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APICULTURA BÁSICA
Turma do curso de apicultura básica realizado em agosto de 2000 – Bonfim - RR
Boa Vista, outubro de 2003
1
CURSO DE APICULTURA BÁSICA.
Neste pequeno manual de apicultura você irá encontrar orientações e
conhecimentos básicos para se iniciar na atividade apícola. Nenhuma publicação sobre
apicultura poderá ser completa tal é a diversidade de temas que podem ser abordados
nesta área da agropecuária. Muitos livros já foram escritos e ainda outros virão.
Esperamos que você encontre neste manual inspiração para criar um desejo de
conhecer cada vez mais os mistérios da sociedade das abelhas, como vivem, do que se
alimentam, como se reproduzem, de onde vem o mel, em fim que este curso possa servir
de ponto de partida para seu início na atividade apícola e o no estudo das abelhas.
SILVIO JOSÉ REIS DA SILVA
2
INTRODUÇÃO.................................................................................................................4
BIOLOGIA DAS ABELHAS...........................................................................................7
OS EQUIPAMENTOS....................................................................................................10
A FORMAÇÃO DO APIÁRIO......................................................................................13
ASSISTÊNCIA À COLMEIA........................................................................................16
APICULTURA E POLINIZAÇÃO: EFICIÊNCIA NO SERVIÇO PRESTADO....23
DOENÇAS DAS ABELHAS..........................................................................................27
MEL E ABELHAS MAIS MANSAS.............................................................................31
3
INTRODUÇÃO
Entre os insetos existem dois que se destacam por ocuparem uma posição de
destaque para o homem: o bicho-da-seda por produzir uma fibra de alto valor econômico e
as abelhas que, apesar de produzirem uma variedade maior de produtos, são conhecidas,
principalmente, pelo mel que produzem.
Apesar das abelhas serem conhecidas como produtoras de mel, elas também
fornecem cera, própolis, pólen, geléia real e até o veneno. Destes, o mel é sem dúvida,
o que gera mais recursos financeiros tendo em vista ser o produto mais abundante e mais
consumido. O pólen, o própolis e a cera são produtos que ocupam o segundo lugar e, em
menor escala, a geléia real e o veneno.
Em muitos empreendimentos apícolas nacionais, o pólen já começa a figurar
como produto de primeira linha. Já é possível encontrá-lo em farmácias e grandes
supermercados. Em outros países, principalmente da Europa, há vários apicultores
explorando em larga escala a produção de pólen. Embora o pólen seja um alimento
saudável, rico em proteínas, carboidratos, fibras, vitaminas e sais minerais, alguns tipos
podem apresentar sabor desagradável e uns poucos chegam a ser venenosos para as
abelhas.
As abelhas não são importantes somente pelos produtos que nos fornecem,
mas principalmente, por prestarem um serviço imprescindível para as plantas superiores: a
polinização. ROOT (1978) enfatiza que enquanto o movimento comercial de abelhas e
seus produtos atingem milhões de dólares, os benefícios da polinização chegam a bilhões
de dólares. CRANE (1972) cita que os benefícios obtidos com a polinização são pelo
menos vinte vezes maiores do que os da comercialização da cera e do mel.
Apesar da atividade apícola em Roraima ser uma atividade recente, iniciada na
década de 70 (SILVA, 1998). O número de apicultores vem crescendo a cada ano e o
estado possui uma grande variedade de formações vegetais nativas que não sofreram a
ação antrópica. Essas formações vegetais encerram um enorme potencial para a
expansão da apicultura orgânica, pois o mel produzido nessas áreas é isento de produtos
químicos usadas nas plantações.
Utilizando técnicas e equipamentos apropriados os apicultores de Roraima
podem produzir mel “ORGÃNICO”, pois não é necessário utilizar qualquer tipo de droga,
como antibióticos e acaricidas. O mel produzido em Roraima se enquadra em boa parte
dessas exigências mas falta infraestrutura e capacitação dos apicultores.
Introdução das abelhas Apis mellifera L. no Brasil.
Nenhuma das subespécies de A. mellifera L. é endêmica das Américas. Elas
foram trazidas pelos primeiros colonizadores que aqui chegaram. A data e o local da
introdução no Brasil das abelhas A. mellifera L. vindas da Europa, é muito controvertida.
Há duas opiniões: Uma alega que a introdução dessas abelhas ocorreu pela primeira vez
nas missões jesuítas no sul do Brasil e que antes de 1839 essas abelhas eram totalmente
desconhecidas; a outra versão é de que foi o Rev. Antônio Carneiro quem primeiro as
trouxe da Europa. Posteriormente, com o incentivo à migração, ocorreram outras
introduções. Suspeita-se que os colonos alemães tenham trazido abelhas pretas, A. m.
mellifera L., e amarelas, A. m. ligustica para o Rio Grande do Sul (NOGUEIRA NETO,
1972).
Fig 1. Dispersão das abelhas africanas (Apis
mellifera scutellata) nas Américas. (Fonte:
Scientific American, 269(6):52-58)
Em 1956 foram trazidas da
África algumas rainhas de A. mellifera
adansonii, hoje identificadas como A.
mellifera scutellata Ruttner (MORITZ &
SOUTHWICK, 1992), que deveriam ser
cruzadas com as raças locais para
produzirem híbridos de alta
produtividade. O entanto, vários
enxames fugiram e passaram a se
dispersar pelo Brasil na forma pura,
ocorrendo não raros acidentes devido à
alta agressividade dessas abelhas
(STORT & GONÇALVES, 1978).
Desde a sua introdução no
Brasil, as abelhas africanizadas (Apis
mellifera scutellata) têm se dispersado
por todo o território nacional, América do
Sul, América Central, México e sul dos
EUA na América do Norte (Fig. 1). DINIZ
et al. (2000) indicam como limite sul da
expansão das abelhas africanizadas nas
Américas as latitudes compreendidas
entre os paralelos 30 a 35.
A chegada das abelhas
africanizadas em Roraima.
Em Roraima, segundo relato de indígenas, as abelhas africanas chegaram na
década de 70. De acordo com Waldemar Sartor (Inf. Pessoal) para iniciar a atividade
apícola no sul do Estado, na cidade de São João da Baliza, região de floresta, foi
necessário trazer abelhas da capital Boa Vista, pois em São João da Baliza elas não
existiam. RUTTNER (1986) cita que em 1973 as abelhas africanas já haviam chegado na
Venezuela. Em 1976, elas já estavam
no norte do Estado de Roraima, na
fronteira Brasil-Venezuela, cidade de
Santa Elena de Uairen (TAYLOR &
LEVIN, 1978).
Estudos para determinar o grau de africanização por meio de técnicas aplicadas
para DNA mitocondrial das abelhas do gênero Apis em Roraima, comprovam a
predominância quase total da subespécie A. m. scutellata RUTTNER (SOARES, inf.
pessoal).
O quê é a Apicultura?
É a criação racional de abelhas melíferas identificadas na nomenclatura
zoológica como Apis mellifera L . Onde “api” vem de “apis” que quer dizer abelha e
“cultura” quer dizer criação.
A apicultura racional está fundamentada em três equipamentos básicos:
1 – A colmeia racional
2 – A cera alveolada
3 – O uso da centrífuga
5
Obviamente há muitos outros equipamentos, a grande maioria deles serve como
complemento aos três citados acima.
A apicultura racional também se baseia no conhecimento básico da biologia das
abelhas, seu comportamento e suas necessidades. O apicultor, aquele que cria abelhas,
terá mais sucesso quanto maior for o seu conhecimento nestas áreas. É essencial que o
futuro apicultor adquira livros e manuais como este que você está lendo agora, e vá cada
vez mais se aprofundando na atividade. Um estágio com algum apicultor que tenha
experiência de vários anos encurtará em muito a aprendizagem.
Se você vai começar sua atividade sem ter orientação alguma, não comece com
muitas colmeias, cinco a dez colmeias no primeiro ano é o número ideal. Antes de querer
ganhar dinheiro com a apicultura seja um estudioso das abelhas. Observe uma operária
visitando uma flor; veja as operárias em frente da colmeia batendo asas para ventilação;
observe as famílias alojadas na natureza; perceba a forma como constroem os favos;
observe tudo que puder, anote o que quiser mas tenha em mente que sua aprendizagem
nos primeiros contatos que tiver com as abelhas é muito importante.
6
Realeiras maduras
Operárias
BIOLOGIA DAS ABELHAS
Em uma família de abelhas existem três castas distintas.
- milhares de operárias
- centenas de zangões
- uma rainha.
Cada um dos indivíduos da colmeia desempenhando papéis específicos.
Existem muitas definições para o conjunto de abelhas.
FAMÍLIA = abelhas operárias, zangões, rainha, ovos e larvas
COLMEIA = morada das abelhas feita pelo homem.
COLÔNIAS = 50 a 100 mil abelhas, centenas de zangões, uma rainha; favos
com ovos, larvas e alimento.
CORTIÇO = morada natural das abelhas
ENXAME = operárias, zangões e rainha (sem favos, ovos, larvas nem
colmeia).
A Rainha
A rainha é a mãe de todas as abelhas da
colmeia. É ela a responsável pela postura. Ela pode por
até 2000 ovos por dia ou mais e chega a viver até 5 anos
em climas mais amenos.
Esta vitalidade toda está
baseada em sua alimentação a base
de geléia real.
É, normalmente, a única
fêmea fértil da colmeia.
A rainha nasce em um berço especial chamado de realeira.
Esse berço é formado a partir de uma célula normal que contenha
uma operária de até três dias de vida, e é abastecida com farta geléia
real. As paredes da realeira são alargadas e projetadas para fora
como cachos pendurados no favo. Após 12 dias na realeira nasce a
rainha. Passados de 3 a 4 dias na colmeia ela sai para o vôo nupcial
onde pode ser fecundada por até 20 zangões.
A rainha libera uma substância real que indica sua
presença na colmeia sem a necessidade das abelhas a verem, mantendo assim a unidade
da colmeia. A manutenção de uma rainha nova e fértil é o segredo para uma boa produção
de mel.
As Operárias
As operárias, como já diz o nome, são as
responsáveis pelas atividades na cidade das abelhas. Quando
nascem elas são faxineiras limpando o próprio berço onde
nasceram, depois passam a ser abelhas nutrizes,
alimentando as larvas e produzindo geléia real,
posteriormente passam a produzir cera para ampliação da
colônia, tornam-se vigias e por último são abelhas campeiras
pois vão em busca de pólen e néctar.
Rainha com abelhas acompanhantes
7
zangão
rainha
Fecundação da Rainha
São elas que decidem o rumo que vai tomar a colmeia, quando devem
enxamear, quando migrar, quando trocar de rainha, etc.
O Zangão
É o boa vida da colônia, vive a passear em
busca de alguma jovem princesa para fecundar, porém
quando a encontra, dá a sua vida pelo privilégio de
fecundá-la, pois ao terminar o acasalamento seus órgãos
genitais ficam presos na vagina da rainha.
Os zangões nascem em células maiores que
aquelas destinadas às operárias.
Eles tem acesso a qualquer colmeia quando há
fartura de alimento. Na falta de alimento na colmeia, eles
são expulsos, pois são uns grandes comilões.
Ciclo de vida
Cada um dos três castas da colmeia possui um desenvolvimento diferenciado.
Acredita-se que isso se deve não só a fatores genéticos mas também devido a
alimentação. Todos recebem geléia real durante os três primeiros dias de vida larval mas
somente a futura rainha será alimentada com ela para o resto de sua vida.
A rainha possui o ciclo de vida larval mais curto de todos. Já o zangão tem o
que demora mais a nascer, 24 dias. Note que os zangões de uma mesma colmeia não
devem fecundar suas irmão e que sempre tem zangões de outras colmeias por perto.
Tabela. Ciclo de vida larval das abelhas
D I A S
CASTAS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
ZANGÃO
ovo
ovo
ovo
larva
larva
larva
larva
larva
larva
operculação
pupa
pupa
pupa
pupa
pupa
pupa
pupa
pupa
pupa
pupa
pupa
pupa
pupa
nascimento
OPERÁRIA
ovo
ovo
ovo
larva
larva
larva
larva
larva
operculação
pupa
pupa
pupa
pupa
pupa
pupa
pupa
pupa
pupa
pupa
pupa
nascimento
RAINHA
ovo
ovo
ovo
larva
larva
larva
larva
operculação
pupa
pupa
pupa
pupa
pupa
pupa
nascimento
Parte do aparelho genital do zangão ficam presos a vagina da rainha
8
A vida na colmeia
A Sociedade das Abelhas
As abelhas vivem em uma sociedade altamente organizada, onde o objetivo
maior é o bem da coletividade. Cada componente desta sociedade executa sua tarefa sem
necessidade de ordens ou em proveito próprio.
Todos vivem em função do grupo, quem não presta
para trabalhar é expulso. Se uma abelha fica doente
ela procurará sair da colmeia para morrer sem dar
trabalho às irmãs.
A colônia é formada de vários favos
paralelos. A maioria destes favos possuem células
para a postura de operárias que tanto podem ser
utilizados para crias como para estoque de mel e
pólen. Já os zangões nascem em células maiores e
as futuras rainhas ganham um berço especial, a
realeira.
As abelhas dependem diretamente das
flores. Delas as abelhas retiram néctar e pólen. O
néctar é aquele líquido doce que está no interior das
flores. O pólen é aquele pozinho amarelo que fica na
ponta de pequenas hastes, os estames. As abelhas também necessitam de água, para
refrescar a colmeia e dissolver o mel. Utilizam resinas vegetais para impermeabilizar a
colmeia. Essa resina depois de trabalhada pelas abelhas é conhecida como própolis.
A Enxameação
A rainha é a responsável pela reprodução dos indivíduos da família.
No processo de enxameação ocorre a reprodução coletiva. A família se divide, e
uma parte das operárias mais velhas e a rainha saem da colmeia em busca de uma nova
morada. A colônia antiga fica com as operárias que sobram e com várias realeiras para
substituição da rainha que foi embora. Quando nascer a primeira rainha, esta poderá partir
com parte das operárias formando um novo enxame ou então se estabelecer na colmeia.
A enxameação faz parte do instinto natural das abelhas, porém, pode ser
forçada quando as abelhas estiverem em condições desfavoráveis. A falta de espaço,
calor intenso e rainha velha, podem ser consideradas as causas mais comuns.
A enxameação embora seja indispensável para a continuidade das abelhas,
causa grandes prejuízos ao apicultor pois, diminui a força da colmeia, já que a grande
maioria das operárias que acompanham a rainha que sai são abelhas em idade de coleta.
O apicultor deve estar atento em seu apiário nas épocas de enxameação. O
ideal é não deixar as colmeias enxamearem, mantendo sempre rainhas novas na colmeia.
Quando aparecerem realeiras nas colmeias que tem rainha, é sinal que a família quer
enxamear, essas devem ser retiradas ou aproveitadas para dividir ou formar nova colmeia.
A Migração ou Abandono
Consiste no abandono total da colmeia pela família. Em alguns caso elas
deixam mel e crias ainda não nascidas para trás. São muitas as causa da migração, as
principais são:
1. a falta de alimento
2. condições impróprias de moradia como o excesso de calor, umidade,
perturbação excessiva, etc.
O apicultor pode evitar a migração dando boas condições de moradia e
alimentando as famílias quando necessário.
9
OS EQUIPAMENTOS
Como foi dito na introdução, a apicultura racional se fundamenta num bom
conhecimento da biologia das abelhas; no uso da colmeia racional, da cera alveolada
e da centrífuga. Além destes equipamentos citados, existem outros que também são
necessários ao apicultor, vejamos:
A Colmeia
Existem muitos modelos de
colmeias, mas todas estão baseadas no
princípio do espaço abelha.
O que é espaço abelha?
É o espaço que as abelhas deixam
livre na colmeia para servir de ruas e avenidas
na cidade das abelhas. Este espaço está
entre 4 a 9 milímetros. Este espaço deve ser
deixado entre os favos e as laterais, fundo e
tampa da colmeia. Toda colmeia que respeitar
o espaço abelha e tiver as dimensões e
formato que se adapte à biologia das abelhas
é considerada uma colmeia racional.
Existem muitos modelos de
colmeias racionais, mas a mais usada é o
modelo americano ou LANGSTROTH que é o
nome do idealizador. Em Roraima, a colmeia
Langstroth foi uma das primeiras a ser
utilizada e nos vários projetos de incentivo ao desenvolvimento da apicultura, ela foi
utilizada como padrão.
Hoje, alguns apicultores estão testando a colmeia SCHIMER. A colmeia
SCHENK já foi utilizada por alguns apicultores oriundos do sul do país. Pelo relato destes
apicultores, a colmeia Schenk não é própria para nosso clima, que é quente e úmido.
Toda colmeia é composta de um fundo, uma câmara de crias, uma ou mais
melgueiras ou alças, como são chamadas por alguns apicultores, e a tampa. Também é
recomendado que o apicultor utilize alguma forma de cobertura para aumentar a
durabilidade da colmeia.
É muito importante, principalmente para os iniciantes, padronizar o tipo de
colmeia. Com a padronização podemos trocar as partes da colmeia e principalmente os
quadros, de uma para outra. Muitas práticas apícolas utilizam a troca de quadros entre
colmeias.
Cera Alveolada
Na colmeia racional deve ser utilizada a cera alveolada, que nada mais é do que
a própria cera de abelhas estampada com o começo das células. Ela serve de guia para
as abelhas construírem os favos exatamente dentro dos caixilhos. Ela pode ser encontrada
em casas de produtos apícolas ou então fabricada pelo próprio apicultor. Há também a
possibilidade de troca de cera bruta por cera alveolada, com algum apicultor ou
comerciante de produtos apícolas, que reterá parte da cera como pagamento pelo serviço.
Colmeia Langstroth completa
10
A centrífuga só pode ser usada associada com
uso de colmeias padronizadas e em caixilhos onde
foi colocada a cera alveolada
Ao lidar com as abelhas africanas você pode ser atacado em massa, portanto,
nunca descuide da vestimenta protetora, faça sempre uma revisão procurando por
buracos, rasgões ou costuras soltas.
Centrífuga radial motorizada
Cuidado: fumaça em excesso pode fazer as abelhas abandonarem a colmeia e o
mel poderá pegar cheiro e gosto desagradável.
A cera alveolada deve ser colocada inteira nos
caixilhos, e suas células devem estar alinhadas com as
barras inferior e superior do caixilho, “fazendo linha” como
dizem os apicultores.
A centrífuga
É a máquina que extrai o mel. Com o uso da
centrífuga, podemos retirar o mel dos favos sem ter que
espremê-los. Com isto, os favos poderão ser reutilizados
várias vezes, o que gera uma economia apreciável para o
apicultor e para as abelhas.
Existem dois tipos básicos de centrífuga, as
faciais e as radiais. As faciais são as que demandam
mais trabalho, pois os favos devem ser virados para extrair
o mel das duas faces. Nas centrifugas radiais o mel é
retirado de ambas as faces dos favos de uma só vez.
IMPORTANTE:
A Vestimenta.
Todo apicultor deve utilizar uma roupa apropriada para lidar com as abelhas.
Esta roupa evitará que o apicultor sofra um número excessivo de picadas. Existem
macacões confeccionados especialmente para o trato com as abelhas, muitos já vem com
uma máscara adaptada. Além do macacão o apicultor deve usar botas e luvas. O próprio
apicultor pode mandar confeccionar seu macacão na falta de macacões pré-fabricados.
AVISO:
O Fumegador
O Fumegador é usado para produzir fumaça fria e em quantidade. Essa fumaça
é assoprada através do fole na entrada da colmeia e sobre os caixilhos. As abelhas ao
perceberem a fumaça, associam-na com a possibilidade de um incêndio e se enchem de
mel para fugirem. Ficam mais pesadas e lentas relaxando a defesa da colmeia. O uso
adequado da fumaça reduz em mais de 90% a agressividade das abelhas.
Além dos equipamentos citados existem muitos outros, podemos citar:
• Formão de apicultor
11
• Vassourinha
• Tela excluidora
• Carretilha
• Derretedor de Cera
• Decantador
• Garfo desoperculador
• Alveolador de cera
• Mesa desoperculadora
• Gaiolas para aprisionar rainhas
• Alimentadores
• Baldes
Entre outros
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A FORMAÇÃO DO APIÁRIO
Escolha do local do apiário
A localização do apiário é um dos fatores primordiais para uma boa apicultura.
Um bom local é o sucesso garantido do apicultor. Deve-se com muito calma identificar a
região para a instalação de um apiário.
Devemos observar as seguintes condições básicas:
a)Disponibilidade de água saudável e alimentos (floradas) para as abelhas.
b)Protegê-las de ventos fortes, sol intenso e umidade excessiva.
c)Manter distante no mínimo 200 à 300 m de estradas, construção; onde
circulam permanentemente pessoas, animais e veículos.
d)Devemos observar também o acesso fácil tanto em período de chuvas como
no verão.
e)Manter sempre uma limpeza rigorosa no apiário para facilitar o trabalho e
também evitar o ataque de inimigos naturais das abelhas.
f)Instalar no local, cavaletes que podem ser fixos ou móveis, onde colocaremos
as colmeias. É bom deixar alguns cavaletes vazios para servir de apoio nos trabalhos de
revisão e coleta do mel. Alguns apicultores constróem cavaletes maiores com suporte para
caixilhos.
Como povoar o apiário
Existem quatro procedimentos básicos para se povoar um apiário
• A captura
• A compra de abelhas (enxames ou colônias)
• Caixa isca
• Multiplicação de colmeias
Para você que está iniciando, é melhor começar capturando.
Captura:
a)Preparativos
1. Verificar o local onde a colônia se encontra.
2. Preparar os equipamentos de acordo com a sua localização.
3. Os seguintes materiais poderão ser necessários em uma captura:
*Escada ou cavalete
*Serrote,
*Chaves para soltar telha,
*Martelo,
*Facão para cortar os galhos,
*Serra de cortar ferro.
*Fumegador
*Maravalha e fósforo
*Formão de apicultor ou faca.
*Lanterna, em caso de captura à noite.
*Barbante ou ligas para marrar os favos de cria.
*Espanador ou pincel para juntar as abelhas.
*Macacão com máscara, luvas e botas
*Balde para trazer os restos da cera.
13
*Colmeia completa – 5 quadros e arame sem cera, 5 quadros com cera alveolada
inteira.
4. Vestir a roupa protetora
5. Preparar a fumaça no Fumegador
6. Montar o cavalete ou escada no
local.
7. Fazer a primeira aplicação de
fumaça
8. Preparar o local, ou seja cortar
galhos ou destelhar o local do enxame.
9. Fazer uma primeira análise do
enxame, em seguida cortar os maiores
e melhores favos de cria. Sendo que
dos 5 favos, um deve ter cria aberta,
pois em caso de acidente ou fuga da
rainha, as abelhas possam formar nova
rainha imediatamente.
10.Amarrar estes favos com barbante
ou liga no caixilho sem cera.
11.Colocar na colmeia os quadros já amarrados no centro e os de cera alveolada nos
extremos.
12.Próximo passo encontrar a rainha e prendê-la numa gaiola especial. A saída da gaiola
deve ser fechada com pasta candy. A gaiola deve ser colocada no centro entre os favos de
cria. Pode-se utilizar gaiolas improvisadas ou até mesmo caixas de fósforo com pequenas
brechas.
13.Juntar o maior número de abelhas possível com pincel ou espanador e colocá-las na
colmeia.
14.Colocar a tela de ventilação sobre a colmeia e depois a tampa.
15.Se a captura for durante o dia, aguardar até a noite para juntar a maior quantidade de
abelhas possível para transportá-las para o apiário, e se capturar à noite é aconselhável
que a colmeia fique no local até à noite do dia seguinte para ser transportada ao apiário.
b)Procedimento para transporte:
1. Equipar-se com macacão, luvas e botas.
2. Preparar o Fumegador e dar algumas baforadas de fumaça até que todas as abelhas
se recolham na colmeia.
3. Fechar o alvado com tela de alvado ou esponja / espuma.
4. Retirar a tampa e amarrar a tela de ventilação com trava especial ou borracha de
câmara de ar.
5. Carregue no carro aberto, se for na estrada de barro, ande em baixa velocidade,
evitando solavancos.
Obs: Mantenha sempre o Fumegador aceso, durante o transporte para evitar qualquer
risco de acidentes.
c)Colocação no apiário:
1. Descarregar com cuidado a colmeia sobre o cavalete e dar algumas baforadas de
fumaça sobre a tela de ventilação, desamarre ou então destrave a tela e o fundo,
coloque no local da tela a tampa e por último retire a tela de alvado ou a espuma.
Favos amarrados no caixilho.
14
2. Colocar um alimentador com xarope feito de açúcar ou mel.
Compra de abelhas
É o meio mais rápido de formarmos nosso apiário. Apesar do comércio de
abelhas em Roraima ser restrito, sempre há algum apicultor disposto a vender uma ou
duas colmeias para os iniciantes.
