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 Vulcanismo (PPT6-BG10)
 Sismologia (PPT7-BG10)
Simbologia
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Nota de rodapé
ESTRUTURA E DINÂMICA DA GEOSFERA
SISMOS
Sismos ou tremores de terra são movimentos
vibratórios bruscos da litosfera. Resultam da
libertação de grande quantidade de energia sob
a forma de calor e ondas sísmicas.
A origem dos sismos pode estar associada a:
 atividades humanas (ex: explosões em minas);
 vulcanismo (devido à deslocação de magma);
 deslizamento de terras ou abatimento de grutas;
 movimentos das placas litosféricas – sismos
tectónicos.
Os sismos são objeto de estudo da sismologia,
uma disciplina da geofísica.
Microssismo – não é sentido pelas pessoas.
Macrossismo – é sentido pelas pessoas.
Termos associados aos sismos
 Epicentro – ponto da superfície terrestre mais
próximo do hipocentro.
 Sismógrafos – aparelhos que registam ondas
sísmicas, produzindo sismogramas.
 Um sismo forte é antecedido quase sempre
por abalos mais fracos – sismos premonitórios
ou abalos premonitórios.
 Após um sismo há reajustamentos nos materiais
rochosos na zona da falha, o que origina
pequenos abalos – as réplicas.
 Hipocentro ou foco – local, no interior da Terra,
onde o sismo tem origem. Nos sismos
superficiais situa-se até aos 70 km de
profundidade; nos sismos profundos está a mais
de 300 km de profundidade.
Epicentro
Onda sísmica
Falha
Hipocentro ou foco
• As rochas ficam sujeitas a forças
de elevada intensidade e duração,
devido ao movimento das placas
litosféricas.
• Acumula-se uma grande quantidade
de energia.
• Quando é ultrapassado o limite
de resistência da rocha à rutura,
ela parte.
• Os blocos rochosos deslocam-se um
em relação ao outro, formando-se
uma falha e libertando-se, de forma
brusca, uma enorme quantidade de
energia, sob a forma de calor
e ondas sísmicas.
• Sempre que os blocos rochosos se
deslocam ao longo da falha ocorrem
novos sismos.
Teoria do ressalto elástico
As ondas geradas no hipocentro
propagam-se em todas as direções e,
uma vez à superfície, geram outros tipos
de ondas.
Ondas sísmicas
 Ondas de profundidade, internas
ou de volume – propagam-se a partir
do hipocentro, em todas as direções.
São de dois tipos: ondas P e ondas S.
 Ondas de superfície – resultam da
interação das ondas de volume com a
superfície terrestre. Propagam-se à
superfície ou próximo dela. É o caso
das ondas R e L.
Sismógrafo vertical
Diferentes ondas sísmicas fazem vibrar de forma diversa os materiais que atravessam,
pelo que é necessário ter diferentes sismógrafos para conseguir registar movimentos
verticais e horizontais das partículas.
Registo das ondas sísmicas
Sismógrafo horizontal
Numa estação sismológica encontram-se pelo menos dois sismógrafos horizontais
(orientados nas direções norte-sul e este-oeste) e um sismógrafo vertical.
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Registo das ondas sísmicas
amplitude
Alguns aspetos analisados num sismograma incluem:
 a amplitude das ondas, que corresponde à distância a que
as partículas se afastam da sua posição de repouso;
 o tempo de chegada de cada onda;
 o intervalo de tempo entre a chegada de diferentes ondas.
Sismograma
As ondas S designam-se também
ondas transversais pois fazem
vibrar as partículas perpendicular-
mente à direção de propagação.
Propagam-se em meios sólidos
mas não em meios líquidos
e são mais lentas.
As ondas P designam-se também
ondas longitudinais pois fazem
vibrar as partículas na direção
de propagação. Propagam-se
em meios sólidos e líquidos
e são muito rápidas.
As ondas superficiais (ondas L e R) fazem vibrar
as partículas de formas diversas, incluindo
movimentos circulares de grande amplitude. Os
danos que se verificam durante os sismos devem-se
principalmente a este tipo de ondas.
