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Os sinos possuíam grande prestígio e exerciam importantes funções sociais em outras épocas, sendo tocados em ocasiões de grande alegria ou perigo para a comunidade. Instrumentos musicais idealizados para transmitir um sinal (daí a origem do nome em latim: signum), de acordo com os toques, conhecidos pela população, os sinos alertavam sobre ataques, incêndios, proximidade de vendavais, nascimento e sepultamento de pessoas.
Suas formas e pesos variaram ao longo do tempo, sendo os primeiros de chapa de ferro ou cobre. A partir do século VIII, iniciou-se a fundição dos sinos em bronze e uma liga de cobre e estanho, adicionando também uma dosagem de ouro ou prata e outros metais, para aperfeiçoar o som. Existem também sinos de pedra, vidro e madeira, com sonoridade e resistência reduzidas, se comparados aos de metal.
Os sinos eram uma forma de comunicação e o relógio comunitário. Do batismo ao funeral, a vida das pessoas era marcada pelos seus sons. Durante o dia, às 6 da manhã, ao meio-dia e às 18 horas, os sinos marcavam os horários do início do dia, do almoço e o fim do dia com orações.
Eram usados em estações ferroviárias, escolas, seminários, quartéis, cemitérios, nos grandes relógios das repartições públicas, locomotivas, carros dos bombeiros e outros veículos oficiais. Também era comum sua utilização nas residências para chamar os empregados e em repartições públicas e hotéis para chamar o funcionário responsável pelo atendimento.
Atualmente os sinos não têm voz e vez. Nas grandes cidades, as torres das igrejas estão asfixiadas entre grandes prédios e as badaladas mal são distinguidas entre os sons da agitada e barulhenta rotina moderna. Algumas igrejas substituíram as pessoas que conhecem os toques dos sinos (os sineiros) por martelos motivos a energia elétrica; outras retiraram os sinos ou os deixam parados por estarem rachados ou com a estrutura de madeira que os sustentam podres, usando sons gravados de sinos em auto-falantes. Nas pequenas cidades eles ainda são referência importante para marcar a passagem do tempo e eventos religiosos.
3. Os sinos ao longo da História.
Os sinos possuíam grande prestígio e exerciam importantes funções sociais em outras
épocas, sendo tocados em ocasiões de grande alegria ou perigo para a comunidade.
Instrumentos musicais idealizados para transmitir um sinal (daí a origem do nome em
latim: signum), de acordo com os toques, conhecidos pela população, os sinos alertavam
sobre ataques, incêndios, proximidade de vendavais, a morte e sepultamento de pessoas
da comunidade ou o nascimento de uma criança, diferenciando o dobre se essa fosse do
sexo masculino ou feminino.
Os sinos eram em tempos passados, portanto, uma forma de comunicação e o relógio
comunitário. Do batismo ao funeral, a vida das pessoas era marcada pelos seus
sons. Durante o dia, às 6 da manhã, ao meio-dia e às 18 horas, os sinos marcavam os
horários do início do dia, do almoço e o fim do dia com orações.
Eram usados em estações ferroviárias, escolas, seminários, quartéis, cemitérios, nos
grandes relógios das repartições públicas, locomotivas, carros dos bombeiros e outros
veículos oficiais. Também eram usados em residências e órgãos públicos para chamar
empregados e funcionários.
Atualmente os sinos não têm voz e vez. Nas grandes cidades, as torres das igrejas estão
asfixiadas entre grandes prédios e as badaladas mal são distinguidas entre os sons da
agitada e barulhenta rotina moderna. Algumas igrejas substituíram as pessoas que
conhecem os toques dos sinos (os sineiros) por martelos motivos a energia elétrica; outras
retiraram os sinos ou os deixam parados por estarem rachados ou com a estrutura de
madeira que os sustentam podres, usando sons gravados de sinos em auto-falantes.
Nas pequenas cidades eles ainda são referência importante para marcar a passagem do
tempo e eventos religiosos.
