O livro é dividido em cinco capítulos relativamente longos:
1º A Missão
2º A Base
3º Ondina
4º A Surucucu
5º A Amoreira
Epílogo
Há basicamente dois modelos de foco narrativo: a maior parte do livro é narrada em 3ª pessoa, com um narrador onisciente e onipresente. Porém, há momentos em que os personagens assumem a fala em 1ª pessoa. A identificação desses momentos é fácil, pois eles sempre são iniciados da mesma forma:
2. Personagens
Teoria: professor da base pertencente ao MPLA.
É filho de um português com uma africana.
Comissário: um dos líderes políticos do MPLA
chamado João.
Chefe de Operações: um dos líderes do MPLA.
Sem Medo: o comandante do MPLA.
Lutamos: guerrilheiro do MPLA.
Verdade: guerrilheiro do MPLA.
Muatiânvua: guerrilheiro do MPLA.
Ekuikui: guerrilheiro do MPLA.
Pangu-A-Kitina: guerrilheiro do MPLA.
Milagre: guerrilheiro do MPLA.
Ingratidão do Tuga: guerrilheiro do MPLA.
Vewê: guerrilheiro do MPLA.
Mundo Novo: guerrilheiro do MPLA.
André: primo do comandante, responsável pelo
envio de alimentos à Base.
Ondina: professora e noiva do Comissário.
3. Estrutura da obra e o foco narrativo
O livro é dividido em cinco capítulos relativamente longos:
• 1º A Missão
• 2º A Base
• 3º Ondina
• 4º A Surucucu
• 5º A Amoreira
• Epílogo
Há basicamente dois modelos de foco narrativo: a maior parte do livro é narrada em 3ª pessoa, com
um narrador onisciente e onipresente. Porém, há momentos em que os personagens assumem a fala
em 1ª pessoa. A identificação desses momentos é fácil, pois eles sempre são iniciados da mesma
forma:
Eu, o narrador, sou (nome do personagem)
4. Biografia do autor
Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos, mais conhecido
como Pepetela, nasceu no dia 29 de outubro de 1941 em Angola, na região
litorânea de Benguela. Seus pais já eram angolanos de nascimento. Em
1960 o futuro escritor entrou na Faculdade de Engenharia, mas logo em
seguida optou por Letras, para depois de um ano decidir-se pela carreira
política, ingressando, em 1963, no MPLA – Movimento Popular para a
Libertação de Angola.
Ele acaba se licenciando em Sociologia na Universidade de Argel, após a
deserção do caminho político, opta pela docência na Faculdade de
Arquitetura de Luanda. A partir de então ele passa a ministrar aulas e, ao
mesmo tempo, a desenvolver sua carreira literária, a qual somente ganha
impulso depois da Independência. Boa parte de sua obra só foi lançada
depois de seu retorno do exílio.
5. Contexto histórico – Anos 70
Política:
• Revolução dos Cravos, em Portugal (25 de Abril de 1974);
• Independência das colônias portuguesas na África (Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São
Tomé e Príncipe). A luta pela independência de Angola se estendeu de 1961 a 1974;
• Ascensão de regimes ditatoriais na Espanha, Grécia e América Latina, o que trouxe consigo violência
política, fruto aumento da repressão;
• União Soviética torna-se o exército vermelho o mais poderoso no mundo e demonstra grande prosperidade
econômica, todavia, o encerramento das corridas espacial e armamentista já são um indício de
enfraquecimento do regime;
• a Guerra do Vietnã termina com a derrota dos Estados Unidos e reunificação do país sob a bandeira vermelha
do comunismo.
Economia:
• Crise do petróleo, em 1973-74 a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) triplica o preço do
barril de petróleo, elevando seu preço em mais de 300% pelo barril, gerando uma escassez de combustíveis
no mercado mundial;
• O Brasil queimara suas reservas oriundas do “milagre econômico” e, apesar de tornar-se a 9ª economia do
mundo, irá desestruturar-se durante a segunda crise do petróleo, com o aumento dos preços dos combustíveis
elevando o índice de inflação do País descontroladamente.