Tipos de ondas sísmicas
 As ondas sísmicas sofrem desvios na sua trajetória quando
encontram superfícies de descontinuidade entre materiais.
Este fenómeno é semelhante ao que já foi estudado na disciplina
de Física para outros fenómenos ondulatórios, como a luz e o som.
 Se a Terra fosse uniforme, as ondas P e S teriam uma propagação
uniforme e não sofriam alterações na trajetória e na velocidade.
 As ondas de profundidade (P e S) atravessam a Terra e são
detetadas nos sismógrafos existentes um pouco por todo o globo.
 Os geofísicos estudam variações na trajetória e na velocidade das
ondas P e S como método indireto de estudo do interior da Terra.
Ondas sísmicas e descontinuidades internas
Modelo 1
Interior da Terra uniforme
Modelo 2
Interior da Terra com camadas
de diferente composição
 A velocidade das ondas sísmicas depende da rigidez e da densidade
dos materiais que atravessam. A velocidade das ondas P e S
aumenta com a rigidez dos materiais e diminui com a densidade.
 Mohorovicic foi um geofísico
croata que propôs a existência
de uma descontinuidade entre
a crosta e o manto.
Esta proposta resultou
do estudo de sismogramas
de estações sismográficas
próximas de Zagreb.
 Mohorovicic observou que nas
estações sismográficas mais
afastadas do epicentro eram
registadas ondas P diretas
e refratadas, sendo que
as refratadas percorriam
uma distância maior mas
chegavam primeiro.
• As ondas refratadas deverão encontrar um
meio diferente que lhes permite adquirir
uma velocidade superior.
O que pode explicar estes resultados?
EXERCÍCIO
Crosta
Descontinuidade
de Moho ou de
Mohorovicic
Manto
Velocidade das ondas P (no manto) = 8 km/s
Velocidade das ondas P (na crosta) = 6 km/s
• A descontinuidade de
Mohorovicic, que separa a crosta
do manto, não se encontra
sempre à mesma profundidade
(ver animação no link).
• A descontinuidade de Moho
encontra-se em profundidades
de 5 km a 10 km na crosta
oceânica, e em profundidades
de 35 km a 70 km na crosta
continental.
• A velocidade de propagação das
ondas sísmicas é de 6 km/s na
crosta continental e de 7 km/s na
crosta oceânica, mais rígida.
Descontinuidade de Moho
Crosta oceânica Crosta continental
Explique a variação de velocidade
das ondas P na descontinuidade de
Moho e entre os 100 km e os 350 km.
 Na descontinuidade de Moho,
a variação de velocidade das ondas
sísmicas deve-se à transição dos
materiais da crosta para os do manto,
que têm composição diferente.
Entre os 100 km e os 350 km situa-se
a astenosfera, uma camada do manto
com menor rigidez, e portanto mais
plástica, na qual as ondas se
propagam com maior dificuldade.
EXERCÍCIO
Crosta
Relacione os dados do gráfico com a
teoria da tectónica de placas.
 Segundo essa teoria, as placas
litosféricas movem-se devido às
correntes de convecção térmica.
A descoberta de uma zona de baixa
velocidade das ondas sísmicas,
sob a litosfera, constituiu um
argumento a favor a teoria
da tectónica de placas.
EXERCÍCIO
Crosta
Os dados da sismologia
forneceram outros resultados
surpreendentes para os
geofísicos. Por exemplo,
as ondas P diretas nunca
são detetadas na faixa entre
os 103° e os 143° contados
a partir do epicentro, em redor
de todo o globo.
Como explicar esta zona
de sombra das ondas P?
A zona de sombra deve-se aos desvios que as ondas P sofrem nas descontinuidades internas da Terra:
 Descontinuidade de Gutenberg, entre o manto e o núcleo externo, a 2900 km de profundidade.
 Descontinuidade de Lehman, entre o núcleo interno e o externo, a 5100 km de profundidade.
Exercício
Preveja a extensão da zona de sombra
das ondas S. Recorde que estas não se
propagam em meios líquidos.