4. Suas formas e pesos variaram ao longo do tempo, sendo os primeiros de chapa de ferro
ou cobre. A partir do século VIII, iniciou-se a fundição dos sinos em bronze e uma liga de
cobre e estanho, adicionando também uma dosagem de ouro ou prata e outros metais,
para aperfeiçoar o som. Existem sinos de pedra, vidro e madeira, com sonoridade e
resistência reduzidas, se comparados aos de metal.
Manejar um sino é uma atividade arriscada e mantê-lo exige trabalho, com uma
manutenção especializada e geralmente cara. Por isso quem pode ouvir um sino no local
onde vive deve valorizar e apreciar esta oportunidade. Os sinos podem não ser uma
necessidade agora, mas dão charme, personalidade e pompa às circunstâncias da vida.
5. Sino da Igreja
de São Francisco
( Itapecerica )
Imagem: olhares.uol.com.br
6. Linguagem dos sinos
Muitos toques foram criados pelos próprios sineiros e a tradição foi sendo passada de pai
para filho ou entre amigos.
Em São João del-Rei a linguagem dos sinos possui as seguintes modalidades de toque:
dobre simples (quando o sino cai pelo lado em que está encostado o badalo,
ocasionando uma só pancada em cada movimento); dobre duplo (quando o sino cai pelo
lado contrário em que está encostado o badalo, ocasionando duas pancadas em cada
movimento); e repiques (quando o movimento é feito somente pelo bater do badalo, com
o sino parado).
“Os sinos são um eficiente meio de comunicação para quem conhece sua linguagem”,
afirma o coordenador e produtor do programa Bem Cultural, da Rede Minas, Jason Santa
Rosa, organizador do Pequeno Glossário da Linguagem dos Sinos e idealizador do
documentário “Entoados”.
A pesquisa, finalizada em 2006, durou três anos e a equipe de produção esteve presente
nas festas e datas importantes dos municípios de São João del-Rei, Ouro Preto, Mariana
Diamantina, Catas Altas e Tiradentes para documentar os toques, os sineiros, os sinos,
e a singularidade dessa referência cultural secular em Minas Gerais.
Em 03 dezembro de 2009, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan),
em reunião ocorrida em São João del-Rei, oficializou os toques dos sinos em Minas
Gerais na condição de patrimônio imaterial brasileiro, tendo como referência São João
del-Rei e as cidades de Ouro Preto, Mariana, Catas Altas, Congonhas, Diamantina,
Sabará, Serro e Tiradentes.
7. Luiz Cláudio toca o sino da Igreja de Nossa Senhora da Conceição
( Catas Altas )
Imagem: viagem.uol.com.br
8. Fundição Artística Sinos Uberaba
Atualmente existem no mundo seis fábricas de sinos artesanais. Em Uberaba está a
segunda maior do Brasil, a Fundição Artística Sinos Uberaba (FASU).
A fábrica foi fundada por José Donizetti da Silva, que até hoje toma conta e ensina o
ofício para os artesãos que ali trabalham. Ele relembra como tudo começou: no período
da II Guerra Mundial, um artesão italiano migrou para o Brasil. “Aqui no Brasil ele se
instalou em São Paulo, onde eu, bem garoto, aprendi essa arte”, conta. Já qualificado e
por amor ao que fazia, Donizetti fundou a Fasu em 1974. “Comecei com dois
funcionários. Atualmente trabalho com sete”, diz.
A técnica de fundição de sinos trazida da Europa e usada pela Fasu não é somente
artesanal, mas também musical, pois é capaz de colocar notas musicais nos sinos de
bronze. Donizetti explica que utiliza matéria-prima natural como argila, sebo, terra entre
outros ingredientes que, segundo ele, “fazem a diferença na fabricação do sino”.
Em 35 anos a Fasu já confeccionou, aproximadamente, 2.000 sinos para várias igrejas
brasileiras, mas também exporta para o Mercosul e outros países, como a Áustria.
Até mesmo no Vaticano há um sino que foi fabricado por Donizetti, presenteado pela
Igreja brasileira.
