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História 05

                                      "A CASA DE MAZALU"
                                          Malba Tahan


Ciclo: Primário
TEMA: Simplicidade
(Desenhos e adaptação de Maria R. de Amaral)




                                            Era um sapo que se chamava Mazalu.
                                            Leia bem devagar: MA-ZA-LU. O sapo Mazalu vivia
                                          muito quito debaixo de uma pedra junto ao rio.




    Certa manhã, o sapo Mazalu saiu a passeio e
encontrou o seu amigo tatu. O tatu chamava-se Pavio.
     Leia sem se apressar: PA-VI-O .
     - Como vai, amigo Mazalu? Como tem passado?
     O sapo respondeu:
     - Vou bem, obrigado, amigo Pavio.
     Disse então o tatu:
     - Qualquer dia eu apareço lá por sua casa. Vou fazer-
lhe uma visita. O sapo tremeu. E sabem por que? Ele não
tinha casa. Morava embaixo de uma pedra num lugar frio e
cheio de lama. Como receber a visita de um amigo tão
elegante como o pavio?
      Depois de pensar uma pouco, o sapo respondeu delicado :
      - Apareça, amigo tatu, apareça. Vá um dia jantar comigo.
                                                - Está bem, amigo sapo. Brevemente irei passar a
                                          tarde em sua casa.
                                                Nesse mesmo dia, o sapo tratou de arranjar uma
                                          casa onde pudesse receber a visita do tatu.
                                              Ele ouvira dizer que uma ave chamada joão-de-barro
                                          fazia casas. E que casas bonitas! Mais bonitas que as
                                          casas feitas pelos engenheiros. Dali mesmo ele foi procurar
                                          o joão-de-barro.
                                               - Você pode fazer uma casa para mim, joão-de-barro ?
                                               O João-de-Barro respondeu:
                                                 - Não há nada mais fácil. Farei para você uma casa
                                          muito bonita com portas e varanda. Custa só cem reais.

       - Está bem, respondeu o sapo.
       E pagou os cem reais para o João-de-Barro. No dia seguinte o sapo foi ver a casa construída
pelo João-de-Barro.
       Era muito bonita, bem feita e tinha porta e varanda . mas ficava muito alta, no galho de uma
árvore e o sapo não podia chegar até lá.
       Mazalu foi obrigado a desistir da casa feita pelo
João-de-Barro.
    "Só a formiga saúva será capaz de fazer uma casa que
sirva", pensou o sapo. "Vou falar com a formiga saúva".
     Mas a formiga morava em formigueiros horríveis onde


                                                                                                      1
não entra água.
    E a casa feita pela formiga saúva, não serviu ao sapo. Era pequena, muito seca e abafada.
    O sapo gostava de lugares úmidos e frios.




                                            O sapo lembrou-se da velha coruja que passa o dia
                                          recolhida e só sai à noite para passear. A coruja sim é que
                                          sabe fazer casas magníficas. E o sapo resolveu comprar
                                          uma casa da coruja.
                                              Mas a casa da coruja não ia servir para ele; era um
                                          buraco feito no tronco de uma velha mangueira e o sapo,
                                          por mais que pulasse não conseguiria alcançar a porta de
                                          sua nova moradia.
                                                Pobre Mazalu! Mal sabia ele que casa de coruja não
                                          serve para sapo.

   Muito triste, o sapo procurou o macaco que vivia a saltar
pelas árvores.
    - Macaco, você pode fazer uma casa para mim?
    - Ora se posso! - respondeu o macaco.
    E sabe o que fez o macaco?




                                            Arranjou um
                                          caixote sem tampo e desse caixote fez uma casa para o
                                          sapo.
                                              - Agora sim - disse o sapo - posso receber a visita do
                                          meu amigo tatu.
                                               Mas no dia da visita o tatu ficou muito triste. Não podia
                                          entrar na casa do sapo. O caixote era muito pequeno; ele
                                          não cabia lá dentro.