 As ondas S diretas têm uma zona de
sombra correspondente a toda a área
do globo terrestre abaixo dos 103° de
distância epicentral.
 As ondas S não atravessam o núcleo
externo, que é líquido.
EXERCÍCIO
103° 103°
140°
140°
O estudo das ondas sísmicas permitiu:
 perceber que existem camadas com diferentes
características no interior da Terra;
 localizar as descontinuidades que marcam a
transição entre diferentes camadas;
 caracterizar as diferentes camadas.
Estrutura interna da Terra
Modelo
geoquímico
Modelo
geofísico
Estrutura interna da Terra
Modelo geoquímico
Estrutura interna da Terra
Modelo geofísico
 Uma vez que as ondas P são
mais rápidas do que as ondas S,
quanto maior for a distância
percorrida pelas ondas, maior
será o tempo que as separa.
 Os geofísicos construíram
gráficos que permitem saber
a distância de um ponto ao
epicentro, a partir do tempo que
separa a chegada das ondas P
da chegada das ondas S.
Determinação do epicentro de um sismo
8600 km
C
5600 km
B
Determinação do epicentro de um sismo
1500 km
A
 Os dados de três estações sismológicas
são suficientes para determinar
o epicentro de um sismo, pelo método
da triangulação.
 O intervalo de tempo entre a chegada
das ondas P e S fornece a distância
de cada ponto ao epicentro.
 Traça-se no mapa uma circunferência
cujo raio seja, à escala do mapa,
a distância epicentral.
 O ponto onde as três circunferências
se encontram é o epicentro do sismo.
Epicentro
Supondo que o sismograma da figura
corresponde ao registo de um sismo
em Benavente, calcule a distância
do epicentro a Benavente.
 De acordo com o sismograma, as ondas S
chegaram com um atraso de
24 segundos em relação às ondas P.
 De acordo com o gráfico, esse tempo
corresponde a 250 km, aproximadamente.
 Traçando no mapa uma circunferência
cujo centro seja em Benavente e o raio
corresponda a 250 km (à escala
do mapa), teremos todos os pontos
a essa distância de Benavente.
 Com mais duas determinações deste tipo
noutras localidades, para o mesmo
sismo, é possível determinar o epicentro.
EXERCÍCIO
Sismos e tectónica de placas
Vulcões ativos
Sismos
Limites de placas
Tal como acontecia com o
vulcanismo, a ocorrência
de sismos está
relacionada com zonas
instáveis da litosfera,
nomeadamente limites
entre placas litosféricas.
Vulcões ativos
Sismos
Limites de placas
Sismos e tectónica de placas
Os sismos localizados
nos limites entre placas
litosféricas designam-se
sismos interplacas.
Os sismos intraplacas
são menos frequentes
e estão geralmente
relacionados a
falhas ativas.
 Nos limites convergentes com zonas
de subducção ocorrem sismos
superficiais na zona de contacto entre
placas e sismos progressivamente
mais profundos na zona de subducção.
 Nos limites convergentes de litosfera
continental, as forças exercidas
sobre as rochas levam à formação
de falhas e à ocorrência de sismos
superficiais e profundos.
Sismos e tectónica de placas
 Nos limites divergentes ocorrem
sismos superficiais na zona
de afastamento entre placas,
ao nível do rifte.
 Nos limites conservativos,
os movimentos ao longo das
falhas transformantes originam
normalmente sismos superficiais.
Sismos e tectónica de placas
Uma vez que a atividade sísmica e a atividade vulcânica
estão relacionadas com a dinâmica interna da Terra,
os geofísicos podem dar um importante contributo para
a prevenção dos riscos associados a estes fenómenos.
Recorda
 A intensidade de um sismo avalia-se pelos estragos
provocados e pela forma como as pessoas sentiram o
sismo. Expressa-se pela Escala Macrossísmica Europeia.
 As isossistas são linhas que unem pontos de igual
intensidade sísmica.
Carta de isossistas do sismo
de Lisboa, de 1755.
Prevenção de risco sísmico e vulcânico
Para as diferentes regiões do país, os geofísicos reúnem dados
acerca do contexto tectónico, das falhas ativas conhecidas
e das intensidades dos sismos conhecidos. Esse cruzamento
de dados permite tomar medidas de prevenção adequadas.