Em Minas Gerais, 170 municípios tiveram seus sinos produzidos ou restaurados na
fundição de Uberaba.
Fonte:
http://www.defender.org.br/iephamg-informa-tradicao-secular-de-fabricacao-de-sinos-permanece-viva-em-minas
9. Início da fabricação artesanal do sino. Através de
um desenho com cálculos aritméticos em uma
madeira (Chapelona) o sino vai ganhar o peso
determinado e a nota musical exata. Utiliza-se
um composto de argila no levantamento da
forma.
Processo de fabricação do "macho"
(parte interna do sino).
Fase de gravação do sino, utilizando letras de uma cera
própria, para formar escrituras, efígies e ornamentos,
aplicados sobre a forma de sino.
Aplica-se depois uma lama preta, um composto que
transferirá as gravações para a camada externa do sino.
É aplicada então uma última camada de argila na forma.
Recebe o nome de camisa, pois vestirá e protegerá a
gravação, resistindo também a pressão do Bronze.
1 2
3
10. 4 5
Carrilhão com 7 sinos e suas respectivas notas:
Sino 575 kg - Nota musical SOL BEMOL
Sino 340 kg - Nota musical LÁ
Sino 205 kg - Nota musical DÓ
Sino 170 kg - Nota musical RÉ BEMOL
Sino 120 kg - Nota musical MI BEMOL
Sino 85 kg - Nota musical FÁ
Fonte:
http://www.sinosbronze.com.br/fases.htm
Construção das canaletas onde o material derretido
irá transitar até ser derramado no orifício da forma,
que está prensada na terra. Os sinos já estão
completamente enterrados.
O bronze e demais metais são misturados em
proporções estabelecidas e, depois de derretidos,
escoam pelas canaletas, entrando nas formas para
esfriarem, solidificando-se e formando o sino.
11. Sino da Igreja de Nossa
Senhora do Carmo
( São João del-Rei )
Imagem: sgturismo.com.br
12. Sino da Igreja do Senhor
do Bonfim dos Militares
( Diamantina )
Foto: Fernanda
Imagem: forumnow.com.br
13. Sino da Igreja do Carmo
( Ouro Preto )
Imagem: giljf.com
14. Sino da Igreja do Carmo
( Diamantina )
Imagem: aquiagoradireito.net
15. Sino da Matriz
Igreja de Nossa Senhora
do Pilar
( São João del-Rei )
Imagem: olhares.sapo.pt
16. Sino da Matriz
Igreja de Nossa Senhora
do Pilar
( São João del-Rei )
Imagem: www2.uol.com.br
18. O Tsar Kolokol é o maior sino existente e
encontra-se em Moscou, na Rússia.
Fundido em bronze, pesa 222 toneladas,
tem 6,14 metros de altura e 6,6 metros de
diâmetro. Foi criado por Ivan Motorin e
seu filho Mikhail entre 1733 e 1735,
mestres artesãos que supervisionaram
uma equipe de 200 homens, a pedido
da imperatriz Ana. Ornamentos,
pinturas e inscrições foram feitas por
V. Kobelev, P. Galkin, P.
Kokhtev, P. Serebryakov
e P. Lukovnikov.
Quando ainda estava no seu poço de
fundição, em 1737, o choque térmico
entre o fogo e a água de extinção em seu
processo de fusão, o fez quebrar e um
pedaço de 11 toneladas e meia separou-
se. Em 1836 foi exumado da sua cova pelo
arquiteto Auguste de Montferrand Ricard
e depositado na sua atual localização,
junto à torre de Ivan, o Grande, no
Kremlin, onde está exibido publicamente.
A palavra “Tsar” refere-se à prática
russa de construir grandes objetos.
Uma tradução livre de “Tsar
Kolokol” é “O grande sino”.
Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tsar_Kolokol
Imagem: mashpedia.com
19. Sino de bronze
do período imperial.
Cemitério em Paracatu.
Imagem: acontupturismo.wordpress.com