIÇAO
(UAN)
CONDIÇÕES ESTRUTURAIS:
EDIFÍCIOS E INSTALAÇÕES
r>.
43
A) - CONDIÇÕES ESTRUTURAIS: EDIFÍCIOS E INSTALAÇÕES
AI) - PLANEJAMENTO
A fase de planejamento físico da Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) deve ser realizada
por uma equipe multiprofissional, sendo imprescindível a presença do profissional que entenda
sobre Gestão de Unidade de Alimentação e Nutrição. O planejamento deve ser detalhado desde a
sua instalação, aquisição de equipamentos e organização até a implantação do serviço. Para o
cálculo de área, são vários os itens considerados, influindo nesta etapa: o número de refeições a
serem servidas, o sistema de distribuição empregado, a diversificação do serviço, a quantidade do
pessoal operacional, o tipo e a quantidade de equipamentos, entre outros aspectos. Na escolha e
dimensionamento dos equipamentos é importante diversificar o tipo de energia (gás, eletricidade,
vapor, etc.) para o funcionamento dos mesmos, de modo a evitar sobrecargas e/ ou interrupção
total de serviço, na eventual ausência de um tipo de energia.
A2) - ÁREAS EXtERNAS
A construção da Unidade de Alimentação deve ser em área onde os arredores sejam
pavimentados e não ofereçam riscos às condições gerais de higiene e sanidade, ou seja, em área
livre de focos de insalubridade, de lixo, objetos em desuso, animais, insetos e roedores. O acesso
deve ser direto e independente, não comum "a outros usos (habitação). O ideal é que possuam
calçadas contornando as instalações, de pelo menos 1 metro de largura e com declive suficiente
para o escoamento. Os pátios e vias de circulação ao redor das áreas de recebimento e expedição
de alimentos devem ter piso resistente ao trânsito sobre rodas.
A3) - LOCALIZAÇÃO
A UAN (Unidade de Alimentação e Nutrição) deve, sempre que possível, localizar-se em
pavimento térreo, de forma a proporcionar fácil acesso externo para abastecimento, iluminação
natural e ótimas condições de ventilação. Na impossibilidade da localização no andar térreo,
sugere-se a instalação de elevadores e/ou monta cargas específicos. Seu projeto, suas instalações
e suas áreas circundantes devem facilitar as operações de manutenção e jimpeza, evitar as
contaminações ambientais e impedir a entrada e/ou proliferação de animais, pássaros, insetos,
roedores e demais pragas.
A4) - CONFIGURAÇÃO GEOMÉTRICA
Tecnicamente, a forma mais indicada é a retangular, desde que o comprimento não exceda mais
de 1,5 a 2 vezes a largura e os cantos entre pisos e paredes sejam arredondados. Esta forma, além
de propiciar melhor disposição dos equipamentos, minimiza caminhadas supérfluas e conflitos
de circulação, reduz as fases operacionais, facilita a higienização e a supervisão dos trabalhos. A
configuração das áreas de preparação dos alimentos deve propiciar um fluxo linear, sem
cruzamento de atividades entre os vários gêneros de alimentos. Se não houver áreas separadas
para os vários gêneros, deve existir no mínimo um local para pré-preparo (produtos crus), um
local para preparo final (produção quente e produção fria), além das áreas de retorno de bandejas
sujas e área de lavagem de utensílios, evitando a contaminação cruzada. Importante observar que
as áreas de tráfego devem ter no mínimo 1,5m, sendo recomendado cerca de O,90m de espaço
entre os equipamentos e 1,20m distante das panelas a vapor. Evitar degraus, adotando rampas
com revestimento antiderrapante
45
A5) - ILUMINAÇÃO
A iluminação deve ser distribuída uniformemente pelo ambiente, garantindo boa visibilidade,
livre de ofuscamentos, sombras, cantos escuros, reflexos fortes e contrastes excessivos. Deve
incidir numa direção que não prejudique os movimentos nem a visão dos manipuladores. A
iluminação mais recomendada é a natural. A iluminação artificial, quando necessária, deve ser de
natureza tal que não altere as características sensoriais (visuais) dos alimentos. As lâmpadas e
luminárias devem possuir sistema de segurança contra explosão e quedas acidentais. Não é
recomendável que sejam instaladas sobre linha de produção ou transporte de insumos e produtos.
Devem estar limpas e em bom estado de conservação. Todo o sistema elétrico deve apresentar-se
em bom estado de conservação e possuir conexões isoladas que possibilitem a limpeza.
Recomenda-se seguir os padrões indicados a seguir para cada área:
• Áreas de inspeção = 1000 lux
• Áreas de processamento = 250 lux
• Outras áreas = 150 lux
NOT A: Cálculo da Intensidade de Iluminação:
LUX
lLUX
= Intensidade de Iluminação
= 1 LUMEM/m2
LUMEM = fluxo luminoso
W = potência instalada em Watts
O = fluxo luminoso (lumem)
E = intensidade desejada em LUX
A = área a ser iluminada
N = eficiência de distribuição do fluxo sobre a área (= 0,5)
Fator de correção = p/compensar a perda de fluxo luminoso da lâmpada quando velha (= 1,25)
FÓRMULA: => => O = E x 1,25 x A
N
LÂMPADA INCANDESCENTE: (de tungstênio) = 10 lumem/watt
LÂMPADA FLUORESCENTE OU VAPOR DE MERCÚRIO ....................... = 50 lumem/watt
Exemplo: E = 1000 LUX e A = 50 m
2
, logo:
O = E x 1,25 x A = 1000 x 1,25 x 50
N 0,5
=> O = 125.000 lumcm
No caso de adotar-se lâmpada fluorescente (= 50 lumem/watt):
W = 125000 lumem = 2.500 Watts = 50 lâmpadas fluorescentes
50 lumem/watt
A6) - VENTILAÇÃO, TEMPERATURA E UMIDADE
A ventilação deve ser adequada para proporcionar a renovação do ar, remover o ar viciado,
garantir o conforto térmico e manter o ambiente livre de fungos, gases, fumaça, gordura e
condensação de vapores. O conforto térmico pode ser garantido por aberturas de paredes
(janelas) que permitam a circulação natural do ar, com área equivalente a 1/8 da área do piso.
Quando este conforto não puder ser assegurado por meio natural, o mais indicado é recorrer a
meios artificiais. Nas áreas de manipulação e produção, a circulação de ar deve ser assegurada
por meios naturais ou por equipamentos bem conservados e devidamente dimensionados, através
de sistemas de insuflação de ar, controlado por filtros, ou sistemas de exaustão, não sendo
permitido o uso de ventiladores, aparelhos de ar condicionado e c1imatizadores com aspersão de
neblina. Nestas áreas, o fluxo de ar deve ser direcionado da área limpa para a área suja. Cabe
ressaltar que o ar condicionado, o ventilador e o climatizador com aspersão de neblina são
equipamentos que não atendem a estes requisitos e portanto não devem ser utilizados nas áreas
de processamento e manipulação de alimentos. Para operações em Unidades de Alimentação,
considera-se compatível uma temperatura de 22° a 26°C com umidade relativa de 50 a 60%.
A7) - COR
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) determina as cores que devem ser usadas
nos locais de trabalho para prevenir acidentes:
• o vermelho é usado para distinguir e identificar equipamentos e aparelhos de proteção e
combate a incêndio, sendo muito usado nas áreas de alarme, hidrantes, extintores de incêndio
e portas de saída de emergência;
• o amarelo é utilizado para indicar cuidado e atenção, sendo comum em parapeitos, corrimões,
portas baixas de escadas, etc.
• o verde indica segurança, sendo usado em caixas e equipamentos de socorro de urgência,
quadro de avisos e exposição de cartazes e
• o branco é empregado em áreas de bebedouros, áreas de armazenagem e zonas de segurança.
Para as instalações das Unidades de Alimentação e Nutrição deve-se a utilizar cores claras, como
branco, creme, areia e outras.
A8) - SONORIZAÇÃO
A sonorização é um fator importante a ser considerado nos projetos das Unidades de
Alimentação e Nutrição, devido sua interferência no comportamento e produtividade dos
funcionários.
A partir deste conhecimento, deve-se observar:
• Evitar ecos, ou seja, as paredes, quando paralelas, não devem ficar a mais de 17m de distância
entre si, pois a produção de eco é facilitada a partir desta distância;
• Evitar projetos com formas circulares ou côncavas, por concentrarem e conduzirem o som;
• Evitar formas triangulares, com equipamentos distribuídos nos vértices do triângulo;
• Não instalar equipamentos nos cantos ou junto às paredes, a fim de evitar reflexão de som;
• Empregar materiais acústicos e isolantes para o teto e as paredes;
• Aplicar material isolante nas bancadas de inox, antes de sua fixação;
• Dar preferência a equipamentos silenciosos e carros que se movam sob rodízios de borracha;
• Instalar sistema de som (música ambiente), que ajude a diminuir ruídos provocados pelos
r-. equipamentos e trabalhadores.
47
A9) - PISO E RALOS
O piso deve ser de cor clara e mantido em bom estado de conservação, ou seja, livre de defeitos,
rachaduras, trincas e/ou buracos. Deve ser constituído de material liso, antiderrapante,
impermeável, lavável, resistente ao tráfego e ao ataque de substâncias corrosivas, e ainda ser de
fácil higienização (lavagem e desinfecção), não permitindo o acúmulo de alimentos ou sujidades.
O piso deve ter inclinação suficiente para o escoamento de água em direção aos ralos, não
permitindo que a mesma fique estagnada. Em áreas que permitam sua existência, os ralos devem
ser sifonados, para impedir a entrada de roedores, e devem possuir grelhas com proteção telada
ou outro dispositivo adequado, que permita seu fechamento. Deve-se garantir ralos e grelhas em
número suficiente ao escoamento dos líquidos e que estejam ligados a rede de esgotos.
AIO) - PAREDES E DIVISÓRIAS
As paredes devem ter acabamento liso, em cores claras, com características duráveis,
impermeáveis, resistentes a limpezas frequentes e isentas de fungos e bolores. Devem ter ângulos
arredondados no contato com o piso e teto, de preferência com raio mínimo de 5 em, para
facilitar a limpeza. Quando azulejadas devem ser revestidas até a altura mínima de 2 metros, em
bom estado de conservação, devendo estar livres de falhas, rachaduras, umidade, bolor e
descascamentos. No caso deste tipo de revestimento, deve ficar no mesmo nível da. parede, sem
nenhum vão e, se for utilizada divisória, não devem possuir vazios internos, para evitar presença
de pragas. Indica-se a aplicação de cantoneiras e barras nos locais de movimentação dos carros
para aumentar a resistência do material de revestimento.
All) - PORTAS E JANELAS
As portas devem ser de cores claras e possuir superfícies lisas, não absorventes e de fácil
limpeza. Devem ainda, ser bem ajustadas aos batentes e ter fechamento automático, abertura
máxima de I em do piso e proteção inferior nos rodapés.
As entradas principais e acessos às câmaras frigoríficas devem ter mecanismos de proteção
contra insetos e roedores, podendo-se utilizar cortinas de ar para estes fins.
As janelas devem ter telas milimétricas, superfícies lisas e laváveis, bom estado de conservação,
ausência de falhas de revestimento e ajustes perfeitos aos batentes. Devem ser fixas e utilizadas
preferivelmente para iluminação. As janelas devem estar protegidas de maneira a não permitir a
penetração direta do sol sobre os alimentos, superfície de trabalho ou equipamentos mais
sensíveis ao calor. Quando usadas para ventilação, estas e outras aberturas devem estar
localizadas na parte superior das paredes, uma vez que o ar quente tende a subir, ressaltando-se
também a necessidade da instalação de telas.
As telas devem ser mantidas em bom estado de conservação, serem facilmente removíveis para
limpeza e possuírem abertura menor ou igual a 2 mm.
A12) - FORROS E TETOS
O teto deve ser isento de vazamentos e goteiras. Deve-se evitar a utilização de telhas que
permitam a ocorrência de respingos. O acabamento deve ser liso, impermeável, lavável, em cor
clara e em bom estado de conservação. O forro deve ser livre de trincas, rachaduras, umidade,
bolor e descascamentos. Deve estar em perfeitas condições de limpeza e não deve possuir
aberturas que não estejam protegidas com tela milimétrica ou material similar, removível para
limpeza. Entre as paredes e o teto não devem existir aberturas e/ou bordas que propiciem a
entrada de pragas e formação de ninhos. O pé direito normal é de 3 m no térreo e 2,7 m nos
andares superiores. Recomenda-se que estruturas aéreas e/ou subterrâneas, quando existentes,
sejam de fácil limpeza.
A13) - INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS, CAIXAD' ÁGUA E ABASIECIMENTO DE ÁGUA
O abastecimento de água potável deve estar ligado à rede pública, ou outra fonte com
potabilidade atestada. Em ambos os casos, a potabilidade deve ser atestada através de laudo de
análise periódica, válido por 6 meses.
A água para consumo deve ser Iímpida, transparente, insípida e inodora.
A água utilizada para o consumo direto, ou no preparo dos alimentos, deve ser controlada,
independente das rotinas de manipulação dos alimentos.
A existência de reservatório de água é obrigatória.
O reservatório de água deve ser provido de superfície lisa, impermeável, feita de material
atóxico, inodoro e resistente aos produtos e processos de higienização; ter capacidade e pressão
suficientes e fácil acesso para higienização e inspeção; isento de rachaduras, livre de infiltrações
e deve ser mantido sempre tampado. Além disso, deve ser limpo e desinfetado nas seguintes
situações:
>- quando for instalado
>- a cada 6 meses
>- na ocorrência de acidentes que possam contaminar a água (animais, sujeira, enchentes)
Para higiene (lavagem e desinfecção) dos reservatórios, devem ser utilizadas metodologias oficiais.
É permitida a utilização de sistema alternativo de abastecimento de água isolada ou integrada
com o sistema público, porém somente após a outorga da licença concedida pela autoridade
sanitária competente.
As águas de poços, minas e outras fontes alternativas, para serem usadas, devem estar livres de
risco de contaminação (fossa, lixo, pocilga) e devem ser submetidas a tratamento de desinfecção,
de acordo com orientação da Vigilância Sanitária local.
Independente do tipo de fonte de abastecimento, após a desinfecção da água e/ou do reservatório,
deve-se realizar a análise bacteriológica da água, em laboratório próprio ou terceirizado.
O vapor, quando utilizado em contato com produtos ou superfícies que entram em contato com
alimentos, não pode representar riscos de contaminação.
O gelo para utilização em alimentos deve ser fabricado com água potável, de acordo com os
Padrões de Identidade e Qualidade vigentes.
49
A14) - OUTRAS CONDIÇÕES ESTRUTURAIS
As áreas das Unidades de Alimentação devem contar com suprimento adequado de eletricidade
monofásica e trifásica; gás; água tratada (fria e quente) e esgoto.
Os dejetos devem ter ligação direta com a rede de esgoto ou, quando necessano, devem ser
tratados adequadamente para serem eliminados de acordo com recomendações do órgão
governamental competente.
A caixa de gordura e a de esgoto não podem localizar-se no interior das áreas de processamento
de alimentos. Devem possuir dimensão compatível ao volume de resíduos, apresentando-se em
adequado estado de conservação e funcionamento.
Quando forem necessárias reformas civis, devem ser executadas fora do horário de preparo dos
alimentos ou de forma que não cause a contaminação destes.
B) - ÁREAS DA UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO (UAN)
Essas áreas devem seguir uma linha racional de produção, obedecer a um fluxo coerente e evitar
cruzamentos entre as atividades. Na total impossibilidade de áreas separadas para cada gênero,
deve-se prever no mínimo um local para preparo de produtos crus e outro para produtos prontos.
Além disso, as áreas devem impedir a contaminação cruzada entre alimentos e/ou utensílios
limpos e o retorno de utensílios sujos.
Bl) - ÁREA PARA RECEBIMENTO DE MERCADORIAS
A UAN necessita de área própria para o recebimento de mercadorias situada, de preferência, em
áreas externas ao prédio, e próximo à estocagem. Esta deve ser de fácil acesso aos fornecedores e
ser provida de plataforma de descarga, rampa e marquise para proteção dos produtos na hora da
entrega. Não deve existir cruzamento de matérias-primas C lixo. Recomenda-se que esta área
tenha pia para pré-higiene dos vegetais e outros produtos.
B2) - ÁREA DE INSPEÇÃO, PESAGEM E HIGIENIZAÇÃO DE MERCADORIAS
Este local constitui-se num prolongamento da plataforma de descarga, evitando-se as áreas de
circulação. Recomenda-se que esta área disponha de espaço suficiente para acomodar a
mercadoria no momento do controle e que seja aparelhada com balança tipo plataforma, carros
para transporte e tanques ou calhas para pré-higiene das verduras e frutas antes do seu
armazenamento. Recomenda-se a existência de um esguicho de pressão para auxiliar nestes
procedimentos. Neste caso, o esguicho deve ser dotado de suporte adequado para guardar a
mangueira longe do piso, quando fora de uso.
B3) - ÁREA PARA ARMAZENAMENTO À TEMPERATURA AMBIENTE
Para esta área, são importantes as seguintes condições e características:
• Porta única, larga e alta, simples ou em seções, dotadas de fechamento automático;
• borracha de vedação na parte inferior das portas (protetores contra insetos e roedores);
• piso em materiallavável e resistente;
• ausência de ralos para o escoamento de água;
• boa iluminação;
• ventilação, cruzada ou mecânica, que permita ampla circulação de ar entre as mercadorias;
• janelas e aberturas dotadas de telas milimétricas;
• temperatura não superior a 26°C;
• umidade relativa do ar em torno de 50 a 60%;
• inexistência de tubulações de água e de vapor;
• prateleiras localizadas a 25cm do piso, com profundidade não superior a 45cm e dispostas de
forma que os alimentos fiquem distantes 45cm (depósito) ou no mínimo lOcm (despensa) da
parede e 60cm do forro;
• estrados pl sacarias, móveis ou fixos, fenestrados, cl pés protegidos com canoplas, elevados
do piso no mínimo 25cm quando fixos, instalados de forma que os produtos fiquem distantes
40cm da parede e 60cm do forro, recomendando-se que sejam de material liso, resistente,
impermeável e lavável;
• locais distintos para armazenagem de produtos de limpeza, higiene, perfumaria, outros
produtos químicos e descartáveis, separados dos alimentos.
A dimensão da área deve ser compatível com o volume a ser armazenado, isolado por barreiras
físicas do ambiente externo e das demais áreas com atividades distintas.
51
Nesta área não devem existir equipamentos (refrigerador, freezer, aquecedor, tubulações de água,
vapor, etc.) que possam alterar as condições térmicas ambientais ou a umidade relativa do ar, o
que pode interferir na qualidade e nas condições sensoriais dos alimentos. A mesa do estoquista
pode permanecer nesta área desde que não interfira no controle de qualidade dos alimentos e/ou
no fluxo de armazenamento.
B4) . ÁREA PARA ARMAZENAMENTO À TEMPERATURA CONTROLADA
Esta área destina-se à estocagem de gêneros perecíveis ou rapidamente deterioráveis em
temperatura ambiente. Devido à diversificação das características dos alimentos utilizados,
recomenda-se a instalação de câmaras frigoríficas ou refrigeradores em número suficiente para
atender a conservação de:
• pescados e seus produtos manipulados • até 2°C
• carnes e aves refrigeradas, seus produtos manipulados • até 4°C
crus e alimentos prontos
• sobremesas, massas, frios, laticínios e sucos • até 8°C
• hortifrútis e ovos • até 10°C
,
E importante ressaltar que o ideal é que estes gêneros sejam armazenados separadamente, sempre
observando-se o seu prazo para consumo. Entretanto, no caso de possuir apenas 1 (uma) câmara
ou refrigerador, a temperatura deve ser regulada para. o alimento que requeira a menor
temperatura.
A necessidade da instalação de freezer ou câmara de congelamento (-5°C/-18°C) varia de acordo
com as facilidades de abastecimento, frequência de uso e quantidade adquirida.
É importante que as câmaras apresentem as seguintes características:
• antecâmara para proteção térmica;
• revestimento de materiallavável e resistente;
• nível do piso igual ao da área externa, p/ facilitar o transporte de mercadorias pelos carros;
• inexistência de ralos internos, mesmo quando sifonados;
• termômetro, tipo mostrador, permitindo a leitura pelo lado externo;
• interruptor de segurança localizado na parte externa da unidade refrigerada, com lâmpada
piloto indicadora da condição "ligado-desligado";
• prateleiras em aço inox, ou outro material apropriado, que mantenham distância mínima de
25cm do piso e 60 em do forro e de preferência moduladas(flexibilidade p/ novos arranjos);
• porta hermética, revestida em aço inox ou outro material adequado, com ferragens cromadas e
dispositivos de segurança que permitam abertura por dentro;
• sensor de temperatura do ar interno, instalado no local mais quente da câmara.
BS) - ÁREA PARA PRÉ-PREPARO E PREPARO
As operações preliminares de confecção são realizadas nesta área, comumente subdivida em:
• preparação de carnes;
• preparação de verduras e frutas;
• preparação de massas e sobremesas e
• outras preparações.
É importante que estas áreas disponham de pia com sistema completo para higienização das
mãos, conforme descrito no capítulo lU - Higiene dos Manipuladores.
B.S.1) - Área para a preparação de carnes vermelhas, aves e pescados:
Independente do número de refeições, esta é uma área necessária a qualquer Unidade de
Alimentação e deve dispor de pelo menos uma bancada com tampo de inox ou outro material
adequado para manipulação das carnes e um balcão com cuba, onde devem ser dispostos os
equipamentos necessários. As bancadas devem ser dispostas de modo a impedir o cruzamento
das atividades. O ideal é que seja climatizada entre 12°C a 18°C.
B.S.2) - Área para preparação de hortifrutis:
Esta área deve ser dotada de bancada com tampo de inox ou outro material adequado; cubas
suficientes para a correta lavagem, desinfecção e enxágue dos vegetais; mesas de apoio e local
para dispor todos os equipamentos necessários.
B.S.3) - Área para preparação de massas e sobremesas:
Deve possuir bancada com tampo de inox ou outro material adequado (liso, impermeável e de
fácil higienização); cubas, mesas de apoio, tampo de mármore e local para dispor os
equipamentos.
B.S.4) - Área para outros preparos:
No caso de previsão de refeições como lanches, desjejum, café e dietas, devem ser planejadas
áreas específicas para estes fins. Para o dimensionamento da quantidade, tamanho e tipos de
cubas, balcões e equipamentos da área de processamento, deve-se considerar o número de
refeições, padrões de cardápios, sistema e modalidade de distribuição, entre outros fatores, de
modo que não ocorra cruzamento das atividades.
B~-ÁREAPARACOCÇÃO
A área destinada para cocção deve situar-se entre as áreas de preparos prévios e a expedição das
preparações. Os equipamentos necessários a esta fase devem ser organizados segundo um fluxo
racional e apoiados sobre balcões específicos. Nesta área devem permanecer apenas os
equipamentos destinados ao preparo de alimentos quentes, não devendo ter refrigeradores ou
congeladores porque o calor excessivo compromete o funcionamento de seus motores e
consequentemente a garantia da temperatura específica de cada gênero. É importante que esta
área disponha de uma pia com sistema completo para higiene das mãos.
B7) - ÁREA PARA HIGIENIZAÇÃO DE MÃOS
Em todas as áreas de manipulação devem existir locais específicos para higienização das mãos
(lavagem e antissepsia). Esses locais devem contar com:
• lavatórios exclusivos para higiene das mãos;
• água corrente, de preferência quente a 42°C, com misturador quente / frio;
• torneiras acionadas por pedalou outro meio não manual;
•. saboneteiras específicas para sabão líquido e para antisséptico alcoólico (álcool gel 70% ou
similar) ou apenas uma para sabão antisséptico;
• suporte para papel toalha não reciclado ou outro equipamento adequado para secar as mãos (ar
quente);
• cesto com tampa acionada sem o uso das mãos, para descarte dos papéis usados.
53
Na ausência de lavatórios em cada área de manipulação, é imprescindível a instalação de pelo
menos um lavatório em ponto estratégico em relação ao fluxo de preparação dos alimentos.
NOTA:
Devido ao alto risco de contaminação qumuca dos alimentos, NÃO deve existir sabão e/ou
antisséptico para higiene das mãos nas pias e bancadas utilizadas para manipulação e preparo de
alimentos.
B8) - ÁREA PARA EXPEDIÇÃO DAS PREI>ARAÇÕES
Nos casos onde o refeitório é adjacente à cozinha, as refeições podem sair da área de cocção
diretamente para a área de distribuição, através de carros transporte ou de "pass-through", para
abastecimento do balcão de distribuição. Caso contrário, faz-se necessária a existência de uma
área específica para expedição das preparações antes destas atingirem sua etapa final de
distribuição local ou transportada.
B9) - ÁREA PI IllGIENIZAÇÃO DE UTENSÍLIOS USADOS NO PROCESSAMENTO
Deve ser separada e isolada da área de processamento, de preferência, delimitada por parede
completa, porém sem prejuízo de iluminação e ventilação. Conforme o volume de refeições,
justifica-se a instalação de esguicho de pressão cl suporte pl mangueira. É importante possuir:
• suprimento de água quente e fria;
• sistema de drenagem bem dimensionado;
• local para dispor os utensílios que aguardam higienização;
• cubas profundas e
• local para guarda do material após a higienização.
O retorno de utensílios sujos NÃO deve oferecer fiSCO de contaminação aos que já foram
higienizados e guardados.
BlO) - ÁREA PARA DISTRIBUIÇÃO DAS REFEIÇÕES
O dimensionamento desta área está relacionado ao tipo ou modalidade de distribuição oferecida à
clientela, bem como ao padrão de atendimento. Deve ter as mesmas características estruturais
descritas para as áreas de processamento e deve contar com equipamentos adequados que
atendam as características dos sistemas eleitos.
Bll) - ÁREA DE CONSUMAÇÃO I REFEITÓRIO I SALÃO DE REFEIÇÕES
A diversidade de salões por tipo de clientela ou turma de trabalho deve ser analisada de acordo
com a política de cada empresa. Independente disso, no refeitório deve haver espaço suficiente
para mesas e cadeiras com perfeita circulação entre elas. O refeitório deve ter as mesmas
características estruturais descritas para as áreas de processamento, inclusive para instalação de
lavatórios, e deve contar com equipamentos adequados que atendam as características dos
sistemas eleitos. Os equipamentos que podem permanecer nos refeitórios são: balcão térmico
(água entre 80°C a 90°C); estufa ou pass-trough (ambos, 65°C ); balcão refrigerado (pl manter os
alimentos até 1QOC); equipamentos pl guarda e apoio de utensílios de mesa; refresqueiras,
cafeteiras, bebedouros e geladeira pl bebidas.
Os ornamentos e plantas não devem propIcIar contaminação dos alimentos. As plantas não
devem ser adubadas com adubo orgânico e não devem estar entre o fluxo de ar e os alimentos,
nem próximo a eles (sobre balcão de distribuição e/ou mesas dos usuários).
Permite-se a existência de ventiladores no refeitório desde que o fluxo de ar não incida
diretamente sobre os ornamentos, plantas e alimentos.
B12) - ÁREA I>ARA HIGIENIZAÇÃO DE BANDEJAS E UTENSÍLIOS DE MESA
Recomenda-se que esta área seja adjacente ao refeitório, comunicando-se com este através de
guichê para recepção de material usado. O ideal é que o "lay-out" desta área esteja de acordo
com o sistema de distribuição eleito, de modo que possua local e equipamentos adequados para
eficaz higienização dos utensílios usados no refeitório. Dependendo do número de refeições
justifica-se a instalação de esguicho de pressão com suporte para mangueiras. O planejamento
deve prever local para guarda dos utensílios após a higienização de modo que os utensílios sujos
não entrem em contato com os limpos, nem com os alimentos. Cabe ressaltar que o sistema de
devolução de utensílios e o sistema de distribuição não devem oferecer riscos de contaminação
cruzada.
B13) - ÁREA PARA SALA DA ADMINISTRAÇÃO
É importante que esta área esteja situada em local estratégico, que facilite a supervlsao das
operações do processamento das refeições. A colocação de piso em nível mais elevado que o da
área em que está situada a produção, bem como um visor em toda a extensão da sala, a partir de
um metro do piso, facilitam a supervisão do ambiente e das operações de processamento.
B14) - ÁREA PARA DESCARTE DE EMBALAGENS
É importante a existência de uma área externa destinada à guarda de caixotes, latas, vidros e
outras embalagens vazias, retornáveis ou não, para serem armazenadas até que sejam removidas
ou descartadas, fora de contato com o piso.
BIS) - ÁREA PARA DEPÓSITO DE LIXO
Esta área deve ser localizada em ponto que facilite a remoção diária do lixo, ter dimensão
compatível com as quantidades geradas, ser fechada e revestida de material lavável. É importante
que seja dotada de esguicho de pressão com água fria e quente para limpeza dos latões e do
próprio local e ralo ligado a rede de esgoto. Estas instalações devem ser projetadas no sentido de
evitar o acesso de pragas ao lixo e de evitar a contaminação dos alimentos, da água potável, do
equipamento, do edifício ou das vias de trânsito e de acesso local. O ideal seria substituir esta
área por unidade refrigerada a 1Q0e.
B16) - ÁREA PARA GUARDA DE BOTIJÕES DE GÁS (GLP)
De acordo com as diretrizes da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), esta área de
armazenagem, incluindo os recipientes de GLP e seus acessórios, deve ser delimitada para
assegurar exclusividade à área e proteção aos elementos da instalação. A delimitação deste local
deve ter cerca de tela, grades vazadas ou outros processos construtivos que, além de evitar a
transposição de pessoas estranhas à instalação, permitam e assegurem a constante ventilação
desta área.
ss
B17) - ÁREA PARA DEPÓSITO E HIGIENIZAÇÃO DO MATERIAL DE LIMPEZA
Os materiais e objetos de limpeza, tais como vassouras, rodos, esfregões, panos de chão, baldes e
outros, devem ser higienizados e guardados em área própria, de maneira que não provoquem a
contaminação de alimentos, utensílios, equipamentos, etc. Para tal, esta área deve ser exclusiva e
possuir tanque provido de água quente e fria.
B1S) - ÁREA PARA INSTALAÇÕES SANITÁRIAS E VESTIÁRIOS
Devido à. importância da higiene corporal na preservação do grau de higiene dos alimentos,
recomenda-se que as instalações sanitárias e vestiários, sejam exclusivos à equipe que trabalha na
UAN.
Devem ser adequadas, apresenta-se em bom estado de conservação, separadas para ambos os
sexos, com vasos sanitários sifonados que possuam tampas, bem como mictórios com descarga
automática e lavatórios nas seguintes proporções:
• I (uma) bacia sanitária com tampa e descarga em bom estado de conservação e
funcionamento, I (um) mictório, I (um) lavatório e 1 (um) chuveiro para cada 20 empregados
do sexo masculino;
• 1 (uma) bacia sanitária com tampa e descarga em bom estado de conservação e funcionamento
, 1 (um) lavatório e '1 (um) chuveiro para cada 20 empregados do sexo feminino.
Cabe ressaltar que as instalações sanitárias devem ter papel higiênico sempre disponível e lixeira
com tampa e acionamento sem contato manual para descarte de papel higiênico.