321
1 – Falhas ativas e
prováveis em Portugal
continental.
2 – Mapa de intensidades
máximas históricas para
Portugal continental.
3 – Mapa das zonas
sísmicas de Portugal
continental, desde a
perigosidade mais elevada
(A) até à menor (D).
Prevenção de risco sísmico e vulcânico
Zonagem sísmica e perigosidade vulcânica
Continente – O mapa mostra maior perigosidade sísmica a sul e
sudoeste do território, em grande parte porque a falha Açores-
Gibraltar (um limite conservativo entre placas) se situa a sudoeste
do Cabo de São Vicente. Não se conhece risco de erupção
vulcânica em Portugal continental.
Açores – As ilhas do arquipélago são incluídas na zona A, com
exceção das ilhas das Flores e do Corvo, que são incluídas na
zona D. Estas duas ilhas, ao contrário das restantes, estão mais
afastadas do ponto triplo, designação atribuída ao ponto de
confluência das placas Euroasiática, Africana e Norte-americana.
Este contexto explica também o risco de erupção neste
arquipélago.
Madeira – As suas ilhas incluem-se na zona D, uma vez que
o arquipélago se situa no interior da placa Africana.
Prevenção de risco sísmico e vulcânico
Mapa das zonas sísmicas de Portugal
continental, desde a perigosidade
mais elevada (A) até à menor (D).
Informe-se sobre risco sísmico nos Açores
https://www.prociv.azores.gov.pt/sensibilizacao/riscos/
Informe-se sobre a prevenção de riscos na Madeira
https://www.procivmadeira.pt/pt/.
Informe-se sobre os sismos em Portugal Continental
http://www.prociv.pt/pt-
pt/RISCOSPREV/RISCOSNAT/SISMOS/Paginas/default.aspx
E em todo o território nacional
https://www.ipma.pt/pt/geofisica/sismicidade/
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ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
 

Sismologia

  • 2.  Vulcanismo (PPT6-BG10)  Sismologia (PPT7-BG10) Simbologia Ligação para um recurso externo Nota de rodapé ESTRUTURA E DINÂMICA DA GEOSFERA
  • 3. SISMOS Sismos ou tremores de terra são movimentos vibratórios bruscos da litosfera. Resultam da libertação de grande quantidade de energia sob a forma de calor e ondas sísmicas. A origem dos sismos pode estar associada a:  atividades humanas (ex: explosões em minas);  vulcanismo (devido à deslocação de magma);  deslizamento de terras ou abatimento de grutas;  movimentos das placas litosféricas – sismos tectónicos. Os sismos são objeto de estudo da sismologia, uma disciplina da geofísica. Microssismo – não é sentido pelas pessoas. Macrossismo – é sentido pelas pessoas.
  • 4. Termos associados aos sismos  Epicentro – ponto da superfície terrestre mais próximo do hipocentro.  Sismógrafos – aparelhos que registam ondas sísmicas, produzindo sismogramas.  Um sismo forte é antecedido quase sempre por abalos mais fracos – sismos premonitórios ou abalos premonitórios.  Após um sismo há reajustamentos nos materiais rochosos na zona da falha, o que origina pequenos abalos – as réplicas.  Hipocentro ou foco – local, no interior da Terra, onde o sismo tem origem. Nos sismos superficiais situa-se até aos 70 km de profundidade; nos sismos profundos está a mais de 300 km de profundidade.
  • 5. Epicentro Onda sísmica Falha Hipocentro ou foco • As rochas ficam sujeitas a forças de elevada intensidade e duração, devido ao movimento das placas litosféricas. • Acumula-se uma grande quantidade de energia. • Quando é ultrapassado o limite de resistência da rocha à rutura, ela parte. • Os blocos rochosos deslocam-se um em relação ao outro, formando-se uma falha e libertando-se, de forma brusca, uma enorme quantidade de energia, sob a forma de calor e ondas sísmicas. • Sempre que os blocos rochosos se deslocam ao longo da falha ocorrem novos sismos. Teoria do ressalto elástico
  • 6. As ondas geradas no hipocentro propagam-se em todas as direções e, uma vez à superfície, geram outros tipos de ondas. Ondas sísmicas  Ondas de profundidade, internas ou de volume – propagam-se a partir do hipocentro, em todas as direções. São de dois tipos: ondas P e ondas S.  Ondas de superfície – resultam da interação das ondas de volume com a superfície terrestre. Propagam-se à superfície ou próximo dela. É o caso das ondas R e L.