6. Resumo da obra
Todos os guerrilheiros são chamados por codinomes. Sem Medo e o Comissário têm algumas
divergências entre si. Discutem, desentendem-se. Mas têm uma grande amizade. André, que está
fora da floresta, aparece como membro que deveria zelar pelos mantimentos do grupo que estava no
meio do Mayombe, mas não cumpre sua tarefa. É um burocrata que finge não ver o que está
acontecendo ao seu redor. Sua relação com o Comissário não é boa desde o início. Porém, tudo piora
quando os membros do MPLA descobrem que André tem um caso com Ondina, grande amor do
Comissário. Quando o Comissário pede para que Sem Medo o ajude a reconquistar Ondina, Sem
Medo nega, o que abala a amizade deles. Posteriormente, Ondina e Sem Medo também se envolvem,
o que faz Sem Medo rever algumas convicções pessoais.
O refúgio cômico do livro fica por conta do episódio em que Teoria, ao se banhar em um rio, se
assusta com o que parecia ser uma cobra. Esse fato gera grande confusão e mobilização entre os
guerrilheiros. Ao final da narrativa, há uma intensa batalha entre os membros do grupo e alguns
colonos portugueses instalados na mata.
7.
8. Curiosidades sobre a obra
Polifonia- Nos estudos linguísticos, o termo polifonia foi criado pelo filósofo russo Mikhail
Bakhtin (1895-1975) e que representa a pluralidade ou multiplicidade de vozes presentes nos
textos os quais estão fundamentados em outros. Nesse caso, os personagens do romance
polifônico possuem seu próprio ponto de vista, voz e comportamentos, mediados pelo contexto
em que estão inseridos. Em Mayombe, a polifonia está presente na alternância de focos
narrativos (1ª e 3ª pessoa), dentro de um mesmo texto;
Pepetela desconstrói a imagem romantizada do MPLA. Os guerrilheiros são apresentados não
como heróis, mas sim como pessoas comuns, cheias de falhas e conflitos pessoais;
Durante a administração do MPLA, a publicação/circulação do livro foi proibida em Angola;
Pepetela ganhou o Prêmio Camões em 1997 com a obra;
Papel feminino nesse contexto de guerra, como a mulher repensa sua realidade e assume postos
diferenciados, a mulher que é retratada é livre, desmistifica a imagem idealizada comumente
associada ao feminino;
Foi escrito entre 1970 e 1971, mas só foi publicado em 1979.
9. Teoria, por ser mestiço (filho de mãe angolana e pai português), é vítima de preconceito e
desconfianças dentro do grupo. Pepetela utiliza este personagem para abordar uma questão delicada
dentro do grupo. Mesmo que Teoria lute junto aos seus companheiros, sempre é alvo de críticas de
caráter racial. Sua tarefa dentro do grupo era a de ensinar. Era um intelectual. Mas sentia um forte
desejo de participar das operações de guerrilha. Só assim seria reconhecido.
"Eu, O Narrador, Sou Teoria.
Nasci na Gabela, na terra do café. Da terra recebi a cor escura de café, vinda da mãe,
misturada ao branco defunto do meu pai, comerciante português. Trago em mim o
inconciliável e é este o meu motor. Num Universo de sim ou não, branco ou negro, eu
represento o talvez. Talvez é não, para quem quer ouvir sim e significa sim para quem espera
ouvir não. A culpa será minha se os homens exigem a pureza e recusam as combinações? Sou
eu que devo tornar-me em sim ou em não? Ou são os homens que devem aceitar o talvez?
Face a este problema capital, as pessoas dividem-se aos meus olhos em dois grupos: os
maniqueístas e os outros. É bom esclarecer que raros são os outros, o Mundo é geralmente
maniqueísta."
10. Referências Bibliográficas
https://www.todamateria.com.br/mayombe/ Acesso em 01/09/2017
https://geekiegames.geekie.com.br/blog/livros-fuvest-mayombe-resumo/ Acesso em 01/09/2017
http://www.infoescola.com/biografias/pepetela/ Acesso em 01/09/2017
http://neteducacao.com.br/experiencias-educativas/ensino-medio/portugues/mayombe_pepetela Acesso em
01/09/2017
http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2016/08/22/1142940/livros-fuvest-2017-estudar-sobre-
mayombe-pepetela.html# Acesso em 01/09/2017
https://www.todamateria.com.br/polifonia-textual/ Acesso em 01/09/2017
https://www.todamateria.com.br/anos-70/ Acesso em 01/09/2017
Nomes: 3ºA
Ana Beatriz nº 02
Bruno Volpin nº 04
Pedro Vavruk nº 26
Suélen Fernanda nº 28
Vitória Hellen nº 31
E.E. Jardim Buscardi