     - Amigo sapo - disse o tatu - a casa é para mim pequena e
desagradável. Pensei que você morasse debaixo de uma pedra junto ao
rio. Era lá que eu queria jantar com você.
     Ao ouvir isso, o sapo ficou muito espantado. Tivera tanto trabalho e
despesa para arranjar aquela casa e, no entanto, o tatu queria encontrá-lo
como ele vivia, modesto e tranqüilo debaixo de uma pedra junto ao rio.


                                               O sapo voltou para o seu lugar e lá recebeu muitas
                                          visitas . Cada vez que o tatu ia visitá-lo, levava um belo
                                          presente para o amigo.




                                                                                                        2
AQUELE QUE É FELIZ NUMA CASA MODESTA E POBRE NÀO DEVE INVEJAR O PALÁCIO
DO RICO.
     VIVAMOS , POIS, COM SIMPLICIDADE E MODÉSTIA, POIS A FELICIDADE NÃO RESIDE NO
LUXO NEM NA OPULÊNCIA!



                                   QUADRINHAS

                               Era uma vez um Sapo
                                Que chamava Mazalu
                              E tinha um grande amigo
                                  O Carpinteiro Tatu.
                                Mazalu morava quieto
                              Debaixo de grande pedra
                                Lá numa curva do rio
                              Bem pertinho da floresta.
                               Visitar o grande amigo
                                 Era o sonho do Tatu
                            "Mas em casa tão estranha..."
                                Pensou logo Mazalu.
                                Seu amigo, o Macaco
                              Muito alegre e brincalhão
                              De um caixote fez a casa
                               O Tatu não gostou não.
                               Terminada a confusão,
                              Disse o Tatu para o Sapo;
                                  - A tua casa no rio
                               É que é bonita de fato!
                              Jantaram os dois amigos
                                 Na maior felicidade
                                 Aprendendo a lição
                             Que traz a SIMPLICIDADE




                                      CANTO

                              Sapo jururu ( MAZALU )
                                   Na beira do rio
                            Quando o sapo canta, morena
                                Diz que está com frio
                                   Eu vi um sapo
                                   Na beira do rio
                              De camisa verde, ó lê lê
                                   Ele não me viu
                                 A mulher do sapo
                                 Foi que me contou
                             Que o marido dela, ó lê lê
                                    Era professor
                               Sapo jururu (MAZALU)
                                   Na beira do rio
                            Quando o sapo canta, morena



                                                                               3
É porque tem frio
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Fazendo rendinha, morena
   Pro seu casamento




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A história do sapo Mazalu e sua busca por uma casa