Os vestiários devem ter 1 (um) armário para cada funcionário, devendo estar organizados de
forma a prevenir a contaminação dos uniformes e dispostos de modo a permitir a higienização do
local. Os calçados, também devem ser dispostos em local limpo e organizado, prevenindo a
contaminação de uniformes, roupas de uso pessoal e demais objetos.
As instalações sanitárias e os vestiários devem estar providos com água corrente e serem
conectados à rede de esgoto (ou fossa aprovada). O piso deve ser de material liso, resistente,
impermeável e de cor clara. As paredes devem ser revesti das com material liso, impermeável, de
cor clara:
• até a altura mínima de 1,5 metros, para os vestiários,
• e até 2 metros para os sanitários.
Estas áreas devem ser bem iluminadas e ventiladas. As aberturas para ventilação devem ser
teladas. As portas devem ter molas, ou outro sistema para fechamento automático, e protetores
inferiores contra insetos e roedores.
Os sanitários e vestiários não podem ter comunicação direta com as áreas de
produção/armazenagem e refeitórios. Devem dispor de sistema completo para higienização das
mãos, conforme descrito no item B7 deste capítulo. Ressalta-se que devem possuir, junto aos
lavatórios, coletores com tampa acionados sem contato manual, revestidos com sacos plásticos
para o descarte exclusivo de papéis toalhas usados para a higienização das mãos, quando for este
O método usado para secagem.
C) - EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS
o dimensionamento dos equipamentos e utensílios tem relação direta com o número de
refeições, padrão de cardápio e sistema de distribuição.
É importante verificar com cuidado os materiais empregados na fabricação dos equipamentos e
utensílios, os quais devem ser dotados de superfícies lisas, resistentes, não absorventes, de fácil
limpeza e desinfecção e de cor clara; livres de bordas, rebarbas e reentrâncias que dificultem a
limpeza; 'sem gotejamento de gordura; livres de porcas, parafusos ou partes móveis que possam
cair acidentalmente no alimento; isento de acúmulo de gelo e com manutenção programada e
periódica. Quando pintados, a tinta deve ser de boa aderência e não entrar em contato direto com
o alimento.
Cl) - EQUIPAMENTOS
Devem ser localizados no espaço de trabalho, obedecendo ao fluxo operacional e proporcionando
fácil acesso aos mesmos, com entorno livre de modo a garantir seu perfeito funcionamento, a
circulação de ar e dos operadores, a manutenção, a higienização e o controle de pragas. Devem
possuir dispositivos de proteção e segurança, de modo a minimizar ruídos e prevenir acidentes,
lembrando a necessidade de assegurar a perfeita adaptação às dimensões corporais do
manipulador.
Os equipamentos para conservação dos alimentos devem possuir capacidade adequada (cadeia
quente e fria), termômetros visíveis bem regulados, manutenção constante e cores claras.
De modo geral, os equipamentos devem estar regulados de modo a garantir aos alimentos
temperaturas de segurança:
NA CADEIA FRIA NA CADEIA QUENTE
Câmara Frigorífica ou Refrigerador: Balcão Térmico para Distribuição:
• até 2°C • a 65°e ou mais, com água mantida entre
• até 4°e 800
e a 90o
e, trocada diariamente
• até s-e
• até 10°C
Freezer: Equipamento para Etapa de Espera:
• de -5°C a -18°C, ou inferior (Estufa, Pass-through, Carros isotérmicos)
• a 65°e ou mais
Balcão Frio para Distribuição: Lavadora de louça:
• até 10°C • lavagem = 55°C a 65°C
• enxágue = 80°C a 90°C
NOTAS:
1. Os fornos devem, sempre que possível, possuir termostato para controlar a temperatura
externamente, de modo a garantir a obtenção da temperatura correta de cocção.
2. As câmaras frigoríficas ou de congelamento devem obedecer aos critérios determinados no
item B 4 deste capítulo.
3. O sistema de. exaustão deve ser bem dimensionado e mantido em boas condições de
funcionamento.
57
C2) - MÓVEIS
Mesas, bancadas, prateleiras e estrados devem ser dimensionados em número suficiente à
natureza dos serviços prestados. Estes móveis devem ser de material liso, resistente, lavável e
impermeável.
As prateleiras da cozinha, do estoque e das câmaras devem ser, de preferência, de aço inox ou
alumínio polido ou ainda de plástico (cloreto de polivinila sem cádmio, sintético e superfície
lisa) específico para este fim.
Os estrados podem ser móveis ou fixos. Quando fixos, devem ser elevados do piso no mínimo
25cm.
As prateleiras devem estar localizadas distantes 25cm do piso. Recomenda-se que a profundidade
não seja superior a 45cm.
Para ambos devem ser observados a instalação distantes da parede, facilitando as operações de
limpeza e controle de pragas.
C3) - UTENSÍLIOS
Os utensílios devem cumprir requisitos importantes para manipulação de alimentos, ou seja,
devem ser constituídos de material atóxico, com superfícies lisas que não sejam atacadas pelo
produto e não permitam o acúmulo de resíduos.
Em relação aos utensílios de mesa (talheres, pratos, etc.) deve-se dimensioná-los em quantidade
superior ou igual ao número de refeições servidas, independente de serem lavados manual ou
mecanicamente.
Os utensílios de preparação devem ser dimensionados em quantidade suficiente de acordo com a
natureza e o volume das operações desenvolvidas.
Os utensílios destinados ao uso de produtos não comestíveis, produtos de limpeza ou produtos
contaminantes, devem ser visivelmente identificados e destinados para uma única finalidade, não
podendo ser utilizados em outras operações.
-- ~
II -A V ALIAÇAO TECNICA
DE FORNECEDORES
-
59
A) - AVALIAÇÃO DE FORNECEDORES
É importante uma avaliação das condições ambientais e operacionais dos estabelecimentos
fornecedores de matérias-primas, produtos semi elaborados ou produtos prontos, através de visita
técnica, como subsídio para a qualificação e triagem dos fornecedores.
No tocante às CONDIÇÕES
ESTRUTURAIS
DEEDIFICAÇÃO,
NORMASDEHIGIENE,PROCEDIMENTOS
OPERACIONAIS
e demais NORMATIVAS
TÉCNICASa serem avaliados, deve-se considerar os
mesmos itens abordados nos diversos Capítulos deste Manual, tendo em vista que os critérios
básicos são os mesmos, tanto para Unidade de Alimentação como para Estabelecimentos
Produtores/ Industrializadores de Alimentos.
Com o objetivo de fornecer informações e recursos para o credenciamento e avaliação do
desempenho de Fornecedores, a ABERC - por meio da CTO - Subcomissão Qualificação de
Fornecedores - desenvolveu um Guia para Qualificação de Fornecedores - Produtos e Serviços-
Para Unidades de Alimentação e Nutrição, ou seja uma ferramenta de apoio para os profissionais
na aquisição de produtos e/ou serviços.
Este trabalho visa estimular uma parceria Cliente/Fornecedor, possibilitando, desse modo,
aumentar o padrão de qualidade dos fornecedores hoje existentes, visto que após a visita técnica,
sugerimos a emissão de um Relatório de Orientações Técnicas, tanto para o setor de Compras
como para o próprio Fornecedor, indicando as correções necessárias para as irregularidades
encontradas, as informações sobre o padrão higiênico-sanitário e as especificações que serão
requeridas e avaliadas a cada entrega ou a cada realização de um serviço, informando e
estimulando o Fornecedor a atingir o padrão desejado.
B) - REQUISITOS MÍNIMOS PARA QUALIFICAR O FORNECEDOR
-"""' O estabelecimento Fornecedor deve apresentar ao Cliente:
• Licença de Funcionamento emitida pela Vigilância Sanitária;
• Razão Social Completa;
• Endereço Completo;
• CNPJ e IE quando aplicável;
• Referência (no mínimo 3) de clientes com telefone e nome para contato.
Recomenda-se, ainda:
~ Classificar os Fornecedores em Grupos, do de acordo com o grau de risco de contaminação
da matéria e/ou serviço oferecido,
~ Utilizar a Lista de Verificação das Boas Práticas de Fabricação em Estabelecimentos
Produtores/lndustrializadores de Alimentos, constante do Anexo II da Resolução ANVISA
275/2004.
61
C) - AVALIAÇÃO TÉCNICA DE PROCEDIMENTOS E PROCESSOS
PRODUTIVOS
Para qualificação dos Fornecedores, além das Condições Ambientais, outros itens devem ser
avaliados, tais como: Técnicas Operacionais: Boas Práticas de Produção, Armazenamento e
Distribuição; Higiene Pessoal, Ambiental e dos Alimentos; Transporte; entre outros. Todos esses
aspectos, após avaliação e qualificação dos fornecedores, devem ser monitorados
constantemente. Resumidamente, os critérios a serem considerados são apresentados a seguir.
Cl) - MANIPULADORES
Os funcionários, nas áreas de produção, devem estar uniformizados, rigorosamente limpos, com
calçados fechados e os cabelos totalmente protegidos. Devem possuir boa apresentação, unhas
curtas, sem esmaltes e sem alianças e outros adornos. Devem ter hábitos higiênicos adequados e
realizar a lavagem cuidadosa das mãos, antes da manipulação de alimentos, após utilização dos
sanitários ou em qualquer mudança de atividade. O estado de saúde do pessoal deve ser
controlado com a realização de exames médicos periódicos. Os procedimentos de HIGIENE
PESSOAL devem estar descritos em manuais específicos (ver capítulo m deste Manual).
C2) - MATÉRIA-PRIMA
A origem da matéria-prima deve ser conhecida, proveniente de fornecedores autorizados através
de visita técnica complementada por análise sensorial, físico-química e microbiológica. Na total
impossibilidade dessa visita técnica, deve-se realizar pelo menos as análises laboratoriais nas
entregas iniciais dos fornecedores, para comprovação das condições higiênico-sanitárias dos
produtos. A matéria-prima deve possuir embalagens com os dizeres de rotulagem adequados e
ser devidamente registrada, quando aplicável, no Ministério da Saúde e/ou Ministério da
Agricultura. Deve-se prever uma área espeéífica para o seu acondicionamento, distinta da área de
produção e expedição. A conservação da matéria-prima deve ser adequada, em condições de
tempo e temperatura, de acordo com a sua natureza, condições tais que garantam a não alteração
e a não contaminação do produto. O empacotamento da matéria-prima deve possuir rotulagem
adequada, embalagens íntegras e prazo de validade visível e respeitado.
C3) - FLUXO DE PRODUÇÃO
As áreas de produção devem possuir locais isolados para pré-preparo e preparo dos alimentos,
com fluxo adequado que evite a contaminação cruzada. Se não houver áreas separadas para os
vários gêneros, deve existir no mínimo um local para produtos crus e outro para produtos
prontos, além de áreas distintas para higienização de utensílios e equipamentos. Devem possuir
ainda, procedimentos definidos e descritos em Manuais de Boas Práticas e Controle de
Processos, apresentando um profissional técnico responsável pela aplicação destas normas.
r=>,
C4) - ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS PROCESSADOS
Os produtos devem ser armazenados em temperatura adequada, de acordo com a sua natureza,
separados por tipo ou grupo, sobre estrados ou prateleiras de fácil higienização, em local limpo e
conservado. (vide capítulo VI deste Manual).
CS) - EMPACOTAMENTO DO PRODUTO FINAL
O produto deve ser empacotado em embalagens íntegras e ser identificado adequadamente, isto é,
com nome; lista de ingredientes (composição); lote; data de fabricação; prazo de validade; razão
social, CNPJ ,endereço completo, país de origem e município, número de registro ou código de
identificação do estabelecimento fabricante junto ao órgão competente, número de registro do
produto no órgão oficial regulamentador (quando pertinente), quantidade (peso) e condições de
armazenamento.
C6) - CONTROLE DE QUALIDADE DO PRODUTO FINAL
Com frequência adequada, devem ser realizadas análises laboratoriais do produto acabado e de
todos os lotes produzidos no estabelecimento.
C7) - VISITANTES
Todas as pessoas que não fazem parte da equipe de funcionários internos das empresas
produtoras ou fornecedoras de alimentos são consideradas visitantes, podendo constituir focos de
contaminação durante os processos produtivos. Portanto, deve-se considerar como visitantes:
• os supervisores,
• consultores,
• fiscais,
• auditores e
..-... • todos aqueles que necessitem entrar nas dependências de um estabelecimento de alimentos.
Para o desempenho de suas funções, os visitantes devem estar devidamente paramentados, isto é,
devem utilizar uniforme fornecido pela empresa, como avental, rede ou outra proteção para os
cabelos e, quando necessário, botas ou protetores para os pés.
Os visitantes não devem tocar nos alimentos, equipamentos, utensílios ou qualquer outro
material interno do estabelecimento. Vale salientar que durante a visita ao estabelecimento, NÃO
devem comer, fumar, mascar goma (chiclete) ou proceder em desacordo com as normas de
higiene dos manipuladores descritas no capítulo 111 deste Manual.
Ainda cabe ressaltar que os visitantes NÃO devem entrar na área de manipulação de alimentos
quando estiverem com ferimentos, gripes, doenças transmissíveis, gastrenterites, ou qualquer
outro quadro clínico que represente risco de contaminação.
63
D) - TRANSPORTE DA MATÉRIA PRIMA, PRODUTOS SEMI
ELABORADOS E PRODUTOS PRONTOS
As normas para o transporte de alimentos estão descritas nesta seção. As determinações são
direcionadas pela Vigilância Sanitária através da Portaria CVS 15 de 07/11/91. Esta Portaria
define as condições dos vários tipos de Transporte:
• Transporte Aberto.
• Transporte Aberto com proteção.
• Transporte Fechado à temperatura ambiente.
• Transporte Fechado isotérmico ou refrigerado.
DI) . PORTARIA CVS 15 DE 7/11/91 . CENTRO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (*OS
INCISOS 7 E 8 DO ARTIGO 10
}'ORAM REVOGADOS PELA PORTARIA CVS 4 DE
21/03/11)
A Diretoria Técnica do Centro de Vigilância Sanitária, à vista do que expressa o artigo 18, inciso
I, alínea "F" do Decreto 26.048/86 e considerando:
• a necessidade de norrnatização do transporte por veículos de alimentos para consumo
humano;
• a necessidade de uniformização das ações de fiscalização dos veículos que transportam
alimentos;
• a necessidade de uma proteção eficaz dos alimentos transportados por veículos, para diminuir
os riscos de contaminação, resolve:
Art. 1°· Normatizar e padronizar o transporte de alimento para consumo humano, na seguinte
conformidade:
1. Os meios de transporte de alimentos destinados ao consumo humano, refrigerados ou não,
devem garantir a integridade e a qualidade a fim de impedir a contaminação e
deterioração do produto.
2. É proibido manter o mesmo continente, ou transportar no mesmo compartimento de um
veículo, alimentos e substâncias estranhas que possam contarniná-Ios ou corrornpê-los.
3. Excetuam-se da exigência do item anterior, os alimentos embalados em recipientes
hermeticamente fechados, impermeáveis e resistentes, salvo com produtos tóxicos.
4. Não é permitido transportar alimentos conjuntamente com pessoas e animais.
5. A cabine do condutor deve ser isolada da parte que contém os alimentos.
6. No transporte de alimentos, deve constar nos lados direito e esquerdo do veículo, de
forma visível, dentro de um retângulo de 30 em de altura por 60 em de comprimento, os
dizeres: Transporte de Alimentos, Nome, Endereço, Telefone da empresa e Produto
Perecível (quando for o caso).
Art. 2° - Os critérios de higiene no transporte de alimentos devem obedecer aos seguintes
requisitos:
1. O veículo de transporte de alimentos deve ser mantido em perfeito estado de conservação
e higiene.
2. Os métodos de higiene e desinfecção devem ser adequados às características dos produtos
e meios de transportes, aprovados pela autoridade sanitária competente.
3. A limpeza deve ser efetuada com água potável da rede pública ou água tratada com
hipoclorito de sódio a 2,5% (na proporção de 2 gotas/litro permanecendo em repouso por
30 minutos antes de ser utilizada) até remoção de todos os resíduos. No caso de resíduos
gordurosos devem ser utilizados detergentes neutros para a sua completa remoção.
4. A desinfecção deve ser realizada após a limpeza e deve ser efetuada de uma das seguintes
formas, segundo a necessidade:
• desinfecção em água quente: através do contato ou imersão dos utensílios em água
quente a uma temperatura não inferior a 80°C, durante 2 minutos no mínimo.
• desinfecção com vapor: através de mangueiras, à temperatura não inferior a 96°C, e o
mais próximo da superfície de contato, durante 2 a 3 minutos.
• desinfecção com substâncias químicas: estes produtos devem ser registrados no
Ministério da Saúde e usados conforme instruções do fabricante, não deixando
resíduos e/ou odores que possam ser transmitidos aos alimentos.
5. O transporte de produtos perecíveis deve ser de material liso, resistente, impermeável e
atóxico, lavável, aprovado pela autoridade sanitária.
6. O veículo deve possuir dispositivos de segurança que impeçam o derrame em via pública
de alimentos e/ou resíduos sólidos e líquidos durante o transporte.
7. Quando a natureza do alimento assim o exigir deve ser colocado sobre prateleiras e
estrados removíveis, de forma a evitar danos e contaminação.
8. Os materiais utilizados para proteção e fixação da carga (cordas, encerados, plásticos e
outros) não devem constituir fonte de contaminação ou dano para o produto, devendo os
mesmos serem desinfetados juntamente com o veículo de transporte.
9. A carga e/ou descarga não devem representar risco de contaminação, dano ou deterioração
do produto e/ou matéria-prima alimentar.
10.Não é permitido o transporte concomitante de matéria-prima ou produtos alimentícios
crus com alimentos prontos para consumo, se os primeiros representarem risco de
contaminação para esses últimos.
65
II.Não é permitido o transporte concomitante de dois ou mais produtos alimentícios, se um
deles apresentar risco de contaminação para os demais.
12.0s equipamentos de refrigeração não devem apresentar risco de contaminação para o
produto e devem garantir, durante o transporte, temperatura adequada para o mesmo.
13.0s alimentos perecíveis devem ser transportados em veículo fechado, dependendo da sua
natureza:
• sob refrigeração: ao redor de 4°e, não ultrapassando 6°C. (com tolerância até rc ou
de acordo com a legislação local)
• sob resfriamento: ao redor de 6°e, não ultrapassando looe ou conforme
especificação do fabricante expressa na rotulagem.
• sob aquecimento: acima de 65°C. (com tolerância até 60°C ou de acordo com a
legislação local)
• sob congelamento: ao redor de -18°C nunca superior a -15°C. (com tolerância até -
12°C, ou de acordo com a legislação local)
• O transporte de refeições prontas para consumo imediato deve ser realizado em
veículo fechado, logo após o seu acondicionamento, em recipiente hermeticamente
fechado, de material adequado, conservadas à temperatura de acordo com a natureza
do produto: ao redor de 4°C, não ultrapassando 6°C, (com tolerância até rc ou de
acordo com a legislação local) ou acima de 65°C. (com tolerância até 60°C ou de
acordo com a legislação local)
14.0s veículos de transporte sob controle de temperatura devem ser providos
permanentemente de termômetros adequados e de fácil leitura.
Art. 3° - Os meios de transporte de alimentos, não especificados por esta Portaria, devem
cumprir as exigências estabe1ecidas pela autoridade sanitária competente.
Art. 4° - O não cumprimento desta Portaria caracterizará em infração sanitária e deverá ser
punido na forma de legislação vigente.
Art. 5° - Esta Portaria entrará em vigor 60 dias contados a partir da data de sua publicação,
ficando revogadas as Portarias CVS-6, de 6/6/91 e CVS-ll, de 27/8/91.
OBSERVAÇÕES:
1 - A Portaria Estadual (SP) CVS 6 de 10/3/99 determina:
a) "Nenhum alimento deve ser transportado em contato direto com o piso do veículo ou
embalagens ou recipientes abertos."
b) Os critérios de temperatura fixados são para os produtos e não para os veículos.
c) A exigência de veículos frigoríficos fica na dependência do mecanismo de transporte e
das características do produto.
2 - A Portaria Municipal (SP) 2619 de 06/1212011 determina:
• Os procedimentos para a utilização e higienização dos tanques para transporte de alimentos
devem ser descritos em forma de Procedimento Operacional Padronizado.
• Os compartimentos com equipamentos de refrigeração devem ser regulados de forma a
garantir a conservação do alimento que exige a menor temperatura.
• As refeições prontas para consumo devem ser acondicionadas em recipientes de material
sanitário ou embalagens próprias para alimentos devidamente identificados com o nome e
o endereço do estabelecimento produtor, a data de preparo e o prazo de validade.
• É expressamente proibido o transporte de produtos que representem risco à saúde em
veículos que transportem alimentos, matérias-primas, ingredientes e embalagens para
alimentos, mesmo submetidos à lavagem e desinfecção;
• A água potável deve ser transportada segundo os seguintes requisitos:
a) tanque revestido de material anticorrosivo, atóxico, que não altere a qualidade da água,
provido de tampa de inspeção e passagem dimensionada para permitir a entrada de uma
pessoa para higienização;
b) indicador de nível de água, bocal de alimentação provido de tampa hermética e sistema
de drenagem que permita total escoamento da água no seu interior;
c) mangueira utilizada para transferir água do tanque para o reservatório do usuário,
dotada de proteção nas extremidades próprias ao contato com a água, em bom estado de
conservação;
d) tanque higienizado sempre que houver mudança na origem da água e,
obrigatoriamente, a cada 6 meses;
e) para desinfecção, deve ser utilizado produto registrado pelo Ministério da Saúde, com
a concentração e tempo de contato recomendado pelo fabricante;
f) os veículos de transporte de água, assim como os de alimentos, devem estar
identificados.
• Para veículos transportadores de água para consumo humano, devem ser realizadas pela
empresa fornecedora ou transportadora da água, análises de cloro residual livre e pH a
cada carga, no momento da entrega do produto.
67
CARACTERÍSTICAS MÍNIMAS NECESSÁRIAS DOS MEIOS DE
TRANSPORTES DE ACORDO COM O PRODUTO
(ANEXO DA PORTARIA)
TRANSPORTE ABERTO
Tipo de produto:
Leite cru em vasilhames metálicos fechados; bebidas engarrafadas; hortaliças e similares.
Exigências:
• Constituído de material atóxico, de fácil limpeza e desinfecção;
• Não deve ocasionar danos ou deterioração dos produtos.
TRANSPORTE ABERTO COM PROTEÇÃO
Tipo de produto:
Biscoitos; balas e chocolates; cereais e grãos a granel; cereais e grãos pré-embalados, seus
derivados farináceos e alimentos processados à base de grãos e cereais; condimentos, temperos e
especiarias; café; doces em pasta; água mineral pré-envasada; massas alimentícias secas; óleos;
pós para preparo de alimentos e alimentos desidratados; sal; açúcar e adoçantes dietéticos;
alimentos em geral acondicionados em embalagens hermeticamente fechadas (ex.: latas, vidros,
filmes plásticos, tetrabick, etc.); similares.
Exigências:
• Constituído de material de fácil limpeza e desinfecção;
• Protegidos com lona, plástico e outros.
TRANSPORTE FECHADO À TEMPERATURA AMBIENTE (baú, containcrs, outros)
Tipo de produto: »<:
Pão e produtos de panificação; produtos cárneos salgados, curados ou defumados; pescado
salgado ou defumado; produtos de confeitaria; similares.
Exigências:
• Constituído de material atóxico, resistente, de fácil limpeza e desinfecção;
• Imobilidade dos recipientes para garantia da integridade dos produtos.
TRANSPORTE FECHADO, ISOTÉRMICO OU REFRIGERADO
Tipo de produto:
Carnes e produtos cárneos; sucos e outras bebidas a granel; creme vegetal e margarina; alimentos
congelados ou supergelados; sorvetes; gorduras em embalagens não metálicas; produtos de
confeitaria que requeiram temperatura especial de conservação; refeições prontas para o
consumo; similares.
Exigências:
• Constituído de material liso, 'resistente, impermeável e atóxico;
• Conservação: quente = acima de 65°C (com tolerância até 60°C ou de acordo com a
legislação local); refrigerado = 4° a 6°C (com tolerância até rc ou de acordo com a
legislação local); resfriado = 6° a 10°C e/ou conforme especificações do fabricante; e,
congelado = -18°C a -15°C (com tolerância até -J2°C ou de acordo com a legislação
local)
• Termômetros em perfeitas condições de funcionamento;
• Estrados, prateleiras, caixas e ganchos removíveis, para facilitar a limpeza e desinfecção.
,----..,
,
III - HIGIENE DOS MANIPULADORES
69
A) - HIGIENE PESSOAL
Todas as pessoas envolvidas em UAN devem ser conscientizadas a praticar as medidas de
higiene, a fim de proteger os alimentos de contaminações químicas, físicas e microbiológicas.
Devem ser capacitadas periodicàmente em higiene pessoal, manipulações higiênica dos
alimentos, doenças transmitidas por alimentos, entre outros assuntos, devendo ser mantidos
registros destas atividades.
Para otimizar as técnicas de capacitação dos manipuladores, a Comissão Técnica-Operacional
ABERC - Subcotnissão Treinamento - publicou O GUIA ABERC PARA 'Í'IiEINÁMENT() DE
MANIPULADORES.
É importante lembrar que as Unidades de Alimentação e Nutrição, de acordo com a Resolução
RDC n0216/04 da ANVISA, devem implementar os POPs - Procedimentos Operacionais
Padronizados, sendo o item Higiene e Saúde dos Manipuladores um deles.
AI) - HIGIENE CORPORAL
Os funcionários devem observar os seguintes hábitos de estética e asseio:
• tomar banho diariamente;
• lavar e secar bem os pés;
• lavar a cabeça com frequência e escovar bem os cabelos;
• fazer a barba diariamente;
• evitar bigodes e costeletas (se utilizados, devem ser: bem aparados, limpos, não exagerados
e o funcionário deve utilizar protetor específico e descartáve1, que deve ser mantido
corretamente posicionado e trocado frequentemente durante a jornada de trabalho);
• conservar as unhas curtas, limpas e sem esmalte, bem como sem base incolor;
• escovar os dentes após as refeições, bem como ao levantar-se e antes de dormir;
• não utilizar perfumes;
• usar desodorante inodoro ou bem suave;
• não aplicar maquiagem;
• manter a higiene adequada das mãos;
• conservar os uniformes limpos.
71
A2) - HIGIENE DAS MÃOS
Os funcionários devem higienizar as mãos adotando as técnicas adequadas de frequência e
procedimentos. É importante estimular o hábito de lavar as mãos constantemente durante o dia
de trabalho: a cada hora, toda vez que o funcionário entrar no setor e a cada troca de função
durante a operação. Devem ser afixados cartazes de orientação aos manipuladores sobre a correta
lavagem e antissepsia das mãos e demais hábitos de higiene, em locais de fácil visualização,
inclusive nas instalações sanitárias e lavatórios.
A.2.1) - Frequência obrigatória para lavar as mãos:
• quando chegar ao trabalho;
• depois de utilizar os sanitários;
• depois de tossir, espirrar ou assoar o nariz;
• depois de usar esfregões, panos e materiais de limpeza;
• depois de fumar;
• depois de recolher lixo e outros resíduos;
• depois de tocar em sacarias, caixas, garrafas e alimentos não higienizados ou crus;
• depois de pegar em dinheiro ou tocar nos sapatos;
• depois de qualquer interrupção do serviço, especialmente entre alimentos crus e cozidos;
• antes de manipular alimentos;
• antes de iniciar um novo serviço;
• antes de tocar em utensílios higienizados;
• antes de tocar em alimentos já preparados;
• antes e após o uso de luvas;
• toda vez que mudar de atividade e
• cada vez que as mãos estiverem sujas.
A.2.2) - Procedimentos para higienização e antissepsia das mãos:
• umedecer as mãos e antebraços com água;
• colocar sabonete líquido, neutro e inodoro sobre as mãos úmidas;
• utilizar o sabonete em saboneteiras dosadoras;
• demorar, pelo menos, 15 segundos com as mãos ensaboadas;
• enxaguar bem as mãos e antebraços, em água corrente, de preferência quente;
• secar as mãos e antebraços com papel toalha descartável não recic1ado ou ar quente ou
outro meio adequado;
• utilizar antisséptico adequado - álcool gel 70%;
• aplicar o antisséptico sobre as mãos;
• deixar secar as mãos ao ar, naturalmente.
NOTAS TMPORTANTES·
I. Não fazer antissepsia por imersão das mãos.
2. Não utilizar antissépticos sem ter lavado as mãos com água e sabão.
3. Ao utilizar sabão líquido antisséptico, não é necessário realizar a etapa separada de
antissepsia, desde que as mãos permaneçam ensaboadas por 1(um) minuto, no mínimo.
4. Usar produtos antissépticos constituídos por substâncias aprovadas pela legislação vigente.
5. Atentar para o Uso Racional da Água. (ver capítulo VII).
6. As torneiras dos lavatórios devem ter acionamento NÃO manual.
7. É proibido, para fins de antissepsia de mãos, o uso de álcool regularizado como saneante
pela ANVISA.
r:
A.2.3) - Uso de escova para unhas:
Adotando-se o uso de escova p/ unhas, deve-se eleger as de cabo plástico e usá-Ias, no início do
turno de trabalho, na etapa de massagear as mãos c/ sabonete.
Cabe salientar que está comprovado, através de estudos científicos, que o uso contínuo da
escova, durante todo o período de trabalho, promove maior contaminação por Staphylococus
aureus. Portanto, NÃO RECOMENDAMOS A UTILIZAÇÃO DE ESCOVAS PARA UNHAS DURANTE A
MANIPULÀÇÃO DE ALIMENTOS, devido à contaminação por Staphylococcus aureus decorrente da
abrasão da escova com os dedos e à dificuldade de higienização.
No caso da adoção pelo uso de escovas para unhas, o ideal é que sejam de uso individual. Após o
uso, as escovas devem ser bem lavadas, em água corrente, até a total retirada dos resíduos de
sabão, desinfetadas e guardadas secas em local protegido. No caso da adoção de escova de uso
coletivo, além de ser bem lavada e enxaguada a cada uso, deve permanecer imersa em solução
desinfetante para não se tornar um veículo de contaminação entre manipuladores. Além disso, as
escovas para unhas devem ser examinadas periodicamente e desprezadas quando estiverem com
cerdas endurecidas e amassadas.
A3) - UTILIZAÇÃO DE LUVAS
As luvas são utilizadas de acordo com a natureza do serviço, atentando-se para a higienização e
desinfecção das mãos, antes e após o uso das mesmas.
A.3.1) - Uso de luvas descartáveis:
A adoção de luvas descartáveis pode ocorrer quando não for possível utilizar utensílios e sempre
por períodos rápidos. Cabe salientar que se deve usar luvas novas toda vez que se retomar a uma
função previamente interrompida. Deve-se observar o uso de luvas nos seguintes casos:
• na manipulação de alimentos prontos para consumo, que já tenham sofrido tratamento térmico;
• no preparo e manipulação de alimentos prontos para consumo, que não serão submetidos a
tratamento térmico;
• na manipulação de saladas cujas hortaliças já tenham sido adequadamente higienizadas.
NOTA:
Deve-se dispensar o uso de luvas descartáveis quando estas implicarem em risco de acidente de
trabalho, tais como: manuseio de fornos, fogões, fritadeiras, flambadores, cilindros, masseiras e
assemelhados.
73
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf
MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Ficha Técnica de Preparo
Ficha Técnica de PreparoFicha Técnica de Preparo
Ficha Técnica de Preparocrn8
 
