1. A MÚSICA NA MAÇONARIA
A Música na Maçonaria
(Uma grande orientação aos Mestres de Harmonia)
A música é uma das sete artes liberais. Procede o vocábulo do grego "musa" que
significa inspiração, poesia, harmonia e encanto. A música tem o Dom de preparar o
ambiente, para meditação, para o culto espiritual; não só acalma, ameniza, conforta,
como pode curar certos tipos nervosos e ajudar na cura de processos orgânicos.
Esotericamente, os sons penetram de tal forma no intimo dos seres humanos que lhe
dão harmonia e paz.
Todo o universo é som, que por sua vez é matéria e espirito. Os vegetais e os animais
sentem influência da música e deleitam-se em ouvi-la. Em todas as civilizações, a
música era cultivada por meio do cântico e de instrumentos; inicialmente de
percussão, depois de sopro e, mais tarde, de cordas; hoje, com a eletrônica, obtém-se
os sons mais variados que possam surgir.
Religião e música mantiveram-se inseparavelmente ligadas nos antigos tempos da
humanidade. A música é um fenômeno universal. É a linguagemque todos entendem.
É o traço de união entre os povos.
Pitágoras considerava a música e a dieta os dois principais meios de limpar a alma e o
corpo e manter a harmonia e a saúde de todo o organismo.
A vida é som. Continuamente estamos cercados de sons e ruídos oriundos da natureza
e das varias formas de vida que ela produz. A própria natureza é que nos dá a música;
o que dela fazemos varia, conforme o temperamento, a educação, o povo, raça e a
época.
Grande foi a influência da música sobre a mente humana. O homem primitivo dispõe
apenas de poucas palavras. Quase somente o que ele vê é que tem nome. Para
exprimir os sentimentos, serve-se de sons e cria a música que o ajuda a exteriorizar o
Júbilo, a tristeza, o amor, os instintos belicosos, a crença nos poderes supremos e a
vontade de dançar
Para ele é parte da vida a música, desde o acalante até a alegria fúnebre, desde a
dança ritual até a cura do doentes pela melodia e pelo ritmo. O efeito música sobre o
homem diminui no decorrer dos milênios; apesar disso, podem ser encontrados nos
tempos históricos e até na atualidade interessantes exemplos do seu poder.
Davi toca harpa para afugentar os maus pensamentos do rei Saul; Farinelli, com o
auxilio da música, cura a terrível melancolia de Felipe V.; Timóteo provoca, por meio
de certa melodia, a fúria de Alexandre, o grande, e acalma-o por meio de outra.
Os sacerdotes celtas educam o povo com música; somente eles conseguiram abrandar
os costumes selvagens. Santo Agostinho conta que um pastor foi, em virtude das suas
melodias, eleito imperador.
2. Na literatura moderna, deparam-se-nos numerosas obras de psicologia profunda em
que as mais fortes excitações sentimentais são provocadas pela influência da música.
A música é, nas mão dos homens, um feitiço o seu efeito se estende desde o despertar
dos mais nobres sentimentos até o desencadeamento dos mais baixos instintos, desde
a concentração devotada até a perda da consciência que parece embriaguez, desde a
veneração religiosa até a mais brutal sensualidade.
Na verdade, muita coisa está envolvida na escolha da música para cada situação, pôr
exemplo. Uma música relaxante, tranqüiliza e propicia a meditação. O estimulo
musical é aprendido e assimilado em nível celular. O relaxamento ocorre tanto em
nível fisiológico quanto psicológico. O corpo, até onde podemos verificar, parece
adquirir aptidão para expressar sua própria natureza e harmonia interna. Um dos
meus ditados favoritos sobre a vida harmoniosa, comenta Estevem, é "som Saúde" e
começo em casa.
Relaxamento, considerado por muitos autoridades médicas como condição essencial
para conseguir e manter a saúde, pode ser facilmente aprendido e praticado em casa.
Se você teve um dia de ruído estressante no trabalho, merece o prazer de música
agradável e relaxante, escolha o que parecer melhor para você para fins de
relaxamento. Ouça especialmente música tranquilizadora na qual a própria música
relaxa o sistema nervoso, em lugar de deixa-lo mais nervoso ainda. Desse modo, o
corpo maneja o fluxo de energia numa maior eficácia do que com a música com forte
padrão rítmico.
Algumas pessoas conseguem aliviar dores de cabeça devidas às tensões sem tomar
remédios, apenas concentrado-se totalmente na música.
Na medicina do som, grande parte da cura de que se fala hoje é na verdade uma auto
cura. Realmente, muitos médicos admitem que eles não fazem a cura, apenas ajudam
o organismo a se libertar de um problema que impede que o corpo se cure por si
mesmo.. "Em toda história" escreve o Dr. David E. Bresler, a "música tem sido
incorporada em muitos rituais de cura.
