2. O recém-nascido de alto risco pode ser definido, como
sendo um bebê, a despeito da idade gestacional ou de
peso ao nascimento, que corre risco mais alto que a
média de morbidade e mortalidade em decorrência de
distúrbios ou circunstâncias superpostas ao curso
normal de eventos associados com o nascimento e
ajustamento à existência extra-uterina.
O período de alto risco envolve o crescimento e o
desenvolvimento humanos desde o momento de
viabilidade até 28 dias após o nascimento e inclui
ameaças à vida e à saúde que ocorrem durante os
períodos pré-, peri- e pós-natal.
3. DE ACORDO COM O PESO:
Recém-nascido de baixo peso ao nascimento (RNBP) – RN
cujo peso ao nascimento é menor que 2.500g apesar da
idade gestacional.
Recém-nascido de peso extremamente baixo (RNPEB) – RN
cujo peso ao nascimento é menor que 1000g.
Recém-nascido de peso muito baixo (RNPMB) – RN cujo
peso ao nascimento é menor que 1.500g.
Recém-nascido de peso moderadamente baixo (RNPmB) –
RN cujo peso ao nascimento está entre 1.500g e 2.500g.
4. QUANTO AO PESO E IDADE GESTACIONAL :
Recém-nascido apropriado para a idade gestacional
(AIG) – RN cujo peso se encontra entre os percentis
10.° e 90.° nas curvas de crescimento intra-uterino.
Pequeno para a idade gestacional (PIG) – Rn cujo peso
ao nascimento encontra-se abaixo do percentil 10.° nas
curvas de crescimento intra-uterino.
Grande para a idade gestacional (GIG) – RN cujo peso
ao nascimento está acima do percentil 90.° da curva de
crescimento intra-uterino.
5. QUANTO À IDADE GESTACIONAL :
Prematuro (pré-termo) – Rn que não completou 37
semanas de gestação, a despeito do peso ao
nascimento.
A termo- àquele nascimento entre o começo da 38ª
semana e o final da 41ª semana.
Pós-termo (pós-maduro) – àquele nascimento após 42
semanas de gestação.
6. FATORES MATERNOS
Idade acima de 40 anos
Idade inferior a 16 anos
FATORES INDIVIDUAIS:
o Pobreza, tabagismo, abuso
de drogas ou álcool
Dieta imprópria
Traumatistmo
Anormalidades
cromossômicas,macrossomia,
restrição do crescimento intra-uterino
(RCIU), hemorragia (descolamento,
placenta prévia)
RCIU, prematuridade, negligência ou
maus-tratos
Prematuridade, infecção, RCIU, maior
mortalidade neonatal, síndrome do
álcool fetal, síndrome de abstinência.
RCIU leve a perda fetal em
desnutrição grave
Perda fetal, prematuridade.
7. HISTÓRIA MÉDICA
Diabete melito, doenças da
tireóide, infecção do trato
urinário, doença cardíaca ou
pulmonar, hipertensão,
anemia, Incompatibilidade
sanguínea.
HISTÓRIA OBSTÉTRICA:
História prévia de RN
prematuro, icterícia, SDR
Medicamentos maternos
Anomalias congênitas,
natimortalidade, síndrome de
desconforto respiratório,
hipoglicemia, macrossomia,
hipotireoidismo, hipertireoidismo,
prematuridade, sepse, asfixia,
anemia, icterícia, sangramento.
Prematuridade, anomalias fetais,
natimortalidade
8. FATORES FETAIS:
Gestação múltipla, macrossomia,
restrição do crescimento intra-
uterino, posição fetal anormal,
polidrâmnios
FATORES DO PARTO:
Parto prematuro, parto duas
semanas após o termo, febre
materna, hipotensão materna,
parto rápido, parto prolongado,
apresentação anormal, líquido
amniótico com mecônio, prolapso
do cordão, analgesia e anestesia
obstétrica, anormalidades
placentárias
Prematuridade, RCIU, asfixia,
tocotraumatismo, perda fetal,
anomalias congênitas, asfixia,
hipoglicemia, anencefalia, etc.