Treinamento Manipuladores de Alimentos
Treinamento Manipuladores de AlimentosTreinamento Manipuladores de Alimentos
Treinamento Manipuladores de AlimentosLetícia Gonzaga
 
352466022 fluxogramas-preparo-de-alimentos (1)
352466022 fluxogramas-preparo-de-alimentos (1)352466022 fluxogramas-preparo-de-alimentos (1)
352466022 fluxogramas-preparo-de-alimentos (1)Andreia Oliveira Chahhoud
 
Cálculos em Nutrição Parenteral
Cálculos em Nutrição Parenteral Cálculos em Nutrição Parenteral
Cálculos em Nutrição Parenteral Verneck Silva
 
Saúde do Idoso - Disciplina Processo Saúde Doença e Educação em Saúde.
Saúde do Idoso - Disciplina Processo Saúde Doença e Educação em Saúde.Saúde do Idoso - Disciplina Processo Saúde Doença e Educação em Saúde.
Saúde do Idoso - Disciplina Processo Saúde Doença e Educação em Saúde.luzienne moraes
 
Terapia nutricional no paciente criticamente enfermo
Terapia nutricional no paciente criticamente enfermoTerapia nutricional no paciente criticamente enfermo
Terapia nutricional no paciente criticamente enfermoLarissa Goncalves
 
QUALIDADE DE VIDA geriatria e gerontologia
 QUALIDADE DE VIDA geriatria e gerontologia  QUALIDADE DE VIDA geriatria e gerontologia
QUALIDADE DE VIDA geriatria e gerontologia Stefane Rayane
 
Agente de Geriatria - Cuidados Humanos Básicos
Agente de Geriatria - Cuidados Humanos BásicosAgente de Geriatria - Cuidados Humanos Básicos
Agente de Geriatria - Cuidados Humanos BásicosFrederico Brandão
 
Consulta de enfermagem ao idoso na Atenção Básica
Consulta de enfermagem ao idoso na Atenção BásicaConsulta de enfermagem ao idoso na Atenção Básica
Consulta de enfermagem ao idoso na Atenção BásicaCentro Universitário Ages
 
Aula prevenção de lesão por pressão (LP)
Aula prevenção de lesão por pressão (LP)Aula prevenção de lesão por pressão (LP)
Aula prevenção de lesão por pressão (LP)Proqualis
 
Envelhecimento Ativo - Saúde do Idoso
Envelhecimento Ativo - Saúde do IdosoEnvelhecimento Ativo - Saúde do Idoso
Envelhecimento Ativo - Saúde do IdosoEnfº Ícaro Araújo
 
Aula saude do idoso
Aula saude do idosoAula saude do idoso
Aula saude do idosomorgausesp
 
Nutrientes nos diferentes ciclos da vida
Nutrientes nos diferentes  ciclos da vidaNutrientes nos diferentes  ciclos da vida
Nutrientes nos diferentes ciclos da vidaMarcelo Silva
 
Apresentação saude do idoso coletiva
Apresentação saude do idoso coletivaApresentação saude do idoso coletiva
Apresentação saude do idoso coletivaCarla Couto
 
Aula higienização das mãos
Aula higienização das mãosAula higienização das mãos
Aula higienização das mãosProqualis
 

Mais procurados (20)

Ficha Técnica de Preparo
Ficha Técnica de PreparoFicha Técnica de Preparo
Ficha Técnica de Preparo
 
Saúde do Idoso
Saúde do IdosoSaúde do Idoso
Saúde do Idoso
 
Treinamento Manipuladores de Alimentos
Treinamento Manipuladores de AlimentosTreinamento Manipuladores de Alimentos
Treinamento Manipuladores de Alimentos
 
352466022 fluxogramas-preparo-de-alimentos (1)
352466022 fluxogramas-preparo-de-alimentos (1)352466022 fluxogramas-preparo-de-alimentos (1)
352466022 fluxogramas-preparo-de-alimentos (1)
 
Cálculos em Nutrição Parenteral
Cálculos em Nutrição Parenteral Cálculos em Nutrição Parenteral
Cálculos em Nutrição Parenteral
 
Saúde do Idoso - Disciplina Processo Saúde Doença e Educação em Saúde.
Saúde do Idoso - Disciplina Processo Saúde Doença e Educação em Saúde.Saúde do Idoso - Disciplina Processo Saúde Doença e Educação em Saúde.
Saúde do Idoso - Disciplina Processo Saúde Doença e Educação em Saúde.
 
