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A ADORAÇÃO E A FÉ QUEBRAM BARREIRAS E FRONTEIRAS
1-►Na região de TIRO-
Nesse lugar encontrar-se uma mulher "cananeia". Ela mora numa região de
pagãos. Eles não são semitas, não são israelita nem seguem a religião judaica.
Mas ela chama Jesus de "Filho de Davi", que é o título messiânico israelita por
excelência. Podemos pensar que ela está tão profundamente angustiada que
se humilha até invocar o Messias dos israelitas. "E partindo dali foi para a
Região de Tiro..." (7,24a).
2-►A mulher identificada é designada como Cananeia. Podemos pensar que
ela esta tão profundamente angustiada que se humilha até invocar o Messias
dos israelitas. Seu amor de mãe pela sua filha a leva a quebrar as possíveis
fronteiras da sua tradição e das brigas dos povos na procura da saúde de sua
filha.
A insistência da Mulher e as reações de Jesus e dos discípulos
Mateus descreve com muito mais detalhes o gradativo clamor da mulher e as
diferentes reações de Jesus e dos discípulos.
3-►O grito da mulher pede a compaixão de Jesus reconhecido como Filho de
Davi.
4-►O seu clamor expressa a solidariedade entre mãe e filha, Jesus fica em
silêncio e nada responde (Mt 15, 23). Será indiferença ou presença silenciosa e
reflexiva?
5-►O silêncio também faz parte da aproximação para um verdadeiro encontro,
quando as diferenças são muito grandes.
6-►Os discípulos ficam bravos com a mulher.
7-►Querem afastar o grito porque ele incomoda: "Despede-a, porque vem
gritando atrás de nós" (Mt 15,23). Eles querem que Jesus mande-a embora
para que não os incomode mais. Jesus parece pensar em voz alta e Mateus
coloca em sua boca a mentalidade dos judeus da época, através de uma
compreensão exclusivista da missão:
8-►"Eu não fui enviado senão para as ovelhas perdidas de Israel" (Mt 15, 24).
Diante da insistência do grito da mulher, a resposta de Jesus é muito dura e
difícil de entender. Para isso, é preciso entrar em sua atitude pedagógica,
destinada aos discípulos e também à mulher.
9-►Ele insiste no seu messianismo israelita: "Não fui enviado senão às
ovelhas perdidas de Israel" (Mt 15,24). E era verdade mesmo: Jesus foi
mandado a um povo pequeno, para realizar uma esperança limitada nos seus
termos – ele é o Messias de Israel.
10-►Jesus não a rejeita, mas a provoca para uma maior confiança.
Ele vai pedir que ela transgrida as fronteiras de suas próprias ideias.
11-►As fronteiras que tinham marcado dentro do seu coração e de seus
conceitos.
12-►A mulher volta a insistir. Seu grito agora é acompanhado por um gesto de
aproximação maior.
13-►Prostrando-se de joelhos implora: "Senhor, ajuda-me" (v. 25). "Não fica
bem tirar o pão dos filhos para atirá-lo aos cachorrinhos" (Mt 15, 26). Os judeus
se consideravam filhos de Deus e diziam que os estrangeiros não eram dignos
da bênção divina.
14-☺A mulher pagã ajudou Jesus a compreender que ele era enviado de Deus
não só para os judeus, mas para toda pessoa humana de todas as culturas e
tempos; o que é uma alusão à profecia do Servo de Deus (Is 49, 1-6). A mulher
assumiu sua condição de "cachorrinho" com grande esperança (fé); não
aceitou as condições que a deixavam excluída da vida, mas quebrou as
fronteiras que a discriminavam.
15-►Jesus ficou admirado com os valores que encontrou nos pagãos e
compreendeu que Deus já estava entre eles como Deus vivo e libertador:
aquele que ouve o clamor e desce para libertar (cf. Ex 3, 7ss.).
16-►O evangelho de Mateus faz esse caminho progressivo e muito diferente
do envio de discípulos apenas para as "ovelhas perdidas da casa de Israel" (Mt
10, 6), e conclui: "Ide e fazei com que todos os povos sejam meus discípulos"
(Mt 28, 19). O encontro de transformação e libertação só aconteceu quando
(ACONTECEu UM ATO DE ADORAÇÃO) e então Jesus "descue" ao nível
humano, tornando-se aprendiz e discípulo da mulher estrangeira, excluída. E
confirma o seu amor por todos os povos: "Mulher, grande é tua fé! Seja feito
como queres!" (Mt 15, 28).
Como ela, nós somos convidados a ir lá onde a vida clama e sofre a dor dos
nossos problemas; ali onde as pessoas sofrem a separação da vida social e
cultural.
Sendo que a adoração e a fé quebram fronteiras, devemos perguntar:
–Será que deixamos pelos menos algumas "migalhas" para aqueles e aquelas
que não são cristãos?
– Somos capazes de reconhecer a realidade crítica fora do nosso ambiente
Cristão institucional?
No seguimento de Jesus, que se deixou tocar pelo grito da mulher siro-fenícia,
"escutar Deus onde a vida clama" é convocação do Espírito que sopra onde e
como quer. Precisamos ter nossos corações abertos e atentos aos múltiples
clamores da vida que aparece ao nosso redor.