  • 7. Sismógrafo vertical Diferentes ondas sísmicas fazem vibrar de forma diversa os materiais que atravessam, pelo que é necessário ter diferentes sismógrafos para conseguir registar movimentos verticais e horizontais das partículas. Registo das ondas sísmicas Sismógrafo horizontal Numa estação sismológica encontram-se pelo menos dois sismógrafos horizontais (orientados nas direções norte-sul e este-oeste) e um sismógrafo vertical.
  • 8. Os geofísicos extraem muitas informações dos sismogramas. Registo das ondas sísmicas amplitude Alguns aspetos analisados num sismograma incluem:  a amplitude das ondas, que corresponde à distância a que as partículas se afastam da sua posição de repouso;  o tempo de chegada de cada onda;  o intervalo de tempo entre a chegada de diferentes ondas. Sismograma
  • 9. As ondas S designam-se também ondas transversais pois fazem vibrar as partículas perpendicular- mente à direção de propagação. Propagam-se em meios sólidos mas não em meios líquidos e são mais lentas. As ondas P designam-se também ondas longitudinais pois fazem vibrar as partículas na direção de propagação. Propagam-se em meios sólidos e líquidos e são muito rápidas. As ondas superficiais (ondas L e R) fazem vibrar as partículas de formas diversas, incluindo movimentos circulares de grande amplitude. Os danos que se verificam durante os sismos devem-se principalmente a este tipo de ondas. Tipos de ondas sísmicas
  • 10.  As ondas sísmicas sofrem desvios na sua trajetória quando encontram superfícies de descontinuidade entre materiais. Este fenómeno é semelhante ao que já foi estudado na disciplina de Física para outros fenómenos ondulatórios, como a luz e o som.  Se a Terra fosse uniforme, as ondas P e S teriam uma propagação uniforme e não sofriam alterações na trajetória e na velocidade.  As ondas de profundidade (P e S) atravessam a Terra e são detetadas nos sismógrafos existentes um pouco por todo o globo.  Os geofísicos estudam variações na trajetória e na velocidade das ondas P e S como método indireto de estudo do interior da Terra. Ondas sísmicas e descontinuidades internas Modelo 1 Interior da Terra uniforme Modelo 2 Interior da Terra com camadas de diferente composição  A velocidade das ondas sísmicas depende da rigidez e da densidade dos materiais que atravessam. A velocidade das ondas P e S aumenta com a rigidez dos materiais e diminui com a densidade.