Terapia nutricional no paciente criticamente enfermo
Terapia nutricional no paciente criticamente enfermoTerapia nutricional no paciente criticamente enfermo
Terapia nutricional no paciente criticamente enfermo
 
QUALIDADE DE VIDA geriatria e gerontologia
 QUALIDADE DE VIDA geriatria e gerontologia  QUALIDADE DE VIDA geriatria e gerontologia
QUALIDADE DE VIDA geriatria e gerontologia
 
Saúde do idoso
 Saúde do idoso Saúde do idoso
Saúde do idoso
 
Agente de Geriatria - Cuidados Humanos Básicos
Agente de Geriatria - Cuidados Humanos BásicosAgente de Geriatria - Cuidados Humanos Básicos
Agente de Geriatria - Cuidados Humanos Básicos
 
Teste de aceitabilidade orientações
Teste de aceitabilidade orientaçõesTeste de aceitabilidade orientações
Teste de aceitabilidade orientações
 
Consulta de enfermagem ao idoso na Atenção Básica
Consulta de enfermagem ao idoso na Atenção BásicaConsulta de enfermagem ao idoso na Atenção Básica
Consulta de enfermagem ao idoso na Atenção Básica
 
A arte de envelhecer com saúde
A arte de envelhecer com saúdeA arte de envelhecer com saúde
A arte de envelhecer com saúde
 
Atendimento humanizado ao idoso
Atendimento humanizado ao idosoAtendimento humanizado ao idoso
Atendimento humanizado ao idoso
 
Aula prevenção de lesão por pressão (LP)
Aula prevenção de lesão por pressão (LP)Aula prevenção de lesão por pressão (LP)
Aula prevenção de lesão por pressão (LP)
 
Envelhecimento Ativo - Saúde do Idoso
Envelhecimento Ativo - Saúde do IdosoEnvelhecimento Ativo - Saúde do Idoso
Envelhecimento Ativo - Saúde do Idoso
 
Aula saude do idoso
Aula saude do idosoAula saude do idoso
Aula saude do idoso
 
Nutrientes nos diferentes ciclos da vida
Nutrientes nos diferentes  ciclos da vidaNutrientes nos diferentes  ciclos da vida
Nutrientes nos diferentes ciclos da vida
 
Apresentação saude do idoso coletiva
Apresentação saude do idoso coletivaApresentação saude do idoso coletiva
Apresentação saude do idoso coletiva
 
Aula higienização das mãos
Aula higienização das mãosAula higienização das mãos
Aula higienização das mãos
 

Semelhante a MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf

Apresentação Tribes Company
Apresentação Tribes CompanyApresentação Tribes Company
Apresentação Tribes CompanyJunior Crocco
 
PROMOVA O BEM - ANDRÉ LAGE LOGIN 6
PROMOVA O BEM - ANDRÉ LAGE LOGIN 6PROMOVA O BEM - ANDRÉ LAGE LOGIN 6
PROMOVA O BEM - ANDRÉ LAGE LOGIN 6André Lage Meira
 
Apresentação Tribes Company
Apresentação Tribes CompanyApresentação Tribes Company
Apresentação Tribes CompanyJunior Crocco
 
Newsletter SPE Brasil - Edição Especial - Ago 2019
Newsletter SPE Brasil - Edição Especial - Ago 2019Newsletter SPE Brasil - Edição Especial - Ago 2019
Newsletter SPE Brasil - Edição Especial - Ago 2019SPE Brazil Section
 
Grupo Asamar - Sérgio Cavalieri
Grupo Asamar - Sérgio CavalieriGrupo Asamar - Sérgio Cavalieri
Grupo Asamar - Sérgio CavalieriISetor
 
Hiria_Report Preços de Energia 2013/2015
Hiria_Report Preços de Energia 2013/2015Hiria_Report Preços de Energia 2013/2015
Hiria_Report Preços de Energia 2013/2015FIA Business School
 
Mais Projetos Bruno
Mais Projetos BrunoMais Projetos Bruno
Mais Projetos Brunoguestf6889b
 
OEE Efetividade Global de Equipamentos TCC
OEE Efetividade Global de Equipamentos TCCOEE Efetividade Global de Equipamentos TCC
OEE Efetividade Global de Equipamentos TCCMarcos Valle
 
Sistema individual de tratamento de esgoto
Sistema individual de tratamento de esgotoSistema individual de tratamento de esgoto
Sistema individual de tratamento de esgotoMarcelo Henrique
 
Society of Plastics Engineers - SPE Seção Brasil - Seminario 2007 - UFRJ
Society of Plastics Engineers - SPE Seção Brasil - Seminario 2007 - UFRJSociety of Plastics Engineers - SPE Seção Brasil - Seminario 2007 - UFRJ
Society of Plastics Engineers - SPE Seção Brasil - Seminario 2007 - UFRJFernando Jose Novaes
 
CEP noticias 2014
CEP noticias 2014CEP noticias 2014
CEP noticias 2014CEP83
 
Ata da Reunião ABACG 18.08.11
Ata da Reunião ABACG 18.08.11Ata da Reunião ABACG 18.08.11
Ata da Reunião ABACG 18.08.11ABAGC
 
Ata de Reunião ABACG 18.08.11
Ata de Reunião ABACG 18.08.11Ata de Reunião ABACG 18.08.11
Ata de Reunião ABACG 18.08.11ABAGC
 

Semelhante a MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf (20)

Revista abho 20
Revista abho 20Revista abho 20
Revista abho 20
 
CODESAN 2011
CODESAN 2011CODESAN 2011
CODESAN 2011
 
Apresentação Tribes Company
Apresentação Tribes CompanyApresentação Tribes Company
Apresentação Tribes Company
 
Relatório de Junho 2013
Relatório de Junho 2013Relatório de Junho 2013
Relatório de Junho 2013
 
PROMOVA O BEM - ANDRÉ LAGE LOGIN 6
PROMOVA O BEM - ANDRÉ LAGE LOGIN 6PROMOVA O BEM - ANDRÉ LAGE LOGIN 6
PROMOVA O BEM - ANDRÉ LAGE LOGIN 6
 
Apresentação Tribes Company
Apresentação Tribes CompanyApresentação Tribes Company
Apresentação Tribes Company
 
Newsletter SPE Brasil - Edição Especial - Ago 2019
Newsletter SPE Brasil - Edição Especial - Ago 2019Newsletter SPE Brasil - Edição Especial - Ago 2019
Newsletter SPE Brasil - Edição Especial - Ago 2019
 
Relatório Julho 2012
Relatório Julho 2012Relatório Julho 2012
Relatório Julho 2012
 
Grupo Asamar - Sérgio Cavalieri
Grupo Asamar - Sérgio CavalieriGrupo Asamar - Sérgio Cavalieri
Grupo Asamar - Sérgio Cavalieri
 
Hiria_Report Preços de Energia 2013/2015
Hiria_Report Preços de Energia 2013/2015Hiria_Report Preços de Energia 2013/2015
Hiria_Report Preços de Energia 2013/2015
 
Relatório de Abril 2013
Relatório de Abril 2013Relatório de Abril 2013
Relatório de Abril 2013
 
Mais Projetos Bruno
Mais Projetos BrunoMais Projetos Bruno
Mais Projetos Bruno
 
OEE Efetividade Global de Equipamentos TCC
OEE Efetividade Global de Equipamentos TCCOEE Efetividade Global de Equipamentos TCC
OEE Efetividade Global de Equipamentos TCC
 
Sistema individual de tratamento de esgoto
Sistema individual de tratamento de esgotoSistema individual de tratamento de esgoto
Sistema individual de tratamento de esgoto
 
Society of Plastics Engineers - SPE Seção Brasil - Seminario 2007 - UFRJ
Society of Plastics Engineers - SPE Seção Brasil - Seminario 2007 - UFRJSociety of Plastics Engineers - SPE Seção Brasil - Seminario 2007 - UFRJ
Society of Plastics Engineers - SPE Seção Brasil - Seminario 2007 - UFRJ
 
CEP noticias 2014
CEP noticias 2014CEP noticias 2014
CEP noticias 2014
 
Manual Ccq
Manual CcqManual Ccq
Manual Ccq
 
Ata da Reunião ABACG 18.08.11
Ata da Reunião ABACG 18.08.11Ata da Reunião ABACG 18.08.11
Ata da Reunião ABACG 18.08.11
 
Ata de Reunião ABACG 18.08.11
Ata de Reunião ABACG 18.08.11Ata de Reunião ABACG 18.08.11
Ata de Reunião ABACG 18.08.11
 
Guia de microbiologia
Guia de microbiologiaGuia de microbiologia
Guia de microbiologia
 

MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições p.pdf

  • 1. MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições para Coletividades 20" -1--- : 3-' j - : i.: ;. 'j •. / g/21l1l- sP NII2BI A PORTARIA MUNICIPAL M BASE N EolCAIl REVISADA eu COMISSÃO TÉCNICO-OPERACIONAL: Diretora da Comissão: Dr' Marys Léia R. Marques Coordenador Técnico: D1'.Eneo Alves da Silva J1'. ABERC - Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas Rua Estela, 515 Bloco B Cj. 62 - Paraíso - SP - CEP 04011-904 São Paulo Fones: (11) 5572-9070 - 5573-9835 - Fax: 5571-5542 e-mail: aberc@aberc.com.br - Web Site: www.aberc.com.br
  • 2. ~ Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE MANUAL; SEM A AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DAABERC. DIRETORIA EXE,CUTIVA ABERC 20.1212013 Presidente Marco Aurélio Crescente 1° Vice Presidente 20 Vice Presidente 30 Vice Presidente 40 Vice Presidente Rogério da Costa Vieira Daniel Eugênio Rivas Mendez Vincent Bouvet Sérgio De Nadai Diretor Superintendente Diretor de Adm. e Finanças Vice Diretor de Adm. e Finanças Diretor de Eventos e Comunicação Vice Diretor de Eventos e Comunicação Diretor Jurídico Fiscal Vice Diretor Jurídico Fiscal Diretor de Planej amento e Mercado Diretor de Recursos Humanos e Gestão Vice Diretora de Rec. Humanos e Gestão Diretor de Suprimentos Vice Diretora de Suprimentos Diretora Técnica Operacional Vice Diretora Técnica Operacional Antonio Guimarães Walter Francisco de Mello Nelson Chiteco Jr. Luiz Carlos Flores José Adão Batisteti Edson G. Blanco Rodrigo R. Gasparetto Adilson Den Julio Gonçalves Eliezer P. Souza Renata Silva José Maria Martins Rosilene Dias Me1ero Marys Léia R. Marques Simone Bernini 1
  • 3. ABERC Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas E.>te- "-1~ 0 [ruro do- tvahct1Jto- JvliYWy pv~ mcLtY queremov ~ LM11.CV ~ eçpectal: Cv VRA. C9NÍRIA ARRUVA FIGUEIREV(9~ cv pv~ qU0 ~ o- [ormaxo- do- pv~~ lv1~ desde. }tA.aI Ial Edição: ti«; com; todo- o-J-eU;etnp0Jltho; .~ cv p~ pCLVCV ~~ ~ ~~~ oy~ ~ cv~ ~icv~ÍAIlt"~ I~~ 0»11 I3!12!20I2~ ela. deucou. ~cv vúUv. S~lA'JItO;Y 0 ~L-Y~ ~ ~ e- de- .rew t-vahct1Jto- pvofícuo-; A Diretoria. 3
  • 4. ABERC Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas Agradecemos a todos que, direta ou indiretamente, colaboraram na elaboração e nas diversas revisões deste MANUAL, desde sua r Edição até hoje, em especial à: Dr. ENEO ALVES DA SILVA JR. pela coordenação técnica e atualização. Dra. ONÍRIA ARRUDA FIGUEIREDO pelo trabalho de análise, compilação e editoração da 1a até a 9a edição. Dra. ROSANA P. DOS ANJOS TEIXEIRA pela valiosa colaboração na atualização de todo material, inclusive desta nova edição. Srta. VIVIANE SCHIMITTEL pelo trabalho de digitação da 1a edição e das alterações das demais. Sra. ANA MARIA UCCELLA pela colaboração na digitação e editoração da revisão final desta nova edição. Dr. Eneo Alves da Silva Jr. Dr" Rosana Pereira dos Anjos Teixeira CRBM: 072 CRN3: 5824 REVISARAM E ATUALIZARAM ESTA NOVA EDIÇÃO: 5
  • 5. I ABERC Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas PREFÁCI() l<tOO1çIQ; Senso de Equipe, Sentido de Comunidade, Apoio Técnico Opcracional com Segurança Alimentar, Busca da Excelência Empresarial com Ética, Embasamento no polinômio: ALIMENTAÇÃO - SAÍJDE - QUALIDADE DE VIDA SUSTENTABILIDADE - RESPONSABILIDADE SOCIAL. Sempre buscando a qualidade continuada e assumindo que a ABERC, a cada gestão, se firma como entidade cidadã, acrescentamos, ao nosso trinômio, neste ínterim, mais duas bandeiras norteando nossas ações, transformando-se no POLINÔMIO acima. Como das vezes anteriores, agradecemos aos excelentes profissionais, tanto os efetivos das nossas Comissões Técnicas como aos convidados, que com sua eficaz colaboração cada vez mais engrandecem os trabalhos da ABERC. Em especial destacamos os esforços dos Doutores Rosana Pereira dos Anjos Teixeira e Eneo Alves da Silva Junior, responsáveis pela atualização desta Edição. MARCO AURÉLIO CRESCENTE Presidente GESTÃO 12/13 7
  • 6. --- ABERC "..... Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas PREFÁCIO ~OOiçlQ Senso de Equipe, Sentido de Comunidade, Apoio Técnico Operacíonal com Segurança Alimentar, Busca da Excelência Empresarial com Ética, Embasamento no trinômio: ALIMENTAÇÃO - SAÚDE - QUALIDADE DE VIDA Sempre buscando a qualidade continuada e assumindo que a ABERC, a cada gestão, se firma como entidade cidadã, ratificamos o prefácio da S" edição. Não só nos preocupamos com o desempenho das nossas associadas, em termos éticos e profissionais, mas também nos esforçamos em sermos multiplicadores de tecnologias e conhecimentos que detemos sobre a sadia e adequada alimentação à comunidade. Nesse sentido, colocamos esta ferramenta ao público especializado objetivando difundir o saber acumulado pela Associação em duas décadas e meia. Acreditamos que nesse quarto de século crescemos como entidade e nos firmamos como Associação séria, ética e atuante, não só para o segmento de refeições coletivas, mas também para todos os profissionais e consumidores de alimentação fora do lar. ,,-. Como das vezes anteriores, agradecemos aos excelentes profissionais, tanto os efetivos das nossas Comissões Técnicas como aos convidados, que com sua eficaz colaboração cada vez mais engrandecem os trabalhos da ABERC. LUCÍLIO TADEU CASTELO DE LUCA Presidente Gestão 08/09 9 r".
  • 7. ABERC r--, Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas PR,'E·F'Á"'C··IO :". " ...-:' ; o ••••••••••••• : •• ", ••••• , •• ',7 Senso de Equipe, ..Sentido de Comunidade, Busca da Excelência Empresarial com destaque para o SAQ - SELO ABERC DE QUALIDADE EMPRESARIAL, e para a meta ALIMENTAÇÃO - SAÚDE em especial: PROJETO "VIDA COM QUALIDADEÉ COMPROMISSO NACIONAL" Sempre buscando a qualidade continuada e assumindo que a ABERC, a cada gestão, se firma como entidade cidadã, não só preocupada com o desempenho das suas associadas em termos éticos e profissionais, mas também como multiplicadora de tecnologias e conhecimentos que detém sobre a sadia e adequada alimentação à comunidade, resolveu para esta gestão 2002/2003 incursionar sobre uma ação que atingisse a população brasileira utilizando o saber acumulado pela associação em quase duas décadas. Trata-se de amplo Projeto que a ABERC entregou aos 4 principais presidenciáveis, em agosto de 2002, antes do Projeto Fome Zero ser divulgado e iniciado. Seu título é ALIMENTO É VIDA, VIDA COM QUALIDADE É COMPROMISSO NACIONAL e seu conteúdo, digno de análise, pode ser visto na íntegra pelo site www.aberc.com.br. ~ Mais uma vez, agradecemos aos excelentes profissionais, tanto os efetivos das nossas Comissões Técnicas como aos convidados, que com sua eficaz colaboração cada vez mais engrandecem os trabalhos da ABERC. ROGÉRIO DA COSTA VIEIRA Presidente Gestão 02/03 II
  • 8. ABERC Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas .'"'-. MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições para Coletividades 8a Edição COMISSÃO TÉCNICO-OPERACIONAL: Diretora da Comissão (1996/ 2()03): Coordenador Técnico (1996/ 2003): Coordenadora da Sub-Comissão Legislação: Dra. Oníria Arruda Figueiredo Dr. Eneo Alves da Silva Jr. Dra. Rosana Pereira dos Anjos Teixeira Revisaram e atualizaram esta nova edição Dr. Eneo Alves da Silva Jr. (CDI.) CRBM: 072 Dra. Oníria Arruda Figueiredo (O.T.M./ F.J.S.) Dra. Rosana Pereira dos Anjos Teixeira (O.T.M) 13
  • 9. ABERC Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas Diretor Presidente Rogério da Costa Vieira Diretores vice Presidentes Ralph Rowe Lucílio Tadeu Castelo de Luca Marcos A. Laranjeira PHni-odeOliveira Diretor Superintendente Diretor de Planejamento e Mercado Diretor de Administração e Finanças Diretor Jurídico Fiscal Diretor de Suprimentos Diretora Técnica Operacional Diretor deRec.Humanos e Gestão Diretor de Eventos e Comunicação Antonio Guimarães Márcio Roberto Graf Walter Francisco de Mello A. Décio Rodrigues Guerreiro Antonio Carlos M. de Almeida Oníria Arruda Figueiredo Maurício Barros-de Vasconcelos DilcIéia Fornaciari Secretárias Viviane Schimittel Ana Maria Uccella 15
  • 10. ABERC Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas Senso de Equipe, Sentido de Comunidade, Busca da Excelência Empresarial com destaque para o SAQ - SELOABERC DEQUALIDADEEMPRESARIAL, ea meta ALIMENTAÇÃO-SAÚDE ! Nos prefácios anteriores fizemos um breve histórico dos objetivos das gestões que nos antecederam, destacando o sentido de Comunidade da ABERC e antevendo, na nossa gestão, a criação do Selo ABERC. Felizmente, e graças ao trabalho de excelentes profissionais, tanto contratados como das nossas Comissões Técnicas, na sa edição foi possível anunciar mais uma ferramenta para engrandecer o Mercado - o Selo de Qualidade. ,,-.. Em 1999 foram intensificadas pesquisas junto a empresas tomadoras de nossos '"""' serviços, questionários-teste em empresas associadas e, nos últimos meses reuniões semanais, isso tudo para que o nosso Selo fosse singular, eminentemente técnico e de análise global. 17
  • 11. Demonstrando mais uma vez o sentido de Comunidade e a forte posição de transparência, decidimos criar, como a última instância para dirimir qualquer dúvida e deliberar sobre modificações do SAQ, o CODESAQ - Conselho Dcliberativo do Selo ABERC de Qualidade Empresarial - composto de profissionais de reconhecida vivência e ilibado conceito nas atividades empresariais e acadêmicas no campo da Administração, Qualidade e Alimentação para Coletividades, com 09 membros, 06 dos quais da Comunidade e 03 representantes da nossa Associação. Neste ano de 2.000 muitas associadas poderão ter a certificação de qualidade empresarial e utilizar o Selo ABERC. o caminho do sucesso, para todos os profissionais que atuam no nosso segmento, é o domínio de técnicas que assegurem a qualidade dos produtos e serviços, sempre focados sobre os clientes, o consumidor. Neste sentido, a ABERC cumpre seu papel, editando este Manual. o projeto do SAQ - Selo ABERC de Qualidade Empresarial teve um grande facilitador, uma base forte de apoio, que foi o presente Manual ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições para Coletividades, formatado sobre um conjunto moderno, claro e orientativo sobre as Boas Práticas de controle de processo de garantia de qualidade de produção de alimentos e da excelência dos serviços. Como novidade para este ano de 2000, e que deverá ser incorporada na próxima edição, estamos desenvolvendo um Sub Projeto do nosso Planejamento Estratégico 2000/2001 a incorporação da "FUNÇÃO DE AGENTE DE SAÚDE, MOTIVAÇÃO E PRODUTIVIDADE". Nossos agradecimentos à Diretora Técnica Operacional, Dra. Oníria Arruda Figueircdo, ao Coordenador Técnico da Comissão Técnico Opcracional, Dr. Eneo Alves da Silva Jr. e à Sub Comissão de Revisão e Atualização, pelo trabalho de alto nível, e de grande esforço, sem os quais este excelente serviço não estaria à disposição da Comunidade, ROGÉRIO DA COSTA VIEIRA Presidente ABERC - Gestão 00/01
  • 12. ABERC Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas PRBFÂCIO S:'OOiç'iQ; Senso de Equipe, Sentido de Comunidade e a Busca da Excelência Empresarial, E, DE CONCRETO O SAQ - SELO ABERC DE QUALIDADE EMPRESARIAL! No prefácio anterior fizemos um breve histórico dos objetivos das gestões anteriores à nossa, destacando o sentido de Comunidade da ABERC e antevendo, na nossa gestão, a criação do Selo ABERC. Felizmente, e graças ao trabalho de excelentes profissionais, tanto contratados como das nossas Comissões Técnicas, foi possível trazer mais uma ferramenta para engrandecer o Mercado - o Selo de Qualidade, a partir de 1999. Neste último ano as ações tiveram que ser intensificadas com pesquisas junto a empresas tomadoras de nossos serviços, questionários-teste em empresas associadas e, nos últimos meses reuniões semanais, isso tudo para que o nosso Selo fosse singular, eminentemente técnico e de análise global. Conforme previmos, no ano 2.000 muitas associadas poderão ter a certificação de qualidade empresarial e utilizar o Selo ABERC. 19
  • 13. Demonstrando mais uma vez o sentido de Comunidade e a forte posição de transparência, decidimos criar, como a última instância para dirimir qualquer dúvida e deliberar sobre modificações do SAQ, o CODESAQ - Conselho Deliberativo do Selo ABERC de Qualidade Empresarial - composto de profissionais de. reconhecida vivência e ilibado conceito nas atividades empresariais e acadêmicas no campo da Administração, Qualidade e Alimentação para Coletividades, com 09 membros, 06 dos quais da Comunidade e 03 representantes da nossa Associação. o caminho do sucesso, para todos os profissionais que atuam no nosso segmento, é o domínio de técnicas que assegurem a qualidade dos produtos, sempre focados sobre os clientes. Neste sentido, a ABERC cumpre seu papel, editando este Manual. o projeto do SAQ - Selo ABERC de Qualidade Empresarial só foi possível porque tem uma base forte de apoio, que é o Manual ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições para Coletividades, formatado sobre um conjunto moderno, claro e orientativo sobre as boas práticas de controle de processo e garantia de qualidade de produção de alimentos. o presente Manual ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições para Coletividades, conforme já dito no prefácio anterior, procura ser cada vez melhor, incorporando técnicas, conceitos e legislações atuais sobre a alimentação. Nossos agradecimentos à Diretora Técnica Operacional, Dra. Oníria Arruda Figueiredo, ao Coordenador Técnico da Comissão Técnico Opcracional, Dr. Eneo Alves da Silva JI. e à Sub Comissão de Revisão e Atualização, pelo trabalho de alto nível, e de grande esforço, sem os quais este excelente serviço não estaria à disposição da Comunidade. ROGÉRIO DA COSTA VIEIRA Presidente ABERC - Gestão 98/99
  • 14. ABERC Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições para Coletividades sa/ 63 e 7a Edições COMISSÃO TÉCNICO-OPERACIONAL: Diretora da Comissão (1996/ 20(1): Coordenador Técnico (1996/ 2001): Dra. Oníria Arruda Figuciredo Dr. Eneo Alves da Silva Jr. Subcomissão que revisou e atualizou com base na CVS-6/99: .-'""""' Dra. Maria Cecília A. Savazzi (PANELÃO) CRBM: 072 CRN3: 1149 CRN3: 5055 CRN3: 5131 CRN3: 1454 CRN3: 2202 CRN3: 1088 CRN3: 5824 Dr. Eneo Alves da Silva Jr. (CDL) Dra. Lenir Picco1otto Nori (Le) Dra. Márcia Elaine de Carvalho Bastos (EMBRASA) .~ Dra. Maria Filomena S. Almeida (E.R.J.) Dra. Myrian Cristina Scholz (G.R.) .~. Dra. Oníria Arruda Figueiredo (F.J.S.) Dra. Rosana Pereira dos Anjos Teixeira 21
  • 15.
  • 16. ABERC Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas PREFÁCIO (4a edição) Senso de Equipe, Sentido de Comunidade e a Busca da Excelência Empresarial! Desde sua fundação a ABERC dedicou-se a alavancar a evolução do Setor de Refeições I~ Coletivas. Nos seus 14 anos de existência vários focos foram dados pelas suas Diretorias. No início, procuramos o senso de equipe e a cooperação para a evolução conjunta embasada nas Técnicas e na Qualidade. Em seguida, foi dado ênfase ao profissionalismo gerencial e à sintonia com a Comunidade. Atingidos esses dois objetivos, mais recentemente, partimos para um planejamento estratégico na ______ busca do futuro do segmento de refeições coletivas. Para essa terceira etapa foram cobertas algumas lacunas visando obter-se um sólido alicerce para suportar metas condizentes com a entrada do próximo século. Neste sentido, nos organizamos em Equipes de Produtos Estratégicos . (EPE) para uma eficaz evolução. Pretendemos chegar ao ano 2000 com a grande maioria dos nossos associados portando o Selo de Qualidade Empresarial e com um mercado mais elástico e atrativo para todos os associados. O caminho do sucesso, para todos os profissionais que atuam no nosso segmento, é o domínio de técnicas que assegurem a qualidade dos produtos, sempre focados sobre os clientes. Neste sentido, a ABERC cumpre o seu papel, editando este Manual. O presente Manual ABERC de Práticas de Elaboração c Serviço de Refeições para Coletividades procura ser cada vez melhor, incorporando técnicas e conceitos atuais sobre a alimentação coletiva. Nossos agradecimentos à Diretora Técnica Operacional, Dra. Oníria Arruda Figueiredo, ao Coordenador Técnico da Comissão Técnico Operacional, Dr. Eneo Alves da Silva Jr. e à Sub Comissão de revisão e Atualização pelo trabalho de alto nível, e de grande esforço, sem os quais este excelente serviço não estaria à disposição da Comunidade. ROGÉRIO DA COSTA VIEIRA Presidente ABERC - Gestão 98/99 23
  • 17. ABERC Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas MANUAL ABERC de -Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições para Coletividades .-.. 1998 4a edição COMISSÃO TÉCNICO-OPERACIONAL: Coordenadora da Comissão (96/99): Dra. Oníria Arruda Figueiredo Coordenador Técnico (96/99): Dr. Eneo Alves da Silva Jr. Comissão que revisou, atualizou e ampliou ()Manual em 1998: Dra. Alda Bernardinelli (NUTRITN A) Dra. Doris Deborah Massulo (NUTRILABOR) Dra. Elke S. Clemente (FRESH & FREEZE)* r». Eneo Alves da Silva Jr. (CDL) Dra. Hermínia Maria Carvalho (BOM GOURMET)':' Sra. June Ruegger (UCATA) Dra. Lenir Piccolotto Nori (LC)* Dra. Liane Gonçalves (SANTA HELENA) Dra. Luciana Wiederin Maschietto (CDL / APAN)* Dra, Maria Cecília A. Savazzi (PANELÃO)* Dra. Maria Filomena S. Almeida (E.RJ.)* Dra. Myrian Cristina Scholz (G.R.) Dra. Oníria Arruda Figueiredo (F.J.S.)* Dra. Rosana Pereira dos Anjos Tcixeira (NUTRITN A) Dra. Silvana Montenegro Rondelli (BIMI)* CRN3: 6007 CRN3: 3154 CRN3: 4651 CRBM: 072 CRN3: 1317 CRN3: 100223 CRN3: 1149 CRN3: 3517 CRN3: 5542 CRN3: 5131 CRN3: 1454 CRN3: 2202 CRN3: 1088 CRN3: 5824 CRN3: 5351 ""' OBS.: * = SUBCOMISSÃO responsável pela revisão técnica final. 25
  • 18. ABERC Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas PREFÁCIO (3a edição) Sentido de COMUNIDADE, crescimento global sinérgico Conforme previsto na Ia edição, o Manual ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições para Coletividades foi muito bem recebido pela comunidade relacionada com refeições fora do domicílio. Faculdades, Institutos, Associações, empresas e profissionais estão utilizando o trabalho tão bem desenvolvido pela nossa COMISSÃO TÉCNICO-OPERACIONAL. Face às solicitações, estamos apresentando mais esta edição. Nosso objetivo é a evolução do segmento como um todo para, embasados num esforço sinérgico, praticarmos uma cidadania efetiva e responsável. PAULO DE OLIVEIRA PIRES Presidente ABERC - Gestão 96/97 27
  • 19. ABERC Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas PREFÁC.IO (1a e 2a edições) Senso de EQUIPE, Sentido de COMUNIDADE! o presente trabalho só se tornou realidade pelo esforço de uma pequena equipe que deu o melhor de si, dedicando-se horas e dias em reuniões, pesquisas e discussões, marcadas pelo espírito associativo e de solidariedade. A princípio, o Manual era destinado aos associados da ABERC mas, a medida de seu desenvolvimento, considerou-se que ele seria de grande valia para todos que trabalham com Alimentação, principalmente para coletividades. Consolidando o sentido de comunidade da ABERC, profissionais e entidades poderão ter o nosso Manual. Consoante à mesma diretriz foram neles inseridas as traduções das REGRAS DE OURO, da WHO - World Health Organization (Organização Mundial da Saúde), e das NORMAS TÉCNICAS DO "CODEX ALIMENTARIUS" , da FAO - Food and Agriculture Organization of the United Nations (Organização de Alimentos e Agricultura das Nações Unidas). EURICO VARELA Presidente ABERC - Gestão 94/95 29
  • 20. ABERC Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições para Coletividades 1a e 2a Edições Realização da COMISSÃO TÉCNICO-OPERACIONAL EM 1994: Coordenador da Comissão (94/95): Dr. Paulo Bertacco Coordenador Técnico: Dr. Eneo Alves da Silva Jr. Coordenadora de Editoração (94/95): Dra. Oníria Arruda Figueiredo Comissão que elaborou o Manual em 1994: Dra. Al1aMaria P. A. Taricano (SILLUS) Dra. Catarina T. Tongu (BIMI) Dra. Cátia Vergaças Daher (ABELA) Dra. Celina Kamon Imaeda (BOM GOURMET) Dra. Cristina Giordani Paschoal (BOM GOURMET) Dra. Doris Deborah Massulo (TICKET SERVo - GR) Dra. Elaine Cristina Lach (SEIVA) Dra. Lenir Piccolotto Nori (LC) Dra. Maria Tereza Casulli (ALLISERV) Dra. Maristela de Amorim Marchezetti (EXAL) Dra. Oníria Arruda Figueiredo (ALLISERV) Dra. Regina de Moura Danzi (SERVEBEM) Dra. Regina Helena S. P. Agneli (NUTRIN) Dra. Rosa Perrucci (EXCEL) Dra. Rosana Pereira dos Anjos (NUTRITIVA) Dra. Sílvia Dollo (INDUSERVICE) Dra. Solemar Ap. Ciampone (LC) Sra. Ivone Ap. de Cristofaro (ELBON) CREA: 177990 CRN-3: 2721 CRN-3: 2768 CRN-3: 3008 CRN-3: 1274 CRN-3: 3154 CRN-3: 3654 CRN-3: 1149 CRN-3: 1967 CRN-3: 1797 CRN-3: 1088 CRN-3: 2881 CRN-3: 2458 CRN-3: 3161 CRN-3: 4487/P CRN-3: 0068 CRN-3: 2832 CRN-3: 100588 como também os coordenadores: Dr. Eneo Alves da Silva Jf. (CDL) Dr. Paulo Afonso Simão Bertacco (NUTRITIVA) 31
  • 21. SUMÁRIO I - UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO (UAN) CONDIÇÕES ESTRUTURAIS: EDIFÍCIOS E INSTALAÇÕES A) - CONDIÇÕES ESTRUTURAIS/ EDIFICAÇÃO A I) Planejamento A2) Áreas Externas A3) Localização A4) Configuração geométrica A5) Iluminação A6) Ventilação, temperatura e umidade A7) Cor A8) Sonorização A9) Pisos e Ralos A 1O) Paredes e divisórias A I I) Portas e janelas A12) Forros e tetos A 13) Instalações Hidráulicas, Caixa d'água, Abastecimento de água A 14) Outras condições estruturais B) - ÁREAS DA UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO (UAN) B I) Área para recebi mento de mercadorias B2) Área de inspeção, pesagem e higienização de mercadorias B3) Área para armazenamento à temperatura ambiente B4) Área para armazenamento à temperatura controlada B5) Área para pré-preparo e preparo B.5.1) - Área para preparação de carnes vermelhas, aves e pescados B.5.2) - Área para preparação de hortifruti B.5.3) - Área para preparação de massas e sobremesas B.S.4) - Área para outros preparos B6) Área para cocção B7) Área para higienização de mãos B8) Área para expedição das preparações B9) Área para higienização dos utensílios usados no processamento B 10) Área para distribuição das refeições B 11) Área de consumação / refeitório / salão de refeições B 12) Área para higienização de bandejas e utensílios de mesa B 13) Área para sala da administração B 14) Área para descarte de embalagens B 15) Área para depósito de lixo B 16) Área para guarda de botijões de gás (GLP) B 17) Área para depósito e higienização do material de limpeza B 18) Área para instalações sanitárias e vestiários C) - EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS C I) Equipamentos C2) Móveis C3) Utensílios 43 45 45 45 45 45 46 47 47 47 48 48 48 49 49 50 51 51 51 51 52 52 53 53 53 53 53 53 54 54 54 54 55 55 55 55 55 56 56 57 57 58 58 33
  • 22. II- AVALIAÇÃO TÉCNICA DE FORNECEDORES 59 A) - AVALIAÇÃO DE FORNECEDORES 61 B) - REQUISITOS MÍNIMOS PARA QUALIFICAR FORNECEDOR 61 C) - AVALIAÇÃO TÉCNICA DE PROCEDIMENTOS E PROCESSOS PRODUTIVOS 62 C 1) Manipuladores C2) Matéria prima C3) Fluxo de produção C4) Armazenamento de produtos processados C5) Empacotamento do produto final C6) Controle de Qualidade do produto final C7) Visitantes 62 62 62 63 63 63 63 D) - TRANSPORTE DA MATÉRIA PRIMA, PRODUTOS SEMI ELABORADOS E PRODUTOS PRONTOS 64 DI) PORTARIA CVS 15 DE 7/11/91 - CENTRO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 64 Características mínimas necessárias dos meios de transporte de acordo com o produto (Anexo da Portaria) 68
  • 23. 111- HIGIENE DOS MANIPULADORES 69 ~ ---- A) - HIGIENE PESSOAL 71 r-.. AI) Higiene corporal 71 r"' A2) Higiene das mãos 72 »-r-; A.2.1) - Frequência obrigatória para lavar as mãos 72 ---- A.2.2) - Procedimentos para higienização e antissepsia das mãos 72 ,-.., A.2.3) - Uso de escova para unhas 73 A3) Utilização de luvas 73 A.3.1) - Uso de luvas descartáveis 73 ..-.. A.3.2) - Uso de luvas de malha de aço 74 '" A.3.3) - Uso de luvas térmicas 74 ~ A.3.4) - Uso de luvas de borracha/Cano longo 74 ~ ---o B) - UNIFORMES 75 ,,-,. B 1) Considerações gerais 75 ,-... B2) Uso de máscaras 75 - ""' C) - HÁBITOS PESSOAIS DOS MANIPULADORES 76 ~ ,-.. D) - CONTROLE DE SAÚDE DOS MANIPULADORES 77 """' '"' "'"' E) - VISITANTES 78 F) - LEGISLAÇÃO REFERENTE À ANTISSEPSIA DAS MÃOS 78 35