Estudos científicos recentes demonstraram que a música equilibra o metabolismo do
corpo, a atividade muscular e a respiração influencia também à velocidade do pulso e
a pressão sangüínea, além de minimizar os efeitos da fadiga. Outros estudo sugerem
que a música pode até mesmo diminuir o colesterol na corrente sangüínea" e outras
tantas deficiências do organismo como também para mentes conturbadas.
Mostrou a investigação diz David Tame que a música influi na digestão nas secreções
internos, na circulação, na nutrição e na respiração. Verificou-se que a rede nervosa do
cérebro são sensíveis aos princípios harmônicos. O Corpo é afetado de acordo com a
natureza da música cujas vibrações incidem sobre ele.
Certamente não há dúvidas de que a música transmite estados emocionais muito reais
e, às vezes, muito específicos do músico ou do compositor ao ouvinte. Eis porque, de
3. tempos a tempos, os pensadores têm afirmado que a música é uma forma de
linguagem.
Já, na Maçonaria, a música é um preceito ritual. Os Rituais recomendam que aja
música durante a realização das sessões maçônicas, para que o espirito fique mais
apto a captar a atmosfera esotérica das reuniões.
O Maçonólogo Dangler Travassos Guimarães orienta que o fundo musical, deve ser
ouvido desde o inicio quando na sala dos passos perdidos, com melodias que elevem
os presentes aos mais altos páramos, preparando-os para o inicio dos trabalhos.
No Átrio, onde se deve entrar já paramentado e com as insígnias, a melodia pode ser
religiosa por ser um local onde todos se limpam mental e espiritualmente para a
entrada no Templo, por que nenhuma reunião de elevação espiritual deve ter início
com pessoas despreparadas, sob pena de ser até prejudicial e sentida a baixa vibração
e consequentemente, nada de positivo ser aproveitado.
É no Átrio, que o maçom faz sua preparação espiritual para os trabalhos, deixando
para trás, as coisas do mundo profano, fazendo sua introspeção. O Mestre de
cerimônias ao comandar para abrir a porta do Templo todos já conscientes preparados
(limpos espiritualmente) para entrar no Templo sagrado, deve o Mestre de harmonia,
nesse momento colocar o fundo musical de uma melodia suave.
Na abertura da bíblia, que seja executada uma melodia de "Câmara" e nos giros do
mestre de cerimonia e do irmão hospitaleiro a melodia deve ser suave, convidativa a
uma meditação porque é o momento em que os irmãos se conscientizam do que estão
praticando.
Terminados os trabalhos com o fechamento do Livro da Lei, as melodias podem ser
alegres e assimpor diante. O ideal desejável é que todas as lojas dispusessem de vasto
repertório de músicas maçônicas, isto é, músicas compostas exclusivamente para
Ritualistica Maçônica que, através de discos, fitas, o mesmo de partituras seriam
executadas durante as sessões, a realidade, infelizmente está muito longe desse ideal.
Se, por um lado, são pouquíssimas as lojas que tem uma coluna de harmonia bem
estruturada, por outro, são pouquíssimas, na literatura musical, as músicas rotuladas
"maçônicas".
Encontramos lojas que o Mestre de Harmonia coloca músicas cantadas ou músicas
outras que acha bonita. Pensa que está contribuindo para a harmonia da sessão, a
egrégora, mas não. Ele sugere músicas maçônicas como Mozart, Beethoven, Amadeus
e outras mais atuais, que não cantadas, mas que tenham um sentido suave e que leve
a todos os presentes à meditação ou a tranquilidade de espírito.
O Mestre de harmonia deverá entender a psicologia da harmonia na maçonaria. Se
colocar uma música gregoriana, estará induzindo à sentimentos cristãos. Se for hino
evangélico à sentimento de sua religião.
4. Por isso que as músicas não poderão ter cunho sectário, para não desviar a Egrégora
Maçônica à um sentimento religioso ou de culpa. Ou outro tipo de melodia que leve o
irmão a fazer imagens mentais que o tire da Egrégora pelo efeito do sons daquele
ritmo. Por esse motivo as músicas devem ser neutras.
A melodia maçônica deve ser aquela que induza ao irmão a entrar dentro de Si, se
elevando á uma reflexão de seu EU. E não a uma música que faça com que seu
pensamento saia de si para ir no ambiente da qual, costumeiramente é tocada. A
música mexe no comportamento do SER. Uma melodia romântica faz com que
fiquemos pensativos e até nos faz chorar. Depende da sensibilidade de cada um.
Já um samba, faz o corpo balançar automaticamente, e assim por diante. Portanto, em
loja o Mestre de Harmonia deve ser sensível ao conhecimento da harmonia a ser
executada. Pois, a egrégora depende muito do conjunto das músicas executadas
durante uma sessão.
- Mas, o que é música? Assim perguntou um aluno a seu professor. E o mestre
respondeu-lhe:
- "A música é um fenômeno acústico para o prosaico. Um problema de melodia,
harmonia e ritmo para o teórico; e o desdobramento das asas da alma, o despertar e a
realização de todos os sonhos e anseios de quem verdadeiramente a ama".
(desconheço o autor)