Caixa isca
Nos períodos de enxameação, podemos ampliar nosso apiários colocando
colmeias ou núcleos com quadros de cera alveolada para atrair os enxames. Se a colmeia
ou núcleo já foi utilizado pelas abelhas a eficiência será maior.
Multiplicação de Colmeias
Quando já temos colmeias no apiário podemos fazer a ampliação repartindo os
quadros de crias e de mel entre duas colmeias.
Devemos ter o cuidado de deixar a rainha na colmeia velha que deverá ser
afastada no mínimo uns dez metros do local antigo. Ela ficará com pelo menos um favo de
mel e quatro favos de cria, de preferencia cria fechada.
A colmeia nova ficará no lugar da antiga e receberá os demais favos e pelo
menos um com ovos e/ou larvas bem jovens para que as abelhas consigam gerar uma
nova rainha. Se a época for desfavorável é bom alimentar com xarope as famílias.
15
ASSISTÊNCIA À COLMEIA
Embora as colmeias povoadas com abelhas africanas possam até produzir com
o mínimo de intervenção do apicultor, o bom manejo é fundamental para uma produção
satisfatória. Vejamos alguns procedimentos essenciais para o bom andamento das
colônias.
Controle de enxameação.
Como fora dito no capítulo sobre biologia de abelhas o controle da enxameação
é importante Existem muitos métodos de controle de enxameação. Com o aprofundamento
de seus conhecimentos você mesmo poderá desenvolver métodos próprios de controle.
Não deixar faltar espaço na colmeia e manter rainhas novas já reduz grandemente as
possibilidades de enxameação.
Em uma colmeia que enxameou o apicultor poderá perder parte da colheita ou
até não colher nada e ainda perder a família, caso não dê assistência.
Alimentação.
O uso do xarope de açúcar e de substituto para o pólen não deve ser
considerado como prática prejudicial para a qualidade do mel produzido. De fato, seriam
necessários alguns quilos de açúcar para que se pudesse produzir um quilo de mel. As
abelhas consomem 70% do que produzem mas em épocas de escassez de flores falta
alimento. É aí que o apicultor deve agir fornecendo xarope com 50% de açúcar para suas
abelhas. Há várias formas de fornecer o alimento para as abelhas. O mais comum e mais
fácil de administrar é o alimentador de alvado. Este alimentador consiste em um taco de
madeira que suporta uma garrafa de PET, dessas usadas para refrigerantes. As abelhas
tem acesso somente pela parte interna da colmeia.
Existem também alimentadores internos e de cobertura.
Evitar a pilhagem.
A pilhagem consiste no roubo de mel entre as colmeias. Ocorre principalmente
nas épocas de falta de flores. A pilhagem é como um incêndio devastador. Morrem
milhares de abelhas, as rainhas são peloteadas (as operárias quando resolvem matar a
rainha fazem uma pelota em volta dela ate matá-la sufocada) e muitas colmeias
sucumbem.
Para se diminuir a pilhagem devemos evitar ao máximo expor mel e favos nas
proximidades do apiário, abrir as colmeias somente o tempo necessário e terminar os
serviços no apiário assim que a pilhagem começar. As aberturas das colmeias devem ser
reduzidas ao mínimo se houver risco de pilhagem.
Controle de doenças
Embora as abelhas africanas apresentem uma alta resistência às doenças,
algumas colmeias podem ser acometidas de algum mal. Em Roraima é muito comum a
incidência da PODRIDÃO DA CRIA EUROPEIA - PCE. Essa doença ataca as larvas
novas. É causada por várias bactérias entre principais e secundários. As larvas afetadas
mudam de cor. Do branco pérola ao marrom claro até o preto em escamas apodrecidas.
Ocorre também infestações por uma pequeno carrapato das abelha o Varroa
destructor. Esse carrapato tem duas fases distintas. Uma de vida livre onde ele fica
grudado nas abelhas adultas sugando a hemolinfa destas. Na outra fase ele invade as
células das larvas que estão prestes a serem operculadas. Ali, após a operculação, a
16
fêmea põem seus ovos. Quando as abelhas nascem esses novos carrapatinhos já estão
grudados sobre ela. As abelhas africanas são bastante resistentes a esta praga.
Uma outra doença que também ocorre em Roraima é a NOSEMOSE. Essa
doença é causada por um protozoário chamado Nosema apis. Raramente é percebida
pelo apicultor comum. Afeta somente as abelhas adultas. Este parasita se instala nos
intestinos médios das abelhas provocando disenteria, desnutrição e redução do período de
vida. No capítulo sobre doenças de abelhas você encontrará mais informais.
Padrão de postura.
As abelhas vivem em uma sociedade onde nascem centenas e até milhares de
indivíduos num único dia. Isto é necessário para que as operárias que vão morrendo sejam
substituídas e passem a assumir as tarefas da colmeia. A quantidade de abelhas que
nascem está diretamente relacionada com a capacidade de postura da rainha. Rainhas
novas africanas geralmente possuem alta capacidade de postura chegando a mais de
2000 ovos postos em um único dia. O padrão de postura é determinado verificando-se a
porcentagem entre as células com crias operculadas versos as células falhadas. Quanto
mais próximo de 100% melhor.
Colheita do mel
1. Existe uma crença herdada da apicultura subdesenvolvida, de que se colhe mel só uma
vez por ano . Hoje em dia isto não tem mais sentido, pois já trabalha-se com a
apicultura migratória e aqui na região norte, especificamente, temos um período bem
longo de floradas silvestres. Portanto colhemos mel cada vez que estiver maduro nos
favos e em quantidades compensadoras.
2. Para esta atividade precisamos novamente do nosso equipamento pessoal, mais
fumegador com fumaça, formão, pincel, 1 melgueira sem quadros, cavalete móvel, 1
lona limpa para forrar o carro e cobrir as melgueiras.
3. Na casa do mel ou em casa devem estar preparados a centrífuga, garfos
desoperculadores, mesa desoperculada ou uma mesa de fórmica ou inox alguns baldes
ou tambores para guardar mel que pode ser de plástico atóxico ou aço inox.
Como proceder no apiário:
1. Vestido com equipamento pessoal, dê uma a três baforadas em cada colmeia e
aguarde 2 a 3 minutos no mínimo .
2. Com o formão descole a tampa sobre a melgueira e verifique se o mel está operculado
no mínimo 80% dos favos.
3. Tenha, já instalado ao lado da colmeia, um cavalete móvel e a melgueira sem quadros
e um pincel .
4. Solte os quadros com o formão, os que estiverem maduros transfira para a melgueira
sem quadros .
Postura boa Postura ruim
17
5. Após a retirada destes quadros remova a melgueira vazia ou com os favos que ainda
não estão operculados por outro com quadros de cera alveolada..
6. Forre com uma lona limpa o carro e carregue todas as melgueiras, cubra-as bem para
não pegar poeira ou outro tipo de contaminação durante o transporte e manuseio.
Processo para centrifugação do mel
Recepção das melgueiras:
Ao recepcionar as melgueiras, deve - se fazer a limpeza das mesmas, retirando
o excesso de material aderente, como cera e própolis, etc.
Limpeza da centrífuga, mesa desoperculadora e garfos:
Devem estar limpos e desinfetados, antes da chegada do material.
Vestimentas adequadas:
As pessoas que forem manusear os equipamentos no processamento do mel,
devem estar vestidos com roupas limpas, de toucas ou bonés e com um avental, para
evitar a contaminação do mel;
Desoperculação dos quadros:
Deve ser realizado por pessoa experiente, para não danificar os alveolos, retirar
o excesso com uma faca e colocar para escoar o mel ; os quadros que forem
desoperculados, devem ser colocados na centrífuga, girando devagar e aumentando
gradativamente a velocidade de rotação até a máxima extração do mel.
Cuidados: Os quadros de melgueiras devem estar bem reforçados com no
mínimo dois arames, para evitar o rompimento da cera alveolada; não girar a centrífuga
inicialmente com muita velocidade para evitar o rompimento da cera.
Pré- filtragem na sáida da centrífuga:
Deve-se colocar uma peneira inox na saída da centrífuga para filtrar restos de
resíduos de cera ou pedaços de abelhas, etc.
Filtragem final ao colocar no decantador:
deve ser feita uma filtragem final, para verificar possíveis resíduos no mel.
Decantação:
Consiste em se deixar o mel em repouso, para que possa ocorrer a
sedimentação do mel, pois as partículas mais leves, como bolhas de ar, resíduos, etc,
ficarão na parte superior do decantador, evitando assim a contaminação do mel durante o
processo de embalagem.
Envasamento do mel:
Recomenda-se envasar o mel após 10 dias de decantação, devendo ser feito
com pessoas habilitadas, ágeis e com luvas, avental e boné, para não Ter contato direto
com o produto final.
A embalagem deve ser imediatamente lacrada limpa e armazenada em local
seguro, para posterior pesagem e colocação das etiquetas.
18
Importante: Na embalagem, deve contar o peso, prazo de validade, local de origem do
mel, tipo de florada dominante, sabor do mel, nome do produtor e responsável técnico pelo
produto, bem com o Certificado do Serviço de Inspeção Federal – SIF.
Como proceder em uma revisão
1. Sempre equipado, acenda o fumegador antes mesmos de se aproximar das colmeias.
2. Com um mínimo de perturbação dê duas ou três baforadas de fumaça nas colmeias
que pretende examinar. Se houver outras colmeias próximas ponha fumaça nelas
também.
3. Levante a tampa da colmeias colocando fumaça simultaneamente.
4. Retire o primeiro caixilho para dar espaço e afastar os caixilhos centrais.
5. Verifique o desenvolvimento da colmeia, observando a quantidade de favos puxados,
alimente-a sempre que necessário até que preencha no mínimo 9 quadros.
6. Se a época for de boa florada para produzir mel, coloca-se a melgueira. Se já tiver
favos de melgueiras puxados use-os primeiro.
7. Caso não for usar a melgueira poderá ser feito uma multiplicação do enxame que
consiste na retirada de quadros com cria aberta e fechada e abelhas aderentes. Pode-
se no entanto também colocar outro ninho sobre este que já está completo, contendo
10 quadros com folhas de cera alveolada inteira, aumentando assim o espaço na
colmeia.
8. Verifique como está a postura da rainha. Se houverem muitas falhas é sinal de rainha
velha, de má qualidade ou a família está doente. Substitua a rainha.
9. Havendo favos com cera velha (favos velhos ficam pretos) substitua-os. Se estiverem
com crias coloque-os nas laterais da colmeia (1o
e 10o
favos). Após 20 dias eles
provavelmente estarão apenas com mel e pólen podendo ser substituídos por caixilhos
com cera alveolada.
10.Observe os estoque de mel e pólen. Faça anotações para programar suas atividades
no ano seguinte.
11.Verifique se não há incidência de formigas. Em caso positivo faça barreiras para que as
abelhas não subam até as colmeias.
12.Mantenha a entrada da colmeia com abertura necessária. Abertura exagerada pode
incitar a pilhagem e fechada de mais pode produzir aquecimento.
13.Ao terminar os serviços de inspeção anote as necessidades para a próxima revisão.
(colocação de alimento, quadros necessários para substituição, colocação de
melgueiras, combate as formigas,etc.).
Multiplicação de colmeias - Método 01
Existem vários métodos de multiplicação de colmeias. Todos se baseiam no
princípio de que ao retirarmos a rainha velha da colmeia as operárias puxarão realeiras a
fim de criarem novas rainhas, sendo que a primeira ao nascer matará as irmãs. Se o
apicultor intervir antes do nascimento da primeira rainha poderá obter não somente uma
rainha, mais duas, três, quatro e até o total de realeiras puxadas. isso significa que em
uma multiplicação poderemos provocar a formação de vários enxames, Vejamos como
fazer:
Dia 1 - Retirar a rainha da colmeia colocando ela em uma colmeia vazia mais
um quadro de cria nascente com abelhas aderentes e um quadro de mel que pode ser até
de outra colmeia. A colmeia com a rainha velha deve ser afastada pelo menos uns 10
metros da colmeia antiga
19
Dia 9 - Verificamos quantos quadros possuem realeiras. Podemos formar tantos
enxames quantos forem os números de quadros com realeiras. Porém, na prática, esse
número não deve passar de quatro. Dois é o ideal.
Colocamos uma colmeia nova ao lado da antiga, que deve ser afastada uns 20
centímetros para o lado para que as campeiras possam se distribuir entre as duas
colmeias. Deixamos pelo menos um caixilho com realeira na colmeia velha e colocamos
outro caixilho com realeira na colmeia nova. Dividimos então os favos restantes entre as
duas colmeias.
Dia 20 - Fazemos a revisão das duas colmeias em busca da postura das novas
rainhas que já devem ter se acasalado. (fecundadas). Se as rainhas estão em postura e
vemos que existem poucas operárias podemos colocar quadros de crias fechadas
retirados de outras colmeias do apiário.
Dia 30 - No caso de não termos encontrado a postura no dia 20 podemos
procurar com 30 dias. Caso não encontrarmos postura de rainha, algum problema ocorreu
(a rainha não nasceu, passarinho comeu, etc.). Devemos então unir essa colmeia com
outra que tenha rainha para aproveitar as abelhas e os favos.
1o
passo escolher uma colmeia
populosa e que tenha boa rainha.
alimentar com dois litros de xarope 1:1
2o
passo . dia 1. retirar a rainha velha e
coloca-la em um colmeia vazia com um
quadro de crias fechadas e um de mel
Colmeia nova que recebeu a
rainha velha. devemos
colocar uns quadros de cera
alveolada conforme o
crescimento
D
IA 1
D
IA 9
completar os espaços vazios com
caixilhos de cera alveolada ou favos
formados de outras colmeias
3o
passo: Dia 9 verificar se temos polo menos dois quadros com
realeiras. Colocar outra colmeia ao lado da antiga e distribuir os
caixilhos de forma igual não esquecendo de colocar pelo menos um
caixilho com realeira em cada colmeia
4o
passo Dia 20 e 30 verificar a postura das novas rainhas. alimentar
e reforçar com quadros de crias operculadas de outras colmeias.
Unir as que falharamDIA 20 E 30
20
Multiplicação de colmeias – método 02
DIVISÃO DE ENXAMES PARA INTRODUÇÃO DE
RAINHAS FECUNDADAS
1- Preparo do material : no caso de dez colméias a serem divididas.
2- Vamos precisar de 10 fundos, 10 tampas, 10 ninhos, 10 telas excluidoras e 20 telas
de transportes.
a- montar, aramar e incrustar cera em 100 quadros de ninho,
b- colocar em 10 ninhos sem fundo e sem tampa
c- preparar o apiário que serão levadas as colméias em que serão introduzidas
as rainhas novas (atenção: deverá estar a mais de um quilometro de
distancia do apiário dividido)
d- neste apiário deverão ser colocados os cavaletes, com o fundo das futuras
colméias e, ao seu lado a tampa, (lembre-se que não teen abelhas ainda no
apiário, logo não seja preguiçoso , limpe tudo e prepare o local para os
“próximos 10 anos”).
e- Ma véspera da chegada das novas rainhas, vá ate o apiário a ser dividido
com os dez ninhos, 20 telas de transporte e 10 telas excluidoras, pode-se ir a
tarde pois neste horário o trabalho será mais fácil e você economizará uma
viagem ao apiário .
f- Ao chegar no local leve até a primeira colmeia um ninho, duas telas de
transporte e a tela excluidora,
g- Retire do ninho 5 placas de cera e as coloque mun local seguro fora do
alcance dos pés e do sol,
h- Dê fumaça na colmeia,
i- Comece a retirar os quadros de um a cinco
j- Varra os quadros com uma pena ou vassoura, não sacudir, pois poderá
deslocar as crias
k- Vá colocando-os no ninho que você levou na mesma ordem de retirada,
l- Quando concluir, coloque no local da retirada os quadros de cera (5) e sobre
a caixa a tela excluidora,
m- Por sobre esta coloque o ninho que estará com 5 quadros de cera e 5 de
filhotes com alimento, CRIA EM CIMA DE CRIA E CERA EM CIMA DE
CERA
n- Tampe com uma tela de transporte e com a tampa da colmeia,
o- Repita a operação nas outras
p- Quando escurecer, vá até o apiário, (vestido) com o auxilio de um
companheiro, dê uma leve fumaça na colmeia e levante o ninho superior que
você colocou, imediatamente coloque outra tela de transporte no fundo,
q- Feche a colmeia
r- Amare o ninho que você levou, ele deverá estar assim composto, uma tela no
fundo outra em cima com o ninho no meio, e com dez quadros, sendo 5 de
cera e 5 retirados da colmeia anterior
s- Coloque-os no caro, e vá para casa
t- Quando estiver amanhecendo, leve-os até o apiário preparado e coloque
cada um (ninho) em cima de seu fundo,
u- Espera as abelhas acalmarem para só depois retirar a tela do fundo sem
sacudir,
v- Reduza o alvado
21
w- Neste mesmo dia a tarde você já poderá introduzir as novas rainhas nestas
colméias.
Vantagens deste método:
1- Ao fazer a divisão desta forma, as abelhas se dividirão sozinhas, logo não
vamos precisar nos preocupar com o numero de abelhas de cada idade que deverão estar
em uma divisão, caso este numero não esteja corretamente distribuído a nova rainha
poderá ficar com limitações para alavancar sua postura, pois faltando uma classe todas as
tarefas da colmeia poderão estar comprometidas, e a rainha terá que esperar para só
após a normalização deslanchar a postura.
2- Fazer a divisão e aguardar no próprio apiário para fazer a remoção logo
após o escurecer, para assegurar que a divisão levará muitas nutrizes, desopercular o
mel superior, ou seja, que está na parte superior dos quadros transferidos para o
ninho novo, as nutrizes irão subir para organizar, ficarão lá com as crias novas.
3- Atenção: è aconselhável que se alimente os enxames que irão ser
divididos para oberter-se um enxame melhor para divisão, ou dividir enxames que já
são grandes, pois aí se tem um retorno seguro.
4- Uma colmeia dividida ao meio e com alimentação pós divisão, atingirá
tamanho de dobro com mais ou menos 30 dias.
ROBSON SOUSA RAAD
Transporte de colmeias.
Para transportar uma colmeia devemos ter alguns cuidados. As colmeias devem
estar em bom estado sem buracos ou brechas. Nas colmeias fortes é necessário a
colocação de uma tela de ventilação no lugar da tampa. O alvado pode ser fechado com
capim, jornal ou espoja que é mais prático. As colmeias devem ser transportadas a noite.
É um trabalho que deve ser executado com rapidez para evitar que as abelhas saiam da
colmeia.
O que demora um pouco é colocar as telas de transporte. Para facilitar o
trabalho realizamos a preparação das colmeias ainda de dia (Colocação das telas e das
tiras de borracha e deixamos a esponja presa ao lado do alvado, pode-se usar jornal)
Assim que escurecer é só fechar o alvado e colocar as colmeias no caminhão. Da para
fazer tudo no mesmo momento sem vazar abelhas. Basta construir telas com um dos lados
sem ressaltos e aí ir empurrando a tampa e a tela ao mesmo tempo sem permitir brechas
por onde possa escapar abelhas. Quando são colmeias pouco populosas colocamos
pregos ou até fósforos em baixo da tampa. Isto possibilita uma renovação do ar. A regra é
sair sempre a noite para não perder as campeiras, ou se tiver que ser de dia deixar
algumas colmeias em pontos estratégicos para receber as campeiras que retornam que
quando carregadas são aceitas em outras colmeias. Penso que o ideal é chegar ainda de
noite ao destino mas quando isso não for possível espere até as abelhas se acalmarem
dentro da colmeia e então abra o alvado. Não coloque as colmeias muito próximas umas
das outras pois muitas operárias saem loucas da vida e na hora de retornar eram a
colmeia. Não chega a morrer muitas abelhas mas não há cristão que encoste perto.
22
APICULTURA E POLINIZAÇÃO: EFICIÊNCIA NO SERVIÇO
PRESTADO.
Eng. Agr. Aroni Sattler*
1. INTRODUÇÃO
A polinização é um dos componentes mais importantes no processo de
perpetuação da maioria das espécies no reino vegetal. Este tipo de especialização sofreu
um processo evolutivo, influenciado não apenas por fatores inerentes a cada espécie
botânica, mas também por uma série de eventos gerados pelo seu ecossistema.
A oferta de néctar e pólen pelas plantas passaram a atrair uma grande gama de
insetos, em especial as abelhas e dentre estas, as pertencentes ao gênero Apis. Entre
todos os possíveis agentes polinizadores das plantas, as abelhas destacam-se por sua
dependência em visitar flores para obterem seus alimentos; pólen e néctar.
De acordo com Nogueira-Couto (1998), no passado, a relação entre muitas
plantas e insetos foi estabelecida de modo tão intenso e íntimo que hoje, a falta de um
deles pode decretar a extinção do outro. O equilíbrio estabelecido na relação
planta/polinizador tem sofrido sérias ameaças, principalmente devido a profundas
modificações que o homem tem imposto ao meio ambiente. A interferência do homem,
promovendo desmatamentos, queimadas, e o uso, muitas vezes, indiscriminado de
pesticidas, tem reduzido drasticamente a população de insetos nativos, que colaborava, no
anonimato, na polinização de plantas silvestres e cultivadas.
Segundo Corbet et al., (1991); Free, (1993), enquanto a maioria dos outros
polinizadores potenciais só visita as flores para satisfazer suas necessidades imediatas e
quase sempre não as tem como suas únicas fontes de alimento, as abelhas, de um modo
geral, alimentam-se quase que exclusivamente de pólen e néctar e precisam visitar
grandes quantidades de flores diariamente para satisfazerem suas necessidades
individuais, das crias e/ou da colônia. Esse trabalho incansável de visitação às flores faz
das abelhas os principais agentes polinizadores das plantas.
Segundo Free, (1993); Freitas & Paxton, (1996); Freitas, (1997), para que uma
espécie animal qualquer, incluindo as abelhas, possa ser classificada como polinizadora de
uma certa espécie vegetal, é preciso que o potencial polinizador seja atraído pelas flores
da cultura; que apresente fidelidade àquela espécie; que possua tamanho e
comportamento adequados para remover pólen dos estames e depositá-los nos estigmas;
que transporte em seu corpo grandes quantidades de pólen viável e compatível; que visite
as flores quando os estigmas ainda apresentam boa receptividade e antes do início da
degeneração dos óvulos.
A falta de especificidade entre A. mellifera e as espécies de plantas que visita
possibilita o seu uso com relativo sucesso na polinização de uma grande diversidade de
espécies vegetai cultivadas. Assim, essa espécie de abelha tem sido utilizada como
polinizadora de culturas agrícolas introduzidas em novas regiões do planeta onde seus
polinizadores naturais não ocorrem espontaneamente, como polinizadora suplementar em
locais onde o número de polinizadores nativos não é suficiente para alcançar os níveis de
polinização desejados ou ainda quando os polinizadores naturais da área foram dizimados
pelo uso de agrotóxicos ou desmatamentos (Free, 1993; Freitas, 1995).
*/ Professor da Faculdade de Agronomia – UFRGS
Pesquisador da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária – FEPAGRO
2. IMPORTÂNCIA ECONÔMICA
De acordo com Freitas, 1998, mais do que a eficiência polinizadora individual de
suas campeiras, o uso generalizado de A. melifera deve-se principalmente ao fato dessa
espécie de abelha poder ser mantida em colmeias, a facilidade com que é transportada
para a cultura a ser polinizada, o tamanho que a população de cada colmeia pode atingir e
a possibilidade de manejo pelo homem; características que facilitam bastante a introdução
23
de polinizadores em áreas cultivadas. Além disso, a abelha melífera também possui a
habilidade de visitar flores de uma proporção considerável de culturas agrícolas
economicamente importantes devido ao seu comportamento poliléctico (Tabela 1).
Segundo MacCarthy (1999), todos os anos milhões de colméias são utilizadas
na polinização de cultivos. Porém, muitos cultivos são polinizados inadequadamente
comprometendo a produtividade e a qualidade da colheita. Desde 1989 vem sendo
utilizado como atratativo de abelhas o feromônio mandibular da rainha, sob o nome
comercial de "Fruit Boost", produzido sinteticamente, ele atrai as abelhas e reforça o seu
comportamento coletor. Estudos indicam que as abelhas que retornam de áreas tratadas
com "FB" dançam por mais tempo e com maior vigor resultando em maior número de
novas operárias recrutadas e que, cada vôo individual de coleta é mais demorado e com
mais flores visitadas. O resultado específico é que em áreas tratadas as abelhas trabalham
numa quantidade maior de flores, transferem mais pólen, promovendo uma polinização
mais completa que resulta na produção maior de sementes. O número maior de sementes
por fruto aumento o tamanho, a qualidade e a classificação dos mesmos.
Page Jr.(1999) relata um programa de melhoramento genético bi-direcional
iniciado em 1990 para obter linhagens de abelhas com comportamento coletor alto e baixo
de pólen.