Síndrome do desconforto
respiratório, natimortalidade,
sepse, asfixia, tocotraumatismo,
síndrome da aspiração de
mecônio, hemorragia
intracraniana, depressão
respiratória, hipotensão,
hipotermia.
9. FATORES IMEDIATOS
DO RN
Prematuridade, escore de
apgar baixo aos 5
minutos, escore baixo
aos 10 minutos, palidez
ou choque, líquido
amniótico ou membranas
com odor fétido, pequeno
para a idade gestacional
e pós-maturidade
SDR, transição
prolongada
(principalmente a
respiratória), insuficiência
cardíaca, insuficiência
renal, lesão neurológica
grave, hemorragia,
infecção).
10. ETIOLOGIA: é, em muitos casos, desconhecida.
Associam-se aos seguintes fatores:
o Baixo nível sócio-econômico
o Mulheres abaixo de 16 anos e acima dos 35 anos
o Atividades maternas
o Gestações múltiplas
o Prematuridade em gestações anteriores
PROBLEMAS DECORRENTES DA
PREMATURIDADE:
o Relacionados com dificuldade de adaptação extra-uterina que
surge em decorrência da imaturidade dos sistemas orgânicos.
11. 1. Respiratórios: depressão perinatal, SDR, apnéia, doenças
pulmonares crônicas.
2. Neurológicas: depressão perinatal, hemorragia intracraniana.
3. Cardiovasculares: hipotensão (hipovolemia, disfunção cardíaca,
vasodilatação secundária a sepse).
4. Hematológicos: Anemia e hiperbilirrubinemia.
5. Nutricionais: cuidados adicionais quanto a via, conteúdo e
quantidade da alimentação.
6. Gastrointestinais: enterocolite necrosante, alimentação com
fórmulas lácteas (fator de risco)
7. Renais: incapacidade de lidar com o manejo de líquidos e
eletrólitos.
8. Regulação da temperatura: mais susceptíveis a hipotermia e à
hipertermia
9. Imunológicos: correm maior risco de infecções em decorrência
de deficiência da resposta humoral e celular.
12. Regulação térmica
Oxigenoterapia e ventilação assistida
Administração de líquidos e eletrólitos
Nutrição parenteral ou por gavagem
Tratar a hiperbilirrubinemia
Tratar infecções
13. Está relacionada aos recém-nascido onde a gestação
excede 42 semanas.
Atinge de 3 a 12% das gestações.
ETIOLOGIA: desconhecida
ASSOCIAÇÕES POSSÍVEIS:
o Anencefalia
o Trissomia do 16 (Abortos espontâneos) e 18 (Síndrome de
Edwards)
o Síndrome de Seckel (nanismo com cabeça de ave)
o Estimativa errônea da idade gestacional
14. SÍNDROME DA PÓS-MATURIDADE:
ESTÁGIO I:
o pele seca, rachada, descamativa, frouxa e enrrugada.
o aparência de desnutrição
o redução do tecido subcutâneo
o Pele “grande demais” para o neonato.
o neonato de olhos abertos e alerta
ESTÁGIO II:
o todas as características do estágio I
o Manchas de mecônio
o Depressão perinatal (em alguns casos)
ESTÁGIO III:
o Todos os achados do estágio I e II
o Mancha de mecônio no cordão e nas unhas
o Risco mais elevado de morte fetal, intraparto ou neonatal.
15. ANTERPARTO:
o Cuidadosa estimativa da idade gestacional, incluindo dados
ultrassonográficos
o Exame do colo uterino e monitorização do estado fetal entre 41 e 42
semanas, pelo menos, duas vezes por semana.
INTRAPARTO:
o Monitorização fetal e preparo para a possibilidade de depressão
perinatal e aspiração de mecônio.
PÓS-PARTO:
o Avaliação para as complicações: anomalias congênitas, depressão
perinatal, aspiração de mecônio, hipertensão pulmonar persistente,
hipoglicemia, hipocalcemia, policitemia.
o Atenção ao suporte nutricional adequado.
16. SCOTT, Susan Ricci. Enfermagem
materno-neonatal e saúde da
mulher. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2008.
BIBLIOGRAFIA