  • 24. C) - PERIODICIDADE DA LIMPEZA - "Quadro-resumo" ~ " »< 79 81 81 82 82 ~ 82 83 83 83 .----' 83 84 84 84 ~ 85 85 86 86 86 87 87 87 87 -r--, 88 88 89 89 r---. 92 93 .-" 94 94 94 95 96 97 " 97 97 IV - HIGIENE AMBIENTAL A) - HIGIENE DAS INSTALAÇÕES AI) Ambiente em geral A2) Ambiente em geral "Uso Racional da Água" A3) Paredes A4) Pisos e rodapés A5) Janelas e portas A6) Telas A7) Luminárias, interruptores, tomadas e outros A8) Bancadas e mesas de apoio A9) Ralos A IO) Teto ou forro AlI) Condutas em relação ao lixo e resíduos B) - HIGIENE DE UTENSÍLIOS, EQUIPAMENTOS E MATERIAIS AFINS B I) Higienização manual de utensílios B2) Higienização mecânica de utensílios B3) Higienização de equipamentos em geral B4) Higienização da máquina de suco B5) Higienização de refrigeradores, câmaras e freezeres B6) Higienização do sistema de exaustão B7) Higienização do balcão térmico B8) Higienização de panos B9) Higienização de caldeiras B IO) Higienização de caixa de gordura B I I) Higienização da caixa d' água Recomendações da SABESP D) - LEGISLAÇÃO REFERENTE À HIGIENIZAÇÃO DE UTENSÍLIOS (Decreto n° 7206 de 3/12/75 - D.O. de 4/l2/75) E) - RECOMENDAÇÕES COMPLEMENTARES PI HIGIENE AMBIENTAL E I) Recomendações Gerais E2) Controle Integrado de Pragas E3) Notas importantes relativas à Higiene Ambienta] E4) Produtos permitidos para desinfecção ambiental E5) Diluições de produtos para desinfecção ambienta1. E.5.l) - Solução clorada a 200 ppm - 250 ppm E.5.2) - Solução clorada a 20 - 25 ppm (para desinfecção de caixa d'água)
  • 25. v - POI>s- PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRONIZADOS 99 A) - POPs - PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRONIZADOS RDC N°216 DE 15 DE SETEMBRO DE 2004 - ANVISA 101 AI) A ABERC E OS POPs A.l.I) - Objetivo A.l.2) - Campo de aplicação A. 1.3) - Definição A.IA) - Documentação A.I .5) - Responsabilidade A.I.6) - Descritivo Técnico A.I.7) - Monitoramento A.1.8) - Registro A.I.9) - Ação Corretiva A.I.I0) - Verificação 102 102 102 102 102 102 102 102 102 102 102 VI - HIGIENE DOS ALIMENTOS 103 A) - DEFINIÇÕES DAS ETAPAS BÁSICAS DOS FLUXOS OPERACIONAIS AI) Recebimento A2) Armazenamento A.2.I) - Armazenamento sob Congelamento A.2.2) - Armazenamento sob Refrigeração A.2.3) - Armazenamento em Estoque Seco A3) Resfriamento A4) Refrigeração AS) Congelamento A6) Descongelamento A7) Pré-preparo / Preparação A8) Reconstituição A9) Dessalgue AIO) Cocção AlI) Espera pós-cocção A 12) Porcionamento A 13) Reaquecimento A 14) Espera para fornecimento / distribuição A 15) Distribuição B3) Recebimento de carnes B.3.1) - Recomendações B.3.2) - Temperaturas recomendadas para o recebimento 105 105 105 105 105 105 105 105 105 105 106 106 106 106 106 106 106 106 106 107 107 108 108 108 108 108 108 B) - PROCEDIMENTOS PARA O RECEBIMENTO B 1) Recomendações gerais B2) Recebimento de produtos quentes B.2.1) - Recomendações B.2.2) - Temperaturas recomendadas para o recebimento B4) Recebimento de hortifrutis B.4.1) - Recomendações BA.2) - Temperaturas recomendadas para o recebimento 109 109 109 37
  • 26. B5) Recebimento de leite e derivados B.5.1) - Recomendações B.5.2) - Temperatura recomendada para o recebimento B6) Recebimento de estocáveis B.6.1) - Recomendações B.6.2) - Temperatura recomendada para o recebimento B7) Recebimento de massas frescas e doces confeitados B.7 .1) - Recomendações B.7.2) - Temperatura recomendada para o recebimento B8) Recebimento de sucos B.8.1) - Recomendações B.8.2) - Temperaturas recomendadas para o recebimento B9) Critérios de temperatura no recebimento da matéria-prima / Quadro Resumo B 10) Recebimento de descartáveis, produtos e materiais de limpeza C) - PROCEDIMENTOS PARA O ARMAZENAMENTO C 1) Recomendações básicas C2) Critérios gerais para o armazenamento da matéria-prima C3) Recomendações para o armazenamento pós-manipulação C4) Sistema de etiquetas de identificação C.4.1) - Modelos de etiqueta C.4.2) - Prazo de validade dos produtos. C5) Critérios de Uso C6) Armazenamento de descartáveis, produtos e materiais de limpeza D) - PROCEDIMENTOS PARA A REFRIGERAÇÃO E O CONGELAMENTO DI) Recomendações básicas D2) Critérios de temperatura e tempo para o resfriamento seguro D3) Critérios de temperatura e tempo para a refrigeração D4) Critérios de temperatura e tempo para o congelamento E) - PROCEDIMENTOS PARA O DESCONGELAMENTO E 1) Recomendações básicas F) - PROCEDIMENTOS PARA O PRÉ-PREPARO E A PREPARAÇÃO FI) Recomendações para os alimentos em geral F2) Recomendações para os alimentos enlatados e em outras embalagens F3) Recomendações para os cereais e leguminosas F4) Recomendações para carnes F5) Recomendações para o dessalgue F6) Recomendações para alimentos perecíveis em geral F7) Recomendações para os hortifrutis F.7.1) - Procedimentos gerais para hortifrutis F.7.2) - Procedimentos especiais para hortifrutis F.7.3) - Recomendações para ovos F8) Produtos recomendados para desinfecção dos alimentos F9) Diluição de Produtos para desinfecção dos alimentos 109 109 109 109 109 109 110 110 110 110 110 110 110 11 1 III 111 112 114 I15 115 115 116 117 117 117 118 118 119 119 119 120 120 120 '" 121 121 121 122 " 122 122 122 123 124 124 .~
  • 27. F.9.1) - Solução clorada a 200 ppm - 250 ppm 124 G) - PROCEDIMENTOS PARA A COCçÃO E O REAQUECIMENTO 125 G 1) Recomendações gerais 125 G2) Recomendações para óleo de fritura em tachos ou panelas 126 G3) Recomendações pl óleo de fritura (equipamentos cl filtros e controle de temperatura) 126 H) - PROCEDIMENTOS PARA O PORCIONAMENTO 127 1) - PROCEDIMENTOS PARA A ESPERA 11) Espera pós-cocção 12) Espera para o fornecimento ou a distribuição 127 127 127 J) - PROCEDIMENTOS PARA A DISTRillUIÇÃO 11) Recomendações gerais J2) Condutas e critérios para distribuição de alimentos quentes B) Condutas e critérios para distribuição de alimentos frios J4) Controle de alimentos prontos (colheita de amostras de refeições) 128 128 128 128 129 L) - PROCEDIMENTOS PARA A UTILIZAÇÃO DE SOBRAS 129 LI) Tipos de sobras L2) Utilização de sobras L3) Condutas para utilização de sobras de alimentos quentes L4) Condutas para utilização de sobras de alimentos frios LS) Considerações finais sobre utilização e doação de sobras 129 129 129 130 130 M) - PROCEDIMENTOS PARA O TRANSPORTE DE REFEIÇÕES Ml) Recomendações gerais 131 131 N) - PROCEDIMENTOS FRENTE AOS RISCOS DE CONTAMINAÇÃO 132 O) - PROCEDIMENTOS PARA A UTUJZAÇÃO DE TERMÔMETROS O I) Recomendações para a correta medição das temperaturas 02) Recomendações para a medição durante a distribuição de refeições 03) Monitoramento e controle das temperaturas 133 133 133 133 P) - PROCEDIMENTOS PARA O CONTROLE DA 'ÁGUA PARA CONSUMO" P 1) Recomendações gerais P2) Padrões para análise microbiológica da água 134 134 '134 39
  • 28. VII - USO RACIONAL DA ÁGUA A) - INTRODUÇÃO 135 137 B) - INFORMAÇÕES BÁSICAS SOBRE O PROGRAMA 138 C) - CONSUMO DE ÁGUA EM UNIDADES DE ALIMENTAÇÃO Cl) Apresentação do Programa desenvolvido pela SABESP C2) Observações levantadas na fase do Projeto-Piloto C3) Procedimentos sugeridos pelo PROGRAMA da SAJ3ESP C4) Implantação do Programa "USO RACIONAL DA AGUA" 139 139 139 140 141 VIII - MICROIHOLOGIA DE ALIMENTOS (NOÇÕES BÁSICAS) por Dr. Eneo Alves da Silva Lunior 143 A) - CONTAMINAÇÃO MICROBIOLÓGICA DOENÇAS RELACIONADAS AO CONSUMO DE AUMENTOS DOENÇAS AUMENTARES - CLASSIFICAÇÃO DOENÇAS TRANSMITIDAS POR AUMENTOS 145 145 145 147 B) - AGENTES ETIOLÓGICOS 149 B 1) CAUSADORES DE GASTRENTERITES COM TOXINA PRODUZIDA NO AUMENTO 149 B2) CAUSADORES DE GASTRENTERITES COM TOXINA PRODUZIDA NO INTESTINO 150 C) - ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO PARA AVALIAÇÃO DE SURTOS DE D.T.AS.- DOENÇAS TRANSMITIDAS POR AUMENTOS 151 D) - AMOSTRAS DE ALIMENTOS PARA ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS 152 E) - PROCEDIMENTOS P/ COLETA E TRANSPORTE DE AMOSTRAS 155 F) - LAUDOS DE ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS DE ALIMENTOS E SUA RELAÇÃO COMO INDICADORES DE D.T.As ANVISA - AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA RESOL UCÃO RDC N° 12 de 2 de J anei ro de 2001 DOU 10/0 1/2001 156 IX - SISTEMA APPCC / (NOÇÕES BÁSICAS) por Dr. Eneo Alves da Silva Lunior 159 A) - INTRODUÇÃO B) - SÍNTESE DO SISTEMA APPCC 161 163 C) - IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA APPCC D) - DEFINIÇÕES DO SISTEMA APPCC 164 165
  • 29. E) - DETALHAMENTO DO MÉTODO APPCC El) Perigo (Hazard) E2) Severidade (Severity) E3) Pontos Críticos (Critical Points) E4) Ponto Crítico de Controle (Critical Control Point) E5) Critérios (Criteria) E.5.1) - Critérios técnicos E.5.2) - Critérios de temperatura e tempo E.5.3) - Critérios de higiene E.5.4) - Critérios de saúde E6) Monitoramento (Monitoring) E7) Risco (Risk) E8) Verificação (Verification) E9) Fluxograma (Draw food-flow diagram) 167 167 167 167 168 169 169 170 171 172 172 172 173 173 F) - PRINCIPAIS ETAPAS E AVALIAÇÃO DOS PCs e dos PCCs. 174 x -RESIJONSABILIDADE TÉCNICA 175 A) - PORTARIA N° 1428 - 26/11/93 - MINISTÉRIO DA SAÚDE 177 AI) Resumo da Legislação 177 A2) Obrigatoriedade do serviço médico-laboratorial p/ funcionários de empresas na área de Alimentos A3) Referências bibliográficas oficiais da Portaria 1428 178 179 B) LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR SOBRE RESPONSABILIDADE TÉCNICA 180 XI - LEGISLAÇÃO 181 LEGISLAÇÃO ENVOLVIDA COM PRODUTOS/ PROCESSOS E MANWULADORES, NO CONTROLE HIGIÊNICO-SANITÁRIOS DE AUMENTOS 183 A - Geral B - Boas Práticas de Manipulação C - Licença e Autorização de Funcionamento/Cadastro Estadual e Municipal D - Rotulagem de Produtos E - Registro e Dispensa de Registro de Produtos 183 185 193 194 196 * BIBLIOGRAFIA * 197 A) PUBLICAÇÕES OFICIAIS QUE EMBASAM ESTE MANUAL AI) Federal A2) Estadual! São Paulo 199 199 199 41
  • 30. A3) Municipal/ São Paulo A4) Definições Específicas 200 200 B) BIBLIOGRAFIA DE APOIO C) CRITÉRIOS REVISADOS BASEADOS NAS SEGUINTES REFERÊNCIAS 201 204 * APÊNDICE * 205 A) REGRASDE OURODA OMSSOBREA PREPARAÇÃOINÓCUADOSALIMENTOS 207 B) CINCO CHAVES PARA A INOCUIDADE DOS ALIMENTOS 210 (OPAS - ORGANIZAÇÃO PANAMERICANA DA SAÚDE) C) ANÁLISE SENSORIAL DE ALIMENTOS E BEBIDAS - ABNT - NBR 12806 213 D) GLOSSÁRIO 214 DI) Algumas definições importantes 214 D2) Definições RDC 216/04 221 D3) Definições Portaria 2619/11 223
  • 31. r-., .--., I ~, ~ " " r-r-; rr>; '"" '"" - UNIDADE DE ALIMENTAÇAO E NUTRIÇAO (UAN) CONDIÇÕES ESTRUTURAIS: EDIFÍCIOS E INSTALAÇÕES r>. 43
  • 32. A) - CONDIÇÕES ESTRUTURAIS: EDIFÍCIOS E INSTALAÇÕES AI) - PLANEJAMENTO A fase de planejamento físico da Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) deve ser realizada por uma equipe multiprofissional, sendo imprescindível a presença do profissional que entenda sobre Gestão de Unidade de Alimentação e Nutrição. O planejamento deve ser detalhado desde a sua instalação, aquisição de equipamentos e organização até a implantação do serviço. Para o cálculo de área, são vários os itens considerados, influindo nesta etapa: o número de refeições a serem servidas, o sistema de distribuição empregado, a diversificação do serviço, a quantidade do pessoal operacional, o tipo e a quantidade de equipamentos, entre outros aspectos. Na escolha e dimensionamento dos equipamentos é importante diversificar o tipo de energia (gás, eletricidade, vapor, etc.) para o funcionamento dos mesmos, de modo a evitar sobrecargas e/ ou interrupção total de serviço, na eventual ausência de um tipo de energia. A2) - ÁREAS EXtERNAS A construção da Unidade de Alimentação deve ser em área onde os arredores sejam pavimentados e não ofereçam riscos às condições gerais de higiene e sanidade, ou seja, em área livre de focos de insalubridade, de lixo, objetos em desuso, animais, insetos e roedores. O acesso deve ser direto e independente, não comum "a outros usos (habitação). O ideal é que possuam calçadas contornando as instalações, de pelo menos 1 metro de largura e com declive suficiente para o escoamento. Os pátios e vias de circulação ao redor das áreas de recebimento e expedição de alimentos devem ter piso resistente ao trânsito sobre rodas. A3) - LOCALIZAÇÃO A UAN (Unidade de Alimentação e Nutrição) deve, sempre que possível, localizar-se em pavimento térreo, de forma a proporcionar fácil acesso externo para abastecimento, iluminação natural e ótimas condições de ventilação. Na impossibilidade da localização no andar térreo, sugere-se a instalação de elevadores e/ou monta cargas específicos. Seu projeto, suas instalações e suas áreas circundantes devem facilitar as operações de manutenção e jimpeza, evitar as contaminações ambientais e impedir a entrada e/ou proliferação de animais, pássaros, insetos, roedores e demais pragas. A4) - CONFIGURAÇÃO GEOMÉTRICA Tecnicamente, a forma mais indicada é a retangular, desde que o comprimento não exceda mais de 1,5 a 2 vezes a largura e os cantos entre pisos e paredes sejam arredondados. Esta forma, além de propiciar melhor disposição dos equipamentos, minimiza caminhadas supérfluas e conflitos de circulação, reduz as fases operacionais, facilita a higienização e a supervisão dos trabalhos. A configuração das áreas de preparação dos alimentos deve propiciar um fluxo linear, sem cruzamento de atividades entre os vários gêneros de alimentos. Se não houver áreas separadas para os vários gêneros, deve existir no mínimo um local para pré-preparo (produtos crus), um local para preparo final (produção quente e produção fria), além das áreas de retorno de bandejas sujas e área de lavagem de utensílios, evitando a contaminação cruzada. Importante observar que as áreas de tráfego devem ter no mínimo 1,5m, sendo recomendado cerca de O,90m de espaço entre os equipamentos e 1,20m distante das panelas a vapor. Evitar degraus, adotando rampas com revestimento antiderrapante 45
  • 33. A5) - ILUMINAÇÃO A iluminação deve ser distribuída uniformemente pelo ambiente, garantindo boa visibilidade, livre de ofuscamentos, sombras, cantos escuros, reflexos fortes e contrastes excessivos. Deve incidir numa direção que não prejudique os movimentos nem a visão dos manipuladores. A iluminação mais recomendada é a natural. A iluminação artificial, quando necessária, deve ser de natureza tal que não altere as características sensoriais (visuais) dos alimentos. As lâmpadas e luminárias devem possuir sistema de segurança contra explosão e quedas acidentais. Não é recomendável que sejam instaladas sobre linha de produção ou transporte de insumos e produtos. Devem estar limpas e em bom estado de conservação. Todo o sistema elétrico deve apresentar-se em bom estado de conservação e possuir conexões isoladas que possibilitem a limpeza. Recomenda-se seguir os padrões indicados a seguir para cada área: • Áreas de inspeção = 1000 lux • Áreas de processamento = 250 lux • Outras áreas = 150 lux NOT A: Cálculo da Intensidade de Iluminação: LUX lLUX = Intensidade de Iluminação = 1 LUMEM/m2 LUMEM = fluxo luminoso W = potência instalada em Watts O = fluxo luminoso (lumem) E = intensidade desejada em LUX A = área a ser iluminada N = eficiência de distribuição do fluxo sobre a área (= 0,5) Fator de correção = p/compensar a perda de fluxo luminoso da lâmpada quando velha (= 1,25) FÓRMULA: => => O = E x 1,25 x A N LÂMPADA INCANDESCENTE: (de tungstênio) = 10 lumem/watt LÂMPADA FLUORESCENTE OU VAPOR DE MERCÚRIO ....................... = 50 lumem/watt Exemplo: E = 1000 LUX e A = 50 m 2 , logo: O = E x 1,25 x A = 1000 x 1,25 x 50 N 0,5 => O = 125.000 lumcm No caso de adotar-se lâmpada fluorescente (= 50 lumem/watt): W = 125000 lumem = 2.500 Watts = 50 lâmpadas fluorescentes 50 lumem/watt
  • 34. A6) - VENTILAÇÃO, TEMPERATURA E UMIDADE A ventilação deve ser adequada para proporcionar a renovação do ar, remover o ar viciado, garantir o conforto térmico e manter o ambiente livre de fungos, gases, fumaça, gordura e condensação de vapores. O conforto térmico pode ser garantido por aberturas de paredes (janelas) que permitam a circulação natural do ar, com área equivalente a 1/8 da área do piso. Quando este conforto não puder ser assegurado por meio natural, o mais indicado é recorrer a meios artificiais. Nas áreas de manipulação e produção, a circulação de ar deve ser assegurada por meios naturais ou por equipamentos bem conservados e devidamente dimensionados, através de sistemas de insuflação de ar, controlado por filtros, ou sistemas de exaustão, não sendo permitido o uso de ventiladores, aparelhos de ar condicionado e c1imatizadores com aspersão de neblina. Nestas áreas, o fluxo de ar deve ser direcionado da área limpa para a área suja. Cabe ressaltar que o ar condicionado, o ventilador e o climatizador com aspersão de neblina são equipamentos que não atendem a estes requisitos e portanto não devem ser utilizados nas áreas de processamento e manipulação de alimentos. Para operações em Unidades de Alimentação, considera-se compatível uma temperatura de 22° a 26°C com umidade relativa de 50 a 60%. A7) - COR A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) determina as cores que devem ser usadas nos locais de trabalho para prevenir acidentes: • o vermelho é usado para distinguir e identificar equipamentos e aparelhos de proteção e combate a incêndio, sendo muito usado nas áreas de alarme, hidrantes, extintores de incêndio e portas de saída de emergência; • o amarelo é utilizado para indicar cuidado e atenção, sendo comum em parapeitos, corrimões, portas baixas de escadas, etc. • o verde indica segurança, sendo usado em caixas e equipamentos de socorro de urgência, quadro de avisos e exposição de cartazes e • o branco é empregado em áreas de bebedouros, áreas de armazenagem e zonas de segurança. Para as instalações das Unidades de Alimentação e Nutrição deve-se a utilizar cores claras, como branco, creme, areia e outras. A8) - SONORIZAÇÃO A sonorização é um fator importante a ser considerado nos projetos das Unidades de Alimentação e Nutrição, devido sua interferência no comportamento e produtividade dos funcionários. A partir deste conhecimento, deve-se observar: • Evitar ecos, ou seja, as paredes, quando paralelas, não devem ficar a mais de 17m de distância entre si, pois a produção de eco é facilitada a partir desta distância; • Evitar projetos com formas circulares ou côncavas, por concentrarem e conduzirem o som; • Evitar formas triangulares, com equipamentos distribuídos nos vértices do triângulo; • Não instalar equipamentos nos cantos ou junto às paredes, a fim de evitar reflexão de som; • Empregar materiais acústicos e isolantes para o teto e as paredes; • Aplicar material isolante nas bancadas de inox, antes de sua fixação; • Dar preferência a equipamentos silenciosos e carros que se movam sob rodízios de borracha; • Instalar sistema de som (música ambiente), que ajude a diminuir ruídos provocados pelos r-. equipamentos e trabalhadores. 47
  • 35. A9) - PISO E RALOS O piso deve ser de cor clara e mantido em bom estado de conservação, ou seja, livre de defeitos, rachaduras, trincas e/ou buracos. Deve ser constituído de material liso, antiderrapante, impermeável, lavável, resistente ao tráfego e ao ataque de substâncias corrosivas, e ainda ser de fácil higienização (lavagem e desinfecção), não permitindo o acúmulo de alimentos ou sujidades. O piso deve ter inclinação suficiente para o escoamento de água em direção aos ralos, não permitindo que a mesma fique estagnada. Em áreas que permitam sua existência, os ralos devem ser sifonados, para impedir a entrada de roedores, e devem possuir grelhas com proteção telada ou outro dispositivo adequado, que permita seu fechamento. Deve-se garantir ralos e grelhas em número suficiente ao escoamento dos líquidos e que estejam ligados a rede de esgotos. AIO) - PAREDES E DIVISÓRIAS As paredes devem ter acabamento liso, em cores claras, com características duráveis, impermeáveis, resistentes a limpezas frequentes e isentas de fungos e bolores. Devem ter ângulos arredondados no contato com o piso e teto, de preferência com raio mínimo de 5 em, para facilitar a limpeza. Quando azulejadas devem ser revestidas até a altura mínima de 2 metros, em bom estado de conservação, devendo estar livres de falhas, rachaduras, umidade, bolor e descascamentos. No caso deste tipo de revestimento, deve ficar no mesmo nível da. parede, sem nenhum vão e, se for utilizada divisória, não devem possuir vazios internos, para evitar presença de pragas. Indica-se a aplicação de cantoneiras e barras nos locais de movimentação dos carros para aumentar a resistência do material de revestimento. All) - PORTAS E JANELAS As portas devem ser de cores claras e possuir superfícies lisas, não absorventes e de fácil limpeza. Devem ainda, ser bem ajustadas aos batentes e ter fechamento automático, abertura máxima de I em do piso e proteção inferior nos rodapés. As entradas principais e acessos às câmaras frigoríficas devem ter mecanismos de proteção contra insetos e roedores, podendo-se utilizar cortinas de ar para estes fins. As janelas devem ter telas milimétricas, superfícies lisas e laváveis, bom estado de conservação, ausência de falhas de revestimento e ajustes perfeitos aos batentes. Devem ser fixas e utilizadas preferivelmente para iluminação. As janelas devem estar protegidas de maneira a não permitir a penetração direta do sol sobre os alimentos, superfície de trabalho ou equipamentos mais sensíveis ao calor. Quando usadas para ventilação, estas e outras aberturas devem estar localizadas na parte superior das paredes, uma vez que o ar quente tende a subir, ressaltando-se também a necessidade da instalação de telas. As telas devem ser mantidas em bom estado de conservação, serem facilmente removíveis para limpeza e possuírem abertura menor ou igual a 2 mm.
  • 36. A12) - FORROS E TETOS O teto deve ser isento de vazamentos e goteiras. Deve-se evitar a utilização de telhas que permitam a ocorrência de respingos. O acabamento deve ser liso, impermeável, lavável, em cor clara e em bom estado de conservação. O forro deve ser livre de trincas, rachaduras, umidade, bolor e descascamentos. Deve estar em perfeitas condições de limpeza e não deve possuir aberturas que não estejam protegidas com tela milimétrica ou material similar, removível para limpeza. Entre as paredes e o teto não devem existir aberturas e/ou bordas que propiciem a entrada de pragas e formação de ninhos. O pé direito normal é de 3 m no térreo e 2,7 m nos andares superiores. Recomenda-se que estruturas aéreas e/ou subterrâneas, quando existentes, sejam de fácil limpeza. A13) - INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS, CAIXAD' ÁGUA E ABASIECIMENTO DE ÁGUA O abastecimento de água potável deve estar ligado à rede pública, ou outra fonte com potabilidade atestada. Em ambos os casos, a potabilidade deve ser atestada através de laudo de análise periódica, válido por 6 meses. A água para consumo deve ser Iímpida, transparente, insípida e inodora. A água utilizada para o consumo direto, ou no preparo dos alimentos, deve ser controlada, independente das rotinas de manipulação dos alimentos. A existência de reservatório de água é obrigatória. O reservatório de água deve ser provido de superfície lisa, impermeável, feita de material atóxico, inodoro e resistente aos produtos e processos de higienização; ter capacidade e pressão suficientes e fácil acesso para higienização e inspeção; isento de rachaduras, livre de infiltrações e deve ser mantido sempre tampado. Além disso, deve ser limpo e desinfetado nas seguintes situações: >- quando for instalado >- a cada 6 meses >- na ocorrência de acidentes que possam contaminar a água (animais, sujeira, enchentes) Para higiene (lavagem e desinfecção) dos reservatórios, devem ser utilizadas metodologias oficiais. É permitida a utilização de sistema alternativo de abastecimento de água isolada ou integrada com o sistema público, porém somente após a outorga da licença concedida pela autoridade sanitária competente. As águas de poços, minas e outras fontes alternativas, para serem usadas, devem estar livres de risco de contaminação (fossa, lixo, pocilga) e devem ser submetidas a tratamento de desinfecção, de acordo com orientação da Vigilância Sanitária local. Independente do tipo de fonte de abastecimento, após a desinfecção da água e/ou do reservatório, deve-se realizar a análise bacteriológica da água, em laboratório próprio ou terceirizado. O vapor, quando utilizado em contato com produtos ou superfícies que entram em contato com alimentos, não pode representar riscos de contaminação. O gelo para utilização em alimentos deve ser fabricado com água potável, de acordo com os Padrões de Identidade e Qualidade vigentes. 49