Após a quinta geração a linhagem de alta coleta já armazenava 6 (seis) vezes
mais polen do que a linhagem de baixa coleta. Na quarta geração, comparando as duas
linhagens e colméias comerciais, o autor verificou que a linhagem de alta coleta
apresentava uma entrada de pólen, por minuto ,de 1,8 vezes maior do que as colméias
comerciais.
Cane (1999) obteve resultados superiores ao utilizar linhagens de abelhas de
comportamento coletor alto em pólen, quando na polinização de Vaccinium macrocarpon
Ait. (173 vs. 105 g de pólen coletado por colméia após 5 turnos).
Segundo Manning (1999), em regiões ocidentais da Austrália, os pomicultores
estão utilizando com grande eficiência tubos com abelhas, em substituição às colméias
tradicionais, na polinização em pomares com alta densidade de plantas/há e protegidas
com telas contra granizo ou pássaros.
Segundo Eisikowitch (1999), as abelhas melíferas são os polinizadores mais
comuns usados em pomares comercias de amendoeiras (Prunus amygdalus Batsch.) em
Israel. A maior proporção de campeiras coletou pólen na mesma cultivar, das quais a
maioria na mesma planta, menos entre plantas da mesma linha e a menor parte trabalhou
entre diferentes cultivares e diferentes linhas. Porém, a proporção de flores que frutificaram
em diferentes galhos nas plantas não confirmaram esta tendência. Os resultados obtidos
reforçam a hipótese de que pelo menos uma parte dos grãos de pólen compatíveis de
diferentes cultivares são transferidos entre as abelhas dentro da colméia. No futuro, a
distribuição de cultivares e os experimentos de polinização em amendoeiras devem levar
em consideração este fenômeno.
De acordo com Arce (1999), em vários países da América Central a demanda
por abelhas para a polinização de cultivos é muito grande. Em Honduras o aluguel mensal
por colméia, para a polinização de melões, pode ser superior a US$ 40,00 ou o equivalente
a produção anual de mel, (aproximadamente 40 kg). Na Costa Rica, 85% das colméias são
deslocadas anualmente para a polinização de meloeiro tipo "cantaloupe" sendo que, 20 %
deste total é de abelhas africanizadas. Em áreas de clima tropical seco da Costa Rica,
mais de 75% das abelhas que visitam as floradas de meloeiro são de abelhas
africanizadas originárias de ninhos em abrigos naturais, evidenciando a necessidade de
trabalhos criteriosos para avaliar a real necessidade de abelhas por unidade de área.
Segundo Manrique & Thiman (1999), os resultados obtidos na polinização do
cafeeiro (Coffea arabica) com abelhas africanizadas na Venezuela, indicam um aumento
significativo no peso e no número de grãos.
24
3. PRINCIPAIS FATORES PARA CONTROLAR A EFICIÊNCIA NA
POLINIZAÇÃO
3.1. Fatores internos
3.1.1. População equilibrada
3.1.2. Reservas de néctar e pólen
3.1.3. Diferenças raciais
3.1.4 Linhagens especializadas
3.1.5. Preferência por diferentes espécies botânicas
3.2. Fatores externos
3.2.1. Condições climáticas
3.2.2. Saturação das floradas
3.2.3. Concorrência de espécies botânicas
3.2.4. Distribuição das colméias
3.2.5. Rotatividade das colméias
3.2.6. Uso de atrativos
3.2.7. Manejo fitossanitário
4. CONCLUSÃO
De acordo com Nogueira-Couto (1998) na terceira Conferência sobre
Diversidade Biológica, realizada de 4 a 15 de novembro de 1996, em Buenos Aires
(Argentina), foi aprovado um documento que estabelece a necessidade de : 1) verificar a
perda de polinizadores em todo mundo, 2) identificar as causas específicas do declínio dos
polinizadores, 3) estimar o custo econômico associado com a redução de polinizadores
nas culturas, 4) identificar e promover práticas mais adequadas para a agricultura
sustentável, 5) identificar e encorajar a adoção de práticas de conservação para manter os
polinizadores ou promover seu restabelecimento.
Segundo Freitas (1998), considerando os aspectos práticos e conhecimentos
atuais sobre polinização devemos lembrar que a avaliação da importância de uma
determinada espécie de abelhas como agente polinizador não pode levar em conta
somente a habilidade polinizadora de indivíduos daquela espécie, mas também a sua
disponibilidade, facilidade de manejo e possibilidade de produção em grandes números. É
nesse contexto que A. mellifera ainda inclui-se como a principal opção na polinização de
culturas agrícolas de uma maneira geral. Mesmo nos casos de culturas nas quais A.
mellifera apresenta habilidade polinizadora menor do que as de outras espécies de
abelhas, o manejo adequado associado a facilidade com que pode-se obter colônias de A.
mellifera com grande número de indivíduos permite em muitas situações compensar a sua
menor eficiência polinizadora. Isso porém só é válido para as espécies vegetais visitadas
por A. mellifera; nas demais o uso de outras espécies de abelhas é fundamental para
atingir-se bons níveis de polinização, produtividade e rentabilidade da cultura.
De acordo com Kevan (1999), a situação da apicultura mudou drásticamente,
para melhor, quando L. L. Langstroth, inspirado no espaço abelha, criou a colméia móvel.
A situação da apicultura mudou drásticamente, agora, em detrimento da polinização dos
cultivos, com a mecanização, o uso indiscriminado de químicos, expansão e intensificação
da agricultura. Agora a situação da polinização está mudando drásticamente em todo
mundo: estamos assitindo uma crise de polinizadores.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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(Cucumis melo) in Central America. Apimondia Congress XXXVI, Vancouver, Canada. p.130-131.
CANE, JAMES H. 1999. Genetic improvements of pollinators: benefits of pollen hoarding for cranberry
productions. Apimondia Congress XXXVI, Vancouver, Canada. p.183-184.
CORBET, S. A.; WILLIAMS, I. H. & OSBORNE, J. L. 1991. Bees and pollination of crops and wild flowers in
the European Community. Bee World 72(2):47-59.
25
EISIKOWITCH, DAN. 1999. Honeybees movement among trees in an almond orchard in Israel. Apimondia
Congress XXXVI, Vancouver, Canada. p.184-187.
FREE, J. B. 1993. Insect pollination of crops. 2° ED. ACADEMIC Press, Londres – Reino Unido. 684 pp.
FREITAS, B. M. 1995. The pollination efficiency of foraging bees on apple (Malus domestica Borkh) and
cashew (Anacardium occidentale L.) University of Wales, Cardiff – Reino Unido. 197 pp. (Tese de
PhD).
FREITAS, B. M. 1997. Number and distribution of cashew (Anacardium occidentale L.) pollen grains on the
bodies of its pollinators, Apis mellifera and Centris tarsata. J. Apic. Res. 36(1): 15-22.
FREITAS, B. M. 1998. A importância relativa de Apis mellifera e outras espécies de abelhas na polinização
de culturas agrícolas. Encontro Sobre Abelhas, 3°, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil, p.10-20.
FREITAS, B. M. & PAXTON, R. J. 1996. The role of wind and insects in cashew (Anacardium occidentale L.)
pollination in NE Brazil. J. Agric. Sci., Camb. 126: 319-326.
KEVAN, PETER G. 1999. Crop pollination today & tomorrow: problems confronting apiculture & crop
pollination. Apimondia Congress XXXVI, Vancouver, Canada. p.181.
MANNING, R. 1999. The use of beetubes in Western Australia for pollination. Apimondia Congress XXXVI,
Vancouver, Canada. p.129-130.
MANRIQUE, A. J.; THIMAN, R. 1999. Coffee polinization (Coffea arabica) using africanised bees in
Venezuela. Apimondia Congress XXXVI, Vancouver, Canada. p. 235.
McCARTHY, JULIE. 1999. Pheromone-based management for beekeeping and crop pollination. Apimondia
Congress XXXVI, Vancouver, Canada. p.166-167.
NOGUEIRA-COUTO, R. H. 1998. Uso de atrativos e repelentes na polinização dirigida. Encontro Sobre
Abelhas, 3°, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil, p.21-27.
PAGE JR., ROBERT E. Seclection for foraging behavior. Apimondia Congress XXXVI, Vancouver, Canada.
p.130-131.
TABELA I – Algumas espécies vegetais que atualmente possuem Apis mellifera como seu
principal agente polinizador em áreas agrícolas.
Cultura agrícola Fonte
Nome comum Nome científico
Abacate
Abóbora
Algodão
Café
Caju
Canola
Cebola
Citrus
Colza
Feijão caupi
Girassol
Kiwi
Melancia
Melão
Pepino
Soja
Persea americana
Cucurbita moshata
Gossypium hirsutum
Coffea arabica
Anacardium occidentale
Brassica campestris
Allium cepa
Citrus spp.
Brassica napus
Vigna unguiculata
Helianthus annuus
Actinidia deliciosa
Citrullus lanatus
Cucumis melo
Cucumis sativus
Glycinemax
Ish-Am e Eisikowitch, 1993
Free, 1993
Moffet, 1983
Nogueira-Neto et al., 1959
Freitas e Paxton, 1996
Kapil et al., 1971
Caron et al., 1975
Free, 1993
Mesquida e Renard, 1978
Rawal et al., 1978
Free, 1993
Free, 1993
Free, 1993
Lemasson, 1987
Peto, 1950; Lemasson, 1987
Erickson, 1983
26
Varroas sobre ninfa de zangão
DOENÇAS DAS ABELHAS
Texto extraído do site da Universidade Federal de Viçosa (End. Eletrônico
www.ufv.br/dbg/bee/bem-vindo.htm)
Numerosas são as enfermidades que atacam as abelhas, provocando-lhes
grandes prejuízos. Entre essas citaremos as podridões da cria (americana e européia), a
cria ensacada, a nosemose, a acariose, a paralisia e o mal-de-outono. Felizmente no Brasil
não temos notícias de acariose (que nos andou rondando, no Uruguai e Argentina) nem da
podridão-americana.
Dessas enfermidades, as 3 primeiras atacam a cria; as demais atacam as
abelhas adultas.
Parasitoses
Acariose:
É provocada por um pequeníssimo carrapato (Acarapis woodi) que, alojando-
se na traquéia das abelhas, obstrui-lhes a respiração provocando sua morte. Devido a isso
as abelhas não podem voar e se arrastam no chão. Felizmente esta enfermidade não foi
ainda observada no Brasil, embora nos tivesse andado rondando em 1958 (Uruguai e
Argentina).
Tratamento:
Solução de Hichard Frow, feita de nitrobenzeno, gasolina e óleo de safrol.
Varoatose
É a infestação pelo ácaro Varroa destructor. Este parasita é responsável pela
perda de milhares de colmeias pelo mundo. Na fase adulta a fêmea do Varroa se agarra
nas operárias sugando o sangue (hemolinfa). Apos um período de maturação ela invade
uma células de operária ou zangão prestes a ser operculada. Uma única fêmea pode por
de 4 a 6 ovos dentro de uma célula. Todos se alimentaram sobre a ninfa.
Felizmente nossas abelhas são altamente
resistentes a este parasita porém algumas colmeias
podem ser mais duramente afetadas. É muito fácil
determinarmos o grau de infetação em abelhas adultas
em nossas colmeias. Basta recolher de 100 a 300
abelhas operárias e coloca-las em um franco com
álcool. Balance o frasco e depois derrame tudo sobre
uma bandeja. Faça a contagem dos ácaros e dos
parasitas. Calcule a porcentagem de infestação. Se
obtiver valores acima de 5% alguma forma de
tratamento deve ser tomada ou então a destruição da
colônia.
Paralisia:
O agente da doença é ainda desconhecido; admite-se que seja um vírus. As
abelhas apresentam o abdome inchado; mau voam; as fezes são amareladas; o corpo todo
treme e as asas fazem movimentos lentos; o corpo parece engordurado; a frente da
colmeia fica cheia de abelhas moribundas.
Tratamento:
27
Trocar a colmeia doente, de lugar com outra forte; substituir a rainha da colônia
doente por outra resistente ì doença.
Mal-de-outono:
Agente desconhecido. As abelhas inicialmente correm como loucas de um lado
para outro da colmeia ou do chão até que se cansam; daí para diante arrastam-se pelo
chão até morrer. Essa doença, que talvez seja devida a envenenamento, desaparece
repentinamente, donde até hoje não se ter determinado um tratamento eficaz. Atualmente
foi identificado um tipo de pólen tóxico como agente causador do mal de outono. O pólen
de barbatimão, árvore muito comum nos cerrados brasileiros.
Nosemose:
Provocada pelo protozoário (Nosema apis), que se aloja no intestino da abelha
provocando graves distúrbios digestivos. principalmente diarréia, donde quase sempre o
fundo da colmeia se apresenta bem sujo de fezes; as rainhas suspendem às vezes a
postura e são substituídas pelas operárias (isto explica certas substituições inesperadas de
algumas rainhas). O intestino, quando arrancado, mostra-se engrossado, sem constrições
e de cor branco-turva e seu conteúdo, colocado sobre uma lâmina de vidro e diluído com
um pouco d'água, toma uma cor de leite característica.
Naturalmente o exame sob o microscópio revelará com exatidão se existem ou
não protozoários causadores da doença.
Tratamento:
É preventivo, antes que curativo (embora a fumagilina esteja sendo usada com
sucesso). As colmeias sadias devem ser isoladas. Devem ser evitadas as águas paradas
nas imediações do apiário, bem como os saques. Limpeza e desinfecção rigorosa das
colmeias que alojaram abelhas doentes. As doenças que atingem as abelhas adultas,
entre nós. não provocam geralmente perdas muito acentuadas (a acariose não foi ainda
observada).
As doenças da cria nos Estados Unidos e Europa é que provocam os maiores
danos, assim como entre nós.
P.A.C. = A.F.B = Podridão-americana da cria:
É provocada por uma bactéria: (Bacilus larvei). É enfermidade seríssima, que
devasta os apiários. Seu combate é radical: fogo. Felizmente não foi verificada no Brasil.
Cria-ensacada:
Admite-se que seja produzida por vírus filtrável. pois ainda não se conseguiu
encontrar um microrganismo responsável; é infecciosa, porém de caráter benigno, não
chegando a exterminar as colmeias; enfraquece no entanto a família prejudicando a
produção. As larvas doentes, geralmente colocadas em células já fechadas, cujos
opérculos se mostram furados, apresentam-se inicialmente de cor creme, passando mais
tarde a marrom e até cinza; essas larvas se apresentam como que sentadas, no fundo da
célula, com a cabeça sempre erguida: retiradas das células essas larvas saem inteiras e
tornam a forma de um saco, donde o nome dado à doença; às vezes têm consistência
28
Larvas com PEC
muito mole. Esta doença, embora não muito grave senão em casos excepcionais, existe no
Brasil e bem espalhada. Laidlaw, em 1954 e 1955, durante sua permanência no Brasil
notou muitas vezes essa doença, embora em forma benigna, em apiários de São Paulo e
no Rio. Geralmente não há cheiro, o qual se existe é igual ao de algo ácido, talvez mais
devido ao apodrecimento da larva.
Combate:
Não há um combate eficiente contra a cria-ensacada; quase sempre a doença
desaparece com o início da florada; é natural que a seleção de rainhas resistentes à
doença seja interessante; portanto, devem-se substituir as rainhas das colmeias doentes
por filhas de outras que se tenham mantido completamente sadias.
P.E.C. = E.F.B. = Podridão européia da cria
Consoante trabalhos realizados por L. Bailey, em Rothamsted (Inglaterra) em
1959, a causa principal seria a bactéria (Streptococcus pluton), à qual se juntaria
(Bacterium eurydice). É doença altamente contagiosa e que causa graves prejuízos às
abelhas. embora não extinga a colmeia, senão em casos excepcionais. Nos nossos
apiários temos sido rudemente atingidos por essa doença desde 1959. A época de maior
incidência tem sido agosto. Esta doença é a mais séria de todas que temos no Brasil é
largamente espalhada. o que temos constatado através de nossos próprios apiários e de
visitas a apiários racionais e caboclos. As abelhas pretas em geral são bem flageladas,
mormente em colmeias fracas.
Os apicultores em geral não notam a sua presença. a não ser quando ele, de
espírito já prevenido, porquanto as colmeias mais fortes suportam relativamente bem o
ataque e recuperam-se mais ou menos rapidamente; isso porque, graças à grande
atividade das abelhas limpadoras, eliminam prontamente as larvas doentes, foco de
contaminação. Os reflexos no entanto são desastrosos sobre a colheita de néctar bem
como sobre a produção de cria. E, naturalmente, se não se socorrem as colmeias mais
fracas elas podem acabar se extinguindo.
No Setor de Apicultura o principal
prejuízo foi causado às larvas enxertadas para
produzir rainhas: desenvolviam-se normalmente
até 4 ou 5 dias após a operculação (o que é
interessante, pois as larvas de operárias atacadas
são quase sempre as não operculadas); as larvas,
que deveriam ficar na parte superior das células
(correspondendo ao fundo da realeira) para
alimentar-se com a geléia real, caíam na parte
inferior (ponta da realeira) e ali morriam; algumas
larvas ainda se desenvolviam um pouco mais,
porém eram raras as que chegavam a começar a
metamorfose em pupa: morriam antes disso. Os
cadáveres, de coloração creme a princípio e de consistência mole, aquosa, tornavam-se
pardos e, depois de apodrecerem, ficavam cinzas, exalando um cheiro ruim, azedo. Em
outras ocasiões havia 100% de morte das larvas enxertadas. Dessa forma perdemos
durante fins de 59 e princípio de 60 mais de 2.000 enxertias, sem conseguir debelar o mal,
até que tornamos medidas drásticas: queima de todos os favos atacados; desinfecção de
todo o material e instalações, com soda cáustica; renovação de todo o material para
enxertia; aumento das alimentações com estreptomicina e terramicina; compra de novas
rainhas reprodutoras.
Sintomas:
29
O sinal mais evidente da doença é o aspecto "esburacado" dos favos, isto é,
células operculadas e outras não, salteadas. devido à mortandade de larvas novas, ainda
não operculadas; além disso, encontram-se larvas mortas de coloração amarelada ou
parda e consistência aquosa; outras larvas se mostram de coloração amarela e secas,
parecendo mais escamas de cera ou bolos de pólen. Em estados mais adiantados da
doença pode-se notar um cheiro desagradável. azedo, de peixe estragado, talvez devido
ao apodrecimento das larvas por infecções secundárias.
Combate:
Eliminação dos quadros atacados, os quais não devem ser trocados para outras
colmeias, pois espalhariam a doença; união das famílias mais fracas.
O combate preventivo é o mais indicado. Para tal, 3 ou 4 semanas antes da
época em que a doença aparece com mais vigor, dá-se alimentação de estreptomicina ou
terramicina; 2 semanas após repete-se o tratamento. As rainhas amarelas costumam ser
mais resistentes, porém há linhagens que são até mais fracas que as pretas.
Julgamos que o ideal é, através de adequada anotação, distribuir pelos apiários
as filhas das rainhas que se mostram mais resistentes à enfermidade nas crises mais
fortes, não importando a cor.
Dejair Message
Endereço eletrônico:
dmessage@mail.ufv.br
30
MEL E ABELHAS MAIS MANSAS
(baseado na apicultura com abelhas européias mas com muitas informações
aplicáveis em nossas condições)
ISSO é o que todo o mundo quer saber! COMO faz um apicultor para produzir
mais mel, e como trabalhar as abelhas com menos picadas! Você espera de mim, ou do
famoso Roger Morse, ou Mark Winston, ou de seu grupo de apicultores locais, ou da lista
de discussão da Internet Abelha-L, dizer uma fala curta ou escrever algumas notas e
ENTÃO você saberá. Você tem que estar brincando, porque ISTO NÃO IRÁ ACONTECER!
Um cirurgião não aprende EXATAMENTE a cortar um escalpelo; mas, ele tem
que aprender todo tipo de drogas farmacêuticas de forma que ele possa prescreve-las. Um
astronauta não é só um piloto de jato muito bom; mas, ele sabe astronomia e
trigonometria. Seu auto mecânico hoje tem que entender de injeção de combustível como
também carburação e saber que uma chave 12 mm não virará uma porca de 1/2 ".
Se você realmente quer ser um apicultor em lugar de quem apenas tem
abelhas, de forma que você possa produzir mais mel que outros, poder trabalhar suas
abelhas vestido em shorts e uma camisa de meia, e não ver suas abelhas morrer de
doenças ou pestes, você terá que APRENDER mais, que pondo algum investimento no
inverno ele retornará com juros e correção no fim do verão.
Se este artigo fosse intitulado: COMPORTAMENTO de ABELHA, muitos de
vocês teriam colocado isto para leitura futura, de lado ou até mesmo teriam lançado isto no
lixo. Se você era um possuidor de abelhas ano passado, você ainda será um possuidor de
abelhas ano que vem; e você nunca achará as verdadeiras ALEGRIAS DE SER
APICULTOR até que você entenda o comportamento das abelhas!
Mais importante, talvez, será SEU sentimento que "eu não" tenho melhorado da
tolice de há pouco "ter" abelhas, enquanto comprando mais abelhas quando morrem,
usando um terno quente e luvas, enxames fracos, não fazendo 40 kg de mel pelo menos
por colônia cada ano, e incapaz de demonstrar seu conhecimento de abelhas
publicamente executando uma inspeção de colméia aberta para provar aos vizinhos que
abelhas de mel não são naturalmente agressivas.
Me deixe parar esta retórica embaraçosa, e lhe dar um entendendo inicial de:
COMPORTAMENTO DE ABELHA
Abelhas de mel não pensam como humanos, nem elas entendem de RAIVA,
BONDADE, PRESENTES, ROUBO, ENGANAÇÃO, INDIVIDUALIDADE, VADIAGEM,
APOSENTADORIA ou MORTE. Conseqüentemente, um os enganos principais feitos por
noviços de abelha está em ser antropomorfo, isto é, designando características humanas a
coisas não humanas.
Abelhas pensam como abelhas, não como humanos! Você tem que aprender
pensar como uma abelha, porque uma abelha nunca pode aprender a pensar como um
humano. Abelhas de mel têm cérebros, mas o conhecimento delas foi posto lá quando elas
foram CRIADAS “, e elas têm habilidade de aprendizagem mínima nas seis semanas delas
de curta vida. Do exato momento que eles emergem da célula de cera delas, eles sabem O
QUE fazer, QUANDO fazer, e COMO fazer! Eles não têm que ser ensinadas pelo exemplo,
ou sendo supervisionando! Em contraste, eu espero que eu possa lhe contar o que você
PODE fazer e que NÃO pode fazer, QUANDO fazer isto e QUANDO não fazer, e COMO
fazer isto como também COMO não fazer isto”.
Uma diferença suprema entre como nós os humanos pensam no propósito
principal de nossas vidas QUANDO comparado como uma abelha de mel sente sobre vida
é aproximadamente tão diferentes quanto sal e pimenta. Embora os humanos têm muitos
31
propósitos por viver, mais importante que outros, que eles ESTÃO longe demais do único
propósito de viver de uma abelha.
Aquele único propósito da vida de uma abelha é de trabalhar, prover para a
continuação e expansão da COLÔNIA! COLÔNIA! COLÔNIA!
Pense nestes exemplos: Uma abelha operária nasce no dia 1 de agosto ao
começo do fluxo de néctar principal e morre esgotada de excesso de trabalho seis
semanas depois. Todo néctar que ela coletou para prover mel para consumo da colônia no
inverno próximo, mas ela nunca sentiu um dia frio na vida dela, e conseqüentemente não
tem nenhuma idéia do que e "inverno".
Uma abelha forrageando ao cheirar o ferormônio de alarme, acetato de isopentil,
deixa de forragear, e para proteger o futuro da colônia, sacrifica a vida dela picando o
apicultor que estava perturbando a colônia. Uma abelha pode matar a rainha velha, a mãe
dela por que está sendo substituída por uma nova, mais jovem, uma rainha viril de forma
que a colônia pode sobreviver e pode se expandir. A grande maioria dos humanos só
pensa neles em lugar de sacrificar as vidas delas, as operárias, para as irmãs delas ou
meio-irmão, o zangão, ou "se trabalhando até morte" prover para gerações futuras que
não são suas filhas ou netas.
COMPORTAMENTO de ABELHA não pode ser estudado ABRINDO uma
colméia ou usando FUMAÇA, porque ambos estas coisas antinaturais rompem o
comportamento normal! O uso de uma Colméia de Observação pode mostrar um pouco do
comportamento de abelha; e agora em nossos dias de tecnologia avançada, nós podemos
usar RADAR e transmissores de microchip. Como freqüentemente em tantas outras áreas
de vida, especulação repetida e teorias achadas gradualmente na literatura da apicultura,
assumem o estado de FATO, e isto abafa pesquisa adicional.