  • 11.  Mohorovicic foi um geofísico croata que propôs a existência de uma descontinuidade entre a crosta e o manto. Esta proposta resultou do estudo de sismogramas de estações sismográficas próximas de Zagreb.  Mohorovicic observou que nas estações sismográficas mais afastadas do epicentro eram registadas ondas P diretas e refratadas, sendo que as refratadas percorriam uma distância maior mas chegavam primeiro. • As ondas refratadas deverão encontrar um meio diferente que lhes permite adquirir uma velocidade superior. O que pode explicar estes resultados? EXERCÍCIO Crosta Descontinuidade de Moho ou de Mohorovicic Manto Velocidade das ondas P (no manto) = 8 km/s Velocidade das ondas P (na crosta) = 6 km/s
  • 12. • A descontinuidade de Mohorovicic, que separa a crosta do manto, não se encontra sempre à mesma profundidade (ver animação no link). • A descontinuidade de Moho encontra-se em profundidades de 5 km a 10 km na crosta oceânica, e em profundidades de 35 km a 70 km na crosta continental. • A velocidade de propagação das ondas sísmicas é de 6 km/s na crosta continental e de 7 km/s na crosta oceânica, mais rígida. Descontinuidade de Moho Crosta oceânica Crosta continental
  • 13. Explique a variação de velocidade das ondas P na descontinuidade de Moho e entre os 100 km e os 350 km.  Na descontinuidade de Moho, a variação de velocidade das ondas sísmicas deve-se à transição dos materiais da crosta para os do manto, que têm composição diferente. Entre os 100 km e os 350 km situa-se a astenosfera, uma camada do manto com menor rigidez, e portanto mais plástica, na qual as ondas se propagam com maior dificuldade. EXERCÍCIO Crosta
  • 14. Relacione os dados do gráfico com a teoria da tectónica de placas.  Segundo essa teoria, as placas litosféricas movem-se devido às correntes de convecção térmica. A descoberta de uma zona de baixa velocidade das ondas sísmicas, sob a litosfera, constituiu um argumento a favor a teoria da tectónica de placas. EXERCÍCIO Crosta
  • 15. Os dados da sismologia forneceram outros resultados surpreendentes para os geofísicos. Por exemplo, as ondas P diretas nunca são detetadas na faixa entre os 103° e os 143° contados a partir do epicentro, em redor de todo o globo. Como explicar esta zona de sombra das ondas P? A zona de sombra deve-se aos desvios que as ondas P sofrem nas descontinuidades internas da Terra:  Descontinuidade de Gutenberg, entre o manto e o núcleo externo, a 2900 km de profundidade.  Descontinuidade de Lehman, entre o núcleo interno e o externo, a 5100 km de profundidade. Exercício
  • 16. Preveja a extensão da zona de sombra das ondas S. Recorde que estas não se propagam em meios líquidos.  As ondas S diretas têm uma zona de sombra correspondente a toda a área do globo terrestre abaixo dos 103° de distância epicentral.  As ondas S não atravessam o núcleo externo, que é líquido. EXERCÍCIO 103° 103° 140° 140°
  • 17. O estudo das ondas sísmicas permitiu:  perceber que existem camadas com diferentes características no interior da Terra;  localizar as descontinuidades que marcam a transição entre diferentes camadas;  caracterizar as diferentes camadas. Estrutura interna da Terra Modelo geoquímico Modelo geofísico
  • 18. Estrutura interna da Terra Modelo geoquímico
  • 19. Estrutura interna da Terra Modelo geofísico
  • 20.  Uma vez que as ondas P são mais rápidas do que as ondas S, quanto maior for a distância percorrida pelas ondas, maior será o tempo que as separa.  Os geofísicos construíram gráficos que permitem saber a distância de um ponto ao epicentro, a partir do tempo que separa a chegada das ondas P da chegada das ondas S. Determinação do epicentro de um sismo
  • 21. 8600 km C 5600 km B Determinação do epicentro de um sismo 1500 km A  Os dados de três estações sismológicas são suficientes para determinar o epicentro de um sismo, pelo método da triangulação.  O intervalo de tempo entre a chegada das ondas P e S fornece a distância de cada ponto ao epicentro.  Traça-se no mapa uma circunferência cujo raio seja, à escala do mapa, a distância epicentral.  O ponto onde as três circunferências se encontram é o epicentro do sismo. Epicentro
  • 22. Supondo que o sismograma da figura corresponde ao registo de um sismo em Benavente, calcule a distância do epicentro a Benavente.  De acordo com o sismograma, as ondas S chegaram com um atraso de 24 segundos em relação às ondas P.  De acordo com o gráfico, esse tempo corresponde a 250 km, aproximadamente.  Traçando no mapa uma circunferência cujo centro seja em Benavente e o raio corresponda a 250 km (à escala do mapa), teremos todos os pontos a essa distância de Benavente.  Com mais duas determinações deste tipo noutras localidades, para o mesmo sismo, é possível determinar o epicentro. EXERCÍCIO
  • 23. Sismos e tectónica de placas Vulcões ativos Sismos Limites de placas Tal como acontecia com o vulcanismo, a ocorrência de sismos está relacionada com zonas instáveis da litosfera, nomeadamente limites entre placas litosféricas.