  • 37. A14) - OUTRAS CONDIÇÕES ESTRUTURAIS As áreas das Unidades de Alimentação devem contar com suprimento adequado de eletricidade monofásica e trifásica; gás; água tratada (fria e quente) e esgoto. Os dejetos devem ter ligação direta com a rede de esgoto ou, quando necessano, devem ser tratados adequadamente para serem eliminados de acordo com recomendações do órgão governamental competente. A caixa de gordura e a de esgoto não podem localizar-se no interior das áreas de processamento de alimentos. Devem possuir dimensão compatível ao volume de resíduos, apresentando-se em adequado estado de conservação e funcionamento. Quando forem necessárias reformas civis, devem ser executadas fora do horário de preparo dos alimentos ou de forma que não cause a contaminação destes.
  • 38. B) - ÁREAS DA UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO (UAN) Essas áreas devem seguir uma linha racional de produção, obedecer a um fluxo coerente e evitar cruzamentos entre as atividades. Na total impossibilidade de áreas separadas para cada gênero, deve-se prever no mínimo um local para preparo de produtos crus e outro para produtos prontos. Além disso, as áreas devem impedir a contaminação cruzada entre alimentos e/ou utensílios limpos e o retorno de utensílios sujos. Bl) - ÁREA PARA RECEBIMENTO DE MERCADORIAS A UAN necessita de área própria para o recebimento de mercadorias situada, de preferência, em áreas externas ao prédio, e próximo à estocagem. Esta deve ser de fácil acesso aos fornecedores e ser provida de plataforma de descarga, rampa e marquise para proteção dos produtos na hora da entrega. Não deve existir cruzamento de matérias-primas C lixo. Recomenda-se que esta área tenha pia para pré-higiene dos vegetais e outros produtos. B2) - ÁREA DE INSPEÇÃO, PESAGEM E HIGIENIZAÇÃO DE MERCADORIAS Este local constitui-se num prolongamento da plataforma de descarga, evitando-se as áreas de circulação. Recomenda-se que esta área disponha de espaço suficiente para acomodar a mercadoria no momento do controle e que seja aparelhada com balança tipo plataforma, carros para transporte e tanques ou calhas para pré-higiene das verduras e frutas antes do seu armazenamento. Recomenda-se a existência de um esguicho de pressão para auxiliar nestes procedimentos. Neste caso, o esguicho deve ser dotado de suporte adequado para guardar a mangueira longe do piso, quando fora de uso. B3) - ÁREA PARA ARMAZENAMENTO À TEMPERATURA AMBIENTE Para esta área, são importantes as seguintes condições e características: • Porta única, larga e alta, simples ou em seções, dotadas de fechamento automático; • borracha de vedação na parte inferior das portas (protetores contra insetos e roedores); • piso em materiallavável e resistente; • ausência de ralos para o escoamento de água; • boa iluminação; • ventilação, cruzada ou mecânica, que permita ampla circulação de ar entre as mercadorias; • janelas e aberturas dotadas de telas milimétricas; • temperatura não superior a 26°C; • umidade relativa do ar em torno de 50 a 60%; • inexistência de tubulações de água e de vapor; • prateleiras localizadas a 25cm do piso, com profundidade não superior a 45cm e dispostas de forma que os alimentos fiquem distantes 45cm (depósito) ou no mínimo lOcm (despensa) da parede e 60cm do forro; • estrados pl sacarias, móveis ou fixos, fenestrados, cl pés protegidos com canoplas, elevados do piso no mínimo 25cm quando fixos, instalados de forma que os produtos fiquem distantes 40cm da parede e 60cm do forro, recomendando-se que sejam de material liso, resistente, impermeável e lavável; • locais distintos para armazenagem de produtos de limpeza, higiene, perfumaria, outros produtos químicos e descartáveis, separados dos alimentos. A dimensão da área deve ser compatível com o volume a ser armazenado, isolado por barreiras físicas do ambiente externo e das demais áreas com atividades distintas. 51
  • 39. Nesta área não devem existir equipamentos (refrigerador, freezer, aquecedor, tubulações de água, vapor, etc.) que possam alterar as condições térmicas ambientais ou a umidade relativa do ar, o que pode interferir na qualidade e nas condições sensoriais dos alimentos. A mesa do estoquista pode permanecer nesta área desde que não interfira no controle de qualidade dos alimentos e/ou no fluxo de armazenamento. B4) . ÁREA PARA ARMAZENAMENTO À TEMPERATURA CONTROLADA Esta área destina-se à estocagem de gêneros perecíveis ou rapidamente deterioráveis em temperatura ambiente. Devido à diversificação das características dos alimentos utilizados, recomenda-se a instalação de câmaras frigoríficas ou refrigeradores em número suficiente para atender a conservação de: • pescados e seus produtos manipulados • até 2°C • carnes e aves refrigeradas, seus produtos manipulados • até 4°C crus e alimentos prontos • sobremesas, massas, frios, laticínios e sucos • até 8°C • hortifrútis e ovos • até 10°C , E importante ressaltar que o ideal é que estes gêneros sejam armazenados separadamente, sempre observando-se o seu prazo para consumo. Entretanto, no caso de possuir apenas 1 (uma) câmara ou refrigerador, a temperatura deve ser regulada para. o alimento que requeira a menor temperatura. A necessidade da instalação de freezer ou câmara de congelamento (-5°C/-18°C) varia de acordo com as facilidades de abastecimento, frequência de uso e quantidade adquirida. É importante que as câmaras apresentem as seguintes características: • antecâmara para proteção térmica; • revestimento de materiallavável e resistente; • nível do piso igual ao da área externa, p/ facilitar o transporte de mercadorias pelos carros; • inexistência de ralos internos, mesmo quando sifonados; • termômetro, tipo mostrador, permitindo a leitura pelo lado externo; • interruptor de segurança localizado na parte externa da unidade refrigerada, com lâmpada piloto indicadora da condição "ligado-desligado"; • prateleiras em aço inox, ou outro material apropriado, que mantenham distância mínima de 25cm do piso e 60 em do forro e de preferência moduladas(flexibilidade p/ novos arranjos); • porta hermética, revestida em aço inox ou outro material adequado, com ferragens cromadas e dispositivos de segurança que permitam abertura por dentro; • sensor de temperatura do ar interno, instalado no local mais quente da câmara. BS) - ÁREA PARA PRÉ-PREPARO E PREPARO As operações preliminares de confecção são realizadas nesta área, comumente subdivida em: • preparação de carnes; • preparação de verduras e frutas; • preparação de massas e sobremesas e • outras preparações. É importante que estas áreas disponham de pia com sistema completo para higienização das mãos, conforme descrito no capítulo lU - Higiene dos Manipuladores.
  • 40. B.S.1) - Área para a preparação de carnes vermelhas, aves e pescados: Independente do número de refeições, esta é uma área necessária a qualquer Unidade de Alimentação e deve dispor de pelo menos uma bancada com tampo de inox ou outro material adequado para manipulação das carnes e um balcão com cuba, onde devem ser dispostos os equipamentos necessários. As bancadas devem ser dispostas de modo a impedir o cruzamento das atividades. O ideal é que seja climatizada entre 12°C a 18°C. B.S.2) - Área para preparação de hortifrutis: Esta área deve ser dotada de bancada com tampo de inox ou outro material adequado; cubas suficientes para a correta lavagem, desinfecção e enxágue dos vegetais; mesas de apoio e local para dispor todos os equipamentos necessários. B.S.3) - Área para preparação de massas e sobremesas: Deve possuir bancada com tampo de inox ou outro material adequado (liso, impermeável e de fácil higienização); cubas, mesas de apoio, tampo de mármore e local para dispor os equipamentos. B.S.4) - Área para outros preparos: No caso de previsão de refeições como lanches, desjejum, café e dietas, devem ser planejadas áreas específicas para estes fins. Para o dimensionamento da quantidade, tamanho e tipos de cubas, balcões e equipamentos da área de processamento, deve-se considerar o número de refeições, padrões de cardápios, sistema e modalidade de distribuição, entre outros fatores, de modo que não ocorra cruzamento das atividades. B~-ÁREAPARACOCÇÃO A área destinada para cocção deve situar-se entre as áreas de preparos prévios e a expedição das preparações. Os equipamentos necessários a esta fase devem ser organizados segundo um fluxo racional e apoiados sobre balcões específicos. Nesta área devem permanecer apenas os equipamentos destinados ao preparo de alimentos quentes, não devendo ter refrigeradores ou congeladores porque o calor excessivo compromete o funcionamento de seus motores e consequentemente a garantia da temperatura específica de cada gênero. É importante que esta área disponha de uma pia com sistema completo para higiene das mãos. B7) - ÁREA PARA HIGIENIZAÇÃO DE MÃOS Em todas as áreas de manipulação devem existir locais específicos para higienização das mãos (lavagem e antissepsia). Esses locais devem contar com: • lavatórios exclusivos para higiene das mãos; • água corrente, de preferência quente a 42°C, com misturador quente / frio; • torneiras acionadas por pedalou outro meio não manual; •. saboneteiras específicas para sabão líquido e para antisséptico alcoólico (álcool gel 70% ou similar) ou apenas uma para sabão antisséptico; • suporte para papel toalha não reciclado ou outro equipamento adequado para secar as mãos (ar quente); • cesto com tampa acionada sem o uso das mãos, para descarte dos papéis usados. 53
  • 41. Na ausência de lavatórios em cada área de manipulação, é imprescindível a instalação de pelo menos um lavatório em ponto estratégico em relação ao fluxo de preparação dos alimentos. NOTA: Devido ao alto risco de contaminação qumuca dos alimentos, NÃO deve existir sabão e/ou antisséptico para higiene das mãos nas pias e bancadas utilizadas para manipulação e preparo de alimentos. B8) - ÁREA PARA EXPEDIÇÃO DAS PREI>ARAÇÕES Nos casos onde o refeitório é adjacente à cozinha, as refeições podem sair da área de cocção diretamente para a área de distribuição, através de carros transporte ou de "pass-through", para abastecimento do balcão de distribuição. Caso contrário, faz-se necessária a existência de uma área específica para expedição das preparações antes destas atingirem sua etapa final de distribuição local ou transportada. B9) - ÁREA PI IllGIENIZAÇÃO DE UTENSÍLIOS USADOS NO PROCESSAMENTO Deve ser separada e isolada da área de processamento, de preferência, delimitada por parede completa, porém sem prejuízo de iluminação e ventilação. Conforme o volume de refeições, justifica-se a instalação de esguicho de pressão cl suporte pl mangueira. É importante possuir: • suprimento de água quente e fria; • sistema de drenagem bem dimensionado; • local para dispor os utensílios que aguardam higienização; • cubas profundas e • local para guarda do material após a higienização. O retorno de utensílios sujos NÃO deve oferecer fiSCO de contaminação aos que já foram higienizados e guardados. BlO) - ÁREA PARA DISTRIBUIÇÃO DAS REFEIÇÕES O dimensionamento desta área está relacionado ao tipo ou modalidade de distribuição oferecida à clientela, bem como ao padrão de atendimento. Deve ter as mesmas características estruturais descritas para as áreas de processamento e deve contar com equipamentos adequados que atendam as características dos sistemas eleitos. Bll) - ÁREA DE CONSUMAÇÃO I REFEITÓRIO I SALÃO DE REFEIÇÕES A diversidade de salões por tipo de clientela ou turma de trabalho deve ser analisada de acordo com a política de cada empresa. Independente disso, no refeitório deve haver espaço suficiente para mesas e cadeiras com perfeita circulação entre elas. O refeitório deve ter as mesmas características estruturais descritas para as áreas de processamento, inclusive para instalação de lavatórios, e deve contar com equipamentos adequados que atendam as características dos sistemas eleitos. Os equipamentos que podem permanecer nos refeitórios são: balcão térmico (água entre 80°C a 90°C); estufa ou pass-trough (ambos, 65°C ); balcão refrigerado (pl manter os alimentos até 1QOC); equipamentos pl guarda e apoio de utensílios de mesa; refresqueiras, cafeteiras, bebedouros e geladeira pl bebidas.
  • 42. Os ornamentos e plantas não devem propIcIar contaminação dos alimentos. As plantas não devem ser adubadas com adubo orgânico e não devem estar entre o fluxo de ar e os alimentos, nem próximo a eles (sobre balcão de distribuição e/ou mesas dos usuários). Permite-se a existência de ventiladores no refeitório desde que o fluxo de ar não incida diretamente sobre os ornamentos, plantas e alimentos. B12) - ÁREA I>ARA HIGIENIZAÇÃO DE BANDEJAS E UTENSÍLIOS DE MESA Recomenda-se que esta área seja adjacente ao refeitório, comunicando-se com este através de guichê para recepção de material usado. O ideal é que o "lay-out" desta área esteja de acordo com o sistema de distribuição eleito, de modo que possua local e equipamentos adequados para eficaz higienização dos utensílios usados no refeitório. Dependendo do número de refeições justifica-se a instalação de esguicho de pressão com suporte para mangueiras. O planejamento deve prever local para guarda dos utensílios após a higienização de modo que os utensílios sujos não entrem em contato com os limpos, nem com os alimentos. Cabe ressaltar que o sistema de devolução de utensílios e o sistema de distribuição não devem oferecer riscos de contaminação cruzada. B13) - ÁREA PARA SALA DA ADMINISTRAÇÃO É importante que esta área esteja situada em local estratégico, que facilite a supervlsao das operações do processamento das refeições. A colocação de piso em nível mais elevado que o da área em que está situada a produção, bem como um visor em toda a extensão da sala, a partir de um metro do piso, facilitam a supervisão do ambiente e das operações de processamento. B14) - ÁREA PARA DESCARTE DE EMBALAGENS É importante a existência de uma área externa destinada à guarda de caixotes, latas, vidros e outras embalagens vazias, retornáveis ou não, para serem armazenadas até que sejam removidas ou descartadas, fora de contato com o piso. BIS) - ÁREA PARA DEPÓSITO DE LIXO Esta área deve ser localizada em ponto que facilite a remoção diária do lixo, ter dimensão compatível com as quantidades geradas, ser fechada e revestida de material lavável. É importante que seja dotada de esguicho de pressão com água fria e quente para limpeza dos latões e do próprio local e ralo ligado a rede de esgoto. Estas instalações devem ser projetadas no sentido de evitar o acesso de pragas ao lixo e de evitar a contaminação dos alimentos, da água potável, do equipamento, do edifício ou das vias de trânsito e de acesso local. O ideal seria substituir esta área por unidade refrigerada a 1Q0e. B16) - ÁREA PARA GUARDA DE BOTIJÕES DE GÁS (GLP) De acordo com as diretrizes da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), esta área de armazenagem, incluindo os recipientes de GLP e seus acessórios, deve ser delimitada para assegurar exclusividade à área e proteção aos elementos da instalação. A delimitação deste local deve ter cerca de tela, grades vazadas ou outros processos construtivos que, além de evitar a transposição de pessoas estranhas à instalação, permitam e assegurem a constante ventilação desta área. ss
  • 43. B17) - ÁREA PARA DEPÓSITO E HIGIENIZAÇÃO DO MATERIAL DE LIMPEZA Os materiais e objetos de limpeza, tais como vassouras, rodos, esfregões, panos de chão, baldes e outros, devem ser higienizados e guardados em área própria, de maneira que não provoquem a contaminação de alimentos, utensílios, equipamentos, etc. Para tal, esta área deve ser exclusiva e possuir tanque provido de água quente e fria. B1S) - ÁREA PARA INSTALAÇÕES SANITÁRIAS E VESTIÁRIOS Devido à. importância da higiene corporal na preservação do grau de higiene dos alimentos, recomenda-se que as instalações sanitárias e vestiários, sejam exclusivos à equipe que trabalha na UAN. Devem ser adequadas, apresenta-se em bom estado de conservação, separadas para ambos os sexos, com vasos sanitários sifonados que possuam tampas, bem como mictórios com descarga automática e lavatórios nas seguintes proporções: • I (uma) bacia sanitária com tampa e descarga em bom estado de conservação e funcionamento, I (um) mictório, I (um) lavatório e 1 (um) chuveiro para cada 20 empregados do sexo masculino; • 1 (uma) bacia sanitária com tampa e descarga em bom estado de conservação e funcionamento , 1 (um) lavatório e '1 (um) chuveiro para cada 20 empregados do sexo feminino. Cabe ressaltar que as instalações sanitárias devem ter papel higiênico sempre disponível e lixeira com tampa e acionamento sem contato manual para descarte de papel higiênico. Os vestiários devem ter 1 (um) armário para cada funcionário, devendo estar organizados de forma a prevenir a contaminação dos uniformes e dispostos de modo a permitir a higienização do local. Os calçados, também devem ser dispostos em local limpo e organizado, prevenindo a contaminação de uniformes, roupas de uso pessoal e demais objetos. As instalações sanitárias e os vestiários devem estar providos com água corrente e serem conectados à rede de esgoto (ou fossa aprovada). O piso deve ser de material liso, resistente, impermeável e de cor clara. As paredes devem ser revesti das com material liso, impermeável, de cor clara: • até a altura mínima de 1,5 metros, para os vestiários, • e até 2 metros para os sanitários. Estas áreas devem ser bem iluminadas e ventiladas. As aberturas para ventilação devem ser teladas. As portas devem ter molas, ou outro sistema para fechamento automático, e protetores inferiores contra insetos e roedores. Os sanitários e vestiários não podem ter comunicação direta com as áreas de produção/armazenagem e refeitórios. Devem dispor de sistema completo para higienização das mãos, conforme descrito no item B7 deste capítulo. Ressalta-se que devem possuir, junto aos lavatórios, coletores com tampa acionados sem contato manual, revestidos com sacos plásticos para o descarte exclusivo de papéis toalhas usados para a higienização das mãos, quando for este O método usado para secagem.
  • 44. C) - EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS o dimensionamento dos equipamentos e utensílios tem relação direta com o número de refeições, padrão de cardápio e sistema de distribuição. É importante verificar com cuidado os materiais empregados na fabricação dos equipamentos e utensílios, os quais devem ser dotados de superfícies lisas, resistentes, não absorventes, de fácil limpeza e desinfecção e de cor clara; livres de bordas, rebarbas e reentrâncias que dificultem a limpeza; 'sem gotejamento de gordura; livres de porcas, parafusos ou partes móveis que possam cair acidentalmente no alimento; isento de acúmulo de gelo e com manutenção programada e periódica. Quando pintados, a tinta deve ser de boa aderência e não entrar em contato direto com o alimento. Cl) - EQUIPAMENTOS Devem ser localizados no espaço de trabalho, obedecendo ao fluxo operacional e proporcionando fácil acesso aos mesmos, com entorno livre de modo a garantir seu perfeito funcionamento, a circulação de ar e dos operadores, a manutenção, a higienização e o controle de pragas. Devem possuir dispositivos de proteção e segurança, de modo a minimizar ruídos e prevenir acidentes, lembrando a necessidade de assegurar a perfeita adaptação às dimensões corporais do manipulador. Os equipamentos para conservação dos alimentos devem possuir capacidade adequada (cadeia quente e fria), termômetros visíveis bem regulados, manutenção constante e cores claras. De modo geral, os equipamentos devem estar regulados de modo a garantir aos alimentos temperaturas de segurança: NA CADEIA FRIA NA CADEIA QUENTE Câmara Frigorífica ou Refrigerador: Balcão Térmico para Distribuição: • até 2°C • a 65°e ou mais, com água mantida entre • até 4°e 800 e a 90o e, trocada diariamente • até s-e • até 10°C Freezer: Equipamento para Etapa de Espera: • de -5°C a -18°C, ou inferior (Estufa, Pass-through, Carros isotérmicos) • a 65°e ou mais Balcão Frio para Distribuição: Lavadora de louça: • até 10°C • lavagem = 55°C a 65°C • enxágue = 80°C a 90°C NOTAS: 1. Os fornos devem, sempre que possível, possuir termostato para controlar a temperatura externamente, de modo a garantir a obtenção da temperatura correta de cocção. 2. As câmaras frigoríficas ou de congelamento devem obedecer aos critérios determinados no item B 4 deste capítulo. 3. O sistema de. exaustão deve ser bem dimensionado e mantido em boas condições de funcionamento. 57
  • 45. C2) - MÓVEIS Mesas, bancadas, prateleiras e estrados devem ser dimensionados em número suficiente à natureza dos serviços prestados. Estes móveis devem ser de material liso, resistente, lavável e impermeável. As prateleiras da cozinha, do estoque e das câmaras devem ser, de preferência, de aço inox ou alumínio polido ou ainda de plástico (cloreto de polivinila sem cádmio, sintético e superfície lisa) específico para este fim. Os estrados podem ser móveis ou fixos. Quando fixos, devem ser elevados do piso no mínimo 25cm. As prateleiras devem estar localizadas distantes 25cm do piso. Recomenda-se que a profundidade não seja superior a 45cm. Para ambos devem ser observados a instalação distantes da parede, facilitando as operações de limpeza e controle de pragas. C3) - UTENSÍLIOS Os utensílios devem cumprir requisitos importantes para manipulação de alimentos, ou seja, devem ser constituídos de material atóxico, com superfícies lisas que não sejam atacadas pelo produto e não permitam o acúmulo de resíduos. Em relação aos utensílios de mesa (talheres, pratos, etc.) deve-se dimensioná-los em quantidade superior ou igual ao número de refeições servidas, independente de serem lavados manual ou mecanicamente. Os utensílios de preparação devem ser dimensionados em quantidade suficiente de acordo com a natureza e o volume das operações desenvolvidas. Os utensílios destinados ao uso de produtos não comestíveis, produtos de limpeza ou produtos contaminantes, devem ser visivelmente identificados e destinados para uma única finalidade, não podendo ser utilizados em outras operações.
  • 46. -- ~ II -A V ALIAÇAO TECNICA DE FORNECEDORES - 59