POR QUE investigar algo que JÁ "é CONHECIDO?" Estes FATOS assumidos
normalmente estiveram bem avançados por um bem falado apicultor, que diz que os
apicultores não são CIENTISTAS investigativos, e que estes fatos assumidos demandaram
pesquisa por períodos longos de tempo. Como todos os cientistas, eu acho isto
interessante que quanto mais que nós sabemos, mais nós queremos saber!
Quase 100% de todos os apicultores começam a associação delas com Apis
mellifera com pensamento antropomorfico, e infelizmente só alguns se livram
completamente desta análise defeituosa da razão de ações de Apis. Tal pensamento
indica que uma abelha pica porque está BRAVA; ou que a habilidade de abelhas de mel
para construir um favo de cera perfeito sem planos ou instrução indica que a abelha é
INTELIGENTE; ou uma abelha que trabalha 24 horas cada dia para o benefício da colônia
se estafa de pressão ou tem estres, que por levar uma carga pesada de néctar em vôo, é
AMBICIOSA.
Nada poderia ser alem da verdade! Abelhas reagem como robôs biológicos aos
estímulos do ambiente delas, porque o sistema nervoso delas é programado para reagir de
uma maneira prescrita geneticamente. Abelhas reagem sem pensamento ou consciência
dos mecanismos e conseqüências do comportamento delas!
Não há nenhum "rei, presidente, lei, chefe, supervisor, ou professor" quem
ordene " quem faz isso, o que e quando ", e o que dirige isso ou as atividades da colônia?
Nós sabemos que não é a rainha, porque nós sabemos que as atividades de uma colônia
normalmente procedem durante vários dias na ausência de uma rainha. Mais adiante,
cientistas colocaram um favo de crias e uma célula de rainha em uma incubadora sem uma
única abelha ADULTA, e observou as ações das abelhas e da rainha DEPOIS QUE eles
tivessem emergido das células delas. Embora totalmente privado de contato com qualquer
abelha adulta experiente, estas abelhas novas se comportaram EXATAMENTE da mesma
maneira como uma colônia normal depois que as abelhas ficaram velhas bastante para se
comportar de modos normais. Isto é difícil aos humanos entenderem, porque nós não
somos programados ao nascimento, mas temos que ser ensinado e aprender com o
32
envelhecimento. A pessoa só pode concluir que as abelhas são ensinadas geneticamente
a demonstrar os modos de comportamento idênticos no ano 2001 como eles fizeram pelos
dias de César e Cleopatra. Conseqüentemente, novamente eu digo: Desde que uma
abelha de mel basicamente não pode aprender nada, um apicultor não pode mudar nada
na vida programada de uma abelha. Só aprendendo o COMPORTAMENTO de ABELHA
ou "pensando como uma abelha" uma pessoa se tornar um apicultor altamente próspero!
Por que você não dá um intervalo agora, descanse seus olhos, adquira uma
coca-cola, de uma mordida num favo de mel para lhe dar energia e então eu lhe
proporcionarei muitos dos detalhes do comportamento das abelhas com que você deveria
estar de verdade muito familiarizado. Estes são os fatores de comportamento básicos que
qualquer um "que diz ser GUARDIÃO de abelhas em lugar de TENDO abelhas" deveria
saber. Há muitas escritas, notavelmente por Gary, Seely, Winston, e outros, onde você
pode se ajudar para aprender mais.
FATORES INTERNOS QUE AFETAM O COMPORTAMENTO:
A IDADE de uma abelha é o regulador principal das glândulas de cera, dos
músculos de vôo, alongamento de estômago de mel, desenvolvimento do ferrão, e outras
partes ou usos deles. De IMPORTÂNCIA PRINCIPAL a diferença está entre uma "abelha
nutris" e uma abelha campeira. Emergindo de sua célula, pelos próximos 18 dias, elas se
tornam abelha de casa ou "abelha nutris" alimentar larvas jovens é dever da noviça.
Durante estes 18 dias, faz muitos deveres de casa diferentes, que começam com limpar e
própria célula antes de uma rainha botar ovos nela, enquanto construindo favo, limpando a
casa incluindo levando os mortos para fora, dever de guardar à entrada, receptora de
néctar ou pólen, transformando néctar em mel, alimentando e cuidando da rainha, e uma
dúzia de outros trabalhos. Depois destes 18 dias de "deveres de casa", a abelha ganhou
asas e se tornou uma campeira para coletar pólen, néctar, água, e própolis permanecendo
24 dias da vida dela nesta atividade.
Eu apostaria que você nunca percebeu que o maior tempo de vida de uma
abelha campeira é só de 24 dias e então morre de excesso de trabalho! Outro fator interno
que afeta comportamento é a carga GENÉTICA da abelha que é baseada em sua raça ou
a ação da raça que deram origem a ela. Me deixe lhe dar um exemplo das diferenças entre
linhagens que você está familiarizado. Considere três HUMANOS da raça Caucasiana
branca, mas de três linhagens " diferentes ": o inglês, norueguês, e italiano e todos os três
são banqueiros. O homem inglês provavelmente vestidos em um terno com um colete,
fuma um cachimbo, bebe vinho, e desfruta tranqüilidade no clube dele. O banqueiro
norueguês também usa um terno, não fuma, bebe conhaque, ama o ar livre, e
provavelmente é alto, magro, loiro e tem olhos azuis. O banqueiro italiano odeia lugar
fechado, administra negócio na calçada vestido em uma camisa solta, fuma cigarros, bebe
chianti, cabelos marrons, pele bronzeada, e fala incessantemente em uma voz alta que
enfatiza muitas palavras abanando o braço que ondula e com ação de mãos. Todos os três
são da raça Caucasiana branca, mas de três linhagens diferentes. Ambas raças de abelha
e a linhagens daquela raça tem características discrepantes muito específicas como:
mansidão, habilidade de invernada, comportamento higiênico, resistência de doença,
habilidade forrageadora, controle de população, uso de própolis, tendência enxameatória,
e muitos mais diferenças.
FATORES EXTERNOS:
Impressionante como há tantos odores iguais, sons, luzes, campos magnéticos,
etc, e a abelha tem milhares de células sensórias especializadas para descobrir quaisquer
destes muitos fatores externos. Estas células podem se comportar de modos diferentes
dependendo da intensidade dos estímulos ou sua duração. Mais adiante, estas células
estão sujeito a fadiga e então os estímulos não são respondidos por qualquer ação.
Exemplos disto são o uso de muita fumaça, porque o uso exagerado faz as abelhas
agressivas (sórdido)!
33
TEMPO É UM FATOR DE COMPORTAMENTO. É conhecido que certo néctar
de flores só é liberado nas horas matutinas, considerando que outras flores são estéreis na
manhã mas abundante no fim de tarde. Abelhas Forrageando foram pintadas, essa
pesquisa mostrou que - abelhas que têm achado uma fonte de néctar em um determinado
momento de dia só visita essa fonte durante as horas produtivas, durante as horas de
carência faz outra tarefa. É bastante interessante que foi encontrado que as abelhas são
totalmente fiéis a fonte de alimento, significando que uma abelha não visitará mais de um
tipo de pólen ou fonte de néctar em uma única viagem. Isto insinua que uma abelha
continuará trabalhando uma única fonte em viagens contínuas embora outras fontes ao
redor da fonte inicial começassem a produzir.
"É possível a abelha coletar material em mais de um tipo de flor geralmente
flores muito parecidas num mesmo ambiente" (nota do tradutor)
COMUNICAÇÃO:
Eu estou me comunicando com você escrevendo neste papel. Desde que
abelhas não podem escrever, falar, ou ouvir (elas são muito sensíveis à vibração), o senso
principal delas é olfativo (cheiro). O exemplo principal é uma flor florescendo e liberando
néctar. A abelha acha o néctar por seu odor e no processo de chupar seu corpo peludo fica
impregnado com o pólen desta planta ao visitar outra flor ela leva esse pólen produzindo
assim a polinização para produção de frutas. Ao voltar para casa, alerta outras campeiras
da colônia de seu achado distribuindo provas do néctar a numerosas outras campeiras e
executa no favo, para indicar a distância e direção da fonte da colméia, a famosa dança
das abelhas que Von Frisch descobriu. No interior escuro da colméia, a abelha dançando,
delineia a direção da fonte dançando no favo em uma linha imaginária que retrata o ângulo
de direção da posição do sol (abelhas fazem isto na escuridão, e a maioria dos humanos
não quer fazer nada). eu achei isto MUITO INTERESSANTE que os cientistas transferiram
campeiras envelhecidas do Hemisfério Sul para o Hemisfério norte e viram as abelhas
totalmente confundidas neste hemisfério. Isto prova aquela navegação pelas abelhas
durante seus vôos de reconhecimento debaixo do sol SULISTA antes da idade de foragear
não permitem que uma abelha mude esta aprendizagem geneticamente programada.
Quando abelhas voarem em dias ruins, elas viajam através de marcos locais
aparentemente memorizados.
ATIVIDADES RELATIVAS AO COMPORTAMENTO:
Construção do favo: Abelhas operárias têm 4 glândulas de cera embaixo do
abdômen delas, cada um capaz de produzir 2 escamas de cera aproximadamente 2mm x
2mm. Estas escamas estão misturadas com a secreção da glândula mandibular enquanto
estão sendo mastigadas pelas mandíbulas. (Isso é um modo nobre poderíamos dizer "ser
mastigada com cuspe ".) Uma abelha leva aproximadamente 4 minutos para remover uma
escama, mastiga a escama, e anexa isto ao favo. Conseqüentemente, muitas abelhas são
necessárias para construir um pouco de cera! Este é o trabalho de abelhas jovens,
normalmente 12-18 dias de idade. Aproximadamente 8 Kg de mel são consumidos dos
favos para produzir 1 Kg de cera de abelhas!
Isto explica COMO VALIOSO O FAVO FORMADO É AO APICULTOR!
ALIMENTAÇÃO DAS CRIAS: Isto é uma TREMENDA quantia de trabalho feita
principalmente por abelhas de 3 dias para 13 dias de vida. Assim que o ovo se transforme
em uma larva, é visitado e alimentado mais de 1000 vezes por dia, ou mais de 10,000
vezes nos 8 dias antes da célula ser operculada. Lindauer(l 953) encontrou que 2,785
abelhas operárias passaram mais de 10 horas cuidando de uma larva nesses 8 dias!
COMPARTILHAMENTO DE ALIMENTO: Durante os 18 dias após o nascimento
até a idade de forragear, abelhas doam comida umas as outras, enquanto tocando-se
continuamente ao uma com as outras através das antenas. Tendo sido achado que o odor
da cabeça de cada abelha é bastante importante. Este compartilhamento de comida
34
acompanhado do toque das antenas parece ser um meio de compartilhar Feromônios
(comunicação).
DEFESA DA COLÔNIA: (Muitos leitores deveriam ler esta seção várias vezes
assim eles entenderiam melhor por que eles são picados.) os Humanos têm dificuldade de
entende "a defesa" de colônia, enquanto confundindo "defesa" com "agressão". abelhas
têm muitos invasores, incluindo outros insetos, animais, e humanos, devido ao cheiro do
mel ao redor de uma colônia. A intensidade de defesa é relacionada diretamente à
intensidade (ou falta de) de um fluxo de néctar. Há poucas abelhas "de guarda" durante um
fluxo de néctar forte, e forrageadoras de outras colônias que estão carregadas com pólen
ou néctar podem entrar sem ser examinadas ou podem ser atacadas. Porém, um pouco de
perturbação anormal por humanos, animais, insetos, ou "ladrão mel" alerta as abelhas de
guarda para executar exame "detalhado" de tudo que na colônia. Elas se DEFENDERÃO
afugentando o intruso picando-os. Você defenderia sua casa do mesmo modo, e isto não é
nenhuma AGRESSÃO! É interessante notar que abelhas jovens se submetem facilmente
ao exame, mas as campeiras mais velhas são relutantes a ser examinadas". Abelhas não
se põem ”bravas" ou "buscam vingança" por causa de perturbação humana de colônias;
mas simplesmente reage instintivamente em um padrão de comportamento previsível!
Nas Abelhas Africanizadas, todo este comportamento defensivo acontece na
vizinhança imediata da colônia, e a abelha européia não persegue a intrusa muito longe.
Abelhas que estão forrageando ou estão longe da colônia, não é ameaça de picada para
humanos a menos que haja alguma colisão ou seja manipulada descuidadamente. Mais
adiante, até mesmo quando sujeitas a manipulação descuidada por um apicultor,
geralmente é só as abelhas de GUARDA que são estimuladas para defender a colônia.
Porém, as outras abelhas podem ser despertadas facilmente a uma posição defensiva se o
intruso humano usar técnicas de administração POBRES como: cores escuras cansativas,
enquanto emitindo odores estranhos como: loção de corpo, perfume, tônico de cabelo,
usando "roupa penugenta" como um suéter de lã ou tendo cabelo longo que pode atrair
uma abelha, e movendo-se MUITO RAPIDAMENTE principalmente as mãos ou usando
ferramentas que brilham, a vista pobre da abelha pode ver aquele movimento facilmente.
Ultimamente, e talvez mais importante, uma picada deposita veneno em sua
pele ou suas roupas causam a liberação imediata do PHEROMONIO DE ALARME que
ativam outras abelhas para ajudar a defender a colônia. Os ferrões deveriam ser
removidos tão rápido quanto possíveis e os odores de ferormônio de alarme que emanam
do local de picada deveriam ser escondidos por uso abundante de fumaça no local de
picada.
Abrir uma colônia sem ser picado, sopro denso, frio, fumaça branca em toda a
colônia acalma, e então não FAZER NADA DURANTE pelo menos UM MINUTO OU DOIS
É A MELHOR TÁTICA e então continuar. (Esperar é MUITO DIFÍCIL para muitos
apicultores).
Desde que PICAR é o maior impedimento da apicultura como também o medo
de seus vizinhos e o público, você deveria estar muito atento das circunstâncias que
rapidamente ativam uma resposta defensiva de uma colônia. Algumas destas coisas são:
1)população de colônia alta.
2)manipulações de colônia em TEMPO ERRADO DO DIA: muito cedo pela manhã ou
muito tarde pela tarde, e nunca à noite.
3)QUALIDADE POBRE de fumaça. Deva ser denso, branco, e fria!
4)atividade de vôo REDUZIDA à entrada que normalmente indica condições
pobres de forrageamento ou chegando tempo inclemente.
5) abelhas esmagadas devido ao descuidado, incluindo o uso de suas LUVAS.
6)colônias freqüentemente aborrecidas por pestes: cachorros, gambás,
formigas, ou os HUMANOS inexperientes.
35
7)movimentos rápidos, escuridão ou roupas penugentas, anéis brilhantes ou
relógios, ou cabelo longo.
8) fracasso para remover ou esconder o odor de alarme de uma picada.
PILHAGEM (roubo de mel): Muitos apicultores simplesmente não entendem
isto, embora uma colônia boa de abelhas possa ser totalmente morta em algumas horas
em uma situação de pilhagem estrema. Do momento da criação delas, são treinadas
geneticamente para procurar e juntar todo o néctar ou mel para proporcionar para a colônia
delas abundante reserva de inverno, não para elas, mas para expansão e aumento de
abelhas ao longo da área. A maioria dos roubos acontece durante condições de carência.
Algumas raças ou variedades de abelhas são mais propensas a roubar que outras raças. É
um fato bem conhecido que a raça italiana ganhou em número o título desta ofensa apesar
dos outros pontos bons delas. Se um apicultor abrir uma colônia, dispõe armazéns
DESPROTEGIDOS, manter a colônia ABERTA POR TEMPO MUITO LONGO, ou mel
gotejando no CHÃO, as abelhas de outras colônias descobrem o odor de mel que vem
desta "colônia perturbada", voltam para a colônia delas e recrutam outras operárias para
recolher a oferta inesperada de mel.
Por que eu usei a palavra colônia perturbada? O apicultor desmoralizou a
colônia com fumaça, maltratou a casa "de colônia" de quadros e corpos, dividiu a posição
normal de abelha de circulação, e abriu a porta à "ladrões". Imagina o que poderia
acontecer se uma divisão nova pequena de só 1-2 kg de abelhas que são alimentadas com
um galão grande de xarope de açúcar tivesse uma entrada larga, e era posta próxima a
uma colônia de produção de mel forte de 5-6 Kg de abelhas e o fluxo de néctar cessou de
repente!
Pilhagem quase sempre é a FALTA do APICULTOR! Para isto foi mostrado que
colônias silvestres quase NUNCA são roubadas a menos que a população de abelha delas
seja diminuída por doença ou morte da rainha.
VENTILAÇÃO: O ambiente de sua casa é controlado com ventiladores e ar
condicionados, na cozinha há um exaustor. A abelhas fazem igualmente abanando com
suas asas. É abanando que as abelhas controlam a temperatura de colméia e a umidade,
evaporam a água do néctar, removem os gases da respiração, e distribuem os
PHEROMONIOS ao longo da colônia que é importante para comunicar DEPRESSA a
informação vital a todos os sócios de colônia presentes na colméia.
DISTRIBUINDO CHEIROS: Algumas abelhas elevam o abdômen delas,
enquanto abrem Glândula de Nassanoff delas que expõe uma membrana úmidecida com
uma secreção cujo odor é altamente atraente a outras abelhas e diz "Vêm aqui comigo". A
"abelha cheirando" ABANA este aroma com as asas dela para dirigem as abelhas que
estão desnorteadas da colônia". Abelhas " liberando o cheiro da glândula de Nassonov são
muito valiosas na enxameação e particularmente importante para dirigir a rainha para a
casa nova dela.
ABELHAS HIGIÊNICAS: Nós vamos ouvir falar cada vez mais dos benefícios
de abelhas higiênicas durante o século 21. A. Dr. Maria Spivak de Universidade de
Minnesota é muito ativa neste trabalho, e Pat Heitkam caracteriza "abelhas higiênicas" nos
anúncios dele para a venda de abelhas. Aproximadamente 40 anos atrás, Steve Taber e
Walter Rothenbuhler mostraram que algumas abelhas são empregadas melhores do que
outras. Eles observaram que algumas abelhas removem as crias mortas de uma colônia
mais rápido do que outras.
Hoje nós sabemos que um comportamento de administração doméstica
grandemente eficiente contribui para a RESISTÊNCIA de abelhas a várias doenças. Muitos
cientistas e apicultores sentem muito fortemente que usando abelhas que são resistentes
as doenças é a última resposta a muitos de nossos problemas de doença e que o uso
delas eliminará a necessidade por tratamentos químicos. (grifo do tradutor)
36
FAZENDO MEL: Néctar é o doce líquido segregado pela flor para atrair uma
abelha que POLINIZARÁ a flor no ato de chupar o néctar. Uma abelha pode levar até 70
miligramas de néctar no estômago de mel dela que é quase igual ao peso do corpo dela de
cerca de 82 miligramas! A maioria dos humanos não pode erguer 85% de peso de corpo!
Embora há grandes variações, a carga COMUM foi mostrada ser de 25 - 40 miligramas.
Ao retornar a colméia, a abelha injeta no néctar a enzima invertase que converte
o açúcar complexo, sacarose, em dois açúcares simples, glicose e frutose e então entra na
colônia. Se ela achou um novo local para coletar néctar, ela passa amostras para outras
para sentirem o gosto, e então dá direções de vôo executando a Dança Von Frisch. Então,
ela transfere a carga de néctar a várias "abelhas de casa " que amplamente distribuem isto
entre muitas células para fazer a evaporação de água do fino néctar de forma mais fácil e
mais rápido abanando as asas.
A abelha de casa pode acrescentar também mais invertase no néctar se
precisar e a evaporação é continuada até seu conteúdo ter menos que 19% de água onde
este MEL novo é lacrado em sua cela com um capa de cera. (Em Roraima é comum as
abelhas africanas opercularem o mel com mais de 20% de umidade, Nota do
Tradutor) Desde então talvez 60 kg de néctar só rendem aproximadamente 15 kg de mel,
não um cientista de foguetes para entender por que o EXCESSO de espaço extra sempre
deveria estar presente para prover espaço de armazenamento para este mel magro ainda
não processado. Muitos cientistas, particularmente Rinderer, mostraram que a presença de
quantias grandes de FAVOS VAZIOS, não cera alveolada, estimula maior atividade de
forrageamento para mais néctar.
NECESSIDADE DE ÁGUA: A necessidade mais importante para água é
EMAGRECER o mel para fazer comida para alimentar as larvas! É calculado que a
colméia comum com grande quantidade de crias em tempo de primavera, usa
aproximadamente 150 gramas de água cada dia; e desde que uma abelha normalmente
leva 25 miligramas por viagem, 150 gramas requererão aproximadamente 6000 viagens
forrageando para água CADA DIA.
Água às vezes é necessária para ESFRIAR a colméia em um dia quente, assim
as abelhas forrageiam água, distribuem gotas pequenas ao redor do interior de colméia e
então o abanam.
Abelhas de mel inventaram o Ar Condicionado e não o homem! Esfriar uma
colônia forte em um dia quente e seco poderia requerer um quilograma (2.2 libras) de
água, ou aproximadamente 40,000 viagens forrageando por dia!
NOTA IMPORTANTE: Uma ninhada de crias em começo de janeiro ou começo
de fevereiro em Maryland, você tem que ter ENTÃO alguma fonte de água próxima das
abelhas neste tempo frio, porque uma vez eles acharam uma fonte de água, é quase
impossível trocarem a qualquer hora por outra fonte o resto do ano! (Em Roraima os
meses de grande necessidade de água são os meses mais secos como fevereiro,
março, abril e algumas vezes até maio. Nota do Tradutor) Preste atenção a isto a
menos que você não se preocupe com a piscina de seu vizinho! Você não tem que prover
água destilada ou água mineral. Na natureza, abelhas preferem água turva de curral ou
fossos de pista de fazenda por causa das vitaminas e minerais na água. Você não pensar
que água corrente ou uma panela de água onde as abelhas poderiam se afogar seria ideal;
mas você precisa de uma superfície muito úmida ou uma torneira que têm um vazamento
muito minúsculo que goteja em um pouco de areia misturadas com seixos e pedras
pequenas para as abelhas aterrissarem sem que sejam molhados pés.
COMPORTAMENTO ENXAMEATÓRIO: Todos nós sabemos que enxamear é o
mecanismo natural da abelha de mel para REPRODUÇÃO COLETIVA A enxameação
amplia os limites daquela colônia particular fazendo duas colônias de uma, ou substitui
uma colônia previamente perdida através de causas naturais; mas quanto você sabe sobre
o comportamento das abelhas a tempo de enxamear? Estação de enxameação é de 4-6
37
semanas que acontece logo após abundantemente disponibilidade de pólen e fontes de
néctar. Em Maryland central, nossa estação de enxameação está geralmente entre 15 de
abril e 31 de maio. (Em Roraima pode ocorrer enxameação em qualquer época do ano
mas é mais comum nos meses de outubro a janeiro. Nota do Tradutor)
Se as abelhas enxameiam ou não depende na verdade, e principalmente, da
habilidade administrativa do apicultor! Francamente, eu considero enxameação algo
INCOMUM em minhas colméias. Em janeiro e particularmente fevereiro (Agosto setembro
em Roraima, nota do tradutor), em antecipação da chegada primaveril há a necessidade
de muitas abelhas para expansão de colônia para a enxameação, as operárias
superalimentam a rainha que intensifique a postura, e isto resultará em consistente
aglomerado de abelhas no ninho.
São botados ovos em toda célula e greta, inclusive nas cúpulas de rainha que
são construídas perto dos fundos dos quadros, normalmente 6 a 12 ou até mesmo 20.
Assim que sejam botados ovos nestas cúpulas de rainha, 3 coisas vão acontecer dentro
dos próximos 10 - 15 dias:
1) as cúpulas de rainha são largamente enchidas de geléia real.
2) reduzindo a alimentação da rainha e reduzido consideravelmente sua
postura, assim a rainha pode perder peso para voar com o enxame.
3) abelhas exploradoras deixam a colméia e procuram primeiro um local perto
para as abelhas do enxame e a rainha se encontrar e se organizar, ficam algumas horas
enquanto as exploradoras continuam a procura de uma casa permanente antes de saírem
voando.
Desde que abelhas jovens não começam a forragear até que eles tenham 19
dias de idade, a rainha tem feito postura pesadamente durante várias semanas, então
diminuiu a postura nos últimos 10-15 dias que resultam em menos trabalhos de
alimentação destas larvas por abelhas jovens, elas ficam a vadiar na colméia, enquanto
impedem trabalho das campeiras fazendo tremendo congestionamento na colméia.
Há pouco mais de um dia ou logo antes de a primeira rainha virgem estar a
ponto de emergir, se o tempo é favorável, com grande EXCITAÇÃO e um "som de
ZUMBIDO", metade ou mais da metade de todas as abelhas com a rainha velha da
colméia sai e forma um agrupamento o enxame em alguma árvore perto ou em algum
poste.