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A fé que quebra fronteiras

  • 1. A ADORAÇÃO E A FÉ QUEBRAM BARREIRAS E FRONTEIRAS 1-►Na região de TIRO- Nesse lugar encontrar-se uma mulher "cananeia". Ela mora numa região de pagãos. Eles não são semitas, não são israelita nem seguem a religião judaica. Mas ela chama Jesus de "Filho de Davi", que é o título messiânico israelita por excelência. Podemos pensar que ela está tão profundamente angustiada que se humilha até invocar o Messias dos israelitas. "E partindo dali foi para a Região de Tiro..." (7,24a). 2-►A mulher identificada é designada como Cananeia. Podemos pensar que ela esta tão profundamente angustiada que se humilha até invocar o Messias dos israelitas. Seu amor de mãe pela sua filha a leva a quebrar as possíveis fronteiras da sua tradição e das brigas dos povos na procura da saúde de sua filha. A insistência da Mulher e as reações de Jesus e dos discípulos Mateus descreve com muito mais detalhes o gradativo clamor da mulher e as diferentes reações de Jesus e dos discípulos. 3-►O grito da mulher pede a compaixão de Jesus reconhecido como Filho de Davi. 4-►O seu clamor expressa a solidariedade entre mãe e filha, Jesus fica em silêncio e nada responde (Mt 15, 23). Será indiferença ou presença silenciosa e reflexiva? 5-►O silêncio também faz parte da aproximação para um verdadeiro encontro, quando as diferenças são muito grandes. 6-►Os discípulos ficam bravos com a mulher. 7-►Querem afastar o grito porque ele incomoda: "Despede-a, porque vem gritando atrás de nós" (Mt 15,23). Eles querem que Jesus mande-a embora para que não os incomode mais. Jesus parece pensar em voz alta e Mateus coloca em sua boca a mentalidade dos judeus da época, através de uma compreensão exclusivista da missão: 8-►"Eu não fui enviado senão para as ovelhas perdidas de Israel" (Mt 15, 24). Diante da insistência do grito da mulher, a resposta de Jesus é muito dura e difícil de entender. Para isso, é preciso entrar em sua atitude pedagógica, destinada aos discípulos e também à mulher. 9-►Ele insiste no seu messianismo israelita: "Não fui enviado senão às ovelhas perdidas de Israel" (Mt 15,24). E era verdade mesmo: Jesus foi mandado a um povo pequeno, para realizar uma esperança limitada nos seus termos – ele é o Messias de Israel. 10-►Jesus não a rejeita, mas a provoca para uma maior confiança. Ele vai pedir que ela transgrida as fronteiras de suas próprias ideias. 11-►As fronteiras que tinham marcado dentro do seu coração e de seus conceitos.
  • 2. 12-►A mulher volta a insistir. Seu grito agora é acompanhado por um gesto de aproximação maior. 13-►Prostrando-se de joelhos implora: "Senhor, ajuda-me" (v. 25). "Não fica bem tirar o pão dos filhos para atirá-lo aos cachorrinhos" (Mt 15, 26). Os judeus se consideravam filhos de Deus e diziam que os estrangeiros não eram dignos da bênção divina. 14-☺A mulher pagã ajudou Jesus a compreender que ele era enviado de Deus não só para os judeus, mas para toda pessoa humana de todas as culturas e tempos; o que é uma alusão à profecia do Servo de Deus (Is 49, 1-6). A mulher assumiu sua condição de "cachorrinho" com grande esperança (fé); não aceitou as condições que a deixavam excluída da vida, mas quebrou as fronteiras que a discriminavam. 15-►Jesus ficou admirado com os valores que encontrou nos pagãos e compreendeu que Deus já estava entre eles como Deus vivo e libertador: aquele que ouve o clamor e desce para libertar (cf. Ex 3, 7ss.). 16-►O evangelho de Mateus faz esse caminho progressivo e muito diferente do envio de discípulos apenas para as "ovelhas perdidas da casa de Israel" (Mt 10, 6), e conclui: "Ide e fazei com que todos os povos sejam meus discípulos" (Mt 28, 19). O encontro de transformação e libertação só aconteceu quando (ACONTECEu UM ATO DE ADORAÇÃO) e então Jesus "descue" ao nível humano, tornando-se aprendiz e discípulo da mulher estrangeira, excluída. E confirma o seu amor por todos os povos: "Mulher, grande é tua fé! Seja feito como queres!" (Mt 15, 28). Como ela, nós somos convidados a ir lá onde a vida clama e sofre a dor dos nossos problemas; ali onde as pessoas sofrem a separação da vida social e cultural. Sendo que a adoração e a fé quebram fronteiras, devemos perguntar: –Será que deixamos pelos menos algumas "migalhas" para aqueles e aquelas que não são cristãos? – Somos capazes de reconhecer a realidade crítica fora do nosso ambiente Cristão institucional? No seguimento de Jesus, que se deixou tocar pelo grito da mulher siro-fenícia, "escutar Deus onde a vida clama" é convocação do Espírito que sopra onde e como quer. Precisamos ter nossos corações abertos e atentos aos múltiples clamores da vida que aparece ao nosso redor.