  • 47. A) - AVALIAÇÃO DE FORNECEDORES É importante uma avaliação das condições ambientais e operacionais dos estabelecimentos fornecedores de matérias-primas, produtos semi elaborados ou produtos prontos, através de visita técnica, como subsídio para a qualificação e triagem dos fornecedores. No tocante às CONDIÇÕES ESTRUTURAIS DEEDIFICAÇÃO, NORMASDEHIGIENE,PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS e demais NORMATIVAS TÉCNICASa serem avaliados, deve-se considerar os mesmos itens abordados nos diversos Capítulos deste Manual, tendo em vista que os critérios básicos são os mesmos, tanto para Unidade de Alimentação como para Estabelecimentos Produtores/ Industrializadores de Alimentos. Com o objetivo de fornecer informações e recursos para o credenciamento e avaliação do desempenho de Fornecedores, a ABERC - por meio da CTO - Subcomissão Qualificação de Fornecedores - desenvolveu um Guia para Qualificação de Fornecedores - Produtos e Serviços- Para Unidades de Alimentação e Nutrição, ou seja uma ferramenta de apoio para os profissionais na aquisição de produtos e/ou serviços. Este trabalho visa estimular uma parceria Cliente/Fornecedor, possibilitando, desse modo, aumentar o padrão de qualidade dos fornecedores hoje existentes, visto que após a visita técnica, sugerimos a emissão de um Relatório de Orientações Técnicas, tanto para o setor de Compras como para o próprio Fornecedor, indicando as correções necessárias para as irregularidades encontradas, as informações sobre o padrão higiênico-sanitário e as especificações que serão requeridas e avaliadas a cada entrega ou a cada realização de um serviço, informando e estimulando o Fornecedor a atingir o padrão desejado. B) - REQUISITOS MÍNIMOS PARA QUALIFICAR O FORNECEDOR -"""' O estabelecimento Fornecedor deve apresentar ao Cliente: • Licença de Funcionamento emitida pela Vigilância Sanitária; • Razão Social Completa; • Endereço Completo; • CNPJ e IE quando aplicável; • Referência (no mínimo 3) de clientes com telefone e nome para contato. Recomenda-se, ainda: ~ Classificar os Fornecedores em Grupos, do de acordo com o grau de risco de contaminação da matéria e/ou serviço oferecido, ~ Utilizar a Lista de Verificação das Boas Práticas de Fabricação em Estabelecimentos Produtores/lndustrializadores de Alimentos, constante do Anexo II da Resolução ANVISA 275/2004. 61
  • 48. C) - AVALIAÇÃO TÉCNICA DE PROCEDIMENTOS E PROCESSOS PRODUTIVOS Para qualificação dos Fornecedores, além das Condições Ambientais, outros itens devem ser avaliados, tais como: Técnicas Operacionais: Boas Práticas de Produção, Armazenamento e Distribuição; Higiene Pessoal, Ambiental e dos Alimentos; Transporte; entre outros. Todos esses aspectos, após avaliação e qualificação dos fornecedores, devem ser monitorados constantemente. Resumidamente, os critérios a serem considerados são apresentados a seguir. Cl) - MANIPULADORES Os funcionários, nas áreas de produção, devem estar uniformizados, rigorosamente limpos, com calçados fechados e os cabelos totalmente protegidos. Devem possuir boa apresentação, unhas curtas, sem esmaltes e sem alianças e outros adornos. Devem ter hábitos higiênicos adequados e realizar a lavagem cuidadosa das mãos, antes da manipulação de alimentos, após utilização dos sanitários ou em qualquer mudança de atividade. O estado de saúde do pessoal deve ser controlado com a realização de exames médicos periódicos. Os procedimentos de HIGIENE PESSOAL devem estar descritos em manuais específicos (ver capítulo m deste Manual). C2) - MATÉRIA-PRIMA A origem da matéria-prima deve ser conhecida, proveniente de fornecedores autorizados através de visita técnica complementada por análise sensorial, físico-química e microbiológica. Na total impossibilidade dessa visita técnica, deve-se realizar pelo menos as análises laboratoriais nas entregas iniciais dos fornecedores, para comprovação das condições higiênico-sanitárias dos produtos. A matéria-prima deve possuir embalagens com os dizeres de rotulagem adequados e ser devidamente registrada, quando aplicável, no Ministério da Saúde e/ou Ministério da Agricultura. Deve-se prever uma área espeéífica para o seu acondicionamento, distinta da área de produção e expedição. A conservação da matéria-prima deve ser adequada, em condições de tempo e temperatura, de acordo com a sua natureza, condições tais que garantam a não alteração e a não contaminação do produto. O empacotamento da matéria-prima deve possuir rotulagem adequada, embalagens íntegras e prazo de validade visível e respeitado. C3) - FLUXO DE PRODUÇÃO As áreas de produção devem possuir locais isolados para pré-preparo e preparo dos alimentos, com fluxo adequado que evite a contaminação cruzada. Se não houver áreas separadas para os vários gêneros, deve existir no mínimo um local para produtos crus e outro para produtos prontos, além de áreas distintas para higienização de utensílios e equipamentos. Devem possuir ainda, procedimentos definidos e descritos em Manuais de Boas Práticas e Controle de Processos, apresentando um profissional técnico responsável pela aplicação destas normas. r=>,
  • 49. C4) - ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS PROCESSADOS Os produtos devem ser armazenados em temperatura adequada, de acordo com a sua natureza, separados por tipo ou grupo, sobre estrados ou prateleiras de fácil higienização, em local limpo e conservado. (vide capítulo VI deste Manual). CS) - EMPACOTAMENTO DO PRODUTO FINAL O produto deve ser empacotado em embalagens íntegras e ser identificado adequadamente, isto é, com nome; lista de ingredientes (composição); lote; data de fabricação; prazo de validade; razão social, CNPJ ,endereço completo, país de origem e município, número de registro ou código de identificação do estabelecimento fabricante junto ao órgão competente, número de registro do produto no órgão oficial regulamentador (quando pertinente), quantidade (peso) e condições de armazenamento. C6) - CONTROLE DE QUALIDADE DO PRODUTO FINAL Com frequência adequada, devem ser realizadas análises laboratoriais do produto acabado e de todos os lotes produzidos no estabelecimento. C7) - VISITANTES Todas as pessoas que não fazem parte da equipe de funcionários internos das empresas produtoras ou fornecedoras de alimentos são consideradas visitantes, podendo constituir focos de contaminação durante os processos produtivos. Portanto, deve-se considerar como visitantes: • os supervisores, • consultores, • fiscais, • auditores e ..-... • todos aqueles que necessitem entrar nas dependências de um estabelecimento de alimentos. Para o desempenho de suas funções, os visitantes devem estar devidamente paramentados, isto é, devem utilizar uniforme fornecido pela empresa, como avental, rede ou outra proteção para os cabelos e, quando necessário, botas ou protetores para os pés. Os visitantes não devem tocar nos alimentos, equipamentos, utensílios ou qualquer outro material interno do estabelecimento. Vale salientar que durante a visita ao estabelecimento, NÃO devem comer, fumar, mascar goma (chiclete) ou proceder em desacordo com as normas de higiene dos manipuladores descritas no capítulo 111 deste Manual. Ainda cabe ressaltar que os visitantes NÃO devem entrar na área de manipulação de alimentos quando estiverem com ferimentos, gripes, doenças transmissíveis, gastrenterites, ou qualquer outro quadro clínico que represente risco de contaminação. 63
  • 50. D) - TRANSPORTE DA MATÉRIA PRIMA, PRODUTOS SEMI ELABORADOS E PRODUTOS PRONTOS As normas para o transporte de alimentos estão descritas nesta seção. As determinações são direcionadas pela Vigilância Sanitária através da Portaria CVS 15 de 07/11/91. Esta Portaria define as condições dos vários tipos de Transporte: • Transporte Aberto. • Transporte Aberto com proteção. • Transporte Fechado à temperatura ambiente. • Transporte Fechado isotérmico ou refrigerado. DI) . PORTARIA CVS 15 DE 7/11/91 . CENTRO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (*OS INCISOS 7 E 8 DO ARTIGO 10 }'ORAM REVOGADOS PELA PORTARIA CVS 4 DE 21/03/11) A Diretoria Técnica do Centro de Vigilância Sanitária, à vista do que expressa o artigo 18, inciso I, alínea "F" do Decreto 26.048/86 e considerando: • a necessidade de norrnatização do transporte por veículos de alimentos para consumo humano; • a necessidade de uniformização das ações de fiscalização dos veículos que transportam alimentos; • a necessidade de uma proteção eficaz dos alimentos transportados por veículos, para diminuir os riscos de contaminação, resolve: Art. 1°· Normatizar e padronizar o transporte de alimento para consumo humano, na seguinte conformidade: 1. Os meios de transporte de alimentos destinados ao consumo humano, refrigerados ou não, devem garantir a integridade e a qualidade a fim de impedir a contaminação e deterioração do produto. 2. É proibido manter o mesmo continente, ou transportar no mesmo compartimento de um veículo, alimentos e substâncias estranhas que possam contarniná-Ios ou corrornpê-los. 3. Excetuam-se da exigência do item anterior, os alimentos embalados em recipientes hermeticamente fechados, impermeáveis e resistentes, salvo com produtos tóxicos. 4. Não é permitido transportar alimentos conjuntamente com pessoas e animais. 5. A cabine do condutor deve ser isolada da parte que contém os alimentos.
  • 51. 6. No transporte de alimentos, deve constar nos lados direito e esquerdo do veículo, de forma visível, dentro de um retângulo de 30 em de altura por 60 em de comprimento, os dizeres: Transporte de Alimentos, Nome, Endereço, Telefone da empresa e Produto Perecível (quando for o caso). Art. 2° - Os critérios de higiene no transporte de alimentos devem obedecer aos seguintes requisitos: 1. O veículo de transporte de alimentos deve ser mantido em perfeito estado de conservação e higiene. 2. Os métodos de higiene e desinfecção devem ser adequados às características dos produtos e meios de transportes, aprovados pela autoridade sanitária competente. 3. A limpeza deve ser efetuada com água potável da rede pública ou água tratada com hipoclorito de sódio a 2,5% (na proporção de 2 gotas/litro permanecendo em repouso por 30 minutos antes de ser utilizada) até remoção de todos os resíduos. No caso de resíduos gordurosos devem ser utilizados detergentes neutros para a sua completa remoção. 4. A desinfecção deve ser realizada após a limpeza e deve ser efetuada de uma das seguintes formas, segundo a necessidade: • desinfecção em água quente: através do contato ou imersão dos utensílios em água quente a uma temperatura não inferior a 80°C, durante 2 minutos no mínimo. • desinfecção com vapor: através de mangueiras, à temperatura não inferior a 96°C, e o mais próximo da superfície de contato, durante 2 a 3 minutos. • desinfecção com substâncias químicas: estes produtos devem ser registrados no Ministério da Saúde e usados conforme instruções do fabricante, não deixando resíduos e/ou odores que possam ser transmitidos aos alimentos. 5. O transporte de produtos perecíveis deve ser de material liso, resistente, impermeável e atóxico, lavável, aprovado pela autoridade sanitária. 6. O veículo deve possuir dispositivos de segurança que impeçam o derrame em via pública de alimentos e/ou resíduos sólidos e líquidos durante o transporte. 7. Quando a natureza do alimento assim o exigir deve ser colocado sobre prateleiras e estrados removíveis, de forma a evitar danos e contaminação. 8. Os materiais utilizados para proteção e fixação da carga (cordas, encerados, plásticos e outros) não devem constituir fonte de contaminação ou dano para o produto, devendo os mesmos serem desinfetados juntamente com o veículo de transporte. 9. A carga e/ou descarga não devem representar risco de contaminação, dano ou deterioração do produto e/ou matéria-prima alimentar. 10.Não é permitido o transporte concomitante de matéria-prima ou produtos alimentícios crus com alimentos prontos para consumo, se os primeiros representarem risco de contaminação para esses últimos. 65
  • 52. II.Não é permitido o transporte concomitante de dois ou mais produtos alimentícios, se um deles apresentar risco de contaminação para os demais. 12.0s equipamentos de refrigeração não devem apresentar risco de contaminação para o produto e devem garantir, durante o transporte, temperatura adequada para o mesmo. 13.0s alimentos perecíveis devem ser transportados em veículo fechado, dependendo da sua natureza: • sob refrigeração: ao redor de 4°e, não ultrapassando 6°C. (com tolerância até rc ou de acordo com a legislação local) • sob resfriamento: ao redor de 6°e, não ultrapassando looe ou conforme especificação do fabricante expressa na rotulagem. • sob aquecimento: acima de 65°C. (com tolerância até 60°C ou de acordo com a legislação local) • sob congelamento: ao redor de -18°C nunca superior a -15°C. (com tolerância até - 12°C, ou de acordo com a legislação local) • O transporte de refeições prontas para consumo imediato deve ser realizado em veículo fechado, logo após o seu acondicionamento, em recipiente hermeticamente fechado, de material adequado, conservadas à temperatura de acordo com a natureza do produto: ao redor de 4°C, não ultrapassando 6°C, (com tolerância até rc ou de acordo com a legislação local) ou acima de 65°C. (com tolerância até 60°C ou de acordo com a legislação local) 14.0s veículos de transporte sob controle de temperatura devem ser providos permanentemente de termômetros adequados e de fácil leitura. Art. 3° - Os meios de transporte de alimentos, não especificados por esta Portaria, devem cumprir as exigências estabe1ecidas pela autoridade sanitária competente. Art. 4° - O não cumprimento desta Portaria caracterizará em infração sanitária e deverá ser punido na forma de legislação vigente. Art. 5° - Esta Portaria entrará em vigor 60 dias contados a partir da data de sua publicação, ficando revogadas as Portarias CVS-6, de 6/6/91 e CVS-ll, de 27/8/91.
  • 53. OBSERVAÇÕES: 1 - A Portaria Estadual (SP) CVS 6 de 10/3/99 determina: a) "Nenhum alimento deve ser transportado em contato direto com o piso do veículo ou embalagens ou recipientes abertos." b) Os critérios de temperatura fixados são para os produtos e não para os veículos. c) A exigência de veículos frigoríficos fica na dependência do mecanismo de transporte e das características do produto. 2 - A Portaria Municipal (SP) 2619 de 06/1212011 determina: • Os procedimentos para a utilização e higienização dos tanques para transporte de alimentos devem ser descritos em forma de Procedimento Operacional Padronizado. • Os compartimentos com equipamentos de refrigeração devem ser regulados de forma a garantir a conservação do alimento que exige a menor temperatura. • As refeições prontas para consumo devem ser acondicionadas em recipientes de material sanitário ou embalagens próprias para alimentos devidamente identificados com o nome e o endereço do estabelecimento produtor, a data de preparo e o prazo de validade. • É expressamente proibido o transporte de produtos que representem risco à saúde em veículos que transportem alimentos, matérias-primas, ingredientes e embalagens para alimentos, mesmo submetidos à lavagem e desinfecção; • A água potável deve ser transportada segundo os seguintes requisitos: a) tanque revestido de material anticorrosivo, atóxico, que não altere a qualidade da água, provido de tampa de inspeção e passagem dimensionada para permitir a entrada de uma pessoa para higienização; b) indicador de nível de água, bocal de alimentação provido de tampa hermética e sistema de drenagem que permita total escoamento da água no seu interior; c) mangueira utilizada para transferir água do tanque para o reservatório do usuário, dotada de proteção nas extremidades próprias ao contato com a água, em bom estado de conservação; d) tanque higienizado sempre que houver mudança na origem da água e, obrigatoriamente, a cada 6 meses; e) para desinfecção, deve ser utilizado produto registrado pelo Ministério da Saúde, com a concentração e tempo de contato recomendado pelo fabricante; f) os veículos de transporte de água, assim como os de alimentos, devem estar identificados. • Para veículos transportadores de água para consumo humano, devem ser realizadas pela empresa fornecedora ou transportadora da água, análises de cloro residual livre e pH a cada carga, no momento da entrega do produto. 67
  • 54. CARACTERÍSTICAS MÍNIMAS NECESSÁRIAS DOS MEIOS DE TRANSPORTES DE ACORDO COM O PRODUTO (ANEXO DA PORTARIA) TRANSPORTE ABERTO Tipo de produto: Leite cru em vasilhames metálicos fechados; bebidas engarrafadas; hortaliças e similares. Exigências: • Constituído de material atóxico, de fácil limpeza e desinfecção; • Não deve ocasionar danos ou deterioração dos produtos. TRANSPORTE ABERTO COM PROTEÇÃO Tipo de produto: Biscoitos; balas e chocolates; cereais e grãos a granel; cereais e grãos pré-embalados, seus derivados farináceos e alimentos processados à base de grãos e cereais; condimentos, temperos e especiarias; café; doces em pasta; água mineral pré-envasada; massas alimentícias secas; óleos; pós para preparo de alimentos e alimentos desidratados; sal; açúcar e adoçantes dietéticos; alimentos em geral acondicionados em embalagens hermeticamente fechadas (ex.: latas, vidros, filmes plásticos, tetrabick, etc.); similares. Exigências: • Constituído de material de fácil limpeza e desinfecção; • Protegidos com lona, plástico e outros. TRANSPORTE FECHADO À TEMPERATURA AMBIENTE (baú, containcrs, outros) Tipo de produto: »<: Pão e produtos de panificação; produtos cárneos salgados, curados ou defumados; pescado salgado ou defumado; produtos de confeitaria; similares. Exigências: • Constituído de material atóxico, resistente, de fácil limpeza e desinfecção; • Imobilidade dos recipientes para garantia da integridade dos produtos. TRANSPORTE FECHADO, ISOTÉRMICO OU REFRIGERADO Tipo de produto: Carnes e produtos cárneos; sucos e outras bebidas a granel; creme vegetal e margarina; alimentos congelados ou supergelados; sorvetes; gorduras em embalagens não metálicas; produtos de confeitaria que requeiram temperatura especial de conservação; refeições prontas para o consumo; similares. Exigências: • Constituído de material liso, 'resistente, impermeável e atóxico; • Conservação: quente = acima de 65°C (com tolerância até 60°C ou de acordo com a legislação local); refrigerado = 4° a 6°C (com tolerância até rc ou de acordo com a legislação local); resfriado = 6° a 10°C e/ou conforme especificações do fabricante; e, congelado = -18°C a -15°C (com tolerância até -J2°C ou de acordo com a legislação local) • Termômetros em perfeitas condições de funcionamento; • Estrados, prateleiras, caixas e ganchos removíveis, para facilitar a limpeza e desinfecção.
  • 55. ,----.., , III - HIGIENE DOS MANIPULADORES 69
  • 56. A) - HIGIENE PESSOAL Todas as pessoas envolvidas em UAN devem ser conscientizadas a praticar as medidas de higiene, a fim de proteger os alimentos de contaminações químicas, físicas e microbiológicas. Devem ser capacitadas periodicàmente em higiene pessoal, manipulações higiênica dos alimentos, doenças transmitidas por alimentos, entre outros assuntos, devendo ser mantidos registros destas atividades. Para otimizar as técnicas de capacitação dos manipuladores, a Comissão Técnica-Operacional ABERC - Subcotnissão Treinamento - publicou O GUIA ABERC PARA 'Í'IiEINÁMENT() DE MANIPULADORES. É importante lembrar que as Unidades de Alimentação e Nutrição, de acordo com a Resolução RDC n0216/04 da ANVISA, devem implementar os POPs - Procedimentos Operacionais Padronizados, sendo o item Higiene e Saúde dos Manipuladores um deles. AI) - HIGIENE CORPORAL Os funcionários devem observar os seguintes hábitos de estética e asseio: • tomar banho diariamente; • lavar e secar bem os pés; • lavar a cabeça com frequência e escovar bem os cabelos; • fazer a barba diariamente; • evitar bigodes e costeletas (se utilizados, devem ser: bem aparados, limpos, não exagerados e o funcionário deve utilizar protetor específico e descartáve1, que deve ser mantido corretamente posicionado e trocado frequentemente durante a jornada de trabalho); • conservar as unhas curtas, limpas e sem esmalte, bem como sem base incolor; • escovar os dentes após as refeições, bem como ao levantar-se e antes de dormir; • não utilizar perfumes; • usar desodorante inodoro ou bem suave; • não aplicar maquiagem; • manter a higiene adequada das mãos; • conservar os uniformes limpos. 71
  • 57. A2) - HIGIENE DAS MÃOS Os funcionários devem higienizar as mãos adotando as técnicas adequadas de frequência e procedimentos. É importante estimular o hábito de lavar as mãos constantemente durante o dia de trabalho: a cada hora, toda vez que o funcionário entrar no setor e a cada troca de função durante a operação. Devem ser afixados cartazes de orientação aos manipuladores sobre a correta lavagem e antissepsia das mãos e demais hábitos de higiene, em locais de fácil visualização, inclusive nas instalações sanitárias e lavatórios. A.2.1) - Frequência obrigatória para lavar as mãos: • quando chegar ao trabalho; • depois de utilizar os sanitários; • depois de tossir, espirrar ou assoar o nariz; • depois de usar esfregões, panos e materiais de limpeza; • depois de fumar; • depois de recolher lixo e outros resíduos; • depois de tocar em sacarias, caixas, garrafas e alimentos não higienizados ou crus; • depois de pegar em dinheiro ou tocar nos sapatos; • depois de qualquer interrupção do serviço, especialmente entre alimentos crus e cozidos; • antes de manipular alimentos; • antes de iniciar um novo serviço; • antes de tocar em utensílios higienizados; • antes de tocar em alimentos já preparados; • antes e após o uso de luvas; • toda vez que mudar de atividade e • cada vez que as mãos estiverem sujas. A.2.2) - Procedimentos para higienização e antissepsia das mãos: • umedecer as mãos e antebraços com água; • colocar sabonete líquido, neutro e inodoro sobre as mãos úmidas; • utilizar o sabonete em saboneteiras dosadoras; • demorar, pelo menos, 15 segundos com as mãos ensaboadas; • enxaguar bem as mãos e antebraços, em água corrente, de preferência quente; • secar as mãos e antebraços com papel toalha descartável não recic1ado ou ar quente ou outro meio adequado; • utilizar antisséptico adequado - álcool gel 70%; • aplicar o antisséptico sobre as mãos; • deixar secar as mãos ao ar, naturalmente. NOTAS TMPORTANTES· I. Não fazer antissepsia por imersão das mãos. 2. Não utilizar antissépticos sem ter lavado as mãos com água e sabão. 3. Ao utilizar sabão líquido antisséptico, não é necessário realizar a etapa separada de antissepsia, desde que as mãos permaneçam ensaboadas por 1(um) minuto, no mínimo. 4. Usar produtos antissépticos constituídos por substâncias aprovadas pela legislação vigente. 5. Atentar para o Uso Racional da Água. (ver capítulo VII). 6. As torneiras dos lavatórios devem ter acionamento NÃO manual. 7. É proibido, para fins de antissepsia de mãos, o uso de álcool regularizado como saneante pela ANVISA. r:
  • 58. A.2.3) - Uso de escova para unhas: Adotando-se o uso de escova p/ unhas, deve-se eleger as de cabo plástico e usá-Ias, no início do turno de trabalho, na etapa de massagear as mãos c/ sabonete. Cabe salientar que está comprovado, através de estudos científicos, que o uso contínuo da escova, durante todo o período de trabalho, promove maior contaminação por Staphylococus aureus. Portanto, NÃO RECOMENDAMOS A UTILIZAÇÃO DE ESCOVAS PARA UNHAS DURANTE A MANIPULÀÇÃO DE ALIMENTOS, devido à contaminação por Staphylococcus aureus decorrente da abrasão da escova com os dedos e à dificuldade de higienização. No caso da adoção pelo uso de escovas para unhas, o ideal é que sejam de uso individual. Após o uso, as escovas devem ser bem lavadas, em água corrente, até a total retirada dos resíduos de sabão, desinfetadas e guardadas secas em local protegido. No caso da adoção de escova de uso coletivo, além de ser bem lavada e enxaguada a cada uso, deve permanecer imersa em solução desinfetante para não se tornar um veículo de contaminação entre manipuladores. Além disso, as escovas para unhas devem ser examinadas periodicamente e desprezadas quando estiverem com cerdas endurecidas e amassadas. A3) - UTILIZAÇÃO DE LUVAS As luvas são utilizadas de acordo com a natureza do serviço, atentando-se para a higienização e desinfecção das mãos, antes e após o uso das mesmas. A.3.1) - Uso de luvas descartáveis: A adoção de luvas descartáveis pode ocorrer quando não for possível utilizar utensílios e sempre por períodos rápidos. Cabe salientar que se deve usar luvas novas toda vez que se retomar a uma função previamente interrompida. Deve-se observar o uso de luvas nos seguintes casos: • na manipulação de alimentos prontos para consumo, que já tenham sofrido tratamento térmico; • no preparo e manipulação de alimentos prontos para consumo, que não serão submetidos a tratamento térmico; • na manipulação de saladas cujas hortaliças já tenham sido adequadamente higienizadas. NOTA: Deve-se dispensar o uso de luvas descartáveis quando estas implicarem em risco de acidente de trabalho, tais como: manuseio de fornos, fogões, fritadeiras, flambadores, cilindros, masseiras e assemelhados. 73