  • 1. História 05 "A CASA DE MAZALU" Malba Tahan Ciclo: Primário TEMA: Simplicidade (Desenhos e adaptação de Maria R. de Amaral) Era um sapo que se chamava Mazalu. Leia bem devagar: MA-ZA-LU. O sapo Mazalu vivia muito quito debaixo de uma pedra junto ao rio. Certa manhã, o sapo Mazalu saiu a passeio e encontrou o seu amigo tatu. O tatu chamava-se Pavio. Leia sem se apressar: PA-VI-O . - Como vai, amigo Mazalu? Como tem passado? O sapo respondeu: - Vou bem, obrigado, amigo Pavio. Disse então o tatu: - Qualquer dia eu apareço lá por sua casa. Vou fazer- lhe uma visita. O sapo tremeu. E sabem por que? Ele não tinha casa. Morava embaixo de uma pedra num lugar frio e cheio de lama. Como receber a visita de um amigo tão elegante como o pavio? Depois de pensar uma pouco, o sapo respondeu delicado : - Apareça, amigo tatu, apareça. Vá um dia jantar comigo. - Está bem, amigo sapo. Brevemente irei passar a tarde em sua casa. Nesse mesmo dia, o sapo tratou de arranjar uma casa onde pudesse receber a visita do tatu. Ele ouvira dizer que uma ave chamada joão-de-barro fazia casas. E que casas bonitas! Mais bonitas que as casas feitas pelos engenheiros. Dali mesmo ele foi procurar o joão-de-barro. - Você pode fazer uma casa para mim, joão-de-barro ? O João-de-Barro respondeu: - Não há nada mais fácil. Farei para você uma casa muito bonita com portas e varanda. Custa só cem reais. - Está bem, respondeu o sapo. E pagou os cem reais para o João-de-Barro. No dia seguinte o sapo foi ver a casa construída pelo João-de-Barro. Era muito bonita, bem feita e tinha porta e varanda . mas ficava muito alta, no galho de uma árvore e o sapo não podia chegar até lá. Mazalu foi obrigado a desistir da casa feita pelo João-de-Barro. "Só a formiga saúva será capaz de fazer uma casa que sirva", pensou o sapo. "Vou falar com a formiga saúva". Mas a formiga morava em formigueiros horríveis onde 1
  • 2. não entra água. E a casa feita pela formiga saúva, não serviu ao sapo. Era pequena, muito seca e abafada. O sapo gostava de lugares úmidos e frios. O sapo lembrou-se da velha coruja que passa o dia recolhida e só sai à noite para passear. A coruja sim é que sabe fazer casas magníficas. E o sapo resolveu comprar uma casa da coruja. Mas a casa da coruja não ia servir para ele; era um buraco feito no tronco de uma velha mangueira e o sapo, por mais que pulasse não conseguiria alcançar a porta de sua nova moradia. Pobre Mazalu! Mal sabia ele que casa de coruja não serve para sapo. Muito triste, o sapo procurou o macaco que vivia a saltar pelas árvores. - Macaco, você pode fazer uma casa para mim? - Ora se posso! - respondeu o macaco. E sabe o que fez o macaco? Arranjou um caixote sem tampo e desse caixote fez uma casa para o sapo. - Agora sim - disse o sapo - posso receber a visita do meu amigo tatu. Mas no dia da visita o tatu ficou muito triste. Não podia entrar na casa do sapo. O caixote era muito pequeno; ele não cabia lá dentro. - Amigo sapo - disse o tatu - a casa é para mim pequena e desagradável. Pensei que você morasse debaixo de uma pedra junto ao rio. Era lá que eu queria jantar com você. Ao ouvir isso, o sapo ficou muito espantado. Tivera tanto trabalho e despesa para arranjar aquela casa e, no entanto, o tatu queria encontrá-lo como ele vivia, modesto e tranqüilo debaixo de uma pedra junto ao rio. O sapo voltou para o seu lugar e lá recebeu muitas visitas . Cada vez que o tatu ia visitá-lo, levava um belo presente para o amigo. 2
  • 3. AQUELE QUE É FELIZ NUMA CASA MODESTA E POBRE NÀO DEVE INVEJAR O PALÁCIO DO RICO. VIVAMOS , POIS, COM SIMPLICIDADE E MODÉSTIA, POIS A FELICIDADE NÃO RESIDE NO LUXO NEM NA OPULÊNCIA! QUADRINHAS Era uma vez um Sapo Que chamava Mazalu E tinha um grande amigo O Carpinteiro Tatu. Mazalu morava quieto Debaixo de grande pedra Lá numa curva do rio Bem pertinho da floresta. Visitar o grande amigo Era o sonho do Tatu "Mas em casa tão estranha..." Pensou logo Mazalu. Seu amigo, o Macaco Muito alegre e brincalhão De um caixote fez a casa O Tatu não gostou não. Terminada a confusão, Disse o Tatu para o Sapo; - A tua casa no rio É que é bonita de fato! Jantaram os dois amigos Na maior felicidade Aprendendo a lição Que traz a SIMPLICIDADE CANTO Sapo jururu ( MAZALU ) Na beira do rio Quando o sapo canta, morena Diz que está com frio Eu vi um sapo Na beira do rio De camisa verde, ó lê lê Ele não me viu A mulher do sapo Foi que me contou Que o marido dela, ó lê lê Era professor Sapo jururu (MAZALU) Na beira do rio Quando o sapo canta, morena 3
  • 4. É porque tem frio A mulher do sapo Deve estar lá dentro Fazendo rendinha, morena Pro seu casamento 4