Depois de se estabelecer e averiguar que a rainha está com eles, as
exploradoras são mandados saírem para achar uma casa nova; e depois de várias horas
ou talvez no próximo dia, as abelhas se vão para a casa nova delas. Esta casa nova é
NUA, só paredes e telha sem favos, nenhum pólen ou mel, e nenhuma ninhada. As
abelhas de enxame têm que entrar em uma " prioridade " de rapidamente construírem
favos para dar espaço para armazenar um pouco de comida e células para a rainha pôr
ovos de operárias para substituir as que vão morrendo dentro de não mais que 6 semanas!
Desde que o enxame comum está largamente composto de abelhas JOVENS em lugar de
as abelhas de campeiras velhas, o favo de cera é construído rapidamente, as larvas jovens
são bem alimentadas, e até que toda essa ninhada nova emerge nesta casa nova, todas
as abelhas que formaram o enxame serão de idade de forragear ou morreram de velhice.
Deveria ser dito que quando enxameando (ao contrário de opinião pública) é menos
PROVÁVEL DE PICAREM porque as abelhas tem pouco tempo de vidas delas e porque
não só é eles se encheram com mel para levar para a futura nova morada delas, mas eles
não têm nenhuma CASA e nenhuma NINHADA para defender!
COMPORTAMENTO DE ABELHAS SEM RAINHA:
Embora a rainha não é a chefe, líder, ou supervisor de uma colônia, ela tem
influência considerável nos processos e na ordem na colônia! Quando uma colônia se
tornar sem rainha, as abelhas se tornam bastante agitadas e começam abanando
38
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  • 1. APICULTURA BÁSICA Turma do curso de apicultura básica realizado em agosto de 2000 – Bonfim - RR Boa Vista, outubro de 2003 1
  • 2. CURSO DE APICULTURA BÁSICA. Neste pequeno manual de apicultura você irá encontrar orientações e conhecimentos básicos para se iniciar na atividade apícola. Nenhuma publicação sobre apicultura poderá ser completa tal é a diversidade de temas que podem ser abordados nesta área da agropecuária. Muitos livros já foram escritos e ainda outros virão. Esperamos que você encontre neste manual inspiração para criar um desejo de conhecer cada vez mais os mistérios da sociedade das abelhas, como vivem, do que se alimentam, como se reproduzem, de onde vem o mel, em fim que este curso possa servir de ponto de partida para seu início na atividade apícola e o no estudo das abelhas. SILVIO JOSÉ REIS DA SILVA 2
  • 3. INTRODUÇÃO.................................................................................................................4 BIOLOGIA DAS ABELHAS...........................................................................................7 OS EQUIPAMENTOS....................................................................................................10 A FORMAÇÃO DO APIÁRIO......................................................................................13 ASSISTÊNCIA À COLMEIA........................................................................................16 APICULTURA E POLINIZAÇÃO: EFICIÊNCIA NO SERVIÇO PRESTADO....23 DOENÇAS DAS ABELHAS..........................................................................................27 MEL E ABELHAS MAIS MANSAS.............................................................................31 3
  • 4. INTRODUÇÃO Entre os insetos existem dois que se destacam por ocuparem uma posição de destaque para o homem: o bicho-da-seda por produzir uma fibra de alto valor econômico e as abelhas que, apesar de produzirem uma variedade maior de produtos, são conhecidas, principalmente, pelo mel que produzem. Apesar das abelhas serem conhecidas como produtoras de mel, elas também fornecem cera, própolis, pólen, geléia real e até o veneno. Destes, o mel é sem dúvida, o que gera mais recursos financeiros tendo em vista ser o produto mais abundante e mais consumido. O pólen, o própolis e a cera são produtos que ocupam o segundo lugar e, em menor escala, a geléia real e o veneno. Em muitos empreendimentos apícolas nacionais, o pólen já começa a figurar como produto de primeira linha. Já é possível encontrá-lo em farmácias e grandes supermercados. Em outros países, principalmente da Europa, há vários apicultores explorando em larga escala a produção de pólen. Embora o pólen seja um alimento saudável, rico em proteínas, carboidratos, fibras, vitaminas e sais minerais, alguns tipos podem apresentar sabor desagradável e uns poucos chegam a ser venenosos para as abelhas. As abelhas não são importantes somente pelos produtos que nos fornecem, mas principalmente, por prestarem um serviço imprescindível para as plantas superiores: a polinização. ROOT (1978) enfatiza que enquanto o movimento comercial de abelhas e seus produtos atingem milhões de dólares, os benefícios da polinização chegam a bilhões de dólares. CRANE (1972) cita que os benefícios obtidos com a polinização são pelo menos vinte vezes maiores do que os da comercialização da cera e do mel. Apesar da atividade apícola em Roraima ser uma atividade recente, iniciada na década de 70 (SILVA, 1998). O número de apicultores vem crescendo a cada ano e o estado possui uma grande variedade de formações vegetais nativas que não sofreram a ação antrópica. Essas formações vegetais encerram um enorme potencial para a expansão da apicultura orgânica, pois o mel produzido nessas áreas é isento de produtos químicos usadas nas plantações. Utilizando técnicas e equipamentos apropriados os apicultores de Roraima podem produzir mel “ORGÃNICO”, pois não é necessário utilizar qualquer tipo de droga, como antibióticos e acaricidas. O mel produzido em Roraima se enquadra em boa parte dessas exigências mas falta infraestrutura e capacitação dos apicultores. Introdução das abelhas Apis mellifera L. no Brasil. Nenhuma das subespécies de A. mellifera L. é endêmica das Américas. Elas foram trazidas pelos primeiros colonizadores que aqui chegaram. A data e o local da introdução no Brasil das abelhas A. mellifera L. vindas da Europa, é muito controvertida. Há duas opiniões: Uma alega que a introdução dessas abelhas ocorreu pela primeira vez nas missões jesuítas no sul do Brasil e que antes de 1839 essas abelhas eram totalmente desconhecidas; a outra versão é de que foi o Rev. Antônio Carneiro quem primeiro as trouxe da Europa. Posteriormente, com o incentivo à migração, ocorreram outras introduções. Suspeita-se que os colonos alemães tenham trazido abelhas pretas, A. m. mellifera L., e amarelas, A. m. ligustica para o Rio Grande do Sul (NOGUEIRA NETO, 1972).
  • 5. Fig 1. Dispersão das abelhas africanas (Apis mellifera scutellata) nas Américas. (Fonte: Scientific American, 269(6):52-58) Em 1956 foram trazidas da África algumas rainhas de A. mellifera adansonii, hoje identificadas como A. mellifera scutellata Ruttner (MORITZ & SOUTHWICK, 1992), que deveriam ser cruzadas com as raças locais para produzirem híbridos de alta produtividade. O entanto, vários enxames fugiram e passaram a se dispersar pelo Brasil na forma pura, ocorrendo não raros acidentes devido à alta agressividade dessas abelhas (STORT & GONÇALVES, 1978). Desde a sua introdução no Brasil, as abelhas africanizadas (Apis mellifera scutellata) têm se dispersado por todo o território nacional, América do Sul, América Central, México e sul dos EUA na América do Norte (Fig. 1). DINIZ et al. (2000) indicam como limite sul da expansão das abelhas africanizadas nas Américas as latitudes compreendidas entre os paralelos 30 a 35. A chegada das abelhas africanizadas em Roraima. Em Roraima, segundo relato de indígenas, as abelhas africanas chegaram na década de 70. De acordo com Waldemar Sartor (Inf. Pessoal) para iniciar a atividade apícola no sul do Estado, na cidade de São João da Baliza, região de floresta, foi necessário trazer abelhas da capital Boa Vista, pois em São João da Baliza elas não existiam. RUTTNER (1986) cita que em 1973 as abelhas africanas já haviam chegado na Venezuela. Em 1976, elas já estavam no norte do Estado de Roraima, na fronteira Brasil-Venezuela, cidade de Santa Elena de Uairen (TAYLOR & LEVIN, 1978). Estudos para determinar o grau de africanização por meio de técnicas aplicadas para DNA mitocondrial das abelhas do gênero Apis em Roraima, comprovam a predominância quase total da subespécie A. m. scutellata RUTTNER (SOARES, inf. pessoal). O quê é a Apicultura? É a criação racional de abelhas melíferas identificadas na nomenclatura zoológica como Apis mellifera L . Onde “api” vem de “apis” que quer dizer abelha e “cultura” quer dizer criação. A apicultura racional está fundamentada em três equipamentos básicos: 1 – A colmeia racional 2 – A cera alveolada 3 – O uso da centrífuga 5
  • 6. Obviamente há muitos outros equipamentos, a grande maioria deles serve como complemento aos três citados acima. A apicultura racional também se baseia no conhecimento básico da biologia das abelhas, seu comportamento e suas necessidades. O apicultor, aquele que cria abelhas, terá mais sucesso quanto maior for o seu conhecimento nestas áreas. É essencial que o futuro apicultor adquira livros e manuais como este que você está lendo agora, e vá cada vez mais se aprofundando na atividade. Um estágio com algum apicultor que tenha experiência de vários anos encurtará em muito a aprendizagem. Se você vai começar sua atividade sem ter orientação alguma, não comece com muitas colmeias, cinco a dez colmeias no primeiro ano é o número ideal. Antes de querer ganhar dinheiro com a apicultura seja um estudioso das abelhas. Observe uma operária visitando uma flor; veja as operárias em frente da colmeia batendo asas para ventilação; observe as famílias alojadas na natureza; perceba a forma como constroem os favos; observe tudo que puder, anote o que quiser mas tenha em mente que sua aprendizagem nos primeiros contatos que tiver com as abelhas é muito importante. 6
  • 7. Realeiras maduras Operárias BIOLOGIA DAS ABELHAS Em uma família de abelhas existem três castas distintas. - milhares de operárias - centenas de zangões - uma rainha. Cada um dos indivíduos da colmeia desempenhando papéis específicos. Existem muitas definições para o conjunto de abelhas. FAMÍLIA = abelhas operárias, zangões, rainha, ovos e larvas COLMEIA = morada das abelhas feita pelo homem. COLÔNIAS = 50 a 100 mil abelhas, centenas de zangões, uma rainha; favos com ovos, larvas e alimento. CORTIÇO = morada natural das abelhas ENXAME = operárias, zangões e rainha (sem favos, ovos, larvas nem colmeia). A Rainha A rainha é a mãe de todas as abelhas da colmeia. É ela a responsável pela postura. Ela pode por até 2000 ovos por dia ou mais e chega a viver até 5 anos em climas mais amenos. Esta vitalidade toda está baseada em sua alimentação a base de geléia real. É, normalmente, a única fêmea fértil da colmeia. A rainha nasce em um berço especial chamado de realeira. Esse berço é formado a partir de uma célula normal que contenha uma operária de até três dias de vida, e é abastecida com farta geléia real. As paredes da realeira são alargadas e projetadas para fora como cachos pendurados no favo. Após 12 dias na realeira nasce a rainha. Passados de 3 a 4 dias na colmeia ela sai para o vôo nupcial onde pode ser fecundada por até 20 zangões. A rainha libera uma substância real que indica sua presença na colmeia sem a necessidade das abelhas a verem, mantendo assim a unidade da colmeia. A manutenção de uma rainha nova e fértil é o segredo para uma boa produção de mel. As Operárias As operárias, como já diz o nome, são as responsáveis pelas atividades na cidade das abelhas. Quando nascem elas são faxineiras limpando o próprio berço onde nasceram, depois passam a ser abelhas nutrizes, alimentando as larvas e produzindo geléia real, posteriormente passam a produzir cera para ampliação da colônia, tornam-se vigias e por último são abelhas campeiras pois vão em busca de pólen e néctar. Rainha com abelhas acompanhantes 7
  • 8. zangão rainha Fecundação da Rainha São elas que decidem o rumo que vai tomar a colmeia, quando devem enxamear, quando migrar, quando trocar de rainha, etc. O Zangão É o boa vida da colônia, vive a passear em busca de alguma jovem princesa para fecundar, porém quando a encontra, dá a sua vida pelo privilégio de fecundá-la, pois ao terminar o acasalamento seus órgãos genitais ficam presos na vagina da rainha. Os zangões nascem em células maiores que aquelas destinadas às operárias. Eles tem acesso a qualquer colmeia quando há fartura de alimento. Na falta de alimento na colmeia, eles são expulsos, pois são uns grandes comilões. Ciclo de vida Cada um dos três castas da colmeia possui um desenvolvimento diferenciado. Acredita-se que isso se deve não só a fatores genéticos mas também devido a alimentação. Todos recebem geléia real durante os três primeiros dias de vida larval mas somente a futura rainha será alimentada com ela para o resto de sua vida. A rainha possui o ciclo de vida larval mais curto de todos. Já o zangão tem o que demora mais a nascer, 24 dias. Note que os zangões de uma mesma colmeia não devem fecundar suas irmão e que sempre tem zangões de outras colmeias por perto. Tabela. Ciclo de vida larval das abelhas D I A S CASTAS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 ZANGÃO ovo ovo ovo larva larva larva larva larva larva operculação pupa pupa pupa pupa pupa pupa pupa pupa pupa pupa pupa pupa pupa nascimento OPERÁRIA ovo ovo ovo larva larva larva larva larva operculação pupa pupa pupa pupa pupa pupa pupa pupa pupa pupa pupa nascimento RAINHA ovo ovo ovo larva larva larva larva operculação pupa pupa pupa pupa pupa pupa nascimento Parte do aparelho genital do zangão ficam presos a vagina da rainha 8
  • 9. A vida na colmeia A Sociedade das Abelhas As abelhas vivem em uma sociedade altamente organizada, onde o objetivo maior é o bem da coletividade. Cada componente desta sociedade executa sua tarefa sem necessidade de ordens ou em proveito próprio. Todos vivem em função do grupo, quem não presta para trabalhar é expulso. Se uma abelha fica doente ela procurará sair da colmeia para morrer sem dar trabalho às irmãs. A colônia é formada de vários favos paralelos. A maioria destes favos possuem células para a postura de operárias que tanto podem ser utilizados para crias como para estoque de mel e pólen. Já os zangões nascem em células maiores e as futuras rainhas ganham um berço especial, a realeira. As abelhas dependem diretamente das flores. Delas as abelhas retiram néctar e pólen. O néctar é aquele líquido doce que está no interior das flores. O pólen é aquele pozinho amarelo que fica na ponta de pequenas hastes, os estames. As abelhas também necessitam de água, para refrescar a colmeia e dissolver o mel. Utilizam resinas vegetais para impermeabilizar a colmeia. Essa resina depois de trabalhada pelas abelhas é conhecida como própolis. A Enxameação A rainha é a responsável pela reprodução dos indivíduos da família. No processo de enxameação ocorre a reprodução coletiva. A família se divide, e uma parte das operárias mais velhas e a rainha saem da colmeia em busca de uma nova morada. A colônia antiga fica com as operárias que sobram e com várias realeiras para substituição da rainha que foi embora. Quando nascer a primeira rainha, esta poderá partir com parte das operárias formando um novo enxame ou então se estabelecer na colmeia. A enxameação faz parte do instinto natural das abelhas, porém, pode ser forçada quando as abelhas estiverem em condições desfavoráveis. A falta de espaço, calor intenso e rainha velha, podem ser consideradas as causas mais comuns. A enxameação embora seja indispensável para a continuidade das abelhas, causa grandes prejuízos ao apicultor pois, diminui a força da colmeia, já que a grande maioria das operárias que acompanham a rainha que sai são abelhas em idade de coleta. O apicultor deve estar atento em seu apiário nas épocas de enxameação. O ideal é não deixar as colmeias enxamearem, mantendo sempre rainhas novas na colmeia. Quando aparecerem realeiras nas colmeias que tem rainha, é sinal que a família quer enxamear, essas devem ser retiradas ou aproveitadas para dividir ou formar nova colmeia. A Migração ou Abandono Consiste no abandono total da colmeia pela família. Em alguns caso elas deixam mel e crias ainda não nascidas para trás. São muitas as causa da migração, as principais são: 1. a falta de alimento 2. condições impróprias de moradia como o excesso de calor, umidade, perturbação excessiva, etc. O apicultor pode evitar a migração dando boas condições de moradia e alimentando as famílias quando necessário. 9
  • 10. OS EQUIPAMENTOS Como foi dito na introdução, a apicultura racional se fundamenta num bom conhecimento da biologia das abelhas; no uso da colmeia racional, da cera alveolada e da centrífuga. Além destes equipamentos citados, existem outros que também são necessários ao apicultor, vejamos: A Colmeia Existem muitos modelos de colmeias, mas todas estão baseadas no princípio do espaço abelha. O que é espaço abelha? É o espaço que as abelhas deixam livre na colmeia para servir de ruas e avenidas na cidade das abelhas. Este espaço está entre 4 a 9 milímetros. Este espaço deve ser deixado entre os favos e as laterais, fundo e tampa da colmeia. Toda colmeia que respeitar o espaço abelha e tiver as dimensões e formato que se adapte à biologia das abelhas é considerada uma colmeia racional. Existem muitos modelos de colmeias racionais, mas a mais usada é o modelo americano ou LANGSTROTH que é o nome do idealizador. Em Roraima, a colmeia Langstroth foi uma das primeiras a ser utilizada e nos vários projetos de incentivo ao desenvolvimento da apicultura, ela foi utilizada como padrão. Hoje, alguns apicultores estão testando a colmeia SCHIMER. A colmeia SCHENK já foi utilizada por alguns apicultores oriundos do sul do país. Pelo relato destes apicultores, a colmeia Schenk não é própria para nosso clima, que é quente e úmido. Toda colmeia é composta de um fundo, uma câmara de crias, uma ou mais melgueiras ou alças, como são chamadas por alguns apicultores, e a tampa. Também é recomendado que o apicultor utilize alguma forma de cobertura para aumentar a durabilidade da colmeia. É muito importante, principalmente para os iniciantes, padronizar o tipo de colmeia. Com a padronização podemos trocar as partes da colmeia e principalmente os quadros, de uma para outra. Muitas práticas apícolas utilizam a troca de quadros entre colmeias. Cera Alveolada Na colmeia racional deve ser utilizada a cera alveolada, que nada mais é do que a própria cera de abelhas estampada com o começo das células. Ela serve de guia para as abelhas construírem os favos exatamente dentro dos caixilhos. Ela pode ser encontrada em casas de produtos apícolas ou então fabricada pelo próprio apicultor. Há também a possibilidade de troca de cera bruta por cera alveolada, com algum apicultor ou comerciante de produtos apícolas, que reterá parte da cera como pagamento pelo serviço. Colmeia Langstroth completa 10
  • 11. A centrífuga só pode ser usada associada com uso de colmeias padronizadas e em caixilhos onde foi colocada a cera alveolada Ao lidar com as abelhas africanas você pode ser atacado em massa, portanto, nunca descuide da vestimenta protetora, faça sempre uma revisão procurando por buracos, rasgões ou costuras soltas. Centrífuga radial motorizada Cuidado: fumaça em excesso pode fazer as abelhas abandonarem a colmeia e o mel poderá pegar cheiro e gosto desagradável. A cera alveolada deve ser colocada inteira nos caixilhos, e suas células devem estar alinhadas com as barras inferior e superior do caixilho, “fazendo linha” como dizem os apicultores. A centrífuga É a máquina que extrai o mel. Com o uso da centrífuga, podemos retirar o mel dos favos sem ter que espremê-los. Com isto, os favos poderão ser reutilizados várias vezes, o que gera uma economia apreciável para o apicultor e para as abelhas. Existem dois tipos básicos de centrífuga, as faciais e as radiais. As faciais são as que demandam mais trabalho, pois os favos devem ser virados para extrair o mel das duas faces. Nas centrifugas radiais o mel é retirado de ambas as faces dos favos de uma só vez. IMPORTANTE: A Vestimenta. Todo apicultor deve utilizar uma roupa apropriada para lidar com as abelhas. Esta roupa evitará que o apicultor sofra um número excessivo de picadas. Existem macacões confeccionados especialmente para o trato com as abelhas, muitos já vem com uma máscara adaptada. Além do macacão o apicultor deve usar botas e luvas. O próprio apicultor pode mandar confeccionar seu macacão na falta de macacões pré-fabricados. AVISO: O Fumegador O Fumegador é usado para produzir fumaça fria e em quantidade. Essa fumaça é assoprada através do fole na entrada da colmeia e sobre os caixilhos. As abelhas ao perceberem a fumaça, associam-na com a possibilidade de um incêndio e se enchem de mel para fugirem. Ficam mais pesadas e lentas relaxando a defesa da colmeia. O uso adequado da fumaça reduz em mais de 90% a agressividade das abelhas. Além dos equipamentos citados existem muitos outros, podemos citar: • Formão de apicultor 11
  • 12. • Vassourinha • Tela excluidora • Carretilha • Derretedor de Cera • Decantador • Garfo desoperculador • Alveolador de cera • Mesa desoperculadora • Gaiolas para aprisionar rainhas • Alimentadores • Baldes Entre outros 12
  • 13. A FORMAÇÃO DO APIÁRIO Escolha do local do apiário A localização do apiário é um dos fatores primordiais para uma boa apicultura. Um bom local é o sucesso garantido do apicultor. Deve-se com muito calma identificar a região para a instalação de um apiário. Devemos observar as seguintes condições básicas: a)Disponibilidade de água saudável e alimentos (floradas) para as abelhas. b)Protegê-las de ventos fortes, sol intenso e umidade excessiva. c)Manter distante no mínimo 200 à 300 m de estradas, construção; onde circulam permanentemente pessoas, animais e veículos. d)Devemos observar também o acesso fácil tanto em período de chuvas como no verão. e)Manter sempre uma limpeza rigorosa no apiário para facilitar o trabalho e também evitar o ataque de inimigos naturais das abelhas. f)Instalar no local, cavaletes que podem ser fixos ou móveis, onde colocaremos as colmeias. É bom deixar alguns cavaletes vazios para servir de apoio nos trabalhos de revisão e coleta do mel. Alguns apicultores constróem cavaletes maiores com suporte para caixilhos. Como povoar o apiário Existem quatro procedimentos básicos para se povoar um apiário • A captura • A compra de abelhas (enxames ou colônias) • Caixa isca • Multiplicação de colmeias Para você que está iniciando, é melhor começar capturando. Captura: a)Preparativos 1. Verificar o local onde a colônia se encontra. 2. Preparar os equipamentos de acordo com a sua localização. 3. Os seguintes materiais poderão ser necessários em uma captura: *Escada ou cavalete *Serrote, *Chaves para soltar telha, *Martelo, *Facão para cortar os galhos, *Serra de cortar ferro. *Fumegador *Maravalha e fósforo *Formão de apicultor ou faca. *Lanterna, em caso de captura à noite. *Barbante ou ligas para marrar os favos de cria. *Espanador ou pincel para juntar as abelhas. *Macacão com máscara, luvas e botas *Balde para trazer os restos da cera. 13
  • 14. *Colmeia completa – 5 quadros e arame sem cera, 5 quadros com cera alveolada inteira. 4. Vestir a roupa protetora 5. Preparar a fumaça no Fumegador 6. Montar o cavalete ou escada no local. 7. Fazer a primeira aplicação de fumaça 8. Preparar o local, ou seja cortar galhos ou destelhar o local do enxame. 9. Fazer uma primeira análise do enxame, em seguida cortar os maiores e melhores favos de cria. Sendo que dos 5 favos, um deve ter cria aberta, pois em caso de acidente ou fuga da rainha, as abelhas possam formar nova rainha imediatamente. 10.Amarrar estes favos com barbante ou liga no caixilho sem cera. 11.Colocar na colmeia os quadros já amarrados no centro e os de cera alveolada nos extremos. 12.Próximo passo encontrar a rainha e prendê-la numa gaiola especial. A saída da gaiola deve ser fechada com pasta candy. A gaiola deve ser colocada no centro entre os favos de cria. Pode-se utilizar gaiolas improvisadas ou até mesmo caixas de fósforo com pequenas brechas. 13.Juntar o maior número de abelhas possível com pincel ou espanador e colocá-las na colmeia. 14.Colocar a tela de ventilação sobre a colmeia e depois a tampa. 15.Se a captura for durante o dia, aguardar até a noite para juntar a maior quantidade de abelhas possível para transportá-las para o apiário, e se capturar à noite é aconselhável que a colmeia fique no local até à noite do dia seguinte para ser transportada ao apiário. b)Procedimento para transporte: 1. Equipar-se com macacão, luvas e botas. 2. Preparar o Fumegador e dar algumas baforadas de fumaça até que todas as abelhas se recolham na colmeia. 3. Fechar o alvado com tela de alvado ou esponja / espuma. 4. Retirar a tampa e amarrar a tela de ventilação com trava especial ou borracha de câmara de ar. 5. Carregue no carro aberto, se for na estrada de barro, ande em baixa velocidade, evitando solavancos. Obs: Mantenha sempre o Fumegador aceso, durante o transporte para evitar qualquer risco de acidentes. c)Colocação no apiário: 1. Descarregar com cuidado a colmeia sobre o cavalete e dar algumas baforadas de fumaça sobre a tela de ventilação, desamarre ou então destrave a tela e o fundo, coloque no local da tela a tampa e por último retire a tela de alvado ou a espuma. Favos amarrados no caixilho. 14