  • 24. Vulcões ativos Sismos Limites de placas Sismos e tectónica de placas Os sismos localizados nos limites entre placas litosféricas designam-se sismos interplacas. Os sismos intraplacas são menos frequentes e estão geralmente relacionados a falhas ativas.
  • 25.  Nos limites convergentes com zonas de subducção ocorrem sismos superficiais na zona de contacto entre placas e sismos progressivamente mais profundos na zona de subducção.  Nos limites convergentes de litosfera continental, as forças exercidas sobre as rochas levam à formação de falhas e à ocorrência de sismos superficiais e profundos. Sismos e tectónica de placas
  • 26.  Nos limites divergentes ocorrem sismos superficiais na zona de afastamento entre placas, ao nível do rifte.  Nos limites conservativos, os movimentos ao longo das falhas transformantes originam normalmente sismos superficiais. Sismos e tectónica de placas
  • 27. Uma vez que a atividade sísmica e a atividade vulcânica estão relacionadas com a dinâmica interna da Terra, os geofísicos podem dar um importante contributo para a prevenção dos riscos associados a estes fenómenos. Recorda  A intensidade de um sismo avalia-se pelos estragos provocados e pela forma como as pessoas sentiram o sismo. Expressa-se pela Escala Macrossísmica Europeia.  As isossistas são linhas que unem pontos de igual intensidade sísmica. Carta de isossistas do sismo de Lisboa, de 1755. Prevenção de risco sísmico e vulcânico
  • 28. Para as diferentes regiões do país, os geofísicos reúnem dados acerca do contexto tectónico, das falhas ativas conhecidas e das intensidades dos sismos conhecidos. Esse cruzamento de dados permite tomar medidas de prevenção adequadas. 321 1 – Falhas ativas e prováveis em Portugal continental. 2 – Mapa de intensidades máximas históricas para Portugal continental. 3 – Mapa das zonas sísmicas de Portugal continental, desde a perigosidade mais elevada (A) até à menor (D). Prevenção de risco sísmico e vulcânico
  • 29. Zonagem sísmica e perigosidade vulcânica Continente – O mapa mostra maior perigosidade sísmica a sul e sudoeste do território, em grande parte porque a falha Açores- Gibraltar (um limite conservativo entre placas) se situa a sudoeste do Cabo de São Vicente. Não se conhece risco de erupção vulcânica em Portugal continental. Açores – As ilhas do arquipélago são incluídas na zona A, com exceção das ilhas das Flores e do Corvo, que são incluídas na zona D. Estas duas ilhas, ao contrário das restantes, estão mais afastadas do ponto triplo, designação atribuída ao ponto de confluência das placas Euroasiática, Africana e Norte-americana. Este contexto explica também o risco de erupção neste arquipélago. Madeira – As suas ilhas incluem-se na zona D, uma vez que o arquipélago se situa no interior da placa Africana. Prevenção de risco sísmico e vulcânico Mapa das zonas sísmicas de Portugal continental, desde a perigosidade mais elevada (A) até à menor (D).
  • 30. Informe-se sobre risco sísmico nos Açores https://www.prociv.azores.gov.pt/sensibilizacao/riscos/ Informe-se sobre a prevenção de riscos na Madeira https://www.procivmadeira.pt/pt/. Informe-se sobre os sismos em Portugal Continental http://www.prociv.pt/pt- pt/RISCOSPREV/RISCOSNAT/SISMOS/Paginas/default.aspx E em todo o território nacional https://www.ipma.pt/pt/geofisica/sismicidade/ Prevenção de risco sísmico e vulcânico

Notas do Editor

  1. APRENDIZAGENS ESSENCIAIS - Caracterizar as ondas sísmicas (longitudinais, transversais e superficiais) quanto à origem, forma de propagação, efeitos e registo.
  2. APRENDIZAGENS ESSENCIAIS - Caracterizar as ondas sísmicas (longitudinais, transversais e superficiais) quanto à origem, forma de propagação, efeitos e registo.
