1.
§
Av sos
27 Celebramos hoje o Domingo das bênçãos
do Menino Jesus.
28 Festa de S. Simão e S. Judas, Apóstolos.
§
Grande mal é uma alma achar-se
sozinha entre tantos perigos. Parece-me
a mim que, se tivera tido com quem
tratar tudo isto, ajudar-me-ia a não
tornar a cair, sequer por vergonha, já
que não a tinha de Deus.
Por isso aconselharia aos que têm
oração – em especial ao princípio – que
procurem amizade e trato com outras
pessoas que tratem do mesmo. É coisa
importantíssima, ainda que não seja
senão ajudarem-se uns aos outros com
suas orações, quanto mais que há
muitos mais lucros. E pois que nas
conversações e amizades humanas,
mesmo não sendo muito boas, se
procuram amigos com quem descansar
e para mais gozar ao contar aqueles
prazeres vãos, não sei por que não se
há-de permitir a quem começar deveras
a amar a Deus e a servi-l’O, o tratar
com algumas pessoas seus prazeres e
trabalhos: que de tudo têm os que têm
oração. Porque, se é verdadeira a
amizade que quer ter com Sua
Majestade, não haja medo de vanglória.
SANTA TERESA DE JESUS (1515 - 1582)
LIVRO DA VIDA 7,1.19-20
ChAMA
DO CARMO
DE VIANA DO CASTELO
DOMINGO XXX DO TEMPO COMUM
NS 200
OUTUBRO 27 2013
01 Solenidade de Todos os Santos.
02 Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos:
07:30h Início de um Terno de Missas.
09:00h Missa.
10:00h Missa.
10:30h Missa.
18:00h Missa.
chamadocarmo.blogspot.com
Telefone 258 822 264
viana@carmelitas.pt
BIOGRAFIA DA IRMÃ LUCIA
Em tempos de crise falham os fundamentos.
E falha-nos, sobretudo, a vista; por que continuam a existir verdadeiras colunas e referências para a nossa vida e a nossa fé. São
homens e mulheres que vive(ra)m lado a lado
connosco e são quase desconhecidos. É o
caso da Irmã Lúcia, que todos julgam conhecer. Já leu a sua biografia? — Se desejar pode
adquiri-la à saída da igreja, depois da Missa.
Oração
LITURGIA DAS HORAS
• Semana II do Saltério.
A Palavra
DOMINGO XXX DO TEMPO COMUM
• Sabedoria 11:22-12:2.
• Salmo 144:1-2.8-11.13-14.
• 2Tessalonicenses 1:11-2:2.
• Lucas 19:1-10.
( 03 DE NOVEMBRO)
Reze assim,
não reze assim!
2. Oração. A catequese deste domingo volta ao tema da oração. Devemos rezar sempre e sem cessar, ensinava
o Senhor no domingo passado. Devemos rezar de forma despojada e humilde, ensina o Senhor neste domingo.
Dois homens foram rezar ao Templo. Entraram ambos, um até ao Santíssimo; outro até à porta. Um entrou
cheio de si, o outro sentia que nada valia. Um entrou convencido que era dono do Céu, o outro sabedor que
nem para o Céu deveria olhar. Porém, o Céu oferece-se a quem quer, não a quem se quer seu dono.
Reze assim, não reze assim
REZE ASSIM
Bom dia, Senhor!
Eis-me, não sei como, mais uma vez em Tua casa.
Venho talvez por inércia; entro talvez por entrar.
A verdade, porém, é que só encontro descanso
debaixo das Tuas telhas.
Tu sabes que estou aqui
como se não tivesse mais para onde ir.
Eu só quero ficar junto de Ti,
mesmo se muitos me dizem ‘Vem para aqui!’.
Eu não mereço entrar, não mereço achegar-me.
Não mereço, mas é só aqui que eu encontro paz,
a paz que nem o sono da noite me traz.
Quisera, Senhor, nada valer para alguém,
estar simplesmente aqui,
mesmo duvidando se mereço e se me aceitas.
Raras são as noites em que o sono me refresca
e dá descanso à minha peleja.
Raras são as noites de lua bem alta e atenta
em que aqui não venha em penitência.
Ah, Senhor, Senhor,
nada mais me resta da minha inocência,
da minha abastada ciência
e por isso hei-de aceitar que me acolhes
ainda que me olhes com olhos que não sei.
Porque a vergonha é o meu manto,
e a pena o meu pranto, a Ti, meu Santo,
eu não me atrevo a olhar.
Cansado que sou não sei que diga,
embora uma ideia me persiga de que Tu, Senhor,
só Tu, Senhor, sabes aguardar quem tão a jeito,
quem tão pecador a eito se faz tardar.
NÃO REZE ASSIM
Meu Senhor e meu Deus,
meu bom Pai, Altíssimo Senhor!
As horas do meu dia são demasiado curtas.
Porém, a lufa-lufa jamais me impediria
de aqui vir para Vos louvar e agradecer.
É certo que não gosto do cheiro desta igreja,
que acolhe gente sem princípios
de higiene.
Compreendereis, Senhor, que antes de vir
tive de passar pela feira e pela loja
para controlar os empregados
desassossegados, exigentes e mandriões.
Foi por isso que me atrasei
e agora tenho de aguentar o cheiro desse pedinte
que se encontra bem atrás de mim.
Algo, porém, me diz ao fundo da alma,
que toda esta paz e esta calma que não mereço
são o átrio do teu amor em responso
a tantos pecados de que eu não me esqueço.
(Desculpa, Senhor, mas, coisa banal,
deveriam ser obrigados a tomar banho...,
porque, enfim, como se pode vir
à Vossa Santa Presença cheirando mal?)
Porque, Senhor, és assim?
Porque me forças a reconhecer que és bom,
quando sei que nada valho, que me enganei,
que perdi, que tardei, que me assustei e fugi?
Para Vós, Senhor,
(Já eu o aprendi da minha santa mãe,
que Vós tendes de ter em justo descanso!),
para Vós devemos sempre reservar o melhor:
os melhores ideias, os pensamentos puros,
a melhor cara, as melhores horas do dia!
Porque és assim e me obrigas a confiar?
Por que me obrigas a erguer se me afeiçoei à lama?
Do que me deste nada mais tenho que lágrimas,
que aprendi a chorar com a Mãe ao perto.
São-te familiares,
aceita-as até que o mar chegue ao deserto.
Sabereis que Vos dou sempre o melhor,
porque sei que retribuis com justiça.
Mas aqui em baixo quisera eu já justiça justa
para esses calaceiros, chupistas e mandriões,
esses sarapintas cheirando mal à minha volta.
Aceita-as, nada mais tenho para Ti.
E deixa-me descansar aqui.
Amen.
E agora, Senhor, urge deixar-Vos:
O tempo é curto e devo ainda fechar a caixa.
Amen.