  • 15. 2. Colocar um alimentador com xarope feito de açúcar ou mel. Compra de abelhas É o meio mais rápido de formarmos nosso apiário. Apesar do comércio de abelhas em Roraima ser restrito, sempre há algum apicultor disposto a vender uma ou duas colmeias para os iniciantes. Caixa isca Nos períodos de enxameação, podemos ampliar nosso apiários colocando colmeias ou núcleos com quadros de cera alveolada para atrair os enxames. Se a colmeia ou núcleo já foi utilizado pelas abelhas a eficiência será maior. Multiplicação de Colmeias Quando já temos colmeias no apiário podemos fazer a ampliação repartindo os quadros de crias e de mel entre duas colmeias. Devemos ter o cuidado de deixar a rainha na colmeia velha que deverá ser afastada no mínimo uns dez metros do local antigo. Ela ficará com pelo menos um favo de mel e quatro favos de cria, de preferencia cria fechada. A colmeia nova ficará no lugar da antiga e receberá os demais favos e pelo menos um com ovos e/ou larvas bem jovens para que as abelhas consigam gerar uma nova rainha. Se a época for desfavorável é bom alimentar com xarope as famílias. 15
  • 16. ASSISTÊNCIA À COLMEIA Embora as colmeias povoadas com abelhas africanas possam até produzir com o mínimo de intervenção do apicultor, o bom manejo é fundamental para uma produção satisfatória. Vejamos alguns procedimentos essenciais para o bom andamento das colônias. Controle de enxameação. Como fora dito no capítulo sobre biologia de abelhas o controle da enxameação é importante Existem muitos métodos de controle de enxameação. Com o aprofundamento de seus conhecimentos você mesmo poderá desenvolver métodos próprios de controle. Não deixar faltar espaço na colmeia e manter rainhas novas já reduz grandemente as possibilidades de enxameação. Em uma colmeia que enxameou o apicultor poderá perder parte da colheita ou até não colher nada e ainda perder a família, caso não dê assistência. Alimentação. O uso do xarope de açúcar e de substituto para o pólen não deve ser considerado como prática prejudicial para a qualidade do mel produzido. De fato, seriam necessários alguns quilos de açúcar para que se pudesse produzir um quilo de mel. As abelhas consomem 70% do que produzem mas em épocas de escassez de flores falta alimento. É aí que o apicultor deve agir fornecendo xarope com 50% de açúcar para suas abelhas. Há várias formas de fornecer o alimento para as abelhas. O mais comum e mais fácil de administrar é o alimentador de alvado. Este alimentador consiste em um taco de madeira que suporta uma garrafa de PET, dessas usadas para refrigerantes. As abelhas tem acesso somente pela parte interna da colmeia. Existem também alimentadores internos e de cobertura. Evitar a pilhagem. A pilhagem consiste no roubo de mel entre as colmeias. Ocorre principalmente nas épocas de falta de flores. A pilhagem é como um incêndio devastador. Morrem milhares de abelhas, as rainhas são peloteadas (as operárias quando resolvem matar a rainha fazem uma pelota em volta dela ate matá-la sufocada) e muitas colmeias sucumbem. Para se diminuir a pilhagem devemos evitar ao máximo expor mel e favos nas proximidades do apiário, abrir as colmeias somente o tempo necessário e terminar os serviços no apiário assim que a pilhagem começar. As aberturas das colmeias devem ser reduzidas ao mínimo se houver risco de pilhagem. Controle de doenças Embora as abelhas africanas apresentem uma alta resistência às doenças, algumas colmeias podem ser acometidas de algum mal. Em Roraima é muito comum a incidência da PODRIDÃO DA CRIA EUROPEIA - PCE. Essa doença ataca as larvas novas. É causada por várias bactérias entre principais e secundários. As larvas afetadas mudam de cor. Do branco pérola ao marrom claro até o preto em escamas apodrecidas. Ocorre também infestações por uma pequeno carrapato das abelha o Varroa destructor. Esse carrapato tem duas fases distintas. Uma de vida livre onde ele fica grudado nas abelhas adultas sugando a hemolinfa destas. Na outra fase ele invade as células das larvas que estão prestes a serem operculadas. Ali, após a operculação, a 16
  • 17. fêmea põem seus ovos. Quando as abelhas nascem esses novos carrapatinhos já estão grudados sobre ela. As abelhas africanas são bastante resistentes a esta praga. Uma outra doença que também ocorre em Roraima é a NOSEMOSE. Essa doença é causada por um protozoário chamado Nosema apis. Raramente é percebida pelo apicultor comum. Afeta somente as abelhas adultas. Este parasita se instala nos intestinos médios das abelhas provocando disenteria, desnutrição e redução do período de vida. No capítulo sobre doenças de abelhas você encontrará mais informais. Padrão de postura. As abelhas vivem em uma sociedade onde nascem centenas e até milhares de indivíduos num único dia. Isto é necessário para que as operárias que vão morrendo sejam substituídas e passem a assumir as tarefas da colmeia. A quantidade de abelhas que nascem está diretamente relacionada com a capacidade de postura da rainha. Rainhas novas africanas geralmente possuem alta capacidade de postura chegando a mais de 2000 ovos postos em um único dia. O padrão de postura é determinado verificando-se a porcentagem entre as células com crias operculadas versos as células falhadas. Quanto mais próximo de 100% melhor. Colheita do mel 1. Existe uma crença herdada da apicultura subdesenvolvida, de que se colhe mel só uma vez por ano . Hoje em dia isto não tem mais sentido, pois já trabalha-se com a apicultura migratória e aqui na região norte, especificamente, temos um período bem longo de floradas silvestres. Portanto colhemos mel cada vez que estiver maduro nos favos e em quantidades compensadoras. 2. Para esta atividade precisamos novamente do nosso equipamento pessoal, mais fumegador com fumaça, formão, pincel, 1 melgueira sem quadros, cavalete móvel, 1 lona limpa para forrar o carro e cobrir as melgueiras. 3. Na casa do mel ou em casa devem estar preparados a centrífuga, garfos desoperculadores, mesa desoperculada ou uma mesa de fórmica ou inox alguns baldes ou tambores para guardar mel que pode ser de plástico atóxico ou aço inox. Como proceder no apiário: 1. Vestido com equipamento pessoal, dê uma a três baforadas em cada colmeia e aguarde 2 a 3 minutos no mínimo . 2. Com o formão descole a tampa sobre a melgueira e verifique se o mel está operculado no mínimo 80% dos favos. 3. Tenha, já instalado ao lado da colmeia, um cavalete móvel e a melgueira sem quadros e um pincel . 4. Solte os quadros com o formão, os que estiverem maduros transfira para a melgueira sem quadros . Postura boa Postura ruim 17
  • 18. 5. Após a retirada destes quadros remova a melgueira vazia ou com os favos que ainda não estão operculados por outro com quadros de cera alveolada.. 6. Forre com uma lona limpa o carro e carregue todas as melgueiras, cubra-as bem para não pegar poeira ou outro tipo de contaminação durante o transporte e manuseio. Processo para centrifugação do mel Recepção das melgueiras: Ao recepcionar as melgueiras, deve - se fazer a limpeza das mesmas, retirando o excesso de material aderente, como cera e própolis, etc. Limpeza da centrífuga, mesa desoperculadora e garfos: Devem estar limpos e desinfetados, antes da chegada do material. Vestimentas adequadas: As pessoas que forem manusear os equipamentos no processamento do mel, devem estar vestidos com roupas limpas, de toucas ou bonés e com um avental, para evitar a contaminação do mel; Desoperculação dos quadros: Deve ser realizado por pessoa experiente, para não danificar os alveolos, retirar o excesso com uma faca e colocar para escoar o mel ; os quadros que forem desoperculados, devem ser colocados na centrífuga, girando devagar e aumentando gradativamente a velocidade de rotação até a máxima extração do mel. Cuidados: Os quadros de melgueiras devem estar bem reforçados com no mínimo dois arames, para evitar o rompimento da cera alveolada; não girar a centrífuga inicialmente com muita velocidade para evitar o rompimento da cera. Pré- filtragem na sáida da centrífuga: Deve-se colocar uma peneira inox na saída da centrífuga para filtrar restos de resíduos de cera ou pedaços de abelhas, etc. Filtragem final ao colocar no decantador: deve ser feita uma filtragem final, para verificar possíveis resíduos no mel. Decantação: Consiste em se deixar o mel em repouso, para que possa ocorrer a sedimentação do mel, pois as partículas mais leves, como bolhas de ar, resíduos, etc, ficarão na parte superior do decantador, evitando assim a contaminação do mel durante o processo de embalagem. Envasamento do mel: Recomenda-se envasar o mel após 10 dias de decantação, devendo ser feito com pessoas habilitadas, ágeis e com luvas, avental e boné, para não Ter contato direto com o produto final. A embalagem deve ser imediatamente lacrada limpa e armazenada em local seguro, para posterior pesagem e colocação das etiquetas. 18
  • 19. Importante: Na embalagem, deve contar o peso, prazo de validade, local de origem do mel, tipo de florada dominante, sabor do mel, nome do produtor e responsável técnico pelo produto, bem com o Certificado do Serviço de Inspeção Federal – SIF. Como proceder em uma revisão 1. Sempre equipado, acenda o fumegador antes mesmos de se aproximar das colmeias. 2. Com um mínimo de perturbação dê duas ou três baforadas de fumaça nas colmeias que pretende examinar. Se houver outras colmeias próximas ponha fumaça nelas também. 3. Levante a tampa da colmeias colocando fumaça simultaneamente. 4. Retire o primeiro caixilho para dar espaço e afastar os caixilhos centrais. 5. Verifique o desenvolvimento da colmeia, observando a quantidade de favos puxados, alimente-a sempre que necessário até que preencha no mínimo 9 quadros. 6. Se a época for de boa florada para produzir mel, coloca-se a melgueira. Se já tiver favos de melgueiras puxados use-os primeiro. 7. Caso não for usar a melgueira poderá ser feito uma multiplicação do enxame que consiste na retirada de quadros com cria aberta e fechada e abelhas aderentes. Pode- se no entanto também colocar outro ninho sobre este que já está completo, contendo 10 quadros com folhas de cera alveolada inteira, aumentando assim o espaço na colmeia. 8. Verifique como está a postura da rainha. Se houverem muitas falhas é sinal de rainha velha, de má qualidade ou a família está doente. Substitua a rainha. 9. Havendo favos com cera velha (favos velhos ficam pretos) substitua-os. Se estiverem com crias coloque-os nas laterais da colmeia (1o e 10o favos). Após 20 dias eles provavelmente estarão apenas com mel e pólen podendo ser substituídos por caixilhos com cera alveolada. 10.Observe os estoque de mel e pólen. Faça anotações para programar suas atividades no ano seguinte. 11.Verifique se não há incidência de formigas. Em caso positivo faça barreiras para que as abelhas não subam até as colmeias. 12.Mantenha a entrada da colmeia com abertura necessária. Abertura exagerada pode incitar a pilhagem e fechada de mais pode produzir aquecimento. 13.Ao terminar os serviços de inspeção anote as necessidades para a próxima revisão. (colocação de alimento, quadros necessários para substituição, colocação de melgueiras, combate as formigas,etc.). Multiplicação de colmeias - Método 01 Existem vários métodos de multiplicação de colmeias. Todos se baseiam no princípio de que ao retirarmos a rainha velha da colmeia as operárias puxarão realeiras a fim de criarem novas rainhas, sendo que a primeira ao nascer matará as irmãs. Se o apicultor intervir antes do nascimento da primeira rainha poderá obter não somente uma rainha, mais duas, três, quatro e até o total de realeiras puxadas. isso significa que em uma multiplicação poderemos provocar a formação de vários enxames, Vejamos como fazer: Dia 1 - Retirar a rainha da colmeia colocando ela em uma colmeia vazia mais um quadro de cria nascente com abelhas aderentes e um quadro de mel que pode ser até de outra colmeia. A colmeia com a rainha velha deve ser afastada pelo menos uns 10 metros da colmeia antiga 19
  • 20. Dia 9 - Verificamos quantos quadros possuem realeiras. Podemos formar tantos enxames quantos forem os números de quadros com realeiras. Porém, na prática, esse número não deve passar de quatro. Dois é o ideal. Colocamos uma colmeia nova ao lado da antiga, que deve ser afastada uns 20 centímetros para o lado para que as campeiras possam se distribuir entre as duas colmeias. Deixamos pelo menos um caixilho com realeira na colmeia velha e colocamos outro caixilho com realeira na colmeia nova. Dividimos então os favos restantes entre as duas colmeias. Dia 20 - Fazemos a revisão das duas colmeias em busca da postura das novas rainhas que já devem ter se acasalado. (fecundadas). Se as rainhas estão em postura e vemos que existem poucas operárias podemos colocar quadros de crias fechadas retirados de outras colmeias do apiário. Dia 30 - No caso de não termos encontrado a postura no dia 20 podemos procurar com 30 dias. Caso não encontrarmos postura de rainha, algum problema ocorreu (a rainha não nasceu, passarinho comeu, etc.). Devemos então unir essa colmeia com outra que tenha rainha para aproveitar as abelhas e os favos. 1o passo escolher uma colmeia populosa e que tenha boa rainha. alimentar com dois litros de xarope 1:1 2o passo . dia 1. retirar a rainha velha e coloca-la em um colmeia vazia com um quadro de crias fechadas e um de mel Colmeia nova que recebeu a rainha velha. devemos colocar uns quadros de cera alveolada conforme o crescimento D IA 1 D IA 9 completar os espaços vazios com caixilhos de cera alveolada ou favos formados de outras colmeias 3o passo: Dia 9 verificar se temos polo menos dois quadros com realeiras. Colocar outra colmeia ao lado da antiga e distribuir os caixilhos de forma igual não esquecendo de colocar pelo menos um caixilho com realeira em cada colmeia 4o passo Dia 20 e 30 verificar a postura das novas rainhas. alimentar e reforçar com quadros de crias operculadas de outras colmeias. Unir as que falharamDIA 20 E 30 20
  • 21. Multiplicação de colmeias – método 02 DIVISÃO DE ENXAMES PARA INTRODUÇÃO DE RAINHAS FECUNDADAS 1- Preparo do material : no caso de dez colméias a serem divididas. 2- Vamos precisar de 10 fundos, 10 tampas, 10 ninhos, 10 telas excluidoras e 20 telas de transportes. a- montar, aramar e incrustar cera em 100 quadros de ninho, b- colocar em 10 ninhos sem fundo e sem tampa c- preparar o apiário que serão levadas as colméias em que serão introduzidas as rainhas novas (atenção: deverá estar a mais de um quilometro de distancia do apiário dividido) d- neste apiário deverão ser colocados os cavaletes, com o fundo das futuras colméias e, ao seu lado a tampa, (lembre-se que não teen abelhas ainda no apiário, logo não seja preguiçoso , limpe tudo e prepare o local para os “próximos 10 anos”). e- Ma véspera da chegada das novas rainhas, vá ate o apiário a ser dividido com os dez ninhos, 20 telas de transporte e 10 telas excluidoras, pode-se ir a tarde pois neste horário o trabalho será mais fácil e você economizará uma viagem ao apiário . f- Ao chegar no local leve até a primeira colmeia um ninho, duas telas de transporte e a tela excluidora, g- Retire do ninho 5 placas de cera e as coloque mun local seguro fora do alcance dos pés e do sol, h- Dê fumaça na colmeia, i- Comece a retirar os quadros de um a cinco j- Varra os quadros com uma pena ou vassoura, não sacudir, pois poderá deslocar as crias k- Vá colocando-os no ninho que você levou na mesma ordem de retirada, l- Quando concluir, coloque no local da retirada os quadros de cera (5) e sobre a caixa a tela excluidora, m- Por sobre esta coloque o ninho que estará com 5 quadros de cera e 5 de filhotes com alimento, CRIA EM CIMA DE CRIA E CERA EM CIMA DE CERA n- Tampe com uma tela de transporte e com a tampa da colmeia, o- Repita a operação nas outras p- Quando escurecer, vá até o apiário, (vestido) com o auxilio de um companheiro, dê uma leve fumaça na colmeia e levante o ninho superior que você colocou, imediatamente coloque outra tela de transporte no fundo, q- Feche a colmeia r- Amare o ninho que você levou, ele deverá estar assim composto, uma tela no fundo outra em cima com o ninho no meio, e com dez quadros, sendo 5 de cera e 5 retirados da colmeia anterior s- Coloque-os no caro, e vá para casa t- Quando estiver amanhecendo, leve-os até o apiário preparado e coloque cada um (ninho) em cima de seu fundo, u- Espera as abelhas acalmarem para só depois retirar a tela do fundo sem sacudir, v- Reduza o alvado 21
  • 22. w- Neste mesmo dia a tarde você já poderá introduzir as novas rainhas nestas colméias. Vantagens deste método: 1- Ao fazer a divisão desta forma, as abelhas se dividirão sozinhas, logo não vamos precisar nos preocupar com o numero de abelhas de cada idade que deverão estar em uma divisão, caso este numero não esteja corretamente distribuído a nova rainha poderá ficar com limitações para alavancar sua postura, pois faltando uma classe todas as tarefas da colmeia poderão estar comprometidas, e a rainha terá que esperar para só após a normalização deslanchar a postura. 2- Fazer a divisão e aguardar no próprio apiário para fazer a remoção logo após o escurecer, para assegurar que a divisão levará muitas nutrizes, desopercular o mel superior, ou seja, que está na parte superior dos quadros transferidos para o ninho novo, as nutrizes irão subir para organizar, ficarão lá com as crias novas. 3- Atenção: è aconselhável que se alimente os enxames que irão ser divididos para oberter-se um enxame melhor para divisão, ou dividir enxames que já são grandes, pois aí se tem um retorno seguro. 4- Uma colmeia dividida ao meio e com alimentação pós divisão, atingirá tamanho de dobro com mais ou menos 30 dias. ROBSON SOUSA RAAD Transporte de colmeias. Para transportar uma colmeia devemos ter alguns cuidados. As colmeias devem estar em bom estado sem buracos ou brechas. Nas colmeias fortes é necessário a colocação de uma tela de ventilação no lugar da tampa. O alvado pode ser fechado com capim, jornal ou espoja que é mais prático. As colmeias devem ser transportadas a noite. É um trabalho que deve ser executado com rapidez para evitar que as abelhas saiam da colmeia. O que demora um pouco é colocar as telas de transporte. Para facilitar o trabalho realizamos a preparação das colmeias ainda de dia (Colocação das telas e das tiras de borracha e deixamos a esponja presa ao lado do alvado, pode-se usar jornal) Assim que escurecer é só fechar o alvado e colocar as colmeias no caminhão. Da para fazer tudo no mesmo momento sem vazar abelhas. Basta construir telas com um dos lados sem ressaltos e aí ir empurrando a tampa e a tela ao mesmo tempo sem permitir brechas por onde possa escapar abelhas. Quando são colmeias pouco populosas colocamos pregos ou até fósforos em baixo da tampa. Isto possibilita uma renovação do ar. A regra é sair sempre a noite para não perder as campeiras, ou se tiver que ser de dia deixar algumas colmeias em pontos estratégicos para receber as campeiras que retornam que quando carregadas são aceitas em outras colmeias. Penso que o ideal é chegar ainda de noite ao destino mas quando isso não for possível espere até as abelhas se acalmarem dentro da colmeia e então abra o alvado. Não coloque as colmeias muito próximas umas das outras pois muitas operárias saem loucas da vida e na hora de retornar eram a colmeia. Não chega a morrer muitas abelhas mas não há cristão que encoste perto. 22
  • 23. APICULTURA E POLINIZAÇÃO: EFICIÊNCIA NO SERVIÇO PRESTADO. Eng. Agr. Aroni Sattler* 1. INTRODUÇÃO A polinização é um dos componentes mais importantes no processo de perpetuação da maioria das espécies no reino vegetal. Este tipo de especialização sofreu um processo evolutivo, influenciado não apenas por fatores inerentes a cada espécie botânica, mas também por uma série de eventos gerados pelo seu ecossistema. A oferta de néctar e pólen pelas plantas passaram a atrair uma grande gama de insetos, em especial as abelhas e dentre estas, as pertencentes ao gênero Apis. Entre todos os possíveis agentes polinizadores das plantas, as abelhas destacam-se por sua dependência em visitar flores para obterem seus alimentos; pólen e néctar. De acordo com Nogueira-Couto (1998), no passado, a relação entre muitas plantas e insetos foi estabelecida de modo tão intenso e íntimo que hoje, a falta de um deles pode decretar a extinção do outro. O equilíbrio estabelecido na relação planta/polinizador tem sofrido sérias ameaças, principalmente devido a profundas modificações que o homem tem imposto ao meio ambiente. A interferência do homem, promovendo desmatamentos, queimadas, e o uso, muitas vezes, indiscriminado de pesticidas, tem reduzido drasticamente a população de insetos nativos, que colaborava, no anonimato, na polinização de plantas silvestres e cultivadas. Segundo Corbet et al., (1991); Free, (1993), enquanto a maioria dos outros polinizadores potenciais só visita as flores para satisfazer suas necessidades imediatas e quase sempre não as tem como suas únicas fontes de alimento, as abelhas, de um modo geral, alimentam-se quase que exclusivamente de pólen e néctar e precisam visitar grandes quantidades de flores diariamente para satisfazerem suas necessidades individuais, das crias e/ou da colônia. Esse trabalho incansável de visitação às flores faz das abelhas os principais agentes polinizadores das plantas. Segundo Free, (1993); Freitas & Paxton, (1996); Freitas, (1997), para que uma espécie animal qualquer, incluindo as abelhas, possa ser classificada como polinizadora de uma certa espécie vegetal, é preciso que o potencial polinizador seja atraído pelas flores da cultura; que apresente fidelidade àquela espécie; que possua tamanho e comportamento adequados para remover pólen dos estames e depositá-los nos estigmas; que transporte em seu corpo grandes quantidades de pólen viável e compatível; que visite as flores quando os estigmas ainda apresentam boa receptividade e antes do início da degeneração dos óvulos. A falta de especificidade entre A. mellifera e as espécies de plantas que visita possibilita o seu uso com relativo sucesso na polinização de uma grande diversidade de espécies vegetai cultivadas. Assim, essa espécie de abelha tem sido utilizada como polinizadora de culturas agrícolas introduzidas em novas regiões do planeta onde seus polinizadores naturais não ocorrem espontaneamente, como polinizadora suplementar em locais onde o número de polinizadores nativos não é suficiente para alcançar os níveis de polinização desejados ou ainda quando os polinizadores naturais da área foram dizimados pelo uso de agrotóxicos ou desmatamentos (Free, 1993; Freitas, 1995). */ Professor da Faculdade de Agronomia – UFRGS Pesquisador da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária – FEPAGRO 2. IMPORTÂNCIA ECONÔMICA De acordo com Freitas, 1998, mais do que a eficiência polinizadora individual de suas campeiras, o uso generalizado de A. melifera deve-se principalmente ao fato dessa espécie de abelha poder ser mantida em colmeias, a facilidade com que é transportada para a cultura a ser polinizada, o tamanho que a população de cada colmeia pode atingir e a possibilidade de manejo pelo homem; características que facilitam bastante a introdução 23