  3. APRENDIZAGENS ESSENCIAIS - Caracterizar as ondas sísmicas (longitudinais, transversais e superficiais) quanto à origem, forma de propagação, efeitos e registo.
  4. APRENDIZAGENS ESSENCIAIS - Caracterizar as ondas sísmicas (longitudinais, transversais e superficiais) quanto à origem, forma de propagação, efeitos e registo.
  5. APRENDIZAGENS ESSENCIAIS - Caracterizar as ondas sísmicas (longitudinais, transversais e superficiais) quanto à origem, forma de propagação, efeitos e registo.
  6. APRENDIZAGENS ESSENCIAIS - Interpretar dados de propagação de ondas sísmicas prevendo a localização de descontinuidades (Mohorovicic, Gutenberg e Lehmann). - Relacionar a existência de zonas de sombra com as características da Terra e das ondas sísmicas.
  7. APRENDIZAGENS ESSENCIAIS - Interpretar dados de propagação de ondas sísmicas prevendo a localização de descontinuidades (Mohorovicic, Gutenberg e Lehmann). - Relacionar a existência de zonas de sombra com as características da Terra e das ondas sísmicas.
  8. As ondas S atravessam a astenosfera. Assim, as rochas da astenosfera estarão no estado sólido, embora alguns minerais de ponto de fusão mais baixo possam fundir.
  9. APRENDIZAGENS ESSENCIAIS - Interpretar dados de propagação de ondas sísmicas prevendo a localização de descontinuidades (Mohorovicic, Gutenberg e Lehmann). - Relacionar a existência de zonas de sombra com as características da Terra e das ondas sísmicas. Nota: As ondas P cuja trajetória é tangencial à descontinuidade de Gutenberg atingem a superfície a uma distância epicentral de 103°. As ondas P que se propagam mais internamente que essas, sofrem desvios ao «chocar» contra a descontinuidade, emergindo à superfície aos 143°. A análise destes fenómenos de refração das ondas permitiu aos geofísicos localizar as descontinuidades internas da Terra.
  10. APRENDIZAGENS ESSENCIAIS Determinar graficamente o epicentro de sismos, recorrendo a sismogramas simplificados. O efeito representado no gráfico é semelhante ao de dois atletas que correm a diferentes velocidades. Quanto maior for o tamanho da corrida, maior o tempo que os separa, à chegada.
  11. APRENDIZAGENS ESSENCIAIS - Determinar graficamente o epicentro de sismos, recorrendo a sismogramas simplificados. Imagem - http://www.columbia.edu/~vjd1/earthquakes.htm
  12. APRENDIZAGENS ESSENCIAIS - Determinar graficamente o epicentro de sismos, recorrendo a sismogramas simplificados.
  13. APRENDIZAGENS ESSENCIAIS - Usar a teoria da Tectónica de Placas para analisar dados de vulcanismo e sismicidade em Portugal e no planeta Terra, relacionando-a com a prevenção de riscos geológicos.
  14. APRENDIZAGENS ESSENCIAIS - Usar a teoria da Tectónica de Placas para analisar dados de vulcanismo e sismicidade em Portugal e no planeta Terra, relacionando-a com a prevenção de riscos geológicos.
  15. APRENDIZAGENS ESSENCIAIS - Usar a teoria da Tectónica de Placas para analisar dados de vulcanismo e sismicidade em Portugal e no planeta Terra, relacionando-a com a prevenção de riscos geológicos.
  16. APRENDIZAGENS ESSENCIAIS - Usar a teoria da Tectónica de Placas para analisar dados de vulcanismo e sismicidade em Portugal e no planeta Terra, relacionando-a com a prevenção de riscos geológicos.
  17. Fig. 3 baseada em http://www.prociv.pt/pt-pt/RISCOSPREV/RISCOSNAT/SISMOS/Paginas/default.aspx#/collapse-2 E em http://www.oern.pt/documentos/legislacao/d_dl_dr/DL235_83.pdf Sobre a análise de risco, ver também: 4http://www.apgeo.pt/files/docs/CD_X_Coloquio_Iberico_Geografia/pdfs/091.pdf nomeadamente a fig. 4 da página 14.