Irena Sendler salvou mais de 2.500 crianças judias durante o Holocausto escondendo-as em sacos e caixões para retirá-las do gueto de Varsóvia. Ela documentou os nomes das crianças para que pudessem ser reunidas com suas famílias depois da guerra. Irena foi presa e torturada pelos nazistas por suas ações, mas sobreviveu e continuou seu trabalho humanitário. Ela foi reconhecida por Israel e indicada ao Prêmio Nobel da Paz por seu heroísmo durante o Holocausto.
1. Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)
Centro de Educação (CEDUC)
Departamento de História
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID/CAPES
Escola Estadual de Ensino Fundamental Senador Humberto Lucena
Série: 9º Ano/C/Ensino Fundamental II
Data: 07/07/2017 Carga horária: 01 aula de 45 minutos
Professor Supervisor: Thiago Acácio Raposo
Bolsistas: Jilton Joselito de Lucena Ferreira; Marília Cristina de Queiroz; Mylla
Christtie Montenegro Bezerra; Tissiane Emanuella Albuquerque Gomes; Valdeir Alves
dos Santos.
HISTÓRIA DE VIDA
Irena Sendler – O Anjo de Varsóvia
Irena Sendler entrou para a história por sua coragem, afeto e respeito a vida
humana, conhecida como “o anjo de Varsóvia” Irena não mediu esforços e foi
responsável por salvar a vida de mais de 2500 crianças judias durante a segunda guerra,
polonesa da cidade de Varsóvia, Irena nasceu em 15 de fevereiro de 1910. No ano de
1939 a Alemanha Nazista liderada por Hitler invade a Polônia iniciando a sua politica
de repressão aos judeus, Irena era assistente social no departamento de Bem Estar, com
a ajuda de enfermeiras Irena organizava locais para refeições comunitárias da cidade,
com o intuito de atender a necessidades do povo pobre da cidade.
Pelo seu trabalho humanitário, esses espaços não eram apenas utilizados como
fornecedores de comida para anciãos, órfãos e desamparados, mas também serviam
como ponto de apoio para distribuição de roupas, medicamentos e até dinheiro, nesse
local trabalhou incansavelmente para diminuir o sofrimento de milhares de pessoas
tanto judias como católicas.
2. No ano de 1942, o governo Nazista criou os chamados “guetos” que eram
regiões urbanas em sua maioria cercada em que os judeus eram confinados, um desses
guetos foi instalado em Varsóvia, vendo o estado de horror que era o gueto, Irena uniu-
se ao chamado conselho Zebota que era um conselho de ajuda aos judeus. Caminhando
pelo gueto e entrando em contato com as famílias, Irena propôs levar os seus filhos para
fora do gueto, porém não os dava garantias de sucesso pois nem ela sabia se conseguiria
sair de lá, a única certeza é que as crianças morreriam se permanecesse naquele local.
Por volta de um ano e meio conseguiu salvar a vida de mais de 2500 crianças,
para isso se utilizou de vários métodos como, por exemplo, esconder crianças em sacos
de batatas, cestos e sacos de lixo, carregamentos de mercadorias e até caixões, qualquer
método poderia ser usado desde que conseguisse salvar o maior número possível de
vidas humanas.
Apesar de viver um forte período de guerra, Irena vislumbrava momentos de
Paz, não se contentava apenas em salvar crianças, mas queria que um dia pudessem
recuperar os seus verdadeiros nomes, suas origens e voltar a viver com seus parentes,
para isso montou um arquivo em que registrava o nome de todas as crianças que
conseguia salvar como também o nome de suas famílias e de qualquer outro tipo de
informação que pudesse contribuir no futuro com a volta das crianças para uma vida
com dignidade. Os Nazistas souberam da atuação de Irena e em 20 de outubro de 1943
Irena foi presa e levada para a prisão de Pawiak na qual foi violentamente torturada
chegando inclusive a ter os ossos dos braços e das mãos quebrados, foi condenada a
morte, e enquanto esperava a execução foi levada para um interrogatório adicional no
qual era uma estratégia de fuga. No dia seguinte, Irena viu seu nome como executada e
passou a viver com uma identidade falsa, porém não cessou a sua causa humanitária.
Após a guerra, depois da aparição de sua foto no jornal, e após receber várias
premiações, Irena foi reconhecida por milhares de crianças. Em 1965 Irena foi nomeada
cidadã honorária de Israel, além de ser indicada ao premiu Nobel da Paz no ano de
2007.
Irena viveu o resto da vida em Varsóvia onde faleceu em 12 de maio de 2008
aos 98 anos.
Referências
3. BIOGRAPHY. “Irena Sendler”. Disponível em: <https://www.biography.com/people/irena-
sendler-031616>. Acesso em: 2 mai. 2017.
CHABAD. “Irena Sendler”. Disponível em:
<http://pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/664681/jewish/Irena-Sendler.htm>. Acesso em: 2
mai. 2017.
MORASHA. “A História de Irena Sendler”. Disponível em:
<http://www.morasha.com.br/holocausto/a-historia-de-irena-sendler.html>. Acesso em: 2 jun.
2017
O Coração Corajoso de Irena Sendler. Direção: John Kent Harrison, Produção: Jerzy
Zielinski . Nova York (NY): Columbia Broadcasting System (CBS), 2009, 1 DVD.