  • 24. de polinizadores em áreas cultivadas. Além disso, a abelha melífera também possui a habilidade de visitar flores de uma proporção considerável de culturas agrícolas economicamente importantes devido ao seu comportamento poliléctico (Tabela 1). Segundo MacCarthy (1999), todos os anos milhões de colméias são utilizadas na polinização de cultivos. Porém, muitos cultivos são polinizados inadequadamente comprometendo a produtividade e a qualidade da colheita. Desde 1989 vem sendo utilizado como atratativo de abelhas o feromônio mandibular da rainha, sob o nome comercial de "Fruit Boost", produzido sinteticamente, ele atrai as abelhas e reforça o seu comportamento coletor. Estudos indicam que as abelhas que retornam de áreas tratadas com "FB" dançam por mais tempo e com maior vigor resultando em maior número de novas operárias recrutadas e que, cada vôo individual de coleta é mais demorado e com mais flores visitadas. O resultado específico é que em áreas tratadas as abelhas trabalham numa quantidade maior de flores, transferem mais pólen, promovendo uma polinização mais completa que resulta na produção maior de sementes. O número maior de sementes por fruto aumento o tamanho, a qualidade e a classificação dos mesmos. Page Jr.(1999) relata um programa de melhoramento genético bi-direcional iniciado em 1990 para obter linhagens de abelhas com comportamento coletor alto e baixo de pólen. Após a quinta geração a linhagem de alta coleta já armazenava 6 (seis) vezes mais polen do que a linhagem de baixa coleta. Na quarta geração, comparando as duas linhagens e colméias comerciais, o autor verificou que a linhagem de alta coleta apresentava uma entrada de pólen, por minuto ,de 1,8 vezes maior do que as colméias comerciais. Cane (1999) obteve resultados superiores ao utilizar linhagens de abelhas de comportamento coletor alto em pólen, quando na polinização de Vaccinium macrocarpon Ait. (173 vs. 105 g de pólen coletado por colméia após 5 turnos). Segundo Manning (1999), em regiões ocidentais da Austrália, os pomicultores estão utilizando com grande eficiência tubos com abelhas, em substituição às colméias tradicionais, na polinização em pomares com alta densidade de plantas/há e protegidas com telas contra granizo ou pássaros. Segundo Eisikowitch (1999), as abelhas melíferas são os polinizadores mais comuns usados em pomares comercias de amendoeiras (Prunus amygdalus Batsch.) em Israel. A maior proporção de campeiras coletou pólen na mesma cultivar, das quais a maioria na mesma planta, menos entre plantas da mesma linha e a menor parte trabalhou entre diferentes cultivares e diferentes linhas. Porém, a proporção de flores que frutificaram em diferentes galhos nas plantas não confirmaram esta tendência. Os resultados obtidos reforçam a hipótese de que pelo menos uma parte dos grãos de pólen compatíveis de diferentes cultivares são transferidos entre as abelhas dentro da colméia. No futuro, a distribuição de cultivares e os experimentos de polinização em amendoeiras devem levar em consideração este fenômeno. De acordo com Arce (1999), em vários países da América Central a demanda por abelhas para a polinização de cultivos é muito grande. Em Honduras o aluguel mensal por colméia, para a polinização de melões, pode ser superior a US$ 40,00 ou o equivalente a produção anual de mel, (aproximadamente 40 kg). Na Costa Rica, 85% das colméias são deslocadas anualmente para a polinização de meloeiro tipo "cantaloupe" sendo que, 20 % deste total é de abelhas africanizadas. Em áreas de clima tropical seco da Costa Rica, mais de 75% das abelhas que visitam as floradas de meloeiro são de abelhas africanizadas originárias de ninhos em abrigos naturais, evidenciando a necessidade de trabalhos criteriosos para avaliar a real necessidade de abelhas por unidade de área. Segundo Manrique & Thiman (1999), os resultados obtidos na polinização do cafeeiro (Coffea arabica) com abelhas africanizadas na Venezuela, indicam um aumento significativo no peso e no número de grãos. 24
  • 25. 3. PRINCIPAIS FATORES PARA CONTROLAR A EFICIÊNCIA NA POLINIZAÇÃO 3.1. Fatores internos 3.1.1. População equilibrada 3.1.2. Reservas de néctar e pólen 3.1.3. Diferenças raciais 3.1.4 Linhagens especializadas 3.1.5. Preferência por diferentes espécies botânicas 3.2. Fatores externos 3.2.1. Condições climáticas 3.2.2. Saturação das floradas 3.2.3. Concorrência de espécies botânicas 3.2.4. Distribuição das colméias 3.2.5. Rotatividade das colméias 3.2.6. Uso de atrativos 3.2.7. Manejo fitossanitário 4. CONCLUSÃO De acordo com Nogueira-Couto (1998) na terceira Conferência sobre Diversidade Biológica, realizada de 4 a 15 de novembro de 1996, em Buenos Aires (Argentina), foi aprovado um documento que estabelece a necessidade de : 1) verificar a perda de polinizadores em todo mundo, 2) identificar as causas específicas do declínio dos polinizadores, 3) estimar o custo econômico associado com a redução de polinizadores nas culturas, 4) identificar e promover práticas mais adequadas para a agricultura sustentável, 5) identificar e encorajar a adoção de práticas de conservação para manter os polinizadores ou promover seu restabelecimento. Segundo Freitas (1998), considerando os aspectos práticos e conhecimentos atuais sobre polinização devemos lembrar que a avaliação da importância de uma determinada espécie de abelhas como agente polinizador não pode levar em conta somente a habilidade polinizadora de indivíduos daquela espécie, mas também a sua disponibilidade, facilidade de manejo e possibilidade de produção em grandes números. É nesse contexto que A. mellifera ainda inclui-se como a principal opção na polinização de culturas agrícolas de uma maneira geral. Mesmo nos casos de culturas nas quais A. mellifera apresenta habilidade polinizadora menor do que as de outras espécies de abelhas, o manejo adequado associado a facilidade com que pode-se obter colônias de A. mellifera com grande número de indivíduos permite em muitas situações compensar a sua menor eficiência polinizadora. Isso porém só é válido para as espécies vegetais visitadas por A. mellifera; nas demais o uso de outras espécies de abelhas é fundamental para atingir-se bons níveis de polinização, produtividade e rentabilidade da cultura. De acordo com Kevan (1999), a situação da apicultura mudou drásticamente, para melhor, quando L. L. Langstroth, inspirado no espaço abelha, criou a colméia móvel. A situação da apicultura mudou drásticamente, agora, em detrimento da polinização dos cultivos, com a mecanização, o uso indiscriminado de químicos, expansão e intensificação da agricultura. Agora a situação da polinização está mudando drásticamente em todo mundo: estamos assitindo uma crise de polinizadores. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARCE, H. G. A. 1999. Use of africanized honey bees (Apis mellifera scutellata) for pollination of melon (Cucumis melo) in Central America. Apimondia Congress XXXVI, Vancouver, Canada. p.130-131. CANE, JAMES H. 1999. Genetic improvements of pollinators: benefits of pollen hoarding for cranberry productions. Apimondia Congress XXXVI, Vancouver, Canada. p.183-184. CORBET, S. A.; WILLIAMS, I. H. & OSBORNE, J. L. 1991. Bees and pollination of crops and wild flowers in the European Community. Bee World 72(2):47-59. 25
  • 26. EISIKOWITCH, DAN. 1999. Honeybees movement among trees in an almond orchard in Israel. Apimondia Congress XXXVI, Vancouver, Canada. p.184-187. FREE, J. B. 1993. Insect pollination of crops. 2° ED. ACADEMIC Press, Londres – Reino Unido. 684 pp. FREITAS, B. M. 1995. The pollination efficiency of foraging bees on apple (Malus domestica Borkh) and cashew (Anacardium occidentale L.) University of Wales, Cardiff – Reino Unido. 197 pp. (Tese de PhD). FREITAS, B. M. 1997. Number and distribution of cashew (Anacardium occidentale L.) pollen grains on the bodies of its pollinators, Apis mellifera and Centris tarsata. J. Apic. Res. 36(1): 15-22. FREITAS, B. M. 1998. A importância relativa de Apis mellifera e outras espécies de abelhas na polinização de culturas agrícolas. Encontro Sobre Abelhas, 3°, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil, p.10-20. FREITAS, B. M. & PAXTON, R. J. 1996. The role of wind and insects in cashew (Anacardium occidentale L.) pollination in NE Brazil. J. Agric. Sci., Camb. 126: 319-326. KEVAN, PETER G. 1999. Crop pollination today & tomorrow: problems confronting apiculture & crop pollination. Apimondia Congress XXXVI, Vancouver, Canada. p.181. MANNING, R. 1999. The use of beetubes in Western Australia for pollination. Apimondia Congress XXXVI, Vancouver, Canada. p.129-130. MANRIQUE, A. J.; THIMAN, R. 1999. Coffee polinization (Coffea arabica) using africanised bees in Venezuela. Apimondia Congress XXXVI, Vancouver, Canada. p. 235. McCARTHY, JULIE. 1999. Pheromone-based management for beekeeping and crop pollination. Apimondia Congress XXXVI, Vancouver, Canada. p.166-167. NOGUEIRA-COUTO, R. H. 1998. Uso de atrativos e repelentes na polinização dirigida. Encontro Sobre Abelhas, 3°, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil, p.21-27. PAGE JR., ROBERT E. Seclection for foraging behavior. Apimondia Congress XXXVI, Vancouver, Canada. p.130-131. TABELA I – Algumas espécies vegetais que atualmente possuem Apis mellifera como seu principal agente polinizador em áreas agrícolas. Cultura agrícola Fonte Nome comum Nome científico Abacate Abóbora Algodão Café Caju Canola Cebola Citrus Colza Feijão caupi Girassol Kiwi Melancia Melão Pepino Soja Persea americana Cucurbita moshata Gossypium hirsutum Coffea arabica Anacardium occidentale Brassica campestris Allium cepa Citrus spp. Brassica napus Vigna unguiculata Helianthus annuus Actinidia deliciosa Citrullus lanatus Cucumis melo Cucumis sativus Glycinemax Ish-Am e Eisikowitch, 1993 Free, 1993 Moffet, 1983 Nogueira-Neto et al., 1959 Freitas e Paxton, 1996 Kapil et al., 1971 Caron et al., 1975 Free, 1993 Mesquida e Renard, 1978 Rawal et al., 1978 Free, 1993 Free, 1993 Free, 1993 Lemasson, 1987 Peto, 1950; Lemasson, 1987 Erickson, 1983 26
  • 27. Varroas sobre ninfa de zangão DOENÇAS DAS ABELHAS Texto extraído do site da Universidade Federal de Viçosa (End. Eletrônico www.ufv.br/dbg/bee/bem-vindo.htm) Numerosas são as enfermidades que atacam as abelhas, provocando-lhes grandes prejuízos. Entre essas citaremos as podridões da cria (americana e européia), a cria ensacada, a nosemose, a acariose, a paralisia e o mal-de-outono. Felizmente no Brasil não temos notícias de acariose (que nos andou rondando, no Uruguai e Argentina) nem da podridão-americana. Dessas enfermidades, as 3 primeiras atacam a cria; as demais atacam as abelhas adultas. Parasitoses Acariose: É provocada por um pequeníssimo carrapato (Acarapis woodi) que, alojando- se na traquéia das abelhas, obstrui-lhes a respiração provocando sua morte. Devido a isso as abelhas não podem voar e se arrastam no chão. Felizmente esta enfermidade não foi ainda observada no Brasil, embora nos tivesse andado rondando em 1958 (Uruguai e Argentina). Tratamento: Solução de Hichard Frow, feita de nitrobenzeno, gasolina e óleo de safrol. Varoatose É a infestação pelo ácaro Varroa destructor. Este parasita é responsável pela perda de milhares de colmeias pelo mundo. Na fase adulta a fêmea do Varroa se agarra nas operárias sugando o sangue (hemolinfa). Apos um período de maturação ela invade uma células de operária ou zangão prestes a ser operculada. Uma única fêmea pode por de 4 a 6 ovos dentro de uma célula. Todos se alimentaram sobre a ninfa. Felizmente nossas abelhas são altamente resistentes a este parasita porém algumas colmeias podem ser mais duramente afetadas. É muito fácil determinarmos o grau de infetação em abelhas adultas em nossas colmeias. Basta recolher de 100 a 300 abelhas operárias e coloca-las em um franco com álcool. Balance o frasco e depois derrame tudo sobre uma bandeja. Faça a contagem dos ácaros e dos parasitas. Calcule a porcentagem de infestação. Se obtiver valores acima de 5% alguma forma de tratamento deve ser tomada ou então a destruição da colônia. Paralisia: O agente da doença é ainda desconhecido; admite-se que seja um vírus. As abelhas apresentam o abdome inchado; mau voam; as fezes são amareladas; o corpo todo treme e as asas fazem movimentos lentos; o corpo parece engordurado; a frente da colmeia fica cheia de abelhas moribundas. Tratamento: 27
  • 28. Trocar a colmeia doente, de lugar com outra forte; substituir a rainha da colônia doente por outra resistente ì doença. Mal-de-outono: Agente desconhecido. As abelhas inicialmente correm como loucas de um lado para outro da colmeia ou do chão até que se cansam; daí para diante arrastam-se pelo chão até morrer. Essa doença, que talvez seja devida a envenenamento, desaparece repentinamente, donde até hoje não se ter determinado um tratamento eficaz. Atualmente foi identificado um tipo de pólen tóxico como agente causador do mal de outono. O pólen de barbatimão, árvore muito comum nos cerrados brasileiros. Nosemose: Provocada pelo protozoário (Nosema apis), que se aloja no intestino da abelha provocando graves distúrbios digestivos. principalmente diarréia, donde quase sempre o fundo da colmeia se apresenta bem sujo de fezes; as rainhas suspendem às vezes a postura e são substituídas pelas operárias (isto explica certas substituições inesperadas de algumas rainhas). O intestino, quando arrancado, mostra-se engrossado, sem constrições e de cor branco-turva e seu conteúdo, colocado sobre uma lâmina de vidro e diluído com um pouco d'água, toma uma cor de leite característica. Naturalmente o exame sob o microscópio revelará com exatidão se existem ou não protozoários causadores da doença. Tratamento: É preventivo, antes que curativo (embora a fumagilina esteja sendo usada com sucesso). As colmeias sadias devem ser isoladas. Devem ser evitadas as águas paradas nas imediações do apiário, bem como os saques. Limpeza e desinfecção rigorosa das colmeias que alojaram abelhas doentes. As doenças que atingem as abelhas adultas, entre nós. não provocam geralmente perdas muito acentuadas (a acariose não foi ainda observada). As doenças da cria nos Estados Unidos e Europa é que provocam os maiores danos, assim como entre nós. P.A.C. = A.F.B = Podridão-americana da cria: É provocada por uma bactéria: (Bacilus larvei). É enfermidade seríssima, que devasta os apiários. Seu combate é radical: fogo. Felizmente não foi verificada no Brasil. Cria-ensacada: Admite-se que seja produzida por vírus filtrável. pois ainda não se conseguiu encontrar um microrganismo responsável; é infecciosa, porém de caráter benigno, não chegando a exterminar as colmeias; enfraquece no entanto a família prejudicando a produção. As larvas doentes, geralmente colocadas em células já fechadas, cujos opérculos se mostram furados, apresentam-se inicialmente de cor creme, passando mais tarde a marrom e até cinza; essas larvas se apresentam como que sentadas, no fundo da célula, com a cabeça sempre erguida: retiradas das células essas larvas saem inteiras e tornam a forma de um saco, donde o nome dado à doença; às vezes têm consistência 28
  • 29. Larvas com PEC muito mole. Esta doença, embora não muito grave senão em casos excepcionais, existe no Brasil e bem espalhada. Laidlaw, em 1954 e 1955, durante sua permanência no Brasil notou muitas vezes essa doença, embora em forma benigna, em apiários de São Paulo e no Rio. Geralmente não há cheiro, o qual se existe é igual ao de algo ácido, talvez mais devido ao apodrecimento da larva. Combate: Não há um combate eficiente contra a cria-ensacada; quase sempre a doença desaparece com o início da florada; é natural que a seleção de rainhas resistentes à doença seja interessante; portanto, devem-se substituir as rainhas das colmeias doentes por filhas de outras que se tenham mantido completamente sadias. P.E.C. = E.F.B. = Podridão européia da cria Consoante trabalhos realizados por L. Bailey, em Rothamsted (Inglaterra) em 1959, a causa principal seria a bactéria (Streptococcus pluton), à qual se juntaria (Bacterium eurydice). É doença altamente contagiosa e que causa graves prejuízos às abelhas. embora não extinga a colmeia, senão em casos excepcionais. Nos nossos apiários temos sido rudemente atingidos por essa doença desde 1959. A época de maior incidência tem sido agosto. Esta doença é a mais séria de todas que temos no Brasil é largamente espalhada. o que temos constatado através de nossos próprios apiários e de visitas a apiários racionais e caboclos. As abelhas pretas em geral são bem flageladas, mormente em colmeias fracas. Os apicultores em geral não notam a sua presença. a não ser quando ele, de espírito já prevenido, porquanto as colmeias mais fortes suportam relativamente bem o ataque e recuperam-se mais ou menos rapidamente; isso porque, graças à grande atividade das abelhas limpadoras, eliminam prontamente as larvas doentes, foco de contaminação. Os reflexos no entanto são desastrosos sobre a colheita de néctar bem como sobre a produção de cria. E, naturalmente, se não se socorrem as colmeias mais fracas elas podem acabar se extinguindo. No Setor de Apicultura o principal prejuízo foi causado às larvas enxertadas para produzir rainhas: desenvolviam-se normalmente até 4 ou 5 dias após a operculação (o que é interessante, pois as larvas de operárias atacadas são quase sempre as não operculadas); as larvas, que deveriam ficar na parte superior das células (correspondendo ao fundo da realeira) para alimentar-se com a geléia real, caíam na parte inferior (ponta da realeira) e ali morriam; algumas larvas ainda se desenvolviam um pouco mais, porém eram raras as que chegavam a começar a metamorfose em pupa: morriam antes disso. Os cadáveres, de coloração creme a princípio e de consistência mole, aquosa, tornavam-se pardos e, depois de apodrecerem, ficavam cinzas, exalando um cheiro ruim, azedo. Em outras ocasiões havia 100% de morte das larvas enxertadas. Dessa forma perdemos durante fins de 59 e princípio de 60 mais de 2.000 enxertias, sem conseguir debelar o mal, até que tornamos medidas drásticas: queima de todos os favos atacados; desinfecção de todo o material e instalações, com soda cáustica; renovação de todo o material para enxertia; aumento das alimentações com estreptomicina e terramicina; compra de novas rainhas reprodutoras. Sintomas: 29
  • 30. O sinal mais evidente da doença é o aspecto "esburacado" dos favos, isto é, células operculadas e outras não, salteadas. devido à mortandade de larvas novas, ainda não operculadas; além disso, encontram-se larvas mortas de coloração amarelada ou parda e consistência aquosa; outras larvas se mostram de coloração amarela e secas, parecendo mais escamas de cera ou bolos de pólen. Em estados mais adiantados da doença pode-se notar um cheiro desagradável. azedo, de peixe estragado, talvez devido ao apodrecimento das larvas por infecções secundárias. Combate: Eliminação dos quadros atacados, os quais não devem ser trocados para outras colmeias, pois espalhariam a doença; união das famílias mais fracas. O combate preventivo é o mais indicado. Para tal, 3 ou 4 semanas antes da época em que a doença aparece com mais vigor, dá-se alimentação de estreptomicina ou terramicina; 2 semanas após repete-se o tratamento. As rainhas amarelas costumam ser mais resistentes, porém há linhagens que são até mais fracas que as pretas. Julgamos que o ideal é, através de adequada anotação, distribuir pelos apiários as filhas das rainhas que se mostram mais resistentes à enfermidade nas crises mais fortes, não importando a cor. Dejair Message Endereço eletrônico: dmessage@mail.ufv.br 30
  • 31. MEL E ABELHAS MAIS MANSAS (baseado na apicultura com abelhas européias mas com muitas informações aplicáveis em nossas condições) ISSO é o que todo o mundo quer saber! COMO faz um apicultor para produzir mais mel, e como trabalhar as abelhas com menos picadas! Você espera de mim, ou do famoso Roger Morse, ou Mark Winston, ou de seu grupo de apicultores locais, ou da lista de discussão da Internet Abelha-L, dizer uma fala curta ou escrever algumas notas e ENTÃO você saberá. Você tem que estar brincando, porque ISTO NÃO IRÁ ACONTECER! Um cirurgião não aprende EXATAMENTE a cortar um escalpelo; mas, ele tem que aprender todo tipo de drogas farmacêuticas de forma que ele possa prescreve-las. Um astronauta não é só um piloto de jato muito bom; mas, ele sabe astronomia e trigonometria. Seu auto mecânico hoje tem que entender de injeção de combustível como também carburação e saber que uma chave 12 mm não virará uma porca de 1/2 ". Se você realmente quer ser um apicultor em lugar de quem apenas tem abelhas, de forma que você possa produzir mais mel que outros, poder trabalhar suas abelhas vestido em shorts e uma camisa de meia, e não ver suas abelhas morrer de doenças ou pestes, você terá que APRENDER mais, que pondo algum investimento no inverno ele retornará com juros e correção no fim do verão. Se este artigo fosse intitulado: COMPORTAMENTO de ABELHA, muitos de vocês teriam colocado isto para leitura futura, de lado ou até mesmo teriam lançado isto no lixo. Se você era um possuidor de abelhas ano passado, você ainda será um possuidor de abelhas ano que vem; e você nunca achará as verdadeiras ALEGRIAS DE SER APICULTOR até que você entenda o comportamento das abelhas! Mais importante, talvez, será SEU sentimento que "eu não" tenho melhorado da tolice de há pouco "ter" abelhas, enquanto comprando mais abelhas quando morrem, usando um terno quente e luvas, enxames fracos, não fazendo 40 kg de mel pelo menos por colônia cada ano, e incapaz de demonstrar seu conhecimento de abelhas publicamente executando uma inspeção de colméia aberta para provar aos vizinhos que abelhas de mel não são naturalmente agressivas. Me deixe parar esta retórica embaraçosa, e lhe dar um entendendo inicial de: COMPORTAMENTO DE ABELHA Abelhas de mel não pensam como humanos, nem elas entendem de RAIVA, BONDADE, PRESENTES, ROUBO, ENGANAÇÃO, INDIVIDUALIDADE, VADIAGEM, APOSENTADORIA ou MORTE. Conseqüentemente, um os enganos principais feitos por noviços de abelha está em ser antropomorfo, isto é, designando características humanas a coisas não humanas. Abelhas pensam como abelhas, não como humanos! Você tem que aprender pensar como uma abelha, porque uma abelha nunca pode aprender a pensar como um humano. Abelhas de mel têm cérebros, mas o conhecimento delas foi posto lá quando elas foram CRIADAS “, e elas têm habilidade de aprendizagem mínima nas seis semanas delas de curta vida. Do exato momento que eles emergem da célula de cera delas, eles sabem O QUE fazer, QUANDO fazer, e COMO fazer! Eles não têm que ser ensinadas pelo exemplo, ou sendo supervisionando! Em contraste, eu espero que eu possa lhe contar o que você PODE fazer e que NÃO pode fazer, QUANDO fazer isto e QUANDO não fazer, e COMO fazer isto como também COMO não fazer isto”. Uma diferença suprema entre como nós os humanos pensam no propósito principal de nossas vidas QUANDO comparado como uma abelha de mel sente sobre vida é aproximadamente tão diferentes quanto sal e pimenta. Embora os humanos têm muitos 31
  • 32. propósitos por viver, mais importante que outros, que eles ESTÃO longe demais do único propósito de viver de uma abelha. Aquele único propósito da vida de uma abelha é de trabalhar, prover para a continuação e expansão da COLÔNIA! COLÔNIA! COLÔNIA! Pense nestes exemplos: Uma abelha operária nasce no dia 1 de agosto ao começo do fluxo de néctar principal e morre esgotada de excesso de trabalho seis semanas depois. Todo néctar que ela coletou para prover mel para consumo da colônia no inverno próximo, mas ela nunca sentiu um dia frio na vida dela, e conseqüentemente não tem nenhuma idéia do que e "inverno". Uma abelha forrageando ao cheirar o ferormônio de alarme, acetato de isopentil, deixa de forragear, e para proteger o futuro da colônia, sacrifica a vida dela picando o apicultor que estava perturbando a colônia. Uma abelha pode matar a rainha velha, a mãe dela por que está sendo substituída por uma nova, mais jovem, uma rainha viril de forma que a colônia pode sobreviver e pode se expandir. A grande maioria dos humanos só pensa neles em lugar de sacrificar as vidas delas, as operárias, para as irmãs delas ou meio-irmão, o zangão, ou "se trabalhando até morte" prover para gerações futuras que não são suas filhas ou netas. COMPORTAMENTO de ABELHA não pode ser estudado ABRINDO uma colméia ou usando FUMAÇA, porque ambos estas coisas antinaturais rompem o comportamento normal! O uso de uma Colméia de Observação pode mostrar um pouco do comportamento de abelha; e agora em nossos dias de tecnologia avançada, nós podemos usar RADAR e transmissores de microchip. Como freqüentemente em tantas outras áreas de vida, especulação repetida e teorias achadas gradualmente na literatura da apicultura, assumem o estado de FATO, e isto abafa pesquisa adicional. POR QUE investigar algo que JÁ "é CONHECIDO?" Estes FATOS assumidos normalmente estiveram bem avançados por um bem falado apicultor, que diz que os apicultores não são CIENTISTAS investigativos, e que estes fatos assumidos demandaram pesquisa por períodos longos de tempo. Como todos os cientistas, eu acho isto interessante que quanto mais que nós sabemos, mais nós queremos saber! Quase 100% de todos os apicultores começam a associação delas com Apis mellifera com pensamento antropomorfico, e infelizmente só alguns se livram completamente desta análise defeituosa da razão de ações de Apis. Tal pensamento indica que uma abelha pica porque está BRAVA; ou que a habilidade de abelhas de mel para construir um favo de cera perfeito sem planos ou instrução indica que a abelha é INTELIGENTE; ou uma abelha que trabalha 24 horas cada dia para o benefício da colônia se estafa de pressão ou tem estres, que por levar uma carga pesada de néctar em vôo, é AMBICIOSA. Nada poderia ser alem da verdade! Abelhas reagem como robôs biológicos aos estímulos do ambiente delas, porque o sistema nervoso delas é programado para reagir de uma maneira prescrita geneticamente. Abelhas reagem sem pensamento ou consciência dos mecanismos e conseqüências do comportamento delas! Não há nenhum "rei, presidente, lei, chefe, supervisor, ou professor" quem ordene " quem faz isso, o que e quando ", e o que dirige isso ou as atividades da colônia? Nós sabemos que não é a rainha, porque nós sabemos que as atividades de uma colônia normalmente procedem durante vários dias na ausência de uma rainha. Mais adiante, cientistas colocaram um favo de crias e uma célula de rainha em uma incubadora sem uma única abelha ADULTA, e observou as ações das abelhas e da rainha DEPOIS QUE eles tivessem emergido das células delas. Embora totalmente privado de contato com qualquer abelha adulta experiente, estas abelhas novas se comportaram EXATAMENTE da mesma maneira como uma colônia normal depois que as abelhas ficaram velhas bastante para se comportar de modos normais. Isto é difícil aos humanos entenderem, porque nós não somos programados ao nascimento, mas temos que ser ensinado e aprender com o 32
  • 33. envelhecimento. A pessoa só pode concluir que as abelhas são ensinadas geneticamente a demonstrar os modos de comportamento idênticos no ano 2001 como eles fizeram pelos dias de César e Cleopatra. Conseqüentemente, novamente eu digo: Desde que uma abelha de mel basicamente não pode aprender nada, um apicultor não pode mudar nada na vida programada de uma abelha. Só aprendendo o COMPORTAMENTO de ABELHA ou "pensando como uma abelha" uma pessoa se tornar um apicultor altamente próspero! Por que você não dá um intervalo agora, descanse seus olhos, adquira uma coca-cola, de uma mordida num favo de mel para lhe dar energia e então eu lhe proporcionarei muitos dos detalhes do comportamento das abelhas com que você deveria estar de verdade muito familiarizado. Estes são os fatores de comportamento básicos que qualquer um "que diz ser GUARDIÃO de abelhas em lugar de TENDO abelhas" deveria saber. Há muitas escritas, notavelmente por Gary, Seely, Winston, e outros, onde você pode se ajudar para aprender mais. FATORES INTERNOS QUE AFETAM O COMPORTAMENTO: A IDADE de uma abelha é o regulador principal das glândulas de cera, dos músculos de vôo, alongamento de estômago de mel, desenvolvimento do ferrão, e outras partes ou usos deles. De IMPORTÂNCIA PRINCIPAL a diferença está entre uma "abelha nutris" e uma abelha campeira. Emergindo de sua célula, pelos próximos 18 dias, elas se tornam abelha de casa ou "abelha nutris" alimentar larvas jovens é dever da noviça. Durante estes 18 dias, faz muitos deveres de casa diferentes, que começam com limpar e própria célula antes de uma rainha botar ovos nela, enquanto construindo favo, limpando a casa incluindo levando os mortos para fora, dever de guardar à entrada, receptora de néctar ou pólen, transformando néctar em mel, alimentando e cuidando da rainha, e uma dúzia de outros trabalhos. Depois destes 18 dias de "deveres de casa", a abelha ganhou asas e se tornou uma campeira para coletar pólen, néctar, água, e própolis permanecendo 24 dias da vida dela nesta atividade. Eu apostaria que você nunca percebeu que o maior tempo de vida de uma abelha campeira é só de 24 dias e então morre de excesso de trabalho! Outro fator interno que afeta comportamento é a carga GENÉTICA da abelha que é baseada em sua raça ou a ação da raça que deram origem a ela. Me deixe lhe dar um exemplo das diferenças entre linhagens que você está familiarizado. Considere três HUMANOS da raça Caucasiana branca, mas de três linhagens " diferentes ": o inglês, norueguês, e italiano e todos os três são banqueiros. O homem inglês provavelmente vestidos em um terno com um colete, fuma um cachimbo, bebe vinho, e desfruta tranqüilidade no clube dele. O banqueiro norueguês também usa um terno, não fuma, bebe conhaque, ama o ar livre, e provavelmente é alto, magro, loiro e tem olhos azuis. O banqueiro italiano odeia lugar fechado, administra negócio na calçada vestido em uma camisa solta, fuma cigarros, bebe chianti, cabelos marrons, pele bronzeada, e fala incessantemente em uma voz alta que enfatiza muitas palavras abanando o braço que ondula e com ação de mãos. Todos os três são da raça Caucasiana branca, mas de três linhagens diferentes. Ambas raças de abelha e a linhagens daquela raça tem características discrepantes muito específicas como: mansidão, habilidade de invernada, comportamento higiênico, resistência de doença, habilidade forrageadora, controle de população, uso de própolis, tendência enxameatória, e muitos mais diferenças. FATORES EXTERNOS: Impressionante como há tantos odores iguais, sons, luzes, campos magnéticos, etc, e a abelha tem milhares de células sensórias especializadas para descobrir quaisquer destes muitos fatores externos. Estas células podem se comportar de modos diferentes dependendo da intensidade dos estímulos ou sua duração. Mais adiante, estas células estão sujeito a fadiga e então os estímulos não são respondidos por qualquer ação. Exemplos disto são o uso de muita fumaça, porque o uso exagerado faz as abelhas agressivas (sórdido)! 33
  • 34. TEMPO É UM FATOR DE COMPORTAMENTO. É conhecido que certo néctar de flores só é liberado nas horas matutinas, considerando que outras flores são estéreis na manhã mas abundante no fim de tarde. Abelhas Forrageando foram pintadas, essa pesquisa mostrou que - abelhas que têm achado uma fonte de néctar em um determinado momento de dia só visita essa fonte durante as horas produtivas, durante as horas de carência faz outra tarefa. É bastante interessante que foi encontrado que as abelhas são totalmente fiéis a fonte de alimento, significando que uma abelha não visitará mais de um tipo de pólen ou fonte de néctar em uma única viagem. Isto insinua que uma abelha continuará trabalhando uma única fonte em viagens contínuas embora outras fontes ao redor da fonte inicial começassem a produzir. "É possível a abelha coletar material em mais de um tipo de flor geralmente flores muito parecidas num mesmo ambiente" (nota do tradutor) COMUNICAÇÃO: Eu estou me comunicando com você escrevendo neste papel. Desde que abelhas não podem escrever, falar, ou ouvir (elas são muito sensíveis à vibração), o senso principal delas é olfativo (cheiro). O exemplo principal é uma flor florescendo e liberando néctar. A abelha acha o néctar por seu odor e no processo de chupar seu corpo peludo fica impregnado com o pólen desta planta ao visitar outra flor ela leva esse pólen produzindo assim a polinização para produção de frutas. Ao voltar para casa, alerta outras campeiras da colônia de seu achado distribuindo provas do néctar a numerosas outras campeiras e executa no favo, para indicar a distância e direção da fonte da colméia, a famosa dança das abelhas que Von Frisch descobriu. No interior escuro da colméia, a abelha dançando, delineia a direção da fonte dançando no favo em uma linha imaginária que retrata o ângulo de direção da posição do sol (abelhas fazem isto na escuridão, e a maioria dos humanos não quer fazer nada). eu achei isto MUITO INTERESSANTE que os cientistas transferiram campeiras envelhecidas do Hemisfério Sul para o Hemisfério norte e viram as abelhas totalmente confundidas neste hemisfério. Isto prova aquela navegação pelas abelhas durante seus vôos de reconhecimento debaixo do sol SULISTA antes da idade de foragear não permitem que uma abelha mude esta aprendizagem geneticamente programada. Quando abelhas voarem em dias ruins, elas viajam através de marcos locais aparentemente memorizados. ATIVIDADES RELATIVAS AO COMPORTAMENTO: Construção do favo: Abelhas operárias têm 4 glândulas de cera embaixo do abdômen delas, cada um capaz de produzir 2 escamas de cera aproximadamente 2mm x 2mm. Estas escamas estão misturadas com a secreção da glândula mandibular enquanto estão sendo mastigadas pelas mandíbulas. (Isso é um modo nobre poderíamos dizer "ser mastigada com cuspe ".) Uma abelha leva aproximadamente 4 minutos para remover uma escama, mastiga a escama, e anexa isto ao favo. Conseqüentemente, muitas abelhas são necessárias para construir um pouco de cera! Este é o trabalho de abelhas jovens, normalmente 12-18 dias de idade. Aproximadamente 8 Kg de mel são consumidos dos favos para produzir 1 Kg de cera de abelhas! Isto explica COMO VALIOSO O FAVO FORMADO É AO APICULTOR! ALIMENTAÇÃO DAS CRIAS: Isto é uma TREMENDA quantia de trabalho feita principalmente por abelhas de 3 dias para 13 dias de vida. Assim que o ovo se transforme em uma larva, é visitado e alimentado mais de 1000 vezes por dia, ou mais de 10,000 vezes nos 8 dias antes da célula ser operculada. Lindauer(l 953) encontrou que 2,785 abelhas operárias passaram mais de 10 horas cuidando de uma larva nesses 8 dias! COMPARTILHAMENTO DE ALIMENTO: Durante os 18 dias após o nascimento até a idade de forragear, abelhas doam comida umas as outras, enquanto tocando-se continuamente ao uma com as outras através das antenas. Tendo sido achado que o odor da cabeça de cada abelha é bastante importante. Este compartilhamento de comida 34
  • 35. acompanhado do toque das antenas parece ser um meio de compartilhar Feromônios (comunicação). DEFESA DA COLÔNIA: (Muitos leitores deveriam ler esta seção várias vezes assim eles entenderiam melhor por que eles são picados.) os Humanos têm dificuldade de entende "a defesa" de colônia, enquanto confundindo "defesa" com "agressão". abelhas têm muitos invasores, incluindo outros insetos, animais, e humanos, devido ao cheiro do mel ao redor de uma colônia. A intensidade de defesa é relacionada diretamente à intensidade (ou falta de) de um fluxo de néctar. Há poucas abelhas "de guarda" durante um fluxo de néctar forte, e forrageadoras de outras colônias que estão carregadas com pólen ou néctar podem entrar sem ser examinadas ou podem ser atacadas. Porém, um pouco de perturbação anormal por humanos, animais, insetos, ou "ladrão mel" alerta as abelhas de guarda para executar exame "detalhado" de tudo que na colônia. Elas se DEFENDERÃO afugentando o intruso picando-os. Você defenderia sua casa do mesmo modo, e isto não é nenhuma AGRESSÃO! É interessante notar que abelhas jovens se submetem facilmente ao exame, mas as campeiras mais velhas são relutantes a ser examinadas". Abelhas não se põem ”bravas" ou "buscam vingança" por causa de perturbação humana de colônias; mas simplesmente reage instintivamente em um padrão de comportamento previsível! Nas Abelhas Africanizadas, todo este comportamento defensivo acontece na vizinhança imediata da colônia, e a abelha européia não persegue a intrusa muito longe. Abelhas que estão forrageando ou estão longe da colônia, não é ameaça de picada para humanos a menos que haja alguma colisão ou seja manipulada descuidadamente. Mais adiante, até mesmo quando sujeitas a manipulação descuidada por um apicultor, geralmente é só as abelhas de GUARDA que são estimuladas para defender a colônia. Porém, as outras abelhas podem ser despertadas facilmente a uma posição defensiva se o intruso humano usar técnicas de administração POBRES como: cores escuras cansativas, enquanto emitindo odores estranhos como: loção de corpo, perfume, tônico de cabelo, usando "roupa penugenta" como um suéter de lã ou tendo cabelo longo que pode atrair uma abelha, e movendo-se MUITO RAPIDAMENTE principalmente as mãos ou usando ferramentas que brilham, a vista pobre da abelha pode ver aquele movimento facilmente. Ultimamente, e talvez mais importante, uma picada deposita veneno em sua pele ou suas roupas causam a liberação imediata do PHEROMONIO DE ALARME que ativam outras abelhas para ajudar a defender a colônia. Os ferrões deveriam ser removidos tão rápido quanto possíveis e os odores de ferormônio de alarme que emanam do local de picada deveriam ser escondidos por uso abundante de fumaça no local de picada. Abrir uma colônia sem ser picado, sopro denso, frio, fumaça branca em toda a colônia acalma, e então não FAZER NADA DURANTE pelo menos UM MINUTO OU DOIS É A MELHOR TÁTICA e então continuar. (Esperar é MUITO DIFÍCIL para muitos apicultores). Desde que PICAR é o maior impedimento da apicultura como também o medo de seus vizinhos e o público, você deveria estar muito atento das circunstâncias que rapidamente ativam uma resposta defensiva de uma colônia. Algumas destas coisas são: 1)população de colônia alta. 2)manipulações de colônia em TEMPO ERRADO DO DIA: muito cedo pela manhã ou muito tarde pela tarde, e nunca à noite. 3)QUALIDADE POBRE de fumaça. Deva ser denso, branco, e fria! 4)atividade de vôo REDUZIDA à entrada que normalmente indica condições pobres de forrageamento ou chegando tempo inclemente. 5) abelhas esmagadas devido ao descuidado, incluindo o uso de suas LUVAS. 6)colônias freqüentemente aborrecidas por pestes: cachorros, gambás, formigas, ou os HUMANOS inexperientes. 35
  • 36. 7)movimentos rápidos, escuridão ou roupas penugentas, anéis brilhantes ou relógios, ou cabelo longo. 8) fracasso para remover ou esconder o odor de alarme de uma picada. PILHAGEM (roubo de mel): Muitos apicultores simplesmente não entendem isto, embora uma colônia boa de abelhas possa ser totalmente morta em algumas horas em uma situação de pilhagem estrema. Do momento da criação delas, são treinadas geneticamente para procurar e juntar todo o néctar ou mel para proporcionar para a colônia delas abundante reserva de inverno, não para elas, mas para expansão e aumento de abelhas ao longo da área. A maioria dos roubos acontece durante condições de carência. Algumas raças ou variedades de abelhas são mais propensas a roubar que outras raças. É um fato bem conhecido que a raça italiana ganhou em número o título desta ofensa apesar dos outros pontos bons delas. Se um apicultor abrir uma colônia, dispõe armazéns DESPROTEGIDOS, manter a colônia ABERTA POR TEMPO MUITO LONGO, ou mel gotejando no CHÃO, as abelhas de outras colônias descobrem o odor de mel que vem desta "colônia perturbada", voltam para a colônia delas e recrutam outras operárias para recolher a oferta inesperada de mel. Por que eu usei a palavra colônia perturbada? O apicultor desmoralizou a colônia com fumaça, maltratou a casa "de colônia" de quadros e corpos, dividiu a posição normal de abelha de circulação, e abriu a porta à "ladrões". Imagina o que poderia acontecer se uma divisão nova pequena de só 1-2 kg de abelhas que são alimentadas com um galão grande de xarope de açúcar tivesse uma entrada larga, e era posta próxima a uma colônia de produção de mel forte de 5-6 Kg de abelhas e o fluxo de néctar cessou de repente! Pilhagem quase sempre é a FALTA do APICULTOR! Para isto foi mostrado que colônias silvestres quase NUNCA são roubadas a menos que a população de abelha delas seja diminuída por doença ou morte da rainha. VENTILAÇÃO: O ambiente de sua casa é controlado com ventiladores e ar condicionados, na cozinha há um exaustor. A abelhas fazem igualmente abanando com suas asas. É abanando que as abelhas controlam a temperatura de colméia e a umidade, evaporam a água do néctar, removem os gases da respiração, e distribuem os PHEROMONIOS ao longo da colônia que é importante para comunicar DEPRESSA a informação vital a todos os sócios de colônia presentes na colméia. DISTRIBUINDO CHEIROS: Algumas abelhas elevam o abdômen delas, enquanto abrem Glândula de Nassanoff delas que expõe uma membrana úmidecida com uma secreção cujo odor é altamente atraente a outras abelhas e diz "Vêm aqui comigo". A "abelha cheirando" ABANA este aroma com as asas dela para dirigem as abelhas que estão desnorteadas da colônia". Abelhas " liberando o cheiro da glândula de Nassonov são muito valiosas na enxameação e particularmente importante para dirigir a rainha para a casa nova dela. ABELHAS HIGIÊNICAS: Nós vamos ouvir falar cada vez mais dos benefícios de abelhas higiênicas durante o século 21. A. Dr. Maria Spivak de Universidade de Minnesota é muito ativa neste trabalho, e Pat Heitkam caracteriza "abelhas higiênicas" nos anúncios dele para a venda de abelhas. Aproximadamente 40 anos atrás, Steve Taber e Walter Rothenbuhler mostraram que algumas abelhas são empregadas melhores do que outras. Eles observaram que algumas abelhas removem as crias mortas de uma colônia mais rápido do que outras. Hoje nós sabemos que um comportamento de administração doméstica grandemente eficiente contribui para a RESISTÊNCIA de abelhas a várias doenças. Muitos cientistas e apicultores sentem muito fortemente que usando abelhas que são resistentes as doenças é a última resposta a muitos de nossos problemas de doença e que o uso delas eliminará a necessidade por tratamentos químicos. (grifo do tradutor) 36
  • 37. FAZENDO MEL: Néctar é o doce líquido segregado pela flor para atrair uma abelha que POLINIZARÁ a flor no ato de chupar o néctar. Uma abelha pode levar até 70 miligramas de néctar no estômago de mel dela que é quase igual ao peso do corpo dela de cerca de 82 miligramas! A maioria dos humanos não pode erguer 85% de peso de corpo! Embora há grandes variações, a carga COMUM foi mostrada ser de 25 - 40 miligramas. Ao retornar a colméia, a abelha injeta no néctar a enzima invertase que converte o açúcar complexo, sacarose, em dois açúcares simples, glicose e frutose e então entra na colônia. Se ela achou um novo local para coletar néctar, ela passa amostras para outras para sentirem o gosto, e então dá direções de vôo executando a Dança Von Frisch. Então, ela transfere a carga de néctar a várias "abelhas de casa " que amplamente distribuem isto entre muitas células para fazer a evaporação de água do fino néctar de forma mais fácil e mais rápido abanando as asas. A abelha de casa pode acrescentar também mais invertase no néctar se precisar e a evaporação é continuada até seu conteúdo ter menos que 19% de água onde este MEL novo é lacrado em sua cela com um capa de cera. (Em Roraima é comum as abelhas africanas opercularem o mel com mais de 20% de umidade, Nota do Tradutor) Desde então talvez 60 kg de néctar só rendem aproximadamente 15 kg de mel, não um cientista de foguetes para entender por que o EXCESSO de espaço extra sempre deveria estar presente para prover espaço de armazenamento para este mel magro ainda não processado. Muitos cientistas, particularmente Rinderer, mostraram que a presença de quantias grandes de FAVOS VAZIOS, não cera alveolada, estimula maior atividade de forrageamento para mais néctar. NECESSIDADE DE ÁGUA: A necessidade mais importante para água é EMAGRECER o mel para fazer comida para alimentar as larvas! É calculado que a colméia comum com grande quantidade de crias em tempo de primavera, usa aproximadamente 150 gramas de água cada dia; e desde que uma abelha normalmente leva 25 miligramas por viagem, 150 gramas requererão aproximadamente 6000 viagens forrageando para água CADA DIA. Água às vezes é necessária para ESFRIAR a colméia em um dia quente, assim as abelhas forrageiam água, distribuem gotas pequenas ao redor do interior de colméia e então o abanam. Abelhas de mel inventaram o Ar Condicionado e não o homem! Esfriar uma colônia forte em um dia quente e seco poderia requerer um quilograma (2.2 libras) de água, ou aproximadamente 40,000 viagens forrageando por dia! NOTA IMPORTANTE: Uma ninhada de crias em começo de janeiro ou começo de fevereiro em Maryland, você tem que ter ENTÃO alguma fonte de água próxima das abelhas neste tempo frio, porque uma vez eles acharam uma fonte de água, é quase impossível trocarem a qualquer hora por outra fonte o resto do ano! (Em Roraima os meses de grande necessidade de água são os meses mais secos como fevereiro, março, abril e algumas vezes até maio. Nota do Tradutor) Preste atenção a isto a menos que você não se preocupe com a piscina de seu vizinho! Você não tem que prover água destilada ou água mineral. Na natureza, abelhas preferem água turva de curral ou fossos de pista de fazenda por causa das vitaminas e minerais na água. Você não pensar que água corrente ou uma panela de água onde as abelhas poderiam se afogar seria ideal; mas você precisa de uma superfície muito úmida ou uma torneira que têm um vazamento muito minúsculo que goteja em um pouco de areia misturadas com seixos e pedras pequenas para as abelhas aterrissarem sem que sejam molhados pés. COMPORTAMENTO ENXAMEATÓRIO: Todos nós sabemos que enxamear é o mecanismo natural da abelha de mel para REPRODUÇÃO COLETIVA A enxameação amplia os limites daquela colônia particular fazendo duas colônias de uma, ou substitui uma colônia previamente perdida através de causas naturais; mas quanto você sabe sobre o comportamento das abelhas a tempo de enxamear? Estação de enxameação é de 4-6 37
  • 38. semanas que acontece logo após abundantemente disponibilidade de pólen e fontes de néctar. Em Maryland central, nossa estação de enxameação está geralmente entre 15 de abril e 31 de maio. (Em Roraima pode ocorrer enxameação em qualquer época do ano mas é mais comum nos meses de outubro a janeiro. Nota do Tradutor) Se as abelhas enxameiam ou não depende na verdade, e principalmente, da habilidade administrativa do apicultor! Francamente, eu considero enxameação algo INCOMUM em minhas colméias. Em janeiro e particularmente fevereiro (Agosto setembro em Roraima, nota do tradutor), em antecipação da chegada primaveril há a necessidade de muitas abelhas para expansão de colônia para a enxameação, as operárias superalimentam a rainha que intensifique a postura, e isto resultará em consistente aglomerado de abelhas no ninho. São botados ovos em toda célula e greta, inclusive nas cúpulas de rainha que são construídas perto dos fundos dos quadros, normalmente 6 a 12 ou até mesmo 20. Assim que sejam botados ovos nestas cúpulas de rainha, 3 coisas vão acontecer dentro dos próximos 10 - 15 dias: 1) as cúpulas de rainha são largamente enchidas de geléia real. 2) reduzindo a alimentação da rainha e reduzido consideravelmente sua postura, assim a rainha pode perder peso para voar com o enxame. 3) abelhas exploradoras deixam a colméia e procuram primeiro um local perto para as abelhas do enxame e a rainha se encontrar e se organizar, ficam algumas horas enquanto as exploradoras continuam a procura de uma casa permanente antes de saírem voando. Desde que abelhas jovens não começam a forragear até que eles tenham 19 dias de idade, a rainha tem feito postura pesadamente durante várias semanas, então diminuiu a postura nos últimos 10-15 dias que resultam em menos trabalhos de alimentação destas larvas por abelhas jovens, elas ficam a vadiar na colméia, enquanto impedem trabalho das campeiras fazendo tremendo congestionamento na colméia. Há pouco mais de um dia ou logo antes de a primeira rainha virgem estar a ponto de emergir, se o tempo é favorável, com grande EXCITAÇÃO e um "som de ZUMBIDO", metade ou mais da metade de todas as abelhas com a rainha velha da colméia sai e forma um agrupamento o enxame em alguma árvore perto ou em algum poste. Depois de se estabelecer e averiguar que a rainha está com eles, as exploradoras são mandados saírem para achar uma casa nova; e depois de várias horas ou talvez no próximo dia, as abelhas se vão para a casa nova delas. Esta casa nova é NUA, só paredes e telha sem favos, nenhum pólen ou mel, e nenhuma ninhada. As abelhas de enxame têm que entrar em uma " prioridade " de rapidamente construírem favos para dar espaço para armazenar um pouco de comida e células para a rainha pôr ovos de operárias para substituir as que vão morrendo dentro de não mais que 6 semanas! Desde que o enxame comum está largamente composto de abelhas JOVENS em lugar de as abelhas de campeiras velhas, o favo de cera é construído rapidamente, as larvas jovens são bem alimentadas, e até que toda essa ninhada nova emerge nesta casa nova, todas as abelhas que formaram o enxame serão de idade de forragear ou morreram de velhice. Deveria ser dito que quando enxameando (ao contrário de opinião pública) é menos PROVÁVEL DE PICAREM porque as abelhas tem pouco tempo de vidas delas e porque não só é eles se encheram com mel para levar para a futura nova morada delas, mas eles não têm nenhuma CASA e nenhuma NINHADA para defender! COMPORTAMENTO DE ABELHAS SEM RAINHA: Embora a rainha não é a chefe, líder, ou supervisor de uma colônia, ela tem influência considerável nos processos e na ordem na colônia! Quando uma colônia se tornar sem rainha, as abelhas se tornam bastante agitadas e começam abanando 38